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Triticultura

Crescimento do trigo
Escala de Feekes-Large
Escala de Feekes-Large

Tillering = Perfilhamento Heading = Espigamento/Florescimento


Stem extension = Alongamento do caule Ripening = Maturação
Boot = Emborrachamento
Escala de Zadoks, Chang e Konzak
• O primeiro dígito do código com dois dígitos, refere-
se ao estádio principal de desenvolvimento, iniciando
com a germinação (estádio 0) e terminando com o
amadurecimento final dos grãos (estádio 9).
• O segundo dígito entre 0 a 9 subdivide cada estádio
de crescimento principal.
• O segundo dígito, com valor 5, normalmente indica o
meio do estádio de desenvolvimento.
Escala de Zadoks, Chang e Konzak
Escala de Zadoks, Chang e Konzak
Escala de Zadoks, Chang e Konzak
Escala de Zadoks, Chang e Konzak
Etapas de crescimento e
desenvolvimento da planta
Fenologia da planta
Fase reprodutiva – Diferenciação da
espiga

“Single ridge” ou anel simples : meristema apical (A) passando


da condição vegetativa para reprodutiva, com primórdios de
folhas (L)
Fase reprodutiva – Diferenciação da
espiga

“Double ridge” (“DR”) ou anel duplo: inicia quando os


primórdios de folhas e das espiguetas iniciais surgem como
duplos anéis ao redor do ápice floral (FA). O anel inferior é o
primórdio foliar (L) e o anel superior o primórdio da espigueta
Fase reprodutiva – Diferenciação da
espiga

Dentro de uma flor, a ordem de


diferenciação é de fora para dentro:
lema, estames, pálea e pistilo.
Ontogenia da semente
• O núcleo do endosperma
triplóide é formado de 2 a
3 horas após a polinização.

• A iniciação da divisão
mitótica do zigoto demora
mais do que a divisão
mitótica do endosperma.

• O desenvolvimento
embrionário é completado
antes da maturidade do
endosperma

Fonte: Fornasieri (2014)


Maturação - Enchimento de grãos
Maturação - Enchimento de grãos

a. ¼ de grão (estado aquoso); b. ½ de grão (estado aquoso); c. grão verde


(estado leitoso); d. grão verde-limão (estado de massa mole); e. grão verde-
amarelo (estado de massa mole); f. grão amarelo (estado de massa dura)
Reguladores de crescimento
Momento ideal de aplicação do regulador de
crescimento trinexapac-ethyl (Moddus) na cultura do
trigo
Triticultura

Aptidão climática na
cultura do trigo
Radiação solar visível
Bm = Ri x ERi
• Onde:
– Bm =produção de biomassa
– Ri = radiação fotossinteticamente ativa
interceptada pelo dossel da planta;
– ERi = eficiência da conversão da Ri em matéria
seca ou eficiência fotoquímica.

Radiação solar visível – faixa espectral compreendida entre 400 a 700 nm do espectro
eletromagnético.
Radiação solar visível
Bm = Ri x ERi

• A quantidade de Ri está relacionada com:


– Tamanho, a forma e a orientação das folhas;
– Capacidade de perfilhamento;
– Temperatura foliar, transpiração e eficiência de
utilização de água pela planta.
Interceptação da radiação
fotossinteticamente ativa
• Cultivares tradicionais de trigo
– Estatura elevada;
– Mais folhas com orientação prostrada;
– Maior IAF que as semi-anãs;
– Menor eficiência de interceptação da radiação
visível;
• Cultivares modernas (semi-anãs)
– Hábito foliar eretófilo: menor sombreamento;
– Espigas longas e aristadas.
Eficiência de utilização da radiação
visível
• Domesticação e seleção do trigo
– Trigo hexaplóide: menor taxa de fotossintética por
unidade de área foliar que o trigo diplóide;
• Relacionado com genes envolvidos na atividade da
enzima ribulose 1,5 bifosfato carboxilase oxigenase;
– Remota possibilidade incorporar esses genes nos trigos
cultivados;
• Cultivares semi-anãs
– Maior capacidade de converter a radiação
interceptada em biomassa da parte aérea;
• Menor investimento em biomassa radicular.
Eficiência de utilização da radiação
visível
• Foto-inibição:
– Radiação solar muito ↑ pode causar danos nas
proteínas, nos cloroplastos e diminuir a
fotossíntese devido à inibição do transporte de
elétrons;
– Cultivares com folhas verde-claras:
• Capacidade fotossintética ↑próximo ao ponto de
saturação luminosa;
• Menor influência de foto-inibição.
Influência da radiação na produção de
grãos
PG = Bm x IC = Ri x Eri x IC

• Onde:
– PG = produção de grãos
– IC = índice de colheita
• 0,23 nas tradicionais
• 0,38 nas modernas
Temperatura
• Função:
– Altitude
– Latitude
Influência da temperatura
sobre a planta de trigo

• Germinação e estabelecimento =
entre 20 e 25oC, com máximo de
32oC;
• Perfilhamento = entre 16 e 20oC;
• Fertilização = 18 e 24oC, min = 10 oC
e máx = 32oC;
Modelo para previsão dos estádios
fenológicos em trigo com base na
exigência térmica
Temperatura
• Soma térmica – acúmulo de energia em graus-dia;
– Determinação quantitativa das relações entre
temperatura e desenvolvimento ;
• Soma das temperaturas médias (Tm) acima da
temperatura base (Tb), específica de cada estádio;
• O tempo térmico (TT) é calculado pela regressão
linear entre taxa de desenvolvimento e temperatura
média.
• Tempo térmico acumulado até a maturação
fisiológica: 1.117 °C dias.
Cálculo da duração do ciclo
• Tempo entre subperíodos calculado mediante
a equação:
𝑇𝑇
𝑡=
𝑇𝑚 − 𝑇𝑏

Onde:
t = tempo requerido para cada estádio alcançar o desenvolvimento;
TT = tempo térmico entre subperíodos;
Tm = temperatura média;
Tb = temperatura base entre subperíodos
Tempo calendário para a planta de
trigo atingir a maturação fisiológica:

Onde:
t = tempo dias maturação fisiológica;
Tm1= temperatura média do solo (0,05m de profundidade);
Tm2, Tm3, Tm4, Tm5, temperatura média do ar para os subperíodos entre:
emergência -duplo anel, duplo anel –espigueta terminal, espigueta
terminal –antese e antese –maturação fisiológica, respectivamente.
Duração da fase vegetativa (FV), da fase de desenvolvimento da espiga (FR), do
índice de área foliar (IAF) e de alguns componentes produtivos em função da
temperatura ambiental.
O efeito da temperatura nos atributos de desenvolvimento de sementes
contidas nas quatro espiguetas centrais do trigo.

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