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A cultura da Mamona

(Ricinus communis L.)


Discentes:
Henrique José Lopes dos Santos
Letícia Alves da Silva
Lohanna M. Lio Freitas Miranda
Maria Júlia Medeiros Guimarães

Docente: Dr. Bruno Moraes Nunes


INTRODUÇÃO
 A mamoneira (Ricinus communis L.), é uma oleaginosa pertencente à família
Euphorbiaceae (NETO, 2001);

Rústica

Resistente à
Mamona
seca

Heliófita

 Importância

Econômica
Proporciona Semiárido
emprego e renda nordestino;
Social
Elementos arquitetônicos
Imitação de uma paisagem existente
INTRODUÇÃO
 Produção Mundial

Produção
Posição Área 0.025;

(toneladas)
0.061;
0.13;
1º Índia 1.150.000 Índia
China
2º China 180.000 Brasil
0.74; Moçambique
3º Brasil 93.025
4º Moçambique 38.600
Tabela 1. Ranking dos principais países produtores de
Gráfico 1. Participação relativa dos principais
mamona, FAO (2018).
países produtores de mamona, FAO (2018).

Elementos arquitetônicos
INTRODUÇÃO
 Produção Nacional t

Produção Participação
Posição Área
(toneladas) (%)
1º Bahia 34.807 99%
2º Mato Grosso 207 0,6%
3º Pernambuco 90 0,3%
4º Ceará 57 0,2%

Produção 35.161 100% Brasil


Total Bahia
Tabela 2. Ranking dos principais estados produtores Gráfico 2. Série histórica da quantidade produzida
de mamona, IBGE (2021). de mamona, participação relativa do Brasil com o
estado da Bahia, IBGE (2021).
Imitação de uma paisagem existente
INTRODUÇÃO
 Produtos da mamona Plásticos

Óleo de mamona Fibras sintéticas

Esmaltes
Importância industrial e é
Fonte: Google Imagens(2023).

utilizado como matéria- Resinas


prima para a fabricação
Biocombustível

 As folhas da mamoneira também podem ser utilizadas na criação do bicho-da-seda.

• Espécie de bicho-da-seda (Philosamia ricini);


• Qualidade de sua seda é inferior.

Imitação
Fonte: Google de uma
Imagens(2023). paisagem existente
INTRODUÇÃO
 Manejo - plantio

Extremamente sensível ao
Solo profundo e bem drenado
encharcamento

Temperatura ideal 28ºC, pode variar de 20ºC a


35ºC

Mecanizada

Fonte: Próprio autor (2023).


Semeadura • Covas ou matraca;
Manual • Profundidade de covas 5
a 10 cm;
• Ideal 3 sementes;

Desbaste, recomenda-se deixar apenas uma


planta por cova
CULTIVARES
BRS Paraguaçu • Região semiárida brasileira;
• Boa adaptação a diferentes ecossistemas;
• Plantio e colheita manual;
• Precipitações adequadas;
BRS Nordestina
• Monocultivo ou consórcio.

• Ciclo curto (110 a 140 dias);


BRS Energia
• Testada e validada para a região Nordeste e Roraima.

• Destaca-se pelo teor de óleo;


BRS Gabriela
• Validada para a região Nordeste, RR, GO e RS.
BRS PARAGUAÇU
Ciclo ≈ 250 dias (plantio/maturação dos últimos cachos)

Produtividade  1.500 kg/ha, em sequeiro

Altura  ≈ 160 cm

Caule  roxo, com cerosidade. (Obs.: em áreas sombreadas, podem


apresentar coloração verde ou avermelhada)

Inflorescência  flores femininas (parte superior) e flores masculinas


(parte inferior); formato oval.

Teor de óleo  ≈ 48%

Sementes  pretas (sementes marrons ou avermelhadas é indicativo


Figura. Inflorescência BRS Paraguaçu. (Fonte: Embrapa)
de colheita antecipada ou deficiência nutricional)
BRS PARAGUAÇU
CACHOS

Formato oval

Frutos imaturos verdes, com cera e acúleos roxos com cera; frutos
semideiscentes

Próximo da maturação  coloração verde escura, com pouca ou


nenhuma cera e pouca coloração vermelha nos acúleos

Nº de cachos/planta  até 30 racemos/planta (*manejo)

≈ 40 frutos/cacho

Figura. Cacho de BRS Paraguaçu. (Fonte: Embrapa) Florescimento do 1ºcacho  45 DAG

Maturação  ≈ 90 dias (1º cacho); 120 – 180 dias (2º cacho); 220 dias
(demais cachos)
BRS PARAGUAÇU

Folhas  verdes;

Nervuras avermelhadas

55 – 65 cm

Figura. Face inferior da folha. (Fonte: Embrapa)

A cultivar BRS Paraguaçu foi obtida por seleção massal da variedade local Sangue de Boi.
BRS NORDESTINA
Obtida a partir de seleção individual com teste de progênies
na variedade local Baianita.

Ciclo: ≈ 250 dias

Produtividade: 1.500 kg/ha, em sequeiro

Figura. Área de produção de sementes de BRS Nordestina.


(Fonte: Embrapa) Altura ≈ 190 cm

Caule  verde com cera (podendo apresentar coloração vermelha, dependendo das
condições climáticas e de estresses)

Folhas  verdes com nervuras esverdeadas

Teor de óleo  48%


Figura. Face inferior da folha. (Fonte: Embrapa)
BRS NORDESTINA
CACHOS

Formato cônico; frutos imaturos e acúleos verdes com cera; frutos


semideiscentes

Nº de cachos  até 30 racemos

≈ 60 frutos/cacho

Florescimento do 1º cacho  45 DAG

Figura. Cacho da cultivar. (Fonte: Embrapa)


Maturação  1º cacho (100 dias 1ªcolheita); 2ºe 3º cachos (150 – 200
dias  2ª colheita); demais cachos (250 dias)
BRS ENERGIA
Cultivar precoce

Ciclo ≈ 120 dias (110 – 150 dias)

Produtividade  1800 kg/ha, em sequeiro

Figura. Área de produção de BRS Energia. (Fonte:


Embrapa)
Altura  140 cm

Sementes  rajadas com cores bege e marrom

Teor de óleo  48%

Folhas  verdes com nervuras esverdeadas


Figura. Folhas da cultivar. (Fonte: Embrapa)
BRS ENERGIA
CACHOS

Formato cônico; frutos imaturos e acúleos verdes com cera; frutos


indeiscentes

Nº de cachos/planta  2 a 3 cachos (espaçamentos pequenos); 8 cachos


(espaçamentos maiores)

100 frutos/cacho

Figura. Cacho da cultivar BRS Energia. (Fonte:


Embrapa)
Florescimento do 1º cacho  ≈ 30 DAG
BRS GABRIELA
Ciclo  150 dias

Produtividade  1.900 kg/ha, em sequeiro

Altura ≈ 160 cm

Folhas  verdes, com nervuras avermelhadas e pouco afuniladas


Figura. Inflorescência, folhas, caules e ramos da cultivar
BRS Gabriela. (Fonte: Embrapa)

Caule e ramos  vermelho, com cera

Inflorescência  formato globoso, com flores femininas e masculinas

Sementes  rajadas, marrom avermelhada e bege

Figura. Sementes da cultivar. (Fonte: Embrapa) Teor de óleo  50%


BRS GABRIELA
CACHOS

Formato globoso; frutos imaturos verdes com cera; acúleos verde rosados;
frutos indeiscentes

Florescimento do 1º cacho  35 a 40 DAG

Nº de cachos  até 30 racemos/planta


Figura. Cacho da cultivar BRS Gabriela. (Fonte: Embrapa)

40 frutos/cacho
ADUBAÇÃO

• Tolerante o estresse hídrico

• Exigência nutricional;

• Solo leve, aerado;

• Sistema radicular muito superficial.


ADUBAÇÃO

Tabela 1. Recomendação de adubação mineral para a cultura da mamona, para região de mata e cerrado.
ADUBAÇÃO

Tabela 2. Recomendação de adubação mineral para a cultura da mamona.

Fonte: 5ª aproximação
ADUBAÇÃO

• Relação entre as tabelas 350 Kg.ha-1 (04-28-08)

• Área – 40m-2 1,4 Kg 35g por cova

• Cobertura (Ureia 44%N) 364g na área total

OBS: Início florescência (50 a 60 DAE)


COLHEITA
 Deiscência:
se abrem na própria planta
quando atingem a maturação

Deiscente
Muita mão de obra

5/6 no ano

se abrem quando os frutos são colhidos e expostos


Semideiscente
sol ou a altas temperaturas / baixa umidade
quando maduros na própria planta
COLHEITA
 Deiscência:

os frutos só abrem sobre pressão


mecânica, em máquinas ou
manualmente

Indeiscente Colheita1x, quando atingirem a


maturidade fisiológica

máximo vigor, teor de óleo e


poder germinativo
COLHEITA
 Quando colher ?

Deiscente X Indeiscente

• 70% dos frutos secos; • amadurecimento total da lavoura para


se proceder a uma só colheita;
• Completar a secagem no terreiro ou
em secadores;
• Colher quando atingir a maturidade
• Colheita verde - diminui o conteúdo fisiológica.
e a qualidade do óleo.
COLHEITA
 Colheita manual:

• Pequenas e médias propriedades;

• Mão de obra abundante;

• Cortar os cachos pela base;

• Depois de colhidos são depositados em


cestos, caixas, sacolas, carroças ou reboques
e transportados para o local de secagem.
COLHEITA
 Colheita mecanizada:

• Porte anão, indeiscentes, com plantas de


arquitetura compacta e perda parcial das
folhas;

• Colhedora de cereais adaptada;

• Dias secos e horas quentes –


descascamento adequado.
SECAGEM
Natural:
• Pequenas produções;

• Exposição ao sol;

• Terreiros de chão batido ou de alvenaria;

• Camadas finas e uniformes de 5 cm a 10 cm;

• 4 a 15 dias;

• Ao entardecer cobri-los com lona plástica;

• Revolvimento - uniformizar a secagem;

• 200 m2 para a secagem da produção de 1 há.


SECAGEM
Artificial:
• Áreas superiores a 50 ha;

• Secador mecânico;

• 50 oC a 55 oC;

• Umidade ideal dos frutos é de 10%.


BENEFICIAMENTO

• Beneficiadas em máquinas descascadoras;

• Guardar em sacos, armazenando em local limpo e


arejado, sem umidade;

• Pode ser feito de modo manual, usando-se uma vara fina para
bater nas sementes por ocasião da secagem ao sol.
PLANTIO DE MAMONA NA UEMG
PREPARAÇÃO DO CANTEIRO
 Materiais para confecção do canteiro
Enxada Trena

9 Estacas de
Fita zebrada
madeira
PLANTIO
Espaçamento de
1mx1m
PLANTIO
Ricinus communis L – Mamona verde Ricinus communis ‘Carmencita’ – Mamona vermelha

Fonte: Google imagens (2023). Fonte: Google imagens (2023).

• Subespécie da mamona verde comum


• Mais utilizada para produção de óleo de • Bem mais rara e ornamental
rícino • Crescimento rápido
• Pode ultrapassar 2 metros de altura • Altura entre 1,5 a 2,0 metros
• Utilizada na produção de biodiesel • Utilizada no paisagismo
PLANTIO
 Método de semeadura Data da semeadura:
Semeadura em covas 09 de novembro de 2022

Fonte: Próprio autor (2023).


Fonte: Próprio autor (2023). Fonte: Próprio autor (2023).
GERMINAÇÃO
22/11/2022 22/11/2022 15/12/2022

Germinação
desuniforme

Mamona vermelha Mamona vermelha


Germinação Epígea Mamona verde
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
15 de dezembro de 2022 – 36 dias após semeadura
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
15 de dezembro de 2022 – 36 dias após semeadura
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
04 de janeiro de 2023 – 56 dias após semeadura
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
04 de janeiro de 2023 – 56 dias após semeadura

Inflorescências
terminais do tipo
panícula
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
24 de janeiro de 2023 – 76 dias após semeadura

Infestação de
plantas daninhas
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
24 de janeiro de 2023 – 76 dias após semeadura
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
24 de janeiro de 2023 – 76 dias após semeadura

Cápsulas
espinhosas
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
25/01/2023 Controle mecânico – capina manual

Necessárias de duas a
Principal método de quatro capinas ao A prevenção é mais
controle utilizado longo do ciclo da importante
cultura
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
25/01/2023 Controle mecânico – capina manual
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
31/01/2023 Controle químico – aplicação de herbicida

Classe: Herbicida seletivo de


ação sistêmica
Dose utilizada: 1 grama por
Grupo químico:
litro Sulfonilureia
Tipo de formulação: Grânulos
dispersíveis
Foram em água
necessários (WG)
2 litros para
Planta
aplicação emalvo:
todoTirica
o canteiro
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
Atualmente – 06/02/2023
87 DIAS APÓS SEMEADURA
Atualmente – 06/02/2023
87 DIAS APÓS SEMEADURA
Atualmente – 06/02/2023

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