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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

JOSÉ MAURY CÔELHO OLIVEIRA

GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIDRICOS DO ESTADO DO CEARÁ

FORTALEZA
2018
JOSÉ MAURY CÔELHO OLIVEIRA

GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIDRICOS DO CEARA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


banca examinadora como requisito parcial à
obtenção do título de graduado em Engenharia
Civil.
Área de concentração.

Orientador: Prof. Msc. Ícaro Jose Fernandes


Santos Bastos
.

FORTALEZA
2018
JOSE MAURY CÔELHO OLIVEIRA

GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO CEARÁ

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


banca examinadora como requisito parcial à
obtenção do título de graduado em Engenharia
Civil.
Área de concentração: HIDROLOGIA

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof. MSc. Ícaro Jose Fernandes Santos Bastos
(Orientador)
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

_________________________________________
Prof. Prof. MSc Jardel Andrade de Oliveira
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

_________________________________________
Prof. Prof. Dr. Rosiel Ferreira Leme
Universidade Federal de Fortaleza (UFC).
A Deus.
Aos meus pais, José Aroldo Coelho da Silva e
Juarina Silva Oliveira Coelho.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por guiar todos os meus passos durante minha vida
permitindo-me compartilhar todos os momentos com pessoas que amo e abençoado meu
caminho para concluir mais um ciclo, que não foi fácil, mas irá me direcionar para novos
horizontes.

Aos meus pais, Aroldo Coelho e Juarina Coelho, pois sem eles não seria possível que essa
estrada da vida fosse traçada. Por intermédio dos exemplos deles e todos os esforços para me
ajudarem a conseguir chegar ao meu objetivo, graças a eles pude aprender que a vida é uma
dádiva e devemos lutar para conquistar nossos desejos.

Aos meus irmãos, Matheus Coelho e Cauã Coelho, por todo amor e convivência em que nos
apoiamos uns aos outros, meu obrigado.

À minha namorada Andressa Albuquerque, por estar presente em todos os momentos e me


apoiar com amor, paciência e compreensão.

Aos meus avós, tios, primos, padrinhos e amigo Antonio José por vibrarem com cada conquista
ao longo do curso.

A amizade que conquistei durante esse período, em especial, Brena Rodrigues, Nayara Tavares,
Elvys Rodrigues, George Albuquerque e Igor Girão, sem vocês a caminhada seria inigualável,
obrigado por todo o incentivo diário e acreditarem no meu potencial.

Ao meu orientador, Dr. Ícaro José Fernandes Santos Bastos pelos ensinamentos e a dedicação
que teve durante meu trabalho por sempre acreditar em mim e por ser tão paciente comigo, meu
muito obrigado.

A todos os professores do curso de Engenharia Civil


“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.
Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes”. (Martin Luther
King)
RESUMO
O Brasil vem passando por uma grave crise hídrica, no estado do Ceará, assim, a análise dos
recursos hídricos é fundamental, devido a sua localização no semi-árido brasileiro, tendo em
vista isso, o presente trabalho tenta trazer uma análise da disponibilidade dos recursos hídricos
do estado do Ceará para uma nova demanda de consumo da população e maneiras de diminuir
o efeito dessa crise hídrica, que afeta gravemente a população de uma maneira geral. A
metodologia deste texto foi dividida em duas etapas: o estudo da situação dos recursos hídricos
do Estado do Ceará, e um estudo da nova demanda hídrica devido ao aumento populacional. O
Ceará tratou muito bem a gestão dos recursos e tudo isso vem de um planejamento que fez com
que o estado conseguisse não sofrer tanto com a falta de água como já sofreu no passado. Sendo
assim, se planejou uma acumulação para muitos anos que foram confirmados no trabalho, já
que com o aumento populacional e o aumento no consumo, ainda assim, se tem a possibilidade
de acumulação de uma quantidade de água que supre toda essa demanda

Palavras-chave: Análise dos recursos Hídricos; Demanda Hídrica; Falta de água.


ABSTRACT
Brazil has been experiencing a serious water crisis, in the state of Ceará, the analysis of water
resources is fundamental, due to its location, the state is located in the Brazilian semi-arid. In
view of this the work tries to bring an analysis of the water resources of the state of Ceará to a
new consumption demand of the population and ways to reduce the effect of this water crisis,
which seriously affects the population in general. The methodology of the work was carried out
in two stages: the study of the state of water resources of the State of Ceará, and a study of the
new water demand due to the population increase. Ceará handled resource management very
well and all this comes from a plan that made the state manage not to suffer as much from the
lack of water as it has suffered in the past. Thus, an accumulation was planned for many years
that were confirmed in the work, since with the population increase and an increase in
consumption, there is an accumulation that supplies all this need.

Keywords: Analysis of water resources; Water Demand; Lack of water.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Bacias Hidrográficas ...................................................................................... 32


Figura 2 – Volume atual dos reservatórios do Ceará....................................................... 33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Principais reservatórios da sub-bacia do Alto Jaguaribe e a capacidade de


acumulação. .............................................................................................................................. 35
Tabela 2 - Distribuição dos pontos de água por municípios. .......................................... 36
Tabela 3 - Características das adutoras. .......................................................................... 37
Tabela 4 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em implantação
.................................................................................................................................................. 38
Tabela 5 - Principais reservatórios da sub-bacia do Médio Jaguaribe e capacidade de
acumulação. .............................................................................................................................. 40
Tabela 6 - Distribuição dos pontos de água por municípios.Error! Bookmark not
defined.
Tabela 7 - Características das adutoras. .......................................................................... 41
Tabela 8 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em implantação.
.................................................................................................................................................. 42
Tabela 9 - Principais reservatórios da sub-bacia do Baixo e capacidade de acumulação.
.................................................................................................................................................. 43
Tabela 10 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 44
Tabela 11 - Características das adutoras.......................................................................... 44
Tabela 12 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 45
Tabela 13 - Principais reservatórios da sub-bacia do Banabuiú e capacidade de
acumulação ............................................................................................................................... 47
Tabela 14 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 48
Tabela 15 - Características das adutoras. ........................................................................ 49
Tabela 16 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 50
Tabela 17 - Principais reservatórios da bacia do Curu e capacidade de acumulação ..... 51
Tabela 18 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 52
Tabela 19 - Características das adutoras. ........................................................................ 53
Tabela 20 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 54
Tabela 21 - Principais reservatórios da sub-bacia do Salgado e capacidade de acumulação
.................................................................................................................................................. 55
Tabela 22 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 56
Tabela 23 - Características das adutoras. ........................................................................ 57
Tabela 24 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 58
Tabela 25 - Principais reservatórios das bacias Metropolitanas e capacidade de
acumulação ............................................................................................................................... 60
Tabela 26 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 60
Tabela 27 - Características das adutoras. ........................................................................ 62
Tabela 28 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 63
Tabela 29 - Tabela 1. Principais reservatórios da bacia do Acaraú e capacidade de
acumulação ............................................................................................................................... 65
Tabela 30 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 66
Tabela 31 - Características das adutoras. ........................................................................ 67
Tabela 32 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 68
Tabela 33 - Principais reservatórios da bacia do Coreaú e capacidade de acumulação .. 70
Tabela 34 - Distribuição dos pontos de água por municípios ......................................... 70
Tabela 35 - Características das adutoras. ........................................................................ 71
Tabela 36 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação. .............................................................................................................................. 72
Tabela 37 - Principais reservatórios da bacia do Litoral e capacidade de acumulação. .. 73
Tabela 38 - Distribuição dos pontos de água por municípios. ........................................ 74
Tabela 39 - Características das adutoras. ........................................................................ 75
Tabela 40- Principais reservatórios da bacia do Poti-Longa e capacidade de acumulação.
.................................................................................................................................................. 77
Tabela 41- Distribuição dos pontos de água por municípios. ......................................... 77
Tabela 42- Características das adutoras. ......................................................................... 78
Tabela 43 – Nova demanda de abastecimento humano do Alto do Jaguaribe. ............... 80
Tabela 44 – Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. ......... 81
Tabela 45- Demanda Total da Bacia do Alto Jaguaribe. ................................................. 81
Tabela 46 - Nova demanda de abastecimento humano do Médio do Jaguaribe. ............ 82
Tabela 47 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. .......... 83
Tabela 48 - Demanda Total da Bacia do Médio Jaguaribe. ............................................. 83
Tabela 49 - Nova demanda de abastecimento humano do Baixo Jaguaribe. .................. 84
Tabela 50 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. .......... 84
Tabela 51 - Demanda Total da Bacia do Baixo Jaguaribe. .............................................. 84
Tabela 52 - Nova demanda de abastecimento humano do Banabuiú. ............................. 85
Tabela 53 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017 ........... 85
Tabela 54 - Demanda Total da Bacia do Banabuiú. ........................................................ 86
Tabela 55- Nova demanda de abastecimento humano do Curu. ..................................... 86
Tabela 56- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017 ............ 87
Tabela 57- Demanda Total da Bacia do Curu. ................................................................ 87
Tabela 58- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Salgado. ................. 88
Tabela 59- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017 ............ 89
Tabela 60- Demanda Total da Bacia do Salgado. ............................................................ 89
Tabela 61- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia Metropolitana.............. 90
Tabela 62- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. ........... 90
Tabela 63- Demanda Total da Bacia Metropolitana ........................................................ 91
Tabela 64- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Acaraú. ................... 91
Tabela 65- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. ........... 92
Tabela 66- Demanda Total da Bacia Acaraú. .................................................................. 92
Tabela 67- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Coreaú. ................... 93
Tabela 68- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. ........... 94
Tabela 69- Demanda Total da Bacia Coreaú. .................................................................. 94
Tabela 70- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Litoral. ................... 94
Tabela 71- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017. ........... 95
Tabela 72- Demanda Total da Bacia Coreaú. .................................................................. 95
Tabela 73- Demanda para a Sub-bacia do Sertão do Crateús. ........................................ 96
Tabela 74-Demanda para a Sub-bacia da Serra da Ibiapaba. .......................................... 97
Tabela 75- Nova Demanda do Estado do Ceará.............................................................. 98
Tabela 76- Demanda humana para a população do ano de 2017 no Estado do Ceará. ... 98
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentar
COGERH Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
Funceme Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos
Sohidra Superintendência de Obras Hidráulicas
DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
Funasa Fundação Nacional de Saúde
SDH Secretaria de Desenvolvimento Regional
Planerh Plano Estratégico de Recursos Hídricos do Ceara
CPMR Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais
CAGECE Companhia de Água e Esgoto
trad. Tradutor
LISTA DE SÍMBOLOS

$ Dólar
% Porcentagem
© Copyright
® Marca Registrada
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 29

1.1. Justificativa .......................................................................................................... 29

1.2 Objetivos ............................................................................................................... 30

1.3 Metodologia .......................................................................................................... 30

1.3.1 Estudo dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará ....................................... 30

1.3.2 Estudo da nova demanda hídrica.................................................................... 30

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA) .................... 32

2.1 Estado do ceará ..................................................................................................... 32

2.2 Sub-bacia do rio do Alto Jaguaribe ....................................................................... 34

2.3 Sub-bacia do rio do Baixo Jaguaribe .................................................................... 43

2.4 Sub-bacia do Banabuiú ......................................................................................... 46

2.6 Sub-bacia do Salgado ............................................................................................ 54

2.7 Sub-bacias metropolitanas .................................................................................... 59

2.8 Sub-bacia do Rio Acaraú ....................................................................................... 64

2.9 Sub-bacia do Rio Coreaú ...................................................................................... 69

2.10 Sub-bacia do litoral ............................................................................................. 73

2.11 Sub-bacia do Poti-longa ...................................................................................... 76

3 RESULTADOS E CONCLUSÕES .............................................................................. 79

3.1- Situação atual da sub-bacia do Rio do Alto Jaguaribe ......................................... 80

3.2- Situação atual da sub-bacia do Rio do Medio Jaguaribe ..................................... 82

3.3 - Situação atual da sub-bacia do rio do Baixo Jaguaribe ...................................... 83

3.4- Situação atual da sub-bacia do Banabuiú. ........................................................... 85

3.5- Situação atual da sub-bacia do Curu. ................................................................... 86

3.6- Situação atual da sub-bacia do Salgado. .............................................................. 88

3.7- Situação atual da sub-bacia metropolitana........................................................... 89

3.8- Situação atual da sub-bacia do Acaraú. ............................................................... 91

3.9- Situação atual da sub-bacia do Coreaú. ............................................................... 93


3.10- Situação atual da sub-bacia do litoral. ............................................................... 94

3.11- Situação atual da sub-bacia do sertão do Crateus. ............................................. 95

4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 98
1 INTRODUÇÃO

O Brasil vem passando por uma grave crise hídrica, não só decorrente de fatores
climáticos, como também de vários outros aspectos: má gestão pública, desperdício,
poluição, desmatamento e etc. tendo em vista isso, torna-se essencial a análise de todos
esses fatores para a melhor gestão dos recursos hídricos.
No estado do Ceará essa análise é fundamental, devido a sua localização, o estado
está localizado no semi-árido brasileiro, tendo baixa precipitação pluviométrica,
temperaturas altas, taxa elevada de evapotranspiração, entre outras características que
torna fundamental uma boa gestão de recursos hídricos para que não ocorra a falta de
água que é um bem essencial para a vida.
Tendo em vista isso o trabalho tenta trazer uma análise dos recursos hídricos do
estado do Ceará para a busca de soluções em prol de diminuir o efeito dessa crise hídrica,
que afeta gravemente a população de uma maneira geral.

1.1. Justificativa
O Ceará possui 86,8% de sua área na região do semi-árido brasileiro, de acordo
com a portaria N° 89 de março de 2005, do Ministério da Integração Nacional. A principal
característica desse clima são as secas prolongadas, outras características marcantes desse
tipo de região são: caatinga com principal vegetação, embasamento cristalino, solos rasos
de fácil erosão e pouco permeável, elevadas temperaturas, taxa elevada de
evapotranspiração, entre outros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que nos últimos
dez anos, a população cearense registrou um incremento populacional de 1.021.720
milhões de habitantes. Dos 8.452.381 milhões de habitantes do Ceará, 6.346.557 estão na
zona urbana e apenas 2.492.269 estão na área rural.
De acordo com o levantamento feito pela Fundação Cearense de Meteorologia
(Funceme), com base no volume de chuva dos últimos 100 anos, desde 1910 que o Ceará
não tem uma seca tão severa com a dos últimos cinco anos.
Tendo em vista tudo isso é que se vê a importância da análise de todo o
gerenciamento hídrico do estado, assim sendo, pode se evitar graves prejuízos causados
pela seca.
1.2 Objetivos

Verificar a gestão de recursos hídricos do estado do Ceará: analisando as principais


demandas (consumo, indústria, agricultura ou pecuária) de cada região, calcular uma nova
demanda para a população do ano de 2017, a situação hídrica dos principais reservatórios
que abastece as regiões, a busca por vazios hídricos no estado.

1.3 Metodologia

O método utilizado para essa pesquisa foi realizado em duas etapas: o estudo da
situação dos recursos hídricos do Estado do Ceará e da nova demanda hídrica devido ao
aumento populacional.
1.3.1 Estudo dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará
O estudo se resume em uma pesquisa exploratória baseada no Pacto das águas do
Estado do Ceará (2007- 2010), que teve como objetivo discutir alternativas para a
segurança hídricas do estado, esse pacto resultou no plano estratégico e no estudo de todas
as 12 bacias hidrográficas.
Esse estudo teve essencial importância para o entendimento e captação da situação
de todas as bacias que compõem o estado tendo em vista que isso se torna fundamental
para o conhecimento da nova demanda devido ao aumento da população e da quantidade
de água que se necessita cada dia mais para se realizar os principais trabalhos no dia-a-
dia, ainda realizar a crítica sobre a situação dos recursos hídricos do Estado do Ceará.
1.3.2 Estudo da nova demanda hídrica.
Depois da pesquisa, realizou-se o estudo de uma nova demanda hídrica com relação
ao novo número de habitantes do estado e levando em conta a média por dia de consumo
de água da população do Estado em pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS).
Com a sínteses desses dados se encontrou a demanda de cada bacia hidrográfica do
Ceará, tendo em vista as condições de cada uma e a malha hídrica se tem uma análise de
como se encontra a situação dos recursos hídricos de todas elas em relação ao aumento
populacional e aos anos em que se foram projetados cada reservatório e para cada
demanda, sendo ela principal para consumo humano, irrigação ou industrial.
Tendo em vista os anos de escassez de chuvas no Estado, vários reservatórios estão
com níveis muito baixos de armazenamentos, levando em conta a demanda hídrica da
população que se tem calculada se faz uso dessas informações para chegar a uma
conclusão do tempo que se tem de água para a comunidade de cada bacia e se fazer um
trabalho de conscientização da população para um possível racionamento mais severo de
água.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresenta um estudo para uma melhor compreensão da situação dos
recursos hídricos do estado do Ceará, logo após a situação de cada sub-bacia que integra
o estado, apresentado todas suas características próprias para a melhor compreensão do
tema proposto.

2.1 ESTADO DO CEARÁ


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último
censo realizado no ano de 2010, a população do estado do Ceará é de 8.488.055 de
habitantes distribuídos em 150 Municípios em uma área 148.826 km². Esse levantamento
é divido em 12 doze bacias hidrográficas: Bacia do Rio do Alto Jaguaribe, Bacia do Rio
do Médio Jaguaribe, Bacia do Rio do Baixo Jaguaribe, Bacia do Rio Banabuiú, Bacia do
Rio Curu, Bacia do Rio Salgado, Bacia da Região Metropolitana de Fortaleza, Bacia do
Rio Aracaú, Bacia do Rio Coreaú, Bacia do Litoral, Bacia dos Sertões de Crateús, Bacia
da Serra da Ibiapaba. Figura 1 – Bacias Hidrográficas
Segundo o Pacto das Águas (2008), no Ceará e particularmente no seu semi-árido,
devido as suas peculiaridades, os recursos naturais apresentam uma real fragilidade as
ações atrópicas. Áreas fundamentais no ciclo hidrológico estão degradadas tais como:
mata ciliares, mangues, encostas, rios e nascentes, especialmente devido ações humanas,
comprometendo os recursos hídricos em termos qualitativos e quantitativos.
O quadro atual reflete a utilização não sustentável dos recursos naturais de forma
geral e, mais especificamente, dos recursos hídricos (como é o caso, por exemplo, da
agricultura irrigada que apresenta geralmente uma eficiência baixa) com grande
desperdício, contribuindo para a diminuição da disponibilidade da oferta de água. O
desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a
agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de
populações da fauna silvestre, a qualidade da água e o equilíbrio do clima e do solo.
Figura 2 – Volume atual dos reservatórios do Ceará

Fonte: cogerh
2.2 SUB-BACIA DO RIO DO ALTO JAGUARIBE

A Sub-bacia do Rio do Alto Jaguaribe tem 498.000 mil habitantes, divididos em 24


municípios com área aproximada de 24.600 km², localiza-se a montante do açude Orós.
O rio Jaguaribe, nessa região, possui uma extensão de 325 km. A sub- bacia tem como
RECURSOS

principais afluentes os rios Bastiões, Trussu e Cariús, além dos riachos Carrapateiras,
Trici, Puiú e Conceição. Em termos de acumulação de águas superficiais, a região do Alto
HÍDRICOS

Jaguaribe apresenta uma capacidade hídrica de 2.778,52 hm³, em 24 reservatórios


públicos.
Apesar de apresentar expressivo volume de acumulação de águas superficiais, a
2

região e considerada deficitária pela quantidade de trechos de rios perenizados, onde os


6

grandes reservatórios estão no terço inferior da bacia, isto é, o mais na jusante possível o
que caracteriza as regiões hidrográficas que formam nascentes do curso d’água principal.
A oferta hídrica subterrânea é gerada pelos sistemas aquíferos da bacia representados por
Bacia Sedimentar do Araripe, Bacia Sedimentar do Iguatu, Aluviões e Cristalino.
Dos 27 (vinte e sete) municípios pertencentes a esta sub-bacia, 23 estão
integralmente dentro dela: Acopiara, Aiuaba, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe,
Arneiroz, Assaré, Catarina, Campos Sales, Cariús, Farias Brito, Iguatu, Jucás, Nova
Olinda, Orós, Parambu, Potengi, Quixelô, Saboeiro, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas,
Tauá; e quatro parcialmente: Caririaçu (9,90%), Crato (18,31%), Icó (1,61%), Várzea
Alegre (18,57%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Geologicamente a sub-bacia do Alto Jaguaribe é constituída de rochas do
embasamento cristalino pré-cambriano (81,28%), representado por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas
e metaplutônicas de composição predominantemente granítica. Sobre esse
substrato repousam depósitos sedimentares (18,72%) como os da Bacia
Sedimentar do Araripe constituída por arenitos, conglomerados, siltitos,
folhelhos, calcários, margas e gipsita; das coberturas de idade terciária
constituídas de areia, argilas e cascalhos e das quaternárias (aluviais), formadas
por areias, siltes, argilas e cascalhos, que se distribuem ao longo dos principais
cursos d’água que drenam a sub-bacia. Esta característica limita a quantidade
de água armazenada em seu subsolo e contribui para o aumento do escoamento
e da evaporação da água que nele se precipita. Assim, há escoamento nos rios
1

e riachos somente nos períodos chuvosos (SRH, 2005), ou seja, possui


características de drenagem com regime intermitente sazonal ou esporádico.
Fora da estação das chuvas os leitos dos rios permanecem secos, com exceção
das áreas perenizadas artificialmente. (Pacto das Águas,2008).

Segundo o Pacto das Águas (2008), a oferta hídrica no Alto Jaguaribe engloba 12,
dos 19 principais reservatórios da sub-bacia, aqueles com capacidade maior que 10 milhões
de metros cúbicos, tendo em vista que os açudes com capacidade menor do que 10 milhões
de metros cúbicos têm como principal função a acumulação de volumes de água que ficam
estocados, após a estação chuvosa (de fevereiro a maio), para serem depois utilizados na
estação seca (demais meses) do mesmo ano. Não servem, no entanto, como reservas
interanuais, pois, quando da ocorrência de anos secos consecutivos, tais reservatórios não
apresentam volumes para o atendimento às demandas (SRH, 2005).
Na Tabela 1 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta sub-bacia.

Tabela 1 – Principais reservatórios da sub-bacia do Alto Jaguaribe e a capacidade de


acumulação.
Nome do Açude Município Capacidade de
Acumulação (m³)
Arneiroz II Arneiroz 197.060.000
Benguê Aiuaba 19.560.000
Canoas Assaré 69.250.000
Do Coronel Antonina do Norte 1.770.000
Espírito Santo Parambu 3.390.000
Favelas Tauá 30.100.000
Faé Quixelô 23.400.000
Forquilha II Tauá 3.400.000
Muquém Cariús 47.643.000
Orós Orós 1.940.000.000
Parambu Parambu 8.530.000
Pau Preto Potengi 1.770.000
Poço da Pedra Campos Sales 52.000.000
Quincoé Acopiara 7.130.000
Rivaldo de Carvalho Catarina 19.520.000
Trici Tauá 16.500.000
Trussu Iguatu 301.000.000
Valério Altaneira 2.020.000
Várzea do Boi Tauá 51.910.000
TOTAL 19 açudes 2.795.953.000

Fonte: Planerh, 2005


A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na sub-bacia,
geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM (Empresa Pública
Vinculada ao Ministério de Minas e Energia) e nos cadastros de poços da Funceme,
Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até 2006, mostram a
existência de 2.662 pontos d’água, sendo: 2.304 poços tubulares; 306 poços amazonas e 52
RECURSOS

fontes naturais , captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas. (Pacto das
Águas, 2008).
HÍDRICOS

A Tabela 2 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, a distribuição


espacial destes, com destaque para os municípios de Tauá e Iguatu, que detém 21,81% e
3

11,18% dos pontos d’água, respectivamente.


0

Tabela 2 - Distribuição dos pontos de água por municípios.


Município Poço Poços Fontes Total
s Amazonas Naturais
Tubul
ares
Acopiara 162 3 - 165
Aiuaba 97 - - 97
Altaneira 62 1 63
Antonina do 30 4 - 34
Norte
Araripe 98 9 1 108
Arneiroz 114 - - 114
Assaré 117 - - 117
Campos Sales 204 - 1 205
Caririaçu 2 - - 2
Cariús 87 - - 87
Catarina 43 1 - 44
Cedro 1 - - 1
Crato 1 - 5 6
Farias Brito 62 3 - 65
Iguatu 282 1 - 283
Jucás 22 1 - 23
Nova Olinda 62 4 10 76
Orós 30 - - 30
Parambu 132 58 3 193
Pique Carneiro 3 - - 3
Potengi 66 3 - 69
Quixelô 93 5 - 98
Saboeiro 26 - - 26
Salitre 69 - - 69
Santana do 37 1 30 69
Cariri
Tarrafas 54 7 - 61
Tauá 345 206 1 552
Várzea Alegre 3 - - 3
TOTAL GERAL 2304 306 13 2.662
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009

Os sistemas de transferência de água nesta sub-bacia englobam 9 adutoras, um eixo


de integração e 520,93 Km de perenização de trecho de rio, no ano de 2008
(COGERH,2008). Na tabela 3 estão listadas as principais características dos sistemas de
transferência dessa sub-bacia.
Tabela 3 - Características das adutoras.

Adutora Município Fonte Extensão Vazão População


Hídrica (Km) (l/s) Beneficiad
a
Aiuaba Aiuaba Açude 2,60 11,00 3551
Benguê
Assaré Assaré Açude 10,82 33,00 15.702
Canoa
Campos Araripe- Poço 103,12 96,00 45.302
Sales – Campos Pioneiro
Sales
- Salitre
Salitre
Cariús – Cariús – Rio Cariús 4,40 24,00 23.104
Jucás Jucás
Catarina Catarina Açude 19,59 25,55 12.918
Rivaldo
Carvalho
Catolé dos Iguatu Açude 2,00 1,00 700
Timóteos Trussu
Iguatu Iguatu Açude 19,50 180,29 53.506
Trussu
Itaguá Campos Açude Poço 4,20 4,00 1.000
Sales da Pedra
Trici- Tauá Tauá Açude Trici 19,60 52,00 26.000
Fonte: SRH, 2009
No que concerne à demanda humana que corresponde a 11.135.685 m3/ano e a
2,94% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-
se somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior
a 10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial, esta sub-bacia apresenta uma necessidade de 3.416.102
m3/ ano, o que corresponde a 1,79% da demanda Estadual. Para irrigação, tem-se,
segundo o Planerh (2005), uma demanda de 14.277.000 m3/ano, 1.566.000 m3/ano para
atendimento aos perímetros públicos, com área total de 87 ha e 12.711.000 m3/ano para
perímetros privados, com área total de 1.235 há. (SRH, 2005).(Pacto das Águas,2008)

Tabela 4 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação

Perímetro Área (ha) Demanda (hm³/ano)

Cachoeirinha 31 0,558

Jucás I e II 56 1,008

TOTAL 87 1,566

Fonte: Planerh, 2005

Tendo em vista toda essa demanda para a área industrial, se chega aos percentuais
relativos a cada uma delas, dasub- bacia do Alto Jaguaribe, onde se verifica que a maior
demanda se refere à irrigação.
2.2 SUB-BACIA DO RIO DO MEDIO JAGUARIBE

A Sub-bacia do Rio do Médio Jaguaribe tem aproximadamente 203.000 mil


habitantes, possui uma área de 10.376 km². Com um curso de aproximadamente 171 km
de extensão compreendida entre a válvula do açude Orós e a ponte de peixe Gordo, na
Br-116. No intervalo entre esses dois pontos, mais especificamente em Jaguaribara, foi
construído o açude Castanhão, que pereniza um trecho da Bacia do Médio e é responsável
pela perenização ao longo da região da Bacia do Baixo Jaguaribe, até a foz do Rio
Jaguaribe.
A Sub-bacia do Médio Jaguaribe drena 9 (nove) municípios integralmente: Alto
Santo, Deputado Irapuan Pinheiro, Ererê, Iracema, Jaguaribe, Pereiro, Potiretama, São João

Figura 3 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Alto Jaguaribe.

do Jaguaribe, Solonópole e 07 (sete) parcialmente, Icó (40,15%), Jaguaribara (91,79%),

1
Jaguaretama (58,12%), Limoeiro do Norte (1,15%) Milhã (56,44%), Orós (7,31%) e
Tabuleiro do Norte (21,47%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:

Segundo o Pacto das Águas (2008), A consolidação da oferta hídrica desta Sub-
bacia engloba 13 (treze) principais reservatórios, é nela também que está localizado o
açude Castanhão, o maior do Estado. Possui um total de 4.592 reservatórios (COGERH,
2008), destes, 997 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destaca-se o açude
Castanhão, responsável por mais de 97% do total armazenado nesta Sub-bacia.
RECURSOS
HÍDRICOS
Verifica-se, nesta Sub-bacia, a predominância de rochas do embasamento
cristalino (88,56%) representadas por gnaisses e migmatitos diversos, associados
a rochas plutonica e metaplutonicas de composição predominantemente granítica,
de idade Pré-Cambriana. Sobre esse substrato, repousam os sedimentos (11,44%)
cretáceos da Bacia Sedimentar do Apodi (Formações Açu e Jandaíra), terciários
do Grupo Barreiras, coberturas tércio- quaternárias, que afloram sob a forma de
manchas esparsas, ao longo da região, e coberturas aluviais, de idade quaternária,
encontradas ao longo dos principais cursos d’água (Pacto das Águas,2008).

Na Tabela 5 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 5 - Principais reservatórios da sub-bacia do Médio Jaguaribe e capacidade de
acumulação.

RECURSOS
Capacidade de
Nome do Açude Município
Acumulação (m³)
Adauto Bezerra Pereiro 5.250.000
Canafístula Iracema 13.110.000
Castanhão Alto Santo 6.700.000.000
Ema Iracema 10.390.000
Jenipapeiro Dep. Irapuan Pinheiro 17.000.000
Joaquim Távora Jaguaribe 26.772.800
Madeiro Pereiro 2.810.000
Nova Floresta Jaguaribe 7.610.000
Potiretama Potiretama 6.330.000
Riacho do Sangue Solonópole 61.424.000
Santa Maria Ererê 5.866.800
Santo Antônio Iracema 832.000
Tigre Solonópole 3.510.000
TOTAL 13 açudes 6.860.905.600
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na Sub-bacia,
geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros
de poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 929 pontos d’água, sendo: 876 poços tubulares; 52 poços
amazonas; e 1 fonte natural captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas
(Pacto das Águas,2008).
A Tabela 6 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, com
destaque para o município de Jaguaribe que detêm 12,16% dos pontos d’água.
Tabela 6 - Distribuição dos pontos de água por municípios.

Poços Poços Fontes


Município To
Tubulares Amazonas Naturais tal
Alto Santo 103 5 - 108
Dep. Irapuan 52 8 - 60
Pinheiro
Ererê 58 5 - 63
Icó 34 1 - 35
Iracema 67 14 - 81
Jaguaretama 81 5 - 86
Jaguaribara 42 1 1 44
Jaguaribe 111 2 - 113
Limoeiro do 1 - - 1
Norte
Milhã 73 1 - 74
Orós 3 - - 3
Pereiro 34 1 - 35
Potiretama 43 - - 43
São João do 36 - - 36
Jaguaribe
Solonópole 82 9 - 91
Tabuleiro do 56 - - 56
Norte
TOTAL GERAL 876 52 1 929
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta Sub-bacia englobam 2 (dois) trechos, dos
Eixos Orós-Feiticeiro e Castanhão-Curral Velho e 216,59 Km de perenização de trecho de
rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). Suas principais características estão listadas na
3

Tabela 3.
0

Tabela 7 - Características das adutoras.

Extensão Vazão
Eixo Município Fonte
(Km) (l/s)
Hídrica
Orós - Orós e Jaguaribe açude Orós 18,22 22,00
Feiticeiro
Castanhão- Jaguaribara- açude 53,60 1,72
Curral Velho Alto Santo-Morada Castanhão
Nova
RECURSOS

Fonte: SRH, 2009


A demanda hídrica humana para esta Sub-bacia corresponde a 3.956.625 m3/ano e
a 1,05% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial a Sub-bacia do Médio apresenta uma necessidade de
1.631.877 m3/ano, o que corresponde a 0,85% da demanda Estadual. Para irrigação, tem- se,
segundo o Planerh 2005, uma demanda de 154.645.000 m3/ano, 104.292.000 m3/ ano para
atendimento aos perímetros públicos, com área total de 5.794 há e 50.353.000 m3/ano para
perímetros privados, com área total de 5.070 ha (SRH, 2005).
Tabela 8 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em implantação.

Perím Área (ha) Demanda


etro (hm³/ano)
Altinho 204 3,672
Chapada do Apodi – 1ª. 2.893 52,074
Etapa
Chapada do Apodi – 2ª. 2.500 45,000
Etapa
Ema 42 1,756
Niterói 30 0,540
Xique-Xique – 1ª. Etapa 125 2,250
TOTAL 5.794 104,292
Fonte: Planerh, 2005

Tendo em vista tudo isso se chega aos percentuais relativos a cada uma das demandas
da sub- bacia do Médio Jaguaribe, onde se verifica que a maior demanda se refere à
irrigação.
Figura 4 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Médio
Jaguaribe.
RECURSOS
3

Fonte: Planerh, 2005


2.3 SUB-BACIA DO RIO DO BAIXO JAGUARIBE

A Sub-bacia do Rio do Médio Jaguaribe tem aproximadamente 229.000 mil


habitantes, possui uma área de 6.900 km² percorrendo cerca de 137 km, que se estende
desde a Ponte de Peixe Gordo na BR-116 até a sua foz, localizada na cidade de Fortim. O
rio Jaguaribe, nessa região, tem como principal tributário o rio Palhano, no qual está
localizado o único reservatório gerenciado pela COGERH desta sub-bacia, o açude Santo
Antônio de Russas.
A sub-bacia do Baixo Jaguaribe drena área de 13 (treze) municípios, três
integralmente: Icapuí, Itaiçaba, Jaguaruana, Quixeré e os demais, parcialmente: Alto

2
Santo (0,31%), Aracati (91,03%), Fortim (34,39%), Ibicuitinga (40,32%) Limoeiro do
Norte (70,77%), Morada Nova (19,38%), Palhano (59,53%), Russas (96,01%) e Tabuleiro
do Norte (77,82%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Na Sub-bacia do Baixo Jaguaribe observa-se um predomínio de rochas
sedimentares (74,30%) que engloba as seguintes unidades litoestratigráficas:
Grupo Apodi, representado pelas formações Jandaira (calcários) e Açu
(folhelhos e arenitos finos a médios) sedimentos clásticos do Grupo Barreiras
(Formação Faceiras: conglomerados basais e Indiviso: arenitos argilosos),
Dunas/Paleodunas e aluviões. As rochas cristalinas (25,70%), ocupando a porção
oeste da Bacia, estão inseridas no contexto geológico da Província Borborema,
com unidades litológicas representadas pelo Grupo Orós, que é compostopor
micaxistos diversos e o Complexo Jaguaretama, constituído de ortognaisses
migmatizados, granitos e tonalitos. (Pacto das Águas,2008).

Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta Sub-bacia
engloba 1 (um) reservatório, possui um total de 660 reservatórios (COGERH, 2008),
destes, 260 apresentam área superior a 5 ha (FUNCEME, 2008).
Na Tabela 9 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
RECURSOS

Tabela 9 - Principais reservatórios da sub-bacia do Baixo e capacidade de acumulação.


HÍDRICOS

Capacidade de Acumulação
Nome do Açude Município
(m³)
Santo Antônio de Russas 24.000.000
Russas
TOTAL 1 açude 24.000.000
2

.Fonte: Cogerh, 2009


4

A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na Sub-bacia,


geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de
poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 1.361 pontos d’água, sendo: 1.327 poços tubulares; 33
poços amazonas e 1 fonte natural, captando água tanto em rochas sedimentares como
cristalinas. (Pacto das Águas, 2008).
RECURSOS

A Tabela 10 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com destaque


para o município de Aracati que detém 22,48% dos pontos de água.
HÍDRICOS

Tabela 10 - Distribuição dos pontos de água por municípios

Poços Poços Fontes


2

Município Tubulares Amazonas Naturais Total


Aracati 301 5 - 306
8

Fortim 54 1 - 55
Ibicuitinga 22 - - 22
Icapuí 67 - - 67
Itaiçaba 23 - - 23
Jaguaruana 113 - - 113
Limoeiro do 156 2 - 158
Norte
Morada Nova 99 - - 99
Palhano 24 - - 24
Quixeré 116 15 - 131
Russas 232 7 - 239
Tabuleiro do 120 3 1 124
Norte
TOTAL GERAL 1327 33 1 1.361
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta Sub-bacia englobam 6 (seis) adutoras
e 20,52 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As
principais adutoras construídas beneficiem cerca de 20.860 pessoas. Suas principais
características estão listadas na Tabela 11.
Tabela 11 - Características das adutoras.
Extens Vaz Populaçã
RECURSOS

E Município Fonte
ão ão o
i Hídrica
x (Km) (l/ Beneficia
o s) da
Batente- Morada Nova açude 45,20 14,0 4109
Patos Batente 0
3
Cabeça Limoeiro do Canal do 2,54 3,00 1932
Preta Norte DIJA/ Chapada
do Apodi
Palhano Aracati / Canal do 22,70 18,0 8012
Itaiçaba / Traba- lhador 0
Palhano
Saco Limoeiro do Canal do 15,00 3,00 2555
Verde- Norte / DIJA/ Chapada
Cabeça Tabuleiro do do Apodi
Preta Norte
Tomé Limoeiro do Canal do 4,00 4,00 2765
Norte DIJA/ Chapada
do Apodi
Vila do Russas Poço 6,00 6,00 1500
Peixe Amazonas

RECURSOS
Fonte: SRH, 2009

A demanda hídrica humana para esta sub-bacia corresponde a 7.399.203 m3/ano e


a 1,96% da demanda para o estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial a sub-bacia do Baixo apresenta uma necessidade de
6.769.456 m3/ano, o que corresponde a 3,54% da demanda Estadual. Para irrigação, tem- se,

3
segundo o Planerh (2005), uma demanda de 54.110.000 m3/ano, 10.620.000 m3/ ano para
atendimento aos perímetros públicos, com área total de 590 ha e 43.490.000 m3/s para
perímetros privados, com área total de 5.654 ha.

Tabela 12 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação.

Perí Área (ha) Demanda


met (hm³/ano)
ro
Jaguaruana 202 3,636
Quixeré 199 3,582
Santo Antônio de Russas – 1ª. 189 3,402
Etapa
TOTAL 590 10,620
Fonte: Planerh, 2005
Na Figura 5 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da
Sub- bacia do Baixo Jaguaribe, onde se verifica que a maior demanda refere-se à irrigação.
Figura 5 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Baixo Jaguaribe

Fonte: Planerh, 2005

2.4 SUB-BACIA DO BANABUIÚ

A Sub-bacia do Banabuiú tem aproximadamente 501.000 mil habitantes, possui


uma área de 19.810 km². Desenvolve-se no sentido oeste-leste, percorrendo um curso total
de 314 km, até desaguar no rio Jaguaribe nas proximidades da cidade de Limoeiro do Norte.
Sua área equivale a 13% do território cearense
A Sub-bacia do Banabuiú drena 15 (quinze) municípios: Banabuiú, Boa Viagem,
Ibicuitinga, Itatira, Madalena, Mombaça, Monsenhor Tabosa, Morada Nova, Pedra
Branca, Piquet Carneiro, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Limoeiro do Norte
e Milhã, estes dois últimos drenados parcialmente.

Sobre a geologia dessa sub-bacia:


A Sub-bacia do Banabuiú apresenta um padrão geológico simples, observando-
se um predomínio de rochas do embasamento cristalino (96,53%),
representadas por gnaisses e migmatitos diversos, associados a rochas
plutônicas e metaplutônicas de composição predominantemente granítica, Pré-
Cambriano. Sobre esse substrato, repousam os sedimentos (3,47%) terciários
ASPECTOS

do Grupo Barreiras, coberturas tércio-quaternárias, que afloram sob a forma de


manchas esparsas, ao longo da região, e coberturas aluviais, de idade
quaternária, encontradas ao longo dos cursos d’água. (Pacto das Águas,2008).

Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta sub-bacia
1
engloba 14 (quatorze) dos 18 (dezoito) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-
bacia caracteriza-se pelo alto nível de açudagem possui um total de 5.825 reservatórios
(COGERH, 2008), destes, 1.415 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).

Na Tabela 13 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


reservatórios localizados nesta Sub-bacia.

Tabela 13 - Principais reservatórios da sub-bacia do Banabuiú e capacidade de


acumulação
RECURSOS

Nome do Açude Munic Capacidade de Acumulação


ípio (m³)
HÍDRICOS

Banabuiú Banabuiú 1.601.000.000

Capitão Mor Pedra Branca 6.000.000


Cedro Quixadá 126.000.000
2

Cipoada Morada Nova 86.090.000

2
Curral Velho Morada Nova 12.165.745
6

Fogareiro Quixeramobim 118.820.000

Jatobá Milha 1.070.000

Mons. Tabosa Monsenhor Tabosa 12.100.000

Patu Senador Pompeu 71.829.000

Pedras Brancas Quixadá 434.040.000


Pirabibu Quixeramobim 74.000.000

Poço Do Barro Morada Nova 52.000.000


Quixeramobim Quixeramobim 54.000.000
São José I Boa Viagem 7.670.000
São José II Piquet Carneiro 29.140.000

Serafim Dias Mombaça 43.000.000


Trapiá II Pedra Branca 18.190.000
Vieirão Boa Viagem 20.960.000

TOTAL 18 açudes 2.768.074.745


Fonte: Cogerh, 2009

A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na sub-bacia,


geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de
poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 2.900 pontos d’água, sendo: 2.624 poços tubulares; 272
poços amazonas; e 4 fontes naturais, captando água tanto em rochas sedimentares como
cristalinas.
RECURSOS

A Tabela 14 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com destaque


para o município de Morada Nova que detêm 22,86% dos pontos d’água e, 39,44% dos
HÍDRICOS

poços em aluvião

Tabela 14 - Distribuição dos pontos de água por municípios


2

Município Poços Poços Fontes Tot


Tubulares Amazonas Naturais al
8

Banabuiú 123 9 - 132


Boa Viagem 180 57 2 239
Dep. Irapuan Pinheiro 1 1 - 2
Ibicuitinga 46 - - 46
Itatira 131 3 - 134
Jaguaretama 74 3 - 77
Jaguaribara 6 - - 6
Limoeiro do Norte 219 8 - 227
Madalena 105 1 - 106
Milhã 20 - - 20
Mombaça 119 14 1 134
Monsenhor Tabosa 104 42 1 147
Morada Nova 599 64 - 663
Pedra Branca 122 25 - 147
Piquet Carneiro 73 4 - 77
Quixadá 270 20 - 290
Quixeramobim 273 15 - 288
Santa Quitéria 4 - - 4
São João do Jaguaribe 1 - - 1
Senador Pompeu 151 6 - 157
Tamboril 2 - - 2
Tauá 1 - - 1
TOTAL GERAL 2624 272 4 2.900
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta sub-bacia englobam 11 (onze)
3

adutoras, dois eixos de integração (Fogareiro-Pirabibu e Castanhão-Curral Velho) e


467,47 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As principais
adutoras construídas beneficiam 108.173 e com suas principais características listadas na
Tabela 15.

Tabela 15 - Características das adutoras.

Extensã Vaz Populaçã


Adutora Município Fonte Hídrica
o ão o
(Km) (l/ Beneficiad
s) a
Cangati Quixeramobi Poço amazonas 6,10 5,00 6.000
m no
leito do Banabuiú
Catolé da Piquet Açude S. Miguel 1,00 2,00 1.400
Pista Carneiro
Ibicuitinga Ibicuitinga Rio Banabuiú 33,10 18,00 6.280
Km 20 Senador Açude Patu 9,00 3,00 1.626
Pompeu
Mons. Mons. Tabosa Acude 4,60 23,00 5.652
Tabosa Monsenhor
Tabosa
Pedra Pedra Branca Aç. Forquilha II 13,52 8,00 4.843
Branca
Piquet Piquet Açude Sao José 7,50 23,00 8.306
Carneiro Carneiro
Quixadá Quixadá Acude Pedras 23,50 109,00 65.000
Brancas
Roldão Morada Nova Barragem de 1,34 2,00 1.771
nível no leito do
riacho Santa
Rosa
São Miguel Quixeramobi Açude S. Miguel 1,00 5,00 6.000
dos m
Amâncios
Uruquê Quixeramobi Perenização do 1,06 2,00 1.295
m riacho
Uruque/Acude
Uruqu
RECURSOS

Fonte: SRH, 2009

A demanda hídrica humana para esta sub-bacia corresponde a 10.157.133 m3/ano e


a 2,69% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
A demanda industrial a Sub-bacia do Banabuiú apresenta uma necessidade de
7.390.448 m3/ano, o que corresponde a 3,87% da demanda Estadual. Para irrigação, tem- se,
segundo o Planerh, 2005, uma demanda de 275.922.000 m3/ano, 261.432.000 m3/ ano para
atendimento aos perímetros públicos, com área total de 14.524 há e 25.615.000 m3/s para
perímetros privados, com área total de 1.433 ha.

Tabela 16 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação.

Perím Área Demanda


etro (há) (hm³/ano)
Banabuiú 94 1,692
Chapadão de Russas 10.460 188,280
Morada Nova 3.737 67,266
Patu 69 1,242
Senador Pompeu 164 2,952
TOTAL 14.524 261,432
Fonte: Planerh, 2005

Na Figura 6 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da


Sub- bacia do Banabuiú, onde se verifica que a maior demanda se refere à irrigação.

Figura 6 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Banabuiú

Fonte: Planerh, 2005


2.5 SUB-BACIA DO CURU

A Sub-bacia do Curu tem aproximadamente 266.000 mil habitantes, possui uma


área de 8.700 km². Seu principal afluente é o rio Canindé, que se encontra na margem
direita, e drena praticamente todo o quadrante sudeste da bacia. Pela margem esquerda
destaca-se o rio Caxitoré (SRH, 1992). O rio Curu possui uma extensão de 195 km corre
preferencialmente no sentido sudoeste nordeste. Drena uma área de 8.750,75 Km2, o
equivalente a 6% do território cearense.
Drena os municípios de Apuiarés, Caridade, General Sampaio, Itapajé, Itatira,
Paramoti, São Luís do Curu, Tejuçuoca e, parcialmente Aratuba (16,60%), Canindé
(79,90%), Guaramiranga (17,76%), Irauçuba (28,77%), Maranguape (5,97%), Mulungu
(34,96%), Palmácia (5,34%), Pacoti (4,95%), Paracuru (82,20%), Paraipaba (78,25%),
Pentecoste (70,97%), São Gonçalo do Amarante (35,54%), Tururu (27,29%) e Umirim
(90,36%).

Sobre a geologia dessa sub-bacia:


Apenas no baixo vale há ocorrência sedimentos da Formação Barreiras e dos
Depósitos Quaternários das aluviões e dos sedimentos de praias. Aos terrenos
cristalinos se associam as Depressões Sertanejas Semiáridas com os solos
rasos, eventuais afloramentos rochosos e “inselbergs” com cobertura vegetal
extensiva de caatingas. Os maciços residuais que compreendem os

ASPECTOS
compartimentos de relevos serranos de Uruburetama e do Machado também
são constituídos por litologias cristalinas. (Pacto das Águas, 2008).

Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta sub-bacia
engloba 8 (oito) dos 13 (treze) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-bacia
caracteriza-se pelo alto nível de açudagem possui um total de 818 reservatórios
(COGERH, 2008), destes, 229 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
1
Na Tabela 17 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
RECURSOS

reservatórios localizados nesta Sub-bacia.


HÍDRICOS

Tabela 17 - Principais reservatórios da bacia do Curu e capacidade de acumulação


2

Nome do Açude Município Capacidade de Acumulação


(m³)
RECURSOS
4

Caracas Canindé 9.630.000

Caxitoré Umirim 202.000.000


Desterro Caridade 5.010.000

Frios Umirim 33.020.000

General Sampaio General Sampaio 322.200.000

Jerimum Irauçuba 20.500.000

Pentecoste Pentecoste 395.630.000


RECURSOS

Salão Canindé 6.040.000


HÍDRICOS

São Domingos Caridade 3.035.000

São Mateus Canindé 10.330.000

Souza Canindé 30.840.000

Tejuçuoca Tejuçuoca 28.110.000


2

Trapiá I Caridade 2.010.000


8

TOTAL 13 açudes 1.068.355.000

Fonte: Cogerh, 2009

A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na bacia, geradas


a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de poços da
Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até 2006,
mostram a existência de 1.418 pontos d’água, sendo: 1.389 poços tubulares; 28 poços
amazonas; e 1 fonte natural, captando água tanto em rochas sedimentares como
cristalinas.
A Tabela 18 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com
destaque para o município de Canindé que detém 19,18% dos pontos d’água e, 18,93%
dos poços tubulares.
Tabela 18 - Distribuição dos pontos de água por municípios
Município Poços Poços Fontes Total
Tubulares Amazonas Naturais
Apuiarés 68 2 - 70
Aratuba 9 - - 9
Canindé 263 9 - 272
Caridade 164 1 - 165
General Sampaio 35 - - 35
Guaramiranga 4 - - 4
irauçuba 29 3 - 32
Itapajé 131 - - 131
Itatira 12 - - 12
Maranguape 14 5 - 19
Mulungu 17 - - 17
Paracuru 91 - - 91
Paraipaba 95 - - 95
Paramoti 95 - - 95
Pentecoste 157 - - 157
São Gonçalo do 35 7 - 42
Amarante
São Luís do Curu 44 1 - 45
Tejuçuoca 75 - - 75
Tururu 2 - - 2
Umirim 49 - 1 50
TOTAL GERAL 1389 28 1 1.418
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta bacia englobam 7 (sete) adutoras, e

3
156,83 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As principais
adutoras construídas beneficiam cerca de 89.600 pessoas, com suas principais
características listadas na Tabela 19.

Tabela 19 - Características das adutoras.

Extensão Vazão População


Adutor Município Fonte
a Hídrica (Km) (l/s) Beneficiada

Apuiarés Apuiarés rio Curu 16,28 6 1485

Canindé Canindé açude Souza 7,22 100 30115

Caridade Caridade açude São 11,1 14 3018


Domingos
Irauçuba Irauçuba açude 17 33 11060
Jerimum
Itapajé Itapajé açude 17,5 67 32379
Jerimum
Paramoti Paramoti açude 31,1 22 9852
General
Sampaio
Tejuçuoca Tejuçuoca açude 6,81 6 1699
Tejuçuoca
RECURSOS

Fonte: SRH, 2009

A demanda hídrica humana para esta bacia corresponde a 9.877.000 m3/ano e a


2,61% da demanda para o Estado do Ceará (PLANERH, 2005), os estudos realizados
referem- se somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as
rurais, dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade
URSOS
inferior a 10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda
animal.

Para a demanda industrial apresenta uma necessidade de 7.380.000 m3/ano, 4% da


total demanda Estadual. Para irrigação, tem-se, segundo o Planerh (2005), uma demanda
de 82.879.000 m3/ano, 79.650.000 m3/ano para atendimento aos perímetros públicos, com
área total de 4.425 ha e 3.229.000 m3/s para perímetros privados, com área total de 538
ha.
Tabela 20 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação.

Perím Área Demanda


etro (ha) (hm³/ano)
Curu – Paraipaba 3.357 60,426
Curu – Recuperação 1.068 19,224
TOTAL 4.425 79,650
Fonte: Planerh, 2005

Na Figura 7 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da


bacia do Curu, onde se verifica que a maior demanda se refere à irrigação.
Figura 7 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Curu

Fonte: Planerh, 2005


2.6 SUB-BACIA DO SALGADO
A Sub-bacia do Salgado tem aproximadamente 869.000 mil habitantes. O
principal rio desta sub-bacia é o rio Salgado. Seu trajeto dá-se no sentido sul-norte, até
encontrar com o rio Jaguaribe, próximo à cidade de Icó, logo à jusante da barragem do
açude Orós. Possui uma extensão de 308 km e drena uma área de 12.623,89 Km², o
equivalente a 9% do território cearense.
A sub-bacia do Salgado compreende 24 (vinte e quatro municípios): Abaiara, Aurora,
Baixio, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Caririaçu, Cedro, Crato, Granjeiro, Icó, Ipaumirim,
Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Milagres, Missão Velha,
Penaforte, Porteiras, Umari, Várzea Alegre e pequena parte do município de Orós, portanto,
23 (vinte e três) integralmente.

Sobre a geologia dessa sub-bacia:


Esta sub-bacia é constituída de rochas do embasamento cristalino pré-cambriano
(58,96%), representado por rochas do Arqueano ao Proterozóico Superior. Sobre
esse substrato repousam depósitos sedimentares (41,04%) como os da Bacia
Sedimentar do Araripe, que apresenta uma diversificação litológica caracterizada
por sequências alternadas de arenitos, siltitos, calcários, argilitos e folhelhos,

ASPECTOS
podendo alcançar uma espessura total da ordem de 1.600 m; das coberturas de
idade terciária constituídas de areia, argilas e cascalhos e das quaternárias
(aluviais), formadas por areias, siltes, argilas e cascalhos que se distribuem ao
longo dos principais cursos d’água que drenam a sub-bacia. (Pacto das Águas,
2008).

Segundo o Pacto das Águas (2008), A consolidação da oferta hídrica no Salgado

1
engloba 10 (dez) dos 13 (treze) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-bacia
apresenta baixa capacidade de acumulação em termos de águas superficiais no Estado do
RECURSOS

Ceará,possui um total de 1.695 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 254 apresentam área
superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destacam-se os açudes Atalho e Lima Campos, que
HÍDRICOS
2 RECURSOS

juntos respondem por 39% da capacidade de acumulação.


HÍDRICOS

Na Tabela 21 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 21 - Principais reservatórios da sub-bacia do Salgado e capacidade de acumulação
6

Capacidade de
2

Nome do Município
Acumulação (m³)
Açude
4

Atalho Brejo Santo 108.250.000


Cachoeira Aurora 34.330.000
Estrema Lavras da Mangabeira 2.900.000
RECURSOS

Gomes Mauriti 2.390.000


Lima Campos Icó 66.380.000
HÍDRICOS

Manoel Balbino Juazeiro do Norte 37.180.000


Olho d´Água Várzea Alegre 21.000.000
Prazeres Barro 32.500.000
Quixabinha Mauriti 31.780.000
Rosário Lavras da Mangabeira 47.200.000
Tatajuba Icó 2.720.000
Thomas Osterne Crato 28.780.000
Ubaldinho Cedro 31.800.000
TOTAL 13 açudes 447.210.000
RECURSOS

Fonte: Cogerh, 2009


A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na sub-bacia,
HÍDRICOS

geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRft, cadastro de


fontes do DNPft e nos cadastros de poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS,
Funasa, SDR e empresas privadas, até 2006, mostram a existência de 3.645 pontos
3
DR2

d’água, sendo: 3.370 poços tubulares; 23 poços amazonas; e 252 fontes naturais, captando
ICOS

água tanto em rochas sedimentares como cristalinas.


0
8

A Tabela 22 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com destaque


para os municípios de Juazeiro do Norte e Crato, que detêm 19,73% e 12,70% dos pontos
RECURS

de água, respectivamente.
OS H

Tabela 22 - Distribuição dos pontos de água por municípios


Poços
Município Poços Fontes Tot
Amazona
Tubulares Naturais al
s
Abaiara 72 - - 72
Aurora 58 9 - 67
Baixio 55 - - 55
Barbalha 307 - 34 341
Barro 84 - - 84
Brejo Santo 200 3 13 216
Caririaçu 78 1 - 79
Cedro 123 3 - 126
Crato 392 - 71 463
Granjeiro 34 - - 34
Icó 106 2 - 108
Iguatu 5 - - 5
Ipaumirim 71 - - 71
Jardim 58 - 42 100
Jati 73 - - 73
Juazeiro do 717 2 - 719
Narte
Lavras da 143 2 - 145
Man-
gabeira
Mauriti 260 - 1 261
Milages 153 - - 153
Missão Velha 147 - 52 199
Orós 16 - - 16
Penaforte 38 - - 38
Porteiras 49 - 39 88
Umarí 57 1 - 58
Várzea 74 - - 74
Alegre
TOTAL 3370 23 252 3.645
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009

Os sistemas de transferência de água nesta sub-bacia englobam 8 (oito) adutoras e


240,49 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As
principais adutoras construídas beneficiam cerca de 104.650 e com suas principais
características listadas na Tabela 23.
Tabela 23 - Características das adutoras.

Extensão Vazão Populaçã


RECURSOS

Adutora Município Fonte Hídrica


(Km) (l/s) Beneficiada
HÍDRICOS

Aurora Aurora Açude 6,30 44,00 8.820


Cachoeira
Cedro Cedro Riacho São 5,90 31,00 13.763
Miguel
Cuncas Barro Açude 1,78 6,00 4.347
Prazeres
Iara Barro Rio Cuncas 3,52 7,00 5.292
pe- renizado
pelo Ac.
Prazeres
Icó Icó Aç. Lima 11,70 50,00 19.122
Campos
Lavras Lavras da Açude 25,96 40,50 20.634
da Mangabei Rosário
Mangab ra
eira
Palestin Mauriti Poços 3,00 6,00 6.954
a do profundos
Cariri do aluvião
Várzea Várzea Açude Olho 10,00 84,00 33.648
Alegre Alegre d´Água

RECURSOS
Fonte: SRH, 2009

A demanda hídrica humana para esta sub-bacia corresponde a 26.850.813 m /ano e


a 7,10% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas em geral, por reservatórios com capacidade inferior a
10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Esta sub-bacia apresenta uma alta densidade demográfica, sendo a terceira maior do Estado,
ficando atrás das bacias Metropolitanas e da Bacia do Acaraú.
Para a demanda industrial, esta sub-bacia apresenta uma necessidade de 4.838.072 m
/ano, o que corresponde a 2,53% da demanda Estadual. Para irrigação, tem-se, segundo o
Planerh (2005), uma demanda de 79.705.000 m /ano, 54.090.000 m /ano para atendimento
aos perímetros públicos, com área total de 3.005 ha e 25.615.000 m /ano para perímetros
privados, com área total de 2.482 ha.
Tabela 24 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em
implantação.

Perimetro área (ha) Demanda (hm³ /ano)

Lima Campos 2.712 48,816


Quixabinha 293 5,274
TOTAL 3.005 54,090
Fonte: Planerh, 2005
Na Figura 8 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da
sub- bacia do Salgado, onde se verifica que a maior demanda se refere à irrigação.
Figura 8 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Salgado

Fonte: Planerh, 2005


2.7 SUB-BACIAS METROPOLITANAS

A Sub-bacias Metropolitanas tem aproximadamente 3.840.000 milhões de


habitantes. A Região Hidrográfica é constituída por uma série de bacias independentes
onde se destacam as que têm os rios Choró, Pacoti, São Gonçalo, Pirangi, Ceará e Cocó,

ASPECTOS
como coletores principais de drenagem e os sistemas Ceará/Maranguape e Cocó/Coaçu.
Esta Bacia corresponde a uma área de 15.085 km2, 10% do estado do Ceará.

São dezesseis as sub-bacias hidrográficas dessa região, dentre elas aquelas que possuem
rio principal com maior extensão são o Choró, com 200 km; o Pirangi, com 177,5 km; e o

1
Pacoti, com 112,5 km, todos em sentido sudoeste-nordeste.
As bacias Metropolitanas drenam área dos municípios de Acarape, Aquiraz,
Aracoiaba, Barreira, Baturité, Beberibe, Capistrano, Cascavel, Caucaia, Choro, Chorozinho,
Eusébio, Fortaleza, Guaiúba, Horizonte, Itapiúna, Itaitinga, Maracanaú, Ocara, Pacajus,
Pacatuba, Pindoretama, Redenção e parte dos municípios de Aracati (8,97%), Aratuba
(83,40%), Canindé (20,10%), Fortim (65,61%), Guaramiranga (82,24%), Ibaretama
(87,07%),Maranguape (94,03%), Morada Nova (22,72%), Mulungu (65,04%), Pacoti
(95,05%), Palhano (40,47%), Palmácia (94,66%), Paracuru (17,80%), Pentecoste
(29,03%), Quixadá (21,82%), Russas (14,02%) e São Gonçalo do Amarante (64,46%)
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A área das bacias Metropolitanas abrange rochas das mais variadas, indo desde
as cristalinas de idade proterozóica (63,17%) representado por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas
e metaplutônicas de composição predominantemente granítica até as
sedimentares (36,83%) tais como: sedimentos areno-argilosos, não ou pouco

ASPECTOS
litificados do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio-Eluviais, Sedimentos
eólicos constituídos de areias bem selecionadas de granulação fina a média, às
vezes siltosas do Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas, com ou
sem matéria orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e estuarinos
recentes dos Depósitos Aluvionares e de Mangues. (Pacto das Águas, 2008).

Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica destas Bacias
engloba 15 (quinze) reservatórios, Estas Bacias caracterizam-se por apresentarem um
1

volume hidrográfico de pequeno porte e de pouca representatividade, no entanto,


importantes por banharem áreas urbanas (Figura 7). Possuem um total de 693
RECURSOS

reservatórios (COGERH, 2008), destes, 512 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE,


2008).
HÍDRICOS

Na Tabela 25 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 25 - Principais reservatórios das bacias Metropolitanas e capacidade de
acumulação
RECURSOS

Nome do Açude Município Capacidade de Acumulação


(m³)
HÍDRICOS

Acarape do Meio Redenção 31.500.000


Amanary Maranguape 11.010.000
Aracoiaba Aracoiaba 170.700.000
Batente Morada Nova 28.900.000
2

Castro Itapiúna 63.900.000


Catucinzenta Aquiraz 27.130.000
6

Cauhipe Caucaia 12.000.000


Gavião Pacatuba 32.900.000
Itapebussu Maranguape 8.800.000
Macacos Ibaretama 10.320.337
Malcozinhado Cascavel 37.840.000
Pacajus Pacajus 240.000.000
Pacoti Horizonte 380.000.000
Penedo Maranguape 2.414.000
Pesqueiro Capistrano 9.030.688
Pompeu Sobrinho Choró 143.000.000
Riachão Itaitinga 46.950.000
Sitios Novos Caucaia 126.000.000
Tijuquinha Baturité 881.235
TOTAL 18 açudes 1.354.376.260
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea nestas Bacia,
geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRN, e nos cadastros
de poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 17.969 pontos d’água, sendo: 16.019 poços tubulares;
1.945 poços amazonas; e 5 fontes naturais, captando água tanto em rochas sedimentares
como cristalinas.
A Tabela 26 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, com destaque
para o município de Fortaleza, que detém 50,67% dos pontos d’água e 50,55% dos
poços tubulares.

Tabela 26 - Distribuição dos pontos de água por municípios


Muni Poços Poços Fontes Total
cípio Tubulares Amazonas Naturais
Acarape 54 - - 54
Aquiraz 1243 124 - 1367
Aracatí 22 - 22
Aracoiaba 174 3 - 177
Aratuba 97 1 - 98
Barreira 106 - - 106
Baturité 150 - - 150
Beberibe 209 8 - 217
Canindé 32 2 - 34
Capistrano 61 - - 61
Cascavel 298 9 - 307
Caucaia 1774 246 2 2022
Choró 28 1 - 29
Chorozinho 129 11 - 140
Eusébio 499 15 - 514
Fortaleza 8.097 1007 - 9104
Fortim 17 3 - 20
Guaiuba 46 53 - 99
Guaramiranga 52 2 - 54
Horizonte 394 - - 394
Ibaretama 63 - - 63
Itaitinga 134 48 - 182
Itapiúna 51 1 - 52
Maracanaú 377 54 - 431
Maranguape 322 111 - 433
Morada Nova 145 - - 145
Mulungu 48 - - 48
Ocara 159 1 - 160
Pacajus 384 47 - 431
Pacatuba 177 109 - 286
Pacoti 64 4 2 70
Palhano 22 - - 22
Palmácia 25 - - 25
Paracuru 21 - - 21
Pentecoste 17 - - 17
Pindoretama 31 1 - 32
Quixadá 35 36 - 71
Redenção 93 2 1 96
São Gonçalo do 369 46 - 415
Amarante
TOTAL GERAL 16. 1.945 5 17.696
019
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nestas Bacias englobam 2 (dois) eixos de
integração: Canal Sítios Novos-Pecém, em Caucaia; e Piranji-Lagoa do Uruaú, em
Beberibe, 17 (dezessete) adutoras e 131,73 Km de perenização de trecho de rio no ano de
2008 (COGERH, 2008). As principais adutoras construídas beneficiam cerca de 438.700
pessoas. Suas principais características estão listadas na Tabela 27.
RECURSOS

Tabela 27 - Características das adutoras.


Fonte Extens Populaçã
HÍDRICOS

E Município Vaz
i Hídrica ão ão o
x (Km (l/s) Beneficiad
o ) a
Acarape Acarapé / Açude 54,00 800, 50000
Barreira / 00
Maranguape
/ Pacatuba /
Redenção Acarape
Aracoiaba/Ba Aracoiaba / Açude 24,89 133, 50719
turité Baturité Aracoiaba 64
Batente-Patos Morada Nova Açude 45,20 14,0 4109
Batente 0
Capistrano Capistrano Açude 13,60 10,0 4459
Castro 0
Cascavel Cascavel Rio 8,80 173, 49261
Choro 00
Ideal/Capivara Aracoiaba / Leito do rio 11,10 12,0 5900
/Ocara Ocara Choro 0
Itacima/Água Guaiúba Açude 6,80 10,0 6720
Verde Acarape 0
Itapiúna/Caio Itapiúna Açude 11,98 25,00
Prado Castro
Jacurutu Caucaia Barra do rio 2,76 1,00 658
Cahuipe
Pacajus/Choro Chorozinho Açude 29,80 31,0 17200
zinho/ / Horizonte / 0
Pacajus Pacoti
Horizonte
Palmatória Itapiúna Açude 12,10 4,00 2000
Castro
Primavera Caucaia Barra do 3,77 3,00 1771
rio
Cahuipe
Redencão/Ac Redenção Aç. 38,20 44,0 38300
arape/ Acarape 0
Barreira/Ant° do Meio
Santa Rosa Caucaia Barra do 1,79 2,00 1967
rio
Cahuipe
São João do Morada Nova BarVerted 1,77 1,00 1771
Aruaru oura
Rabicha/
Rio Piranji
Serra do Félix/ Beberibe Canal 18,66 12,0 7210
0
Boqueirão do Trabalhador
Cesário
Sifão Beberibe Canal 2,86 250, 180000
Umburanas Trabalhador 00

RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para estas Bacias corresponde a 235.794.672 m3/ano e
a 62,33% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005); os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial das bacias Metropolitanas apresenta-se uma necessidade

RECURSOS
de 252.082.360 m3/ano, o que corresponde a 79,62% da demanda Estadual. Para irrigação,
tem-se, segundo o Planerh (2005), uma demanda de 23.383.000 m3/ano, 1.890.000 m3/ ano
para atendimento aos perímetros públicos, com área total de 105 ha e 21.493.000 m3/s
para perímetros privados, com área total de 1.136 ha (SRH, 2005).

Tabela 28 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação.

Perímetr Área Demanda (hm³/ano)


o (ha)
Califórnia 69 1,242
Choro-Limão 36 0,648
TOTAL 105 1,890
Fonte: Planerh, 2005
Na Figura 9 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas das
bacias Metropolitanas.
Figura 9- Percentual das demandas para a sub-bacia Metropolitana
RECURSOS
HÍDRICOS
3

Fonte: Planerh, 2005


4

2.8 SUB-BACIA DO RIO ACARAÚ


Sub-bacia do Rio Acaraú tem aproximadamente 723.000 mil de habitantes. Essa
bacia tem como rio principal o rio Acaraú, possuindo uma extensão de 315 Km,
predominantemente no sentido sul-norte. Possui como principais afluentes os rios

ASPECTOS
Groaíras, Jacurutu, Macacos e Jaibaras, os quais formam importantes sub-bacias. Ocupa
uma área da ordem de 14.423,00 Km2, que corresponde a 10% do território cearense.
A bacia do Acaraú drena 28 (vinte e oito) municípios, 10 integralmente: Cariré,
Catunda, Forquilha, Graça, Groaíras, Hidrolândia, Massapê, Pacujá, Pires Ferreira,

1 1
Reriutaba e Varjota e os demais, parcialmente, Acaraú (27,85%), Alcântara (19,48%), Bela
Cruz (23,73%), Cruz (13,11%), Ibiapina (2,10%), Ipu (90,91%), Ipueiras (31,04%),
Marco (48,32%), Meruoca (83,84%), Monsenhor Tabosa (13,80%), Morrinhos (53,00%),
Mucambo (71,38%), Nova Russas (92,40%), Santa Quitéria (96,84%), Santana do Acaraú
(69,71%), Sobral (45,01%) e Tamboril (35,19%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A geologia da bacia é composta essencialmente por terrenos cristalinos pré-
Cambrianos (94,70%) representado por gnaisses e migmatitos diversos,
quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas e metaplutônicas de
composição predominantemente granítica. E por rochas sedimentares (5,30%)
tais como: arenitos da Formação Serra Grande, sedimentos areno-argilosos, não
ASPECTOS

ou pouco litificados do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio-Eluviais,


sedimentos eólicos constituídos de areias bem selecionadas de granulação fina a
média, às vezes siltosas do Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas,
com ou sem matéria orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e
estuarinos recentes dos depósitos aluvionares e de mangues . (Pacto das Águas,
2008).

Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica desta bacia
1

engloba 9 (nove), dos 12 (doze) principais reservatórios da bacia Esta bacia caracteriza-se
SOS
por possuir um total de 1.902 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 556 apresentam área
superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destaca-se o açude Araras, responsável por mais de
60% do volume de acumulação da bacia.
DR
ICOS

Na Tabela 29 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
RECURS

Tabela 29 - Tabela 1. Principais reservatórios da bacia do Acaraú e capacidade de


acumulação

RECURSOS
OS H

RECURSOS
Nome do Açude Município Capacidade de Acumulação
(m³)
2

Acaraú Mirim Massapê 52.000.000


8

Araras (Paulo Varjota 891.000.000


Sarasate)

2 2
Arrebita Forquilha 19.600.00

Jaibaras (Ayres de Sobral 104.430.000


Souza)
Bonito Ipu 6.000.000

Carão Tamboril 26.230.000

Edson Queiroz Santa Quitéria 254.000.000

Farias de Souza Nova Russas 12.230.000

Forquilha Forquilha 50.130.000

São Vicente Santana do Acaraú 9.840.000

Sobral Sobral 4.675.000

Carmina Catunda 13.628.000

TOTAL 12 açudes 1.443.763.000


Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na bacia,
geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de
poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 2.242 pontos d’água, sendo: 2.134 poços tubulares; 104
poços amazonas; e 4 fontes naturais (Figura 10), captando água tanto em rochas
sedimentares como cristalinas.
A Tabela 30 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, e a Figura 11 a
distribuição espacial destes, com destaque para os municípios de Santa Quitéria e Sobral, que
detêm juntos 22,57% dos pontos d’água e 22,96% dos poços tubulares.

Tabela 30 - Distribuição dos pontos de água por municípios


RECURSOS

Poços Poços
Município Tu- Fontes T
Amazon
Naturais o
HÍDRICOS

bulares as t
al
Acaraú 136 - - 136
Alcântaras 7 - - 7
3

Bela Cruz 48 - - 48
0

Cariré 147 3 - 150


Catunda 39 2 - 41
Cruz 50 - - 50

Forquilha 75 - - 75

Graça 48 2 - 50

Groaíras 42 1 - 43

Hidrolândia 126 2 - 128

Ipu 67 3 - 70
Ipueiras 56 9 1 66
Marco 22 - - 22
Massapé 178 - - 178
Meruoca 35 1 - 36
Monsenhor 12 13 2 27
Tabosa
Morrinhos 61 - - 61

Mucambo 27 6 - 33
Nova Russas 105 4 - 109
Pacujá 55 - - 55
Pires Ferreira 62 - - 62

Reriutaba 61 - - 61

Santa Quitéria 252 16 - 268


Santana do 100 6 - 106
Acaraú
Sobral 238 - - 238
Tamboril 65 35 1 101
Varjota 20 1 - 21

TOTAL GERAL 2134 104 4 2.242


Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
O sistema de transferência de água nesta bacia é composto por 15 (quinze) adutoras
e 337,00 Km de perenização de trecho de rio, no ano de 2008 (COGERH, 2008). As
principais adutoras construídas beneficiam cerca de 127.200 pessoas, e com suas principais
3

características listadas na Tabela 31.


4

Tabela 31 - Características das adutoras.

Extensão Vazã População


Adutora Município Fonte
(Km) o Beneficiada
Hídrica
(l/s)
Catunda Catunda Açude Carmina 1,98 13,52 6712
Eng. São Ipueiras Poço amazonas 4,2 9 4100
Tomé no
leito do rio
Góes
Forquilha Forquilha Rio Acaraú 28,77 66,81 28795
/
Sobral
Graça/Pacujá Graça / Açude Jaburu I 44,15 53,95 27271
/Mu- cambo Ibiapina /
Mucambo /
Pacujá
Hidrolândia Hidrolândi Açude Araras 19,24 30 8580
a
Ipaguassu/ Massapê Acaraú Mirim 2,94 2 1400
Mirim/
Arraial
Ipú Ipu Açude Araras 26,4 70,43
Itamaracá Groaíras Interligação com 5,24 2 1470
a
ETA DA Cagece
Mumbaba Massapê Açude Acaraú 6,95 10 7665
Mi-
rim/ETA
Cagece
Pau D’arco Cedro Açude 16,88 3 2510
Jaibaras
Pires Pires Fer- Açude Araras 16,4 10,5 5162
Ferreira reira
Santa Santa Açude Edson 16,87 30 14000
Quitéria Qui- Queiróz
téria
São José do Sobral Aç. Jaibaras 10,46 1406
Torto
Trapia Forquilha Açude Arrebita 2,6 15 11004
Varjota/Reiut Reriutaba Açude Araras 16,37 15 7200
aba /
Varjota

RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para esta bacia corresponde a 34.541.716 m3/ano e a
9,13% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a
10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial esta bacia apresenta uma necessidade de 1.842.370

RECURSOS
m3/ano, o que corresponde a 0,96% da demanda Estadual. Para a irrigação, tem-se,
segundo o Planerh (2005), uma demanda de 195.714.000 m3/ano para atendimento aos
perímetros públicos, com área total de 10.873 ha (Tabela5).

Tabela 32 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação.

Perímetro Área Demanda


(ha) (hm³/ano)
Araras Norte – 1ª 1.600 28,800
Etapa
Baixo Acaraú 8.440 151,920
Forquilha 218 3,924
Jaibaras 615 11,070
TOTAL 10.873 195,714
Fonte: Planerh, 2005

Na Figura 10 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da


bacia do Acaraú, onde se verifica que a maior demanda se refere à irrigação.
DR
ICOS
Figura 10 - Percentual das demandas para a bacia do Acaraú
3
8

Fonte: Planerh, 2005

2.9 SUB-BACIA DO RIO COREAÚ


Sub-bacia do Rio Coreaú tem aproximadamente 322.000 mil de habitantes. Essa

ASPECTOS
bacia é composta da área drenada pelo rio Coreaú e seus tributários, além de microbacias
que se abrem diretamente para o Oceano Atlântico, tais como os que são formados pelos

1 1 1ASPECTOS
rios Timonha, Tapuio, Jaguarapi, Pesqueiro e da Prata perfazendo um total de 10.633,66
km2 de área correspondendo a 7% do território cearense.
A Bacia hidrográfica do rio Coreaú drena os municípios de Barroquinha, Camocim,
Chaval, Coreaú, Frecheirinha, Jijoca de Jericoacoara, Martinópole, Moraújo, Senador Sá e
Uruoca, e parcialmente, Acaraú (13,32%), Alcântaras (80,21%), Bela Cruz (76,16%),
Cruz (86,90%), Granja (94,20%), Ibiapina (11,91%), Marco (44,39%),
Meruoca(11,82%), Morrinhos (4,26%), Mucambo (28,62%), Sobral (5,60%), Tianguá,
(56,37%), Ubajara 28,87%) e Viçosa do Ceará (54,42%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A geologia da Bacia é composta por terrenos cristalinos Pré-Cambrianos
(41,31%) representado por gnaisses e migmatitos diversos, quartzitos e
metacalcários, associados a rochas plutônicas e metaplutônicas de composição
predominantemente granítica. E por rochas sedimentares (58,69%) tais como:
arenitos da Formação Serra Grande, sedimentos areno-argilosos, não ou pouco
litificados do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio- Eluviais, sedimentos
1

eólicos constituídos de areias bem selecionadas de granulação fina a média, às


vezes siltosas do Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas, com ou
sem matéria orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e estuarinos
recentes dos depósitos aluvionares e de mangues. (Pacto das Águas, 2008).
1
Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica desta Bacia
engloba 7 (sete) dos 9 (nove) principais reservatórios da Bacia. Esta bacia caracteriza-se

2
por possuir poucas intervenções hídricas, possui um total de 631 reservatórios (COGERH,
2008), destes, 170 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
RECURSOS

Na Tabela 33 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais


RECURSOS

reservatórios localizados nesta Sub-bacia.


HÍDRICOS
HÍDRICOS

Tabela 33 - Principais reservatórios da bacia do Coreaú e capacidade de


acumulação

Capacidade de
3

Nome do Açude Município


Acumulação

RECURSOS
(m³)
0

Angicos Coreaú 56.050.000


Diamante Coreaú 13.200.000
Gangorra Granja 62.500.00
Itaúna Chaval 77.500.000
Martinópole Martinópole 23.200.000
Premuoca Uruoca 5.200.000
Trapiá III Coreaú 5.510.000
Tucunduba Senador Sá 41.430.000
Varzea da Volta Moreaújo 12.500.000
TOTAL 9 açudes 297.090.000
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na bacia, geradas
a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de poços da
Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDA e empresas privadas, até 2006,
mostram a existência de 1.096 pontos d’água, sendo: 1.043 poços tubulares; 45 poços
amazonas; e 8 fontes natural, captando água tanto em rochas sedimentares como
cristalinas.
A Tabela 34 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, com destaque
para os municípios de Camocim, Tianguá e Viçosa do Ceará, que detêm juntos 34,49%
RECURSOS

dos pontos d’água e, 33,94% dos poços tubulares.


.Tabela 34 - Distribuição dos pontos de água por municípios
HÍDRICOS

Fontes
Município Poços Poços Total
Tubulares Amazonas Naturais
Acaraú 29 29
Alcântaras 41 41
Barroquinha 44 44
Bela Cruz 17 17
Camocim 133 2 135
Chaval 12 12
Coreaú 99 99
Cruz 17 17
Frecheirinha 62 4 66
Granja 75 6 1 82
Jijoca de 44 44
Jericoacoara
Marco 10 10
Martinópole 50 6 56
Massapê 4 4
Meruoca 2 2
Moraújo 49 49
Santana do 3 3
Acaraú
Senador Sá 34 4 38
Sobral 17 17
Tianguá 125 6 131
Ubajara 21 2 23
Uruoca 59 3 3 65
Viçosa do Ceará 96 12 4 112
TOTAL GERAL 1043 45 8 1.096

Fonte: CORDEIRO, et al., 2009

Os sistemas de transferência de água nesta bacia englobam 5 (cinco) adutoras, e


179,87 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As adutoras
beneficiam cerca de 68.500 pessoas, estando suas principais características listadas na
3

Tabela 35.
4
RECURSOS

Tabela 35 - Características das adutoras.


HÍDRICOS

Popula
Extensã Vaz
Adutora Município Fonte ção
o ão
Hídrica Benefic
(Km) (l/
ia- da
s)
Chaval/Barroquin Barroquinh açude 30,4 56 21937
ha a/ Itaúna
Chaval

Frecheirinha Frecheiri açude 18,37 32,34 ...


nha Angicos
Graça/Pacujá/Mu Graça / açude 44,15 53,95 27271
- cambo Ibiapina / Jaburu I
Mucambo /
Pacujá
Martinópole Martinópo açude 10,74 16 9678
le Martinópole
Senador Sá- Senador rio Coreaú 33,03 17,93 9625
Uruo- ca- Sá / Perenizado
Jordao Uruoca pelo Angicos

RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para esta Bacia corresponde a 15.717.034 m3/ano e a
4,15%, da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005); os estudos realizados referem-
se somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial esta Sub-Bacia apresenta uma necessidade de 496.176
m3/ ano, o que corresponde a 0,26% da demanda Estadual. Para a irrigação, tem-se, segundo
a SRH (2005), uma demanda de 1.350.000 m3/ano para atendimento a perímetro público,
com área total de 75 ha (Tabela 5) e 1.358.000 m3/ano para perímetros privados, com área
total de 97 ha.

Tabela 36 - Perímetros públicos de irrigação em operação/recuperação ou em


implantação.

Perímetro Área Demanda


(ha) (hm³/ano)
Tucunduba – 1ª 75 1,350
Etapa
TOTAL 75 1,350
Fonte: Planerh, 2005

Na Figura 11 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas da


Bacia do Coreaú, onde se verifica que a maior demanda refere-se ao consumo humano.
Figura 11 - Percentual das demandas para a bacia do Coreaú
3
3
8

Fonte: Planerh, 2005


2.10 SUB-BACIA DO LITORAL
A Sub-bacia do Litoral tem aproximadamente 311.000 mil de habitantes. Tem como
principal coletor de drenagem o rio Aracatiaçu. Outros cursos d’água de menores
dimensões se ispõem paralelamente ao Aracatiaçu. Tratam-se dos rios Aracati- mirim, a
oeste e do Cruxati, ftundaú e Trairi, a leste. Abrange área aproximada de 8.472,77Km2, o
equivalente a 6% do território cearense.
Esta bacia engloba total ou parcialmente o território de 20 municípios, são eles:
Acaraú (58,83%), Amontada, Irauçuba (71,22%), Itapipoca, Itarema, Marco (7,28%),
Miraíma, Morrinhos (41,38%), Paraípaba (21,69%), Santana do Acaraú (29,38%), Sobral
(49,35%), Trairi, Tururu (83,77%), Umirim (9,62%) e Uruburetama.
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A área da bacia do Litoral abrange litologias variadas, indo desde as rochas
cristalinas de idade proterozóica (60,31%) representada por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas
e metaplutônicas de composição predominantemente granítica até as
sedimentares (39,69%) tais como: sedimentos areno-argilosos, do Grupo
Barreiras e das coberturas colúvio-eluviais, sedimentos eólicos constituídos de

1
areias bem selecionadas de granulação fina a média, às vezes siltosas do
Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas, com ou sem matéria
orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e estuarinos recentes, dos
depósitos aluvionares e de mangues. (Pacto das Águas, 2008).

Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica desta bacia
engloba 4 (quatro) dos 7 (sete) principais reservatórios da bacia . Esta bacia caracteriza-
21

se pelo alto nível de açudagem, possui um total de 1.019 reservatórios (COGERH, 2008),
destes, 290 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
Na Tabela 37 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 37 - Principais reservatórios da bacia do Litoral e capacidade de acumulação.
Nome do Açude Município Capacidade de
Acumulação (m³)
Mundaú Uruburetama 21.300.000
Patos Sobral 7.550.000
Poço Verde Itapipoca 13.650.000
Quandú Itapipoca 4.000.000
Sto. Antônio de Sobral 24.340.000
Aracatiaçu
Sta. Maria do Sobral 8.200.000
Aracatiaçu
São Pedro Timbaúba Miraíma 19.250.000
TOTAL 7 açudes 98.290.000
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na bacia, geradas
a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de poços da
Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até 2006,
mostram a existência de 1.262 pontos d’água, sendo: 1.253 poços tubulares e 9 poços
amazonas, captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas.
A Tabela 38 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com destaque
para o município de Itarema, que detém 25,30% dos poços tubulares.
Tabela 38 - Distribuição dos pontos de água por municípios.
Fontes
Município Poços Poços Total
Naturais
Tubulares Amazonas
Acaraú 69 69
Amontada 185 185
Irauçuba 101 5 106
Itapipoca 192 2 194
Itarema 317 317
Marco 25 25
Miraima 46 1 47
Morrinhos 30 30
Paraipaba 8 8
Santana do Acaraú 14 14
Sobral 71 71
Trairi 87 87
Tururu 47 1 48
Umirim 10 10
Uruburetama 51 51
TOTAL GERAL 1.253 9 - 1.262
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009

Os sistemas de transferência de água nesta bacia englobam 3 (três) adutoras e 62,27 Km


de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As principais adutoras
construídas beneficiam cerca de 46.190 pessoas, e com suas principais características
listadas na Tabela 39.

Tabela 39 - Características das adutoras.

Extens Vaz Populaç


Adutora Municípi Fonte
ão ão ão
o Hídrica
(Km (l/ Beneficia
) s) da
Irauçuba Irauçuba Açude 17,00 33,00 11060
Jerimum
Itapipoca Itapipoca Açude 10,74 32,00 15150
Quandu
Urubureta Tururu / Açude 11,90 40,00 19980
ma/ Uru- Mundaú
Tururu buretama
Fonte: SRH, 2009

A demanda hídrica humana para esta bacia corresponde a 6.447.479 m3/ano e a 1,70%
da demanda para o estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-se somente
às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais, dispersas no

3
território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10 milhões de
metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial, a bacia do Litoral apresenta uma necessidade de 4.730.000
m3/ ano, o que corresponde a 2,48% da demanda Estadual. Para irrigação, esta bacia não
apresenta, segundo o Planerh (2005), perímetros públicos. A irrigação privada corresponde
a uma demanda de 664.000.000 m3/ano, para uma área de 111 ha.

Na Figura 12 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas


da bacia do Litoral, onde se verifica que a maior demanda se refere ao consumo humano.
Figura 12 – Percentual das demandas para a bacia do Litoral

Fonte: SRH, 2009

2.11 SUB-BACIA DO POTI-LONGA


As bacias Poti-Longá situam-se na porção ocidental do Ceará. Limita-se a leste com as
bacias do Acaraú, Banabuiú e Coreaú e ao sul com a sub-bacia do Alto Jaguaribe. Esta bacia é
parte integrante da bacia do Parnaíba, localizada no estado do Piauí.
As bacias Poti-Longá drenam 19 (dezenove) municípios: Ararendá, Carnaubal,
Crateús, Croatá, Guaraciaba do Norte, Independência, Ipaporanga, Novo Oriente,
Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, e parcialmente: Granja (5,78%), Ibiapina
(86,00%), Ipu (9,09%), Ipueiras (68,95%), Nova Russas (7,6%), Tamboril (64,76%),
Tianguá (43,61%), Ubajara (71,13%) e Viçosa do Ceará (40,58%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Geologicamente as bacias Poti-Longá são constituídas de rochas do
embasamento cristalino Pré-Cambriano (59,29%), representado por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas e
metaplutônicas de composição predominantemente granítica. Sobre esse substrato
repousam depósitos sedimentares (40,71%) como os da Bacia Sedimentar do Piauí-
maranhão, representados por arenitos da Formação Serra Grande; das coberturas de
idade terciária constituídas de areia, argilas e cascalhos e das quaternárias (aluviais),
formadas por areias, siltes, argilas e cascalhos, que se distribuem ao longo dos
principais cursos d’água que drenam a Sub-bacia.

Segundo Pacto das Águas (2009), estas bacias caracterizam-se pelo alto nível de
açudagem, possui um total de 1.657 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 378
apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
Na Tabela pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais reservatórios
localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 40- Principais reservatórios da bacia do Poti-Longa e capacidade de
acumulação.

Capacidade
Nome do Açude Município
de Acumulação
(m³)
Barra Velha Independência 99.500.000
Carnaubal Crateús 87.690.000
Colina Quiterianópolis 3.250.000
Cupim Independência 4.550.000
Flor do Campo Novo Oriente 111.300.000
Jaburu I Ubajara 210.000.000
Jaburu Ii Independência 116.000.000
Realejo Crateús 31.550.000
Sucesso Tamboril 10.000.000
TOTAL 9 açudes 673.840.000

A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea nas bacias,


geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos
cadastros de poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas
privadas, até 2006, mostram a existência de 2.173 pontos d’água, sendo: 1.945 poços
tubulares; 204 poços amazonas e 24 fontes naturais, captando água tanto em rochas
sedimentares como cristalinas.
A Tabela apresenta a quantidade de pontos de água por município, a distribuição
espacial destes, com destaque para os municípios de Crateús, Independência e Tamboril,
que detêm juntos 51,31% dos poços tubulares.
Tabela 41- Distribuição dos pontos de água por municípios.
Poços
Município Poços Fontes Total
Amazon
Tubulares Naturais
as
Ararendá 43 1 44

Carnaubal 88 1 89
Crateús 507 61 4 572
Croata 62 1 63
Guaraciaba do 70 13 83
Norte
Ibiapina 64 1 1 66
Independência 345 18 363
Ipaporanga 97 1 5 103

Ipu 5 2 7

Ipueiras 52 2 2 56
Monsenhor Tabosa 2 2

Nova Russas 12 12

Novo Oriente 96 25 2 123

Poranga 68 1 5 74
Quiterianópoles 57 56 3 116
São Benedito 123 1 124

Tamboril 146 10 156

Tauá 1 1
Tianguá 19 1 20

Ubajara 56 8 64

Viçosa do Ceará 32 3 35

TOTAL GERAL 1945 204 24 2.173


Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta Bacia englobam 4 (quatro) adutoras e
114,20 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As
principais adutoras construídas beneficiam cerca de 94.150 pessoas, estando distribuídas
conforme e com suas principais características listadas na Tabela.
Tabela 42- Características das adutoras.

Extens Vaz Populaç


Adutora Município Fonte
ão ão ão
Hídric
a (Km) (l/s Beneficia
) da
Crateús Crateús Açude 13,12 137,00 46935
Carnaub
al
Graça/Pacuj Graça / Açude 44,15 53,95 27271
á/ Ibiapi- na / Jaburu I
Mucambo
Mucambo / Pacujá
Ibiapaba Ibiapaba/São Açude 150,50 300,00 313000
Benedito/ Jaburu I
Tianguá
Independên Independên Açude 8,80 31,00 9300
cia cia Barra
Velha
Novo Novo Açude 13,50 48,00 10650
Oriente Oriente Flor do
Campo
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009

A demanda hídrica humana para estas bacias corresponde a 16.420.925 m3/ano e a


4,34% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-
se somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior
a 10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial estas bacias apresenta uma necessidade de 435.935
m3/ano, o que corresponde a 0,23% da demanda Estadual. Para a demanda para irrigação
apresenta um total de 22.784 m3/ano, 12.186 m3/ano para atendimento aos perímetros
públicos, com área de 677 há e 10.598 m3/s para perímetros privados, com área total de
757 ha.
Na Figura 14 são apresentados os percentuais relativos a cada uma das demandas
das bacias Poti-Longá, onde se verifica que a maior demanda se refere à irrigação.

Figura 13. Percentual das demandas para as bacias Poti-Longá

Fonte: SRH, 2009


3 RESULTADOS E CONCLUSÕES
Esse capítulo apresenta um estudo sobre a nova demanda hídrica para o Estado do
Ceará levando em conta a estimativa feito pelo IBGE para o ano de 2017, divido esse
estudo pela bacia hidrográfica do Estado,
Em seguida se fez uma análise crítica sobre a situação de cada bacia e sua atual
circunstância hídrica, verificando-se a disponibilidade de água para a população estudada,
levando em conta que com a crise hídrica no Estado o abastecimento humano e animal
torna-se prioritário.
Ao final se faz um resumo sobre a situação atual do Estado com o intento de
verificar a disponibilidade de recursos hídricos para a o abastecimento humano e animal
se fazendo um analise de onde se precisa fazer racionamento de água para que não se
tenha o problema de falta de água.

3.1- Situação atual da sub-bacia do rio do alto jaguaribe


A sub – bacia do alto Jaguaribe tem como principal demanda hídrica o consumo
humano, em torno em 80% do total, uma demanda de 11.135.685 m3/ano para a uma
população de 498.000 mil habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Multiplicando- se
a média de consumo diário pela população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem
um aumento na demanda como mostrado na tabela abaixo.

Tabela 43 – Nova demanda de abastecimento humano do Alto do Jaguaribe.


MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Acopiara 53.572 6.697
Aiuaba 17.194 2.149
Altaneira 7.479 935
Antonina do
Norte 7.278 910
Araripe 21.398 2.675
Arneiroz 7.777 972
Assaré 23.254 2.907
Catarina 20.451 2.556
Campos Sales 27.209 3.401
Cariús 18.804 2.351
Farias Brito 18.702 2.338
Iguatu 102.614 12.827
Jucás 24.597 3.075
Nova Olinda 15.433 1.929
Orós 21.292 2.662
Parambu 31.137 3.892
Potengi 10.918 1.365
Quixelô 14.860 1.858
Saboeiro 15.678 1.960
Salitre 16.331 2.041
Santana do Cariri 17.489 2.186
Tarrafas 8.852 1.107
Tauá 58.119 7.265
TOTAL 560.438 70.055

Tendo em vista o aumento populacional considerável dessa bacia com um maior


consumo de água por dia da população se tem uma diferença muito grande entre os
valores do ano de 2010 para o ano de 2017 (tabela 41).

Tabela 44 – Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.


Alto Jaguaribe Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 498.000 11.135.685
Estimativa 2017 560.438 25.569.984

O aumento populacional gerou uma dobra na demanda, tendo em vista isso se


gera uma nova demanda total da bacia levando em conta os mesmos valores de irrigação
e industrial (tabela 42).
Tabela 45- Demanda Total da Bacia do Alto Jaguaribe.
Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 25.569.984
Industrial 3.416.102
Irrigação 14.277.000
Total: 43.263.086

Com um sistema com 24 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica
de 2.778,52 hm³, a bacia do alto do Jaguaribe suporta muito bem essa demanda sendo
assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem
interrupções de abastecimento.
Já com a crise hídrica que o Brasil e o Estado do Ceará estão atravessando o
volume dos reservatórios estão muito abaixo da sua capacidade máxima, sendo assim se
tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para a bacia do
Jaguaribe não e diferente, com apenas 10% aproximadamente do seu volume total, em
torno de 289,23 hm³ sendo assim uma baixa quantidade de água para o que o sistema tem
de capacidade máxima. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente
43 hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de 6 anos levando em conta que não vai
ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia.
3.2- Situação atual da sub-bacia do rio do medio jaguaribe
A sub – bacia do médio Jaguaribe tem como principal demanda hídrica a irrigação,
em torno em 97% do total, uma demanda de 154.645.000 m3/ano para a irrigação de 5794
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 3.956.625
m3/ano para a população de aproximadamente 203.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela abaixo.
Tabela 46 - Nova demanda de abastecimento humano do Médio do Jaguaribe.
DEMANDA HIDRICA
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) (M³/DIA)
16.967 2.121
Alto Santo
Deputado Irapuan
9.521 1.190
Pinheiro
7.163 895
Ererê
14.125 1.766
Iracema
34.428 4.304
Jaguaribe
16.163 2.020
Pereiro
6.356 795
Potiretama
7.621 953
São João do Jaguaribe
1.518 190
Solonópole
11.295 1.412
Jaguaribara
40.390 5.049
Icó
17.958 2.245
Jaguaretama
13.136 1.642
Milhã
21.292 2.662
Orós
30.489 3.811
Tabuleiro do Norte
31.053
TOTAL: 248.422

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 44), já que no estudo feito pelo pacto das águas não se levaram em
conta os a população das localidades rurais, devido ainda a falta de água encanada.
Tabela 47 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.

Médio Jaguaribe Habitantes Demanda (m³/ano)


Ano de 2010 203.000 3.956.625
Estimativa 2017 248.422 11.334.254

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 45).
Tabela 48 - Demanda Total da Bacia do Médio Jaguaribe.
Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 11.334.254
Industrial 1.631.877
Irrigação 154.645.000
Total 167.611.131

Com um sistema com 13 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica
de 6.870,90 hm³, a bacia do médio Jaguaribe suporta muito bem essa demanda sendo
assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem
interrupções de abastecimento.
Já com a crise hídrica que o Brasil e o Estado do Ceará estão atravessando o
volume dos reservatórios estão muito abaixo da sua capacidade máxima, sendo assim se
tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para a bacia do
Jaguaribe não e diferente, com apenas 8,53% aproximadamente do seu volume total, em
torno de 629,74 hm³ sendo assim uma baixa quantidade de água para o que o sistema tem
de capacidade máxima. A maior preocupação com essa bacia e que ela tem o maior açude
do estado e ele que abasteci a capital e região metropolitana, sendo assim com esse
volume se fez necessário o corte de parte das atividades de irrigação que e a maior
demanda para a região.

3.3 - Situação atual da sub-bacia do rio do baixo jaguaribe

A sub – bacia do médio Jaguaribe tem como principal demanda hídrica a irrigação,
em torno em 79% do total, uma demanda de 54.110.000 m3/ano para a irrigação de 5.654
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 7.399.203
m3/ano para a população de aproximadamente 229.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela abaixo.
Tabela 49 - Nova demanda de abastecimento humano do Baixo Jaguaribe.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Aracati 73.629 9.204
Icapuí 19.685 2.461
Itaiçaba 7.738 967
Jaguaruana 33.740 4.218

Quixeré 21.876 2.735


Limoeiro do Norte 58.915 7.364
Russas 76.475 9.559
TOTAL 292.058 36.507

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda (tabela 47), tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia
levando em conta os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 48).

Tabela 50 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.

Baixo Jaguaribe Habitantes Demanda (m³/ano)


Ano de 2010 229.000 7.399.203
Estimativa 2017 292.058 13.325.146

Tabela 51 - Demanda Total da Bacia do Baixo Jaguaribe.


Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 13.325.146
Industrial 6.769.456
Irrigação 54.110.000
Total: 74.204.602

Com apenas 1 reservatório com uma capacidade hídrica de 24.000.000 m³, a bacia
do Baixo Jaguaribe depende de outras bacias para o abastecimento de suas cidades assim
também como para irrigação e indústria. Os poços e os sistemas de adutoras fazem o
complemento do abastecimento. Hoje o sistema está com capacidade 62,13%
aproximadamente, 14,91 hm³ de água utilizada para o abastecimento humano.
3.4- Situação atual da sub-bacia do banabuiú.
A sub – bacia do Banabuiú tem como principal demanda hídrica a irrigação, em
torno em 94% do total, uma demanda de 275.922.000 m3/ano para a irrigação de 5.654
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 7.399.203
m3/ano para a população de aproximadamente 501.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela.
Tabela 52 - Nova demanda de abastecimento humano do Banabuiú.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Banabuiú 18.027 2.253
Boa Viagem 54.049 6.756
Ibicuitinga 12.350 1.544

Itatira 20.675 2.584


Madalena 19.800 2.475
Mombaça 43.735 5.467
Monsenhor
17.038 2.130
Tabosa
Morada Nova 61.548 7.694
Pedra Branca 42.841 5.355
Piquet Carneiro 16.731 2.091
Quixadá 86.605 10.826

Quixeramobim 78.658 9.832


Senador Pompeu 26.447 3.306
Limoeiro do
58.915 7.364
Norte
Milhã 13.136 1.642
TOTAL 570.555 71.319

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo


de água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para
o ano de 2017 (tabela 50).
Tabela 53 - Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017
Alto Jaguaribe Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 501.000 10.157.133
Estimativa 2017 570.555 26.031.572

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 45).
Tabela 54 - Demanda Total da Bacia do Banabuiú.
Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 26.031.572
Industrial 7.390.448
Irrigação 275.922.000
Total 309.344.020

Com um sistema com 18 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
2.768,07 hm³, a bacia do Banabuiú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 10% do seu volume total
devido à escassez de chuvas na região, dessa forma a utilização de água tende a ser
suspensa já que ela é a principal e maior demanda da bacia, deixando assim o consumo
humana com toda a utilização da água armazenada nos reservatórios.

3.5- Situação atual da sub-bacia do curu.


A sub – bacia do curu tem como principal demanda hídrica a irrigação, em torno
em 94% da total, uma demanda de 82.879.000 m3/ano para a irrigação de 4.425 ha de
perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 9.877.000 m3/ano
para a população de aproximadamente 266.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela.
Tabela 55- Nova demanda de abastecimento humano do Curu.
POPULAÇÃO (ESTIMATIVA
MUNICIPIO 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Apuiarés 14.719 1.840

Canindé 77.514 9.689


Caridade 22.320 2.790
General
6.922 865
Sampaio
Itapajé 51.945 6.493
Itatira 20.675 2.584
Paracuru 33.894 4.237
Paraipaba 32.151 4.019
Paramoti 11.578 1.447
Pentecoste 37.077 4.635
São Luís do
12.849 1.606
Curu
Tejuçuoca 18.902 2.363
Umirim 19.679 2.460
TOTAL 340.546 42.568

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 53).

Tabela 56- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017
CURU Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 266.000 9.877.000
Estimativa 2017 340.546 15.537.411

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 54).

Tabela 57- Demanda Total da Bacia do Curu.


Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 15.537.411
Industrial 7.380.000
Irrigação 82.879.000
Total 105.796.411

Com um sistema com 13 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
1.028,80 hm³, a bacia do curu suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz
de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 16% do seu volume
total, sendo assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de
água, para esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 105
hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de apenas 1 ano levando em conta que não
vai ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o
encerramento das atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim
apenas o consumo humano para utilização da água.
3.6- Situação atual da sub-bacia do salgado.
A sub – bacia do Salgado tem como principal demanda hídrica a irrigação, em
torno em 94% da total, uma demanda de 79.705.000 m3/ano para a irrigação de 2.482 ha
de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 4.838.072 m3/ano
para a população de aproximadamente 869.000 no ano de 2010, Calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela.
Tabela 58- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Salgado.
POPULAÇÃO (ESTIMATIVA
MUNICIPIO DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
2017)
Abaiara 11.605 1.462

Aurora 24.496 3.086


Baixio 6.228 785
Barbalha 59.811 7.536
Barro 22.440 2.827
Brejo Santo 48.830 6.153
Caririaçu 26.892 3.388
Cedro 25.063 3.158

Crato 130.604 16.456


Granjeiro 4.425 558
Icó 67.486 8.503
Ipaumirim 12.349 1.556
Jardim 27.076 3.412

Jati 7.847 989


Juazeiro do Norte 270.383 34.068
Lavras da
31.335 3.948
Mangabeira
Mauriti 46.548 5.865
Milagres 28.231 3.557
Missão Velha 35.409 4.462
Penaforte 8.956 1.128
Porteiras 14.921 1.880

Umari 7.671 967


Várzea Alegre 40.440 5.095
TOTAL 959.046 120.840

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 56).
Tabela 59- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017
Salgado Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 869.000 26.850.813
Estimativa 2017 959.046 44.106.526

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmo valores de irrigação e industrial (tabela 57).

Tabela 60- Demanda Total da Bacia do Salgado.


Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 44.106.526
Industrial 4.838.072
Irrigação 79.705.000
Total 128.649.598

Com um sistema com 15 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
452,31 hm³, a bacia do Salgado suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 29% do seu volume
total, sendo assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de
água, para esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 128
hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de apenas 1 ano levando em conta que não
vai ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o
encerramento das atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim
apenas o consumo humano para utilização da água.

3.7- Situação atual da sub-bacia metropolitana.


A sub – bacia Metropolitana tem como principal demanda hídrica o consumo
humano, em torno em 57% do total, uma demanda de 235.794.672 m3/ano para a uma
população de 3.840.000 milhões habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Calculado
para a população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda
como mostrado na tabela abaixo.
Tabela 61- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia Metropolitana.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Acarape 16.543 2.068
Aquiraz 79.128 9.891
Aracoiaba 26.269 3.284
Aratuba 11.244 1.406
Barreira 20.978 2.622
Baturité 35.351 4.419
Beberibe 53.110 6.639
Capistrano 17.668 2.209

Cascavel 71.079 8.885


Caucaia 362.223 45.278
Choro 13.384 1.673
Chorozinho 19.197 2.400
Eusébio 52.667 6.583

Fortim 16.272 2.034


Fortaleza 2.627.428 328.429
Guaramiranga 3.547 443
Guaiúba 26.331 3.291
Horizonte 62.985 7.873
Ibaretama 13.218 1.652
Itapiúna 20.014 2.502

Itaitinga 39.310 4.914


Maranguape 126.486 15.811
Maracanaú 224.804 28.101
Mulungu 12.831 1.604
Ocara 25.394 3.174

Pacoti 11.960 1.495


Pacajus 70.911 8.864
Pacatuba 82.824 10.353
Palmácia 13.145 1.643
Pindoretama 20.644 2.581
Redenção 27.441 3.430
Gonçalo do
48.265 6.033
Amarante
TOTAL 4.252.651 531.581

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 59).
Tabela 62- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.
Metropolitanas Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 3.840.000 235.794.672
Estimativa 2017 4.252.651 194.027.202

O aumento populacional e de consumo gerou uma demanda, tendo em vista isso


se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta os mesmo valores de irrigação
e industrial (tabela 60).
Tabela 63- Demanda Total da Bacia Metropolitana
Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 194.027.202
Industrial 252.082.360
Irrigação 23.383.000
Total 469.492.562
.
A uma diminuição no consumo de água nessa região devido a medidas tomadas
pela Cagece, sendo assim se consegue uma diminuição na demanda. Essa bacia necessita
da ajuda de outras bacias para o seu abastecimento devido ao seu grande numero de
habitantes.
3.8- Situação atual da sub-bacia do acaraú.
A sub – bacia Metropolitana tem como principal demanda hídrica o consumo
humano, em torno em 57% da total, uma demanda de 235.794.672 m3/ano para a uma
população de 3.840.000 milhões habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Calculado
para a população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda
como mostrado na tabela abaixo.
Tabela 64- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Acaraú.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Acaraú 62.999 7.875
Alcântara 11.459 1.432
Bela Cruz 32.378 4.047
Cariré 18.660 2.333

Catunda 10.365 1.296


Cruz 23.983 2.998
Forquilha 24.047 3.006
Graça 15.307 1.913
Groaíras 11.012 1.377
Hidrolândia 20.215 2.527
Massapê 38.210 4.776
Pacujá 70.911 8.864
Pires Ferreira 10.784 1.348
Reriutaba 18.769 2.346
Ipu 41.576 5.197
Ibiapina 24.825 3.103

Marco 26.981 3.373


Meruoca 14.948 1.869
Morrinhos 22.222 2.778
Mucambo 14.377 1.797
Nova Russas 32.035 4.004

Santa Quitéria 43.360 5.420


Santana do
32.023 4.003
Acaraú
Sobral 205.529 25.691

Tamboril 25.525 3.191


Varjota 18.239 2.280
TOTAL 763.903 95.488

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 62).

Tabela 65- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.
Acaraú Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 723.000 34.541.716
Estimativa 2017 763.903 34.853.074

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 63).

Tabela 66- Demanda Total da Bacia Acaraú.


Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 34.853.074
Industrial 1.842.370
Irrigação 195.714.000
Total 232.409.444

Com um sistema com 12 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
1.718,27 hm³, a bacia do Acaraú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 37% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 232 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 3 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o encerramento das
atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim apenas o consumo
humano para utilização da água.
3.9- Situação atual da sub-bacia do coreaú.
A sub – bacia do Coreaú tem como principal demanda hídrica o consumo humano,
em torno em 89% da total, uma demanda de 15.717.034 m3/ano para a uma população de
322.000 mil habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Calculado para a população do
ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como mostrado na
tabela abaixo.

Tabela 67- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Coreaú.


MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Acaraú 62.199 7.775
Alcântaras 11.459 1.432
Barroquinha 14.880 1.860
Bela Cruz 32.378 4.047
Camocim 66.929 8.366
Chaval 12.952 1.619

Cruz 23.983 2.998


Coreaú 23.107 2.888
Frecheirinha 13.669 1.709
Granja 54.365 6.796
Jijoca de
19.510 2.439
Jericoacoara
Martinópole 11.082 1.385
Moraújo 8.636 1.080
Senador Sá 7.513 939

Uruoca 13.677 1.710


TOTAL 376.339 47.042
Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de
água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 65).
Tabela 68- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.
Coreaú Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 322.000 15.717.034
Estimativa 2017 376.339 17.170.467

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 66).

Tabela 69- Demanda Total da Bacia Coreaú.


Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 17.170.467
Industrial 496.176
Irrigação 1.350.000
Total 19.016.643

Com um sistema com 9 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
303,74 hm³, a bacia do Coreaú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz
de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 91% do seu volume total, sendo
assim a que está mais próxima de sua capacidade máxima de acumulação, tendo em vista
isso não se tem nenhuma preocupação com crise hídrica para essa bacia.

3.10- Situação atual da sub-bacia do litoral.


A sub – bacia do Litoral tem como principal demanda hídrica o consumo humano,
em torno em 54% da total, uma demanda de 6.447.479 m3/ano para a uma população de
311.000 mil habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Calculado para a população do
ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como mostrado na
tabela abaixo.
Tabela 70- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Litoral.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (SENSO 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Acaraú 62.199 7.775
Amontada 41.901 5.238
Irauçuba 23.853 2.982
Itapipoca 127.465 15.933

Itarema 41.230 5.154


Marco 26.981 3.373
Miraíma 13.583 1.698
Morrinhos 22.222 2.778
Paraípaba 32.515 4.064
Santana do
32.123 4.015
Acaraú
Sobral 102.230 12.779
Trairi 55.207 6.901
Tururu 15.935 1.992
Uruburetama 21.609 2.701
TOTAL 363.635 45.454

Tendo em vista o aumento populacional dessa bacia com um maior consumo de


água por dia da população se tem uma diferença entre os valores do ano de 2010 para o
ano de 2017 (tabela 68).
Tabela 71- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.
Litoral Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 311.000 6.447.479
Estimativa 2017 363.635 16.590.847

O aumento populacional e de consumo gerou um aumento significativo na


demanda, tendo em vista isso se gera uma nova demanda total da bacia levando em conta
os mesmos valores de irrigação e industrial (tabela 69).
Tabela 72- Demanda Total da Bacia Coreaú.
Consumo Demanda (m³/ano)
Humano 16.590.847
Industrial 4.730.000
Irrigação 6.400.000
Total 27.720.847

Com um sistema com 7 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
213,90 hm³, suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia,
ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 82% do seu volume total,
estando próximo do volume máximo não tendo nenhum problema com a falta de água na
região para nenhumas das atividades.
3.11- Situação atual da sub-bacia do sertão do crateus.
O Comitê da Bacia Hidrográfica dos Sertões de Crateús foi criado pelo Decreto
estadual nº 31.061, de 22 de novembro de 2012, e instalado em 07 de março de 2013. Essa
Bacia foi criada a partir da divisão da bacia Poti-Longa, que foi dividida em duas. Desse
modo, se tem uma nova configuração de demanda no Estado com a alteração dessas
Bacias. Integrada por 9 municípios: Ararendá, Crateús, Independência, Ipaporanga, Novo
Oriente, Poranga, Ipueiras, Quiterianópolis, Tamboril. Possui uma área de 10.821 km²,
compreendendo a rede de drenagem do Rio Poti. E apresenta uma capacidade de
acumulação de águas superficiais de 446.685.647 m³, num total de 10 açudes monitorados
pela COGERH.
Tabela 73- Demanda para a Sub-bacia do Sertão do Crateús.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (SENSO 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Ararendá 10.823 1.353
Crateús 74.426 9.303

Independência 25.967 3.246


Ipaporanga 11.499 1.437
Novo Oriente 28.358 3.545
Poranga 12.243 1.530
Ipueiras 37.896 4.737
Quiterianópolis 20.860 2.608
Tamboril 25.525 3.191
TOTAL 247.597 30.950

Essa bacia tem uma demanda humana hídrica de 11.296.613 m³/ano, são 10
açudes que fazem o abastecimento dessa bacia com capacidade de acumulação de 448,09
hm³ suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia, ter todas
as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 15% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 11 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 4 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Não se foi divulgado pela Cogerh as
demandas de irrigação e industrial devido ao pouco tempo de criação dessa Bacia, mas se
levando em conta só a demanda humana ainda se ver a falta de água como um serio
problema.
3.12- Situação atual da sub-bacia da serra da ibiapaba.

O Comitê da Bacia Hidrográfica da Serra da Ibiapaba foi criado pelo Decreto


estadual 31.062, de 22 de novembro de 2012, e instalado em 26 de fevereiro de 2013.
Desse modo, se tem uma nova configuração de demanda no Estado com a alteração dessas
Bacias. Integrada por 10 municípios: Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapaina,
Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara, Viçosa do Ceará. Possui uma área de
5.987,75 km², compreendendo as redes de drenagem dos Rios Pejuaba, Arabê, Jaburu,
Jacaraí, Catarina, Pirangi, Riacho da Volta, Riacho do Pinga e Inhuçu. E apresenta uma
capacidade de acumulação de águas superficiais de 141.000.000 m³, num total de 01
açude monitorado pela COGERH.
Tabela 74-Demanda para a Sub-bacia da Serra da Ibiapaba.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (SENSO 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Carnaubal 17.631 2.204
Croatá 17.874 2.234
Guaraciaba do Norte 39.445 4.931
Ibiapaina 24.825 3.103
Ipueiras 37.896 4.737
Poranga 12.243 1.530
São Benedito 60.030 7.504
Tianguá 74.719 9.340
Ubajara 34.332 4.292
Viçosa do Ceará 46.648 5.831
TOTAL 365.643 45.705

Essa bacia tem uma demanda humana hídrica de 16.682.462 m³/ano, 1 açude que
fazem o abastecimento dessa bacia com capacidade de acumulação de 141,09 hm³ suporta
muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas
atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente o reservatório da bacia está com 55% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 16 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 8 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Não se foi divulgado pela Cogerh as
demandas de irrigação e industrial devido ao pouco tempo de criação dessa Bacia, mas se
levando em conta só a demanda humana ainda se ver a falta de água como um sério
problema, devido a bacia ter apenas um açude para o abastecimento de 10 municípios.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos nesse trabalho demostram que os Recursos Hídricos do
Estado do Ceará são tratados como prioridade, devido à grande dificuldade hídrica que o
estado sempre atravessou, sendo assim se teve a busca por medidas que venha a minimizar
os efeitos causados pelo a escassez e falta de chuva no Estado.
A análise realizada em cada bacia para a população de 2017 se teve como resultado
a demanda total do Estado para a o ano de 2017, tendo assim um estudo do total de água
que se utiliza por ano. A tabela a abaixo traz um resumo das demandas por bacia e a soma
total do uso de água no Estado.
Tabela 75- Nova Demanda do Estado do Ceará.
BACIAS DEMANDA HUMANA(m³/ano)
ALTO JAGUARIBE 43.263.086
BAIXO JAGUARIBE 74.204.602
MEDIO JAGUARIBE 167.611.131
BANABUIÚ 309.344.020
CURU 105.796.411
SALGADO 128.299.546
METROPOLITANAS 469.492.562
ACARAÚ 232.409.444
COREAÚ 19.016.643
LITORAL 27.720.847
SERTÃO DE CRATEUS 11.296.613
SERRA DA IBIAPINA 16.682.462
TOTAL: 1.605.137.367

O estado do Ceará tem capacidade de acumulação de 18.625 m³, isso mostra


como o estado tem um espaço de acumulação muito superior à demanda sendo assim,
tem-se que caso todos os reservatórios estivessem cheios o Ceará não tinha preocupação
com a falta de água. Hoje o Ceará está com apenas 17% de sua capacidade de acumulação,
devido a isso ainda tem-se uma preocupação muito grande com a falta de água no Estado.
Levando em conta apenas o consumo humano que é a prioridade de
abastecimento em épocas de escassez de água a Demanda do estado fica como mostra a
tabela abaixo.
Tabela 76- Demanda humana para a população do ano de 2017 no Estado do Ceará.
BACIAS DEMANDA HUMANA(m³/ano)
ALTO JAGUARIBE 25.569.984
BAIXO JAGUARIBE 13.325.146
MEDIO JAGUARIBE 11.334.254
BANABUIÚ 26.031.572
CURU 15.537.411
SALGADO 43.756.474
METROPOLITANAS 194.027.202
ACARAÚ 34.853.074
COREAÚ 17.170.467
LITORAL 16.590.847
SERTÃO DE CRATEUS 11.296.613
SERRA DA IBIAPINA 16.682.462
TOTAL: 426.175.506

Em geral o Estado do Ceará tem uma boa gestão dos recursos hídricos devido a
situações de seca que o estado atravessou, se levou a investir muito para que não se tivesse
mais esse problema no Estado. Ainda assim se ver que pode ser melhorar sempre, nesse
trabalho se viu a necessidade da construção de novas barragens em algumas bacias do
estado (Baixo Jaguaribe e Serra da Ibiapina) devido ao grande número de municípios e
habitantes que são abastecidas apenas por um reservatório em cada.
A melhor integração entre as bacias por meio de adutoras melhoraria e facilitaria
a transposição das águas no caso de uma grave crise, seria uma boa solução para o estado
num momento de colapso do sistema.
De modo geral, o Ceará tratou muito bem a gestão dos recursos e tudo isso vem
de um planejamento que fez como que o estado conseguisse não sofrer tanto com a falta
de água como já sofreu no passado. Sendo assim se planejou uma acumulação para muitos
anos que foram confirmados no trabalho, já que com o aumento populacional e um
aumento no consumo ainda assim se tem uma acumulação que supre toda essa
necessidade.
REFERÊNCIAS

Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. Cenário atual dos recursos hídricos do


Ceará;/ Conselho de altos estudos e assuntos estrategicos. Assembléia Legislativa do
Estado do Ceará. Eudoro Walter de Santana (coordenador) – Fortaleza: INESP, 2008.
Coleção Pacto das Águas.

CEARÁ, Secretaria de Recursos Hidricos. Plano de Gerenciamento das águas da


Bacia do Rio Jaguaribe: SRH/COGERH, 2009.

COGERH, Implantação do Sistema de Monitoramento: gestão de uma área piloto do


aquífero Missão Velha, na Bacia Sedimentar do Cariri. Fortaleza: [s,n], 2005. Relatorio
Interno.

_________, Nivel dos açudes: disponivel em http://portal.cogerh.com.br.

________, Relatório do IX Seminario de Planejamento e Operação de Águas dos


Vales do Juaguaribe e Banabuiú. Fortaleza: COGERH, 2002.

CORDEIRO, VF; MONTEIRO FILHO, C.G.Caracterização do aluvião do Rio


Banabuiú, trecho Morada Nova – BR116. Fortaleza: [s,n], 2007. Relatório de
Graduação do Departamento de Geologia da UFC.

DNOCS, Programa de Gestão participative dos reservatórios do DNOCS. Fortaleza,


2004.

FUNCEME, Caracterização das Bacias hidrograficas do Estado do Ceará. Fortaleza:


2009.

__________, Mapeamento dos Espelhos Dágua do Brasil. Fortaleza, 2008.

2009.

__________, Relatório de Normas Mensais. Fortaleza: Ed Funceme 2005.

__________, Redimensionamento da regíão semi-árida do Nordeste do Brasil.


Fortaleza, 1994.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2010.


Pacto das Águas, Cenário anual dos recursos hidricos do Ceará, 2008.

SNIS, Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento, 2007.

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