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FORTALEZA
2018
JOSÉ MAURY CÔELHO OLIVEIRA
FORTALEZA
2018
JOSE MAURY CÔELHO OLIVEIRA
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. MSc. Ícaro Jose Fernandes Santos Bastos
(Orientador)
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
_________________________________________
Prof. Prof. MSc Jardel Andrade de Oliveira
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
_________________________________________
Prof. Prof. Dr. Rosiel Ferreira Leme
Universidade Federal de Fortaleza (UFC).
A Deus.
Aos meus pais, José Aroldo Coelho da Silva e
Juarina Silva Oliveira Coelho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por guiar todos os meus passos durante minha vida
permitindo-me compartilhar todos os momentos com pessoas que amo e abençoado meu
caminho para concluir mais um ciclo, que não foi fácil, mas irá me direcionar para novos
horizontes.
Aos meus pais, Aroldo Coelho e Juarina Coelho, pois sem eles não seria possível que essa
estrada da vida fosse traçada. Por intermédio dos exemplos deles e todos os esforços para me
ajudarem a conseguir chegar ao meu objetivo, graças a eles pude aprender que a vida é uma
dádiva e devemos lutar para conquistar nossos desejos.
Aos meus irmãos, Matheus Coelho e Cauã Coelho, por todo amor e convivência em que nos
apoiamos uns aos outros, meu obrigado.
Aos meus avós, tios, primos, padrinhos e amigo Antonio José por vibrarem com cada conquista
ao longo do curso.
A amizade que conquistei durante esse período, em especial, Brena Rodrigues, Nayara Tavares,
Elvys Rodrigues, George Albuquerque e Igor Girão, sem vocês a caminhada seria inigualável,
obrigado por todo o incentivo diário e acreditarem no meu potencial.
Ao meu orientador, Dr. Ícaro José Fernandes Santos Bastos pelos ensinamentos e a dedicação
que teve durante meu trabalho por sempre acreditar em mim e por ser tão paciente comigo, meu
muito obrigado.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 29
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 98
1 INTRODUÇÃO
O Brasil vem passando por uma grave crise hídrica, não só decorrente de fatores
climáticos, como também de vários outros aspectos: má gestão pública, desperdício,
poluição, desmatamento e etc. tendo em vista isso, torna-se essencial a análise de todos
esses fatores para a melhor gestão dos recursos hídricos.
No estado do Ceará essa análise é fundamental, devido a sua localização, o estado
está localizado no semi-árido brasileiro, tendo baixa precipitação pluviométrica,
temperaturas altas, taxa elevada de evapotranspiração, entre outras características que
torna fundamental uma boa gestão de recursos hídricos para que não ocorra a falta de
água que é um bem essencial para a vida.
Tendo em vista isso o trabalho tenta trazer uma análise dos recursos hídricos do
estado do Ceará para a busca de soluções em prol de diminuir o efeito dessa crise hídrica,
que afeta gravemente a população de uma maneira geral.
1.1. Justificativa
O Ceará possui 86,8% de sua área na região do semi-árido brasileiro, de acordo
com a portaria N° 89 de março de 2005, do Ministério da Integração Nacional. A principal
característica desse clima são as secas prolongadas, outras características marcantes desse
tipo de região são: caatinga com principal vegetação, embasamento cristalino, solos rasos
de fácil erosão e pouco permeável, elevadas temperaturas, taxa elevada de
evapotranspiração, entre outros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que nos últimos
dez anos, a população cearense registrou um incremento populacional de 1.021.720
milhões de habitantes. Dos 8.452.381 milhões de habitantes do Ceará, 6.346.557 estão na
zona urbana e apenas 2.492.269 estão na área rural.
De acordo com o levantamento feito pela Fundação Cearense de Meteorologia
(Funceme), com base no volume de chuva dos últimos 100 anos, desde 1910 que o Ceará
não tem uma seca tão severa com a dos últimos cinco anos.
Tendo em vista tudo isso é que se vê a importância da análise de todo o
gerenciamento hídrico do estado, assim sendo, pode se evitar graves prejuízos causados
pela seca.
1.2 Objetivos
1.3 Metodologia
O método utilizado para essa pesquisa foi realizado em duas etapas: o estudo da
situação dos recursos hídricos do Estado do Ceará e da nova demanda hídrica devido ao
aumento populacional.
1.3.1 Estudo dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará
O estudo se resume em uma pesquisa exploratória baseada no Pacto das águas do
Estado do Ceará (2007- 2010), que teve como objetivo discutir alternativas para a
segurança hídricas do estado, esse pacto resultou no plano estratégico e no estudo de todas
as 12 bacias hidrográficas.
Esse estudo teve essencial importância para o entendimento e captação da situação
de todas as bacias que compõem o estado tendo em vista que isso se torna fundamental
para o conhecimento da nova demanda devido ao aumento da população e da quantidade
de água que se necessita cada dia mais para se realizar os principais trabalhos no dia-a-
dia, ainda realizar a crítica sobre a situação dos recursos hídricos do Estado do Ceará.
1.3.2 Estudo da nova demanda hídrica.
Depois da pesquisa, realizou-se o estudo de uma nova demanda hídrica com relação
ao novo número de habitantes do estado e levando em conta a média por dia de consumo
de água da população do Estado em pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS).
Com a sínteses desses dados se encontrou a demanda de cada bacia hidrográfica do
Ceará, tendo em vista as condições de cada uma e a malha hídrica se tem uma análise de
como se encontra a situação dos recursos hídricos de todas elas em relação ao aumento
populacional e aos anos em que se foram projetados cada reservatório e para cada
demanda, sendo ela principal para consumo humano, irrigação ou industrial.
Tendo em vista os anos de escassez de chuvas no Estado, vários reservatórios estão
com níveis muito baixos de armazenamentos, levando em conta a demanda hídrica da
população que se tem calculada se faz uso dessas informações para chegar a uma
conclusão do tempo que se tem de água para a comunidade de cada bacia e se fazer um
trabalho de conscientização da população para um possível racionamento mais severo de
água.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresenta um estudo para uma melhor compreensão da situação dos
recursos hídricos do estado do Ceará, logo após a situação de cada sub-bacia que integra
o estado, apresentado todas suas características próprias para a melhor compreensão do
tema proposto.
Fonte: cogerh
2.2 SUB-BACIA DO RIO DO ALTO JAGUARIBE
principais afluentes os rios Bastiões, Trussu e Cariús, além dos riachos Carrapateiras,
Trici, Puiú e Conceição. Em termos de acumulação de águas superficiais, a região do Alto
HÍDRICOS
grandes reservatórios estão no terço inferior da bacia, isto é, o mais na jusante possível o
que caracteriza as regiões hidrográficas que formam nascentes do curso d’água principal.
A oferta hídrica subterrânea é gerada pelos sistemas aquíferos da bacia representados por
Bacia Sedimentar do Araripe, Bacia Sedimentar do Iguatu, Aluviões e Cristalino.
Dos 27 (vinte e sete) municípios pertencentes a esta sub-bacia, 23 estão
integralmente dentro dela: Acopiara, Aiuaba, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe,
Arneiroz, Assaré, Catarina, Campos Sales, Cariús, Farias Brito, Iguatu, Jucás, Nova
Olinda, Orós, Parambu, Potengi, Quixelô, Saboeiro, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas,
Tauá; e quatro parcialmente: Caririaçu (9,90%), Crato (18,31%), Icó (1,61%), Várzea
Alegre (18,57%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Geologicamente a sub-bacia do Alto Jaguaribe é constituída de rochas do
embasamento cristalino pré-cambriano (81,28%), representado por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas
e metaplutônicas de composição predominantemente granítica. Sobre esse
substrato repousam depósitos sedimentares (18,72%) como os da Bacia
Sedimentar do Araripe constituída por arenitos, conglomerados, siltitos,
folhelhos, calcários, margas e gipsita; das coberturas de idade terciária
constituídas de areia, argilas e cascalhos e das quaternárias (aluviais), formadas
por areias, siltes, argilas e cascalhos, que se distribuem ao longo dos principais
cursos d’água que drenam a sub-bacia. Esta característica limita a quantidade
de água armazenada em seu subsolo e contribui para o aumento do escoamento
e da evaporação da água que nele se precipita. Assim, há escoamento nos rios
1
Segundo o Pacto das Águas (2008), a oferta hídrica no Alto Jaguaribe engloba 12,
dos 19 principais reservatórios da sub-bacia, aqueles com capacidade maior que 10 milhões
de metros cúbicos, tendo em vista que os açudes com capacidade menor do que 10 milhões
de metros cúbicos têm como principal função a acumulação de volumes de água que ficam
estocados, após a estação chuvosa (de fevereiro a maio), para serem depois utilizados na
estação seca (demais meses) do mesmo ano. Não servem, no entanto, como reservas
interanuais, pois, quando da ocorrência de anos secos consecutivos, tais reservatórios não
apresentam volumes para o atendimento às demandas (SRH, 2005).
Na Tabela 1 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta sub-bacia.
fontes naturais , captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas. (Pacto das
Águas, 2008).
HÍDRICOS
Cachoeirinha 31 0,558
Jucás I e II 56 1,008
TOTAL 87 1,566
Tendo em vista toda essa demanda para a área industrial, se chega aos percentuais
relativos a cada uma delas, dasub- bacia do Alto Jaguaribe, onde se verifica que a maior
demanda se refere à irrigação.
2.2 SUB-BACIA DO RIO DO MEDIO JAGUARIBE
1
Jaguaretama (58,12%), Limoeiro do Norte (1,15%) Milhã (56,44%), Orós (7,31%) e
Tabuleiro do Norte (21,47%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Segundo o Pacto das Águas (2008), A consolidação da oferta hídrica desta Sub-
bacia engloba 13 (treze) principais reservatórios, é nela também que está localizado o
açude Castanhão, o maior do Estado. Possui um total de 4.592 reservatórios (COGERH,
2008), destes, 997 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destaca-se o açude
Castanhão, responsável por mais de 97% do total armazenado nesta Sub-bacia.
RECURSOS
HÍDRICOS
Verifica-se, nesta Sub-bacia, a predominância de rochas do embasamento
cristalino (88,56%) representadas por gnaisses e migmatitos diversos, associados
a rochas plutonica e metaplutonicas de composição predominantemente granítica,
de idade Pré-Cambriana. Sobre esse substrato, repousam os sedimentos (11,44%)
cretáceos da Bacia Sedimentar do Apodi (Formações Açu e Jandaíra), terciários
do Grupo Barreiras, coberturas tércio- quaternárias, que afloram sob a forma de
manchas esparsas, ao longo da região, e coberturas aluviais, de idade quaternária,
encontradas ao longo dos principais cursos d’água (Pacto das Águas,2008).
RECURSOS
Capacidade de
Nome do Açude Município
Acumulação (m³)
Adauto Bezerra Pereiro 5.250.000
Canafístula Iracema 13.110.000
Castanhão Alto Santo 6.700.000.000
Ema Iracema 10.390.000
Jenipapeiro Dep. Irapuan Pinheiro 17.000.000
Joaquim Távora Jaguaribe 26.772.800
Madeiro Pereiro 2.810.000
Nova Floresta Jaguaribe 7.610.000
Potiretama Potiretama 6.330.000
Riacho do Sangue Solonópole 61.424.000
Santa Maria Ererê 5.866.800
Santo Antônio Iracema 832.000
Tigre Solonópole 3.510.000
TOTAL 13 açudes 6.860.905.600
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na Sub-bacia,
geradas a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros
de poços da Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até
2006, mostram a existência de 929 pontos d’água, sendo: 876 poços tubulares; 52 poços
amazonas; e 1 fonte natural captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas
(Pacto das Águas,2008).
A Tabela 6 apresenta a quantidade de pontos d’água por município, com
destaque para o município de Jaguaribe que detêm 12,16% dos pontos d’água.
Tabela 6 - Distribuição dos pontos de água por municípios.
Tabela 3.
0
Extensão Vazão
Eixo Município Fonte
(Km) (l/s)
Hídrica
Orós - Orós e Jaguaribe açude Orós 18,22 22,00
Feiticeiro
Castanhão- Jaguaribara- açude 53,60 1,72
Curral Velho Alto Santo-Morada Castanhão
Nova
RECURSOS
Tendo em vista tudo isso se chega aos percentuais relativos a cada uma das demandas
da sub- bacia do Médio Jaguaribe, onde se verifica que a maior demanda se refere à
irrigação.
Figura 4 - Percentual das demandas para a sub-bacia do Médio
Jaguaribe.
RECURSOS
3
2
Santo (0,31%), Aracati (91,03%), Fortim (34,39%), Ibicuitinga (40,32%) Limoeiro do
Norte (70,77%), Morada Nova (19,38%), Palhano (59,53%), Russas (96,01%) e Tabuleiro
do Norte (77,82%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
Na Sub-bacia do Baixo Jaguaribe observa-se um predomínio de rochas
sedimentares (74,30%) que engloba as seguintes unidades litoestratigráficas:
Grupo Apodi, representado pelas formações Jandaira (calcários) e Açu
(folhelhos e arenitos finos a médios) sedimentos clásticos do Grupo Barreiras
(Formação Faceiras: conglomerados basais e Indiviso: arenitos argilosos),
Dunas/Paleodunas e aluviões. As rochas cristalinas (25,70%), ocupando a porção
oeste da Bacia, estão inseridas no contexto geológico da Província Borborema,
com unidades litológicas representadas pelo Grupo Orós, que é compostopor
micaxistos diversos e o Complexo Jaguaretama, constituído de ortognaisses
migmatizados, granitos e tonalitos. (Pacto das Águas,2008).
Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta Sub-bacia
engloba 1 (um) reservatório, possui um total de 660 reservatórios (COGERH, 2008),
destes, 260 apresentam área superior a 5 ha (FUNCEME, 2008).
Na Tabela 9 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
RECURSOS
Capacidade de Acumulação
Nome do Açude Município
(m³)
Santo Antônio de Russas 24.000.000
Russas
TOTAL 1 açude 24.000.000
2
Fortim 54 1 - 55
Ibicuitinga 22 - - 22
Icapuí 67 - - 67
Itaiçaba 23 - - 23
Jaguaruana 113 - - 113
Limoeiro do 156 2 - 158
Norte
Morada Nova 99 - - 99
Palhano 24 - - 24
Quixeré 116 15 - 131
Russas 232 7 - 239
Tabuleiro do 120 3 1 124
Norte
TOTAL GERAL 1327 33 1 1.361
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
Os sistemas de transferência de água nesta Sub-bacia englobam 6 (seis) adutoras
e 20,52 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As
principais adutoras construídas beneficiem cerca de 20.860 pessoas. Suas principais
características estão listadas na Tabela 11.
Tabela 11 - Características das adutoras.
Extens Vaz Populaçã
RECURSOS
E Município Fonte
ão ão o
i Hídrica
x (Km) (l/ Beneficia
o s) da
Batente- Morada Nova açude 45,20 14,0 4109
Patos Batente 0
3
Cabeça Limoeiro do Canal do 2,54 3,00 1932
Preta Norte DIJA/ Chapada
do Apodi
Palhano Aracati / Canal do 22,70 18,0 8012
Itaiçaba / Traba- lhador 0
Palhano
Saco Limoeiro do Canal do 15,00 3,00 2555
Verde- Norte / DIJA/ Chapada
Cabeça Tabuleiro do do Apodi
Preta Norte
Tomé Limoeiro do Canal do 4,00 4,00 2765
Norte DIJA/ Chapada
do Apodi
Vila do Russas Poço 6,00 6,00 1500
Peixe Amazonas
RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
3
segundo o Planerh (2005), uma demanda de 54.110.000 m3/ano, 10.620.000 m3/ ano para
atendimento aos perímetros públicos, com área total de 590 ha e 43.490.000 m3/s para
perímetros privados, com área total de 5.654 ha.
Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta sub-bacia
1
engloba 14 (quatorze) dos 18 (dezoito) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-
bacia caracteriza-se pelo alto nível de açudagem possui um total de 5.825 reservatórios
(COGERH, 2008), destes, 1.415 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
2
Curral Velho Morada Nova 12.165.745
6
poços em aluvião
ASPECTOS
compartimentos de relevos serranos de Uruburetama e do Machado também
são constituídos por litologias cristalinas. (Pacto das Águas, 2008).
Segundo o Pacto das Águas (2008), a consolidação da oferta hídrica desta sub-bacia
engloba 8 (oito) dos 13 (treze) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-bacia
caracteriza-se pelo alto nível de açudagem possui um total de 818 reservatórios
(COGERH, 2008), destes, 229 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
1
Na Tabela 17 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
RECURSOS
3
156,83 Km de perenização de trecho de rio no ano de 2008 (COGERH, 2008). As principais
adutoras construídas beneficiam cerca de 89.600 pessoas, com suas principais
características listadas na Tabela 19.
ASPECTOS
podendo alcançar uma espessura total da ordem de 1.600 m; das coberturas de
idade terciária constituídas de areia, argilas e cascalhos e das quaternárias
(aluviais), formadas por areias, siltes, argilas e cascalhos que se distribuem ao
longo dos principais cursos d’água que drenam a sub-bacia. (Pacto das Águas,
2008).
1
engloba 10 (dez) dos 13 (treze) principais reservatórios da sub-bacia. Esta sub-bacia
apresenta baixa capacidade de acumulação em termos de águas superficiais no Estado do
RECURSOS
Ceará,possui um total de 1.695 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 254 apresentam área
superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destacam-se os açudes Atalho e Lima Campos, que
HÍDRICOS
2 RECURSOS
Capacidade de
2
Nome do Município
Acumulação (m³)
Açude
4
d’água, sendo: 3.370 poços tubulares; 23 poços amazonas; e 252 fontes naturais, captando
ICOS
de água, respectivamente.
OS H
RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
ASPECTOS
como coletores principais de drenagem e os sistemas Ceará/Maranguape e Cocó/Coaçu.
Esta Bacia corresponde a uma área de 15.085 km2, 10% do estado do Ceará.
São dezesseis as sub-bacias hidrográficas dessa região, dentre elas aquelas que possuem
rio principal com maior extensão são o Choró, com 200 km; o Pirangi, com 177,5 km; e o
1
Pacoti, com 112,5 km, todos em sentido sudoeste-nordeste.
As bacias Metropolitanas drenam área dos municípios de Acarape, Aquiraz,
Aracoiaba, Barreira, Baturité, Beberibe, Capistrano, Cascavel, Caucaia, Choro, Chorozinho,
Eusébio, Fortaleza, Guaiúba, Horizonte, Itapiúna, Itaitinga, Maracanaú, Ocara, Pacajus,
Pacatuba, Pindoretama, Redenção e parte dos municípios de Aracati (8,97%), Aratuba
(83,40%), Canindé (20,10%), Fortim (65,61%), Guaramiranga (82,24%), Ibaretama
(87,07%),Maranguape (94,03%), Morada Nova (22,72%), Mulungu (65,04%), Pacoti
(95,05%), Palhano (40,47%), Palmácia (94,66%), Paracuru (17,80%), Pentecoste
(29,03%), Quixadá (21,82%), Russas (14,02%) e São Gonçalo do Amarante (64,46%)
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A área das bacias Metropolitanas abrange rochas das mais variadas, indo desde
as cristalinas de idade proterozóica (63,17%) representado por gnaisses e
migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas
e metaplutônicas de composição predominantemente granítica até as
sedimentares (36,83%) tais como: sedimentos areno-argilosos, não ou pouco
ASPECTOS
litificados do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio-Eluviais, Sedimentos
eólicos constituídos de areias bem selecionadas de granulação fina a média, às
vezes siltosas do Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas, com ou
sem matéria orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e estuarinos
recentes dos Depósitos Aluvionares e de Mangues. (Pacto das Águas, 2008).
Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica destas Bacias
engloba 15 (quinze) reservatórios, Estas Bacias caracterizam-se por apresentarem um
1
E Município Vaz
i Hídrica ão ão o
x (Km (l/s) Beneficiad
o ) a
Acarape Acarapé / Açude 54,00 800, 50000
Barreira / 00
Maranguape
/ Pacatuba /
Redenção Acarape
Aracoiaba/Ba Aracoiaba / Açude 24,89 133, 50719
turité Baturité Aracoiaba 64
Batente-Patos Morada Nova Açude 45,20 14,0 4109
Batente 0
Capistrano Capistrano Açude 13,60 10,0 4459
Castro 0
Cascavel Cascavel Rio 8,80 173, 49261
Choro 00
Ideal/Capivara Aracoiaba / Leito do rio 11,10 12,0 5900
/Ocara Ocara Choro 0
Itacima/Água Guaiúba Açude 6,80 10,0 6720
Verde Acarape 0
Itapiúna/Caio Itapiúna Açude 11,98 25,00
Prado Castro
Jacurutu Caucaia Barra do rio 2,76 1,00 658
Cahuipe
Pacajus/Choro Chorozinho Açude 29,80 31,0 17200
zinho/ / Horizonte / 0
Pacajus Pacoti
Horizonte
Palmatória Itapiúna Açude 12,10 4,00 2000
Castro
Primavera Caucaia Barra do 3,77 3,00 1771
rio
Cahuipe
Redencão/Ac Redenção Aç. 38,20 44,0 38300
arape/ Acarape 0
Barreira/Ant° do Meio
Santa Rosa Caucaia Barra do 1,79 2,00 1967
rio
Cahuipe
São João do Morada Nova BarVerted 1,77 1,00 1771
Aruaru oura
Rabicha/
Rio Piranji
Serra do Félix/ Beberibe Canal 18,66 12,0 7210
0
Boqueirão do Trabalhador
Cesário
Sifão Beberibe Canal 2,86 250, 180000
Umburanas Trabalhador 00
RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para estas Bacias corresponde a 235.794.672 m3/ano e
a 62,33% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005); os estudos realizados referem- se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial das bacias Metropolitanas apresenta-se uma necessidade
RECURSOS
de 252.082.360 m3/ano, o que corresponde a 79,62% da demanda Estadual. Para irrigação,
tem-se, segundo o Planerh (2005), uma demanda de 23.383.000 m3/ano, 1.890.000 m3/ ano
para atendimento aos perímetros públicos, com área total de 105 ha e 21.493.000 m3/s
para perímetros privados, com área total de 1.136 ha (SRH, 2005).
ASPECTOS
Groaíras, Jacurutu, Macacos e Jaibaras, os quais formam importantes sub-bacias. Ocupa
uma área da ordem de 14.423,00 Km2, que corresponde a 10% do território cearense.
A bacia do Acaraú drena 28 (vinte e oito) municípios, 10 integralmente: Cariré,
Catunda, Forquilha, Graça, Groaíras, Hidrolândia, Massapê, Pacujá, Pires Ferreira,
1 1
Reriutaba e Varjota e os demais, parcialmente, Acaraú (27,85%), Alcântara (19,48%), Bela
Cruz (23,73%), Cruz (13,11%), Ibiapina (2,10%), Ipu (90,91%), Ipueiras (31,04%),
Marco (48,32%), Meruoca (83,84%), Monsenhor Tabosa (13,80%), Morrinhos (53,00%),
Mucambo (71,38%), Nova Russas (92,40%), Santa Quitéria (96,84%), Santana do Acaraú
(69,71%), Sobral (45,01%) e Tamboril (35,19%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A geologia da bacia é composta essencialmente por terrenos cristalinos pré-
Cambrianos (94,70%) representado por gnaisses e migmatitos diversos,
quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas e metaplutônicas de
composição predominantemente granítica. E por rochas sedimentares (5,30%)
tais como: arenitos da Formação Serra Grande, sedimentos areno-argilosos, não
ASPECTOS
Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica desta bacia
1
engloba 9 (nove), dos 12 (doze) principais reservatórios da bacia Esta bacia caracteriza-se
SOS
por possuir um total de 1.902 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 556 apresentam área
superior a 5 ha (FUNCENE, 2008). Destaca-se o açude Araras, responsável por mais de
60% do volume de acumulação da bacia.
DR
ICOS
RECURSOS
OS H
RECURSOS
Nome do Açude Município Capacidade de Acumulação
(m³)
2
2 2
Arrebita Forquilha 19.600.00
Poços Poços
Município Tu- Fontes T
Amazon
Naturais o
HÍDRICOS
bulares as t
al
Acaraú 136 - - 136
Alcântaras 7 - - 7
3
Bela Cruz 48 - - 48
0
Forquilha 75 - - 75
Graça 48 2 - 50
Groaíras 42 1 - 43
Ipu 67 3 - 70
Ipueiras 56 9 1 66
Marco 22 - - 22
Massapé 178 - - 178
Meruoca 35 1 - 36
Monsenhor 12 13 2 27
Tabosa
Morrinhos 61 - - 61
Mucambo 27 6 - 33
Nova Russas 105 4 - 109
Pacujá 55 - - 55
Pires Ferreira 62 - - 62
Reriutaba 61 - - 61
RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para esta bacia corresponde a 34.541.716 m3/ano e a
9,13% da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-se
somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a
10 milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial esta bacia apresenta uma necessidade de 1.842.370
RECURSOS
m3/ano, o que corresponde a 0,96% da demanda Estadual. Para a irrigação, tem-se,
segundo o Planerh (2005), uma demanda de 195.714.000 m3/ano para atendimento aos
perímetros públicos, com área total de 10.873 ha (Tabela5).
ASPECTOS
bacia é composta da área drenada pelo rio Coreaú e seus tributários, além de microbacias
que se abrem diretamente para o Oceano Atlântico, tais como os que são formados pelos
1 1 1ASPECTOS
rios Timonha, Tapuio, Jaguarapi, Pesqueiro e da Prata perfazendo um total de 10.633,66
km2 de área correspondendo a 7% do território cearense.
A Bacia hidrográfica do rio Coreaú drena os municípios de Barroquinha, Camocim,
Chaval, Coreaú, Frecheirinha, Jijoca de Jericoacoara, Martinópole, Moraújo, Senador Sá e
Uruoca, e parcialmente, Acaraú (13,32%), Alcântaras (80,21%), Bela Cruz (76,16%),
Cruz (86,90%), Granja (94,20%), Ibiapina (11,91%), Marco (44,39%),
Meruoca(11,82%), Morrinhos (4,26%), Mucambo (28,62%), Sobral (5,60%), Tianguá,
(56,37%), Ubajara 28,87%) e Viçosa do Ceará (54,42%).
Sobre a geologia dessa sub-bacia:
A geologia da Bacia é composta por terrenos cristalinos Pré-Cambrianos
(41,31%) representado por gnaisses e migmatitos diversos, quartzitos e
metacalcários, associados a rochas plutônicas e metaplutônicas de composição
predominantemente granítica. E por rochas sedimentares (58,69%) tais como:
arenitos da Formação Serra Grande, sedimentos areno-argilosos, não ou pouco
litificados do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio- Eluviais, sedimentos
1
2
por possuir poucas intervenções hídricas, possui um total de 631 reservatórios (COGERH,
2008), destes, 170 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
RECURSOS
Capacidade de
3
RECURSOS
(m³)
0
Fontes
Município Poços Poços Total
Tubulares Amazonas Naturais
Acaraú 29 29
Alcântaras 41 41
Barroquinha 44 44
Bela Cruz 17 17
Camocim 133 2 135
Chaval 12 12
Coreaú 99 99
Cruz 17 17
Frecheirinha 62 4 66
Granja 75 6 1 82
Jijoca de 44 44
Jericoacoara
Marco 10 10
Martinópole 50 6 56
Massapê 4 4
Meruoca 2 2
Moraújo 49 49
Santana do 3 3
Acaraú
Senador Sá 34 4 38
Sobral 17 17
Tianguá 125 6 131
Ubajara 21 2 23
Uruoca 59 3 3 65
Viçosa do Ceará 96 12 4 112
TOTAL GERAL 1043 45 8 1.096
Tabela 35.
4
RECURSOS
Popula
Extensã Vaz
Adutora Município Fonte ção
o ão
Hídrica Benefic
(Km) (l/
ia- da
s)
Chaval/Barroquin Barroquinh açude 30,4 56 21937
ha a/ Itaúna
Chaval
RECURSOS
Fonte: SRH, 2009
A demanda hídrica humana para esta Bacia corresponde a 15.717.034 m3/ano e a
4,15%, da demanda para o Estado do Ceará (SRH, 2005); os estudos realizados referem-
se somente às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais,
dispersas no território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10
milhões de metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial esta Sub-Bacia apresenta uma necessidade de 496.176
m3/ ano, o que corresponde a 0,26% da demanda Estadual. Para a irrigação, tem-se, segundo
a SRH (2005), uma demanda de 1.350.000 m3/ano para atendimento a perímetro público,
com área total de 75 ha (Tabela 5) e 1.358.000 m3/ano para perímetros privados, com área
total de 97 ha.
1
areias bem selecionadas de granulação fina a média, às vezes siltosas do
Dunas/Paleodunas e cascalhos, areias, silte e argilas, com ou sem matéria
orgânica, formados em ambientes fluviais, lacustres e estuarinos recentes, dos
depósitos aluvionares e de mangues. (Pacto das Águas, 2008).
Segundo o Pacto das Águas (2009), A consolidação da oferta hídrica desta bacia
engloba 4 (quatro) dos 7 (sete) principais reservatórios da bacia . Esta bacia caracteriza-
21
se pelo alto nível de açudagem, possui um total de 1.019 reservatórios (COGERH, 2008),
destes, 290 apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
Na Tabela 37 pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais
reservatórios localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 37 - Principais reservatórios da bacia do Litoral e capacidade de acumulação.
Nome do Açude Município Capacidade de
Acumulação (m³)
Mundaú Uruburetama 21.300.000
Patos Sobral 7.550.000
Poço Verde Itapipoca 13.650.000
Quandú Itapipoca 4.000.000
Sto. Antônio de Sobral 24.340.000
Aracatiaçu
Sta. Maria do Sobral 8.200.000
Aracatiaçu
São Pedro Timbaúba Miraíma 19.250.000
TOTAL 7 açudes 98.290.000
Fonte: Cogerh, 2009
A quantificação e caracterização das captações de água subterrânea na bacia, geradas
a partir da sistematização do cadastro dos pontos d’água da CPRM e nos cadastros de poços da
Funceme, Sohidra, Cogerh, DNOCS, Funasa, SDR e empresas privadas, até 2006,
mostram a existência de 1.262 pontos d’água, sendo: 1.253 poços tubulares e 9 poços
amazonas, captando água tanto em rochas sedimentares como cristalinas.
A Tabela 38 apresenta a quantidade de pontos de água por município, com destaque
para o município de Itarema, que detém 25,30% dos poços tubulares.
Tabela 38 - Distribuição dos pontos de água por municípios.
Fontes
Município Poços Poços Total
Naturais
Tubulares Amazonas
Acaraú 69 69
Amontada 185 185
Irauçuba 101 5 106
Itapipoca 192 2 194
Itarema 317 317
Marco 25 25
Miraima 46 1 47
Morrinhos 30 30
Paraipaba 8 8
Santana do Acaraú 14 14
Sobral 71 71
Trairi 87 87
Tururu 47 1 48
Umirim 10 10
Uruburetama 51 51
TOTAL GERAL 1.253 9 - 1.262
Fonte: CORDEIRO, et al., 2009
A demanda hídrica humana para esta bacia corresponde a 6.447.479 m3/ano e a 1,70%
da demanda para o estado do Ceará (SRH, 2005), os estudos realizados referem-se somente
às demandas urbanas, concentradas nas cidades, tendo em vista que as rurais, dispersas no
3
território, são atendidas, em geral, por reservatórios com capacidade inferior a 10 milhões de
metros cúbicos ou por poços, o mesmo ocorrendo para a demanda animal.
Para a demanda industrial, a bacia do Litoral apresenta uma necessidade de 4.730.000
m3/ ano, o que corresponde a 2,48% da demanda Estadual. Para irrigação, esta bacia não
apresenta, segundo o Planerh (2005), perímetros públicos. A irrigação privada corresponde
a uma demanda de 664.000.000 m3/ano, para uma área de 111 ha.
Segundo Pacto das Águas (2009), estas bacias caracterizam-se pelo alto nível de
açudagem, possui um total de 1.657 reservatórios (COGERH, 2008), destes, 378
apresentam área superior a 5 ha (FUNCENE, 2008).
Na Tabela pode-se observar a capacidade de acumulação dos principais reservatórios
localizados nesta Sub-bacia.
Tabela 40- Principais reservatórios da bacia do Poti-Longa e capacidade de
acumulação.
Capacidade
Nome do Açude Município
de Acumulação
(m³)
Barra Velha Independência 99.500.000
Carnaubal Crateús 87.690.000
Colina Quiterianópolis 3.250.000
Cupim Independência 4.550.000
Flor do Campo Novo Oriente 111.300.000
Jaburu I Ubajara 210.000.000
Jaburu Ii Independência 116.000.000
Realejo Crateús 31.550.000
Sucesso Tamboril 10.000.000
TOTAL 9 açudes 673.840.000
Carnaubal 88 1 89
Crateús 507 61 4 572
Croata 62 1 63
Guaraciaba do 70 13 83
Norte
Ibiapina 64 1 1 66
Independência 345 18 363
Ipaporanga 97 1 5 103
Ipu 5 2 7
Ipueiras 52 2 2 56
Monsenhor Tabosa 2 2
Nova Russas 12 12
Poranga 68 1 5 74
Quiterianópoles 57 56 3 116
São Benedito 123 1 124
Tauá 1 1
Tianguá 19 1 20
Ubajara 56 8 64
Viçosa do Ceará 32 3 35
Com um sistema com 24 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica
de 2.778,52 hm³, a bacia do alto do Jaguaribe suporta muito bem essa demanda sendo
assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem
interrupções de abastecimento.
Já com a crise hídrica que o Brasil e o Estado do Ceará estão atravessando o
volume dos reservatórios estão muito abaixo da sua capacidade máxima, sendo assim se
tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para a bacia do
Jaguaribe não e diferente, com apenas 10% aproximadamente do seu volume total, em
torno de 289,23 hm³ sendo assim uma baixa quantidade de água para o que o sistema tem
de capacidade máxima. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente
43 hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de 6 anos levando em conta que não vai
ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia.
3.2- Situação atual da sub-bacia do rio do medio jaguaribe
A sub – bacia do médio Jaguaribe tem como principal demanda hídrica a irrigação,
em torno em 97% do total, uma demanda de 154.645.000 m3/ano para a irrigação de 5794
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 3.956.625
m3/ano para a população de aproximadamente 203.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela abaixo.
Tabela 46 - Nova demanda de abastecimento humano do Médio do Jaguaribe.
DEMANDA HIDRICA
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) (M³/DIA)
16.967 2.121
Alto Santo
Deputado Irapuan
9.521 1.190
Pinheiro
7.163 895
Ererê
14.125 1.766
Iracema
34.428 4.304
Jaguaribe
16.163 2.020
Pereiro
6.356 795
Potiretama
7.621 953
São João do Jaguaribe
1.518 190
Solonópole
11.295 1.412
Jaguaribara
40.390 5.049
Icó
17.958 2.245
Jaguaretama
13.136 1.642
Milhã
21.292 2.662
Orós
30.489 3.811
Tabuleiro do Norte
31.053
TOTAL: 248.422
Com um sistema com 13 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica
de 6.870,90 hm³, a bacia do médio Jaguaribe suporta muito bem essa demanda sendo
assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem
interrupções de abastecimento.
Já com a crise hídrica que o Brasil e o Estado do Ceará estão atravessando o
volume dos reservatórios estão muito abaixo da sua capacidade máxima, sendo assim se
tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para a bacia do
Jaguaribe não e diferente, com apenas 8,53% aproximadamente do seu volume total, em
torno de 629,74 hm³ sendo assim uma baixa quantidade de água para o que o sistema tem
de capacidade máxima. A maior preocupação com essa bacia e que ela tem o maior açude
do estado e ele que abasteci a capital e região metropolitana, sendo assim com esse
volume se fez necessário o corte de parte das atividades de irrigação que e a maior
demanda para a região.
A sub – bacia do médio Jaguaribe tem como principal demanda hídrica a irrigação,
em torno em 79% do total, uma demanda de 54.110.000 m3/ano para a irrigação de 5.654
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 7.399.203
m3/ano para a população de aproximadamente 229.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela abaixo.
Tabela 49 - Nova demanda de abastecimento humano do Baixo Jaguaribe.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Aracati 73.629 9.204
Icapuí 19.685 2.461
Itaiçaba 7.738 967
Jaguaruana 33.740 4.218
Com apenas 1 reservatório com uma capacidade hídrica de 24.000.000 m³, a bacia
do Baixo Jaguaribe depende de outras bacias para o abastecimento de suas cidades assim
também como para irrigação e indústria. Os poços e os sistemas de adutoras fazem o
complemento do abastecimento. Hoje o sistema está com capacidade 62,13%
aproximadamente, 14,91 hm³ de água utilizada para o abastecimento humano.
3.4- Situação atual da sub-bacia do banabuiú.
A sub – bacia do Banabuiú tem como principal demanda hídrica a irrigação, em
torno em 94% do total, uma demanda de 275.922.000 m3/ano para a irrigação de 5.654
ha de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 7.399.203
m3/ano para a população de aproximadamente 501.000 no ano de 2010, calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela.
Tabela 52 - Nova demanda de abastecimento humano do Banabuiú.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (ESTIMATIVA 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Banabuiú 18.027 2.253
Boa Viagem 54.049 6.756
Ibicuitinga 12.350 1.544
Com um sistema com 18 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
2.768,07 hm³, a bacia do Banabuiú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 10% do seu volume total
devido à escassez de chuvas na região, dessa forma a utilização de água tende a ser
suspensa já que ela é a principal e maior demanda da bacia, deixando assim o consumo
humana com toda a utilização da água armazenada nos reservatórios.
Tabela 56- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017
CURU Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 266.000 9.877.000
Estimativa 2017 340.546 15.537.411
Com um sistema com 13 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
1.028,80 hm³, a bacia do curu suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz
de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 16% do seu volume
total, sendo assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de
água, para esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 105
hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de apenas 1 ano levando em conta que não
vai ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o
encerramento das atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim
apenas o consumo humano para utilização da água.
3.6- Situação atual da sub-bacia do salgado.
A sub – bacia do Salgado tem como principal demanda hídrica a irrigação, em
torno em 94% da total, uma demanda de 79.705.000 m3/ano para a irrigação de 2.482 ha
de perímetro urbano. Já para o consumo humano se tem a demanda de 4.838.072 m3/ano
para a população de aproximadamente 869.000 no ano de 2010, Calculado para a
população do ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como
mostrado na tabela.
Tabela 58- Nova demanda de abastecimento humano da Bacia do Salgado.
POPULAÇÃO (ESTIMATIVA
MUNICIPIO DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
2017)
Abaiara 11.605 1.462
Com um sistema com 15 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
452,31 hm³, a bacia do Salgado suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com apenas 29% do seu volume
total, sendo assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de
água, para esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 128
hm³/ano, ainda se tem uma garantia hídrica de apenas 1 ano levando em conta que não
vai ter mais acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o
encerramento das atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim
apenas o consumo humano para utilização da água.
Tabela 65- Diferença entre a População e a demanda nos anos de 2010 e 2017.
Acaraú Habitantes Demanda (m³/ano)
Ano de 2010 723.000 34.541.716
Estimativa 2017 763.903 34.853.074
Com um sistema com 12 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
1.718,27 hm³, a bacia do Acaraú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito
capaz de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 37% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 232 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 3 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Sendo assim se deve ter o encerramento das
atividades de irrigação devido a sua grande demanda, tendo assim apenas o consumo
humano para utilização da água.
3.9- Situação atual da sub-bacia do coreaú.
A sub – bacia do Coreaú tem como principal demanda hídrica o consumo humano,
em torno em 89% da total, uma demanda de 15.717.034 m3/ano para a uma população de
322.000 mil habitantes em toda a bacia no ano de 2010. Calculado para a população do
ano de 2017, estimada pelo IBGE, se tem um aumento na demanda como mostrado na
tabela abaixo.
Com um sistema com 9 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
303,74 hm³, a bacia do Coreaú suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz
de, quando cheia, ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de
abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 91% do seu volume total, sendo
assim a que está mais próxima de sua capacidade máxima de acumulação, tendo em vista
isso não se tem nenhuma preocupação com crise hídrica para essa bacia.
Com um sistema com 7 reservatórios que juntos tem uma capacidade hídrica de
213,90 hm³, suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia,
ter todas as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 82% do seu volume total,
estando próximo do volume máximo não tendo nenhum problema com a falta de água na
região para nenhumas das atividades.
3.11- Situação atual da sub-bacia do sertão do crateus.
O Comitê da Bacia Hidrográfica dos Sertões de Crateús foi criado pelo Decreto
estadual nº 31.061, de 22 de novembro de 2012, e instalado em 07 de março de 2013. Essa
Bacia foi criada a partir da divisão da bacia Poti-Longa, que foi dividida em duas. Desse
modo, se tem uma nova configuração de demanda no Estado com a alteração dessas
Bacias. Integrada por 9 municípios: Ararendá, Crateús, Independência, Ipaporanga, Novo
Oriente, Poranga, Ipueiras, Quiterianópolis, Tamboril. Possui uma área de 10.821 km²,
compreendendo a rede de drenagem do Rio Poti. E apresenta uma capacidade de
acumulação de águas superficiais de 446.685.647 m³, num total de 10 açudes monitorados
pela COGERH.
Tabela 73- Demanda para a Sub-bacia do Sertão do Crateús.
MUNICIPIO POPULAÇÃO (SENSO 2017) DEMANDA HIDRICA (M³/DIA)
Ararendá 10.823 1.353
Crateús 74.426 9.303
Essa bacia tem uma demanda humana hídrica de 11.296.613 m³/ano, são 10
açudes que fazem o abastecimento dessa bacia com capacidade de acumulação de 448,09
hm³ suporta muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia, ter todas
as suas atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente os reservatórios da bacia estão com 15% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 11 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 4 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Não se foi divulgado pela Cogerh as
demandas de irrigação e industrial devido ao pouco tempo de criação dessa Bacia, mas se
levando em conta só a demanda humana ainda se ver a falta de água como um serio
problema.
3.12- Situação atual da sub-bacia da serra da ibiapaba.
Essa bacia tem uma demanda humana hídrica de 16.682.462 m³/ano, 1 açude que
fazem o abastecimento dessa bacia com capacidade de acumulação de 141,09 hm³ suporta
muito bem essa demanda sendo assim muito capaz de, quando cheia, ter todas as suas
atividades bem abastecidas sem interrupções de abastecimento.
Atualmente o reservatório da bacia está com 55% do seu volume total, sendo
assim se tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de falta de água, para
esta bacia. Levando em conta a nossa nova demanda de aproximadamente 16 hm³/ano,
ainda se tem uma garantia hídrica de 8 anos levando em conta que não vai ter mais
acumulo de água nos reservatórios da bacia. Não se foi divulgado pela Cogerh as
demandas de irrigação e industrial devido ao pouco tempo de criação dessa Bacia, mas se
levando em conta só a demanda humana ainda se ver a falta de água como um sério
problema, devido a bacia ter apenas um açude para o abastecimento de 10 municípios.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos nesse trabalho demostram que os Recursos Hídricos do
Estado do Ceará são tratados como prioridade, devido à grande dificuldade hídrica que o
estado sempre atravessou, sendo assim se teve a busca por medidas que venha a minimizar
os efeitos causados pelo a escassez e falta de chuva no Estado.
A análise realizada em cada bacia para a população de 2017 se teve como resultado
a demanda total do Estado para a o ano de 2017, tendo assim um estudo do total de água
que se utiliza por ano. A tabela a abaixo traz um resumo das demandas por bacia e a soma
total do uso de água no Estado.
Tabela 75- Nova Demanda do Estado do Ceará.
BACIAS DEMANDA HUMANA(m³/ano)
ALTO JAGUARIBE 43.263.086
BAIXO JAGUARIBE 74.204.602
MEDIO JAGUARIBE 167.611.131
BANABUIÚ 309.344.020
CURU 105.796.411
SALGADO 128.299.546
METROPOLITANAS 469.492.562
ACARAÚ 232.409.444
COREAÚ 19.016.643
LITORAL 27.720.847
SERTÃO DE CRATEUS 11.296.613
SERRA DA IBIAPINA 16.682.462
TOTAL: 1.605.137.367
Em geral o Estado do Ceará tem uma boa gestão dos recursos hídricos devido a
situações de seca que o estado atravessou, se levou a investir muito para que não se tivesse
mais esse problema no Estado. Ainda assim se ver que pode ser melhorar sempre, nesse
trabalho se viu a necessidade da construção de novas barragens em algumas bacias do
estado (Baixo Jaguaribe e Serra da Ibiapina) devido ao grande número de municípios e
habitantes que são abastecidas apenas por um reservatório em cada.
A melhor integração entre as bacias por meio de adutoras melhoraria e facilitaria
a transposição das águas no caso de uma grave crise, seria uma boa solução para o estado
num momento de colapso do sistema.
De modo geral, o Ceará tratou muito bem a gestão dos recursos e tudo isso vem
de um planejamento que fez como que o estado conseguisse não sofrer tanto com a falta
de água como já sofreu no passado. Sendo assim se planejou uma acumulação para muitos
anos que foram confirmados no trabalho, já que com o aumento populacional e um
aumento no consumo ainda assim se tem uma acumulação que supre toda essa
necessidade.
REFERÊNCIAS
2009.