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Departamento de Engenharias
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RESUMO
ABSTRACT
The present work is about the conception and dimension of a rainwater drainage system in the
Mapiazua neighborhood in the City of Quelimane. The overall objective of the research is to
Conception and Dimension a Rainwater Drainage System in the Mapiazua neighborhood in the
City of Quelimane. The aim of this work was to gather the necessary information for the correct
conception and dimension of a rainwater drainage system, with particular relevance to current
regulations and standards, as well as non-regulatory recommendations that constitute the set of
rules of good art to be dominated by professionals in the sector. The approach method was the
Hypothetical - Deductive. As for the technique, the study was a documentary study, combined
with the observation, interview and questionnaire addressed to the residents and the secretary of
the neighborhood of Mapiazua. The rainwater drainage system in the municipalities is currently
a priority to increase the quality of life and environmental Quality. Traditional rainwater
drainage systems are limited to directing water out of the urban environment as quickly as
possible, but this process increases the risk of flooding and erosion downstream of the networks.
In this context, one begins by justifying the need for a new approach in the conception and
dimension of a rainwater drainage system, as well as its integration with other areas of urban
management. A description was also given of the constituent organs of the networks and the
most common measures for reducing rainfall flows.
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho a minha mãe Isabel José da Rocha, aos meus irmãos Milton,
Juninho e Naira e a filha KeiCy e a minha esposa Cidália João da Rosita Viegas. E em
especial a meu pai Bento António K. Mikoy ensinou-me que as victórias devem sempre
ser acompanhadas da humildade, respeito e caráter.
vi
Índice Geral
Resumo .............................................................................................................................. ii
Abstract ............................................................................................................................. iii
Dedicatória........................................................................................................................ iv
Agradecimentos .................................................................................................................v
Lista de Símbolos e Abreviatura....................................................................................... xi
CAPITULO I - INTRODUÇÃO.................................................................................. 12
1.1. Tema e Sua Relevância........................................................................................ 12
1.2. Problematização................................................................................................... 12
1.4. Objectivos ............................................................................................................ 14
1.4.1. Objectivo Geral ................................................................................................ 14
1.4.2. Objectivo Específicos ...................................................................................... 14
1.5. Hipótese do Problema .......................................................................................... 14
1.6. Breve Descrição da Área em Estudo ................................................................... 15
1.7. Situação Actual do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais ............................. 16
1.8. Caracterização do Cenário com Relação à Saúde Pública................................... 17
1.9. Esquema Estrutural do Trabalho ......................................................................... 17
Conclusão ....................................................................................................................... 85
Recomendações e Sugestões........................................................................................... 86
Bibliografia e Referencia Bibliográfica .......................................................................... 87
viii
Apendice ......................................................................................................................... 91
Anexos ............................................................................................................................ 91
Anexo I - Órgão Acessórios ........................................................................................... 92
ix
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
I Inclinação (m/m)
k Coeficiente de simultaneidade
NP Normalização portuguesa
PEAD Polietileno de Alta Densidade
PP Polipropileno
PP Polipropileno
V Velocidade [m/s]
12
CAPITULO I - INTRODUÇÃO
A escolha deste tema surge na sequência do autor pretender contribuir para uma perfeita
condição do sistema de drenagem de águas pluviais, de modo a prevenir riscos de infiltração e
inundação nas zonas urbanas.
Um sistema de águas pluviais é uma infraestrutura projectada para abrandar, colectar, e alterar
o excesso de água da chuva, a fim de evitar inundações ou outros danos causados por grandes
volumes de água em uma determinada área.
1.2. Problematização
Um dos grandes problemas que a Cidade de Quelimane enfrenta actualmente e que tem sido
assunto permanente da maioria dos Municípios é o sistema de drenagem de águas Pluviais da
Cidade de Quelimane.
infraestruturas de colecta e evacuação das águas pluviais. Muitas vezes estas águas estavam
na origem de inundações, erosão, charcos de água estagnada, entre outros males, razão pela
qual surge a questão: Como melhorar à situação de drenagem de águas pluviais no bairro
de Mapiazua, na Cidade de Quelimane?
1.3. Justificativa
Os serviços urbanos de água são reconhecidos como indispensáveis para a saúde e segurança
públicas, tendo-se observado nas últimas décadas o crescimento das exigências aos
prestadores de serviços, mas também da sua qualidade.
A falta de saneamento básico mínimo nas cidades traz como consequências, impactos sociais,
econômicos e ambientais, principalmente, à saúde da população. Destaca-se em meio a esses
problemas o deficiente sistema de drenagem de águas pluviais na maioria dos bairros da
cidade Quelimane. Um efeito causado por essa deficiência são as inundações, cheias,
alagamentos que surgem em várias áreas durante o período de chuva. Nos alagamentos o
extravasamento das águas depende muito mais de uma drenagem deficiente, que dificulta a
vazão das águas acumuladas, do que das precipitações locais.
1.4. Objectivos
Toda a pesquisa científica possui seus objectivos de modo a compreender as metas a alcançar,
sendo, no entanto, uma decorrência directa do problema de investigação e consequentemente
se derivam as hipóteses a formular no estudo.
Segundo os dados do Perfil Estatístico do Município de Quelimane, esta região tem um clima
tropical. Há muito mais pluviosidade no verão que no inverno. Tem uma pluviosidade média
anual de 1346 mm. A diferença entre a precipitação do mês mais seco e do mês mais chuvoso
é de 235 mm.
Do censo habitacional realizado em 2017 contava com uma população de 2,691. No centro da
Cidade para alem da habitação são desenvolvidas actividades comerciais (Comercio formal e
informal) actividades empresariais.
A área escolhida trata-se de uma zona residencial localizada no Bairro de Mapiazua, com uma
extensão de 0,26km2 pois, drena para um único ponto localizado numa linha de água
existente. O Bairro de Mapiazua possui os seguintes limites: Norte – Bairro do Brandão, Sul –
Estrada Nacional N1, Este - Bairro de Saguar 1º e a Oeste – Estrada Nacional N1.
16
O geoprocessamento foi utilizado nas atividades de campo com o intuito de facilitar a análise
da dinâmica espacial das doenças de veiculação hídrica, identificar as áreas expostas a
agravos de saúde, sendo também um importante instrumento no apoio às atividades de
vigilância epidemiológica e planejamento de ações de prevenção e controle das doenças.
O escoamento das águas pluviais é feito por meio de um sistema de captação nas ruas,
compreendendo os pavimentos, as valetas, as sarjetas e sumidouros, os colectores e, se
necessário, estruturas especiais, que são projectados com o objectivo de captar e conduzir as
águas pluviais até um ponto de descarga convenientemente localizado, impedindo assim
incómodos à população por ocorrência de precipitações.
▪ Unitários, constituídos por uma única rede de colectores onde são admitidas
conjuntamente as águas residuais domésticas, industriais e pluviais;
▪ Mistos, constituídos pela conjugação dos dois tipos anteriores, em que parte da rede
de colectores funciona como sistema unitário e o restante como sistema separativo;
Nestes casos, se revelar mais económico podem-se utilizar dois colectores (um de cada lado
da via publica), menores custos dos ramais de ligação domiciliários. O colector domestico
quando no eixo da via situar-se à direita do pluvial (observação de montante para jusante)
para evitar ligações indevidas.
Secções: geralmente utiliza-se a secção circular (a de maior raio hidráulico) pré-fabricado (em
diâmetro comerciais). Em colectores antigos podem-se ainda encontra outras secções:
elipsoidais, arcos de circulo baixo ovais, etc.
Materiais: os colectores pluviais podem ser em betão simples ou armado (material mais
utilizado e quase único no grande diâmetro) ou em PVC e polietileno de alta densidade –
PEAD. Nos colectores de águas residuais domesticas os materiais e respectivos revestimentos
deverão ser resistentes às acções químicas dos ácidos presentes no esgoto de resultantes da
sua putrefação. Podem ser utilizados grés cerâmico, betão e fibrocimento revestidos, PVC e
polietileno da alta densidade (mais resistentes quimicamente), este ultimo para maiores
diâmetros.
2.3.2.1. Valetas
As valetas são fundamentais nos centros urbanos porque permitem o transporte do
escoamento superficial até ao ponto de captação com maior eficácia e celeridade.
Os arruamentos devem ser concebidos de modo a que o fluxo de água nas valetas seja
encaminhado para as sarjetas e sumidouros. As valetas evitam que a água se acumule nas vias
24
Portanto, estes órgãos devem ser cuidadosamente localizados e em número adequado para que
em eventos de precipitações elevadas a sua capacidade de drenar a água seja maximizada,
evitando alagamentos nos arruamentos.
i) as sarjetas são dispositivos com entrada lateral das águas de escorrência pluvial,
normalmente instalados no passeio da via pública.
Quanto às dimensões mínimas destes órgãos o regulamento estipula o seguinte no artigo 146º:
b) Sumidouros:
▪ Largura da grade – 35 cm
▪ Comprimento da grade – 60 cm
iii) a área útil de escoamento dos sumidouros deve ter um valor mínimo de um terço
da área total da grade.
▪ Tipo L - sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção
(Fig.A1);
▪ Tipo LC - sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, com câmara de
retenção (Fig.A2);
▪ Tipo LH - sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, sem câmara de
retenção (Fig.A3);
▪ Tipo LHC - sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, com câmara de
retenção (Fig.A4);
▪ Tipo V - sumidouro de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, sem câmara de
retenção (Fig.A5);
▪ Tipo VC - sumidouro de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, com câmara de
retenção (Fig.A6);
Segundo o artigo 111º do Regulamento o diâmetro mínimo dos coletores de ligação é de 200
mm. Para os ramais de ligação, o artigo 131º, estabelece um diâmetro mínimo de 125 mm.
No que diz respeito às inclinações, o mesmo regulamento, refere no artigo 130º que não
devem ser inferiores a 1%, sendo aconselhável que se mantenham entre 2 e 4%. Para
28
inclinações superiores a 15% devem prever-se dispositivos especiais de ancoragem para estes
colectores.
i) A inserção dos ramais de ligação na rede pública pode fazer-se nas câmaras de
visita ou, direta ou indiretamente, nos coletores.
ii) A inserção direta dos ramais de ligação nos coletores só é admissível para
diâmetros destes últimos superiores a 500 mm e deve fazer-se a um nível superior
a dois terços de altura daquele.
iii) A inserção nos coletores pode fazer-se por meio de forquilhas simples com um
ângulo de incidência igual ou inferior a 67º, sempre no sentido do escoamento, de
forma a evitar perturbações na veia líquida principal.
No ponto i deste artigo refere-se à ligação indireta nos colectores. Esta ligação é feita através
de uma caixa enterrada de pequenas dimensões denominada “caixa de ligação”.
i) O traçado dos ramais de ligação deve ser retilíneo tanto em planta como em perfil,
admitindo-se, no entanto, curvas de concordância entre as forquilhas e os ramais
de ligação.
Constitui prática adequada, aquando da implantação dos colectores, colocar tês e forquilhas
para os ramais de ligação que estejam previstos instalar, devendo estes ser tamponados até
que entrem em serviço. Se estes acessórios não forem colocados no momento da instalação do
colector, será necessário furar o colector para inserir o ramal de ligação. Consequentemente, a
qualidade da ligação será inferior e se não for perfeita, o ramal pode constituir um obstáculo
ao escoamento e introduzir uma perda de carga adicional.
29
Nos casos em que não há alternativa à inserção posterior destes acessórios, é conveniente
substituir o troço do coletor da rede já instalado por outro troço que já tenha acoplado um tê
ou forquilha, conforme o caso.
As camaras podem incluir quedas, mais frequentes no caso de arruamentos muito inclinados.
As quedas nos colectores pluviais são normalmente simples, entanto, quando superior a 1,0m
a soleira devera ser protegida com um revestimento resistente para evitar o desgaste. Nos
colectores domiciliários para quedas pequenas (menores ou iguais a 0,5m) devera ser
efectuada uma concordância na caleira e para valores superiores devera ser executada uma
queda guiada à entrada da camara.
a) a menor dimensão útil em planta de uma câmara de visita não deve ser inferior a 1,00
ou 1,25 m para profundidades inferiores ou, iguais ou superiores a 2,5 m
respectivamente;
e) as soleiras devem ter uma inclinação mínima de 10% no sentido das caleiras;
f) em zonas em que o nível freático se situe, de uma forma contínua ou sazonal, acima da
soleira da câmara de visita, deverá garantir-se a estanquidade das suas paredes e do
fundo;
▪ Soleira, formada em geral por uma laje de betão que serve de fundação às paredes;
▪ Corpo, formado pelas paredes com disposição em planta de forma circular ou
retangular;
▪ Cobertura, plana ou troco-cónica assimétrica, com um geratriz vertical na continuação
do corpo para facilitar o acesso;
▪ Dispositivo de acesso, formado por degraus encastrados ou por escada fixa ou
amovível, devendo esta última ser utilizada somente para profundidades iguais ou
superiores a 1,7m;
▪ Dispositivo de fecho resistente.
Os tipos de câmaras de visita utilizados em redes de coletores com diâmetro até 600 mm
podem classificar-se em:
De preferência devem-se utilizar as câmaras de corpo circular, sendo que as câmaras de corpo
retangular se utilizam quando não é possível recorrer a elementos pré-fabricados e é
necessário construir a câmara in situ recorrendo a tijolos ou blocos de cimento.
Pode ser constituída por uma laje de betão simples ou armado conforme as condições
específicas do local. A espessura mínima, na zona mais profunda das caleiras, nunca deve ser
inferior a 0,10m. Para evitar a retenção de sólidos em suspensão transportados pelas águas
pluviais a superfície da soleira deve ter uma inclinação entre 10% e 20% no sentido das
caleiras e as linhas de crista devem ser ligeiramente boleadas.
Em sistemas com diâmetro dos coletores superiores a 200 mm e em que a queda na caixa de
visita seja superior a 1 m, a soleira deve ser localmente protegida. Caso exista queda entre os
coletores de montante e jusante deve-se utilizar um troço de queda guiada (Fig.A10), e caso
esta seja superior a 0,50m este troço será exterior à câmara (Fig.A11).
▪ Corpo
Para câmaras de corpo circular (CT e CP) as dimensões interiores mínimas em planta são de
1m e 1,25m de diâmetro, respetivamente para profundidades inferiores e superiores a 2,5m.
Para câmaras retangulares (P), as paredes não atravessadas pelos coletores devem ter no
mínimo 1,0m em planta, enquanto as restantes devem ter no mínimo 0,80m. Normalmente o
corpo das câmaras é de betão, armado ou não, mas pode também ser de alvenaria. O mais
comum é utilizar betão pré-fabricado. A espessura das paredes deverá ser entre 0,10m e
0,20m.
▪ Cobertura
Pode ser troncocónica ou plana (Fig.A12) conforme o tipo de câmara em que se aplica. As
troncocónicas podem ser simétricas (Fig.A13) ou assimétricas (Fig.A14). O diâmetro interior
da base é igual ao do corpo da câmara, sendo que na parte superior possui uma gola cilíndrica
para assentar o aro do dispositivo de fecho. Podem ser de betão, armado ou não, moldadas no
local ou pré-fabricadas.
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O dispositivo de fecho é a parte superior da cobertura da câmara, constituída por aro e tampa.
Estes dispositivos estão classificados segundo a carga de ensaio e devem ser escolhidos
conforme a zona em que estarão inseridos e respetiva utilização. Os materiais mais utilizados
são o ferro fundido e a grafite lamelar ou esferoidal.
O diâmetro dos dispositivos de fecho circulares deverá ser, no mínimo, 0,55 m ou maior
quando se achar conveniente, enquanto os dispositivos retangulares devem ter as dimensões
mínimas de 0,50 m x 0,50 m. Para permitir o acesso à câmara é usual instalar degraus
metálicos cravados nas paredes da câmara, mas estes devem estar protegidos contra a
corrosão. Em alternativa pode-se utilizar uma escada portátil, evitando assim preocupações
com a eventual corrosão nos degraus fixos.
Para colectores de dimensão superior a 600 mm, utiliza-se, em geral, uma câmara de visita de
maiores dimensões, compatível com a dimensão dos coletores.
Nestes casos são utilizadas câmaras de visita de base retangular com uma dimensão mínima
igual ao diâmetro dos coletores, acrescida de 0,30m nas paredes atravessadas por coletores e
de 1,50m a 1,80m para as paredes não atravessadas.
A caixa deve ter dimensões que permitam efetuar as operações de limpeza em cima de uma
plataforma, que normalmente é instalada em cima do colector de jusante (Fig.A15). O acesso
à câmara é feito através de uma chaminé construída com anéis circulares pré-fabricados.
No caso de os coletores terem um diâmetro superior a 1,60 m, a caixa serve apenas de acesso
aos mesmos, já que, estes são visitáveis. Esta câmara de acesso é feita com anéis pré-
fabricados e apoiada no próprio coletor, que, portanto, deve ser reforçado com envolvimento
de betão.
35
2.3.2.6. Colectores
Os coletores são os constituintes principais de uma rede de drenagem. Os colectores têm por
finalidade assegurar o transporte das águas pluviais provenientes das edificações ou da via
pública a destino final adequado.
Em relação à secção dos colectores o Regulamento refere no artigo 111º que o diâmetro
nominal mínimo admitido é de 200 mm, o diâmetro pode ser reduzido para jusante, desde que
se mantenha a capacidade de transporte. Em relação aos materiais é referido no artigo 121º
que os colectores utilizados em redes de águas pluviais são quase exclusivamente de betão, a
não ser em troços a funcionar sobre pressão, podendo nesses casos ser de fibrocimento, PVC,
ferro fundido ou aço.
A implantação das condutas deve ser feita num plano superior ao dos coletores de águas
residuais e a uma distância não inferior a 1m, de forma a garantir protecção eficaz contra
possível contaminação, devendo ser adoptadas protecções especiais em caso de
impossibilidade daquela disposição.
Para profundidades superiores a 3 m a largura mínima da vala pode ter de ser aumentada em
função do tipo de terreno, processo de escavação e nível freático.
i) As tubagens devem ser assentes por forma a assegurar-se que cada troço de
tubagem se apoie continua e diretamente sobre terrenos de igual resistência.
ii) Quando, pela sua natureza, o terreno não assegure as necessárias condições de
estabilidade das tubagens ou dos acessórios, deve fazer-se a sua substituição por
material mais resistente devidamente compactado.
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iii) Quando a escavação for feita em terreno rochoso, as tubagens devem ser assentes,
em toda a sua extensão, sobre uma camada uniforme previamente preparada de
0.15 m a 0.30 m de espessura, de areia, gravilha ou material similar cuja maior
dimensão não exceda 20 mm.
iv) Devem ser previstos maciços de amarração nas curvas e pontos singulares,
calculados com base nos impulsos e resistência dos solos.
Segundo o artigo 117º o aterro das referidas valas deve ser efetuado de 0.15 m a 0.30 m acima
do extradorso das tubagens com material cujas dimensões não excedam os 20 mm. A
compactação do material de aterro deve ser feita cuidadosamente de forma a não danificar as
tubagens e garantir a estabilidade do pavimento.
Os colectores assentes sob aterros são assentes de tal forma que o seu extradorso se encontra
ao nível ou próximo do nível do terreno natural (ou de terreno previamente bem compactado),
e que após a instalação são aterrados, ficando o topo do aterro acima da linha do terreno
natural. Também se podem englobar nestas condições os coletores assentes em valas
excessivamente largas.
A rede, bem como as caixas de visita serão ligadas nos vários pontos à Rede Publica de
Drenagem de Águas Pluviais, sendo implantadas conforme as peças desenhadas. Assim,
consideraram-se caixas de visita sempre que haja uma cada mudança de direcção ou
inclinação, nunca excedendo uma distância máxima entre elas de 60 metros. As águas
pluviais provenientes do arruamento serão recolhidas em sarjetas.
Os caudais de projecto foram estimados pela aplicação do Método Racional, os quais são
obtidos em função do coeficiente de escoamento (𝐶), da intensidade de precipitação (𝐼) e da
área a drenar em projecção horizontal (𝐴). O método racional é expresso pela equação:
Q p = CiA
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Tabela 1 - Valores médios do coeficiente “C” para utilização na fórmula racional (Manual nº37,
ASCE)
Tipologia de ocupação Coeficiente
Comercial
no centro da cidade 0,70 – 0,95
nos arredores 0,50 – 0,70
Residencial
habitações unifamiliares 0,30 – 0,50
prédios isolados 0,40 – 0,60
prédios geminados 0,60 – 0,70
suburbano 0,25 – 0,40
Industrial
pouco denso 0,50 – 0,80
muito denso 0,60 – 0,90
Parque e cemitérios 0,10 – 0,25
Campos de jogos 0,20 – 0,40
Tipologia de superfície Coeficiente
Pavimento
asfáltico 0,70 – 0,95
betão 0,80 – 0,95
Passeios para pões 0,85
Cobertura (telhados) 0,75 – 0,95
Relvado sobre solo permeável
plano <2% 0,05 – 0,10
medio, 2% a 7% 0,10 – 0,15
inclinação 0,15 – 0,20
Relvado sobre solo impermeável
plano <2% 0,13 – 0,17
41
▪ O caudal de ponta ocorre quando toda a bacia de drenagem está a contribuir para o
escoamento;
▪ A intensidade de precipitação é igual em toda a bacia de drenagem;
▪ A intensidade de precipitação é uniforme durante um tempo igual ao tempo de
concentração da bacia;
▪ A frequência do caudal de ponta é a mesma que a da intensidade de precipitação que
lhe deu origem;
▪ O coeficiente de escoamento é igual para todas as precipitações, qualquer que seja o
tempo de recorrência.
Apesar de este método ser de grande utilidade há que ter em conta as suas limitações, que
derivam das simplificações consideradas.
Em termos hidráulicos considera-se que o caudal de ponta só ocorre quando toda a bacia está
a contribuir para o escoamento, o que pode não se verificar.
42
Existe o risco de o caudal associado a um período de retorno ser excedido num certo intervalo
de tempo. Esse risco pode ser calculado pela fórmula:
1 C
R = 1 − (1 − )
𝑇
Sendo,
R – Risco
T – Tempo de retorno
C – Intervalo de tempo
Assim, o tempo de retorno deve ser escolhido em função do risco que é aceitável correr dentro
do tempo de vida útil de uma obra. Como tal, o tempo de retorno deve ser escolhido
cuidadosamente tendo em conta as consequências negativas para pessoas e bens que um
caudal superior ao caudal de ponta, para o qual o sistema de drenagem foi dimensionado.
tc = te + tp
Pode-se afirmar que o tempo de concentração é o tempo após o qual todos os pontos da bacia
estão a contribuir para o escoamento e após o qual este escoamento permanece constante
enquanto a precipitação for constante.
▪ Forma da bacia;
▪ Inclinação média da bacia;
44
Quanto maior for o tempo de retorno, maior é a intensidade de precipitação, e quanto maior
for o tempo de precipitação considerado, menor é a intensidade de precipitação.
I(mm/h) = a x t(min)b
em que:
45
T(anos) 2 5 10 20 25 50
a 534.0468 694.504 797.3841 896.5751 930.8815 1026.694
b -0.6075 -0.59383 -0.5869 -0.58197 -0.58119 -0.57749
Estas curvas são obtidas a partir da análise estatística de séries históricas de registo de
precipitações para um elevado número de anos.
46
▪ Terreno arenoso: inclui essencialmente areias profundas com muito pouco limo ou
argila.
▪ Terreno semi-arenoso: inclui essencialmente areias menos profundas do que as do
terreno arenoso e algum limo ou argila.
▪ Terreno semi-compacto: inclui essencialmente solos com quantidades apreciáveis de
argila.
▪ Terreno compacto: inclui essencialmente argilas pouco expansivas e solos pouco
profundos com sub-horizontes quase impermeáveis.
Q = Ks ∙ A ∙ R2/3 ∙ I 1/2
em que:
Q - caudal escoado em (𝑚3 /𝑠);
K - coeficiente de Manning-Strickler em (𝑚1/3 𝑠 −1 );
A - área liquida em (𝑚2 );
49
Em secções circulares o coeficiente 𝐾𝑠 varia com a altura do escoamento sendo Máximo para
a secção cheia. Por simplificação normalmente não se considera essa variação.
2
d 3 1
ν0 = ks × ( ) × i2
4
Π × d2
Q 0 = v0 × ( )
4
D2
A= (θ − sinθ)
8
D θ − sinθ
Rh = ( )
4 θ
D cosθ
h= (1 − )
2 2
Conhecidos:
A determinar:
Procedimentos:
θ ≤ 2arccos(1 − 2a)
Velocidade máxima
8 Qmáx
D≥[ ]1/2
Vmáx (θ − sinθ)
3
8 × 42/3 𝑄𝑚á𝑥 8 𝜃 1/4
D≥[ ] ×
Ks √𝑖𝑚á𝑥𝑐 (𝜃 − 𝑠𝑖𝑛)5/8
𝜃 = 2arccos(1 − 2𝑎)
𝐷 ≥ 𝐷𝑚í𝑛
Em cada troço calcula-se o menor diâmetro que pode ser utilizado resolvendo o sistema.
Ainda que seja possível a consideração de diâmetros superiores, nos casos correntes não se
conseguem reduções de escavação gerando soluções anti-económicas para a totalidade do
sistema.
56
Onde:
L – Comprimento do troço
it – declive do terreno
p- profundidade de chegada à camara do colector anterior (recobrimento)
∆𝑦 - queda na camara de visita a montante
Caso a)
Caso b)
Caso c)
▪ Em terrenos muito inclinados regra geral não compensa aumentar o diâmetro para
diminuir a queda a montante.
(θ − sinθ)5/3 8 × 42/3 Q
=(
θ2/3 Ks D8/3 √ i
(θ − sinθ)5/3
=b resulta θ − sinθ = 𝑏0,6 𝜃 0,4
θ2/3
Ou seja:
Fazendo
θn + 1 = θn − f(θn)/f′(θn)
f′(θ) ≠ 0
f′′(θ) ≠ 0
f(θ)f"(θ)
<1
(f′(θ))2
D
h= (1 − COSθ/2)
2
8Q
V=
D2 (θ − sinθ)
τ0 = γiD(θ − sinθ)/4θ
H = h + V 2 /2g
Com Qmáx calculam-se a altura e velocidade máxima atingidas no colector que não podem
exceder os valores máximos regulamentares. Com Qal calculam-se a altura e velocidade (ou
poder de transporte) mínimos que não podem ser inferiores aos valores regulamentares.
61
CAPITULO IV – METODOLOGIA
Segundo Oliveira (2005: 28), a metodologia define-se como o “processo onde se aplicam
diferentes métodos, técnicas e materiais (…) para a colecta de dados no campo”. Este
conceito, por sua vez, é constituído por procedimentos que não são mais do que uma forma de
progredir em direcção a um objectivo que se materializam com a sua escolha para a recolha
de dados, a escolha do instrumento de recolha, a identificação da amostra, a categorização e a
análise dos dados obtidos.
De acordo com Sarmento (2013: 4-7) a metodologia científica significa “o estudo do método
aplicado à ciência”. Por sua vez, Marconi e Lakatos, (2003: 83), define método como sendo
“o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia,
permitem alcançar um determinado objectivo”.
De acordo com Manfroi & Noal, (2006:43), Hipotético-Dedutivo é considerado lógico por
excelência. Acha-se historicamente relacionado com a experimentação, motivo pelo qual é
bastante usado no campo de pesquisa das ciências naturais.
Com vista a atingir-se os objectivos definidos no início deste trabalho serão utilizados vários
métodos de investigação.
Segundo Manfroi & Noal, (2006:39), Abordagem Quantitativo é aqueles cujos dados
colectados podem ser matematizados, ou seja, a análise é feita mediante tratamento estatístico.
Demo (1995, p. 231) afirma que, “embora metodologias alternativas facilmente se uni-
lateralizem na qualidade política, destruindo-a em consequência, é importante lembrar que
uma não é maior, nem melhor que a outra. Ambas são da mesma importância metodológica”.
Assim para a prossecução deste trabalho usara a pesquisa quali-quantitativa, de modo a obter
êxito dos objectivos propostos.
Conforme Manfroi & Noal, (2006:39), Abordagem quali-quantitativo é aquela que envolve
aspectos qualitativos e quantitativo, dando, todavia, ênfase aos aspectos qualitativo.
63
A amostra da pesquisa foi aleatória, que consiste “em atribuir a cada elemento da população
um número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual.” (Gil
2003:32).
Para realização deste trabalho de pesquisa, será envolvida uma parte do universo acima
referido como uma amostra representativa, para a realização das entrevistas. Deste modo o
questionário foi feito a 1 secretario do bairro e 10 residentes do bairro de Mapiazua, essas
amostras totalizarão em 11 indivíduos.
4.3.1. Observação
Lakatos e Marconi, (2003: 190), “é uma técnica de colecta de dados para conseguir
informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se
desejam estudar”.
Para Mann (1991: 81, como citado em Marconi & Lakatos 2003), a observação participante é
uma “tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado, tomando-se o
observador um membro do grupo de molde a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar
dentro do sistema de referência deles”. Moretti (2008) acrescenta dizendo que “o observador
participante enfrenta grandes dificuldades para manter a objectividade, pelo fato de exercer
influência no grupo, ser influenciado por antipatias ou simpatias pessoais, e pelo choque do
quadro de referência entre observador e observado”.
impossível. Em alguns aspectos, a observação só pode ser feita individualmente.” (Marconi &
Lakatos, 1992).
Para a execução deste trabalho foi realizado uma visita in loco para avaliação da área de
estudo e para a obtenção de fotografias, devido ao regime irregular de chuvas não foi possível
obter fotografias de toda a área de estudo na época chuvosa onde a avenida alaga, ainda
assim, é possível avaliar a drenagem da área. Também foram realizadas pesquisas
bibliográficas acerca da literatura estudada foram fundamentais para a conclusão da pesquisa.
Os caudais de cálculo de projecto serão determinados pelo método racional, sendo este
método uma função das características físicas e de ocupação da bacia, área da bacia drenante
e intensidade de precipitação.
Para a elaboração deste trabalho, foram empregadas duas metodologias uma de natureza
qualitativa e outra quantitativa sobre a existência e as condições do serviço de drenagem das
66
Observação in locu: Dados de observação com produção de imagens por meio de registros
fotográficos e anotações de campo da área, para avaliar as condições ambientais, sociai-
econômicas e consulta ao banco de dados em órgãos públicos responsáveis pelo serviço de
drenagem das águas pluviais, levantamento de diagnósticos realizados pela população, em
relação aos atendimentos relativos a enchentes e alagamentos na cidade de Quelimane.
67
A área escolhida trata-se de uma zona residencial localizada na Cidade de Quelimane, pois
toda a sua área de cerca de 261.241m2 drena para um único ponto localizado numa linha de
água existente. Esta zona está constituída por habitações unifamiliares, prédios
multifamiliares, um centro de saúde, uma creche e uma escola primaria, um instituto medio e
um pavilhão de desporto.
M apiazua (1)
M apiazua (2)
68
Para a zona em estudo, propõe-se a execução de drenagem de água pluviais prevê-se o uso de
sarjetas de passeio ou sumidouros (simples e/ou duplos) conforme os caudais escoados e com
câmaras de visita dispostas no eixo da via pública.
Construtivamente, deve-se dar atenção para a inclinação das valetas de drenagem de forma a
evitar o assoreamento e deposição de sedimentos, tendo em conta que inclinações exageradas
provocam erosão do leito.
Os caudais de cálculo de projecto serão determinados pelo método racional, sendo este
método uma função das características físicas e de ocupação da bacia, área da bacia drenante
e intensidade de precipitação.
Os residentes dos bairros Mapiazua não aprovam o sistema de drenagem de águas pluviais
dos seus respectivo bairro, pois dos 11 formulários aplicados, 50% dos entrevistados
consideram a drenagem do bairro em estado péssimo.
Sabendo as cotas e dimensões do terreno foi desenhada a rede que inclui as caixas de visita e
os colectores, respeitando a distância máxima entre caixas de visita de 60m. As cotas e
inclinações das condutas foram estabelecidas. Nesta fase inicial todos os colectores são de
diâmetro de 200mm.
Concluído o desenho, a rede tem o seguinte aspecto, onde as caixas de visita estão
representadas por pontos e os colectores por linhas. O ponto representado por uma seta simula
71
o sentido de escoamento das águas, o ponto mais baixo para onde todo o caudal irá escoar, e
que será expelido para a linha de água ali existente.
a. Colectores
Artigo 109
▪ Velocidade máxima de escoamento 𝑣𝑚á𝑥 = 5𝑚/𝑠
▪ Velocidade mínima de escoamento 𝑣𝑚í𝑛 = 0,9𝑚/𝑠
𝑦
▪ Altura máxima de escoamento nos colectores será em secção cheia =1
𝐷
▪ Inclinação mínima 𝑗𝑚í𝑛 = 0,3 %
▪ Inclinação máxima 𝑗𝑚á𝑥 = 15 %
72
Artigo 111
▪ Diâmetro mínimo dos colectores 𝐷𝑚í𝑛 = 200 𝑚𝑚
Artigo 113
▪ Profundidade mínima de assentamento dos colectores 𝐻𝑚í𝑛 = 1 𝑚
b. Valetas
Artigo 110
▪ Velocidade máxima de escoamento 𝑣𝑚á𝑥 = 3 𝑚/𝑠
▪ Altura máxima de escoamento nas valetas será 80% da altura da valeta.
▪ Inclinação mínima 𝑗𝑚í𝑛 = 0,5 %
c. Ramais de Ligação
Artigo 130
▪ Inclinação mínima 𝑗𝑚í𝑛 = 1 %
▪ Inclinação máxima 𝑗𝑚á𝑥 = 4 %
▪ Aconselhável 𝑗 = 2 − 4 %
𝑦
▪ Altura máxima de escoamento nos colectores será em secção cheia <1
𝐷
Artigo 131
▪ Diâmetro mínimo dos ramais de ligação 𝐷𝑚í𝑛 = 125 𝑚𝑚
No que respeita a Avenida 25 de Julho e as paralelas aquela, têm um declive forte no sentido
Nordeste (NE)- Sudoeste (SO) até o cruzamento com a Avenida Ahmed Sekou Toure, e
declive fraco (quase plano) da referida anteriormente até a Avenida da Ahmed Sekou Toure.
Nos locais com declive forte será dispensado o uso de dispositivos de intersecção, contando
apenas com valetas, visto que a água poderá facilmente escoar-se superficialmente. Nos locais
com declive fraco serão instalados dispositivos de intersecção de modo a darem vazão à água
proveniente das cotas altas e evitar o seu armazenamento nas vias.
Deste grupo, a Avenida Ahmed Sekou Toure tem menor cota, posto isto fará a ligação das
câmaras de visita do grupo das avenidas com sentido NO-SU. (Ver o Traçado de estradas)
a. Avenida da Liberdade
A avenida acima possui duas faixas de rodagem é completamente pavimentada em toda sua
extinção, razão pela qual grande da água precipitada origina o escoamento superficial.
i. De Colectores
Q p = CiA
Com,
𝐶 = 0,8
I(mm/h) = a x t(min)b
Para
𝑎 = 534,0468
𝑇 = 2 𝑎𝑛𝑜𝑠 {
𝑏 = −0,6075
𝑡 = 𝑡𝑐 = 𝑡𝑒 + 𝑡𝑝
∑ 𝑙𝑖
𝑡𝑝 =
𝑣𝑖
Adopta-se 𝑣𝑖 = 2 𝑚/𝑠
1
𝑄= 𝐴𝑅 2/3 𝑗 1/3
𝑛
𝑦/𝐷 = 1
𝑛 = 0,015𝑚−1/3 𝑠
𝜋𝐷 2
𝐴=
4
𝐷
𝑅=
4
1
𝑄 = 0,3115 𝐷 8/3 𝑗 1/2
𝑛
76
1
𝑉 = 0,397 𝐷 2/3 𝑗 1/2
𝑛
(𝑄𝑛)3/8
𝐷 = 1,5486
𝑗 3/16
1
𝜏= 𝛾𝐷𝑗
4
ii. De Valetas
1
𝑄𝑑𝑖𝑚 = 𝑄 = 19,92 𝑙/𝑠
6 𝑚á𝑥
∑ ∆ℎ𝑖 18,82
𝑗= = = 0,0216 > 𝑗𝑚í𝑛 = 0,005
∑ 𝐿𝑖 870
500
𝜃𝑂 = tan−1 = 78,69°
100
tg 𝜃𝑜 = tg 78,69° = 5
77
𝑣0 ≤ 𝑣𝑚á𝑥 = 3 𝑚/𝑠
𝑦𝑜 = 81 𝑚𝑚
𝑔 = 9,81 𝑚/𝑠 2
79
𝑄 12,96
𝐸𝑓 = × 100 % = × 100 = 52,9 % < 75 %
𝑄0 19,92
𝑄
𝐿= 3/2 𝑔1/2
𝐾𝑦𝑜
17,93
𝐿= = 1,20 𝑚
0,23 × 0,0813/2 × 9,811/2 × 1000
80
Serão usadas sarjetas de passeio do tipo L e LC conforme se tratar de locais com previsão de
entupimento com sedimentos.
iv. De Sumidouros
Serão usados sumidouros nas zonas mais baixas e planas por estes terem maior capacidade de
vazão que as sarjetas de passeio, visto que nestas zonas há maior concentração de volume de
água.
𝑗 = 0,5 %
𝑛 = 0,02 𝑚−1/3 𝑠
tg 𝜃𝑜 = 5
Procedimento de cálculo:
Cálculo de y0 , A0 e V0 .
1 2
A0 = y tgθ0 = 0,5 × 0,1002 × 5 = 0,025 m2
2 0
Q dim 0,03865
v0 = = = 1,54 m/s
A0 0,025
Cálculo de L0
1
L0 = 4 × 1,54 × (0,100 × 9,8)2 = 0,61 m
Cálculo de y’, L’ e q
B 0,4
y ′ = y0 − = 0,1 − = 0,02 m
tgθ0 5
82
Cálculo de q e Q
q = q1 + q2
Onde:
𝐿′ − 𝐿 1 3 0,93 − 0,56 1 3
𝑞2 = × 𝑔2 × 𝑦 ′ 2 = × 9,82 × 0,12 = 9,15 𝑙/𝑠
4 4
𝑞 = 9,185 𝑙/𝑠
𝑄 29,465
𝐸𝑓 = × 100 % = × 100 = 76 % > 75 %
𝑄0 38,65
Serão usados sumidouros de passeio do tipo F e FC conforme se tratar de locais com previsão
de entupimento com sedimentos.
v. De Ramais de Ligação
Determinação do diâmetro
83
(𝑄𝑛)3/8
𝐷 = 1,5486 3/16
𝑗
𝑗 = 2,16 %
𝑦
<1
𝐷
(0.0179 × 0.015)3/8
𝐷 = 1,5486 = 146 𝑚𝑚
0,02163/16
𝐷𝑐𝑜𝑚 = 200 𝑚𝑚
1
𝑄𝑠𝑐 = 0,3115 × × 0,28/3 × 0,02161/2 = 41,75 𝑙/𝑠
0,015
𝑄 17,9 𝑦
= = 0,43 → = 0,43
𝑄𝑠𝑐 41,75 𝐷
As profundidades das câmaras estão apresentadas nos perfis de implantação referente a cada
avenida.
84
CONCLUSÃO
O estudo de caso apresentado neste trabalho demonstra que os sistemas de drenagem de água
pluviais existente no Bairro de Mapiazua na Cidade de Quelimane não e eficaz para o
escoamento das águas pluviais.
Visto que para a resolução dos problemas de caudais pluviais excessivos e poluição das
ocorrências pluviais, pode revelar bastante eficaz se forem adoptadas como práticas habituais
e fazendo parte de um planeamento urbano cuidado, e não apenas como soluções pontuais.
Finalmente pode-se concluir que recorrendo a órgãos inovadores, consegue-se uma gestão
sustentável e ambientalmente correcta das redes de drenagem de águas pluviais. Para o bairro
de Mapiazua, o escoamento das águas pluviais será feito por meio de um sistema de captação
nas ruas, compreendendo os pavimentos, as valetas, as sarjetas e sumidouros, os colectores,
que devem ser projectados com o objectivo de captar e conduzir as águas pluviais até um
ponto de descarga convenientemente localizado, impedindo assim incómodos à população por
ocorrência de precipitações.
RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES
Muitas medidas podem ser tomadas para o controle de drenagem de águas pluviais em áreas
urbanas. Uma delas é o disciplinamento do uso e ocupação do solo que tem grande
importância, pois as áreas que tem maior relação com os recursos hídricos devem ter a
ocupação controlada e, em alguns casos, evitada, de forma que sejam garantidos a infiltração
e o escoamento das águas sem prejuízos ao ambiente.
Uma vens que as infra-estruturas são para o bem da sociedade, e que visam garantir uma boa
sanidade, deve se apostar na qualidade das mesmas, isto é, apostar no factor qualidade e
durabilidade e não apenas no cumprimento dos prazos estabelecidos. Criar mecanismo para
que após a entrega das mesmas haja meios para sua manutenção considerando sempre o factor
economia.
SOUSA, E., Monteiro, A. Órgãos gerais dos sistemas de drenagem. In Manual de Saneamento
Básico. DGRN, Lisboa, 1991.
TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L.; BARROS, M. T. Drenagem urbana. Porto Alegre. ABRH,
UFRGS, 1995.
WILKEN, P., S.. “Engenharia de drenagem superficial”, 1978, São Paulo, CETESB., 477 p.
90
APÊNDICE
UNIVERSIDADE POLITÉCNICA
Este inquérito faz parte de uma investigação que está a realizar com objectivo de
avaliar a eficiência do sistema de drenagem de águas pluviais no bairro de Mapiazua,
na Cidade de Quelimane. A sua colaboração é importante para o sucesso desta
pesquisa, por isso pedimos-lhe uns minutos para o preenchimento deste inquérito.
1. Dados Pessoais
Nome: _________________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________________
Idade: ____ anos Sexo: M F Estado Civil: __________ Naturalidade :
__________________ Profissão: _________________ Trabalha sim não . Qual
atividade? ___________________________________
2. Domicílio
Quanto tempo mora no domicílio:_____Nº. de pessoas que moram no domicílio :
________________
O domicílio é: próprio alugado emprestado outros
3. Saneamento Básico
a) Drenagem Urbana
Sua rua possui tubulação para escoamento das águas de chuva: Sim: Não:
Tem pontos de alagamento na rua: ___________________________
Condições da pavimentação asfáltica: ________________________
Meio fio: ______________________________________________
Estrutura de Caixas de Visita: ______________________________
4. Saúde
O acúmulo de água proveniente de precipitações intensas (chuvas) e meio de transmissão
de várias doenças. Poderia citar algumas delas?
Levantar algumas doenças já ocorridas na família nos últimos anos, por idade e o tempo
que ocorreu a enfermidade:
5. Opinião
Na sua opinião, por ordem de prioridade, quais as providências que deverão ser tomadas
na sua cidade?
Regularizar/implantar/melhorar o abastecimento de água:
Implantar/melhorar o sistema de limpeza urbana (lixo):
Implantar sistema de esgoto:
Implantar/melhorar o sistema de escoamento de águas:
Implantar um programa de educação sanitária:
Implantar/melhorar centros, postos de saúde e hospitais:
ANEXOS
92
Figura A1 - Sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção
93
Figura A2 - Sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, com câmara de retenção
94
Figura A3 - Sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, sem câmara de retenção
95
Figura A4 - Sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, com câmara de retenção
96
Figura A5 - Sumidouro de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção
97
Figura A6 - Sumidouro de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, com câmara de
retenção
98