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Histórico da revisão da implementação de regras do Manual de estradas

Prefácio

Agradecimentos

Índice do Conteúdo

Índice de Figuras

Índice de Tabelas

Índice de Fotos

Abreviaturas

Introdução

Formato dos códigos das Normas de Execução

Lista das Normas de Execução

Breve introdução sobre as Normas de Execução

Série 100 Preliminares e Gerais

Série 200: Drenagem

Série 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento de saibro)

Série 400: Pavimento Asfaltado e Revestimento

Série 500: Trabalhos Auxiliares

Série 600: Estruturas

Série 700: Ensaios e o Controle de Qualidade

Série 800: Manutenção de Estradas Revestidas e Não Revestidas

Padrões Técnicos para Estradas Regionais

Glossário de termos

Referências

Bibliografia

ANEXOS Desenhos de Estruturas


Série 100 Preliminares e Gerais

Mobilização

110 Mobilização da obra

111 Desmobilização da obra

Seguros

120 Contra Responsabilidade Civil

121 Contra Acidentes de Trabalho

Desminagem

130 Verificação do Nível de Risco de Minas

131 Desminagem na área da obra

Conformidade com as condições especiais do contrato

140 Incentivar o recrutamento de trabalhadoras femininas

141 Incentivar o recrutamento de trabalhadores locais

142 Programa de combate ao HIV/SIDA

150 Produção, colocação e retirada de painéis informativos da obra

Destronca e limpeza

160 40 m < DMT < 100 m

161 100 m ≤ DMT < 200 m

162 200 m ≤ DMT < 500 m

163 DMT ≥ 500 m


Corte e remoção de árvores

170 30 cm < diâmetro < 70 cm

171 Diâmetro > 70 cm

Escavação e remoção de solos impróprios

180 40 m < DMT < 100 m

181 100 m ≤ DMT < 200 m

182 200 m ≤ DMT < 500 m

183 DMT ≥ 500 m

Demolições e remoções

190 Remoção e disposição de viaturas e outro lixo abandonado

191 Demolição de estruturas existentes


Série 200 Drenagem

Valetas, Sanjas e Valas

210 Abertura e regularização de valetas

211 Abertura e regularização de sanjas

212 Abertura e regularização de valas de crista

213 Abertura e regularização de valas de saída de aquedutos

Construção de aquedutos com manilhas pré-fabricadas,


incluindo escavação, fundação e aterro
220 Diâmetro 60 cm

221 Diâmetro 75 cm

222 Diâmetro 90 cm

223 Diâmetro 120 cm

Construção de aquedutos de manilhas metálicas (ARMCO),


incluindo escavação, fundação e aterro
225 Diâmetro 80 cm

226 Diâmetro 100 cm

227 Diâmetro 120 cm

Construção de valetas revestidas

230 Construção de valetas revestidas em betão (B 20)

231 Construção de valetas revestidas em pedra argamassada

Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para


aquedutos
240 Betão simples (B 20)

241 Pedra argamassada reforçada

242 Betão armado incluindo armadura e cofragem (B20)


Trabalhos de protecção

250 Protecção com Vegetação (Capim, Relva ou Vetiver)

251 Protecção com pedra arrumada à mão

252 Protecção com pedra argamassada

253 Protecção com sacos de areia

254 Plantação de árvores nas zonas susceptíveis a erosão

260 Fornecimento, preparação e colocação de gabiões contendo pedras

Construção de aquedutos tipo caixa em betão armado

270 Tipo A – 0,8 x 0,6 m

271 Tipo B – 1,2 x 0,8 m

272 Tipo C – 1,5 x 1,2 m

Construção de pontões (também designado por “causeway” ou “vented drift” ou “ford”)


273
(passagem molhada) – (estruturas adaptadas ao clima)

274 Construção de passagens molhadas – “drift” (estruturas adaptadas ao clima)

275 Construção de pequenas pontes

Drenos Subterrâneos

280 Construção de dreno de inerte

281 Colocação de tubo perfurado

Construção de cascatas

290 Em estacas de madeira e pedra arrumada a mão

291 Em pedra arrumada a mão

292 Em pedra argamassada

293 Em Betão B 20
Serie 300: Movimento de terra (Sub-base e Base –
pavimento de saibro)

310 Escavação a nível, regularização e compactação da subrasante

Escavação, transporte, espalhamento, nivelamento, rega e


compactação de solos em aterro
320 DMT < 500 m

321 500 m ≤ DMT < 1000 m

322 DMT ≥ 1000 m

Abaulamento, regularização, rega e compactação da plataforma (sub-base) usando


330
material escavado da valeta
Bases de solos estabilizados mecanicamente (Camada de
saibro)
340 DMT 1 km: de 0 até 2 km

341 DMT 3 km: de 2 até 4 km

342 DMT 5 km: de 4 até 6 km

343 DMT 7 km: de 6 até 8 km

344 DMT 9 km: de 8 até 10 km

345 DMT 12,5 km: de 10 até 15 km

346 DMT 17,5 km: de 15 até 20 km

347 Transporte a mais de 20 km

Câmaras de empréstimo

348 Abertura de câmaras de empréstimo

349 Encerramento e / ou fecho de câmara de empréstimo


Construção da base / sub-base
Estabilização de solos in-situ com cimento – (espessura e percentagem de cimento são
350
pré- predefinidos)

351 Agente estabilizante para código 350 (Cimento)

Construção de camadas de base tratadas com emulsões


(BTE)
352 Amassadura no local

353 Amassadura na central

354 Agente de estabilização, Emulsão SS60

355 Construção de camadas de desgaste e de camadas de base com misturas de materiais

Construção de camadas de base reforçadas (“Armoured Bases”)


356
Agregados para o reforço

360 Estabilização de taludes

Fornecimento e colocação de geotêxtil

370 Para a separação e estabilização (reforço) dos solos do leito da estrada

371 Para filtros (drenagem subterrânea com material granular ou outro)

372 Para protecção contra a erosão

Construção de estribos de rodagem em conformidade com o


projecto
380 Betão simples

381 Betão armado

382 Alvenaria de pedra


Série 400 Pavimento Asfaltado e Revestimento

410 Rega de impregnação MC 30

411 Rega de colagem ‘Fog Spray’

416 Escarificação do pavimento betuminoso existente

420 Construção de pavimento em betão betuminoso com espessura predefinida

Aplicação de revestimento simples usando betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 e


440
agregado de 9,5 mm ou 13,2 mm

441 Variação de agregado 9,5 mm ou 13,2 mm

442 Variação de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000


Construção de revestimento simples utilizando betume de penetração nominal de
443 150/200 ou de 85/100 ou MC3000 e agregado 9,5 ou 13,2 mm com um revestimento de
areia
444 Variação de agregado 9,5 ou 13,2 mm

445 Variação de betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000 ou SS60

446 Variação de areia

Aplicação de revestimento duplo usando betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 e


450
agregado de 9,5/19mm

451 Variações de agregado 9,5/19mm

452 Variações de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000

Revestimentos betuminosos para baixo nível de tráfego

460 Construção de Revestimento superficial com Lama Asfáltica (‘Slurry Seal’)

Construção de revestimento betuminoso superficial com areia (‘Sand seal’), betume de


461
penetração 150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60

462 Variações de areia

463 Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000

Construção de revestimento Otta (‘Otta Seal’), betume de penetração 150/200 ou


464
MC3000 ou emulsão SS60 (ou RS60)
465 Variações de agregado

466 Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000

Construção de pavimento em macadame de penetração com betume 150/200 ou


467
MC3000 ou emulsão SS60

468 Variações de agregado

469 Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000

Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido


com solos ‘in-situ’ estabilizados com percentagem de 12% de
cimento
470 75 mm

471 100 mm

472 150 mm

473 Variações de cimento

Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido


com betão B20
474 75 mm

475 100 mm

476 150 mm
Série 500 Trabalhos Auxiliares

510 Produção e colocação de marcos quilométricos

520 Produção e colocação de barreiras de protecção

540 Colocação da sinalização rodoviária vertical

550 Marcação da sinalização horizontal

560 Construção de lombas em trechos com população


Série 600 Estruturas

Escavação de fundações para estruturas:

610 Em solos normais

611 Em solos duros

620 Construção de Drift (Passagem Molhada) Simples em Betão

621 Construção de drift de tubos em betão (drift ventilado/causeway/ford)

Fornecimento, preparação, montagem e colocação de


armaduras em varões de aço nervurados para betão armado
630 Diâmetro 6 – 12 mm

631 Diâmetro 14 – 25 mm

632 Diâmetro > 25 mm

633 Malha de 6 mm em cruz @ 200 mm

Preparação, mistura e colocação de betão “in situ”, incluindo


cofragens e cura
640 Betão classe B15 (Incl. Betão de Limpeza)

641 Betão classe B20

642 Betão classe B25

643 Betão Classe B30

Escavação, transporte, espalhamento, rega e compactação do


aterro em volta das estruturas
650 DMT < 500 m

651 500 ≤ DMT < 1000 m

652 DMT ≥ 1000 m


Trabalhos auxiliares para estruturas

660 Aprovisionamento e colocação de ‘ferrolhos’ para ancoragem das fundações e tabuleiros

Aprovisionamento e colocação de tubos PVC em apoios de tabuleiro, encontros e muros


661
de suporte

662 Aprovisionamento e colocação de juntas de dilatação em tabuleiros

663 Aprovisionamento e colocação de aparelhos de apoio de tabuleiros

664 Aprovisionamento e colocação de parapeitos, guarda-corpos e passeios

670 Ponte metálica do tipo Bailey. Transporte de elementos ao local da obra

671 Montagem e lançamento de ponte metálica Bailey


Série 700 Ensaios e Controle de Qualidade

710 Preparação e aplicação do Plano de Controlo da Qualidade

Ensaio e aceitação de solos


Colheita de amostras em pilhas de armazenamento em câmaras de empréstimo, registo
720
e transporte das amostras até ao laboratório para serem sujeitas a ensaio

721 Ensaios granulométricos do material colhido nas pilhas de armazenamento

722 Ensaios de Plasticidade: Limites de Atterberg

723 Determinação do peso específico dos grãos

Ensaios de betão

730 Assentamento (‘Slump’) em betão fresco

731 Resistência à compressão de cubos de betão

Ensaios de compactação

750 Método da garrafa de areia

751 Ensaio de compactação em laboratório

760 Ensaio DCP

770 Ensaio CBR

Ensaios do betume

780 Método de ensaio padrão para a penetração de materiais betuminosos

Método de ensaio padrão para o ponto de amolecimento para materiais betuminosos


781
(dispositivo de anel e bola)
Série 800 Manutenção

Limpeza

810 Corte de capim

811 Corte de capim e limpeza de arbustos

812 Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não revestidas

813 Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista revestidas

814 Limpeza de Aquedutos

815 Limpeza de Pontes e Pontões

Remoção de solos impróprios

816 40 m < DMT < 100 m

817 100 m ≤ DMT < 200 m

818 200 m ≤ DMT < 500 m

819 DMT ≥ 500 m

Reparações e substituições

820 Reparações de elementos em madeira

821 Substituição de elementos metálicos.

822 Substituição do betão e pedra usando argamassa de cimento

823 Reparação de cascatas

824 Reparação de taludes

Manutenção (pinturas)

825 Sinalização vertical

826 Marcos quilométricos


827 Barreiras de protecção

828 Elementos metálicos

Nivelamento da superfície da estrada

830 Passagem de niveladora

831 Passagem de alisador de pneus

832 Passagem de niveladora rebocável

833 Reparação da plataforma (manualmente)

834 Regularização, rega e compactação da plataforma

835 Escarificação, regularização, rega e compactação da plataforma

Recarga da faixa de rodagem ou das bermas das estradas


com solos estabilizados mecanicamente
840 DMT 1 km: 0 a 2 km

841 DMT 3 km: 2 a 4 km

842 DMT 5 km: 4 a 6 km

843 DMT 7 km: 6 a 8 km

844 DMT 9 km: 8 a 10 km

845 DMT 12,5 km: 10 a 15 km

846 DMT 17,5 km: 15 a 20 km

847 Transporte a uma distância superior a 20 km

Selagem de fendas em pavimentos revestidos

850 Com Lama Asfáltica (< 3 mm)

851 Com Lama Asfáltica de Borracha (3 – 12 mm)

852 Com Lama Asfáltica/Lama Asfáltica com Borracha


Tapamento de buracos em pavimentos revestidos

860 Com mistura betuminosa a frio/quente

861 Com Revestimento Superficial Simples

862 Com Revestimento Superficial Duplo

863 Com Lama Asfáltica (< 10 mm de profundidade)

Reparação de rotura de bordos em pavimentos revestidos

870 Mistura betuminosa (a frio)

871 Revestimento superficial duplo

Reparação de pequenos defeitos superficiais em pavimentos


betuminosos
892 Tipo 2: Selagem com pó de pedra/areia (areia de pedreira) para correcção de refluimento

Renovação de revestimentos betuminosos

893 Aplicação de Fog Spray

Aplicação de resselagem. Aplicação fog spray (com diluição de SS60 ou MC30) seguida
894
de aplicação de camada de revestimento (revestimento superficial simples)
Reparação e estabilização da (sub) base para efeito de tapamento de buracos e
899
reparação de rotura das bordas.
Histórico da Revisão do Manual das Normas de Execução

Descrição Códigos das Normas de Execução Revisão


Data de
No. efectuada
revisão Capítulo Parágrafos Anexos Modificado Retirado Acrescentado por
0 20/10/06 Todos Todos Todos Todos excepto ANE - DER
excepto 5.4 série 400
1 30/04/07 Todos Todos Todos 350 880 350 ANE - DER
351 351
850 352
851 353
860 Série 400
861 852
862 863
870 871
892
899
2 25/03/10 5.0 5.1 110 DER DIMAN ANE -
Generalidades 111 DIMAN
ANE-
3 15/08/11 Generalidades Pavimentos Revestimentos
DIMAN
4 30/07/14 Todos Generalidades Anexo de 140, 141, Introduções das ANE-
desenhos 190, 210, Séries 200 – DIMAN
220-223, 800
230, 240, Figuras, TRL
241, 270- Gráficos,
272, 273, Quadros,
275, 280, Desenhos
320-322, padrão,
330, 340- 355
347, 348-
349, 350- 356
351, 352- 771
354, 360, 772
380-382, 893
410, 420, 894
440, 443-
Melhorias em
446, 450-
todos os outros
452, 460,
códigos
461-463,
464-466,
467-469,
520, 540,
550, 620,
621, 640-
643, 662,
710, 720-
723, 730,
760, 800,
810, 815,
833, 810-
847, 850

I
Prefácio
Moçambique dispõe de uma rede de estradas de cerca de trinta mil kilómetros de estradas, de entre
as quais vinte por cento são revestidas e é considerada o património público que catalisa
positivamente o desenvolvimento sócio económico, cuja conservação tem atraído atenções a vários
níveis.

A Administração Nacional de Estradas, através do Programa de Acesso à Comunidade Africana


(African Community Acess Program – AFCAP), embarcou na revisão das Normas de Execução de
Obras de Estradas de nível provincial em Moçambique.

Estas normas atribuem-nos especificações ou métodos de trabalho concisos incluindo o controlo de


qualidade para praticantes envolvidos no desenvolvimento e na manutenção de estradas de nível
provincial e estão particularmente direccionadas para o Sector de Estradas de Moçambique, podendo
ser aplicável a outros Países situados na mesma região ou em qualquer outra região onde se
verifiquem condições ambientais semelhantes.

A revisão consistiu na melhoria de alguns códigos, introdução de imagens e gráficos para melhor
compreensão e instruções passo a passo para a execução de estradas revestidas de baixo volume
de tráfego. Adicionalmente, o documento integra, como apêndices, desenhos-tipo e especificações
técnicas de órgãos de drenagem e padrões técnicos para estradas não revestidas.

Espera-se que o presente documento constitua um valor acrescido às actividades de


desenvolvimento e manutenção de estradas de nível provincial, contribuindo para a preservação do
património viário de Moçambique.

São aqui expressos profundos agradecimentos a African Community Acess Program – AFCAP que
no âmbito da cooperação existente, foi possível a adopção do presente manual.

(Quaisquer comentários sobre este documento


poderão ser dirigidos ao Director Geral da ANE:
Administração Nacional de Estradas, Caixa Postal
1405, Avenida de Moçambique, Nº 1225, Maputo,
Moçambique).

O Director Geral da Administração Nacional de Estradas

Eng. Atanásio Mugunhe

II
Agradecimentos
A presente versão do Manual das normas de execução foi elaborada com base num esforçado
concertado por parte de várias entidades colaboradoras, nomeadamente a, Administração Nacional
de Estradas (ANE), o Fundo de Estradas, o Programa Africano de Acesso Comunitário (African
Community - AFCAP, o Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DfID), a Agência Sueca
para o Desenvolvimento Internacional (Swedish International Development Agency - ASDI) e a TRL
(Transport Research Laboratory).

Esta versão do documento beneficiou dos trabalhos de investigação intensiva efectuados em


Moçambique e noutros países da Região Subsariana. As versões anteriores do manual basearam-se
nas Normas da SATCC. Através do financiamento efectuado pelo Governo de Moçambique, pelo
AFCAP, pelo DfID e pela ASDI, foi levada a cabo a execução de um programa piloto abrangendo
intervenções dirigidas em várias estradas a nível das províncias no âmbito do Programa de
Investimento em Estradas Regionais (Rural Roads Investment Programme - RRIP). O programa
RRIP, que envolveu a concepção de várias soluções duradoiras de engenharia tornou-se num
instrumento para a geração e desenvolvimento de todo o de conhecimento que culminou na
actualização do Manual de Normas de Execução.

Os esforços das várias entidades e pessoas individuais são grandemente apreciados, sendo a sua
participação e contributos devidamente reconhecidos neste documento. Particular destaque vai para:
Direcção da ANE
Eng.º Atanásio Mugunhe Director Geral
Eng.º Silvestre Elias Director da Manutenção
Eng.º Luís Fernandes Chefe do Departamento da Gestão da Manutenção
Eng.ª Rubina Normahomed Coordenadora do Projecto
Delegados Provinciais
Consultores das Províncias da ANE
TRL – Consultores de Pesquisa
Kenneth Mukura Autor Principal/Gestor do Projecto
Dr. John Rolt Autor Adjunto/Investigador Principal
Andrew Otto Autor Adjunto
AFCAP
Nkululeko Leta Gestor Técnico do AFCAP
Financiadores
Fundo Rodoviário, financ. dos trabalhos Trabalhos e Engenheiros e consultores da ANE
ASDI Trabalhos
AFCAP Apoio Técnico, documentação, divulgação

III
Índice do Conteúdo

Abreviaturas .........................................................................................................................................XIV

1. Introdução .................................................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento legal ............................................................................................................................. 1
1.2 Utilização das normas ............................................................................................................................ 2

2. Formato dos códigos das Normas de Execução......................................................................... 4

3. Lista das Normas de Execução ................................................................................................... 6

4. Breve introdução sobre as Normas de Execução ..................................................................... 19

5. Série 100 - Preliminares e Gerais ............................................................................................. 20

6. Series 200 - Drenagem ............................................................................................................. 34


6.1 Hidrologia ............................................................................................................................................. 34
6.1.1 Método de Observação Directa .......................................................................................................35
6.1.2 O método racional ........................................................................................................................... 35
6.1.3 O método SCS.................................................................................................................................35
6.2 Aspectos hidráulicos ............................................................................................................................ 35

7. Serie 300 - Movimento de terra ................................................................................................. 85

8. Série 400 - Pavimento Asfaltado e Revestimento ................................................................... 124


8.1 Opções de revestimento .................................................................................................................... 124
8.2 Factores que afectam a selecção dos tratamentos superficiais betuminosos .................................... 125

9. Série 500 Trabalhos Auxiliares................................................................................................ 180

10. Série 600 - Estruturas .............................................................................................................. 189

11. Série 700 - Ensaios e o Controle de Qualidade ...................................................................... 219

12. Série 800 Manutenção ............................................................................................................ 242


12.1 Visão global ....................................................................................................................................... 242
12.2 Tipos de manutenção......................................................................................................................... 242
12.3 Avaliação – abordagem geral ............................................................................................................ 244
12.3.1 Estudo documental ........................................................................................................................ 244
12.3.2 Inspecção visual ............................................................................................................................ 245
12.4 Tratamento de fendas de revestimento localizadas ........................................................................... 247
12.5 Tratamento da deterioração e ruptura na estrutura do pavimento ..................................................... 251
12.6 Correcção dos problemas de drenagem ............................................................................................ 251

V
12.7 Elevada rugosidade superficial, deformações e irregularidade generalizada .................................... 251
12.8 Viabilidade de construção .................................................................................................................. 251
12.9 Reconstrução ..................................................................................................................................... 251
12.10 Planeamento da manutenção ............................................................................................................ 252

13. Padrões Técnicos para Estradas Regionais ........................................................................... 326


13.1 Generalidades .................................................................................................................................... 326
13.1.1 Volume e composição do tráfego ..................................................................................................326
13.1.2 Tipo de terreno .............................................................................................................................. 326
13.1.3 Qualidade de serviço ..................................................................................................................... 326
13.2 Projecto geométrico ........................................................................................................................... 326
13.2.1 Velocidade de projecto .................................................................................................................. 326
13.2.2 Alinhamento horizontal .................................................................................................................. 327
13.2.3 Alinhamento vertical ...................................................................................................................... 327
13.2.4 Distância de visibilidade horizontal ................................................................................................ 327
13.2.5 Secção transversal da estrada ......................................................................................................328
13.3 Projecto estrutural do pavimento ....................................................................................................... 329
13.3.1 Espessura de ensaibramento ........................................................................................................329
13.3.2 Sub-base do pavimento ................................................................................................................. 329
13.3.3 Camada de rodagem em saibro ....................................................................................................329

14. Glossário de termos ................................................................................................................ 331


14.1 Termos gerais usados nos trabalhos de estradas ............................................................................. 331
14.2 Termos de acordo com o tipo de estrada ........................................................................................... 331
14.2.1 Estrada Revestida: ........................................................................................................................ 332
14.2.2 Estrada terraplenada: .................................................................................................................... 332
14.2.3 Estradas de terra natural ............................................................................................................... 334
14.3 Termos do perfil transversal ............................................................................................................... 335
14.4 Termos de Drenagem ........................................................................................................................ 337
14.5 Estruturas principais........................................................................................................................... 337

15. Referências.............................................................................................................................. 339

16. Bibliografia ............................................................................................................................... 340

17. ANEXOS Desenhos de Estruturas .......................................................................................... 341

VI
Índice de Figuras

Figura 7.1: Especificações baseadas no desempenho para a camada de desgaste ............................95


Figura 7.2: Especificações referentes às camadas de desgaste (qualidade de circulação) .................96
Figura 7.3: Junção do geotêxtil (costura com colagem) ......................................................................113
Figura 7.4: Colocação do geotêxtil para protecção do talude ..............................................................119
Figura 7.5: Desenhos ilustrativos do traçado e dimensões para a construção de um estribo
de rodados ..................................................................................................................122
Figura 7.6: Armadura com rede metálica para os estribos em betão de um estribo de
rodados .......................................................................................................................123
Figura 8.1: Exemplos de tipos de tratamentos superficiais betuminosos ............................................124
Figura 8.2: Configurando a altura da barra de pulverização para sobreposição simples ....................128
Figura 8.3: Regulação da barra distribuidora de jactos de ligantes para uma sobreposição
simples ........................................................................................................................138
Figura 8.4: Fixação de painéis de geocélulas utilizando estacas de ligação (geocélulas
preenchidas com solo-cimento) ..................................................................................175
Figura 8.5: Painéis de geocélulas pressionados com estacas de ligação e fio para permitir a
sua moldagem conforme a configuração da curva (geocélulas preenchidas
com solo-cimento).......................................................................................................175
Figura 8.6: Fixação de painéis de geocélulas utilizando estacas de ligação (geocélulas
preenchidas com betão) .............................................................................................178
Figura 8.7: Painéis de geocélulas pressionados para permitir a sua moldagem conforme a
configuração da curva (geocélulas preenchidas com betão) .....................................178
Figura 9.1: Sinalização vertical – de regulamentação, de indicação e perigo .....................................185
Figura 9.2: Especificações para as lombas – Medidas de moderação do tráfego ..............................188
Figura 10.1: Estabilização de taludes através da construção em degraus das paredes de
retenção ......................................................................................................................207
Figura 11.1: Equipamento DCP ...........................................................................................................234
Figura 12.1: Regularização de manutenção - raspagem (4 passagens) .............................................269
Figura 12.2: Perfil transversal do pavimento após regularização ........................................................269
Figura 12.3: Regularização de manutenção – raspagem (8 passagens) ............................................269
Figura 12.4: Alisador de pneus – para alisamento de pavimentos rodoviários com saibro .................271
Figura 12.5: Procedimento de alisamento com o alisador de pneus ...................................................272
Figura 12.6: Regularização de manutenção utilizando uma niveladora rebocada por tractor .............274
Figura 12.7: Perfil adequado após a passagem de alisador com pneus .............................................274
Figura 12.8: Procedimento de regularização de manutenção .............................................................274
Figura 12.9: Especificações baseadas no desempenho (PP vs GM) – saibro para trabalhos
de manutenção. ..........................................................................................................277
Figura 12.10: Especificações relativas ao desgaste da camada de saibro (SP vs Gc) –
saibro para trabalhos de manutenção ........................................................................278
Figura 12.11: Especificações do saibro para Reensaibramento (PP-GM) ..........................................282
Figura 12.12: Especificações do saibro para Reensaibramento (SP-GC) ...........................................283
Figura 12.13: Selagem de fissuras com lama asfáltica e lama de borracha .......................................293

VII
Figura 12.14: Buraco – ilustração da extensão do material danificado ...............................................295
Figura 12.15: Preparação da área para reparação de um buraco superficial .....................................301
Figura 14.1: Estrutura do pavimento para estradas revestidas ...........................................................332
Figura 14.2: Especificações baseadas no desempenho para estradas ensaibradas (PP vs
GM) .............................................................................................................................333
Figura 14.3: Especificações para a camada de desgaste em saibro (SP vs Gc) ................................334
Figura 14.4: Especificações para os solos naturais (SP vs Gc) ..........................................................335
Figura 14.5: Perfil transversal típico .....................................................................................................335

VIII
Índice de Tabelas

Tabela 3.1: Lista completa das Normas de Execução .............................................................................7


Tabela 5.1: Aumento do valor dos trabalhos pelo emprego de mulheres .............................................24
Tabela 5.2: Aumento do valor dos trabalhos pelo emprego de mão-de-obra local ...............................25
Tabela 5.3: Actividades destinadas ao combate contra o HIV/SIDA .....................................................27
Tabela 5.4: Painel de informação da obra .............................................................................................28
Tabela 6.1: Coeficiente de escoamento, C, do método racional ...........................................................35
Tabela 6.2: Coeficiente de rugosidade de Manning ...............................................................................36
Tabela 6.3: Espaçamento entre sanjas ..................................................................................................39
Tabela 6.4: Dimensão das pedras dos gabiões .....................................................................................64
Tabela 7.1: Inclinação (máx.) adequada para os taludes em relação ao tipo de solos .......................111
Tabela 7.2: Especificações de sobreposição para a junção de geotêxteis .........................................113
Tabela 7.3: Sobreposição mínima necessária para a junção de geotêxteis ........................................116
Tabela 7.4: sobreposição mínima no que se refere à junção de geotêxteis ........................................119
Tabela 8.1: Desempenho previsto para diferentes tratamentos superficiais .......................................125
Tabela 8.2: Factores que afectam a escolha do tipo de revestimento superficial ...............................125
Tabela 8.3: Factores que afectam a escolha do tipo de revestimento superficial ...............................126
Tabela 8.4: Temperatura de armazenamento e aplicação do betume de penetração 80/100 ............135
Tabela 8.5: Especificações granulométricas relativas ao agregado para o betão betuminoso ...........135
Tabela 8.6: Lamelação máxima referente ao agregado entrando na composição do betão
betuminoso .................................................................................................................136
Tabela 8.7: Taxas de aplicação de ligante para revestimento simples ...............................................138
Tabela 8.8: Taxas de aplicação de ligante para revestimentos simples ..............................................139
Tabela 8.9: Temperaturas de pulverização para ligantes de fluidificação ...........................................140
Tabela 8.10: Especificações granulométricas para revestimentos simples .........................................140
Tabela 8.11: Especificações referentes ao agregado para revestimentos simples – valores
máximos de lamelação ...............................................................................................141
Tabela 8.12: Taxas de aplicação de ligantes para revestimento simples (com cobertura de
areia) ...........................................................................................................................143
Tabela 8.13: Taxas de aplicação de agregado para revestimento simples (com cobertura de
areia) ...........................................................................................................................144
Tabela 8.14: Temperaturas de aplicação do ligante para revestimento simples (com
cobertura de areia)......................................................................................................145
Tabela 8.15: Especificações referentes à granulometria do agregado para revestimento
simples (com cobertura de areia) em conformidade com a Tabela 4302/8
SATCC ........................................................................................................................145
Tabela 8.16: Especificações referentes ao agregado para revestimento simples – lamelação
máxima - Tabela 4302/10 SATCC (pág. 3500-3) .......................................................146
Tabela 8.17: Taxas de aplicação de ligantes para regas de colagem (Revestimento duplo) .............148
Tabela 8.18: Taxas de aplicação de agregado para revestimento duplo ............................................148
Tabela 8.19: Temperaturas de pulverização de ligante (revestimento duplo) .....................................149

IX
Tabela 8.20: Especificações granulométricas para o agregado (revestimento duplo) em
conformidade com a Tabela 4302/8 SATCC ..............................................................150
Tabela 8.21: Especificações de lamelação para o agregado (revestimento duplo) ............................150
Tabela 8.22: Especificações granulométricas referentes ao agregado destinado a lamas
asfálticas .....................................................................................................................154
Tabela 8.23: Taxas de aplicação por volume destinadas a lamas asfálticas para
revestimentos cape (lama asfáltica em revestimentos simples) ................................154
Tabela 8.24: Taxas de aplicação por massa destinadas a lamas asfálticas para
revestimentos simples (Revestimento cape) ..............................................................155
Tabela 8.25: Temperaturas de pulverização para ligantes (tratamento duplo com areia) ..................157
Tabela 8.26: Taxas de aplicação de ligante para ligantes (tratamento duplo com areia) ...................157
Tabela 8.27: Taxa de aplicação de areia para cada camada (Tratamento duplo com areia) .............157
Tabela 8.28: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento superficial
duplo) ..........................................................................................................................159
Tabela 8.29: Especificação granulométrica para a areia (em conformidade com a Tabela
4702/1 (pág. 4700-1) SATCC) ....................................................................................159
Tabela 8.30: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento Otta) ............................162
Tabela 8.31: Taxas de aplicação para ligantes destinados a revestimentos Otta ...............................162
Tabela 8.32: Taxa de aplicação do agregado para revestimentos Otta ..............................................163
Tabela 8.33: Temperaturas de pulverização de ligantes para revestimentos Otta ..............................165
Tabela 8.34: Especificações granulométricas para revestimentos Otta (granulometria
grossa) ........................................................................................................................165
Tabela 8.35: Especificações granulométricas para revestimentos Otta de granulometria fina ...........165
Tabela 8.36: Especificações relativas à dureza do agregado para revestimentos Otta ......................166
Tabela 8.37: Taxas de aplicação de agregados para um revestimento com macadame de
penetração em 3 camadas .........................................................................................169
Tabela 8.38: Taxas de aplicação de agregado para um revestimento de macadame de
penetração em duas camadas - (Especificação TRL/ANE) .......................................169
Tabela 8.39: Taxa de aplicação para o ligante (emulsão) para o macadame de penetração .............170
Tabela 8.40: Temperaturas de pulverização aplicáveis aos ligantes (Macadame de
penetração) .................................................................................................................170
3
Tabela 8.41: Valores indicativos normalmente utilizados (para a produção de 1 m de betão) ..........177
Tabela 10.1: Recobrimento mínimo das armaduras ............................................................................199
Tabela 10.2: Diâmetro interno mínimo da dobragem dos varões de reforço .......................................199
Tabela 10.3: Cálculo do recobrimento mínimo dos aços de reforço com betão ..................................199
Tabela 10.4: Dosagens indicativas para diferentes classes de betão ..........................................................202
Tabela 10.5: Especificações referentes aos ensaios de abaixamento ................................................204
Tabela 10.6: Tempo mínimo necessário antes da remoção do cimbre e cofragem ............................206
Tabela 12.1: Tratamento para anomalias superficiais no revestimento ..............................................248
Tabela 12.2: Causas e efeitos dos defeitos superficiais ......................................................................248
Tabela 12.3: Intervenções propostas para os defeitos superficiais .....................................................250
Tabela 12.4: Planeamento das actividades de manutenção ...............................................................253

X
Tabela 12.5: Especificações de granulometria relativamente à areia destinada à lama
asfáltica para a selagem de fissuras finas - Em conformidade com a Tabela
4302/11 SATCC (página 3500-5) ...............................................................................286
Tabela 12.6: Especificações aplicáveis ao agregado destinado à lama asfáltica para a
selagem de fissuras - Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5) ................................294
Tabela 12.7: Especificações de granulometria referentes aos agregados para misturas
betuminosas - Em conformidade com a Tabela 4202/3 SATCC (página
4200-2) ........................................................................................................................298
Tabela 12.8: Composição das misturas betuminosas a frio ................................................................298
Tabela 12.9: Taxas de aplicação de ligantes – Revestimento superficial para a reparação de
buracos .......................................................................................................................302
Tabela 12.10: Taxas de aplicação de agregados – Revestimento superficial de buracos ..................302
Tabela 12.11: Temperaturas recomendadas para o aquecimento de ligantes – Revestimento
superficial para a reparação de buracos ....................................................................303
Tabela 12.12: Especificações de granulometria de agregados – revestimento superficial
para reparação de buracos - Em conformidade com a Tabela 4302/8
SATCC ........................................................................................................................304
Tabela 12.13: Especificações referentes à lamelação do agregado – revestimento superficial
para reparação de buracos - Tabela 4302/10 SATCC (página 3500-3) ....................304
Tabela 12.14: Especificaçoes referentes à granulometria dos agregados – lama asfáltica
para selagem de fissurações ......................................................................................307
Tabela 12.15: Especificações referentes a misturas betuminosas – reparação de fendas na
berma ..........................................................................................................................310
Tabela 12.16: Composição das misturas betuminosas a frio – reparação de fendas na
berma ..........................................................................................................................311
Tabela 12.17: Taxas de aplicação de ligante – revestimento superficial duplo para a
reparação de fendas na berma...................................................................................314
Tabela 12.18: Temperaturas de aplicação de ligante – revestimento superficial para a
reparação de fendas na berma...................................................................................315
Tabela 12.19: Especificações de granulometria do agregado – revestimento superficial para
a reparação de fendas na berma - Em conformidade com a Tabela 4302/8
SATCC ........................................................................................................................315
Tabela 12.20: Especificações referentes à lamelação do agregado – revestimento superficial
da reparação de fendas na berma - Em conformidade com a Tabela
4302/10 SATCC (página 3500-3) ...............................................................................316
Tabela 12.21: Especificações de granulometria de pó de pedreira – aplicação da exsudação
do revestimento betuminoso - Em conformidade com a Tabela 4302/11
SATCC (página. 3500-5) ............................................................................................318
Tabela 12.22: Especificação de granulometrias aplicáveis a materiais granulares destinados
ao enchimento de buracos e à reparação de fendas na berma. ................................325
Tabela 13.1: Velocidades de projecto para os diferentes terrenos ......................................................327
Tabela 13.2: Raios de curvatura para diferentes velocidades de projecto ..........................................327
Tabela 13.3: Larguras de vias para os diferentes tipos de estradas ...................................................328
Tabela 13.4: Espessuras de ensaibramento para os diferentes tipos de estrada ...............................329
Tabela 13.5: Normas de traçado e especificações de materiais para estradas não asfaltadas
Tipos A, B e C .............................................................................................................330

XI
Índice de Fotografias

Foto 6.1: Valetas despejando em sanjas ...............................................................................................37


Foto 6.2: Sanja correctamente construída .............................................................................................40
Foto 6.3: Construção de aqueduto com manilhas pré-fabricadas .........................................................44
Foto 6.4: Valetas revestidas com betão .................................................................................................48
Foto 6.5: Muros de ala e dissipador de energia para recolha da água no aqueduto.............................52
Foto 6.6: Muros de ala em pedra argamassada ....................................................................................54
Foto 6.7: Protecção de aterros e taludes com pedra argamassada (argamassa de cimento) ..............60
Foto 6.8: Caixa de aqueduto feita de betão e alvenaria de pedra .........................................................67
Foto 6.9: Construção de cascata (esquerda) vista de cascata a despejar água – caudal de
base (direita) .................................................................................................................70
Foto 6.10: Estrutura geral de uma pequena ponte em betão armado. ..................................................76
Foto 6.11: Nível freático elevado – É necessária a existência de drenagem subterrânea ....................78
Foto 7.1: Formação da Estrada (utilização de maquinaria) ...................................................................90
Foto 7.2: Câmaras de empréstimo ilustrando extracções superficiais e profundas ..............................98
Foto 7.3: Construção da camada de sub-base e de base ...................................................................102
Foto 7.4: Construção de uma camada de base tratada com emulsão ................................................105
Foto 7.5: Construção de uma camada de base com mistura de materiais apresentando os
processos construtivos ...............................................................................................107
Foto 7.6: Camadas de base com misturas ilustrando os processos de construção ............................109
Foto 7.7: Estribos de rodados – ilustração dos estribos em betão ......................................................123
Foto 8.1: Camada de base com rega de impregnação – aspecto da distribuição uniforme da
rega (MC30) ................................................................................................................129
Foto 8.2: Construção de camada de mistura betuminosa a frio com emulsão ....................................136
Foto 8.3: Construção de um revestimento simples com cobertura de areia ........................................146
Foto 8.4: Aplicação de revestimento duplo (revestimento superficial) com agregado riolito ...............151
Foto 8.5: Amassadura na central e aplicação da lama asfáltica ..........................................................155
Foto 8.6: Construção de uma camada de tratamento superficial com areia- Ilustração da
aplicação dividida para a emulsão e areia .................................................................160
Foto 8.7: Construção de um revestimento Otta com emulsão (SS60, MS60 ou RS60) ......................167
Foto 8.8: Construção de um revestimento com macadame de penetração em duas camadas ..........172
Foto 9.1: Barreiras de protecção – Medidas de protecção dos utentes contra acidentes
graves .........................................................................................................................183
Foto 9.2: Sinalização horizontal – marcas rodoviárias .........................................................................187
Foto 10.1: Pontes – os vários elementos de uma ponte ......................................................................190
Foto 10.2: Construção de um drift – Reforço com armadura metálica e betonagem ..........................194
Foto 10.3: Drift de tubos em betão (pontão/drift ventilado/ford) ..........................................................197
Foto 12.1: Corte de capim (num aterro) – Altura do capim e largura da área de corte .......................254
Foto 12.2: Pontão – parcialmente bloqueado (necessitando de limpeza) ...........................................260
Foto 12.3: Fissuras Finas seladas com lama asfáltica ........................................................................287

XII
Foto 12.4: Reparação de buracos – corte da área danificada .............................................................299
Foto 12.5: Fendas profundas na berma – Largura da via significativamente reduzida (sem
condições de segurança para os utentes ...................................................................311
Foto 12.6: Fog spray aplicado num revestimento superficial antigo – renovação de um
revestimento betuminoso ............................................................................................321

XIII
Abreviaturas
AASHTO American Association of State Highway and Transport Officials
ANE Administração Nacional de Estradas
ASTM American Standard Test Method
BS British Standards Institute
BTE Base Tratada com Emulsão
CBR California Bearing Ratio (Capacidade de Suporte )
CNCS Conselho Nacional para o Combate ao HIV/SIDA
DER Direcção de Estradas Regionais
DIMAN Direcção de Manutenção
DMT Distância Média de Transporte (Average haul distance)
FE Fundo de Estradas
GC Coeficiente de granulometria (Grading Coefficient)
GM Módulo de Granulometria (Grading Modulus)
GOM Governo de Moçambique – Goverment of Mozambique
IP Índice de Plasticidade
LL Limite de Liquidez
LP Limite de Plasticidade
MAE Medição Antes da Execução – Measurement before execution
MDE Medição Depois da Execução – Measurement after execution
ME Ministério da Economia
MOPHRH Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
MPD Ministério de Plano e Desenvolvimento
MZM Metical
PARPA Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta
PP Produto de Plasticidade (Plasticity Product)
SABS Gabinete das Normas de África do Sul (South African Bureau of Standards)
SP Produto de Retracção (Shrinkage product)
SATCC Comissão para Transportes e Comunicações na África Austral (Southern African Transport and
Communications Commission)
TRH Recomendações Técnicas para Estradas (Technical Recommendations for Highways)
TRL Transport Research Laboratory
UASMA Unidade dos Assuntos Sociais e Meio Ambiente

XIV
1. Introdução

1.1 Enquadramento legal


i. O presente documento, referente às normas de execução de obras rodoviárias ao nível provincial
contém as normas a serem adoptadas em Moçambique, no que se refere à utilização óptima dos
recursos em termos de pessoal, equipamentos e materiais, durante a execução das actividades de
manutenção e reabilitação das estradas a nível provincial. Neste documento define-se o nível de
qualidade que deverá ser atingido nos trabalhos executados, de forma a assegurar um melhor
fornecimento dos serviços aos utilizadores das estradas.
ii. Este documento, aplicável às normas de execução de obras rodoviárias, constitui um sumário das
actividades necessárias para a execução dos trabalhos de manutenção e de reabilitação das estradas
ao nível provincial em Moçambique, incluindo-se em cada uma delas a actividade laboral, ou o código
respectivo, as referências às normas reconhecidas ao nível regional ou internacional, incluindo a
aplicação, as tarefas, as normas, os materiais utilizados e a unidade de medição. Estas normas foram
elaboradas tendo em consideração a sua utilização nos trabalhos adjudicados e executados por
empreiteiros locais ao nível provincial, tais como:
• Manutenção de rotina de estradas nacionais, regionais e não classificadas.
• Manutenção periódica de estradas regionais e não classificadas.
• Trabalhos de melhoramento localizados e reparações de emergência de estradas regionais e não
classificadas.
• Reabilitação/construção de estradas regionais e não classificadas.
iii. As normas SATCC serão utilizadas para a reabilitação e manutenção periódica das estradas asfaltadas
e de outras obras em larga escala. As obras ao nível provincial poderão abranger trabalhos de
pavimentação em asfalto e trabalhos de revestimento de baixo custo nas estradas regionais com maior
volume de tráfego.
iv. As normas constituem um instrumento de referência e de regulamentação, que poderão ser utilizadas
pelos trabalhadores, efectuando os trabalhos directamente no local, e por todos os técnicos envolvidos
na preparação dos documentos do concurso, assim como os responsáveis pela implementação e os
coordenadores técnicos dos trabalhos de manutenção rodoviária.
v. Os avanços tecnológicos em conjunção com a utilização de novos materiais e a experiência na
utilização destas normas tornam necessária a realização de uma revisão periódica dos documentos
relacionados com a manutenção de estradas.
vi. Deve ter-se em conta que sem a criação deste documento de Normas de Execução, será impossível
levar a cabo ou implementar planos de trabalhos de manutenção rodoviária de forma homogénea e
coordenada.
vii. Como parte integrante da sua responsabilidade pela execução dos trabalhos de normalização sobre
estradas a ser levado a cabo ao nível provincial, a Administração Nacional de Estradas (ANE) elaborou
estas normas de execução detalhadas. As actividades de manutenção envolvendo trabalhos de
manutenção ou emergência de rotina ou periódicos ou trabalhos de reparação ou de melhoria localizada
ou reabilitação devem ser efectuadas através de medições ou de contratos de quantidades e os
trabalhos de manutenção de rotina de estradas asfaltadas e não asfaltadas devem ser efectuados com
base em contratos de prestação de serviços.

1
viii. Os códigos poderão fazer referência a normas regionais e internacionais. Neste caso, o código das
normas regionais ou internacionais deve ser mencionado juntamente com a instituição responsável pela
sua emissão. Na Secção relativa à Bibliografia apresenta-se um quadro com endereços electrónicos e
físicos das entidades reguladoras mencionadas. Isto permitirá ao leitor a obtenção de mais informação
sobre o assunto. Nos casos em que exista uma discrepância com as normas referentes ao nível
regional e internacional, deve dar-se prioridade às indicações deste documento.

1.2 Utilização das normas


i. As normas de execução são utilizadas nas várias etapas do projecto e implementação dos trabalhos, tal
como a seguir especificado:
 Na preparação dos documentos do concurso: A primeira etapa da implementação dos trabalhos
consiste na definição das actividades necessárias com vista à inclusão destas no orçamento que faz
parte dos documentos do concurso. Estas actividades são definidas com base no levantamento da
estrada à qual a proposta se destina. Para evitar a ocorrência de problemas durante a execução do
contrato, é muito importante incluir todas as actividades e as quantidades correctas no mapa das
quantidades que correspondem aos trabalhos a serem executados. A elaboração dos documentos do
concurso encontra-se sob a responsabilidade da Delegação Provincial da ANE.
 Na preparação da proposta pelo proponente: De forma a permitir o cálculo dos preços unitários para
inclusão na proposta por parte do proponente, é importante possuir uma definição clara e uma
compreensão das tarefas a serem executadas durante o contrato no âmbito de cada actividade. As
normas de execução disponibilizam esta informação.
 Durante a execução dos trabalhos por parte do empreiteiro: As normas de execução definem as
tarefas que devem ser incluídas pelo empreiteiro no âmbito de cada actividade, assim como os
materiais a serem utilizados e as normas de qualidade a serem seguidas.
 Definição das normas para a verificação dos trabalhos por parte do Engenheiro: O Engenheiro
deverá garantir a conformidade dos trabalhos com as normas de qualidade para fins de aprovação da
obra e do posterior pagamento. As normas de execução definem claramente o modo de verificação da
qualidade da obra e as regras para a sua medição.
ii. As normas de execução destinam-se ao emprego em trabalhos de manutenção de rotina das estradas
primárias e secundárias, e em trabalhos de manutenção e de reabilitação de estradas rurais. A
qualidade dos trabalhos executados deve estar sempre em conformidade com as normas.
Relativamente a cada actividade, são fornecidos detalhes referentes ao objectivo da utilização de cada
actividade, as tarefas que devem ser executadas durante a sua realização e as normas de qualidade
que devem ser preenchidas.
iii. Foi desenvolvida uma norma de execução para cada actividade sendo-lhe atribuído um código
correspondente. O número de código é utilizado no mapa das quantidades e para fazer referência a
outras actividades. Muitos códigos contêm informação completa que define todas as tarefas necessárias
para a execução de cada actividade. Contudo, nalguns casos, a norma faz referência aos códigos de
certas actividades normalmente necessárias para o desempenho de uma determinada actividade. Por
exemplo, a construção da alvenaria ou a colocação do betão, fazem parte da instalação de um
aqueduto. Nestes casos, existe uma norma aplicável à actividade correspondente, que poderá ser
incluída na lista de quantidades (BoQ) como um código independente, ou poderá ser utilizada como um
código durante a execução de uma outra actividade.

2
iv. Se uma determinada actividade contendo um ou mais códigos estiver abrangida pelo orçamento, o
preço unitário relativo à actividade deve incluir os custos de todos os códigos necessários.
v. As normas de execução devem ser utilizadas na execução de dois tipos de contrato em vigor no sector
rodoviário: Contratos por nível de serviço e contratos por quantidades.
Contratos por níveis de serviço
vi. Neste tipo de contrato, a norma é utilizada apenas para a definição da natureza da actividade e para a
determinação do momento em que deve ser utilizada, assim como das tarefas a serem executadas para
a sua implementação e das normas de qualidade a serem seguidas. O pagamento é determinado
mediante o preenchimento das normas de qualidade definidas nas especificações técnicas do contrato.
Contratos por quantidades
vii. No caso dos contratos por quantidades, a norma é utilizada para a definição da natureza da actividade e
do momento da sua utilização, assim como para a definição das tarefas a serem executadas para a sua
implementação e das normas de qualidade que devem ser seguidas e para a medição da carga de
trabalho.
viii. Só quando estiverem reunidas todas as exigências para a execução de uma actividade é que é
autorizado o pagamento através do certificado de obras. Deste modo, as normas são utilizadas para a
definição da qualidade da obra a ser produzida pelo empreiteiro no âmbito deste tipo de contrato.

3
2. Formato dos códigos das Normas de Execução

A informação contida nos códigos destas Normas de Execução será apresentada de acordo com o formato a
seguir apresentado.

Actividade: Título do Código Código:


Por exemplo: Corte de Capim Ex. 110
Código de Diz respeito a códigos reconhecidos internacionalmente
referência
Por exemplo: SATCC 1700
Utilização Definição do momento de aplicação do código e seus objectivos

Por exemplo:
Remoção de vegetação da estrada:
o Árvores apresentando troncos com diâmetros inferiores a 30 cm
o Arbustos, capim e raízes.
o Solos com componentes orgânicos até uma profundidade de 5 cm
o Geralmente este código é aplicado a obras de reabilitação e de melhoria
localizada.
O código 130 destina-se à remoção de solos inadequados até uma profundidade superior a
5 cm. Os códigos 121 e 122 devem ser empregues para o corte de árvores com um
diâmetro superior a 30 cm.
Tarefas  Define a sequência de tarefas a executar.
incluídas
 Exemplo:
o Sinalização de segurança.
o Assegurar a continuidade da circulação do tráfego.
o Delimitação da área de corte e limpeza.
o Corte e limpeza.
o Remoção do material para for a da área de reserve da estrada.
o Remoção da sinalização temporária.
o Em caso de corte de árvores, a largura de corte deve obedecer às exigências
de segurança rodoviária.
Normas  Definição da qualidade das obras a serem executadas.
 Quando aplicável, deve definir-se as tolerâncias autorizadas (em conformidade com o
desenho do projecto).
 O empreiteiro deve controlar os trabalhos através do seu pessoal de forma a assegurar
o cumprimento das normas de qualidade.
 Em situações excepcionais, e em caso de necessidade, poderá também especificar-se
o equipamento a ser utilizado para a realização do código (por exemplo, estabelecer a
utilização obrigatória de uma betoneira).
 O cumprimento das normas de qualidade por parte da entidade contratada deve ser
verificado pelo Fiscal
 Os custos resultantes da correcção de qualquer falha em relação à qualidade
contratada devem situar-se dentro dos limites dos preços unitários.

 Exemplo:
o O corte e limpeza da estrada devem ser realizados numa extensão para além
dos taludes e valetas correspondendo a uma largura de 1,5 m, tal como
indicado nos desenhos.
o Deve remover-se toda a vegetação (arbustos, capim, solos vegetais até uma
profundidade de 5 cm e raízes).
o Os solos não prejudiciais para o futuro desempenho da estrada (com uma boa
granulometria) não devem ser removidos.
o O material removido deve ser depositado num local adequado a uma distância

4
da estrada não inferior a 10 m e deve ser colocado numa camada com uma
espessura igual ou inferior a 50 cm.
o O material removido não deve ser queimado.
o
o As populações situadas na proximidade da estrada poderão ser autorizadas a
recolher lenha.
Materiais  Definição da qualidade dos materiais importados a serem empregues nas obras
através de normas internacionalmente reconhecidas.

Exemplo:
 Normas aplicáveis ao cimento e emulsões
Medição
Neste local deve indicar-se a unidade utilizada para a medição desta actividade, com vista
à posterior aplicação do preço unitário, e a metodologia de medição utilizada. Existem dois
métodos de medição:

Medição antes da execução (MAE).


Medição após utilização (MOU).

Exemplo:
M2
Medição efectuada na área limpa.
MAE

5
3. Lista das Normas de Execução
1. A Tabela 3.1 apresenta uma lista completa das Normas de Execução para cada actividade
com o código a ser utilizado na formulação dos contratos.
2. As normas encontram-se divididas nas Séries a seguir apresentadas, seguindo a metodologia
de organização utilizada nas normas SATCC. Apesar da numeração e do modelo de norma
serem bastante distintos, são, no entanto, adequados para a execução de obras ao nível
provincial:
• Série 100: Preliminares e Gerais
• Série 200: Drenagem
• Série 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento de saibro)
• Série 400: Pavimento Asfaltado e Revestimento
• Série 500: Trabalhos Auxiliares
• Série 600: Estruturas
• Série 700: Ensaios e o Controle de Qualidade
• Série 800: Manutenção de Estradas Revestidas e Não Revestidas

6
Tabela 3.1: Lista completa das Normas de Execução

Orientação sobre a aplicação do código


Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

Série 100 Preliminares e Gerais

Mobilização

110 Mobilização da obra VG X X X X

111 Desmobilização da obra VG X X X X

Seguros

120 Contra Responsabilidade Civil Mês X X X X

121 Contra Acidentes de Trabalho Mês X X X X

Desminagem

130 Verificação do Nível de Risco de Minas VG X X X X


2
131 Desminagem na área da obra M X X X X

Conformidade com as condições especiais do


contrato

Incentivar o recrutamento de trabalhadoras


140 SP X X X X
femininas

Incentivar o recrutamento de trabalhadores


141 SP X X X X
locais

142 Programa de combate ao HIV/SIDA SP X X X X

Produção, colocação e retirada de painéis


150 UN X X X X
informativos da obra

Destronca e limpeza
2
160 40 m < DMT < 100 m M X X
2
161 100 m ≤ DMT < 200 m M X X
2
162 200 m ≤ DMT < 500 m M X X
2
163 DMT ≥ 500 m M X X

Corte e remoção de árvores

170 30 cm < diâmetro < 70 cm UN X X

171 Diâmetro > 70 cm UN X X

Escavação e remoção de solos impróprios


3
180 40 m < DMT < 100 m M X X
3
181 100 m ≤ DMT < 200 m M X X
3
182 200 m ≤ DMT < 500 m M X X

7
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

3
183 DMT ≥ 500 m M X X

Demolições e remoções

190 Remoção e disposição de viaturas e outro lixo UN X X X X


abandonado
3
191 Demolição de estruturas existentes M X X

Série 200 Drenagem

Valetas, Sanjas e Valas

210 Abertura e regularização de valetas M X X X


3
211 Abertura e regularização de sanjas M X X X
3
212 Abertura e regularização de valas de crista M X X X
3
213 Abertura e regularização de valas de saída de M X X X
aquedutos

Construção de aquedutos com manilhas pré-


fabricadas, incluindo escavação, fundação e
aterro

220 Diâmetro 60 cm M X X X

221 Diâmetro 75 cm M X X X

222 Diâmetro 90 cm M X X X

223 Diâmetro 120 cm M X X X

Construção de aquedutos de manilhas metálicas


(ARMCO), incluindo escavação, fundação e
aterro

225 Diâmetro 80 cm M X X X

226 Diâmetro 100 cm M X X X

227 Diâmetro 120 cm M X X X

Construção de valetas revestidas

230 Construção de valetas revestidas em betão (B M X X X X


20)

231 Construção de valetas revestidas em pedra M X X X X


argamassada

Construção de muros, caixas e dissipadores de


energia para aquedutos
3
240 Betão simples (B 20) M X X X

8
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

3
241 Pedra argamassada reforçada M X X X X
3
242 Betão armado incluindo armadura e cofragem M X X X
(B20)

Trabalhos de protecção
2
250 Protecção com Vegetação (Capim, Relva ou M X X X X
Vetiver)
3
251 Protecção com pedra arrumada à mão M X X X X
3
252 Protecção com pedra argamassada M X X X X
3
253 Protecção com sacos de areia M X X X X

254 Plantação de árvores nas zonas susceptíveis a UN X X X X


erosão
3
260 Fornecimento, preparação e colocação de M X X X
gabiões contendo pedras

Construção de aquedutos tipo caixa em betão


armado

270 Tipo A – 0,8 x 0,6 m M X X X

271 Tipo B – 1,2 x 0,8 m M X X X

272 Tipo C – 1,5 x 1,2 m M X X X

273 Construção de pontões (também designado por M X X X


“causeway” ou “vented drift” ou “ford”)
(passagem molhada) – (estruturas adaptadas ao
clima)

274 Construção de passagens molhadas – “drift” M X X X


(estruturas adaptadas ao clima)

275 Construção de pequenas pontes M X X X

Drenos Subterrâneos
3
280 Construção de dreno de inerte M X X X

281 Colocação de tubo perfurado M X X X

Construção de cascatas

290 Em estacas de madeira e pedra arrumada a mão UN X X X X

291 Em pedra arrumada a mão UN X X X X

292 Em pedra argamassada UN X X X X

293 Em Betão B 20 UN X X X X

9
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

Serie 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento


de saibro)
3
310 Escavação a nível, regularização e compactação M X X
da subrasante

Escavação, transporte, espalhamento,


nivelamento, rega e compactação de solos em
aterro
3
320 DMT < 500 m M X X X
3
321 500 m ≤ DMT < 1000 m M X X X
3
322 DMT ≥ 1000 m M X X X
3
330 Abaulamento, regularização, rega e M X X
compactação da plataforma (sub-base) usando
material escavado da valeta

Bases de solos estabilizados mecanicamente


(Camada de saibro)
3
340 DMT 1 km: de 0 até 2 km M X X X
3
341 DMT 3 km: de 2 até 4 km M X X X
3
342 DMT 5 km: de 4 até 6 km M X X X
3
343 DMT 7 km: de 6 até 8 km M X X X
3
344 DMT 9 km: de 8 até 10 km M X X X
3
345 DMT 12,5 km: de 10 até 15 km M X X X
3
346 DMT 17,5 km: de 15 até 20 km M X X X
3
347 Transporte a mais de 20 km Mk X X X
m

Câmaras de empréstimo
2
348 Abertura de câmaras de empréstimo M X X X
2
349 Encerramento e / ou fecho de câmara de M X X X
empréstimo

Construção da base / sub-base


3
350 Estabilização de solos in-situ com cimento – M X X X
(espessura e percentagem de cimento são pré-
predefinidos)

351 Agente estabilizante para código 350 (Cimento) Ton X X X

Construção de camadas de base tratadas com

10
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

emulsões (BTE)
3
352 Amassadura no local M X X X
3
353 Amassadura na central M X X X

354 Agente de estabilização, Emulsão SS60 Ton X X X


3
355 Construção de camadas de desgaste e de M X X X
camadas de base com misturas de materiais
3
356 Construção de camadas de base reforçadas M X X X
(“Armoured Bases”)

Agregados para o reforço


3
360 Estabilização de taludes M X X X

Fornecimento e colocação de geotêxtil


2
370 Para a separação e estabilização (reforço) dos M X X X
solos do leito da estrada
2
371 Para filtros (drenagem subterrânea com material M X X X
granular ou outro)
2
372 Para protecção contra a erosão M X X X X

Construção de estribos de rodagem em


conformidade com o projecto
3
380 Betão simples M X X
3
381 Betão armado M X X
3
382 Alvenaria de pedra M X X

Série 400 Pavimento Asfaltado e Revestimento

2
410 Rega de impregnação MC 30 M X X X

2
411 Rega de colagem ‘Fog Spray’ M X X X

2
416 Escarificação do pavimento betuminoso M X X X
existente
2
420 Construção de pavimento em betão betuminoso M X X X
com espessura predefinida
2
440 Aplicação de revestimento simples usando M X X X
betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 e
agregado de 9,5 mm ou 13,2 mm
3
441 Variação de agregado 9,5 mm ou 13,2 mm M X X X

11
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

442 Variação de betume 150/200 ou 85/100 ou L X X X


MC3000

443 Construção de revestimento simples utilizando


betume de penetração nominal de 150/200 ou de
85/100 ou MC3000 e agregado 9,5 ou 13,2 mm
com um revestimento de areia

444 Variação de agregado 9,5 ou 13,2 mm

445 Variação de betume de penetração nominal


150/200 ou 85/100 ou MC3000 ou SS60

446 Variação de areia

2
450 Aplicação de revestimento duplo usando betume M X X X
150/200 ou 85/100 ou MC3000 e agregado de
9,5/19mm

3
451 Variações de agregado 9,5/19mm M X X X

452 Variações de betume 150/200 ou 85/100 ou L X X X


MC3000

Revestimentos betuminosos para baixo nível de


tráfego

2
460 Construção de Revestimento superficial com M X X X
Lama Asfáltica (‘Slurry Seal’)

2
461 Construção de revestimento betuminoso M X X X
superficial com areia (‘Sand seal’), betume de
penetração 150/200 ou MC3000 ou emulsão
SS60
3
462 Variações de areia M X X X

463 Variações de betume 150/200 ou emulsão L X X X


(SS60) ou MC3000

464 Construção de revestimento Otta (‘Otta Seal’), M


2 X X X
betume de penetração 150/200 ou MC3000 ou
emulsão SS60 (ou RS60)

465 Variações de agregado M


3 X X X

466 Variações de betume 150/200 ou emulsão L X X X


(SS60) ou MC3000

467 Construção de pavimento em macadame de M


2 X X X

12
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

penetração com betume 150/200 ou MC3000 ou


emulsão SS60
3
468 Variações de agregado M X X X

469 Variações de betume 150/200 ou emulsão L X X X


(SS60) ou MC3000

Construção de pavimento com painel ‘geo cell’


preenchido com solos ‘in-situ’ estabilizados com
percentagem de 12% de cimento
2
470 75 mm M X X X
2
471 100 mm M X X X
2
472 150 mm M X X X

473 Variações de cimento Ton X X X

Construção de pavimento com painel ‘geo cell’


preenchido com betão B20
2
474 75 mm M X X
2
475 100 mm M X X
2
476 150 mm M X X

Série 500 Trabalhos Auxiliares

510 Produção e colocação de marcos quilométricos UN X X

520 Produção e colocação de barreiras de protecção M X X

2
540 Colocação da sinalização rodoviária vertical M X X X X

2
550 Marcação da sinalização horizontal M X X X X

560 Construção de lombas em trechos com M X X X X


população

Série 600 Estruturas

Escavação de fundações para estruturas: X X X

3
610 Em solos normais M X X X

3
611 Em solos duros M X X X

2
620 Construção de Drift (Passagem Molhada) M X X X
Simples em Betão

13
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

621 Construção de drift de tubos em betão (drift M


2 X
ventilado/causeway/ford)

Fornecimento, preparação, montagem e


colocação de armaduras em varões de aço
nervurados para betão armado

630 Diâmetro 6 – 12 mm Kg X X X

631 Diâmetro 14 – 25 mm Kg X X X

632 Diâmetro > 25 mm Kg X X X

2
633 Malha de 6 mm em cruz @ 200 mm M X X X

Preparação, mistura e colocação de betão “in


situ”, incluindo cofragens e cura
3
640 Betão classe B15 (Incl. Betão de Limpeza) M X X X
3
641 Betão classe B20 M X X X
3
642 Betão classe B25 M X X X
3
643 Betão Classe B30 M X X X

Escavação, transporte, espalhamento, rega e


compactação do aterro em volta das estruturas
3
650 DMT < 500 m M X X X
3
651 500 ≤ DMT < 1000 m M X X X
3
652 DMT ≥ 1000 m M X X X

Trabalhos auxiliares para estruturas

660 Aprovisionamento e colocação de ‘ferrolhos’ para M X X


ancoragem das fundações e tabuleiros

661 Aprovisionamento e colocação de tubos PVC em M X X


apoios de tabuleiro, encontros e muros de
suporte

662 Aprovisionamento e colocação de juntas de M X X


dilatação em tabuleiros

663 Aprovisionamento e colocação de aparelhos de M X X


apoio de tabuleiros

664 Aprovisionamento e colocação de parapeitos, M X X


guarda-corpos e passeios

14
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

670 Ponte metálica do tipo Bailey. Transporte de Ton. X X X


elementos ao local da obra km

671 Montagem e lançamento de ponte metálica M X X X


Bailey

Série 700 Ensaios e Controle de Qualidade

710 Preparação e aplicação do Plano de Controlo da Mês X X X


Qualidade

Ensaio e aceitação de solos

720 Colheita de amostras em pilhas de VG X X X


armazenamento em câmaras de empréstimo,
registo e transporte das amostras até ao
laboratório para serem sujeitas a ensaio

721 Ensaios granulométricos do material colhido nas UN X X X


pilhas de armazenamento

722 Ensaios de Plasticidade: Limites de Atterberg UN X X X

723 Determinação do peso específico dos grãos UN X X X

Ensaios de betão

730 Assentamento (‘Slump') em betão fresco UN X X X

731 Resistência à compressão de cubos de betão UN X X X

Ensaios de compactação

750 Método da garrafa de areia UN X X X

751 Ensaio de compactação em laboratório UN X X X

760 Ensaio DCP UN X X X

770 Ensaio CBR UN X X X

Ensaios do betume

780 Método de ensaio padrão para a penetração de UN X X X


materiais betuminosos

781 Método de ensaio padrão para o ponto de UN X X X


amolecimento para materiais betuminosos
(dispositivo de anel e bola)

Série 800 Manutenção

Limpeza

2
810 Corte de capim M X X

15
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

2
811 Corte de capim e limpeza de arbustos M X X

812 Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não M X X


revestidas

813 Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista M X X


revestidas

814 Limpeza de Aquedutos M X X

2
815 Limpeza de Pontes e Pontões M X X

Remoção de solos impróprios

3
816 40 m < DMT < 100 m M X X

3
817 100 m ≤ DMT < 200 m M X X

3
818 200 m ≤ DMT < 500 m M X X

3
819 DMT ≥ 500 m M X X

Reparações e substituições

3
820 Reparações de elementos em madeira M X X

821 Substituição de elementos metálicos. Kg X X

3
822 Substituição do betão e pedra usando M X X
argamassa de cimento

823 Reparação de cascatas UN X X

3
824 Reparação de taludes M X X

Manutenção (pinturas)

825 Sinalização vertical UN X X

826 Marcos quilométricos UN X X

827 Barreiras de protecção M X X

2
828 Elementos metálicos M X X

Nivelamento da superfície da estrada


2
830 Passagem de niveladora M X X
2
831 Passagem de alisador de pneus M X X

16
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

2
832 Passagem de niveladora rebocável M X X
2
833 Reparação da plataforma (manualmente) M X X
2
834 Regularização, rega e compactação da M X
plataforma
2
835 Escarificação, regularização, rega e M X
compactação da plataforma

Recarga da faixa de rodagem ou das bermas


das estradas com solos estabilizados
mecanicamente
3
840 DMT 1 km: 0 a 2 km M X
3
841 DMT 3 km: 2 a 4 km M X
3
842 DMT 5 km: 4 a 6 km M X
3
843 DMT 7 km: 6 a 8 km M X
3
844 DMT 9 km: 8 a 10 km M X
3
845 DMT 12,5 km: 10 a 15 km M X
3
846 DMT 17,5 km: 15 a 20 km Mk X
m
3
847 Transporte a uma distância superior a 20 km Mk X
m

Selagem de fendas em pavimentos revestidos


2
850 Com Lama Asfáltica (< 3 mm) M X

851 Com Lama Asfáltica de Borracha (3 – 12 mm) M X

852 Com Lama Asfáltica/Lama Asfáltica com M X


Borracha

Tapamento de buracos em pavimentos


revestidos
3
860 Com mistura betuminosa a frio/quente M X
2
861 Com Revestimento Superficial Simples M X
2
862 Com Revestimento Superficial Duplo M X
3
863 Com Lama Asfáltica (< 10 mm de profundidade) M X

Reparação de rotura de bordos em pavimentos


revestidos
3
870 Mistura betuminosa (a frio) M X

17
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado

2
871 Revestimento superficial duplo M X

Reparação de pequenos defeitos superficiais em


pavimentos betuminosos
2
892 Tipo 2: Selagem com pó de pedra/areia (areia de M X
pedreira) para correcção de refluimento

Renovação de revestimentos betuminosos


2
893 Aplicação de Fog Spray M X
2
894 Aplicação de resselagem. Aplicação fog spray M X
(com diluição de SS60 ou MC30) seguida de
aplicação de camada de revestimento
(revestimento superficial simples)
3
Buraco89 Reparação e estabilização da (sub) base para M X
9 efeito de tapamento de buracos e reparação de
rotura das bordas.

Notas: MR – Manutenção de Rotina, MP – Manutenção periódica, UN – Unidade, Kg – Quilograma, L – Litros, M


2 3
– Metros lineares, M – Metros quadrados, M – Metros cúbicos, Ton – tonelada, Ton.km – Tonelada.quilómetro,
3
M km – Metro cúbico.quilómetro, VG – Valor Global (Lumpsum), SP – Soma Provisória (Provisional Sum).

18
4. Breve introdução sobre as Normas de Execução
1. Série 100: Preliminares e gerais
Esta série inclui as actividades relacionadas com a mobilização, a instalação do acampamento, a
contratação de seguros, os incentivos à promoção do emprego, a limpeza, e as actividades a
serem realizadas antes de se dar início aos movimentos de terras, tais como destronca e limpeza,
corte e remoção de árvores, etc.
2. Série 200: Drenagem
Esta série engloba as actividades associadas à construção de valetas, aquedutos, drifts
(passagens molhadas) e outras estruturas simples. Abrange também as obras de protecção
contra a erosão incluindo a colocação de alvenaria e gabiões.
3. Série 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento de saibro)
Esta série inclui as actividades de abertura e encerramento das câmaras de empréstimo, a
formação e colocação das camadas do pavimento, a melhoria das camadas com saibro e pedra
britada.
4. Série 400: Pavimento asfaltado e revestimento
Esta série abrange as actividades associadas à colocação de selagens betuminosas e não
betuminosas no pavimento rodoviário. O presente documento referente às normas de execução
contém algumas inovações no que se refere à selagem. Estas Normas de Execução baseiam-se
nas normas SATCC e outras, tais como as normas SABS e as British Standards. As inovações
foram desenvolvidas através dos trabalhos de pesquisa realizados em Moçambique e na Região.
Foram também elaboradas normas aplicáveis às selagens requerendo o uso de mão-de-obra
intensiva.
5. Série 500: Trabalhos Auxiliares
Esta série abrange as actividades envolvendo a colocação de marcos quilométricos, de
sinalização vertical e horizontal, a adopção de medidas de moderação do tráfego, etc.
6. Série 600: Estruturas
Esta série inclui as actividades associadas à construção de estruturas, tais como pontes, pontões
e drifts. Estes códigos abrangem a escavação de fundações, a colocação do betão, a fixação dos
varões de aço, etc.
7. Série 700: Ensaios e Controlo de Qualidade
Esta série abrange as actividades associadas aos ensaios (se necessário em laboratório) de
materiais, da qualidade e resistência do betão, ensaios de compactação, etc.
8. Série 800: Manutenção
Esta série inclui os trabalhos de reabilitação de rotina e periódicos e os trabalhos de melhoria
localizada, das estradas asfaltadas e não asfaltadas. Nesta série inclui-se também os trabalhos
de manutenção do sistema de drenagem como a limpeza e manutenção das estruturas.

19
5. Série 100 - Preliminares e Gerais

Actividade: Mobilização da Obra Código: 110


Código de SATCC 1300 e 1400
referência:
Utilização: Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na construção do estaleiro do
Empreiteiro na obra, na mobilização de equipamento e no recrutamento dos trabalhadores.
Tarefas  A construção de acomodação para o quadro do pessoal do Empreiteiro afecto na obra;
incluídas:  Latrinas, casas de banho e infra-estruturas sociais;
 Provisão de água potável para o pessoal do Empreiteiro e outros trabalhadores na
obra;
 Provisão de equipamento de higiene e segurança para o pessoal do Empreiteiro e
outros trabalhadores na obra;
 Construção de escritórios, laboratórios, oficinas e armazéns;
 Provisão de ferramentas e equipamentos;
 Transporte para o local da obra dos recursos necessários;
 Recrutamento dos trabalhadores eventuais em coordenação com as autoridades
administrativas, autoridades tradicionais e a comunidade;
 Quaisquer mudanças do local do acampamento que sejam necessárias durante o
Contrato;
 Manutenção de instalações e facilidades no acampamento durante a execução de
obras.
Normas:  A localização do acampamento deve ser aprovada pelo Fiscal e pelas autoridades
locais;
 Devem ser construídas:
1) Casas condignas para a habitação do quadro do pessoal do Empreiteiro;
2) Casas de banho e latrinas melhoradas - uma casa de banho para cada 6
trabalhadores residentes no acampamento;
3) Alpendres ou um centro social;
4) Escritórios (com mesas e cadeiras), oficinas e armazéns para ferramentas e peças;
5) Local para armazenamento de combustível a pelo menos 30 m de distância das
casas.
 Existência dum depósito de água potável com capacidade mínima de 1000 litros;
 O quadro de pessoal apresentado pelo Empreiteiro deve estar colocado na obra a
realizar as suas actividades;
 A mobilização na obra do equipamento alistado no contrato;
 A disponibilidade de ferramentas;
 O recrutamento deve ser feito em coordenação com o Administrador do Distrito e
autoridades tradicionais da zona para permitir o seguimento de um procedimento
transparente;
 Pelo menos 60% do pessoal da obra deve ser recrutado na comunidade local.
Materiais Todo material e equipamento devem ser aprovados pelo Fiscal.
O estaleiro poderá ser construído com materiais locais.
Medição  Valor Global (VG).
 Acampamento construído e a funcionar conforme as normas acima definidas incluindo
a disponibilidade do equipamento e pessoal minimamente necessário conforme
indicado no contrato.
 Mede-se somente a construção do primeiro acampamento. Qualquer mudança do
acampamento fica ao custo do Empreiteiro e deve ser incluída nos seus preços
unitários.
 MDE
Pagamento  A primeira prestação, de 50% do valor global, a ser paga com o primeiro recibo, após o
Empreiteiro ter cumprido todas as obrigações referentes a esta secção e após o início
significativo das obras, de acordo com o programa aprovado.
 Uma segunda prestação, de 50% do valor global, a ser paga quando o valor das obras
realizadas tiver atingido metade do montante da proposta, excluindo-se eventuais
contingências e ajustamentos de preços, de acordo com os termos das Condições
Gerais do Contrato.
 Antes de se efectuar qualquer pagamento no âmbito deste código, o Empreiteiro deve
comprovar junto do Fiscal, que construiu no local instalações e estaleiro de construção
de boa qualidade, cujo valor excede o valor da primeira prestação.

20
Actividade: Desmobilização da obra Código: 111
Código de SATCC 1300 e 1400
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na demolição do estaleiro do
Empreiteiro na obra, a remoção de equipamento e a desvinculação dos trabalhadores
eventuais.
Tarefas  A demolição de casas, latrinas, casas de banho e infra-estruturas sociais que foram
incluídas construídas para o quadro do pessoal do Empreiteiro afecto na obra;
 A demolição do acampamento, oficinas e armazéns e a remoção de equipamento,
ferramentas, sucata, entulhos, lixo e solos contaminados;
 Transferência ou desvinculação dos trabalhadores eventuais;
 A limpeza e restituição da área do acampamento.
Normas  Deve ser removido do local do acampamento sem deixar rastos:
1) Todo material e entulho que resulta da demolição do estaleiro e acampamento;
2) Qualquer lixo ou terra contaminada por combustíveis, óleos, alcatrão ou outro
produto químico;
 A área do acampamento deve ser limpa e restituída à sua condição anterior para
cumprir com os requisitos ambientais estabelecidos;
 A transferência ou desvinculação deve ser feita em coordenação com o Administrador
do Distrito e autoridades tradicionais da zona.
Materiais Não aplicável
Medição  Valor Global (VG)
 Acampamento removido conforme as normas acima definidas.
 Mede-se somente a remoção do primeiro acampamento e a desmobilização do
equipamento e pessoal depois da recepção provisória da obra.
 MDE.

21
Actividade: Seguros Código:
Contra Responsabilidade Civil 120
Contra Acidentes de Trabalho 121
Código de SATCC 1302 c)
referência:
Utilização Utilizam-se estes códigos para pagar as duas apólices de seguro que o Empreiteiro deve
subscrever para assegurar o cumprimento das Condições Gerais do Contrato,
particularmente no que se refere aos seguros e garantias exigidas e às suas obrigações
gerais perante o público e a entidade empregadora. Deve estar em conformidade com
todos os regulamentos emitidos pelas autoridades responsáveis.
Tarefas Todas as despesas ligadas à compra das apólices de seguro, e à sua prorrogação, caso
incluídas seja necessário.
Normas:  O seguro deve incluir os riscos indicados nas Condições Gerais e Especiais do
Contrato (Dados do Contrato);
 A empresa de seguros deve ser registada e funcionar em Moçambique;
 O valor de seguro deve ser de acordo com os Dados do Contrato;
 Os seguros devem ser válidos durante os períodos indicados nas Condições Gerais e
Especiais do Contrato;
 Os custos da prorrogação das apólices serão reembolsados em relação ao valor inicial
e à duração da extensão, excepto nos casos em que o motivo da extensão do contrato
seja da responsabilidade do Empreiteiro.
Materiais Não aplicável
Medição  Valor Mensal.
 Pagamento mediante a emissão das apólices de seguro, válidas para a duração do
contrato, e a emissão dos respectivos recibos.
 MDE

22
Actividade: Desminagem Código:
Verificação do Nível de Risco de Minas 130
Desminagem na área da obra 131
Código de
Referência
Utilização Define-se como a responsabilidade do Empreiteiro, garantir condições de segurança para a
sua força de trabalho durante a execução da obra. Utiliza-se este código para todas as
actividades necessárias para cumprir com esta obrigação em relação a engenhos
explosivos.
Tarefas  Consulta às comunidades e autoridades locais, às polícias e militares para determinar
incluídas: o nível do risco existente na área da obra;
 Formação da força de trabalho nos cuidados a tomar em evitar acidentes que resultam
de engenhos explosivos;
 Actividades de desminagem necessárias quer no início quer durante a execução da
obra;
 Desminagem de áreas de trabalho indicadas como zonas de elevado risco;
 Tratamento de engenhos explosivos suspeitos ou descobertos na obra, ao longo da
sua execução.
Normas  O Empreiteiro deve mostrar que fez os inquéritos necessários para determinar o nível
do risco de minas e outros engenhos explosivos na área da obra;
 Cada trabalhador deve beneficiar duma palestra sobre os riscos que as minas
apresentam e como evitá-los;
 Qualquer área usada pelos trabalhadores durante a execução da obra deve ser livre de
risco elevado de minas;
 Define-se uma área “livre de risco elevado de minas” como:
1) Uma área que beneficiou no passado de desminagem por uma entidade
reconhecida;
2) Uma área para qual as autoridades ou a população local tem informação sobre a
não existência de minas;
 Caso existam áreas da obra que não sejam denominadas 'livre de elevado risco', o
Empreiteiro deve contratar uma entidade para executar a desminagem destas áreas;
 Qualquer área de “risco elevado de minas” deve ser devidamente marcada e
assinalada para prevenir a entrada de pessoas;
 A entidade que executa qualquer trabalho de desminagem deve ter a aprovação do
Programa Nacional de Desminagem, para tal efeito;
 Os procedimentos de desminagem devem sempre seguir as recomendações do
Programa Nacional de Desminagem;
 Os métodos adoptados para a desminagem devem ser apropriados para o terreno e o
tipo de mina esperada;
 O Empreiteiro é responsável pela remoção de minas em toda a extensão da obra,
denominada área livre de elevado risco ou não.
Materiais Não aplicável
Medição Código 121
 Valor Global (VG).
 Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
risco.
 MDE

Código 122
2
 m
 Mede-se a área de estrada e câmaras de empréstimo com risco elevado de minas
declaradas livres de minas depois do trabalho de desminagem necessário executado
conforme as normas acima referidas.
 MDE

23
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código: 140
Incentivar o recrutamento das trabalhadoras femininas
Código de
Referência
Utilização No âmbito do programa de redução da pobreza, é política do Governo encorajar a
participação da mulher no sector de estradas.
O objectivo deste código é de incentivar o Empreiteiro a tomar medidas para assegurar que
aquelas mulheres que queiram, tenham acesso às oportunidades de emprego durante a
manutenção e reabilitação de estradas.
Quando a proporção das mulheres dentro da força do trabalho for superior a 25%
(percentagem mínima da participação feminina), o valor da situação de trabalho é
aumentado, em relação à proporção de mulheres a trabalhar.
Tarefas  Actividades de sensibilização e comunicação junto às autoridades e às comunidades
incluídas locais com o objectivo de encorajar a participação de mulheres;
 A utilização de métodos de recrutamento aprovados pelo Contratante e que facilitem a
contratação de mulheres;
 Medidas necessárias para evitar a discriminação e a prática de assédio sexual contra as
trabalhadoras femininas.
Normas  Deve ser feita uma campanha de informação para avisar as populações ao longo da
estrada que existem vagas na obra tanto para mulheres como para homens;
 O processo de recrutamento deve privilegiar a inscrição de mulheres, até se atingir a
percentagem desejada;
 Homens e mulheres devem ter o mesmo acesso à informação sobre as oportunidades
de emprego e devem ser tratados de igual forma no processo de recrutamento;
 O Empreiteiro não fará nenhum tipo de discriminação salarial com base no género;
 Deve existir um conselho com representantes dos trabalhadores do contratante bem
como dos trabalhadores eventuais para a resolução de qualquer disputa no trabalho.
Materiais Não Aplicável
Medição  Soma Provisória (SP)
 Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
participação feminina através de folhas salariais dos trabalhadores efectivos.
 A percentagem de mulheres na força do trabalho calcula-se do seguinte modo com
base nos dias trabalhados pelos homens e mulheres durante o mês:
(Número de trabalhadores eventuais femininos no mês) x 100% dividido pelo (Número
total de trabalhadores dias eventuais no mês: Mulheres + Homens), Tabela 5.1
 MDE

Tabela 5.1: Aumento do valor dos trabalhos pelo emprego de mulheres

% de mulheres acima da %
% de aumento do valor dos
mínima da participação feminina
trabalhos
no mês
<25% 0%
25 - <35% 0,5%
35 - < 40% 1,0%
45 - < 45% 1,5%
>45 % 2,0%

24
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código:
Incentivar o recrutamento de trabalhadores locais 141
Código de
referência
Utilização No âmbito do programa de redução da pobreza, é política do Governo, encorajar a criação
de oportunidades de emprego para a população local no sector de estradas.
O objectivo deste código é o de incentivar o Empreiteiro a recrutar trabalhadores que
moram nas comunidades perto do local da obra e a utilizar métodos de uso intensivo de
mão-de-obra, para aumentar o número de postos de trabalho disponíveis e,
simultaneamente, adoptar técnicas de trabalho apropriadas e eficazes.
O valor do contrato de trabalho deve ser aumentado, proporcionalmente ao montante
indicado na folha de pagamento para os trabalhadores eventuais em função dos trabalhos.
Tarefas  Actividades de sensibilização e comunicação junto às autoridades e às comunidades
incluídas locais para permitir o recrutamento de mão-de-obra das comunidades locais;
 A utilização de métodos de recrutamento aprovados pela Direcção Provincial das
Obras Públicas e Habitação que facilitem a contratação de trabalhadores locais,
trocando a força de trabalho conforme o progresso da obra, duma comunidade a outra;
 O uso de técnicas construtivas baseados no uso intensivo de mão-de-obra,
promovendo assim a criação de oportunidades de emprego.
Normas  Deve ser feita uma campanha de informação para avisar as comunidades ao longo da
estrada de que existem oportunidades de emprego na obra para a população local;
 Devem ser feitos contactos junto das autoridades e comunidades locais para acordar
procedimentos transparentes para a escolha e recrutamento de trabalhadores,
privilegiando os mais pobres;
 O processo de recrutamento e desmobilização dos trabalhadores eventuais deve ser
contínuo, acompanhando o progresso da obra, para evitar a necessidade dos
trabalhadores eventuais terem que viver em acampamentos na obra;
 O Empreiteiro deve ter uma equipa de supervisão formada e experiente nas técnicas
de uso intensivo de mão-de-obra.
Materiais Não aplicável
Medição  Soma provisória (SP)
 Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
participação local através de folhas salariais dos trabalhadores efectivos.
 O valor da situação de trabalho é aumentado pelas percentagens definidas em baixo,
em relação à proporção do valor da folha de salários relativa à situação de trabalho do
mês em causa. A proporção da situação do trabalho utilizado para salários calcula-se
do seguinte modo:
 (Valor de folha de salário do mês X para os trabalhadores eventuais) x 100% dividido
pelo (Valor da situação de trabalho do mês X, sem o IVA).
Aplica-se a percentagem quando os requisitos das normas foram cumpridos, Tabela
5.2.
 MDE

Tabela 5.2: Aumento do valor dos trabalhos pelo emprego de mão-de-obra


local

% do valor dos trabalhos


% de aumento do valor dos
utilizada para pagar salários aos
trabalhos no mês
trabalhadores locais no mês
<25% 0%
25 - <35% 0,5%
35 - < 40% 1,0%
45 - < 45% 1,5%
>45 % 2,0%

25
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código:
Programa de Combate ao HIV/SIDA 142
Código de
referência
Utilização O objectivo principal do programa de HIV/SIDA para as estradas terciárias é a redução da
transmissão do HIV na zona de influência da estrada, através da implementação de
actividades de prevenção dirigidas a todos os trabalhadores da estrada, assim como às
comunidades locais, e reduzir o impacto da epidemia na mesma zona.
Tarefas  Contratação duma instituição ou pessoa especializada na prestação de serviços na
incluídas área do HIV/SIDA para os trabalhadores e comunidades ao longo da estrada.
 Estigma, discriminação e confidencialidade: A redução do estigma e da discriminação
relativamente ao HIV/SIDA deverá estar presente em todas as actividades do
programa, a todos os níveis. Por isso, deverá ser um tópico constante a ser referido
em cada uma das actividades a desenvolver;
 Prevenção e redução do impacto: O programa deve incluir actividades de prevenção,
assim como iniciativas destinadas à redução do impacto da epidemia;
 As actividades de prevenção devem incluir:
1) Distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos (10 por mês por
trabalhador, em média). Os preservativos devem também ser colocados em locais de
maior concentração dos trabalhadores e de fácil acesso e distribuídos a cada
trabalhador no dia de pagamento dos salários;
2) Intervenções para a mudança de comportamento através de:
o Distribuição de materiais promocionais;
o Formação de educadores de pares no seio dos trabalhadores e activistas
comunitários;
o Discussões em pequenos grupos;
o Sessões de teatro, vídeo e palestras;
o Eventos promocionais como jogos de futebol;
o Painéis publicitários contendo mensagens sobre o HIV e SIDA, para serem
afixados ao longo da estrada
3) Diagnóstico e Tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ITS);
4) Aconselhamento e testes voluntários;
5) Facilitar o acesso dos trabalhadores infectados e afectados, e respectivas famílias
aos serviços de apoio psicossocial e de saúde (incluindo prevenção e tratamento de
infecções oportunistas);
 A instituição Contratada deve disponibilizar tempo para realização das actividades,
pelo menos duas horas por mês dentro do horário de trabalho;
 A instituição Contratada deve trabalhar em estreita ligação com a organização
implementadora, de modo a apoiar a implementação das actividades;
Normas  A instituição contratada para prestar os serviços deve traçar um plano de trabalho, e
seguir as orientações do Gabinete de HIV e SIDA da ANE, devendo depois este ser
aprovado por Fiscal. Esta instituição deve trabalhar em estreita colaboração com este
Gabinete e com o Núcleo Provincial de Combate ao SIDA;
 A quantidade e o tipo de actividades a ser implementada, dependerá da duração dos
trabalhos das estradas e do número de trabalhadores envolvidos;
 A instituição contratada deverá submeter relatórios mensais das actividades. Estes
relatórios deverão ser submetidos pelo Empreiteiro, junto com os relatórios mensais,
ao Fiscal;
 O programa de combate a HIV/SIDA será iniciado um mês depois do início das obras e
será estendido até à conclusão da obra (recepção provisória);
 São esperados os seguintes resultados da actividade:
o Todos os trabalhadores terem acesso gratuito ao preservativo;
o Todos os trabalhadores terem consciência da importância da prática do sexo
seguro, e conhecerem os métodos de prevenção das ITS e do HIV /SIDA;
o Todos os trabalhadores infectados e afectados serem aconselhados e
encaminhados para receber apoio e aconselhamento;
o Todos os trabalhadores terem conhecimento da Lei de protecção dos
trabalhadores vivendo com HIV/SIDA (5/2002, de 5 de Fevereiro), ver
actividades na Tabela 5.3.

26
Tabela 5.3: Actividades destinadas ao combate contra o HIV/SIDA

Actividade Quantidade

Preservativos masculinos por trabalhador 12 por mês


Preservativos femininos por trabalhadora 6 por mês
Sessões de teatro 1 vez por 6 meses
Sessões de vídeo 1 vez por 6 meses
Discussões em pequenos grupos 1 vez por 6 meses
Eventos promocionais 1 vez por 6 meses
Camisetas por trabalhador 2
Chapéus por trabalhador 2
Educação de casais 10
Cartazes por trabalhador 2
Folhetos por trabalhador 2
Painéis publicitários 2
Materiais  Todo material novo que será produzido e publicado deverá ser aprovado pelo Fiscal.
 Materiais promocionais como camisetas, chapéus, porta-chaves, autocolantes,
cartazes, folhetos e outro material impresso;
 Teatro e vídeos;
 Preservativos;
 Painéis publicitários.
Medição  Soma Provisória (SP)
 Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
actividades executadas (relatórios mensais e recibos de pagamento).
 A proposta financeira deve incluir custos relacionados com o programa de combate ao
HIV/SIDA em conformidade com o mapa de medições e orçamento que constitui parte
desta secção.
 MDE

27
Actividade: Produção, colocação e retirada de painéis informativos da obra Código: 150
Código de SATCC 1207
referência
Utilização Estes painéis servem para informar os utentes da estrada e a comunidade local sobre a
obra em curso, incluindo o tipo de trabalho, o prazo e o orçamento do projecto, o nome da
Contratada, o nome do Fiscal e a origem do financiamento. Este código é utilizado para
quaisquer obras no sector das estradas seja manutenção, reabilitação, construção ou
melhoramento localizado.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego;
 Fornecimento, fabrico e pintura do painel e postes;
 Demarcação do local de colocação do painel;
 Escavações para as fundações de postes;
 Colocar e fixar o painel no local e endireitar verticalmente;
 Enchimento e compactação de solos nas fundações de postes;
 Remoção de vegetação que pode obstruir a visibilidade do painel;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Dentro dum período máximo de 14 dias após o auto de consignação da obra, a
Contratada deverá erguer os painéis informativos, ilustrados na secção de normas, da
obra, em cada uma das extremidades do troço. O painel deve ser colocado
perpendicular à estrada, do lado esquerdo do pavimento;
 O painel deve ser colocado a não mais de 10 metros da cada extremidade da obra;
 O painel deve ser legível, na frente e no verso;
 O painel deve ser colocado em locais aprovados pelo Fiscal e pelo menos a 1 metro de
distância a partir do talude exterior da valeta;
 O sinal deverá ser construído com folhas de aço planas de espessura de 0,6 mm,
largura de 2,2 m e altura de 2,7 m, sobre uma estrutura de madeira devidamente
tratada com produtos de impregnação;
 A tolerância máxima aceite para a largura e a altura da placa é de ±20 mm
 A tolerância máxima aceite para as dimensões das letras da placa é de ±5 mm;
 Os postes de madeira deverão ser seguramente enterrados no terreno com uma
profundidade mínima de 0,75 m;
 Os painéis deverão ser retirados num período máximo de 14 dias após a recepção
definitiva da obra.

O painel deve ter a seguinte legenda, adaptada para o Contrato em vigor:

Tabela 5.4: Painel de informação da obra

1)
REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE
GOVERNO DA PROVÍNCIA D_ ______________
DIRECÇÃO PROVINCIAL DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO DE
_______________
2) MANUTENÇÃO DE ROTINA/ MANUTENÇÃO PERIÓDICA/
MELHORAMENTOS LOCALIZADOS/ REABILITAÇÃO
DA ESTRADA _________________ À ______________________

3) FINANCIADOR 4___________________________
(Exemplo: FUNDO DE ESTRADAS)
5) FISCAL 6)_______________________________________

7) EMPREITEIRO 7)_______________________________________

8) CUSTO 8) DATA DE INÍCIO 8) DATA DE ENTREGA

 DIMENSÕES:
Painel Altura - 2,70 m
Largura - 2,20 m
Letras Altura - 10 cm

 LEGENDA
o 1, 2, 3, 4, 8 em fundo branco e letras a preto em tinta esmalte sobre uma

28
de subcapa
o 5,6 em fundo amarelo e letras a preto em tinta esmalte sobre uma de
subcapa
o 7 em cores da Empresa em tinta esmalte sobre uma de subcapa
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 Chapas de aço liso de espessura mínima de 0,6 mm;
 Tinta de esmalte e tinta de subcapa;
 Postes de madeira com diâmetro mínimo de 15 cm e impregnados com creosote ou um
produto de qualidade equivalente.
Medição  Unidade (UN)
 MDE

29
Actividade: Destronca e Limpeza Código:
40 m < DMT < 100 m 160
100 m ≤ DMT < 200 m 161
200 ≤ DMT < 500 m 162
DMT ≥ 500 m 163
Código de SATCC 1700
referência
Utilização O código de destronca e limpeza deve ser utilizado para trabalhos de remoção de material
vegetal que se encontra na faixa da estrada tais como:
o Árvores com tronco de diâmetro inferior a 30 cm;
o Arbustos, capim e raízes;
o Solos com componentes orgânicos até profundidade de 5 cm;
o Pedregulhos.
Utilizam-se os códigos 180, 181 e 182 para a remoção de solos impróprios com uma
profundidade maior do que 5 cm e os códigos 170 e 171 para a remoção de árvores com
diâmetro superior a 30 cm.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da área de trabalho (incluindo a colocação de estacas para a marcação
do alinhamento da estrada);
 Corte de arbustos e capim;
 Escavação de solos vegetais e raízes até à profundidade de 5 cm;
 Remoção de pedregulhos que se consegue escavar e quebrar a mão com uso de
ferramentas manuais;
 Remoção de material cortado / escavado para fora da faixa da estrada para um local
aprovado pelo Fiscal;
 Retirar a sinalização temporária;
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Executa-se destronca e limpeza na faixa da estrada, com extensão de 1,5 m para fora
dos taludes exteriores das valetas, ou mais se for indicado nos desenhos;
 Todo o material vegetal (arbustos, capim), pedregulhos e solos vegetais numa
profundidade de 5 cm e raízes devem ser removidos;
 Solos prejudiciais ao comportamento da futura estrada (gravilhas, areias, argila) devem
ser removidos;
 O material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 40 m
para fora da faixa de estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior á
20 cm;
 O material removido não deve ser queimado;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 As medições são feitas apenas na área onde foram removidos a vegetação e outros
materiais inadequados .
 MAE

30
Actividade: Corte e Remoção de Árvores Código:
30 cm < diâmetro < 70 cm 170
Diâmetro > 70 cm 171
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Esta actividade utiliza-se para o corte e remoção de todas as árvores que obstruem a faixa
de estrada como indicado pelo Fiscal. A escolha de código depende do diâmetro da árvore
a ser derrubada.
Este código utiliza-se também para a remoção de outras árvores fora da área da faixa de
estrada, com instruções do Fiscal, por se entender que as mesmas poderão interferir na
construção do sistema de drenagem da estrada ou por serem consideradas um perigo ao
serem deixadas por cortar.
Todas as actividades de reabilitação devem contar com aprovação e seguir a Directiva
Ambiental Para o Sector de Estradas.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Selecção e identificação de espécies de árvores que podem ser aproveitadas ou que
devem ser protegidas;
 Demarcação das árvores a cortar;
 Cortar e remover as árvores fora da faixa da estrada;
 Escavação e remoção dos troncos e raízes;
 Enchimento e compactação de solos nos buracos resultantes da escavação;
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Derrubar as árvores indicadas na zona de reserva da estrada, com uma especial
atenção à segurança de trabalhadores, população e bens materiais;
 Remover os troncos e raízes das árvores, colocando o material removido num local
conveniente até pelo menos 40 m para fora da faixa de estrada, após terem sido
cortados em pequenas dimensões;
 Não poderão ser cortadas as árvores que mesmo se encontrando na área de reserva,
se por qualquer motivo o Fiscal da obra der instruções para deixar (por ex. árvores de
valor especial);
 Encher os buracos deixados pela escavação de raízes e troncos com solos de
qualidade igual ou superior ao solo de base da estrada;
 Enchimento feito em camadas de 15 cm no máximo;
 Compactar cada camada de solo de aterro colocada, regando quando for necessário
para atingir o teor óptimo de humidade;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades;
Materiais Não aplicável
Medição  UN
 MAE

31
Actividade: Escavação e Remoção de Solos Impróprios Código:
40 m < DMT < 100 m 180
100 m < DMT < 200 m 181
200 ≤ DMT < 500 m 182
DMT ≥ 500 m 183
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código utiliza-se para a escavação e remoção da área da plataforma da estrada e das
valetas de todo o material não adequado para o seu uso na estrada devido a sua pobre
qualidade ou mesmo por estar em excesso para fazer um bom abaulamento.
Não se inclui neste código os primeiros 5 cm de escavação, que se incluem dentro do
código 160.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação dos limites de solos impróprios a serem escavados;
 Controlar o nível e a largura da escavação;
 Escavação de solos;
 Remoção, transporte e espalhamento do material escavado;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Remove-se somente os solos que podem:
1) Prejudicar o comportamento da futura estrada devido ao seu elevado
conteúdo de material orgânico, solos de terrenos pantanosos e mal
graduados ou;
2) Estar em excesso e resultar num alinhamento não desejado da plataforma
da estrada;
 Solos não prejudiciais ao comportamento da futura estrada não devem ser removidos;
 Devem ser removidos somente os solos que ficam dentro da área definida pela faixa
de rodagem e das valetas;
 O material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 40 m
para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior a
20 cm;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades;
Materiais  Não aplicável
3
Medição  m
 As medições são feitas no volume dos solos escavados.
 MAE

32
Actividade: Demolições e remoções Código:
Remoção e disposição de viaturas e outro lixo abandonado 190
Demolições de estruturas existentes 191
Código de
referência
Utilização O Código 190 é usado para a remoção e disposição de veículos, animais mortos e outros
tipos de lixo abandonados na área reservada da estrada.
O código 191 utiliza-se para a demolição de estruturas simples, de betão, betão armado,
pedra argamassada, metálicas ou de madeira.
Os códigos 191 e 192 são aplicáveis conforme as instruções do Fiscal.
Tarefas Código 190
incluídas  Colocar a sinalização temporária para segurança;
 Inspecção da área de reserva da estrada;
 Comunicar irregularidades aos proprietários;
 Remoção de viaturas e outro lixo abandonado, incluindo solos contaminados (óleos,
etc.);
 Transporte e deposição do lixo, nos locais aprovados pelo Fiscal;
 Limpeza e regularização do terreno onde foram retiradas as viaturas e/ou outro lixo
abandonado;
 Retirar a sinalização temporária;
Código 191
 Colocar a sinalização temporária para segurança;
 Definição dos procedimentos a serem seguidos para a demolição da estrutura com
base numa avaliação da sua estabilidade estrutural;
 Demolição da estrutura;
 Carregamento, transporte e deposição de entulho nos locais aprovados pelo Fiscal;
 Limpeza e regularização do terreno onde foi demolida e removida a estrutura;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Código 190
 Identificação dos proprietários das viaturas, animais mortos e outro lixo que deverá ser
removido da área reservada da estrada;
 Caso se identifique o proprietário preparar aviso por escrito através das autoridades
locais com prazo para a sua remoção;
 No caso de não existir proprietário ou de este não cumprir com o aviso de prazo de
remoção, deve ser dada continuidade aos trabalhos;
 Deve ser colocada uma sinalização temporária para garantir a segurança rodoviária;
 Protecção dos trabalhadores com roupas de protecção, como capacetes, óculos de
segurança para protecção dos olhos, botas, luvas e fato-macaco;
 Remoção de viaturas e outro lixo abandonado, incluindo solos contaminados (óleos,
etc.);
Código 191
 As obras de demolição somente poderão ser autorizadas após a instalação de novos
dispositivos em substituição daqueles que serão removidos, ou de dispositivos
provisórios que possam assegurar a circulação sem risco de interrupção do tráfego;
 Os trabalhadores devem usar roupa de protecção como capacetes, óculos de
protecção, botas, luvas e fatos-macaco;
 Removem-se somente os itens indicados pelo Fiscal através da instrução de trabalho;
 Os objectos e material removidos devem ser transportados seguramente e depositados
num local a pelo menos 40 m da estrada, espalhados numa camada com uma
espessura inferior a 20 cm;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN (código 190 Remoção e disposição de viaturas e outro lixo abandonados num local
indicado pelo Fiscal)
 Uma viatura removida é considerada uma unidade de medição;
3
 Uma carrada de 5 m de lixo é considerada uma unidade de medição;
 MAE
3
 m (código 191 Demolição de estruturas existentes);
 Mede-se o volume de entulho demolido, transportado e depositado em local indicado
pelo Fiscal.
 MAE

33
6. Series 200 - Drenagem
A drenagem é um dos aspectos mais importantes da construção de estradas; a água é o inimigo. Esta secção
trata da construção das estruturas de drenagem e das obras de protecção. A drenagem de uma estrada pode ser
efectuada de duas formas:

1 – Drenagem superficial – correspondendo à drenagem das águas superficiais incluindo o escoamento a partir
do terreno envolvente e da faixa de rodagem. As águas superficiais e os volumes de descarga dependem da
área de captação e da quantidade e intensidade pluviométricas.

2 – Drenagem subterrânea – resulta do caudal de um lençol de água e de caudais subterrâneos particularmente


em escavações. A humidade subterrânea tem tendência para humidificar a camada de base, afectando a
interface entre a camada de base e a camada superior causando laminação.

O dimensionamento da estrutura de drenagem depende da quantidade de água que se destina a acomodar. Esta
depende da chuvada de projecto, que por sua vez depende do nível de segurança a ser empregue para cada
estrutura. A chuvada mais severa que ocorre, uma vez a cada 50 anos (designada por chuvada com um período
de retorno de 50 anos) é muito mais severa que a pior chuvada que ocorre, por exemplo, a cada 5 anos. Uma
vez que a chuvada de projecto é muito mais severa, a quantidade de água é maior e os custos de construção de
estruturas de drenagem para tais chuvadas são consideravelmente superiores. Contudo, o grau de segurança é
também muito maior se a chuvada de projecto tiver como base uma chuvada de 50 anos do que uma chuvada
de 5 anos. As chuvadas com períodos de retorno longos (em média) são utilizadas nos casos em que apenas se
tolera um pequeno risco de ruptura. Ou seja, no caso de estruturas dispendiosas tais como pontes com um vão
longo e estruturas em estradas com elevado volume de tráfego ou em estradas principais. Por outro lado, pode
admitir-se um risco muito maior para os drifts situados em estradas com baixo volume de tráfego, por exemplo,
uma vez que mesmo que o drift extravase, as consequências para o tráfego são menos severas e as reparações
são relativamente baratas, deste modo, utilizam-se períodos de chuvada mais curtos, reduzindo-se os custos
associados. Assim, a solução de compromisso reside na escolha entre factores de segurança reduzidos e custos
iniciais mais baixos para as estruturas situadas em estradas com baixo volume de tráfego, cuja reparação é
relativamente barata e em factores de segurança elevada com elevados custos para estruturas dispendiosas ou
estruturas situadas em estradas com elevado volume de tráfego, ou ambas. O cálculo do caudal de água para
todas estas situações situa-se dentro do âmbito da hidrologia. O projecto das estruturas exige por vezes
conhecimentos de hidráulica mas, felizmente, no caso das estradas com baixo volume de tráfego, os
conhecimentos de hidráulica necessários não são muito aprofundados.

6.1 Hidrologia
Os seguintes métodos são muito úteis para o cálculo do caudal máximo num curso de água:
1. Observação directa das dimensões do curso de água, erosão e material transportado presente nas
margens, historial e conhecimento local;
2. O método racional;
3. O método SCS.
Poderá ser obtida uma maior fiabilidade através do cálculo do caudal utilizando todos os métodos acima listados
e adoptando o resultado mais conservador.

34
6.1.1 Método de Observação Directa
Este método proporciona uma abordagem prática ao cálculo do caudal. É particularmente útil nos casos em que
não existam nenhuns dados ou que estes não estejam rapidamente disponíveis. A área do perfil transversal do
curso de água é medida, sendo estabelecida uma área da secção das aberturas da estrutura igual à do curso de
água. Se o período de retorno do caudal máximo for muito maior do que aquele para o qual a estrutura está a ser
dimensionada poderá ser usado um valor de referência associado ao nível de água mais elevado estimado com
base na erosão lateral das margens ou nos materiais retidos nos ramos das árvores. A área do perfil transversal
do curso de água até este nível é calculada e dimensiona-se uma estrutura com igual secção. Os residentes
locais poderão oferecer informações úteis acerca do historial dos níveis de caudal observados durante a
ocorrência de determinadas cheias.
Juntamente com esta abordagem, as estruturas localizadas na proximidade que anteriormente demonstraram um
bom desempenho, sem rotura ou galgamento, poderão ser replicadas. Isto é particularmente útil para o cálculo
das passagens hidráulicas.
6.1.2 O método racional
O caudal de água num canal, q, é calculado com base na seguinte equação.
3
q = 0,278 x C x I x A (m /s) Equação 2.1
em que:
C = coeficiente de escoamento
I = intensidade de precipitação (mm/hora)
2
A = área da bacia (km )
O coeficiente de escoamento, C, é obtido com base na Tabela 6.1.

Tabela 6.1: Coeficiente de escoamento, C, do método racional

Permeabilidade do solo
Inclinação média do Muito baixa
terreno Baixa Média Elevada
(rocha e argilas
(argila siltosa) (areia siltosa) (areia e cascalho)
duras)
Plano 0-1% 0,55 0,40 0,20 0,05
Pouco inclinado 1-4% 0,75 0,55 0,35 0,20
Inclinado 4-10% 0,85 0,65 0,45 0,30
Muito inclinado > 10% 0,95 0,75 0,55 0,40

A intensidade de precipitação (I) é obtida com base nas curvas de Intensidade-Duração-Frequência (IDF) ou
pode ser calculada com base na precipitação diária assumindo uma chuvada com duração de 3 horas.

O método Racional constitui a abordagem mais utilizada.


6.1.3 O método SCS
Este método desenvolvido pelos Serviços Americanos para a Conservação do Solo (American Soil Conservation
Service), é por vezes utilizado porque não exige curvas de Intensidade-Duração-Frequência. Contudo, apesar de
ser mais versátil e potencialmente mais preciso do que o Método Racional, é considerado como demasiado
complexo para as estradas com baixo volume de tráfego.

6.2 Aspectos hidráulicos


Escoamento com superfície livre

35
Considera-se que o escoamento com superfície livre em canais ocorre nas zonas onde é possível identificar
perfis e secções de escoamento ou em zonas onde os canais são visíveis em fotografias aéreas, ou onde é
possível observar linhas azuis (indicando cursos de água) nos mapas topográficos (1:50.000). A velocidade
média de escoamento é normalmente determinada para a cota máxima das margens. A fórmula de Manning e a
informação do perfil da superfície da água poderão ser utilizadas para o cálculo da velocidade média de
escoamento. Nos casos em que o perfil do canal e o coeficiente de rugosidade (n da Fórmula de Manning)
estejam disponíveis, a velocidade poderá ser calculada com base na Equação de Manning:
2/3 1/2
V = (R ∙S )/n Equação 2.2
Em que:
V = velocidade média, m/s
R = raio hidráulico, m (igual a a/Pw)
2
a = área do perfil transversal de escoamento, m
Pw = perímetro hidráulico, m
S = inclinação da linha de água, m/m
n = coeficiente de rugosidade de Manning apresentado no Tabela 6.2.

Tabela 6.2: Coeficiente de rugosidade de Manning

1
Superfície n
Superfícies lisas: betão, asfalto, gravilha ou solo descoberto 0,011
Pousio (sem resíduos) 0,05
Solos cultivados
Cobertura < 20% 0,06
Cobertura > 20% 0,17
Relvados pouco densos 0,15
Relvados densos 0,24
Variação 0,13
1
Florestas
Vegetação rasteira pouco densa 0,4
Vegetação rasteira densa 0,8
Nota 1: Considerar um coberto de 30 mm de espessura. Esta é a única parte
do coberto que afecta o escoamento superficial

Os detalhes são apresentados nos manuais de projecto. Esta abordagem poderá ser utilizada para a verificação
da aptidão ao uso das estruturas de drenagem antes da construção.

A construção das obras de drenagem comporta os seguintes pontos:


1. Construção de valetas, sanjas e valas, incluindo valas de saída para aquedutos (Foto 6.1), poços de
captação e dissipadores de energia.
2. A construção da drenagem também inclui as obras de protecção, tais como o revestimento dos drenos,
a construção dos gabiões, a plantação de vegetação (relva vetiver e árvores), etc.
3. Os materiais utilizados para a construção do revestimento das valas podem incluir o betão, a alvenaria
de pedra, a pedra arrumada à mão ou a alvenaria seca.

36
No Anexo incluem-se os desenhos das estruturas de drenagem.

Foto 6.1: Valetas despejando em sanjas

37
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valetas 210
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e escavação de valetas nos lados da estrada durante
a sua construção e reabilitação. O solo escavado utiliza-se para a construção da plataforma
e do abaulamento da estrada. A valeta tem a função de recolher a água que escorre da
plataforma da estrada e transportá-la a um local seguro, fora da estrada.
Não é necessário construir uma valeta nos locais onde a inclinação natural do terreno e as
qualidades do solo permitem o escoamento e infiltração das águas para fora da faixa de
rodagem.
Para reduzir os efeitos de erosão nas valetas podem ser colocadas cascatas (códigos 290
a 293).
Caso a inclinação da valeta seja maior que 5 %, então a valeta pode ser revestida em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas medidas depende da
inclinação da valeta e tipo de solos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Localização de valetas em conjunto com o Fiscal;
 Demarcação das dimensões e inclinações da valeta a ser escavada;
 Marcação de tarefas para a escavação;
 Escavação da valeta e alisamento do seu leito e taludes;
 Deitar o material escavado da valeta na plataforma de modo a facilitar a construção do
abaulamento;
 Remoção dos solos em excesso para obter a geometria final;
 Controle da forma, profundidade e inclinação da valeta escavada;
 Construção de aterro de derivação ou deve-se deixar um intervalo de 5 m depois de
cada sanja e o inicio da próxima secção da valeta, para garantir o escoamento de água
na valeta para a sanja;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O perfil da valeta deve ser escavado conforme os desenhos de projecto e livre de
quaisquer irregularidades;
 O tamanho das valetas poderá ser aumentado onde o escoamento previsto justifique
valetas suficientemente largas ou onde for necessário aumentar o material retirado das
valetas para produzir o abaulamento;
 Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontrem dentro do perfil da valeta;
 No princípio o leito da valeta deve ter uma inclinação mínima de 1 % e a máxima de 3
%, no entanto, nas zonas onduladas e montanhosas poderá considerar-se uma
inclinação superior a 3 % mas sempre acompanhado de cascatas (vide código 290 a
293). Nas zonas montanhosas com solos erodíveis deve-se revestir a valeta em
conformidade com as instruções do Fiscal (vide código 230 a 231);
 O perfil da valeta deve ser controlado de acordo com normas existentes ou com as
especificações de projecto, assim como a sua inclinação;
 As inclinações das valetas devem ser concebidas para permitir uma saída para as
águas que ali correm. Tais saídas podem ser uma sanja, uma linha de água, ou um
aqueduto;
 O material proveniente da escavação das valetas deverá ser depositado na plataforma
da estrada, se for de qualidade adequada. No caso de solos impróprios, estes devem
ser depositados fora do talude exterior da valeta e espalhados numa camada não
superior a 15 cm, ou transportados para longe do local.
Materiais Não aplicável
3
Medição  m
 Mede-se o volume da valeta escavada.
 MDE

38
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Sanjas 211
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e escavação de sanjas. A sanja tem a função de
recolher a água que escorre das valetas e transportá-la para longe da estrada.
Para reduzir os efeitos de erosão na sanja, podem ser colocadas cascatas (códigos 290 a
293).
Caso a inclinação da sanja seja maior que 5 %, pode ser necessário revestir a sanja em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas opções depende da
inclinação da sanja e tipo de solos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Localização da saída de sanja em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
 Demarcação das dimensões e inclinação da sanja a ser escavada;
 Marcação de tarefas para a escavação;
 Escavação da sanja e alisamento do seu leito e taludes;
 Remoção de solos impróprios;
 Controlo da forma, profundidade e inclinação da sanja escavada;
 Utilizar o material escavado da sanja para criar um aterro de derivação que conduz a
água da valeta lateral para a sanja;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 As sanjas devem ser construídas com intervalos regulares para permitir a descarga de
águas provenientes da valeta. Colocam-se as sanjas ao longo da valeta com um
afastamento conforme a Tabela 6.3;

Tabela 6.3: Espaçamento entre sanjas

O espaçamento entre sanjas


Inclinação do leito da valeta
não deve exceder
Até 4 % 200 m
Entre 4 e 6 % 160 m
Entre 6 e 8 % 120 m
Entre 8 e 10 % 80 m
Entre 10 e 12 % 40 m

 O perfil da sanja deve ser escavado conforme o desenho-tipo, e livre de quaisquer


irregularidades.
 O tamanho das sanjas poderá ser aumentado onde as chuvas antecipadas justifiquem
sanjas suficientemente largas, i.e, o perfil transversal da sanja deve ser maior que o
perfil transversal da valeta;
 Deve-se aumentar o perfil transversal da sanja na extremidade a jusante para permitir
o fácil espalhamento da água;
 O ângulo entre a sanja e a valeta deve estar entre 30 a 60º ou 90º nas zonas planas.
Ver Foto 6.2;
 O leito da sanja deve ter uma inclinação mínima de 2 %, e deve ser concebido de tal
modo que a profundidade da sanja na sua montante seja igual à profundidade da
valeta. A inclinação do leito deve ser uniforme;
 O perfil da sanja deve ser controlado com um gabarito de secção de sanja e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica ou um nível automático.
 A sanja pode ser construída de acordo com três formas de descarga:
1) Descarga superficial no terreno existente;
2) Descarga numa linha de água;
3) Descarga num poço de infiltração.
 De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou numa linha de água;
 Caso a sanja descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da sanja deve
coincidir com o nível do terreno natural;
 Evitar descargas de água em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-se proteger
a área de descarga, conforme os códigos 250;

39
 Caso a descarga da sanja seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição da sanja com o proprietário do terreno;
 Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontrem dentro do perfil da
sanja;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
3
Medição  m
 As medições são feitas do volume da escavação.
 MDE

Foto 6.2: Sanja correctamente construída

40
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valas de Crista 212
Código de
referencia:
Utilização Este código utiliza-se para a escavação de valas de crista na margem superior dos taludes
ao longo da estrada, para prevenir a erosão dos taludes (em escavação) e reduzir o caudal
que entra nas valetas laterais.
Para reduzir os efeitos de erosão nas valas podem ser colocadas cascatas (códigos 290 a
293).
Caso a inclinação da vala seja maior que 5 %, então a vala pode ser revestida em betão ou
pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas medidas depende da inclinação
da vala e tipo de solos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Localização da saída de vala em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
 Demarcação das dimensões e inclinação da vala a ser escavada;
 Marcação de tarefas para a escavação;
 Escavação de vala;
 Controlo da forma, profundidade e inclinação da vala;
 Deitar o material escavado da vala num local afastado para evitar que caia nas valas
ou seja arrastado para as mesmas;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O perfil da vala deve ser escavado conforme o desenho tipo, e livre de quaisquer
irregularidades;
 Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontram dentro do perfil da vala;
 O material proveniente da escavação da vala deverá ser depositado na plataforma da
estrada ou entre a vala e o talude;
 O leito da vala deve ter uma inclinação mínima de 1 %;
 O perfil da vala de crista deve ser controlado com um gabarito de secção de vala e a
sua inclinação com um nível automático ou de bolha e fita métrica;
 A inclinação da vala deve ser concebida de forma a permitir a saída das águas que ali
correm. Tais saídas podem ser:
1) Descarga superficial no terreno existente,
2) Uma linha de água, ou
3) Um aqueduto.
 De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou numa linha de água;
 Caso a vala descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da vala deve
coincidir com o nível do terreno natural;
 Evite descargas de água em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-se proteger a
área de descarga com vegetação (código 250), pedra arrumada à mão ou pedra
argamassada;
 Caso a descarga da vala seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a posição
de vala com o proprietário do terreno;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
3
Medição  m
 Mede-se o volume da vala escavada.
 MDE

41
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valas de Saída de Aquedutos 213
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e regularização de valas não revestidas de saída dos
aquedutos. A vala de saída tem a função de recolher a água que escorre do aqueduto e
transportá-la para longe da estrada.
Caso a inclinação da vala de saída seja maior que 5 %, então esta deve ser revestida em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 a 231). Saídas com inclinações superiores a 10
% necessitam duma atenção especial para prevenir a erosão, que pode incluir o uso de
dissipadores de energia.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Localização da saída de vala em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
 Demarcação das dimensões e inclinação da vala de saída a ser escavada;
 Marcação de tarefas para a escavação;
 Escavação da vala de saída e alisamento do seu leito e taludes;
 Controle da forma, profundidade e inclinação da vala de saída escavada;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As dimensões das estruturas de drenagem devem ser baseadas nos caudais, nas
características das zonas e no meio ambiente. A determinação do caudal é importante
para que a obra funcione;
 Deve ter-se em atenção que as dimensões na saída do aqueduto devem ser maiores
que a capacidade de vazão do mesmo para evitar retenção da água;
 O perfil da vala de saída deve ser escavado conforme o desenho tipo, e livre de
quaisquer irregularidades;
 O tamanho das valas de saída poderá ser aumentado mediante a instrução do Fiscal
onde as chuvas antecipadas justifiquem valas de saída suficientemente largas;
 O leito da vala de saída deve ter uma inclinação mínima de 2 %, e deve ser concebido
de tal modo que a profundidade da vala de saída na sua montante seja igual à
profundidade da saída do aqueduto. A inclinação do leito deve ser uniforme;
 As valas de saída podem ser construídas de acordo com duas formas de descarga:
1) Descarga superficial no terreno existente;
2) Descarga numa linha de água.
 De preferência, utiliza-se a descarga numa linha de água;
 Caso as valas de saída descarreguem no terreno natural, na sua jusante o leito da vala
de saída deve coincidir com o nível do terreno natural. No caso de descarga numa
linha de água, o leito da vala deve coincidir com o leito da linha de água;
 A extremidade a jusante da vala de saída deve ser alargada para dispersar a água de
modo a evitar erosão e a rentenção da água;
 Evitar descargas de água em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-se proteger a
área de descarga com vegetação de acordo com o código de protecção (Código 250),
com pedra arrumada à mão ou pedra argamassada;
 Caso a descarga da vala de saída seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar
a posição das valas de saída com o proprietário do terreno;
 A escavação do perfil da vala de saída deve ser controlada com um gabarito e a sua
inclinação com um nível automático ou de bolha e fita métrica;
 Todo o material excedente de escavação deve ser transportado e depositado para um
local pré-definido pelo Fiscal, cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para cursos de água, de modo a não causar assoreamento;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
Medição  m³
 Mede-se o volume da vala de saída do aqueduto que foi escavada.
 MDE

42
Actividade: Construção de aquedutos com manilhas pré-fabricadas, incluindo Código:
escavação, fundação e aterro

- Diâmetro 60 cm 220
- Diâmetro 75 cm 221
- Diâmetro 90 cm 222
- Diâmetro 120 cm 223
Código de SATCC 2200
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos com tubos de betão com uma
ou mais bocas. Estes códigos servem somente para o controlo de qualidade e pagamento
para escavação de trincheira, construção de fundação, instalação das manilhas conforme
o seu diâmetro interno, protecção das manilhas (em betão) e aterro. A construção de
muros de testa e ala, caixas e valas de saída são cobertas através dos seus respectivos
códigos 213, 230, 231 240, 241 e 242.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção de lajes e o
assentamento dos tubos;
 As actividades necessárias para desviar temporariamente qualquer fluxo de água e
manter as escavações livres de água;
 Escavação da trincheira para a construção da laje de fundação para os tubos;
 Compactação do fundo da trincheira;
 Controlo de nível e inclinação da escavação das lajes e dos tubos;
 Construção da laje de fundação em betão conforme indicado nos desenhos;
 Assentamento dos tubos do aqueduto na fundação, Foto 6.3;
 Colocação e compactação do betão na envolvente do aqueduto;
 Colocação de aterro de solo seleccionado ou saibro sobre o aqueduto e compactação
na densidade requerida (mínimo 93% Mod. AASHTO);
 Construção das lajes de protecção em betão conforme indicado nos desenhos;
 Limpeza da área em volta do aqueduto;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem, em
segurança, do tráfego na estrada, durante a colocação dos tubos do aqueduto;
 Recomenda-se em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar os tubos numa das metades da faixa de rodagem e
posteriormente na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem
interrupção;
 O aqueduto deve ser construído em conformidade com o desenho tipo;
 A inclinação e dimensões dos elementos devem ser controladas com um nível
automático ou de bolha e fita métrica.
 A inclinação transversal deve ser 1,5 – 3%.
 A tolerância máxima aceite para a espessura das manilhas é ± 5 mm, para a
inclinação é ± 0,5 % e para a espessura das lajes é ± 10 mm;
 Caso o aqueduto esteja numa linha de água, deve ser implantado para seguir o
alinhamento natural e inclinação da linha de água;
 Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua jusante o nível da saída
deve coincidir com o terreno natural;
 Caso a descarga do aqueduto seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição do aqueduto com o proprietário do terreno;
 A escavação da trincheira deve ter a largura e profundidade indicada no desenho;
 O fundo da trincheira deve ser compactado até uma densidade mínima de 93%
AASHTO Mod.;
 A laje de fundação para os tubos deve ser construída em betão conforme os códigos
640 a 643;
 As manilhas de betão devem ser manuseadas de tal modo a prevenir a sua
danificação e acidentes de trabalho e devem ser assentes adequadamente sobre a
fundação;
 As ligações entre as manilhas devem ser lisas e fechadas com argamassa para
permitir a livre passagem de água sem infiltrações;
 O aterro em volta das manilhas pode ser feito com o material escavado da trincheira
quando for de qualidade adequada ou em material granular ou em saibro, tudo

43
aprovado pelo Fiscal;
 Compactar o material de aterro em camadas de 10 cm uniformemente até 95% da
densidade modificada de AASHTO, evitando que haja mais do que uma camada de
diferença em altura entre o aterro nos dois lados de manilha;
 A compactação do aterro do aqueduto deve ser feita sem vibração para evitar
danificar o aqueduto;
 A laje de protecção deve ser construída conforme o projecto;
 O remanescente do aterro deve ser colocado em camadas de 15 cm com teor óptimo
de humidade e compactado até um mínimo de 95% da densidade modificada de
AASHTO;
 O revestimento em saibro, caso exista, deve ser reposto;
 Remover todo o material impróprio para fora da área de reserva da estrada;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Todos materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.

As manilhas pré-fabricadas de betão podem ser pré-fabricadas pelo Empreiteiro ou por


um fabricante/fornecedor:
1) Manilhas produzidas pelo Empreiteiro devem ser fabricadas com betão de
resistência de 25 MPa, e aprovadas pelo Fiscal;
2) Manilhas fornecidas por outro fabricante devem cumprir com a norma SABS 677
ou equivalente, e aprovadas pelo Fiscal;
3) Caso seja necessário reforçar a tubagem, deve ser feito com malha de aço (6 mm)
a toda a volta do tubo;
4) As manilhas de betão devem ser livres de defeitos prejudiciais à sua longevidade.
O betão das lajes de fundação e protecção deve ser preparado conforme os códigos 640
a 643.
Medição  m
 As medições são feitas de extensão da conduta.
 MDE

Colocação de manilhas de betão pré-fabricadas, incluindo colocação


de reforço para muros ala e muros de testa

Foto 6.3: Construção de aqueduto com manilhas pré-fabricadas

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Actividade: Construção de aquedutos de manilhas metálicas (ARMCO), incluindo Código:
escavação, fundação e aterro
- Diâmetro 80 cm 225
- Diâmetro 100 cm 226
- Diâmetro 120 cm 227
Código de SATCC 2200
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos com tubos metálicos com uma
ou mais entradas/saídas. Estes códigos servem somente para o controlo de qualidade e
pagamento para a escavação de trincheira, a colocação de fundação, a instalação dos
tubos (metálicos) e o aterro. A construção de muros de testa e ala, caixas e valas de saída
são cobertas através dos seus respectivos códigos 213, 230, 240, 241 e 242.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção de lajes e o
assentamento dos tubos;
 As actividades necessárias para desviar temporariamente qualquer fluxo de água e
manter as escavações livres de água;
 Escavação da trincheira para a construção da laje de fundação para os tubos;
 Compactação do fundo da trincheira;
 Controle de nível e da inclinação da escavação das lajes e dos tubos;
 Construção da laje de fundação em betão conforme indicado nos desenhos;
 Montagem das peças metálicas conforme as instruções do fornecedor;
 Assentamento dos tubos do aqueduto na fundação;
 Aterro e compactação com saibro ou outro solo aprovado, em volta e por cima do
aqueduto;
 Construção da laje de protecção em betão conforme indicado nos desenhos;
 Colocação, compactação e cura do betão;
 Colocação do aterro em saibro em cima da laje de protecção;
 Limpeza da área em volta do aqueduto
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem, em
segurança, do tráfego na estrada, durante a colocação dos tubos do aqueduto;
 Recomenda-se, em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar os tubos numa das metades da faixa de rodagem e posteriormente
na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem interrupção;
 O aqueduto deve ser construído em conformidade com o desenho tipo;
 A inclinação e dimensões dos elementos devem ser controladas com um nível
automático ou de bolha e fita métrica. A inclinação transversal deve ser 1,5 - 3 %;
 A tolerância deve ser ± 10 mm para a espessura da laje e ± 0,5% para a inclinação;
 Caso o aqueduto esteja sobre uma linha de água, deve ser implantado para seguir o
alinhamento natural e inclinação da linha de água;
 Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua jusante o nível da saída deve
coincidir com o terreno natural;
 A escavação da trincheira deve ter a largura e profundidade indicada nos desenhos;
 O fundo da trincheira deve ser compactado até, no mínimo, AAHSTO 93% modificado;
 As manilhas metálicas devem ser montadas pelo Empreiteiro, seguindo as instruções
do fabricante, ou pelo fabricante/fornecedor;
 As manilhas metálicas devem ser livres de defeitos prejudiciais à sua longevidade, e
manuseadas de tal modo a prevenir a sua danificação e acidentes de trabalho;
 As juntas das manilhas devem ser lisas e fechadas para permitir o escoamento da
água sem infiltrações através das juntas;
 O aterro em volta das manilhas pode ser feito com uso do material escavado da
trincheira quando for de qualidade adequada ou em material granular ou em saibro, e
deve ser aprovado pelo Fiscal;
 Compactar o material de aterro em camadas de 10 cm uniformemente até 95% da
densidade modificada de AASHTO, evitando que haja mais de que uma camada de
diferença em altura entre o aterro nos dois lados de manilha;
 A compactação do aterro sobre o aqueduto deve ser feita sem vibração para evitar
danificar os tubos;
 A laje de protecção deve ser construída conforme o desenho tipo;
 O remanescente do aterro deve ser colocado em camadas de 15 cm com teor óptimo

45
de humidade e compactado, no mínimo, até 95% da densidade modificada de
AASHTO;
 O revestimento em saibro, caso exista, deve ser reposto;
 O material do aterro e a altura do aterro devem cumprir com as especificações do
projecto e a altura do aterro deve ter uma espessura mínima correspondente a 1/2 do
diâmetro do aqueduto (h=0.5xD);
 Tanto na boca de entrada como de saída deve-se construir muros de alvenaria e de
ala para proteger contra a erosão e contra o retorno da água para o aqueduto;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.;
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.

As Manilhas Metálicas (ARMCO Superlite MP 100 ou equivalente com espessura


especificada de acordo com o desenho tipo) em conformidade com SABS 1461 e SATCC
2203 com parafusos e porcas galvanizados.

O betão da laje de fundação deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição  m
 Mede-se o comprimento total dos tubos de aqueduto colocado e concluído.
 MDE

46
Actividade: Construção de Valetas Revestidas Código:
Construção de Valetas Revestidas em Betão (B20) 230
Código de SATCC 2300
referência
Utilização Esta norma serve para estabelecer procedimentos de construção de valetas revestidas em
betão, Foto 6.4. Inclui a escavação da valeta e a colocação do revestimento em betão. O
betão deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Escavação e regularização da fundação da valeta;
 Fornecimento de todos os materiais;
 Controlo de nível e forma da valeta;
 Colocação da cofragem e malha de armadura;
 Betonagem e cura;
 Retirar a sinalização provisória.
Normas  Todos os dispositivos incluídos nesta norma devem ser executados de acordo com as
características descritas no projecto (dimensões, localização, confecção e
acabamento);
 A tolerância máxima aceite para as dimensões transversais da valeta deverá ser ±
20mm, ±5 mm para a espessura da laje e ± 0,5% para a inclinação;
 A superfície do dreno deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 2 cm;
 As valetas revestidas em betão podem ser moldadas no local ou feitas de placas pré-
fabricadas;
 Deve-se fazer a regularização manual da superfície de assentamento através de
cortes, aterros, etc.;
 Todo o material impróprio deve ser retirado e substituído por um material apropriado
para servir de superfície. Uma espessura mínima de 75 mm da superfície da vala
deve ser compactada;
 Todo o material excedente da escavação deverá ser removido e transportado para um
local indicado pelo Fiscal, longe dos cursos de água;
 Deve-se proceder à colocação de betão de limpeza para a regularização da
superfície;
 Devem-se usar moldes de madeira para a betonagem das valetas. A secção
transversal dos moldes deve ser igual às dimensões e forma das valetas e o
espaçamento entre os marcos deve ter um máximo de 2 m;
 Nas juntas de construção entre os moldes deve-se esticar duas fiadas de folhas de
polietileno (0,15 mm de espessura) em conformidade com o projecto;
 Após cada conjunto de 4 lajes deve colocar-se uma junta de dilatação de 10mm
preenchida com poliestireno. O fecho da junta de dilatação será feito com betume ou
com um material equivalente aprovado pelo Fiscal;
 Quando for necessário o reforço, deve ser colocado e fixado a uma profundidade
determinada no projecto;
 A resistência do betão deve estar em conformidade com o projecto;
 Deve-se fazer a colocação e compactação do betão através de ferramentas manuais,
em especial de uma régua para facilitar a definição da forma da valeta (triangular ou
trapezoidal);
 A superfície do betão deve ser acabada com um alisador de madeira, ficando
uniforme e livre de marcos ou irregularidades;
 Pode-se retirar os moldes 24 horas após a betonagem se usar o cimento Portland. O
processo de cura deve durar 7 dias. Durante este tempo, deve-se manter húmidas
todas a superfícies expostas de betão através da rega frequente, a colocação de
areia, sacos húmidos ou o uso de folha plástica;
 Deve-se executar uma junta de dilatação em cada segmento com um afastamento
máximo de dois metros, preenchendo-a com cimento asfáltico aquecido;
 Devem ser executadas obras de protecção dos pontos terminais da valeta de acordo
com as normas 250, 251, 252, 253 254 ou 260. Devem ser colocadas pedras meio-
embutidas no betão dos terminais para reduzir a velocidade da água;
 A geometria de execução das valetas deve ser estabelecida e controlada por um
agrimensor;
 A inclinação da valeta deve ser maior que 1% para evitar assoreamento;
 A secção da valeta deve permitir uma descarga eficiente das águas sem comprometer
a segurança dos demais dispositivos adjacentes;
 O betão a ser usado deve ter uma resistência característica à compressão de B 20

47
(20 MPa depois de 28 dias).
No caso de lajetas pré-fabricadas, deve-se seguir as seguintes actividades:
 Utilização de cofragem de madeira e plástica;
 Deve-se controlar a qualidade do betão através de ensaios que devem ir ao encontro
dos requisitos do projecto;
 O transporte das lajetas deve ser feito com cuidado e o Fiscal deve rejeitar as lajetas
que aparecerem com rachas;
 A jusante da valeta e em terrenos muito íngremes deve-se construir dissipadores de
energia ou sanjas (código 211).
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão da laje deve ser preparado conforme os códigos 640 e 643.
 A malha de reforço (varões) deve ser preparada conforme o código 633
 Poliestireno de 10 mm de espessura;
 Betume 80/100;
 Folha polietileno de 0,15 mm de espessura.
Medição  m
 MDE

Foto 6.4: Valetas revestidas com betão

48
Actividade: Construção de Valetas Revestidas Código:
Construção de Valetas Revestidas com Pedra Argamassada 231
Código de SATCC 2503 d)
referência
Utilização Esta norma serve para estabelecer procedimentos para a construção de valetas revestidas
com pedra argamassada
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego existente;
 Escavação e regularização da valeta;
 Lavar as pedras antes do seu assentamento;
 Preparar a argamassa;
 Embeber as pedras na argamassa;
 Assentar as pedras na valeta;
 Regularizar a superfície com material impermeável;
 Retirar a sinalização provisória.
Normas  Todos os trabalhos incluídos nesta norma devem ser executados de acordo com as
características descritas no desenho tipo (dimensões, localização, confecção e
acabamento);
 Deve-se fazer a regularização manual da superfície de assentamento através de
cortes, aterros ou acertos;
 Todo o material impróprio deve ser retirado e substituído por um material apropriado
para servir de superfície de assentamento da valeta.
 Uma espessura mínima de 75 mm da superfície da valeta deverá ser compactada.
 Todo o material solto na superfície da valeta deve ser compactado, no mínimo, até
95% da densidade AASHTO Modificada;
 O material escavado pode ser usado para regularizar a superfície da valeta;
 A pedra deve ser limpa e livre de qualquer material impróprio, como é o caso de argila,
e em seguida misturada com argamassa de cimento ao traço 1:4;
 Deve-se começar por colocar uma camada de argamassa com espessura mínima de
50 mm;
 Antes de secar a argamassa, deve-se colocar a pedra no leito da vala e nas partes
laterais inclinadas, de tal forma que o seu eixo longitudinal esteja num ângulo
adequado à inclinação da vala;
 A argamassa deve ser colocada em todos os buracos e espaços vazios que forem
verificados na superfície;
 A pedra argamassada deve ser curada cobrindo toda a área por um elemento húmido,
como sacos húmidos, por um período não inferior a 4 dias e não deve ser sujeita a
cargas até que atinja uma resistência adequada;
 A superfície final da valeta deve ter um acabamento regular, bem arrumado e
impermeável;
 A espessura da camada de pedra argamassada medida num ângulo recto a partir da
superfície da valeta não deve ser inferior a 200 mm.
 Todo o material excedente da escavação deverá ser removido e transportado para um
local indicado pelo Fiscal, longe dos cursos de água;
 Devem ser executadas obras de protecção dos pontos terminais da valeta de acordo
com as normas 250, 251,252, 253 254 ou 260. Deve ser colocada alvenaria em pedra
na zona de descarga da valeta, para reduzir a energia da água;
 A geometria de execução das valetas deve ser feita por meio de levantamentos
topográficos;
 A valeta deve descarregar a água sem comprometer a segurança dos demais
dispositivos adjacentes e propriedades;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões da valeta deverá ser de ± 20 mm, ± 5
mm para a laje e ± 0,5 % para a inclinação;
 A superfície do dreno deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 4 cm, medidas debaixo de uma régua de 2 m de comprimento;
 A pedra a ser usada não deve ter uma dimensão inferior a 200 mm;
 O formato das pedras deve ser tal que permita uma estabilidade das camadas na
espessura requerida.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou equivalente.
Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade e sem o
contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8
semanas não pode ser utilizado na obra;
 A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial

49
e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e
material orgânico;
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico. Os químicos poderão reduzir a qualidade do betão;
 A pedra utilizada deve ter um tamanho inferior a 20 cm, deve pesar entre 5 e 20 Kg, e
deve também ser limpa e resistente;
 Madeira (cofragem) aprovada pelo Fiscal;
 O betão deve ser feito de acordo com os métodos próprios de controlo da qualidade
dos seus componentes, na razão de uma parte de cimento para quatro de areia. A
quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve aumentar a quantidade de água na argamassa
após 20 minutos depois do início do processo de mistura com água.
Medição  m
 MDE

50
Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Betão simples (B20) 240
Código de SATCC 6400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala (Foto 6.5), caixas (Foto 6.5) e
dissipadores de energia nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros. O betão
deve ser preparado conforme os códigos 640-643.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção;
 Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
 Demarcação da área de fundação;
 Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os desenhos;
 Compactação do terreno de fundação dos muros;
 Aplique betão de limpeza, na fundação da parede ou muro;
 Controle o alinhamento dos muros;
 Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em betão e alvenaria,
conforme indicado nos desenhos;
 Compactação e cura do betão;
 Ensaios de qualidade dos materiais betão e argamassa, ou no caso de itens
comprados, a submissão de documentação, para mostrar que se cumprem com as
normas;
 Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
 Remoção do desvio;
 Limpeza da área em volta do aqueduto;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
 A construção deve seguir a forma indicada nos projectos;
 A forma e dimensão das caixas de entrada e saída devem ser ajustadas para permitir a
criação de ligações adequadas com as valetas e linhas de água;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ±10 mm, e para a
espessura ±20mm;
 O betão deve ser fabricado de acordo com as especificações;
 A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve adicionar mais água após 20 minutos do início do
processo de mistura com a água;
 O betão deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início do processo da
mistura com água;
 Escavar a fundação dos muros de acordo com os desenhos do projecto;
 Compactar a superfície da fundação até, no mínimo, 93% do AAHSTO modificado;
 A instalação da cofragem de madeira deve ser feita de acordo as dimensões e
desenhos do projecto;
 Espalhar até 5 cm de betão de limpeza 1:4:8 para deixar a área de trabalho limpa e
firme;
 A Dosagem e mistura do betão (em um misturador de betão) devem estar de acordo
com as recomendações do Fiscal.
 Devem ser usados ensaios de abaixamento (“slump”) para controlar as proporções da
mistura;
 Deve-se aplicar água adicional para tornar a mistura mais trabalhável, quando
necessário;
 Deve ser misturada apenas a quantidade necessária para o trabalho;
 O betão deve ser colocado na cofragem e compactado até todas as bolhas de ar
serem removidas;
 O alinhamento do muro deve ser controlado através de um fio-de-prumo e nível;
 O muro deve ser construído para a altura correta;
 Se existir necessidade de drenar a água, deverão ser colocados tubos de drenagem de
6 a 8 mm de diâmetro através do betão;

51
 O betão deve ser completamente coberto e mantido húmido para uma cura adequada
e para evitar a fissuração por retracção;
 Sinalização temporária deve ser retirada após a conclusão das obras.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão dos muros e caixas deve ser preparado de acordo com os códigos 640 a 643.
Medição  m³ de betão
 MDE

Deve construir-se muros de ala com ângulos mais Utilização de dissipadores de energia para evitar o
alargados para prevenir a ocorrência de remoinhos assoreamento especialmente quando existe uma
de água que poderão causar assoreamento atrás dos queda na entrada da vala para a entrada do
muros (Ver Especificações em Anexo) aqueduto

Foto 6.5: Muros de ala e dissipador de energia para recolha da água no aqueduto

52
Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Pedra argamassada reforçada 241
Código de SATCC 2505
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala (Foto 6.6), caixas e dissipadores
de energia nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção do aqueduto;
 Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
 Demarcação e alinhamento da área de fundação;
 Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os projectos;
 Compactação do terreno de fundação dos muros;
 Aplicação de betão de limpeza na fundação dos muros;
 Controlo do alinhamento dos muros;
 Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em pedra argamassada,
conforme indicado nos desenhos;
 Colocação e compactação dos solos sobre o aqueduto e atrás dos muros de ala;
 Remoção do desvio;
 Limpeza da área em volta do aqueduto.
 Remover a sinalização temporária.
Normas  Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
 A construção deve seguir a configuração apresentada nos desenhos;
 Assentar as pedras maiores nas camadas mais profundas sobre a camada de
argamassa (ou betão de limpeza);
 Os espaços vazios devem ser preenchidos com pedra mais pequena e argamassa;
 Cada pedra deve ser assente firmemente, no entanto as pedras devem estar
separadas entre si com argamassa;
 Termine as extremidades dos muros antes de dar-lhe o tamanho correcto e o perfil;
 Em muros extensos execute o trabalho em secções de 7 a 10 m, para facilidade de
construção. Caso seja necessário construa uma coluna entre secções;
 As pedras devem ser assentadas horizontalmente para garantir estabilidade;
 As pedras devem ser colocadas para minimizar os vazios entre elas. Estes vazios
podem ser preenchidos com pedaços de pedra além de betão;
 A argamassa a ser colocada entre as pedras deve ter um acabamento liso aprovado
pelo Fiscal;
 Para permitir a sua cura, deve-se manter o betão e a argamassa húmidos durante 4
dias após a sua produção;
 As dimensões devem ser controladas com uso de fita métrica, nível de pedreiro e
linha;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ± 10mm, para a
espessura e ± 20mm para o comprimento e altura;
 A superfície dos muros e caixas deve ser plana e livre de ondulações ou
irregularidade maiores do que 2 cm;
 Remover todo material impróprio para um local fora da área de reserva da estrada,
previamente aprovado pelo Fiscal;
 A dimensão máxima da pedra para o betão deve ser de 38 mm;
 Tomar medidas de protecção na entrada e saída dos tubos;
 As saídas devem ser pelo menos 1,0 m fora da área da estrada e a água nunca deve
ser descarregada sobre uma área não protegida ou taludes instáveis;
 Devem-se construir protecções e muros de ala para proteger da erosão e do colapso
as zonas da boca de entrada e de saída;
 A boca de saída do aqueduto deve ser protegida com enrocamento;
 Sinalização temporária deve ser retirada após a conclusão das obras.
Materiais  O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade
e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de

53
8 semanas não pode ser utilizado na obra;
 A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório
provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre
de argila e material orgânico;
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico /químico, que poderá afectar a qualidade de betão;
 As pedras devem ter dimensões não inferiores a 20 cm, devem pesar de 5 a 20 Kg, e
devem também ser limpas, duras e não degradadas;

O betão deve ser feito com o uso dum método próprio de controlo das quantidades dos
componentes, na razão uma parte de cimento a quatro de areia. A quantidade de água
utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma consistência adequada.
Nenhuma água adicional deve ser adicionada à argamassa ou betão para além de 20
minutos a partir do momento em que a água é aplicada pela primeira vez à mistura.
Medição  m³ de Pedra Argamassada
 MDE

Foto 6.6: Muros de ala em pedra argamassada

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Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Betão armado incluindo armadura e cofragem (B20) 242
Código de SATCC 6400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala, caixas e dissipadores de energia
nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros para aquedutos construídos com
betão armado. O betão deve ser preparado conforme os códigos 640-643.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção do aqueduto;
 Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
 Demarcação e alinhamento da área de fundação;
 Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os desenhos do projecto;
 Compactação das fundações;
 Aplicação do betão de limpeza, na fundação dos muros;
 Controlo do alinhamento dos muros;
 Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em betão e alvenaria de
pedra, de acordo com os projectos;
 Colocação, compactação e cura do betão e da pedra argamassada;
 Ensaios de qualidade dos materiais, betão e argamassa, ou no caso de itens
comprados, a submissão de documentação para mostrar que se cumpre com as
normas;
 Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
 Encerramento do desvio e restabelecimento das condições do terreno através de
escarificação;
 Limpeza da área em volta do aqueduto;
 Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Remover a sinalização temporária.
Normas  O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
 A construção deve ter o formato indicado nos projectos;
 As dimensões devem ser controladas com uso de uma fita métrica e um nível
automático ou de bolha;
 A forma e dimensões das caixas de entrada e saída devem ser ajustadas para permitir
a criação de ligações suaves com as valetas e linhas de água;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ±10 mm, para a
espessura e ±20mm para o comprimento e altura;
 O betão deve ser feito de acordo com os métodos aprovados de controlo da qualidade;
 A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve adicionar a água na massa de betão ou
argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura com a água;
 O betão deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início do processo da
mistura com água;
 A cofragem deve ser colocada de acordo com as dimensões e desenhos do projecto;
 Espalhar até 5 cm de betão de limpeza (traço 1:4:8) para deixar a área de trabalho
limpa e firme;
 Utilize um recipiente de controlo para medir as proporções da mistura;
 Adicione água para tomar a mistura trabalhável;
 Misture somente a quantidade de betão que pode ser utilizada na fase do trabalho;
 Adicione a mistura de betão na caixa e compacte, para remover vazios e bolhas de ar;
 Controlo do alinhamento do muro com fio de prumo e nível para manter o alinhamento;
 Completar os muros até à altura estabelecida;
 Caso haja necessidade de se fazer drenagem de água, instale tubos de drenagem de
6 a 8 mm de diâmetro;
 Cubra completamente o betão e mantenha-o húmido para que tenha uma boa cura e
evite fissuras de retracção;
 Remova todo material impróprio para um local fora da área reservada da estrada,
previamente aprovado pelo Fiscal;
 Colocação de sinalização adequada para assegurar a segurança da estrada;
 Retirar a sinalização temporária.

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Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 O betão dos muros e aqueduto deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643;
 A armadura de varões deve ser preparada conforme os códigos 630 a 632.

Medição  m³ de betão armado


 MDE

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Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Vegetação (Capim, Relva ou Vetiver) 250
Código de SATCC 5700
referência Manual: ‘Vetiver Grass, The Hedge Against Erosion, World Bank 1987, ISBN 0-8213-1505-
X’
Utilização Esta norma define procedimentos para proteger as zonas susceptíveis de erosão com
vegetação, seja material local ou produzido em viveiros (capim vetiver). Este trabalho deve
ser executado nas zonas críticas de erosão dos taludes de corte e aterro, valetas, sanjas e
áreas de reserva da estrada.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Deve-se desenvolver fontes locais de produção de plantas e viveiros para promover e
manter material vegetal, para o controle da erosão;
 Análise do local, clima e microclima, solos e necessidades de fertilização;
 Definir o tipo de vegetação a plantar;
 Demarcar a área de trabalho;
 Deve-se limpar e regularizar a área onde será plantado o capim;
 Definir os métodos de cultivo, estacas e transplante;
 Preparar os buracos de plantação;
 Plantação;
 Rega diária da plantação durante um mês;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Aplicação das medidas de controlo da erosão (plantação da vegetação) antes do início
da época chuvosa e uma vez concluída a fase de construção, manutenção periódica
ou reabilitação da estrada;
 Demarcar as áreas de trabalho, nas zonas críticas de erosão nos taludes de corte e
aterro, valetas, sanjas e área de reserva da estrada;
 Devem ser seleccionadas alternativas de protecção (plantação com capim, com capim
vetiver);
 A vegetação deve ser escolhida de acordo com as propriedades de crescimento,
resistência, capacidade de cobertura, tipo e profundidade das raízes (para
estabilização do solo).
 A vegetação nativa com baixa taxa de crescimento pode ser utilizada. Ela deve ser
apropriada para o clima local e solo.
 Caso não se encontre material vegetal que possa ser transplantado, este deve ser
preparado em viveiros com a supervisão de um agrónomo, para evitar plantar material
que seja inadequado às condições da zona. Recomenda-se a utilização de capim tipo
vetiver;
 As plantas devem ser transplantadas das machambas sem afectar as raízes;
 O material deve ser preparado em bolsas plásticas, para ser transportado em
segurança e implantado nas zonas susceptíveis a erosão, previamente seleccionadas;
 Utilize material fertilizante no caso de solos pobres, com falta de nutrientes que não
permitem o crescimento rápido. Adicionar água e irrigar como necessário;
 O capim deve ser livre de qualquer elemento nocivo ou de doenças;
 A área deve ser limpa de outro capim;
 A área onde será plantado o capim deve estar húmida antes do plantio até uma
profundidade de pelo menos 15 cm;
 O plantio deve ser feito manualmente e o espaçamento entre as plantas deve ser de
10 a 15 cm;
 Inicialmente preparam-se buracos com o máximo de 10 cm de profundidade, em filas;
 Cada fila deve ter um comprimento mínimo de 10 m e um espaçamento entre 50 e 100
cm entre linhas. As filas devem acompanhar as curvas de nível;
 As plantas serão plantadas a 10 cm de profundidade;
 A vegetação deve ser regada logo após a plantação;
 Os métodos biotécnicos, tais como capas de material vegetal, são acessíveis e não
requerem muita assistência adicional ao longo do tempo;
 Conserve a capa vegetal com folhas e outra matéria orgânica;
 Remover a sinalização temporária.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 Material vegetal ou capim vetiver de preferência.
Medição  m²
 Mede-se a área plantada com material vegetal.
 MDE

57
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Pedra Arrumada à Mão 251
Código de SATCC 2500
referência
Utilização Este código utiliza-se para a protecção de taludes com pedra arrumada à mão. É para
proteger os locais sujeitos à possibilidade de erosão, tais como taludes de corte, aterros e
entrada e saída de aquedutos e valas.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da área de trabalho;
 Remoção da vegetação na área do trabalho se necessário;
 Corte ou preenchimento de taludes para regularização das superfícies;
 Nivelamento e compactação da superfície de assentamento;
 Fornecimento e transporte de pedra;
 Colocação e nivelamento da pedra;
 Enchimento com solos e compactação dos espaços entre as pedras;
 Remoção de todo o material impróprio e em excesso para fora da área da estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 A área para as obras de protecção deverá ser preparada correctamente, incluindo o
nivelamento e compactação com compactadores de mão ou outros meios adequados;
 As dimensões devem ser controladas com o uso de uma fita métrica e nível de bolha;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões das protecções é ± 20 mm para a
espessura e ± 50mm para o comprimento e altura;
 As superfícies de assentamento criadas devem ser planas e suaves, sem
irregularidades maiores que 5 cm;
 A camada da pedra arrumada deve ter uma espessura mínima de 20 cm;
 As pedras devem ser colocadas de tal forma que se encaixam com o mínimo de
espaço entre elas e que a parte menos regular fique enterrada;
 Os espaços entre as pedras devem ser preenchidos com solo. Onde for disponível,
utiliza-se solo vegetal para o enchimento dos 10 cm superficiais. Pedras pequenas
podem também ser utilizadas para encher os buracos maiores entre as pedras
grandes.
 Após o solo ter sido regado e compactado quaisquer depressões e espaços vazios que
ainda existam devem ser preenchidos.
 Sobre as entradas e saídas de aquedutos colocar as pedras entre 15 e 30 cm de
tamanho, evitando a colocação de forma alinhada, e proteger a área ao redor da pedra
arrumada com vegetação. Pedras planas devem ser utilizados para esta finalidade.
 Recomenda-se que as pedras sejam colocadas até um mínimo de 1,5 m a partir da
saída.
 Nas extremidades, onde a água é descarregada, devem ser construídas paredes de 45
cm de profundidade e 30 cm de largura, para protecção contra a erosão;
 Remover todo o material impróprio ou em excesso para fora da área de reserva da
estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 A pedra rachão utilizada deve ter um tamanho mínimo de 15 cm, deve pesar de 10 a
20 Kg, e deve ser limpa, dura e não degradada.
3
Medição  m
 Mede-se o volume de pedra colocada depois do seu assentamento.
 MDE

58
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Pedra Argamassada 252
Código de SATCC 2500
referência
Utilização Este código utiliza-se para a realização de trabalhos de protecção através da colocação de
pedras com argamassa e alvenaria (Foto 6.7) para proteger os locais sujeitos à
possibilidade de erosão. Utilize este código para dissipadores de energia, valetas
revestidas, passagens molhadas, estruturas de protecção para saídas de aquedutos e
protecção de aterros, estruturas de protecção para a descarga de água em aquedutos e
para a protecção de taludes.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da área do trabalho;
 Remoção da vegetação na área do trabalho, se necessário;
 Corte e preenchimento de superfícies para nivelar;
 Nivelamento e compactação da superfície da construção da protecção;
 Fornecimento e transporte de materiais;
 Colocação e nivelamento das pedras com argamassa;
 Cura da argamassa;
 Ensaios de controlo de qualidade dos materiais e argamassas, para garantir que
cumprem com as normas;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Planificar inicialmente o tipo de trabalho a ser executado, tendo em conta todos os
factores que influenciam e alteram a estabilidade dos solos. Verificar as características
da drenagem, do controlo e do uso da água, definir o tipo de estruturas a serem
implementadas;
 Recomenda-se que este trabalho seja executado em tempo seco;
 Deve-se preparar o local de construção do revestimento e compactar, no mínimo, até
93% do AAHSTO modificado;
 A argamassa deve ser colocada dentro de 60 minutos depois do início do processo da
sua mistura com água. Misture apenas a quantidade de argamassa que pode ser
aplicada dentro do tempo estipulado (dentro de 60min desde o momento em que a
água foi adicionada pela primeira vez);
 Coloque as pedras, enquanto controla o nivelamento;
 Para permitir uma cura adequada, a alvenaria deve-se manter húmida durante 3 dias
após a sua construção;
 A camada de pedra deve ter uma espessura mínima de 20 cm;
 As dimensões devem ser controladas com uso de fita métrica e nível de bolha;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é de ±10mm, para
a espessura e ±20mm para o comprimento e altura;
 A superfície deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidade maiores do que 4
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
 As pedras devem ser colocadas numa camada de argamassa. Os espaços em volta
das pedras devem ser preenchidos com argamassa para evitar vazios. As pedras
pequenas podem ser utilizadas para preencher os vazios maiores entre as pedras;
 As pedras devem ser sobrepostas horizontalmente e verticalmente em paredes de
alvenaria para evitar a colocação de pedra em linhas definidas para evitar a criação de
linhas de fraqueza;
 Após a aplicação da argamassa das juntas devem ser rematadas. Rematar é construir
uma cumeeira de argamassa de cimento sobre a superfície das paredes ao longo das
juntas entre as pedras adjacentes.
 Nas margens das protecções em pedra argamassada onde há descarga da água
devem ser construídos muros ou “cortinas” de protecção de 45 cm de profundidade e
30 cm de largura;
 Se existe a necessidade de reparação de paredes já existentes, os trabalhos devem
ser executados em estruturas que são estruturalmente sãs e estruturas em estado
degradado não devem ser consideradas para o enchimento de cavidades com
argamassa.
 Devem-se limpar as juntas defeituosas de argamassas velhas usando compressor de
ar, martelo e talhadeira;
 Nas zonas onde a junta deve ser renovada, a pedra deve ser removida totalmente e
utilizada na reconstrução, usando uma nova camada de argamassa;
 Argamassa deve ser aplicada a superfícies húmidas. Recomenda-se que a argamassa
seja preparada numa razão de cimento e areia de 1:4;

59
 Aplicar argamassa fresca na junta preenchendo todo o espaço;
 Colocar da pedra e controlar o nivelamento durante a colocação;
 Faça o acabamento das juntas com instrumento apropriado de ponta curva;
 A superfície final da argamassa deve ser ligeiramente recuada relativamente à
superfície da pedra para efeito estético;
 Durante a estação seca, a argamassa pode secar rapidamente. Pode-se prevenir essa
situação humedecendo as juntas com água até a cura final da argamassa, cobrindo a
área com sacos molhados ou outro material adequado;
 Limpar as superfícies visíveis das pedras ou as que ficaram salpicadas de argamassa
de modo que se obtenha uma superfície limpa e de boa aparência;
 Limpar toda área adjacente aos trabalhos e remover todo o lixo para fora da área de
reserva da estrada (os sacos de cimento vazios devem ser colocados em local
próprio);
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O cimento deve ser de tipo Portland e deve cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente. Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade e
sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8
semanas não pode ser utilizado na obra. A areia e a pedra devem ser fornecidas de
depósitos aprovadas pelo laboratório provincial e devem cumprir com a norma SABS
1083 ou equivalente. Devem ser limpas e livres de argila e material vegetal;
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outras
matérias orgânicas / químicas que poderão influenciar a qualidade do betão;
 A pedra utilizada deve ter um tamanho não inferior a 20 cm, deve pesar entre 5 e 20
kg, e deve ser limpa, dura e não degradada;
 A argamassa deve ser fabricada de acordo com métodos estabelecidos para o controlo
de qualidade dos componentes e numa proporção de uma parte de cimento a quatro
partes de areia. A quantidade de água utilizada deve ser suficiente só para garantir a
obtenção de uma consistência adequada. Não deve ser acrescentada água na
argamassa após 20 minutos do início da adição de água à mistura.
2
Medição  M
 Mede-se o volume de pedra argamassada colocada depois do seu assentamento.
 MDE.

Foto 6.7: Protecção de aterros e taludes com pedra argamassada (argamassa de cimento)

60
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Sacos de Areia 253
Código de
referência
Utilização Esta norma define procedimentos para a protecção de taludes, saídas de água e valetas
contra erosão, com recurso a sacos de areia.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da área do trabalho;
 Corte e remoção da vegetação na área do trabalho;
 Escavação e aterro quando necessários;
 Controle do nível e alinhamento da protecção;
 Selecção do tipo de areia adequado, armazenamento e lavagem da areia;
 Colocação da areia em sacos;
 Arrumação dos sacos e a sua fixação uns aos outros;
 Fixação dos sacos de areia em conjunto, utilizando dois fios de arame, 3 mm.
 Limpeza da toda área dos trabalhos;
 Remoção de todo o lixo e material impróprio fora da área de reserva da estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 A área de trabalho deve ser devidamente preparada incluindo a abertura, nivelamento
e compactação da base, onde os sacos de areia serão colocados;
 A escavação da fundação tem de chegar a solos naturais com capacidade de suporte
adequada. Se isso não for possível deve ser importado solo adequado e colocado para
formar uma base sólida para os sacos de areia.
 A areia usada para o enchimento dos sacos deve ser limpa.
 Os sacos devem ser preenchidos completamente, fechados e amarrados com dois fios
de arame, 3 mm de diâmetro.
 Os sacos devem ser organizados para realizar o alinhamento desejado e devem ser
colocados como tijolos com um saco de fecho da junta na camada inferior.
 Todos os cantos devem ser amarrados com dois fios de arame, 3 mm de diâmetro.
 O alinhamento dos sacos deve ser controlado usando a fita métrica e nível.
 Limpeza de toda a área adjacente do trabalho e remoção do lixo da área.
 Recomenda-se que este trabalho seja executado em tempo seco.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 A areia deve ser recolhida de fontes aprovadas pelo laboratório provincial. Deve ser
limpa e livre de argila e de matéria orgânica. A granulometria da areia deve permitir a
infiltração da água;
 Os sacos devem ser sintéticos, limpos, impermeáveis e livres de qualquer elemento
nocivo;
 O arame de ligação será de diâmetro de 3 mm.
3
Medição  m
 Mede-se o volume dos sacos colocados.
 MDE.

61
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Plantação de Árvores nas Zonas Susceptíveis a Erosão 254
Código de SATCC 2700
referência
Utilização Esta norma descreve os procedimentos para a plantação de árvores em zonas próximas da
estrada que sejam susceptíveis à erosão.
Tarefas  Colocar sinalização temporária;
incluídas  Limpar a área onde se irá efectuar o plantio das árvores;
 Transportar as plantas e obter a aprovação do Fiscal antes do plantio;
 Deve-se abrir buracos para o plantio das árvores;
 Deve-se regar os buracos antes e depois do plantio;
 Adicionar fertilizantes se necessário;
 Deve-se proteger as árvores com estacas à sua volta;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O tipo de plantas a ser utilizado deve estar em conformidade com as instruções do
Fiscal;
 O Empreiteiro deve-se certificar de que as plantas estão livres de doenças, e que se
encontram em boas condições;
 Cada planta deve ser cuidadosamente transportada para o local de plantação. O
veículo utilizado para o transporte deve ser equipado para proteger as plantas do vento
e da luz solar;
 Deve-se limpar a área onde se pretende fazer o plantio das árvores;
 Deve-se plantar as árvores em locais indicados no projecto;
 Devem ser abertos buracos de forma quadrangular ou circular e ligeiramente maior do
que o volume do bolo de raízes e a terra da respectiva árvore (normalmente entre 40 e
50 cm de diâmetro e 50 a 60 cm de profundidade. O espaçamento entre as arvores
deve ser entre 5 a 10 m de um centro para outro);
 Os buracos devem ser preenchidos de solos seleccionados e, dependendo do tipo de
solo, poderá ser necessário adicionar fertilizantes recomendados;
 Antes de retirar as árvores do recipiente usado para o transporte, estas devem ser bem
regadas;
 Os buracos devem ser regados antes de plantar as árvores. Se os solos forem pouco
permeáveis, deve-se colocar 15 cm de brita no buraco antes de encher com solo
adequado;
 Logo após o plantio das árvores nos locais indicados, deve-se regar constantemente
para garantir o assentamento do solo;
 Após o assentamento do solo, onde for necessário pode-se adicionar mais solos até 15
cm abaixo da superfície do terreno, para assegurar que toda a água lá colocada seja
retida em volta da planta;
 Todas as árvores devem ser atadas a uma estaca adequada de madeira bem colocada
no solo. E deve-se proteger a árvore com estacas à sua volta;
 A estaca deve ter um diâmetro mínimo de 3,5 cm e deve ser 30 cm mais comprida que
a árvore plantada e o comprimento máximo deverá ser de 1,5m acima do nível do solo;
 Após o plantio, a superfície do solo em volta da planta deve estar coberta de capim
para minimizar a evaporação;
 Deve-se regar diariamente por um período de 60 dias.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 As árvores devem ser de 2 a 3 anos de idade (até 1,5 m de altura).
 As raízes não devem ter nenhuma indicação de deterioração.
 O Empreiteiro deve assegurar que as plantas estão livres de qualquer doença e estão
em boas condições.
 Cada planta deve ser cuidadosamente transportada para o local de plantação.
 As estacas devem ser de diâmetro mínimo de 3,5 cm, e devem ser 30 cm mais longas
do que a árvore e o comprimento máximo deve ser de 1,5 m a partir da superfície do
solo.
Medição  UN
 MDE

62
Actividade: Fornecimento, preparação e colocação de gabiões contendo pedras Código: 260
Código de SATCC 2600
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de Gabiões, para proteger os locais
sujeitos à possibilidade de erosão. Utiliza-se em muros de contenção, dissipadores de
energia, valetas revestidas, drift molhados, estruturas de protecção de descarga de água e
em aquedutos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação dos trabalhos;
 Corte e remoção da vegetação na área do trabalho;
 Selecção de material pedra;
 Transporte dos gabiões;
 Escavação e remoção de solos, e nivelamento;
 Nivelamento do local de fundação do gabião;
 Colocação da malha do gabião;
 Enchimento do gabião;
 Verificação das dimensões, estabilidade e qualidade dos gabiões;
 Remoção de material impróprio ou em excesso, para fora da área de reserva da
estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Planificar inicialmente o tipo de trabalho a ser executado, tendo em conta todos os
factores que podem influenciar e alterar a estabilidade dos solos. Verificar as
características de drenagem, controle e uso da água e definição do tipo de estruturas a
ser implementado;
 Este trabalho deve ser executado em tempo seco;
 Deve-se preparar inicialmente o local de fundação. As fundações devem ser
escavadas e alinhadas ao nível desejado. Se necessário, solos bons, pedras ou saibro
devem ser colocados e compactado até um mínimo de 93% do AASHTO modificado.
 Os gabiões são estruturas fabricadas com caixas de malha de aço galvanizado e são
preenchidos com pedras e rochas de tamanhos predefinidos;
 As caixas de gabiões são fornecidas desmontadas em malhas planas de modo a que o
seu volume durante o transporte seja mínimo;

Caixa do Gabião
Comprimento 1, 2, 3 ou 4 m
Largura 1,0 m
Altura 0,3, 0,5 ou 1,0 m
Diafragma (separação em células) = 1,0 m
Colchão de Gabiões

Comprimento 6m
Largura 2,0 m
Altura 0,2, 0,3 ou 0,5 m
Diafragma (separação em células) = 0,6 a 1,0 m

 A tolerância máxima aceitável para as dimensões dos gabiões é de ± 10% para o


comprimento, ± 5% para a largura e ± 0,5% para a altura.
 Arrume os gabiões nas posições desejadas, verifique o alinhamento e as alturas dos
gabiões antes de enchê-los de pedra;
 O enchimento deve ser à mão e as pedras devem ser colocadas com cuidado.
 Apenas pedras limpas e duras devem ser usadas. Desta forma, os gabiões serão
estáveis, com pouco ou nenhum efeito de deslizamento interno.
 Todas as extremidades das malhas do gabião devem ser fixadas em conjunto.
 As dimensões devem ser controladas por meio de fita métrica e nível de bolha.
 As caixas devem ser unidas umas às outras usando arames duplos de ligação de 2,2
mm em todos os cantos a cada 15 cm;
 O arame de ligação deve ser esticado com ferramenta própria (alicate) e amarrado
com duplo entrelaçamento;
 Os gabiões no centro serão preenchidos primeiro, para que apoiem os outros.
 As caixas devem ser amarradas com arame e grampos para obter a forma desejada.
 Caixas com 1 m de altura devem ser preenchidas a 1/3 da altura.
 O fio para o reforço horizontal deve ser fixado e amarrado com carretel para manter o

63
lado vertical plano e para que ela seja livre de folga.
 As pedras devem ser dispostas cuidadosamente deixando cerca de 3 a 5 cm de
espaço entre as paredes da caixa para permitir espaço para o processo de fixação.
 As pedras devem ser dispostas arrumadas à mão colocando as pedras maiores na
parte inferior.
 Material menor pode ser usado para preencher os espaços na superfície superior.
 As tampas da malha de gabião são então colocadas (sobre as pedras).
 Os cantos devem ser fixos primeiramente para assegurar que a cobertura da malha se
adequa a cobrir a parte superior da caixa.
 A tampa é então colocada e entrelaçada com segurança na parte superior das
paredes.
 Limpe toda área adjacente aos trabalhos e remova todo o lixo para fora da área de
reserva da estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 Os gabiões são construídos com malha de aço galvanizado de acordo com SABS 675
ou equivalente, com uma espessura mínima de 3 mm e 2,2 mm para o arame de
ligação.
 A pedra deve ser limpa, dura e não degradada. A pedra deve ser recolhida de fontes
aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou
equivalente;
 A Tabela 6.4 dá uma orientação sobre a graduação das pedras de acordo com as
dimensões da caixa:

Tabela 6.4: Dimensão das pedras dos gabiões

Profundidade Dimensão da pedra


da caixa (m)
Tamanho Médio Tamanho Máximo
(mm) (mm)
0,2 125 150
0,3 125 200
0,5 125 250
1,0 125 250

 Não deve usar-se usar pedra com tamanho superior ao tamanho máximo
indicado na tabela. Pelo menos 85% das pedras devem ter um tamanho maior
do que o tamanho médio apresentado na tabela.
Medição  m³
 As medições são feitas do volume dos gabiões.
 MDE

64
Actividade: Construção de Aquedutos Tipo Caixa em Betão Armado Código:
Tipo A - 0,8 x 0,6 (0,48 m²) 270
Tipo B - 1,2 x 0,8 (0,96 m²) 271
Tipo C - 1,5 x 1,2 (1,80 m²) 272
Código de SATCC 6100, 6200, 6300 e 6400
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos tipo caixa em betão armado
incluindo escavação, fundação, muros, tabuleiros, cofragem armadura e protecções em
conformidade com o projecto. Utiliza-se os vários códigos para os respectivos elementos
dos aquedutos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego normal, de
forma segura;
 Fornecimento e transporte e todos os materiais necessários para a construção do
aqueduto, Foto 6.8;
 Confirmação do alinhamento junto com o Fiscal;
 Escavação da trincheira para a colocação do aqueduto, as fundações para os muros
de ala, caixas de entrada e saída, e o canal de saída;
 Controlo do nível e inclinação dos tubos e outros elementos do aqueduto;
 Colocação da cofragem;
 Colocação e fixação de armadura em conformidade com o projecto;
 Construção do aqueduto, muros de ala, caixas de entrada e saída em betão armado
conforme indicado no projecto;
 Colocação, compactação e cura do betão;
 Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
 Remoção do desvio seguido da reabilitação do terreno onde o desvio foi construído;
 Limpeza da área em volta do aqueduto;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Preparação
 Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
 Recomenda-se em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar parcialmente os tubos numa metade da faixa de rodagem e
posteriormente na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem interrupção;
 O aqueduto será construído em conformidade com o projecto;

Alinhamento e Dimensões
 O alinhamento, as características e as dimensões do aqueduto devem ser
estabelecidos em conformidade com o projecto;
 A tolerância máxima aceite para as dimensões do aqueduto é ± 20 mm (muros e
caixas), ± 10mm (laje) e ±0,5 % (inclinação);
 Caso o aqueduto esteja sobre uma linha de água, deve ser implantado para seguir o
mais possível o alinhamento natural da linha de água;
 A inclinação transversal deve ser entre 2 % e 5%;
 A saída do aqueduto será construída para descarregar água num lugar conveniente.
Pode ser num curso de água ou descarga superficial no terreno existente;
 De preferência utiliza-se a descarga numa linha de água.

Fundações

 Depois da abertura da caixa de fundação, a base será regularizada e compactada com


um maço manual ou a placa vibradora;
 A inclinação da base de fundação deve ser entre 2 e 5%;
 Em condições saturadas deve-se utilizar uma bomba de água para garantir condições
minimamente secas;
 Se os solos não estiverem firmes deve-se colocar e compactar uma camada de
enrocamento em conformidade com o desenho tipo e com base nas instruções do
Fiscal.

Cofragem

 A cofragem poderá ser construída com chapas metálicas ou madeira maciça;

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 A cofragem deve ser limpa e com faces regulares;
 A cofragem será construída em fases, nomeadamente a fundação, os muros e o
tabuleiro;
 Antes de proceder com a colocação de armadura deve-se obter a aprovação do Fiscal
no que diz respeito à estrutura de cofragem;
 Vide códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas para a cofragem.

Armadura
 As armaduras e o esquema das armaduras deverão estar em conformidade com os
desenhos;
 Todos os elementos de aqueduto, nomeadamente a base, os muros de suporte, os
muros de testa, os muros de ala e o tabuleiro devem estar conectados através de
ligações (barras de reforço ligando diferentes componentes da estrutura).
 As armaduras devem ser amarradas com fio de arrame, para criar uma malha
suficientemente forte para suportar o seu peso próprio e o peso dos trabalhadores
durante a betonagem;
 Devem ser utilizados espaçadores de betão para assegurar um recobrimento
adequado da armadura;
 Antes de colocação do betão deve-se solicitar a aprovação do Fiscal no que diz
respeito ao esquema de armadura;
 Vide os códigos 630, 631, 632 e 633 para as normas de aprovisionamento,
preparação, montagem, colocação de armaduras de varões.

Betão

 Todos os elementos dos aquedutos serão construídos em betão armado;


 Vide os códigos 640, 641, 642 e 643 para as normas de execução de betão.

Aterro
 O tabuleiro deve ser protegido com uma camada de saibro com espessura mínima de
15 cm (vide código 340);
 O aterro deverá ser compactado até, no mínimo, 93% do AASHTO modificado com
teor óptimo de humidade.

Protecções
 Devem ser construídas obras de protecção contra a erosão em torno do aqueduto em
conformidade com o projecto:
 Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua zona a jusante o nível da
saída deve coincidir com o terreno natural;
 A vala de saída deve ser alargada na ligação com o terreno natural para permitir que
as águas se espalhem e diminua a sua velocidade;
 Caso a descarga do aqueduto seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição da vala com o proprietário do terreno.
Acabamentos
 Remover todo material impróprio para fora da área de reserva da estrada;
 Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras..
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão da laje deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
 A armadura de varões deve ser preparada conforme os códigos 630 a 632.
 Os varões de aço devem cumprir a norma SABS 920 ou equivalente. Para cada lote de
varões entregue na obra, o Empreiteiro deve apresentar o certificado do fornecedor
com todos os pormenores das especificações técnicas. O tipo de varão e classe de
aço deve ser em conformidade com o desenho tipo e SABS 82 (marcados com
símbolos R ou Y).
 O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir a norma SABS 471 ou equivalente; deve
ser armazenado num edifico próprio, protegido da humidade e sem o contacto com o
chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8 semanas não pode ser
utilizado na obra. A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo
laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser
limpa e livre de argila e material orgânico;
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico /químico que poderá afectar a qualidade de betão;
 O betão deve ser feito de acordo com os métodos aprovados para controlo das
quantidades dos componentes, na razão de 1:3:4 para cimento/areia/pedra, a menos

66
que especificado de outra forma. A quantidade de água utilizada deve ser somente
aquela necessária para produzir uma consistência adequada.
 O fio de arame deve ter uma espessura mínima de 1,25 mm.
Medição  m
 Mede-se o comprimento total dos aquedutos construídos para cada código incluindo os
betões, a cofragem, a armadura, os muros e as protecções.
 MDE

Muros construídos com alvenaria de pedra e laje feita Muros e lajes feitas de betão armado
de betão armado

Foto 6.8: Caixa de aqueduto feita de betão e alvenaria de pedra

67
Actividade: Construção de pontões (também designado por “causeway” ou Código: 273
“vented drift” ou “ford”) (passagem molhada) – (estruturas
adaptadas ao clima)
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de passagens molhadas (Foto 6.9) em betão
armado ou alvenaria de pedra, incluindo a escavação, fundações, muros, plataforma,
cofragem e trabalhos de protecção de acordo com o projecto.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de um desvio temporário para assegurar a circulação contínua do tráfego
normal.
 Fornecimento e transporte de todo o material necessário para construção da passagem
molhada;
 Confirmação do alinhamento com o Fiscal;
 Escavação da trincheira para a construção do aqueduto, das fundações das paredes
laterais, da entrada, da saída e do canal de saída;
 Controlo da inclinação dos tubos e de outros elementos da passagem molhada;
 Colocação da cofragem;
 Colocação e fixação das armaduras de acordo com o projecto;
 Construção das fundações, laje de fundo, condutas (pré-moldadas ou moldadas no
local) paredes laterais, entrada e saída, betão envolvente, laje superior, lajes de
aproximação, utilizando betão e alvenaria de pedra e pedra argamassada, tal como
indicado no projecto;
 Enchimento e compactação dos solos sob as lajes de aproximação antes da
construção das lajes de aproximação.
 Colocação, compactação e cura do betão;
 Construção dos elementos da alvenaria de pedra e de pedra argamassada, tal como
indicado no projecto;
 Aterro e compactação dos solos situados por baixo das lajes de transição;
 Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno de passagem
do desvio temporário;
 Limpeza da área em volta da passagem molhada.
Normas Preparação

 Deve ser instalada a sinalização adequada para assegurar a segurança rodoviária;


 O Empreiteiro deve adoptar as medidas necessárias para garantir a circulação do
tráfego sem interrupção durante a construção do aqueduto. Isto pode ser assegurado
pela criação de um desvio temporário ou por qualquer outro meio.
 No caso de aquedutos de alívio (alívio das valetas laterais), recomenda-se a
construção parcial e alternada do aqueduto em cada lado da via rodoviária de forma a
evitar a interrupção total da circulação do tráfego.
 A passagem molhada deve ser construída de acordo com o projecto.

Traçado e Dimensões

 O traçado e as dimensões do pontão devem ser estabelecidos em conformidade com o


projecto.
 A tolerância máxima aceitável para as dimensões dos aquedutos corresponde a ± 20
mm (paredes e caixas), ±10 mm (laje) e ± 0,5 % (inclinação).
 Se o pontão estiver situado ao longo de uma linha de água, deverá ficar alinhado de tal
modo que seja perpendicular à direcção do fluxo da água.
 A inclinação transversal deve situar-se entre 2 % a 5 %.
 A saída da passagem molhada deve ficar direccionada para um local adequado, que
poderá ser uma linha de água ou uma descarga superficial para o terreno existente.
 O pontão deverá despejar, de preferência, para uma linha de água.

Fundações

 Após a escavação da caixa de fundação, a base deve ser regularizada e compactada


com um maço manual ou uma placa vibradora.
 A inclinação da fundação deve situar-se entre 2 a 5 %;
 Em condições de saturação a água deve ser retirada com uma bomba de água para
garantir condições secas.
 Se o solo não é estável deve construir-se rip rap a montante e a jusante da estrutura

68
de acordo com os desenhos e instruções do Fiscal.

Cofragem

 A cofragem pode ser constituída por placas metálicas ou pranchas de madeira.


 A cofragem deve estar limpa e apresentar superfícies uniformes.
 A cofragem deve ser construída por fases, nomeadamente, fundação, paredes e
plataforma.
 Antes de se proceder à colocação das armaduras, deverá obter-se a aprovação do
Fiscal no que se refere à cofragem.
 Consultar códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas aplicáveis à cofragem.

Armaduras

 As armaduras e o esquema das armaduras devem estar em conformidade com os


desenhos. Se o pontão for composto por tubos e betão envolvente, deve utilizar-se
uma rede metálica com varões de 6mm soldados com espaçamentos de 200mm para
as armaduras da laje superior e inferior.
 Se a fundação da passagem molhada se situar num maciço rochoso plano, devem ser
abertos furos na rocha para a fixação de ferrolhos (20mm a 30mm de diâmetro x 1m
comprimento) com o auxílio de injecções de calda de cimento, o que irá permitir a
fixação da estrutura, evitando-se assim o seu arrastamento durante as condições de
cheia. Os ferrolhos devem estar embebidos na rocha cerca de 0,5 m.
 Todos os elementos do aqueduto, base, muro de suporte, paredes frontais, muros de
ala e a plataforma devem estar ligados através de tirantes.
 Nos casos em que as aberturas são constituídas por aquedutos, as armaduras devem
ser amarradas com fios de arame de modo a formarem uma estrutura suficientemente
forte para suportar o seu peso próprio e o peso dos trabalhadores durante a colocação
do betão.
 Devem ser utilizados espaçadores de betão para assegurar uma cobertura adequada
das armaduras com o betão.
 Deve obter-se a aprovação do Fiscal no que se refere à fixação dos varões em aço
antes da betonagem.
 Consultar códigos 630, 631, 632, 633 relativamente às normas aplicáveis às
armaduras no que se refere ao aprovisionamento, preparação, colocação e utilização
dos varões de aço.

Betão

 Todos os elementos da passagem molhada que suportem carga devem ser


construídos em betão armado. O envolvimento das condutas com betão pode ser
construído com o auxílio de “plumps” (pedras de grandes dimensões ou calhaus (com
dimensão máxima de 300mm)) com vista à redução da quantidade de betão
necessária. O betão deve ser do tipo B20. Se a estrutura principal for um aqueduto, a
laje superior deve ser constituída por betão do tipo B30.
 Consultar códigos 640, 641, 642 e 643 no que se refere às normas aplicáveis ao betão.

Aterro
 A camada de gravilha sob as lajes de aproximação deve ter uma espessura de 15cm
(consultar código 340).
 A camada de gravilha deve ser compactada até uma percentagem mínima de 93% do
AASHTO modificado com um teor óptimo de humidade.

Protecções

 As passagens molhadas são concebidas para transbordarem durante as condições de


cheia e a parte de jusante fica sujeita a erosão devida à queda artificial criada.
 A protecção contra a erosão da passagem molhada deve ser construída em
conformidade com o projecto.
 Se a descarga das águas do aqueduto for efectuada no terreno natural, a saída deve
coincidir com o terreno natural.
 A vala de saída, no troço de ligação com o terreno natural, deve ter uma dimensão
suficiente para permitir o espalhamento da água, o que irá reduzir a energia.

69
Acabamentos

 Remover todo o material impróprio para fora da área de reserva da estrada.


 Remover a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão das lajes deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
 As armaduras devem ser preparadas em conformidade com os códigos 630 a 632.
 Os varões da armadura devem ser preparados em conformidade com as normas SABS
920 ou equivalente. Para cada lote de varões de armadura entregue na obra, o
Empreiteiro deve apresentar o certificado do fornecedor contendo todos os detalhes e
especificações técnicas. A qualidade dos varões e do aço deve estar em conformidade
com os desenhos e com a norma SABS 82 (utilizando o símbolo R ou Y para indicar o
tipo de aço)
 O cimento deve ser um cimento Portland e deve estar em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, ao abrigo da
humidade não deve estar em contacto com o chão ou paredes. O cimento armazenado
por um período superior a 8 semanas não deve ser utilizado nos trabalhos. A areia e
pedras devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e devem
estar em conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente e devem estar limpas
e isentas de vestígios de argila ou matéria orgânica.
 A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou qualquer
outra matéria orgânica/química que possa afectar a qualidade do betão.
 A pedra utilizada deve ter dimensão inferior a 20cm e deve ter um peso entre 5 a 20
kg, e deve ser limpa e dura.
 O betão deve ser misturado de acordo com os métodos adequados de controlo da
qualidade dos componentes, com uma razão de cimento/areia/pedra de betão de 1:3:4,
a menos que especificado de outro modo. A quantidade de água deve ser a suficiente
apenas para assegurar uma consistência adequada.
 Os fios de arame devem ter uma espessura mínima de 1,25 mm.
Medição  m
 Mede-se o comprimento total da passagem molhada incluindo o betão, cofragem,
armaduras, paredes e obras de protecção.
 MDE.

Foto 6.9: Construção de cascata (esquerda) vista de cascata a despejar água – caudal de base
(direita)

70
Actividade: Construção de passagens molhadas – “drift” (estruturas adaptadas Código: 274
ao clima)
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de drifts em betão armado ou alvenaria de pedra,
incluindo a escavação, fundações, paredes-chave, lajes de transição, plataforma, cofragem
e protecção em conformidade com o projecto.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança
incluídas  Construção do desvio temporário para assegurar a circulação normal do tráfego.
 Fornecimento e transporte de todo o material necessário para a construção da
passagem molhada.
 Confirmação do traçado com o Fiscal.
 Escavação da vala para a construção da fundação dos muros ala, da protecção de
entrada, das paredes de apoio, da protecção de saída e das lajes de transição.
 Controlo da inclinação do dreno e das lajes de transição.
 Colocação da cofragem.
 Colocação e fixação do reforço em conformidade com o projecto.
 Construção das fundações, da laje, da protecção de entrada e paredes de apoio, da
protecção de saída e das lajes de transição utilizando betão, alvenaria em pedra e
pedras colocadas à mão, em conformidade com o projecto.
 Colocação, compactação e cura do betão.
 Construção dos elementos da alvenaria em pedra e da pedra arrumada à mão em
conformidade com o projecto.
 Realização do aterro e compactação dos solos sob as lajes de transição.
 Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno onde o desvio
foi construído.
 Limpeza da área em volta da passagem molhada;
 Remover a sinalização temporária.
Normas Preparação

 Deve ser instalada a sinalização adequada para assegurar a segurança rodoviária;


 O Empreiteiro deve adoptar as medidas necessárias para garantir a circulação do
tráfego sem interrupção durante a construção do aqueduto. Isto pode ser assegurado
pela criação de um desvio temporário ou por qualquer outro meio.
 O drift deve ser construído de acordo com o projecto.

Traçado e Dimensões

 O traçado e as dimensões da passagem molhada devem ser estabelecidos em


conformidade com o projecto.
 A tolerância máxima aceitável para as dimensões dos aquedutos corresponde a ± 20
mm (paredes e caixas), ±10 mm (laje) e ± 0,5 % (inclinação).
 O drift deve ficar alinhado o mais possível com a direcção do caudal.
 A inclinação transversal deve situar-se entre 2 % a 5 %.

Fundações

 Após a escavação da caixa de fundação, a base deve ser regularizada e compactada


com um compactadores manuais ou uma placa vibradora.
 A inclinação da fundação deve situar-se entre 2 a 5 %;
 Em condições de saturação, a água deve ser retirada com uma bomba de água para
garantir condições secas.
 Se os solos não estiverem firmes deve-se colocar e compactar uma camada de
enrocamento em conformidade com os desenhos e com base nas instruções do Fiscal.

Cofragem

 A cofragem pode ser constituída por placas metálicas ou pranchas de madeira.


 A cofragem deve estar limpa e apresentar superfícies uniformes.
 A cofragem deve ser construída por fases, nomeadamente, fundação, paredes e
plataforma.
 Antes de se proceder à colocação das armaduras, a estrutura da cofragem deverá ser
aprovada pelo Fiscal.
 Consultar códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas aplicáveis à cofragem.

71
Armaduras

 As armaduras e o esquema das armaduras devem estar em conformidade com os


desenhos.
 No que se refere às armaduras das placas, deve-se utilizar uma rede metálica com
varões de 6 mm soldados com espaçamentos de 200 mm.
 Se a fundação da passagem molhada estiver situada num maciço rochoso plano,
devem ser abertos furos na rocha para a fixação de ferrolhos (20 mm a 30 mm de
diâmetro x 0,5 m comprimento) com injecção de calda de cimento, o que irá permitir a
fixação da estrutura, evitando-se assim o seu arrastamento durante as condições de
cheia. Os ferrolhos devem estar embebidos na rocha cerca de 0,3 m.
 Devem ser utilizados espaçadores para assegurar uma cobertura adequada das
armaduras com o betão.
 Deve obter-se a aprovação do Fiscal no que se refere à fixação dos varões em aço
antes da betonagem.
 Consultar códigos 630, 631, 632, 633 relativamente às normas aplicáveis às
armaduras no que se refere ao aprovisionamento, preparação, presa e utilização dos
varões de aço.

Betão

 Todos os elementos da passagem molhada devem ser construídos em betão armado.


O betão deve ser do tipo B20.
 Consultar os códigos 640, 641, 642 e 643 no que se refere às normas aplicáveis ao
betão.

Aterro

 A camada de cascalho sob as lajes de transição deve ter uma espessura de 15 cm


(consultar código 340).
 A camada de cascalho deve ser compactada até uma percentagem mínima de 93% do
AASHTO modificado, para um teor em água óptimo.

Protecções

 Os drifts são concebidos para transbordarem durante as condições de cheia e a parte


a jusante da passagem molhada fica sujeita a erosão devida à cascata artificial criada.
 A protecção contra a erosão do drift deve ser construída em conformidade com o
projecto.
 O nível da vala de saída deve coincidir com o nível do terreno natural ou com o nível
da linha de água.
 A vala de saída, no troço de ligação com o terreno natural, deve ter uma largura
suficiente para permitir a distribuição da água, o que irá reduzir a força do caudal.

Acabamentos

 Remover todo o material impróprio para fora da área de reserva da estrada.


 Remover a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O betão das lajes deve ser fabricado conforme os códigos 640 a 643.
 As armaduras devem ser preparadas em conformidade com os códigos 630 a 632.
 O cimento deve ser um cimento Portland e deve estar em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, ao abrigo da
humidade, não deve estar em contacto com o chão ou paredes. O cimento
armazenado por um período superior a 8 semanas não deve ser utilizado na obra. A
areia e pedras devem ser provenientes de depósitos aprovados pelo laboratório
provincial e devem estar em conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente,
devem estar limpas e isentas de vestígios de argila ou matéria orgânica.
 A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou qualquer
outra matéria orgânica/química que possa afectar a qualidade do betão.
 A pedra utilizada na alvenaria deve ter uma dimensão máxima de 20 cm, deve ter um
peso entre 5 a 20 kg, e deve ser limpa e resistente.
 O betão deve ser misturado de acordo com os métodos adequados de controlo da
qualidade dos componentes, com uma razão de cimento/areia/pedra de 1:3:4, a menos

72
que especificado de outro modo. A quantidade de água deve ser a suficiente apenas
para assegurar uma consistência adequada.
Medição  m
 Mede-se o comprimento total do drift incluindo o betão, cofragem, armaduras, muros e
obras de protecção.
 MDE.

73
Actividade: Construção de pequenas pontes Código: 275
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de pequenas pontes em betão armado ou
alvenaria de pedra, incluindo a escavação, fundações, paredes, plataforma, cofragem e
protecção de acordo com o projecto. Ver Foto 6.10.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de um desvio temporário para assegurar a circulação contínua do tráfego
normal;
 Fornecimento e transporte de todo o material necessário para a construção da ponte;
 Confirmação do alinhamento e da implantação com o Fiscal;
 Escavação da trincheira para a construção das fundações da ponte, encontros e
paredes laterias;
 Escavação na rocha dura, incluindo detonação e aterro em resíduos de rocha;
 Controlo dos níveis e alinhamento dos elementos da ponte por um agrimensor.
 Colocação e remoção da cofragem;
 Colocação e fixação das armaduras em conformidade com o projecto;
 Construção das fundações, dos encontros, dos pilares, tabuleiros, passeios,
parapeitos/resguardos e lajes de transição, em betão, alvenaria de pedra, pedra
arrumada à mão, gabiões e outras obras de protecção, de acordo com o desenho;
 Colocação, compactação e cura do betão;
 Colocação dos aparelhos de apoio da ponte;
 Polimento das superfícies em betão e preenchimento das cavidades;
 Aterro e compactação dos solos presentes nas zonas de transição da ponte e nas
fundações em conformidade com o projecto;
 Colocação de placas com a designação da ponte e de sinalização rodoviária;
 Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno onde este foi
construído;
 Limpeza da área em volta da ponte;
 Remover sinalização temporária.
Normas Preparação

 Deve ser instalada a sinalização adequada para assegurar a segurança rodoviária;


 O Empreiteiro deve adoptar as medidas necessárias para garantir a circulação do
tráfego sem interrupção durante a construção do aqueduto. Isto pode ser assegurado
pela criação de um desvio temporário ou por qualquer outro meio;
 A ponte deve ser construída de acordo com o projecto.

Traçado e Dimensões

 O traçado e as dimensões da ponte devem ser estabelecidos em conformidade com o


projecto e após aprovação pelo Fiscal.
 A tolerância máxima aceitável para as dimensões dos elementos da ponte corresponde
a ±20 mm (paredes e tabuleiros), ±10 mm e ±0,5 % (inclinação).
 Se a ponte estiver situada numa linha de água, esta deverá ficar alinhada de tal
maneira que é perpendicular à direcção de fluxo da água e centrada na linha de água.

Fundações

 As fundações devem ser escavadas até ao nível pretendido e caso não exista nenhum
maciço rochoso, a fundação deve ser compactada manualmente ou com equipamento
leve (placa vibradora, cilindro de rolos de 1,7 toneladas).
 A água deve ser retirada com uma bomba para garantir condições secas.
 Se o solo não estiver estável deve-se colocar uma cofragem nas paredes verticais para
evitar o colapso. Esta cofragem deve ser feita em conformidade com as instruções do
Fiscal.

Cofragem

 A cofragem pode ser constituída por placas metálicas ou pranchas de madeira;


 A cofragem deve estar limpa e apresentar superfícies uniformes;
 A cofragem deve ser construída por fases, nomeadamente, fundações, paredes,
subestrutura e superestrutura (encontros, pilares, muros, alas do tabuleiro e
intradorsos);

74
 O dimensionamento e colocação da cofragem devem ser sujeitos à aprovação do
Fiscal;
 Os tabuleiros da cofragem devem permanecer colocados durante um período não
inferior a 14 dias após a colocação do betão;
 As cofragens laterais poderão ser removidas 3 a 4 dias após a colocação do betão;
 Consultar códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas aplicáveis à cofragem.

Armaduras

 As armaduras e o esquema das armaduras devem estar em conformidade com os


desenhos. Se as fundações da ponte estiverem situadas num maciço rochoso plano,
devem ser abertos furos na rocha para a fixação de ferrolhos (20 mm a 30 mm de
diâmetro x 1m comprimento) com injecção de calda de cimento, o que irá permitir a
fixação da estrutura, evitando-se assim o seu arrastamento durante as condições de
cheia. Os ferrolhos devem estar embebidos na rocha cerca de 0,5 m.
 As armaduras devem ser amarradas com fios de arame de modo a formarem uma
estrutura suficientemente forte para suportar o seu peso próprio e o peso dos
trabalhadores durante a colocação do betão.
 Devem ser utilizados espaçadores para assegurar uma cobertura adequada das
armaduras com o betão (a espessura da cobertura de betão não deve ser inferior a 30
mm).
 Deve obter-se a aprovação do Fiscal no que se refere à fixação dos varões em aço
antes da betonagem.
 Consultar códigos 630, 631, 632, 633 relativamente às normas aplicáveis às
armaduras no que se refere ao aprovisionamento, preparação, fixação e utilização dos
varões de aço.

Betão

 Todos os elementos estruturais da ponte devem ser construídos em betão armado. O


betão de recobrimento deve ser do tipo B15 (colocado na base da fundação para
proporcionar uma plataforma firme e nivelada para a fundação), do tipo B20 para as
sapatas, encontros, pilares, muros, parapeitos e placas de acesso e do tipo B30 ou
B40 para vigas e tabuleiros da ponte, em conformidade com o projecto.
 Consultar os códigos 640, 641, 642 e 643 no que se refere às normas aplicáveis ao
betão.

Cura

 Todos os elementos devem ser curados adequadamente cobrindo as superfícies com


um pano de juta ou outros materiais aprovados pelo Fiscal. A água deve ser
continuamente aplicada para manter as superfícies húmidas em todos os momentos.
 Os tabuleiros e vigas devem ser curados durante 14 dias e outros elementos da ponte
devem ser curados durante 7 dias.

Aterro

 Os acessos à ponte, incluindo a área atrás dos encontros, devem ser preenchidos com
materiais de drenagem livre (gravilha) e a areia pode ser utilizada para o
preenchimento da área atrás dos encontros;
 O material deve ser compactado em camadas com uma espessura igual ou inferior a
150 mm (ou 100 mm, se for utilizado equipamento leve, como placas vibradoras,
cilindros de rolos vibradores para passeios). As camadas devem ser compactadas até
uma densidade mínima relativa de 93% do AASHTO modificado. Nos casos em que é
utilizada areia para o preenchimento, deve ser adicionada água, uma vez que esta é a
forma mais eficaz de compactação da areia.
 Qualquer parte da subestrutura que tenha a função de retenção dos solos deve possuir
furos para a drenagem do material retido.

Protecções

 As pontes são concebidas de forma a terem uma superfície livre adequada (diferença
de altura entre o nível máximo de cheia e a parte inferior do tabuleiro ou vigas). No
entanto, isto significa que a maior parte da subestrutura fica sujeita a correntes fortes
que poderão causar a erosão ou a lavagem das fundações, do talude e do aterro.

75
Devem ser construídas obras de protecção para a prevenção de danos, em
conformidade com o projecto;
 Quaisquer alterações ou adições às obras de protecção devem estar em conformidade
com as ordens do Fiscal;
 Se o lado de jusante da ponte estiver potencialmente sujeito a erosão, deve colocar-se
um enrocamento com o objectivo de distribuir e dissipar a força das águas.

Acabamentos

 Remover todo o material impróprio, incluindo resíduos, para fora da área de reserva da
estrada.
 Remover a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão das lajes deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
 As armaduras devem ser preparadas em conformidade com os códigos 630 a 632.
 Os varões de armadura devem ser preparados em conformidade com as normas SABS
920 ou equivalente. Para cada lote de varões de armadura entregue na obra, o
Empreiteiro deve apresentar o certificado do fornecedor contendo todos os detalhes e
especificações técnicas. A qualidade dos varões de armadura e do aço deve estar em
conformidade com os desenhos e com a norma SABS 82 (utilizando o símbolo R ou Y).
 A espessura mínima dos fios de arame de amarração deve corresponder a 1,25 mm.
 O cimento deve ser um cimento Portland e deve estar em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, ao abrigo da
humidade não deve estar em contacto com o chão ou paredes. O cimento armazenado
por um período superior a 8 semanas não deve ser utilizado na obra. A areia e pedras
devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e devem estar em
conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente e devem estar limpas e isentas
de vestígios de argila ou matéria orgânica.
 A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou qualquer
outra matéria orgânica/química que possa afectar a qualidade do betão.
 A alvenaria de pedra deve ter uma espessura não inferior a 20 cm e deve ter um peso
até 20 kg e deve ser limpa e resistente.

 O betão deve ser fabricado de acordo com os métodos adequados e aprovados,


assegurando que a mistura dos componentes do betão (cimento/areia/pedra de betão)
está em conformidade com a formulação do betão aprovada pelo Fiscal. A quantidade
de água adicionada deve ser a suficiente apenas para assegurar uma adequada
consistência e trabalhabilidade e deve ser controlada através do ensaio de
abaixamento.
Medição  m
 Mede-se as quantidades totais dos elementos da ponte, incluindo escavações,
eliminação de resíduos, betão, cofragem, armaduras, muros, trabalhos de
terraplenagem e obras de protecção.
 MDE.

Foto 6.10: Estrutura geral de uma pequena ponte em betão armado.

76
Actividade: Drenos Subterrâneos Código: 280
Construção de Dreno de Inerte
Código de SATCC 2104
referência
Utilização Esta norma serve para definir procedimentos de construção de drenos subterrâneos de
inertes nas camadas subsuperficiais das estradas, valetas ou taludes. Normalmente são
construídos em zonas de nível freático elevado (Foto 6.11), nas zonas de encosta de
taludes de corte, para o controle e posterior recolha de águas subterrâneas. Utilizam-se
filtros de areia e pedra de acordo com o desenho do projecto e as instruções do Fiscal.

Caso seja necessário colocar um tubo perfurado refira-se a código 281


Caso seja necessário colocar geotêxtil refira-se a código 371
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Marcação da forma, extensão, profundidade e inclinação da vala a ser escavada;
 Marcação de tarefas para a escavação;
 Escavação da vala;
 Alisamento do leito e taludes da vala;
 Controlo da forma, profundidade e inclinação da vala;
 Colocar os inertes;
 Cobrir com material seleccionado;
 Deitar o material escavado da vala entre a vala e o topo do talude, afastando o
material de tal modo que não volte para a vala;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O perfil da vala deve ser escavado conforme o desenho tipo, e livre de quaisquer
irregularidades;
 Devem-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontram dentro do perfil da
vala;
 O leito da vala deve ter uma inclinação mínima de 1 %;
 O perfil da vala deve ser controlado com um gabarito de secção de vala e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
 O material natural permeável pode consistir em areia e/ou brita de graduação
adequada consoante as instruções do Fiscal;
 Deve ser colocada uma camada de material permeável sobre o leito da vala que deve
estar ligeiramente inclinada de acordo com o gradiente definido no projecto. A
espessura da camada deve ser a definida no projecto;
 As camadas de material natural permeável não devem exceder 300 mm de espessura
e devem ser ligeiramente compactadas;
 Deve-se controlar cuidadosamente a espessura de cada camada de material natural
permeável;
 Quando forem colocadas camadas mais finas deve-se usar separadores adequados;
 Quando se colocam camadas sucessivas de material natural impermeável, deve-se
evitar no máximo que se mexa a camada mais baixa;
 Deve-se evitar a contaminação das camadas de material natural permeável (se for
aplicado geotêxtil, este será pago através do código 371);
 A inclinação do dreno deve permitir a descarga de água numa saída adequada. Tais
saídas podem ser:
1) Descarga superficial no terreno existente,
2) Uma valeta da estrada,
3) Uma linha de água, ou
4) Um aqueduto.
 De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou numa linha de água;
 Cobrir acima do material filtrante, com material seleccionado compactado;
 Caso a vala descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da sanja deve
coincidir com o nível do terreno natural;
 A saída (descarga) deve ser protegida em conformidade com o desenho tipo;
 Deve-se evitar a descarga de águas em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-
se proteger a área de descarga em conformidade com os códigos de protecção 251 e
252 com pedra arrumada à mão ou argamassada;
 Retirar a sinalização temporária.

77
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial
e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e
material vegetal e apresentar um tamanho entre 4,75 mm e 0,20 mm. A Pedra utilizada
deve ter um tamanho entre 19,0 mm e 13,2 mm e deve ser limpa, dura e não
degradada.
Medição  m³
 Mede-se o volume do dreno.
 MDE

Foto 6.11: Nível freático elevado – É necessária a existência de drenagem subterrânea

78
Actividade: Dreno Subterrâneo Código:
Colocação de tubo Perfurado 281
Código de
referência
Utilização Esta norma serve para definir procedimentos de colocação de tubo perfurado na drenagem
do subsolo e nas sub-camadas de taludes. Normalmente são construídos em zonas de
nível freático alto, nas zonas de encosta de taludes de corte, para o controlo e posterior
recolha de águas subterrâneas.
A escavação, enchimento e cobertura do dreno será pago através do código 280.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Verificar a inclinação do dreno;
 Colocar o tubo perfurado;
 Caso seja necessário, deve-se cobrir o tubo com uma membrana de geotêxtil ou
envolvendo com areia, em conformidade com o desenho tipo;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontram dentro do perfil da vala;
 O leito da vala deve ter uma inclinação mínima de 1 %;
 O controlo de inclinação do dreno deve ser feito por meio de levantamentos
topográficos;
 Os tubos perfurados poderão ser de betão, fibra, plástico (PVC) ou outro material
sintético com as dimensões e características indicadas no projecto;
 Nos tubos perfurados de material plástico (PVC), podem ser usadas juntas elásticas ou
roscadas desde que garantam a estanqueidade ou rigidez das ligações;
 Deve ser colocada uma camada de material permeável (pago sob código 280) sobre o
leito da vala que deve estar ligeiramente inclinada de acordo com o gradiente definido
no projecto. A espessura da camada deve ser a definida no projecto;
 A tubagem será colocada cuidadosamente acima do material granular com a boca do
tubo na parte superior da pendente, deixando as juntas entre os tubos parcialmente
abertas;
 Antes de enchimento do dreno, deve-se testar o tubo perfurado;
 O material permeável deve ser ligeiramente compactado e enchido até ao nível
definido no projecto;
 Colocação de inertes (pago sob o código 280) à volta do tubo com a graduação
indicada no projecto, com métodos manuais;
 As camadas de inertes devem ser ligeiramente compactadas até quase à superfície,
conforme indicado pelo Fiscal;
 A extremidade do tubo a montante deve ser selada com uma capa de betão e na
extremidade a jusante, que é a saída de água, deve ser construída uma saída de água
de acordo com o código 240;
 As inclinações do filtro devem ser concebidas para permitir uma saída para as águas
que ali correm. Tais saídas podem ser:
1) Descarga superficial no terreno existente,
2) Uma valeta da estrada,
3) Uma linha de água, ou
4) Um aqueduto.
 De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou linha de água;
 Caso a vala descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da sanja deve
coincidir com o nível do terreno natural;
 Devem ser evitadas curvas no alinhamento de dreno e tubos. Caso seja necessário,
devem ser construídas caixas de inspecção nestes locais para facilitar a limpeza de
impurezas e sedimentações no tubo;
 Evitar descarregar água sobre o terreno que é propenso a erosão;
 Caso a descarga do filtro seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a posição
da vala com o proprietário do terreno;
 O dreno deve ser testado antes da sua cobertura;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal;
 O tubo perfurado deve estar em conformidade com o desenho tipo e deve ser do tipo:
o Tubo perfurado de fibra ou lusalite em conformidade com SABS 921 ou
equivalente;
o Tubo perfurado de PVC em conformidade com SABS 791;
o Tubo perfurado de HDPE (‘High Density Polyethylene) tipo Kaytech ‘Drainex’,
‘Geopipe’ ou equivalente em conformidade com SABS 533, parte II ou

79
equivalente;
o Tubo perfurado de betão em conformidade com SABS 677 ou equivalente;

As dimensões das perfurações devem ter 8 mm de diâmetro e o número de


perfurações deve ser no mínimo de 26 por metro, para tubos de 100 mm e, 52
perfurações para tubos de 150 mm.

Acessórios (uniões, descargas e ‘olho’ de inspecção) de PVC em conformidade com os


desenhos/especificações.
Medição  m
 Medição do comprimento da tubagem perfurada construída.
 O dreno deve ser testado antes do seu pagamento (teste de inundação).
 MDE

80
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Estacas de Madeira e Pedra Arrumada à Mão 290
Código de
referência
Utilização Este código é usado para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo e dos taludes; simples
diques de madeira com pedra arrumada à mão podem ser construídos. Eles reduzem a
velocidade e a força da erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a
protecção de valas de crista.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança
incluídas  Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída
 Recolha e transporte do material a ser utilizado
 Escavação para as fundações das cascatas de pedra
 Colocação da madeira/pedras na parte vertical
 Colocação da pedra na parte horizontal
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo depois da
conclusão da abertura de valetas;
 As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a correr ao
lado da valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma.
 As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada;
 O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:

Inclinação do leito da valeta Afastamento entre cascatas


Até 3 % Não é necessário
Entre 3 e 5 % 20 m
Entre 5 e 10 % 10 m
Superior a 10 % 5m

 A inclinação da valeta deve ser medida usando um nível de bolha e fita métrica;
 A madeira utilizada deve ser bambu ou de uma qualidade equivalente, de diâmetro de
5 a 10 cm e comprimento mínimo de 60 cm sendo que 45 cm devem ficar enterrados;
 A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
 Escave os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
 Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento.
 A construção da cascata deve estar no alinhamento da secção transversal da vala e as
estacas devem ser colocadas com um espaçamento máximo de 2 cm.
 As estacas devem ser amarradas com arame.
 As pedras ou estacas da cascata devem ser bem arrumadas para evitar a infiltração de
água e areia fina, através da cascata.
 Após ter sido construído o protector básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
 Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 Pedra, estacas de bambu ou madeira.
Medição  UN
 Mede-se o número de cascatas construídas.
 MDE

81
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Pedra Arrumada à mão 291
Código de
referência
Utilização Este código é usado para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de pedra arrumada à mão podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da
erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída;
 Recolha e transporte do material a ser utilizado;
 Escavação das fundações das cascatas de pedra;
 Colocação da pedra;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo após
conclusão da abertura das valetas;
 As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a sair da
valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
 As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor do que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada, por redução da capacidade de drenagem;
 O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:

Inclinação do leito da valeta Afastamento entre cascatas


Até 3% Não são necessárias
Entre 3 e 5% 20 m
Entre 5 e 10% 10 m
Superior a 10% 5m

 A inclinação da valeta deve ser medida com uso de nível de bolha e de fita métrica;
 A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil da cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
 Escavar a fundação a uma profundidade de 10 a 15 cm, mantendo os perfis correctos;
 Coloque primeiro o marcador no bordo da vala;
 Crave o marcador no solo da vala, até o nível de bolha de ar (colocado na aba do
escantilhão) ficar horizontal;
 Construa a cascata no alinhamento do escantilhão;
 As pedras devem ser arrumadas para dificultar a passagem de areia, e permitir de
maneira regular a passagem da água, evitando a acumulação e formação de poços de
água, portanto devem ser colocadas uniformemente;
 O tamanho das pedras deve variar entre 20 a 30 cm;
 A largura da cascata deve ser de 20 cm, no mínimo.
 Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
 Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 A pedra deve ser recolhida de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir
com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material
vegetal. A Pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, deve pesar de 5 a
20 Kg, e deve ser limpa, dura e não degradada.
Medição  UN
 Mede-se o número de cascatas construídas.
 MDE

82
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Pedra Argamassada 292
Código de
referência
Utilização Utilizam-se estes códigos para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas
nas zonas íngremes, para evitar a erosão.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de pedra argamassada podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da
erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança
incluídas  Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída
 Recolha e transporte do material a ser utilizado
 Escavação para as fundações das cascatas
 Construção da pedra arrumada à mão no lado vertical;
 Colocar as pedras ou o protector em pedra arrumada à mão no lado horizontal;
 Retirar a sinalização temporária
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo depois da
conclusão da abertura de valetas;
 As cascatas não podem ser muito altas, do contrário, a água será forçada a correr ao
lado da valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
 As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor a 3%. Isso
favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada;
 O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:

Inclinação do leito da valeta Afastamento entre cascatas


Até 3% Não são necessárias
Entre 3 e 5% 20 m
Entre 5 e 10% 10 m
Superior a 10% 5m

 A inclinação da valeta deve ser medida com uso de um nível de bolha e fita métrica;
 As fundações devem ser construídas cuidadosamente por meio de escavação e
compactação com profundidade entre 10 e 15 cm, mantendo os perfis correctos;
 A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
 Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento.
 A construção da cascata deve estar no alinhamento da secção transversal da vala.
 As pedras da cascata devem ser bem arrumadas para evitar a infiltração de água e
areia fina.
 O tamanho das pedras deve variar entre 20 a 30 cm;
 A largura da cascata deve ser de pelo menos 20 cm;
 Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
 Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 Pedras: dimensão de 20 a 30 cm e peso de 5 a 20 kg.
Medição  UN
 Mede-se o número de cascatas construídas.
 MDE

83
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Betão B20 293
Código de SATCC 6602
referência
Utilização Este código é usado para construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de betão podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da erosão da água.
Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída;
 Recolha e transporte do material a ser utilizado;
 Escavação para as fundações das cascatas;
 Colocação de cofragem (pode ser usado o pinho para a cofragem);
 Preparação do betão classe B20;
 Colocação e cura do betão;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo após a
conclusão da abertura de valetas;
 As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a sair da
valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
 As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor do que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada, por redução da capacidade de drenagem;
 O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:

Inclinação do leito da valeta Afastamento entre cascatas


Até 3% Não são necessárias
Entre 3 e 5% 20 m
Entre 5 e 10% 10 m
Superior a 10% 5m

 A inclinação da valeta deve ser medida usando um nível de bolha e fita métrica;
 A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
 Escavar os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
 Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento;
 A cofragem deve ser colocada com um espaçamento de 20 cm e o betão deverá ser
lançado na cofragem, compactado correctamente e moldado de forma de seguir o
perfil determinado no projecto;
 Deve-se colocar o betão, vibrá-lo e regá-lo durante pelo menos 5 dias consecutivos;
 Deve-se retirar a cofragem só depois de 5 dias;
 Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
 Remova todo o material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
 Retirar as sinalizações temporárias uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição  UN
 Mede-se o número de cascatas construídas.
 MDE

84
7. Serie 300 - Movimento de terra
No âmbito de um projecto normal, excepto no caso de grandes pontes, os trabalhos de terraplenagem
representam a fatia maior dos custos associados à construção de estradas, sendo os custos referentes aos
trabalhos de terraplenagem em terreno difícil, ou seja terreno acidentado e montanhoso, muito mais elevados.
Os trabalhos de terraplenagem são realizados em conformidade com os projectos, sendo os seus detalhes
apresentados no manual de projecto. As seguintes actividades preparatórias são realizadas como parte do
processo de planeamento.

1. Selecção do itinerário e traçado – Um dos critérios mais importantes consiste na necessidade de redução
dos trabalhos de terraplenagem de forma a optimizar os custos de construção.

2. Ensaio de materiais - O ensaio de materiais nesta fase tem dois objectivos essenciais:

a. Localização da câmara de empréstimo e ensaio dos materiais presentes na câmara de empréstimo para
verificação da conformidade destes com as especificidades das diferentes camadas do pavimento. Esta
fase da prospecção de materiais deve ser efectuada numa fase inicial do projecto.
b. Execução de ensaios nos materiais presentes no itinerário e no traçado da Estrada com o objectivo de
determinar a qualidade dos materiais para efeitos de projecto.

3. Desenvolvimento de uma curva de Brückner – consistindo no mapeamento da cobertura dos diferentes


troços de estrada pelas várias câmaras de empréstimo localizadas. Isto irá servir para a determinação dos
trabalhos de terraplenagem que impliquem a importação de terras para utilização nos terrenos de fundação,
e nas camadas de base e de sub-base.

4. Como parte integrante dos projectos nos casos de estradas que necessitem da execução de trabalhos de
escavação e aterro, o traçado de perfil longitudinal é concebido para equilibrar os trabalhos de escavação e
aterro com vista a reduzir o volume de materiais importados e reduzindo assim as quantidades integradas
na curva de Brückner.

Os trabalhos de terraplenagem comportam várias actividades, tais como:

1. Construção da escavação e aterro.


2. Construção da fundação.
3. Construção das camadas de sub-base.
4. Construção das camadas de base.
5. Construção das paragens de transportes públicos e de áreas de estacionamento.

As principais actividades a serem executadas são as seguintes:

1. Escavação para extracção de materiais impróprios para a utilização em estradas, tais como, argilas e areias
soltas.

85
2. Escavação para material de aterro, em caso de presença de materiais que poderão ser utilizados em aterro
ou como terreno de fundação, após terem sido sujeitos a ensaios e ter sido verificada a sua capacidade em
preencherem as especificações.

3. Execução do aterro em camadas com uma espessura máxima de 200 mm, rega, mistura e compactação
até 93 % do AASHTO Modificado.

4. Modelação do abaulamento e compactação do terreno de fundação.

5. Armazenamento de reservas de material – Este aspecto é particularmente importante porque a escavação


e carga normalmente resultam na contaminação do material. O armazenamento de reservas de material é
importante pois os materiais de reserva podem ser ensaiados quanto à sua qualidade e aptidão antes de se
proceder ao seu transporte para a estrada.

6. Carga, transporte, e descarga do material no local. As distâncias de descarga de material são determinadas
utilizando o volume de material solto necessário que é determinado com base no factor de empolamento. O
factor de empolamento consiste na alteração do volume do material da condição de compactado para a
condição de solto. A espessura de compactação é dada no projecto e a sua multiplicação pelo factor de
empolamento permite a obtenção da espessura da camada solta. Normalmente o factor de empolamento
situa-se entre 1,1 e 1,3, sendo utilizado um valor médio de 1,2 para a maioria dos materiais.

7. Rega, mistura e compactação – incluindo o controlo do teor de humidade de compactação e o método de


construção com base num troço experimental – seguidas da compactação efectiva das camadas do
pavimento.

8. Nivelamento final – o nivelamento da superfície do pavimento, particularmente da camada de base, deve


ser realizado por um operário com experiência na operação de niveladoras.

As metodologias de construção e as normas são indicadas nos Códigos a seguir apresentados.

86
Actividade: Escavação a nível, regularização e compactação da subrasante Código: 310
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para projectos de construção ou reabilitação de estradas depois de
executados os códigos 160 (Destronca e limpeza), 170 (Corte e remoção de árvores) e 180
(Escavação e remoção de solos impróprios) e antes do código 210 (Abertura de valetas).
Em situações onde o terreno natural não apresenta um perfil desejado será necessário
fazer um trabalho de equilíbrio entre escavação e aterro para atingir o perfil transversal
desejado e um perfil longitudinal com um alinhamento suave. Em terrenos ondulados ou
montanhosos o trabalho poderá envolver grandes movimentos de terras com zonas de
cortes e aterros.
Se não for possível fazer os movimentos de terras com uma distância média de transporte
de 75 m deve-se usar o código 320 (Escavação, Transporte, Espalhamento, Rega e
Compactação de Solos em Aterro) para importar solos da câmara de empréstimo ou de
outro local conveniente ao longo da estrada para o aterro.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Levantamento topográfico do eixo da estrada e determinação do perfil longitudinal e
transversal da estrada de tal forma que economizem os movimentos de terras
respeitando o padrão técnico da classe da estrada;
 Abertura de ranhuras em cada 10 m para indicar o nível de corte ou enchimento;
 Marcação de tarefas para os movimentos terras (cortes e aterros);
 Escavação, transporte (usando tractores sem ou com lâmina de arrasto em operações
mecanizadas e carrinhos de mão em operações manuais) e aterro;
 Espalhamento, rega e compactação nas zonas de aterro em camadas não superiores a
15 cm;
 Controlo de qualidade de solos usados;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança no local dos
trabalhos;
 Demarcação e delimitação das áreas de trabalho;
 Técnicas apropriadas de topografia devem ser utilizadas para determinar o perfil
longitudinal e transversal da estrada como, por exemplo, nível, cruzetas, bandeirolas,
fita métrica, níveis de bolha, etc.;
 A superfície da estrada deve estar livre de ondulações ou irregularidade maiores do
que 5 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
 Qualquer material com diâmetro superior a 7,5 cm será removido ou quebrado em
tamanhos menores antes de os usar na construção dos aterros;
 O Fiscal deve aprovar os solos utilizados na construção utilizando os resultados dos
ensaios granulométricos, plasticidade e compactação e outros que possam ser
considerados como adequados;
 O Empreiteiro deve controlar a qualidade de solos a serem utilizados através de
ensaios de granulometria, plasticidade e compactação e submeter à aprovação do
Fiscal;
 Espalhar os solos em camadas de 15 cm no máximo, regando quando for preciso para
atingir o teor óptimo de humidade;
 As camadas devem ser compactadas a um mínimo de 93% do AASHTO modificado
assegurando que o material não tem uma deterioração excessiva. O nível de
compactação (controlo do peso volúmico em campo) deve ser verificado através dos
ensaios pelo método da garrafa de areia ou Troxler.
 Para a aplicação do aterro, deve ser construído o abaulamento necessário na direcção
transversal de acordo com as especificações.
 A superfície do leito da estrada não deve ter irregularidades e deve escoar livremente..
 O Empreiteiro deve controlar o perfil longitudinal para assegurar que as inclinações
máximas permitidas não são ultrapassadas. O Fiscal deve verificar a implantação, os
trabalhos de levantamento e os perfis longitudinais e horizontais resultantes, incluindo
a inclinação com vista a assegurar a sua conformidade com o projecto e deve emitir os
documentos de aprovação correspondentes.
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  O Fiscal deve verificar a qualidade do material através de ensaios granulométricos, de
plasticidade e de compactação e deve emitir os documentos de aprovação
correspondentes.
 Os materiais provenientes da câmara de empréstimo numa distância de 75m ou as
valetas devem estar em conformidade com requisitos de qualidade para os aterros, de
acordo com o projecto (CBR mínimo de 10% caso não seja especificado no projecto).

87
Medição  m³
 Mede-se o volume dos solos colocados depois da sua compactação.
 MDE

88
Actividade: Escavação, Transporte, Espalhamento, Nivelamento, Rega e
Compactação de Solos em Aterro Código:
DMT < 500 m 320
500 ≤ DMT < 1000 m 321
DMT > 1000 m 322
Código de
referência
Utilização Estes códigos são utilizados para a importação de materiais de enchimento para a
construção de aterros de estrada e enchimentos, incluindo a identificação das câmaras de
empréstimo, se for necessário aumentar a altura da estrada para atender ao alinhamento
longitudinal ou melhorar a drenagem. Ver Foto 7.1.

A escolha do código depende da distância média de transporte entre o local de escavação


e o local de aterro, sempre com meios de transporte mecanizados.

Se a distância média de transporte for inferior a 75 m deve-se usar o código 310 com
utilização de meios de transporte manuais (carrinho de mão).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego;
 Controlo do nível e da largura da estrada;
 Levantamento topográfico do eixo da estrada e determinação dos seus perfis
longitudinal e transversal de tal forma que minimizam os movimentos de terras
respeitando o padrão referente à classe da estrada;
 Identificar câmaras de empréstimo ou locais ao longo do traçado da estrada com
excedentes de solos aprovados pelo Fiscal;
 Escavação e carregamento de solos;
 Transporte, descarga, espalhamento, rega e compactação do material;
 Colheita de amostras e ensaios de granulometria, de plasticidade e de compactação;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Deve existir sempre um traçado que pode ser utilizado com segurança e sem provocar
danos por falta de aderência dos veículos e/ou sem interromper o movimento do
tráfego por períodos superiores a 10 minutos;
 As dimensões e as cotas de aterro devem ser executadas de acordo com as
características descritas no desenho do projecto ou com as instruções do Fiscal;
 A superfície do aterro deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 2 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento e deve drenar
livremente;
 Deve ser formado um declive transversal no aterro de acordo com o projecto;
 Técnicas apropriadas de topografia, como por exemplo, estacas de nível, aparelho de
nível, níveis de bolha, ranhuras ou cruzetas, devem ser utilizadas para delinear o
trabalho e controlar a sua execução;
 Escavação somente dos solos que ficam fora do perfil final da plataforma;
 O Fiscal deve aprovar os solos a serem utilizados no aterro, com o uso de ensaios de
granulometria, de plasticidade e de compactação, caso o Fiscal considere necessário;
 O Empreiteiro deve monitorizar a qualidade dos solos escavados, para verificar que
não variam das amostras aprovadas pelo Fiscal;
 Os solos devem ser transportados sem danificar outras áreas das obras concluídas ou
afectar troços de estrada em que as intervenções não foram inicialmente previstas;
 Qualquer material com diâmetro superior a 7,5 cm será removido ou quebrado em
tamanhos menores antes de ser compactado;
 Espalhar os solos em camadas com espessura máxima de 15 cm, regando quando for
preciso para atingir o teor óptimo de humidade;
 Deve-se compactar até 93% do AASHTO Modificado ou até que não haja sinais de
deformação com passagens sucessíveis do cilindro, tomando as precauções
necessárias para evitar a degradação excessiva do material. O grau de compactação
deve ser verificado através dos ensaios de garrafa de areia ou de Troxler.
 A superfície do perfil longitudinal deve cumprir com as normas padrão de estradas em
termos da inclinação máxima permitida e da curvatura vertical;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais  O Fiscal deve controlar a qualidade dos solos a serem utilizados através de ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação e emitir o documento de aprovação
respectivo;
 O solo aplicado no aterro deve ter um CBR mínimo de 15%.

89
3
Medição  m
 Medição do volume do solo após a compactação.
 MDE

Nivelamento e compactação da plataforma Colocação e compactação do aterro

Foto 7.1: Formação da Estrada (utilização de maquinaria)

90
Actividade: Abaulamento, regularização, rega e compactação da plataforma (sub- Código: 330
base) usando material escavado da valeta
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para os movimentos de terraplanagem envolvidos na construção do
abaulamento da plataforma da estrada com uso dos solos escavados na construção das
valetas.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Colocação de estacas nas bermas da estrada indicando o nível de enchimento;
 Marcação de tarefas;
 Espalhamento e regularização dos solos que resulta da escavação das valetas para
modelar o abaulamento;
 Controlo da inclinação do abaulamento;
 Rega e compactação da fundação;
 Retirar a sinalização temporária;
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Normalmente são utilizados solos procedentes da escavação das valetas para a
construção da fundação caso o Fiscal aprove a sua utilização. Se necessário, pode
acrescentar-se material proveniente do mesmo local do material do aterro para da
fundação, caso o Fiscal aprove a sua utilização para esta finalidade;
 Deve haver o cuidado de assegurar que os solos provenientes das valetas são
adequados para a construção da fundação;
 O material descarregado sobre o leito do pavimento para a modelação do abaulamento
deve ser espalhado e qualquer material indesejado, como blocos maiores que 7,5 cm,
materiais vegetais ou orgânicos, deve ser eliminado; O solo deve ser espalhado e a
espessura das camadas compactadas não deve exceder os 200 mm (normalmente, a
espessura de compactação das camadas preferencialmente utilizada corresponde a
150 mm);
 A fundação deve ser executada de acordo com as características descritas no desenho
tipo do perfil transversal tipo (largura e abaulamento);
 O factor de empolamento do solo, ou seja, a alteração no volume passando de solto
para a condição de compactado, situa-se normalmente nos 1,2 e 1,3. Por exemplo se o
factor de empolamento é de 1,2, para se atingir uma espessura de camada
compactada correspondendo a 150 mm, a espessura da camada antes da
compactação deve corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm). O factor de
empolamento real deve ser determinado através da construção de um troço
experimental;
 Deve determinar-se o teor óptimo de humidade de compactação;
 Em caso de utilização de métodos de construção manuais, o solo deve ser regado
ficando a humidificar durante a noite. A quantidade de água deve ser tal que permita
elevar o teor de humidade do solo até ao teor óptimo de humidade;
 Em caso de utilização de métodos mecânicos, o material deve ser regado, misturado e
compactado com o teor óptimo de humidade;
 Nos casos em que não estejam disponíveis outros métodos, a humidade de
compactação deve ser determinada através de métodos manuais. Considera-se que o
material se encontra a um teor óptimo de humidade quando uma amostra de solo
formar uma bola e esta não se desintegrar quando cair na palma da mão a uma altura
de 1 m ou quando a bola fissurar se for pressionada com o dedo. Se a bola se
desintegrar completamente, significa que a humidade se encontra abaixo do teor
óptimo e se esta se deformar sem fissurar ou se libertar humidade significa que tem
demasiada humidade. [Poderão ser utilizados outros métodos em campo. Por
exemplo, o método do banho de areia, que consiste em encher um prato com areia
quente e em aquecer na areia quente uma amostra de solo humedecida, sendo em
seguida novamente pesada];
 A compactação do material deve ser realizada com a ajuda de cilindros vibradores
pneumáticos (que poderão ser do tipo rebocável) ou, no caso de uso de mão-de-obra
manual, cilindros vibradores apeados;
 A compactação deve ser efectuada até não ser possível obter uma densificação
adicional pela passagem dos cilindros (compactação até à “nega”). Isto poderá ser
determinado através da construção de um troço experimental. Este procedimento
envolve a colocação de tacos no solo ou na fundação após a rega, amassadura e
nivelamento do material até este estar pronto para ser sujeito a compactação. O
espaçamento entre os tacos deve ser o adequado que permita a passagem do cilindro
sem os afectar. Estica-se um fio sobre os tacos e a altura do fio é medida desde a
camada do solo em posições predefinidas (mínimo de 5 posições). Em seguida,

91
efectua-se uma passagem do cilindro e mede-se novamente a altura. Este
procedimento é repetido até cerca de 15 passagens. A altura ou de preferência a
variação da altura é anotada, sendo colocada num gráfico com o número da
passagem. O gráfico nivela quando já não ocorre mais nenhuma alteração na altura
durante as passagens seguintes e o número de passagens correspondente
assinaladas no gráfico é o número mínimo de passagens até ao ponto de “nega”. Os
cilindros modernos permitem determinar o ponto de “nega” automaticamente. Deve-se
também verificar a degradação dos materiais através da verificação da granulometria
antes e após a compactação.
 O número de passagens necessário depende da capacidade do cilindro. Deve
construir-se um troço experimental para a determinação do número exacto de
passagens necessário para assegurar a obtenção do nível de compactação exigido
(95% AASHTO Mod.)
 O nível de compactação deve ser determinado quer através do método da garrafa de
areia (assegurar a calibração da areia) quer através do método Troxler (deverá estar
calibrado);
 Devem ser efectuados ensaios adicionais dos materiais presentes na estrada, após
mistura, de forma a assegurar a sua conformidade com as normas de qualidade;
 Após compactação, a largura, pendente e espessura devem ser medidos e
comparados com as especificações indicadas nos projectos. Deve utilizar-se uma
régua de abaulamento para controlar o pendente e o abaulamento e um sistema de
verificação da espessura (os buracos escavados durante o método da garrafa de areia
poderão ser utilizados para este efeito);
 A pendente deverá estar conforme o projecto e deverá permitir a evacuação rápida da
água da superfície da estrada. Deverão ser evitados danos à superfície ou transporte
de material sobre a superfície;
 A inclinação do abaulamento depois da compactação deve ser de 5 % para estradas
não asfaltadas e de 2,5 % para estadas asfaltadas e um máximo de 8 % nas
sobreelevações. Maiores inclinações ou pendentes favorecem a erosão da superfície
da estrada;
 Os limites da tolerância aceitáveis para a largura da estrada são de ± 20 mm e para o
abaulamento são de ± 0,5 %;
 O controlo do abaulamento deve ser feito por meio de nivelamento automático (ou com
uso de régua de abaulamento e de um nível de bolha, para trabalhos realizados
manualmente);
 A superfície deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidade maiores do que 2
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
 Evitar que o material solto fique nas áreas de drenagem da estrada;
 Remover a sinalização temporária.
Materiais  O Fiscal deve controlar a qualidade dos solos a serem utilizados através de ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação e emitir o documento de aprovação
respectivo;
 O solo aplicado no aterro deverá ter um CBR mínimo de 15%. Deve-se compactar até
93% do AASHTO Mod. ou até que não haja sinais de deformação com passagens
sucessivas do cilindro, tomando as precauções necessárias para assegurar que não
há degradação do material. O grau de compactação deve ser verificado através dos
ensaios de garrafa de areia ou Troxler.
3
Medição  m
 Medição do volume do solo após a compactação.
 MDE

92
Actividade: Bases de solos estabilizados mecanicamente (Camada de saibro) Código:
DMT 1 km: de 0 até 2 km 340
DMT 3 km: de 2 até 4 km 341
DMT 5 km: de 4 até 6 km 342
DMT 7 km: de 6 até 8 km 343
DMT 9 km: de 8 até 10 km 344
DMT 12,5 km: de 10 até 15 km 345
DMT 17,5 km: de 15 até 20 km 346
Transporte a mais de 20 km 347
Código de SATCC 3400
referência
Utilização Utiliza-se estes códigos para a colocação de uma camada de saibro na superfície da faixa
de rodagem após a realização e aprovação dos trabalhos relativos ao código 330
(Abaulamento, regularização, rega e compactação da sub-base).
Os códigos 340-346 incluem a escavação, transporte e colocação do saibro, enquanto o
código 347 é utilizado somente para pagar a transporte adicional acima de 20 km.
A escolha do código depende da Distância Média de Transporte (DMT) entre a câmara de
empréstimo e o local de ensaibramento. Não se utiliza este código nos troços de estradas
com solos naturais com propriedades semelhantes às do saibro, e o Fiscal decide quando
não é necessária a colocação de saibro.
Este código utiliza-se também para a colocação de solos de mistura, importados para
serem misturados com o solo natural da base, com o fim de melhorar as suas
propriedades. Para a abertura da câmara de empréstimo e o seu acesso, utiliza-se o código
351, e para o seu fecho, o código 352.
Tarefas  Compra de licenças para a exploração de saibro;
incluídas  Localizar as câmaras de empréstimo identificadas durante a fase de planeamento;
 Limpeza de arbustos e capim;
 Remoção do material depositado e armazenamento na periferia da câmara de
empréstimo;
 Armazenamento do material de base;
 Execução dos ensaios laboratoriais necessários para (i) verificação da conformidade
da qualidade do saibro com as normas e (ii) verificar que os resultados dos ensaios de
compactação e de resistência satisfazem as normas;
 Colocação de sinalização de segurança na secção da estrada a ser ensaibrada;
 Marcar o eixo e o limite da faixa de rodagem com estacas e indicar a espessura do
saibro (nível de enchimento);
 Marcação de tarefas nos casos em que sejam empregues métodos manuais;
 Preparação da plataforma, incluindo a sua regularização e / ou reparação,
escarificação, e rega para receber o saibro;
 Carregamento, transporte, espalhamento, regularização, rega e compactação do
saibro;
 Colocação de montes de saibro ao lado da estrada em cada 200 m para a sua futura
manutenção;
 Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 De forma a assegurar uma circulação segura do tráfego deve garantir-se a não
existência de perigos resultantes da falta de aderência de veículos sem tracção às 4
rodas e que a circulação de veículos não é interrompida por períodos superiores a 10
minutos;
 Deve comprar-se uma licença para a exploração de saibro junto do Ministério das
Minas em cumprimento dos regulamentos nacionais para a extracção de materiais
naturais;
 A câmara de empréstimo previamente identificada durante a fase de planeamento
deve ser demarcada, incluindo a colocação de marcos de betão marcando a área
abrangida pela câmara de empréstimo;
 A área deve ser limpa de árvores e outra vegetação incluindo capim e raízes até uma
profundidade de 150 mm, sendo esta actividade paga sob o Código 348;
 O material resultante da abertura da câmara deve ser removido e armazenado nas
periferias da câmara de empréstimo. Este material poderá ser utilizado para mistura ou
aterro após devida aprovação por parte do Fiscal, sendo esta actividade paga sob o
Código 348;
 O material escolhido deve ser empilhado e a parte superior e inferior das pilhas devem
ser planas e rectangulares para facilitar a medição das quantidades do material, sendo
esta actividade paga sob o Código 348;
 Devem ser recolhidas 3-5 amostras por pilha para fins de ensaios de qualidade. A

93
colheita e ensaio de amostras devem ser pagas sob o Código 710;
 Nos casos em que o abaulamento efectuado sob o Código 330 necessitar de algumas
reparações antes da colocação da camada de base ou de sub-base, o empreiteiro
deve assumir inteira responsabilidade pelas reparações;
 Os materiais devem ser carregados, transportados e despejados com um
espaçamento predefinido de forma a atingir-se a espessura necessária das camadas
de base e sub-base;
 O solo deve ser espalhado e a espessura da camada após compactação não deve
exceder os 200 mm (normalmente, a espessura preferível das camadas para
compactação corresponde a 150 mm);
 O factor de empolamento do solo, i.e., a alteração no seu volume desde o estado solto
até ao estado compactado, varia entre 1,2 e 1,3. Para atingir uma espessura de 150
mm de camada compactada a espessura da camada antes da compactação deve
corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm). O factor de empolamento efectivo deve
ser determinado com base nos resultados obtidos no troço experimental;
 Deve determinar-se o teor óptimo de humidade para compactação;
 Nos casos em que não estejam disponíveis outros métodos, a humidade de
compactação deve ser determinada através de métodos manuais. Considera-se que o
material se encontra a um teor óptimo de humidade quando uma amostra de solo
formar uma bola e esta não se desintegrar quando cair na palma da mão a uma altura
de 1 m ou quando a bola fissurar se for pressionada com o dedo. Se a bola se
desintegrar completamente, significa que a humidade se encontra baixo do teor óptimo
e se esta se deformar sem fissurar ou se libertar humidade significa que tem
demasiada humidade. [Poderão ser utilizados outros métodos em campo. Por
exemplo, o método do banho de areia, que consiste em encher um prato com areia
quente e em aquecer na areia quente uma amostra de solo humedecida, sendo em
seguida novamente pesada];
 A compactação do saibro deve ser feita com cilindro vibrador pneumático (que poderá
ser do tipo rebocável) ou, no caso de emprego de mão-de-obra manual, com cilindro
vibrador do tipo pedestre;
 A compactação deve ser efectuada até não ser possível obter uma densificação
adicional pela passagem dos cilindros (compactação até à “nega”). Isto poderá ser
determinado através da construção de um troço experimental. Este procedimento
envolve a colocação de tacos no solo ou na fundação após a rega, amassadura e
nivelamento do material até este estar pronto para ser sujeito a compactação. O
espaçamento entre os tacos deve ser o adequado que permita a passagem do cilindro
sem os afectar. Estica-se um fio sobre os tacos e a altura do fio é medida desde a
camada do solo em posições predefinidas (mínimo de 5 posições). Em seguida,
efectua-se uma passagem do cilindro e mede-se novamente a altura. Este
procedimento é repetido até cerca de 15 passagens. A altura ou de preferência a
variação da altura é anotada, sendo colocada num gráfico com o número da
passagem. O gráfico nivela quando já não ocorre mais nenhuma alteração na altura
durante as passagens seguintes e o número de passagens correspondente
assinaladas no gráfico é o número mínimo de passagens até ao ponto de “nega”. Os
cilindros modernos permitem determinar o ponto de “nega” automaticamente. Deve-se
também verificar a degradação dos materiais através da verificação da granulometria
antes e após a compactação;
 O número de passagens de cilindro dependerá da sua capacidade. O Empreiteiro deve
ensaiar para determinar o número de passagens exacto para que seja garantido o
nível de compactação desejada (95% do AASHTO Modificado);
 O grau de compactação deve ser determinado através de ensaio utilizando o Método
da garrafa de areia (a areia deve estar calibrada) ou do método de Troxler (deve estar
calibrado);
 Devem ser efectuados ensaios adicionais dos materiais presentes na estrada, após
mistura, para assegurar a sua conformidade com as normas de qualidade;
 Após a compactação em toda a largura, deve-se medir o declive transversal e a
espessura e comparar com as especificações indicadas no projecto. Deve-se utilizar a
régua de abaulamento para controlar o declive transversal e o abaulamento e um
método de verificação da espessura (os furos abertos durante o método da garrafa de
areia podem ser utilizados para este fim);
 Os limites de tolerância máxima correspondem a ±20 mm, no que se refere à largura,
±5 mm no que se refere à espessura e ±0,5%, no que se refere ao declive transversal.
 O declive transversal não deve apresentar ondulações e irregularidades superiores a 2
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
 Devem ser colocados em intervalos de 200 m ao longo da estrada, montes de saibro

94
3
de 3 m de volume, localizados para fora da faixa da estrada e da valeta, para
actividades de manutenção futuras;
 Retirar a sinalização temporária após a conclusão de todas as actividades.
Materiais  O saibro deverá ser proveniente de fontes aprovadas pelo Fiscal;
 Relativamente às estradas não asfaltadas, as características devem estar em
conformidade com TRH 20:
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton (AIV) entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no
gráfico Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a
seguir apresentado e devem ficar representados dentro das áreas E1 e E2
Figura 7.2.
 Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20 – Figura 7.2, só é válida para a
qualidade de circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas
revestidas. Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda
de saibro e de evolução da rugosidade;
 A seguir apresentam-se as especificações baseadas no desempenho (Figura 7.1) para
materiais da camada de desgaste e devem ter precedência sobre as especificações de
qualidade de circulação.

Figura 7.1: Especificações baseadas no desempenho para a camada de desgaste


Em que
a) a) IP0,075 = Índice de Plasticidade do material que passa no peneiro 0,075mm
b) b) Produto de Plasticidade (PP) = IP0,075x percentagem de material que passa no
peneiro 0,075mm
A gama preferida é 280-480
c) Módulo de Granulometria (GM)
P P P 
2,3 6 0,4 2 5 0,0 7 5
GM  3  
 100 
 
Em que:
P2,36 = % de material que passa no peneiro com abertura 2,36 mm
P0, 425 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,425 mm
P0,075 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,075 mm
A gama preferida é 1,0-1,9

95
Figura 7.2: Especificações referentes às camadas de desgaste (qualidade de
circulação)

Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no
peneiro com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com
abertura 26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm) x
% de material que passa no peneniro com abertura de 4,75mm/100
 O solo deve estar isento de materiais impróprios e de vegetação.
 A camada deve ser compactada até uma densidade mínima de 95% do AASHTO
Modificado.
 O CBR deve ter um valor igual ou superior a 15%.

 No que se refere às estradas asfaltadas, o material deve estar em conformidade com


as seguintes especificações:
o CBR mínimo de 40%
o IP máximo de 12 relativamente aos materiais não-pedogénicos
o IP máximo de 20 relativamente aos materiais pedogénicos.
 As especificações acima descritas são adequadas para as estradas asfaltadas com
baixo volume de tráfego.
3
Medição  m
 Medição do volume do solo após compactação.

Código 347
3
m .km
Se a distância desde a câmara de empréstimo até ao local de descarga do material for
superior a 20 km, o trabalho correspondente deve ser reembolsado em conformidade com
o código 347. O montante de reembolso deve corresponder ao cálculo da distância extra
3
(em km) multiplicado pela quantidade de material em m .

Exemplo:
Se a distância de transporte corresponder a 30 km e o volume da carga corresponder a
3
2000 m , o montante a ser pago é calculado da seguinte forma:
Distância extra para além dos 20 km = 30-20 km = 10 km
3
Quantidade de solo = 2000 m
3
Medição para efeitos de pagamento = 2000 x 10 = 20000 m .km
 Os materiais que sejam aplicados para além da espessura exigida não serão pagos.

96
Actividade: Câmaras de empréstimo Código:
Abertura de câmara de empréstimo 348
Reabilitação e/ou fecho de câmara de empréstimo 349
Código de
referência
Utilização Código 348
Utiliza-se este código para todas as actividades necessárias na abertura e preparação de
uma câmara de empréstimo. (Foto 7.2).

Código 349
Utiliza-se este código para todas as actividades necessárias para a reabilitação e fecho de
uma câmara de empréstimo, com vista à minimização do impacto ambiental e dos riscos
que representa.
Tarefas Código 348
incluídas  Colocação de sinalização de segurança.
 Obtenção da lista e dos detalhes referentes às câmaras de empréstimo identificadas
durante a fase de planeamento do projecto (Manual LVRs Vol 1);
 Obtenção dos resultados dos ensaios dos materiais realizados durante os trabalhos de
prospecção;
 Demarcação da área de escavação (definição das tarefas em caso de aplicação do
método baseado em meios manuais);
 Limpeza da área e remoção da vegetação e demolição dos eventuais elementos
desnecessários situados dentro da área de trabalho e no acesso à câmara de
empréstimo;
 Escavação e remoção do material de cobertura;
 Escavação de furos de sondagem para marcação da profundidade de escavação, em
caso de trabalhos baseados em métodos manuais;
 Escavação do material;
 Armazenamento do material;
 Construção do acesso à câmara de empréstimo;
 Retirar a sinalização temporária.

Código 349
 Colocação de sinalização de segurança;
 Redução da inclinação de taludes laterais;
 Espalhamento de solos superficiais escavados na abertura da câmara de empréstimo;
 Plantio de relva de cobertura;
 Conservação do plantio com rega durante os primeiros 30 dias;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Código 348
 Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 A câmara de empréstimo deve ficar situada a pelo menos 50 m da reserva da estrada;
 A sua localização deve ser planificada para minimizar a necessidade de ocupar
terrenos em uso ou de derrubar árvores;
 Os solos de recobrimento devem ser removidos para fora da área de demarcação da
câmara de empréstimo e armazenados. Estes poderão ser eventualmente utilizados
em misturas com agregados e poderão ser utilizados na reabilitação da câmara de
empréstimo após a extracção do material (saibro);
 Imediatamente após o armazenamento do material necessário, deve efectuar-se a
colheita de amostras adequadas, sendo estas enviadas imediatamente para o
laboratório a fim de serem sujeitas a ensaio. Esta actividade será paga sob o Código
710. Os ensaios devem incluir a plasticidade, a granulometria, a compactação, o CBR
e outros conforme for especificado pelo Fiscal;
 A quantidade de material disponível na câmara de empréstimo deve ser verificada.
Esta poderá ser calculada com base na medição dos volumes de materiais
armazenados. Os factores de empolamento dos materiais apresentados no Código 340
a 347 devem ser utilizados para a determinação da aptidão ao uso do material no troço
de aplicação, de acordo com os dados apresentados no diagrama de transportes de
volumes (este diagrama deve indicar qual a câmara de empréstimo que cobre os
vários troços de estrada);
 Retirar a sinalização temporária.

97
Código 349
 Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 A inclinação máxima dos taludes da câmara de empréstimo não deve ultrapassar 45º;
 Com base nas instruções do Fiscal, os solos de cobertura que foram removidos
durante a abertura da câmara de empréstimo devem ser recolocados no local de forma
a favorecer o crescimento da vegetação;
 Uma cobertura constituída por relva deve ser plantada e regada durante um mês;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 Medição do número de câmaras de empréstimo abertas e reabilitadas durante a
vigência do contrato.
 MDE

Câmara de empréstimo de saibro siltoso de calcreto Câmara de empréstimo profunda de areia vermelha.
Saibro com material de recobrimento armazenado Reabilitação difícil
lateralmente

Foto 7.2: Câmaras de empréstimo ilustrando extracções superficiais e profundas

98
Actividade: Construção da Base / Sub-base Código:
Estabilização de solos in-situ com cimento – (espessura e 350
percentagem de cimento são pré- predefinidos)
Agente estabilizante para código 350 (Cimento) 351
Código de SATCC 3500
referência
Utilização Utilizam-se estes códigos para estabilização de material usado como base ou sub-base de
pavimento, com a mistura com um agente, nomeadamente cimento Portland. O solo-
cimento é uma mistura de solo, cimento e água em proporções definidas de acordo com o
estudo da mistura, incluindo a dosagem de cimento a qual é influenciada pela
granulometria do solo, e pela resistência do material estabilizado.
Este código inclui as actividades de mistura, regularização, nivelamento, rega e
compactação do material de base ou de sub-base, Foto 7.3. A quantidade de cimento é
reembolsada sob o código 351. A importação de solos para a sub-base são reembolsados
sob os códigos 340 – 347.
É importante realizar ensaios para garantir que a qualidade das bases ou das sub-bases
estabilizadas com cimento está de acordo com as especificações. Isto será pago de acordo
com o disposto na série 700.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego;
 Fornecimento e armazenamento de materiais;
 Marcação de tarefas;
 Construção de um troço experimental e identificação dos materiais e da % de cimento
que cumpre as especificações do projecto em conjunto com o Fiscal;
 Marcar o eixo e o limite da faixa de rodagem com estacas;
 Limpeza e preparação da superfície da (sub) base;
 Distribuição do cimento sobre a camada de (sub) base;
 Mistura de solos da (sub) base com cimento;
 Rega, regularização e compactação da (sub) base pago de acordo com os códigos
340-347;
 Protecção e cura da (sub) base estabilizada;
 Limpeza do local de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária após a conclusão de todas as actividades.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve aplicar as medidas necessárias para a circulação segura e
ininterrupta do tráfego. Isto poderá implicar a construção de um desvio provisório de
acordo com as instruções do Fiscal.
 O Empreiteiro deve proceder ao armazenamento dos materiais de forma a evitar a
contaminação destes.
 É essencial realizar um controlo da qualidade. As amostras devem ser colhidas de
vários locais de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3-5 amostras por pilha).
Devem ser efectuados ensaios granulométricos, de plasticidade e de compactação e
CBR/DCP-DN.
 O cimento a ser utilizado deve ser do tipo Portland em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente. O cimento deve ser armazenado em edifício próprio,
protegido da humidade e sem estar em contacto com as paredes, chão ou terreno. O
cimento armazenado por mais de 8 semanas não pode ser utilizado na obra. A areia e
a pedra devem ser colhidas em fontes devidamente aprovadas pelo laboratório de
província e em conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente. A areia e a
pedra devem ser limpas; sem conterem vestígios de argilas ou de matéria orgânica.
 O equipamento e as ferramentas a utilizar devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Devem ser realizados levantamentos topográficos para o controlo das obras, como por
exemplo, através da fixação de estacas para marcação dos níveis para a camada de
(sub) base para servir de guia aos técnicos de operação das niveladoras durante o
corte final.
 Os trabalhadores envolvidos devem ser equipados com fatos-macacos, luvas,
máscaras de respiração, óculos e botas.
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Não pode ser feito durante as chuvas, durante período de ventos fortes ou
logo depois das chuvas quando a superfície tem água acumulada.
 Construção de um troço experimental para identificação dos materiais, das misturas,
calibrar o equipamento de mistura e estabelecer a metodologia de execução junto com
o Fiscal;

99
 É necessária a realização de ensaios de laboratório, a fim de garantir obras de boa
qualidade em conformidade com as especificações. Isto será pago de acordo com o
disposto na Serie 700.
 Demarcação e delimitação da área de trabalho.
 Limpeza e preparação da camada de (sub) base removendo o material impróprio.
 Os sacos de cimento devem ser distribuídos uniformemente na superfície, em toda a
largura da faixa de rodagem, segundo as especificações da dosagem (o espaçamento
varia de acordo com o teor de cimento). A posição para colocar os sacos de cimento
deve ser medida e marcada.
 Antes de iniciar a mistura e espalhamento de cimento, os sacos serão contados e
registrados com a presença do Fiscal.
 A distribuição do cimento deve ser tal que o processo de mistura, regularização, rega,
compactação de solos, corte final e acabamento não deve exceder um intervalo de 8
horas a partir do momento em que o cimento entra em contacto com os solos da
camada de (sub) base. O intervalo de tempo desde o início da mistura até a sua
finalização a partir do momento da primeira adição de água deve ser inferior a 6 horas.
Isto é importante para a obtenção da resistência indicada no projecto.
 Devem ser tomadas precauções no manuseio de cimento, devendo ser utilizada a
abordagem correta, que inclui a prevenção de danos ao meio ambiente e os riscos
potenciais para a saúde do pessoal envolvido nas obras e dos utentes da estrada.
 Imediatamente após a distribuição do cimento, misturar este com o solo, pela acção da
moto niveladora, grade de discos, máquina recicladora (que simultaneamente promove
a devida pulverização, homogeneização e humidificação do material) ou outro
equipamento aprovado pelo Fiscal em conformidade com a quantidade de solos a
serem estabilizados.
 Os limites máximos de tolerância referentes ao teor de cimento após mistura devem
corresponder a ±10% dos valores especificados e o valor mínimo não deve ser inferior
a 70% do valor especificado.
 O cimento deve ser misturado apenas até ao nível de profundidade da camada,
evitando a contaminação com o material da camada inferior.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a ocorrência de laminação
e uma mistura inadequada nas juntas de construção.
 Deve-se monitorizar o teor de humidade, que não deverá exceder o teor óptimo de
humidade numa percentagem superior a 2%.
 A compactação deve ser imediatamente realizada após a finalização dos trabalhos de
nivelamento.
 O tipo de cilindro compactador a ser utilizado deve ser escolhido de acordo com o tipo
de solo a ser compactado:
o Cilindro de pés de carneiro seguido da aplicação de um cilindro compactador
pneumático e vibratório, no que se refere aos materiais plásticos.
o Cilindro compactador pneumático e vibratório, no que se refere aos materiais finos
e granulares, incluindo solos arenosos.
o Cilindro de grade seguido de um cilindro compactador pneumático e vibratório, no
que se refere aos materiais de granulometria grossa.
 A compactação deve ser realizada desde a berma até ao eixo longitudinal da via, em
caso de abaulamento normal ou desde o lado mais baixo até ao lado mais elevado, em
caso de sobrelevação.
 A mistura deve ser nivelada e o corte final deve ser executado por um técnico operador
de niveladora experiente para serem atingidos os níveis exigidos e os limites da
tolerância para as dimensões e níveis finais da base especificadas no projecto.
 O período desde o início da compactação até à finalização não deve ser superior a 3
horas.
 O nível de compactação deve corresponder a 100% do AASHTO Mod. da densidade
seca obtida em laboratório. Quando não for possível, devido às características dos
materiais, os graus de compactação que efectivamente poderão ser atingidos devem
ser determinados num troço experimental e as alterações ao grau de compactação em
relação ao limite mínimo indicado nas especificações devem ser submetidas por
escrito ao Fiscal.
 Os troços finalizados devem ser preparados para dar imediatamente início ao processo
de cura. O troço deve ser protegido e curado durante um período mínimo de 7 dias.
 O processo de cura deve consistir num método que permita manter de forma constante
a humidade da superfície da camada, devendo-se adicionar água 24 horas após a
finalização do processo de construção:
o Aplicação de uma faixa de areia sobre a camada e manutenção da humidade da
areia durante todo o período de cura.

100
o A impregnação betuminosa não deve ser considerada como uma forma de cura, uma
vez que a prática tem demonstrado que as camadas de base tratadas com cimento
secam sempre mesmo após a aplicação da impregnação betuminosa.
o A aplicação de água directamente sobre a camada de base estabilizada com
cimento, ou seja, sem a camada de areia ou equivalente não é admissível.
 Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre a camada de base estabilizada
com cimento até à sua selagem. Poderá ser admitida a circulação pontual de veículos
das obras mas apenas após 7 dias de cura.
 Nos casos em que não tenha sido criado um desvio provisório, para a construção da
camada de base tratada com cimento, a circulação deve realizar-se numa única faixa
de rodagem, antes de se proceder à construção da camada de base tratada com
cimento na outra faixa de rodagem. Isto irá permitir evitar a circulação do tráfego nas
camadas de base tratadas com cimento durante longos períodos de tempo, o que
poderá levar à danificação severa da superfície da camada de base. Os defeitos que
possam surgir em resultado da circulação do tráfego numa camada de base não
selada podem levar à rotura prematura da camada de base e da camada superior
pouco tempo após a finalização da construção da estrada, uma vez que o desgaste
das camadas de base com cimento é difícil de corrigir, afectando também a adesão
entre a camada de base e a camada superior.
 Após a finalização da cura, a laminação, que resulta essencialmente da compactação
de camadas finas de material sobre uma superfície lisa da camada de base com
cimento, deve ser verificada através do arrastamento de uma corrente sobre a
superfície. A diminuição no ruído provocado pelo arrastamento da corrente na
superfície é indicativa da presença de laminação na camada de base. A camada
laminada deve ser inteiramente removida e a escavação deve ser preenchida com uma
mistura betuminosa a frio.
 A área de obras deve ser limpa e todos os materiais recolhidos devem ser depositados
num local aprovado pelo Fiscal, a uma distância mínima da reserva da estrada de 10
m, devendo ser espalhado numa camada com uma espessura máxima de 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária após a conclusão dos trabalhos.
Material  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou equivalente.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico/químico que poderá enfraquecer a qualidade do betão.
Medição Código 350
3
 m
 As medições são feitas no volume de solo estabilizado compactado.
Código 351
 Toneladas
 A quantidade de cimento mede-se em Tonelada de cimento Portland.

101
Espalhamento em distâncias predefinidas Pulvemixer para a estabilização de materiais com
cimento

Mistura da camada de (sub)base Compactação da camada de (sub) base

Foto 7.3: Construção da camada de sub-base e de base

102
Actividade: Construção de camadas de base tratadas com emulsões (BTE) Código:

Amassadura no local 352


Amassadura na central 353
Agente de estabilização, Emulsão SS60 354
Código de
referência
Utilização Estes códigos são utilizados para a preparação e colocação de camadas de base tratadas
com emulsões durante a construção de estradas de baixo volume de tráfego, Foto 7.4. A
construção de camadas de base tratadas com emulsões (BTE) comporta a selecção dos
materiais e a amassadura com uma emulsão nas proporções apresentadas na formulação
de mistura, assim como a aplicação das BTE no terreno de fundação ou na camada de
sub-base, a compactação e a cura.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Implantação do estaleiro.
 Escavação dos materiais da câmara de empréstimo e da pilha de reserva.
 Ensaios de qualidade (granulometria, plasticidade, compactação e CBR).

Amassadura no local (código 352)


 Carga, descarga e espalhamento do material de forma a atingir a espessura
apresentada no projecto de dimensionamento do pavimento.
 Aplicação da água de compactação. O teor de humidade deve ser inferior ao teor
óptimo de humidade na percentagem igual ao teor de humidade da emulsão, em
conformidade com a formulação de mistura.
 Amassadura dos materiais até à obtenção de uma distribuição uniforme da água nos
materiais.
 Aspersão da emulsão no material humedecido e amassadura do solo humedecido
com a emulsão.

Amassadura na central (código 353)


 Preparação do local de amassadura, incluindo a compactação do local e construção
de plataformas em betão para armazenamento do material.
 Carga e descarga do material no local de amassadura.
 Colocação e amassadura dos materiais (solos) com água e emulsão nas proporções
apresentadas no projecto.
 Transporte dos materiais desde a central até ao local e despejo.

Compactação
 Espalhamento, corte final e compactação das BTE.
 Cura das BTE.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória no local dos trabalhos com vista a
assegurar a segurança rodoviária.
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para assegurar a circulação
segura e ininterrupta do tráfego, no local dos trabalhos. Isto poderá incluir a
construção de um desvio temporário de acordo com as instruções do Fiscal.
 O Empreiteiro deve proceder ao armazenamento dos materiais de forma a evitar a
contaminação destes.
 É essencial efectuar um controlo da qualidade. As amostras devem ser colhidas em
diferentes locais de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3-5 amostras por
pilha). Os ensaios devem incluir ensaios granulométricos, de plasticidade e de
compactação.

Amassadura no local (código 352)


 O material deve ser transportado, descarregado e espalhado de forma a obter-se a
espessura apresentada no projecto após compactação.
 Deve adicionar-se apenas a água necessária para obter um teor de humidade inferior
ao teor de fluido óptimo (OFC) numa percentagem igual à quantidade de emulsão
necessária para as BTE.

OFC = OMC = Teor de humidade no solo +Teor de humidade adicionado +


emulsão

 É possível diluir a emulsão com água para retardar a rotura mas deve tomar-se as
medidas necessárias para evitar exceder o OFC.

103
 O material deve ser cuidadosamente amassado com água de forma a dar origem a
uma mistura homogénea.
 A emulsão deve ser pulverizada no material humedecido de forma a permitir a
obtenção das quantidades necessárias para estabilização, com uma tolerância de
±5%.
 O material será amassado cuidadosamente, utilizando um destes meios:
o Tractor com grade de discos – passar uma grade de discos a elevada velocidade
sobre o material imediatamente após a aplicação da emulsão de forma a que a
amassadura seja efectuada antes da rotura da emulsão. A amassadura deve
continuar até à homogeneização total da BTE.
o Central com “rotavators” ou “pulvemixers” – são equipamentos pesados que
permitem a aplicação da água e da emulsão no material mantendo a rotação da
mistura a elevada velocidade. Este método permite a obtenção de bons resultados
mas o equipamento é muito dispendioso.

Amassadura na central (código 353)


 O material deve ser colocado na central, seguindo-se a adição de água. A emulsão é
adicionada no final após a amassadura do material e da água. A água adicionada
deve ser a suficiente para atingir o OFC na mistura BTE.
 A BTE deve ser amassada até à sua homogeneização total.
 O transporte para o local deve ser efectuado imediatamente após a amassadura e o
material deve ser transportado com uma cobertura para evitar a rotura demasiado
rápida da emulsão. Antes de se proceder à amassadura, devem ser realizados
ensaios para a determinação do tempo de rotura da emulsão na BTE, para a
verificação do tempo que decorre até ao início da rotura da emulsão.
 O material deve ser despejado e espalhado de forma a ser imediatamente sujeito a
compactação.

Compactação
 A BTE deve ser espalhada em toda a largura de acordo com os níveis da camada de
base indicados no projecto. O corte final deve ser realizado após duas ou três
passagens do cilindro compactador. A superfície da BTE deve estar isenta de
irregularidades; deve ser aplicada uma tolerância máxima de 20 mm no que se refere
às irregularidades medidas com uma régua de 2 m.
 Se o material for composto por materiais finos como a areia, deve ser utilizado um
equipamento de compactação leve. Isto poderá incluir a utilização de cilindros
vibradores de 1,7 toneladas, ou de compactadores de pneus leves. Este aspecto é
devido ao facto de os materiais finos não serem suficientemente estáveis e ao facto
da camada de BTE apresentar uma tendência para deformar sob o peso de um
equipamento de compactação pesado.
 A compactação deve ser realizada até à nega, excepto nos casos em que existam
sinais de degradação dos materiais.
 Contudo, poderá utilizar-se uma central pesada em materiais grossos que apresentam
uma maior estabilidade durante a estabilização com emulsões.
 Para efeitos de controlo de qualidade da compactação, os graus de compactação em
campo devem ser medidos com o auxílio do Troxler. O gráfico de avaliação da
compactação deve ser utilizado para a avaliação e aprovação da compactação.
 A qualidade da BTE aplicada deve ser determinada através da execução de ensaios
do teor de betume. A quantidade de betume presente na emulsão deve estar em
conformidade com o projecto.
Materiais  Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal.
 A areia costeira com uma percentagem de partículas entre 90 – 95% passando no
peneiro com abertura de malha de 2 mm ou mais grossa pode ser utilizada para a
construção da BTE.
 A emulsão deve ser do tipo SS60 e deve ser certificada pelo fabricante.
3
Medição  m
 As medições são efectuadas no volume da BTE compactada.
 MDE

104
Construção de BTE com base em mão-de-obra Aplicação de emulsão diluída numa camada de base
manual de areia humedecida

Mistura de emulsão e camada de base de areia Aplicação de BTE utilizando uma pavimentadora
utilizando tractor e grade de discos

Foto 7.4: Construção de uma camada de base tratada com emulsão

105
Actividade Construção de camadas de desgaste e de camadas de base com Código: 355
misturas de materiais
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a preparação e construção de camadas de base com mistura
de materiais durante a construção de estradas, Foto 7.5. A mistura de materiais para
camadas de base consiste na mistura de 2 ou mais materiais de qualidade individual
inferior mas que ao serem misturados dão origem a um material de qualidade superior. O
material misturado deve preencher as especificações mínimas aplicáveis à camada de
base.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Implantação do estaleiro;
 Escavação dos materiais nas câmaras de empréstimo e respectivo armazenamento;
 Ensaios de qualidade (granulométricos, de plasticidade e de compactação);
 Carga, descarga e espalhamento do primeiro material para atingir a espessura
determinada no projecto de mistura. Carga, descarga e espalhamento do material
seguinte até à espessura indicada no projecto de mistura;
 Mistura cuidadosa dos materiais;
 Rega, mistura e compactação dos materiais misturados;
 Corte final para remoção das irregularidades;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve desenvolver medidas destinadas a assegurar a circulação do
tráfego sem interrupções. Isto poderá envolver a construção de um desvio temporário
de acordo com as instruções do Fiscal;
 O Empreiteiro deve armazenar os materiais, evitando a sua contaminação;
 É essencial efectuar um controlo da qualidade adequado. As amostras devem ser
colhidas em várias partes de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3 amostras
por cada pilha de armazenamento). Devem ser realizados ensaios granulométricos,
de plasticidade e de compactação;
 Deve ser criada uma formulação de mistura com as seguintes proporções: 70:30,
50:50, 30:70 ou outras proporções propostas pelo laboratório de ensaios de material;
 Os materiais devem ser carregados, transportados, descarregados e espalhados em
separado. Após o espalhamento, as camadas devem ficar em sobreposição. As
proporções das espessuras devem ser iguais às proporções apresentadas no projecto
de mistura.
 A mistura dos materiais deve ser efectuada antes destes serem regados. Quando a
mistura estiver homogeneizada, procede-se à humidificação do material,
prosseguindo o processo de mistura até a água de compactação estar uniformemente
distribuída e atingir o teor óptimo de humidade;
 A mistura deve ser compactada até atingir um grau de compactação mínimo de 95%
do AASHTO Modificado ou até à nega da compactação por um cilindro com um peso
mínimo de 8 toneladas;
 Relativamente ao controlo da qualidade da compactação, os graus de compactação
em campo devem ser medidos através da garrafa de areia ou do Troxler. O gráfico de
avaliação da compactação deve ser utilizado para a avaliação e aprovação da
compactação.
Materiais  Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal;
 Os solos que sejam destinados a mistura devem preencher os valores de CBR
mínimos indicados na formulação de mistura. A mistura deve ser sujeita a ensaios e
as suas propriedades deverão preencher as exigências mínimas.
3
Medição  m
 São efectuadas medições do volume do solo compactado.
 MDE

106
Mistura de areia e calcreto Espalhamento da mistura e corte final da camada de
Nota: O processo de mistura também pode ser base misturada utilizando uma niveladora
efectuado através da aplicação dos materiais em 2
camadas seguido de amassadura

Camada de base acabada Materiais misturados para a camada de desgaste


após 2 anos de circulação de tráfego

Foto 7.5: Construção de uma camada de base com mistura de materiais apresentando os
processos construtivos

107
Actividade Construção de camadas de base reforçadas (“Armoured Bases”) Código:
Agregados para o reforço 356

Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a preparação e colocação de camadas de base reforçadas
durante a construção das estradas, Foto 7.6. O reforço das camadas de base consiste na
aplicação de agregado grosso por cima das camadas de base fracas. Este código indica os
procedimentos a adoptar para a utilização do reforço. O objectivo do reforço é o aumento
da capacidade de resistência da camada de base e o reforço da interface entre a camada
de base e a camada superior.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Implantação do estaleiro;
 Escavação dos materiais nas câmaras de empréstimo e armazenamento;
 Ensaios de qualidade (granulometria, plasticidade, compactação e CBR);
 Carga, descarga e espalhamento do primeiro material para atingir a espessura
determinada na formulação de mistura;
 Rega e compactação da camada de base;
 Aplicação do agregado através de métodos manuais ou mecânicos;
 Corte final para remoção das irregularidades;
 Rega da superfície da camada de base;
 Retirar a sinalização temporária;
 Aplicação do agregado e respectivo espalhamento formando uma cobertura uniforme
de agregado;
 Compressão do agregado contra a camada de base.
 Remover a sinalização temporária
Normas  Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve desenvolver medidas destinadas a assegurar a circulação do
tráfego sem interrupções. Isto poderá envolver a construção de um desvio temporário
de acordo com as instruções do Fiscal;
 O Empreiteiro deve armazenar os materiais, evitando a sua contaminação;
 É essencial efectuar um controlo da qualidade adequado. Para este efeito, as amostras
devem ser colhidas em várias partes de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3
amostras por cada pilha de armazenamento). Deve realizar-se ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação;
 Os materiais devem ser carregados, transportados, descarregados, regados e
compactados até atingirem um grau de compactação de cerca de 91% do AASHTO
Modificado;
 O agregado, com uma dimensão de 30-40 mm, deve ser colocado e espalhado na
superfície da camada de base compactada. O reforço deve ser verificado e todos os
vazios presentes no agregado devem ser preenchidos à mão;
 O agregado deve ser comprimido contra a camada de base com o auxílio de um
cilindro pesado no modo de vibração de amplitude elevada. As passagens do cilindro
devem ser aplicadas uniformemente até à nega. Isto significa que deixa de ocorrer
uma penetração adicional do agregado na camada de base após as várias passagens.
Nesta fase, a camada de base fraca encontra-se perfeitamente reforçada;
 Para controlo da qualidade da compactação, os graus de compactação em campo
devem ser medidos através do Troxler. O gráfico de avaliação da compactação deve
ser utilizado para a avaliação e aprovação da compactação.
Materiais  Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal.
 O CBR do material constituinte da camada de base deve ser sujeito a ensaio e não
deve ser inferior a 20% e o IP não deve ser superior a 22%.
 O agregado deve ter uma dimensão entre 20 e 40 mm, sendo admissível uma
dimensão máxima de 50 mm. O agregado deve ser simples e isento de qualquer
revestimento argiloso. Poderá ser constituído por pedra britada, gravilha grossa
peneirada (incluindo calcreto ou calcário, quartzo, riolito, etc.)
3
Medição  m
 São efectuadas medições do volume do solo compactado.
 MDE

108
Espalhamento do agregado para reforço; a camada Espalhamento do agregado utilizando uma
de base de areia é compactada e escarifica-se os 50 niveladora; o agregado pode também ser espalhado
mm do topo desta camada antes da aplicação do com recurso a mão-de-obra
agregado

Troço completo da camada de base reforçada após Camada de base reforçada com tratamento
passagem do cilindro superficial com areia

Foto 7.6: Camadas de base com misturas ilustrando os processos de construção

109
Actividade: Estabilização de taludes Código: 360

Código de
referência
Aplicação Este código destina-se à aplicação em todos os trabalhos a realizar para a estabilização
de taludes em escavações e aterros em zonas com elevado risco de ocorrência de
desabamentos de terreno, queda de rochas ou árvores ou áreas de escavação e aterro e
também após a limpeza dos taludes. Os solos expostos pela escavação em cortes
tornam-se instáveis devido à fraca resistência do solo, à falta de vegetação levando à
ruptura e perda de solos e à falta de uma drenagem superficial adequada nos taludes (tais
como valas de crista).

Em primeiro lugar deve identificar-se a causa de instabilidade do talude. Geralmente, as


causas estão relacionadas com as condições adversas dos solos ou da água ou ambas. A
solução para este problema deve ser definida pelo Fiscal após inspecção e execução das
investigações necessárias no local.

O Fiscal deve propor a solução mais viável e adequada possível.


As obras destinadas à protecção de taludes através do uso de muros de suporte, alvenaria
de pedra, gabiões, vegetação, valas de crista, etc. devem ser reembolsadas através dos
códigos respectivos 640 a 643, 252, 270, 250, 212. O reembolso sob estes códigos deve
apenas incluir a redução na inclinação dos taludes ou a construção de taludes com
degraus em conformidade com os desenhos em projectos de reabilitação e melhoria
localizada. As actividades envolvendo a reparação de taludes no âmbito da manutenção
de rotina e periódica devem ser reembolsadas sob o Código 824.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a circulação do tráfego existente.
 Identificação da natureza do problema e da sua possível solução juntamente com o
Fiscal.
 Marcação das tarefas para escavação, corte e regularização ou suavização dos
taludes;
 Execução das actividades para reparação dos taludes incluindo:
o Redução do ângulo de inclinação do talude através da escavação e remoção
dos solos;
o Escavação de degraus nos taludes;
o Redução da sobrecarga nos taludes.
 Remoção dos materiais escavados para um local aprovado pelo Fiscal;
 Preenchimento das ravinas causadas pela erosão com material adequado;
 Espalhamento, rega e compactação dos solos nos taludes;
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas  Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária;
 O empreiteiro deve interromper a circulação do tráfego durante a remoção dos
materiais dos taludes;
 Deve evitar-se o trabalho sob taludes instáveis;
 Nos casos em que exista um fluxo de água ou água em excesso no solo devem ser
tomadas medidas para drenagem dos taludes utilizando tubagens de drenagem com
materiais granulares, de acordo com as instruções do Fiscal antes de se dar início aos
trabalhos de construção. Este trabalho será pago sob o código 370.
 Os trabalhos devem ser organizados de tal forma que a passagem do tráfego não
será interrompida por mais de 10 min. Deve marcar-se sempre um traçado para
facilitar o movimento do tráfego e deve assegurar-se a circulação do tráfego de
veículos sem tracção às 4 rodas em condições de segurança.
 Marcação e delimitação das áreas de trabalho.
 Redução do ângulo de inclinação do talude: isto irá proporcionar uma maior
estabilidade e irá prevenir a ocorrência de deslizamento. Idealmente, os taludes
devem ter uma inclinação pouco acentuada e devem ter vegetação plantada.
 A Tabela a seguir mostra a relação entre a inclinação dos taludes e o tipo de solos,
Tabela 7.1.

110
Tabela 7.1: Inclinação (máx.) adequada para os taludes em relação ao tipo
de solos

Talude adequado (Vertical:


Condição dos materiais
Horizontal)
Taludes em rocha 4:1 a 2:1
Solos Rígidos 4:1 a 2:1
Rocha com muitas fissuras 1:1 a 1:1.5
Solos granulares, grossos ou
1:1.5
soltos
Solos argilosos 1:2 a 1:3
Áreas com solos moles com
1:2 a 1:3
argila ou alagadas
Aterro com mistura de solos 1:1.5 a 1:2
Aterro com rochas rígidas 1:1 a 1:3
Escavação e aterros com altura
1:2 a 1:3
reduzida

 Construção de taludes em degraus: Irá proporcionar uma maior estabilidade ao


longo da altura efectiva dos taludes. O ângulo de inclinação deve estar em
conformidade com os valores apresentados na Tabela 7.1. Deve prever-se a
construção de degraus nos taludes de forma a reduzir os ângulos de inclinação,
de acordo com as instruções do Fiscal.

 Recarga do talude: Os taludes em escavação ou em aterro com uma base


alargada devem ser estabilizados através de recarga dos taludes deslizados sem
a remoção do material deslizado. Isto implica um alargamento acrescido da base
do talude, colocando-se material destinado a evitar a futura ocorrência de
deslizamentos adicionais.
 Os materiais devem ser compactados utilizando um cilindro manual nas camadas
com uma espessura igual ou superior a 15 cm, seguindo-se a orientação geral do
talude.
 Os trabalhos finais a serem executados para a estabilização do talude devem
assegurar a dispersão adequada das águas pluviais e a protecção dos taludes
através da colocação de um coberto vegetal se necessário (pago sob o código
250).
 Durante a execução dos levantamentos topográficos devem ser utilizadas
técnicas adequadas, tais como estacas de nivelamento, níveis de bolha, cruzetas
e bandeirolas ou nível automático, assim como pessoal especializado para a
demarcação e controlo dos trabalhos.
 Os materiais devem ser removidos dos taludes sem colocar em perigo a
segurança dos trabalhadores e demais utentes.
 O material escavado dos taludes deve ser removido para um local aprovado pelo
Fiscal e espalhado ou utilizado para recarga do talude, tal como indicado.
 É recomendável dosear a escavação e aterro durante a fase de construção de
forma a reduzir-se os movimentos de terras.
 Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais  Não aplicável.
3
Medição  M
 Medições do volume de solo removido e de solo colocado.
 MDE

111
Actividade: Fornecimento e colocação de geotêxtil Código:
Para a separação e estabilização (reforço) dos solos do leito da estrada 370

Código de SABS 221-88 Ensaio de materiais.


referência AASHTO 620 Instalação.
AASHTO 705.03 Especificações técnicas.
Aplicação O geotêxtil é um têxtil permeável utilizado predominantemente em engenharia geotécnica
para fins de separação do leito do pavimento, estabilização (ou reforço) dos solos do leito
do pavimento, drenagem subterrânea (filtros) e protecção contra a erosão.

Existem vários tipos de geotêxteis disponíveis nos mercados internacionais. O tipo de


geotêxtil a ser utilizado depende das funções a que se destina. Os geotêxteis
essencialmente utilizados para filtros são mais permeáveis e menos resistentes, enquanto
os geotêxteis utilizados para a separação e reforço dos solos do leito do pavimento ou da
camada de fundação são menos permeáveis e mais resistentes.

Código 370 envolve a colocação de geotêxteis nos locais indicados no projecto em


conformidade com os desenhos, tendo por objectivo a separação do solo do leito do
pavimento do material da camada de fundação de forma a melhorar a drenagem dos
solos, aumentando-se assim a resistência.

A colocação e compactação das camadas de base e de fundação devem ser realizadas de


acordo com os códigos 330 e 340.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Limpeza, regularização e compactação do material onde será colocado o geotêxtil,
removendo-se toda a vegetação, pedras e objectos.
 Fornecimento e transporte do geotêxtil.
 Esticamento e colocação do geotêxtil manualmente sobre o solo preparado para o
efeito, em conformidade com as normas de execução.
 Fixação, ligação e protecção adequadas do geotêxtil.
 Reparação e remendo do geotêxtil caso este esteja rasgado ou perfurado.
 Remoção e armazenamento do geotêxtil que sobrar desta operação e limpeza da
área de trabalho.
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas Segurança rodoviária:
 Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária.
Armazenamento do geotêxtil:
 O geotêxtil não deve ser armazenado no chão.
 O geotêxtil não deve ser exposto ao ar (especialmente à luz do sol) por períodos
superiores a 2 dias antes de ser colocado e coberto.
 O material de cobertura dos rolos só deve ser removido na altura da colocação do
geotêxtil.

Preparação da superfície:
 O talude da superfície deve estar em conformidade com o projecto de forma a garantir
uma drenagem adequada da superfície.
 A superfície deve estar limpa de pedras com dimensão superior a 25 mm e de
objectos afiados.
 Em áreas pantanosas, poderá deixar-se vegetação nas superfícies onde o geotêxtil
irá ser colocado desde que os objectos afiados sejam removidos.
 Todos os troncos e arbustos devem ser cortados até um nível de profundidade de 20
cm abaixo da superfície onde o geotêxtil irá ser colocado. Os buracos resultantes
desta operação devem ser preenchidos com solos aprovados pelo Fiscal.
 Neste tipo de terreno, deve implementar-se um sistema de suporte do geotêxtil
durante a sua instalação.

Colocação do geotêxtil:
 Em caso de terrenos ingremes, o geotêxtil deve ser esticado com o auxílio de
equipamento tal como um tractor ou qualquer outro equipamento aprovado pelo fiscal.
 O geotêxtil deve ser esticado de forma a evitar a formação de ondulações.
 O geotêxtil não deve ser exposto a temperaturas elevadas por um período superior a
2 dias.

112
Junção de geotêxteis:
 As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser efectuadas através de
processos de sobreposição ou de costura.
 Em caso de sobreposição dos rolos de geotêxtil, o rolo de geotêxtil seguinte deve ser
colocado debaixo do rolo anterior.
 Comprimento da sobreposição, Tabela 7.2:

Tabela 7.2: Especificações de sobreposição para a junção de geotêxteis

CBR do solo do leito do Sobreposição sem Sobreposição com


pavimento costura (mm) costura (mm)
<1 Não recomendável 225
1-2 950 150
2-3 750 75
>3 400 25

 Recomenda-se que a sobreposição no final de cada rolo não seja inferior a 1000 mm.
 A tolerância máxima aceitável para a sobreposição deve corresponder a ± 50 mm.
 Em caso de costura, a densidade dos pontos deve corresponder a um mínimo de 150
a 200 por m e deve ser executada utilizando material sintético (poliéster) com uma
resistência mínima à tracção de 20 kg.
 A costura pode ser realizada manualmente ou com uma máquina de costura, Figura
7.3.

Figura 7.3: Junção do geotêxtil (costura com colagem)

 Nas curvas, o geotêxtil deve ser cortado nas sobreposições correspondentes ou


costuras ou dobrado de forma a seguir a geometria da curva.

Revestimento do geotêxtil:
 Recomenda-se o planeamento e coordenação dos trabalhos de preparação do
terreno, colocação do geotêxtil e aplicação da camada de cobertura sobre o geotêxtil
de forma a evitar a exposição prolongada do geotêxtil.
 As rodas do equipamento de colocação da camada de revestimento não devem
assentar directamente no geotêxtil.
 Caso o geotêxtil fique danificado ou rasgado, deve remover-se o material das áreas
afectadas e deve proceder-se à reparação com remendo sobreposto com os
comprimentos acima indicados, (Tabela 7.2).
 Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre o geotêxtil antes da colocação e
compactação do material granular da camada de fundação com uma espessura
mínima de 300 mm, nos casos em que o material granular contenha agregados de
dimensões entre 30 a 50 mm ou uma espessura mínima de 150 mm, caso a
dimensão do material granular seja inferior a 300 mm, evitando-se a danificação do
geotêxtil antes da compactação da camada de solo.
 Não deve permitir-se a ocorrência de movimentos de rotação do equipamento sobre o
geotêxtil.
 A colocação e espalhamento dos materiais granulares sobre o geotêxtil devem ser
sempre executados no sentido das sobreposições (ou seja, na direcção do
desenvolvimento do projecto).
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Materiais  No âmbito destas normas e tendo em conta as variações nas aplicações e

113
ambientais, não é possível fornecer as especificações técnicas para este material.
 Antes de se proceder à aquisição dos geotêxteis, os desenhos do projecto devem ser
consultados para obtenção de especificações técnicas detalhadas e para obtenção da
aprovação por parte do Fiscal. Cada geotêxtil deve ter uma etiqueta contendo
informação acerca do fabrico, número de lote e referência do produto, juntamente
com a certificação de fabrico no que se refere à conformidade com as especificações
técnicas.
2
Medição  M
 Medições da área de superfície do geotêxtil aplicado de acordo com o desenho do
projecto excluindo as sobreposições.
 MDE

114
Actividade: Fornecimento e colocação do geotêxtil Código:
Para filtros (drenagem subterrânea com material granular ou outro) 371

Código de SABS 221-88 Ensaio de materiais.


referência AASHTO 620 Instalação.
AASHTO 705.03 Especificações técnicas.
Aplicação O geotêxtil é um têxtil permeável utilizado predominantemente em engenharia geotécnica
para a separação do leito do pavimento, estabilização (ou reforço) dos solos do leito do
pavimento, drenagem subterrânea (filtros) e protecção contra a erosão.

Existem vários tipos de geotêxteis disponíveis nos mercados internacionais. O tipo de


geotêxtil a ser utilizado depende das funções a que se destina. Os geotêxteis
essencialmente utilizados para filtros são mais permeáveis e menos resistentes, enquanto
os geotêxteis utilizados para a separação e reforço dos solos do leito do pavimento ou da
camada de fundação são menos permeáveis e mais resistentes.

Código 371 envolve a colocação do geotêxtil num dreno para permitir a filtração e
drenagem da água subterrânea e simultaneamente conter os solos adjacentes. As
principais funções do geotêxtil incluem a filtração da água e a prevenção do entupimento
do dreno.

O pagamento da construção do dreno (escavação, fornecimento e colocação do material


granular, colação e compactação dos materiais por cima do dreno) deve ser executado no
âmbito do código 280. Em caso de utilização de tubagens perfuradas, estas devem ser
pagas sob o código 281.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Marcação das dimensões do dreno (comprimento e largura), pendente e
profundidade.
 Escavação da trincheira e verificação do gradiente (em conformidade com o projecto).
 Regularização e limpeza da camada de base e paredes do dreno removendo toda a
vegetação e objectos que possam danificar o geotêxtil.
 Fornecimento e transporte do geotêxtil.
 Esticamento e colocação do geotêxtil manualmente no dreno.
 Fixação, junção e protecção cuidadosa do geotêxtil.
 Reparação e remendo nos casos em que o geotêxtil esteja rasgado ou perfurado.
 (O fornecimento, colocação, espalhamento e compactação do material granular sobre
o geotêxtil faz parte do âmbito do Código 280).
 Dobragem de fecho do geotêxtil por cima do dreno.
 (O preenchimento com solos em conformidade com o projecto faz parte do âmbito do
código 280).
 A remoção e armazenamento do geotêxtil que sobrou da operação e limpeza da área
de trabalho.
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas Segurança rodoviária:
 Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária.
Armazenamento do geotêxtil:
 O geotêxtil não deve ser armazenado no chão.
 O geotêxtil não deve ser exposto ao ar (especialmente à luz do sol) por períodos
superiores a 2 dias antes de ser colocado e coberto.
 O material de cobertura dos rolos só deve ser removido na altura da colocação do
geotêxtil.

Traçado e abertura do dreno (dentro do âmbito do código 280)


 As dimensões do dreno e da pendente devem estar em conformidade com o desenho
do projecto, devendo obter-se a aprovação por parte do Fiscal antes de se proceder à
colocação do geotêxtil.

Preparação da superfície:
 As paredes e fundo do dreno devem ser alisados.
 Em áreas pantanosas, poderá deixar-se vegetação nas superfícies onde o geotêxtil
irá ser colocado desde que os objectos afiados sejam removidos.
 Todos os troncos e arbustos devem ser cortados até um nível de profundidade de 20
cm abaixo da superfície onde o geotêxtil irá ser colocado. Os buracos resultantes
desta operação devem ser preenchidos com solos aprovados pelo fiscal.

115
Colocação do geotêxtil:
 Recomenda-se a aplicação do rolo de geotêxtil utilizando uma largura que permita
embrulhar o geotêxtil sem necessidade de execução de uma junta paralela ao talude
do dreno.
 Cada geotêxtil deve ser desenrolado para se verificar em primeiro lugar se este se
encontra totalmente seco e limpo e em condições adequadas para a sua colocação.
 O geotêxtil deve ser cortado manualmente em conformidade com as dimensões
incluindo a sobreposição e esticado no dreno na direcção oposta ao talude
(começando na extremidade inferior e acabando na extremidade superior, cobrindo o
dreno, especialmente a parte inferior e as suas paredes.
 O geotêxtil deve ser colocado firmemente em contacto com o fundo e paredes do
dreno colocando-se algumas pedras para evitar a ocorrência de folgas. Para facilitar a
adesão às paredes do dreno, o geotêxtil deve ser humedecido antes da sua
colocação e/ou deve utilizar-se um fio de arame para efectuar esta adesão.
 Nos casos em que o geotêxtil se destine a ser utilizado como filtro, este não deve ser
fixado com o auxílio de cavilhas.
 Durante a colocação do geotêxtil no dreno deve evitar-se a ocorrência de ondulações
e devem ser tomadas medidas para assegurar o bom contacto com as paredes
deixando um comprimento adequado no topo para uma sobreposição mínima de 300
mm. O geotêxtil deve ser sempre cortado na parte superior do dreno de forma a
assegurar uma sobreposição mínima de 300 mm.

Junção de geotêxteis:
 As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser realizadas através de
sobreposição ou costura.
 Nos casos em que o dreno tiver uma dimensão inferior a 300 mm, a sobreposição na
parte superior do dreno deve ser no mínimo igual à largura do dreno.
 Recomenda-se começar a trabalhar na extremidade jusante em direcção à
extremidade montante do dreno (de forma similar à colocação de telhas em telhados).
 Comprimento da sobreposição, Tabela 7.3.

Tabela 7.3: Sobreposição mínima necessária para a junção de geotêxteis

CBR do solo do leito do Sobreposição sem Sobreposição com


pavimento costura (mm) costura (mm)
<1 Não recomendável 225
1-2 950 150
2-3 750 75
>3 400 25

 A tolerância máxima aceitável para a sobreposição deve corresponder a ± 50 mm.


 Em caso de costura, a densidade dos pontos deve corresponder a um mínimo de 150
a 200 por m e deve ser executada utilizando material sintético (poliéster) com uma
resistência mínima à tracção de 20 kg.
 A costura pode ser realizada manualmente ou com uma máquina de costura (ver
código 370).
 Nas curvas, o geotêxtil pode ser cortado nas sobreposições ou costuras
correspondentes ou dobrado de acordo com a geometria da curva.

Preenchimento do dreno (pago sob o código 280)


 Em circunstâncias normais, durante o enchimento dos drenos com material granular,
este último não deve ser lançado de uma altura superior a 1m.
 Nos casos em que o geotêxtil fique danificado ou rasgado, deve remover-se o
material das zonas afectadas e o geotêxtil deve ser reparado com um remendo tendo
uma sobreposição com os comprimentos acima indicados, (Tabela 7.3).

Revestimento do geotêxtil (pago sob o código 280)


 Após o revestimento do geotêxtil por cima do dreno, deve colocar-se o preenchimento
de forma cuidadosa evitando a perturbação da sobreposição.
 As rodas do equipamento de colocação da camada de revestimento não devem
assentar directamente no geotêxtil.

116
 Caso o geotêxtil fique danificado ou rasgado, deve remover-se o material das áreas
afectadas e deve proceder-se à reparação com remendo sobreposto com os
comprimentos acima indicados, (Tabela 7.3).
 Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre o geotêxtil antes da colocação e
compactação do material granular da camada de fundação com uma espessura
mínima de 300 mm, nos casos em que o material granular contenha agregados de
dimensões entre 30 a 50 mm ou uma espessura mínima de 150 mm, caso a
dimensão do material granular seja inferior a 300 mm, evitando-se a danificação do
geotêxtil antes da compactação da camada de solo.
 A colocação e espalhamento dos materiais granulares sobre o geotêxtil devem ser
sempre executados no sentido das sobreposições (ou seja, na direcção do
desenvolvimento do projecto).
 Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais Geotêxteis:

 No âmbito destas normas e tendo em conta as variações nas aplicações e


ambientais, não é possível fornecer as especificações técnicas para este material.
 As exigências mínimas aplicáveis à hidráulica adequada do geotêxtil são
extremamente importantes para os drenos rodoviários. O desenho do projecto deve
especificar a permeabilidade e a dimensão das aberturas.
 Antes de se proceder à aquisição dos geotêxteis, os desenhos do projecto devem ser
consultados para obtenção de especificações técnicas detalhadas e para obtenção da
aprovação por parte do Fiscal.
 Cada geotêxtil deve ter uma etiqueta contendo informação acerca do fabrico, número
de lote e referência do produto, juntamente com a certificação de fabrico no que se
refere à conformidade com as especificações técnicas.
2
Medição  M
 Medições do volume (área transversal x comprimento) do dreno em conformidade
com o desenho do projecto.
 MDE

117
Actividade: Fornecimento e colocação do geotêxtil Código:
Para protecção contra a erosão 372
Código de SABS 221-88 Ensaio de materiais
referência AASHTO 620 Instalação
AASHTO 705.03 Especificações técnicas
Aplicação O geotêxtil é um têxtil permeável utilizado predominantemente em engenharia geotécnica
para a separação do leito do pavimento, estabilização (ou reforço) dos solos do leito do
pavimento, drenagem subterrânea (filtros) e protecção contra a erosão.

Existem vários tipos de geotêxteis disponíveis nos mercados internacionais. O tipo de


geotêxtil a ser utilizado depende das funções a que se destina. Os geotêxteis
essencialmente utilizados para filtros são mais permeáveis e menos resistentes, enquanto
os geotêxteis utilizados para a separação e reforço dos solos do leito do pavimento ou da
camada de fundação são menos permeáveis e mais resistentes.

Código 372 envolve a colocação do geotêxtil em áreas susceptíveis à ocorrência de


erosão (taludes) normalmente em conjunção com a colocação de enrocamento (pedra
arrumada à mão). A função do geotêxtil consiste na retenção dos solos adjacentes,
prevenindo-se deste modo a perda de partículas finas do aterro filtrando ao mesmo tempo
a água proveniente do talude/aterro.

As dimensões da protecção devem ser indicadas no desenho do projecto. A colocação do


enrocamento deve ser reembolsado sob o código 252 (Pedra arrumada à mão).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Preparação e alisamento da área de trabalho para a protecção do talude/aterro.
 Fornecimento e transporte do geotêxtil.
 Escavação da trincheira (fundações) destinada ao geotêxtil.
 Esticamento, colocação e fixação (nos cantos) manual do geotêxtil no talude/aterro.
 Fixação, junção e protecção cuidadosas do geotêxtil.
 Reparação e remendo do geotêxtil caso este esteja rasgado ou perfurado.
 Remoção e armazenamento do geotêxtil que sobrou desta operação e limpeza da
área de trabalho.
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas Segurança rodoviária:
 Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária.
Armazenamento do geotêxtil:
 O geotêxtil não deve ser armazenado no chão.
 O geotêxtil não deve ser exposto ao ar (especialmente à luz do sol) por períodos
superiores a 2 dias antes de ser colocado e coberto.
 O material de cobertura dos rolos só deve ser removido na altura da colocação do
geotêxtil.

Preparação da área de trabalho:


 O traçado e marcação da área de trabalho devem ser efectuados em colaboração
com o Fiscal.
 O talude ou aterro deve ter uma inclinação de acordo com o desenho do projecto.
 Poderá deixar-se vegetação na superfície onde o geotêxtil será colocado desde que
os objectos afiados sejam removidos. Todos os troncos e arbustos devem ser
cortados até uma profundidade de 20 cm abaixo da superfície onde o geotêxtil irá ser
colocado. Os buracos resultantes desta operação devem ser preenchidos com solos
aprovados pelo Fiscal. Neste tipo de solo, deve implementar-se um sistema de
suporte do geotêxtil durante a instalação deste.
 Devem ser escavadas trincheiras com uma profundidade mínima de 1 m nas
extremidades para prender o geotêxtil em conformidade com o projecto.

Colocação do geotêxtil:
 O geotêxtil deve ser cortado e esticado manualmente sobre o talude/aterro.
 O geotêxtil deve ser preso em contacto com a superfície do talude ou aterro sendo
suportado por algumas pedras de forma a evitar a ocorrência de folgas.
 O geotêxtil não deve ser fixado com o auxílio de cavilhas nos casos em que este se
destine a ser utilizado como filtro.
 Durante a colocação do geotêxtil no dreno deve evitar-se a ocorrência de ondulações
e devem ser tomadas medidas para assegurar o bom contacto com o talude/aterro.

118
 As extremidades do geotêxtil devem ser presas tal como ilustrado na Figura 7.4.

Figura 7.4: Colocação do geotêxtil para protecção do talude

O GEOTÊXTIL DEVE SER DESENROLADO AO LONGO DO TALUDE OU NO SENTIDO


DESCENDENTE

Junção de geotêxteis:
 As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser efectuadas através de
sobreposição ou costura.
 Recomenda-se a aplicação de um rolo de geotêxtil com largura suficiente para cobrir
toda a largura do talude/aterro, evitando-se a necessidade de realização de juntas
perpendiculares à inclinação do talude/aterro.
 Comprimento da sobreposição, Tabela 7.4.

Tabela 7.4: sobreposição mínima no que se refere à junção de geotêxteis

CBR do solo do leito do Sobreposição sem Sobreposição com


pavimento costura (mm) costura (mm)
<1 Não recomendado 225
1-2 950 150
2-3 750 75
>3 400 25

 A tolerância máxima de sobreposição deve ser ± 50 mm.


 Durante a elaboração da costura a densidade dos pontos deve corresponder a um
mínimo de 150 a 200 por m, e deve ser realizada com material sintético (poliéster)
com uma resistência mínima à tracção de 20 kg.
 A costura deve ser realizada manualmente ou com o auxílio de uma máquina de
costura. (ver código 370)
 Nas curvas dos taludes/aterro, o geotêxtil deve ser cortado nas sobreposições ou
costuras correspondentes ou deve ser cortado de forma a seguir a geometria da
curva.

Protecção contra a erosão utilizando pedra arrumada à mão (enrocamento)


 O geotêxtil deve ser protegido através de pedra arrumada à mão ou gabiões (pagos
sob os códigos 251 e 260).
 A espessura da protecção deve estar em conformidade com o desenho do projecto e
deve ter um mínimo de 0,5 m ou 1,5 x de diâmetro dos calhaus, o que for maior.
 A colocação do material de protecção deve ser efectuada manualmente começando
no fundo do talude/aterro.
 A colocação da pedra deve ser executada cuidadosamente para evitar rasgar o
geotêxtil.
 Se o geotêxtil ficar danificado ou rasgado, o material nas áreas afectadas deve ser
removido e o geotêxtil deve ser reparado com um remendo sobreposto com os
comprimentos indicados acima, Tabela 7.4.
 Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais  As especificações técnicas referentes aos materiais geotêxteis devem seguir as
observações gerais efectuadas no âmbito dos códigos 370 e 371.

119
Geotêxteis:
 No âmbito destas normas e tendo em conta as variações nas aplicações e
ambientais, não é possível fornecer as especificações técnicas para este material.
 Antes de se proceder à aquisição dos geotêxteis, os desenhos do projecto devem ser
consultados para obtenção de especificações técnicas detalhadas e para obtenção da
aprovação por parte do Fiscal.
 Cada geotêxtil deve ter uma etiqueta contendo informação acerca do fabrico, número
de lote e referência do produto, juntamente com a certificação de fabrico no que se
refere à conformidade com as especificações técnicas.
 O geotêxtil destinado à protecção de taludes e aterros deve ser simultaneamente
resistente e ter capacidade de drenagem da água. Recomenda-se a utilização de um
geotêxtil com uma resistência mínima de 900N (tensão), 350N (fractura) e 2000N
(ruptura).
2
Medição  M
 Medição da área superficial em conformidade com os desenhos do projecto, excluindo
as sobreposições.
 MDE

120
Actividade: Construção de estribos de rodagem em conformidade com o projecto Código:
Betão simples 380
Betão armado 381
Alvenaria de pedra 382
Código de
referência
Aplicação Este código destina-se à construção de estribos utilizando betão simples (código 380) ou
betão armado (código 381) ou alvenaria de pedra (código 382) no pavimento da estrada.

Os estribos são utilizados como pavimento rodoviário cujo objective é suportar as rodas
dos veículos. São utilizados em estradas com baixo volume de tráfego particularmente em
taludes extensos (com inclinações superiores a 7% e solos escorregadios) com o objectivo
de melhorar as condições de circulação e a segurança. A escolha de material, as
dimensões e posições devem estar em conformidade com as indicações do fiscal.

A colocação de estribos é normalmente utilizada nos trabalhos de melhoria localizada.


Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a circulação do tráfego em segurança.
 Fornecimento e transporte dos materiais até ao local da obra.
 Identificação, marcação e definição das posições dos estribos em colaboração com o
Fiscal.
 Escavação das fundações e compactação da camada de base em conformidade com
o projecto.
 Verificação do traçado vertical e horizontal com o auxílio do instrumento de nível de
bolha de ar.

Código 380 e 381


 Colocação da cofragem.
 (No caso do código 381; colocação de uma armadura metálica para reforço do betão
destinado aos estribos).
 Produção, colocação, compactação e cura do betão.
 Remoção da cofragem.
 Preenchimento e compactação da camada de base nas bordas dos estribos.

Código 382
 Colocação e cura da alvenaria de pedra.
 Preenchimento e compactação da camada de base nas bordas dos estribos.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas  Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária.
 Os trabalhos devem ser planeados de forma a que a circulação do tráfego seja
interrompida apenas por períodos máximos de 10 min. Deve existir um traçado
demarcado para facilitar a circulação do tráfego e para assegurar as condições de
segurança para os veículos. Recomenda-se a execução dos trabalhos em lados
alternados da via, permitindo a abertura alternada da via ao tráfego e evitando deste
modo a interrupção total da circulação.
 A escavação dos estribos deve ser executada de acordo com as dimensões dos
estribos, procedendo à escavação com o auxílio de pás e picaretas e tomando as
devidas precauções para evitar a queda de materiais na escavação. A escavação
deve ser realizada em terreno firme livre de pântanos e matéria orgânica.

121
Figura 7.5: Desenhos ilustrativos do traçado e dimensões para a construção
de um estribo de rodados

 A profundidade da escavação deve ser verificada. Se o material de fundação for fraco


(pântanos, argilas, etc.) deve proceder-se ao aterro com material mais resistente e de
preferência granular, aplicando-se uma camada com uma espessura mínima de 10
cm compactada.
 As fundações devem ser niveladas.

Betão
 A cofragem deve ser executada utilizando pranchas de madeira com uma espessura
mínima de 2 cm formando caixas e a cofragem deve ser fixada com uma rigidez
adequada para evitar o movimento excessivo durante a colocação do betão.
 O betão deve ser da classe B20 com traço 1:2:4 e deve ser moldado na fundação
com uma espessura de 0,2 mm e uma largura de 0,9 mm e um comprimento de 3 m,
Figura 7.5, Foto 7.7
 Para a produção do betão da classe B20, consultar código 642.
 Nos casos em que seja introduzida uma armadura deve colocar-se uma rede metálica
(6 mm diâmetro @ 200 mm de espaçamento), tal como ilustrado na Figura 7.6.

122
Figura 7.6: Armadura com rede metálica para os estribos em betão de um
estribo de rodados

 Relativamente às normas aplicáveis à armadura com rede metálica consultar código


633.

Alvenaria de pedra
 Consultar o código 252 relativamente às normas aplicáveis às obras de protecção
utilizando alvenaria de pedra.
 Para a aplicação da alvenaria de pedra, deve colocar-se uma camada de argamassa
de cimento (traço 1:4, cimento e areia) na fundação e as pedras devem ser assentes
na argamassa. A camada superior de pedras deve ser colocada de forma a que as
superfícies mais planas ou lisas das pedras constituam a superfície dos estribos.
 Os espaços entre as pedras maiores devem ser preenchidos com pedras mais
pequenas embebidas na argamassa de cimento.
 Não deve ser permitida a circulação do tráfego nos estribos durante o período de cura
(7 dias) do betão e da alvenaria de pedra.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais  Os solos das fundações devem ser compactados a uma densidade mínima de 93%
AASHTO Modificado.
 Relativamente às normas dos materiais de betão, alvenaria de pedra e armadura com
rede metálica, consultar os códigos 642, 252 e 633.
2
Medição  M
 Medição do comprimento da via onde os estribos foram construídos.
 MDE

Foto 7.7: Estribos de rodados – ilustração dos estribos em betão

123
8. Série 400 - Pavimento Asfaltado e Revestimento

8.1 Opções de revestimento


Os revestimentos betuminosos ou os tratamentos superficiais consistem geralmente numa mistura com
diferentes proporções de agregados ou areia, e betume. O betume poderá ser um betume convencional, um
betume modificado ou uma emulsão betuminosa (sendo a última particularmente adequada para trabalhos
manuais, uma vez que não é necessário o seu aquecimento; ou para obras em pequena escala). Os
revestimentos betuminosos exigem normalmente a utilização de agregados ou areias de boa qualidade,
peneirados ou britados, sendo no entanto viável a utilização de agregados de qualidade inferior em alguns tipos
de revestimentos (por ex. revestimentos Otta).

Uma ligação eficaz entre a superfície do tratamento e a superfície da camada de base é essencial para um bom
desempenho. Isto poderá ser obtido pela utilização de um tipo de betume adequado (impregnação ou colagem)
antes do início dos trabalhos de tratamento da superfície.

Na Figura 8.1 apresentam-se alguns tipos de tratamentos superficiais betuminosos.

Figura 8.1: Exemplos de tipos de tratamentos superficiais betuminosos

Os revestimentos betuminosos são resistentes quando adequadamente dimensionados e colocados em obra,


sendo no entanto alguns mais resistentes que outros. O Tabela 8.1 indica os seus possíveis desempenhos. Esta
Tabela pressupõe um nível de manutenção razoável.

124
Tabela 8.1: Desempenho previsto para diferentes tratamentos superficiais

Duração típica do
Tipos de tratamento superficial
ciclo de vida
Tratamento superficial simples com areia 2-3
Tratamento superficial duplo com areia 3-6
Lama asfáltica (slurry seal) 2-4
Revestimento superficial simples 3-5
Revestimento superficial duplo 7-12
Revestimento Otta simples 6-10
Revestimento Otta simples e tratamento superficial com areia 8-12
Revestimento Cape (13mm + lama asfáltica simples) 6-10
Revestimento Cape (19mm + lama asfáltica dupla) 8-14
Revestimento Otta duplo 12-16
Macadame de penetração 12-20
Lajes de betão >20
Empedrado >20

8.2 Factores que afectam a selecção dos tratamentos superficiais betuminosos


Os vários factores que afectam a selecção dos tratamentos superficiais em relação às exigências operacionais
são indicados na Tabela 8.2 e na Tabela 8.3.

Tabela 8.2: Factores que afectam a escolha do tipo de revestimento superficial

Tratamento
Aplicabilidade
superficial
a) Adequado tanto para volume de tráfego baixo como para alto
b) Barato
Revestimento
c) Ciclo de vida em Estradas de Baixo Volume de Tráfego (RSS – de aproximadamente 4 a
Superficial
7 anos, RSD – de aproximadamente 7 a 12 anos)
d) Construção rápida
a) Inadequado para volume de tráfego baixo, dado que necessita de tráfego para uma cura
adequada
b) Mais caro que RSD
c) Construção difícil – necessita de um período prolongado de cilindragem no caso de
Otta Seal
Estradas de Baixo Volume de Tráfego, de aproximadamente 2 semanas
d) Ciclo de vida longo – de aproximadamente 10 a 13 anos
e) Necessita de pouca manutenção
f)Utiliza agregados naturais disponíveis no local da obra
a) Menos exigente relativamente à qualidade de pedra
b) Ciclo de vida longo de 12-20 anos nas Estradas de Baixo Volume de Tráfego
Macadame de c) Superfície mais rugosa
penetração d) Mais caro do que RSD
e) Pode ser usado em bases fracas, por exemplo, bases de areia
f) Necessita de pouca manutenção
a) Caro
b) Processo de colocação em obra lento se construído manualmente, mas rápido quando
utilizadas centrais de fabrico
Lama Asfáltica
c) Em camadas espessas (15 mm) é resistente (aproximadamente 7 anos) e forte, em
camadas finas (5mm) é muito menos resistente (cerca de 4 anos)
d) Útil em áreas arenosas onde não existe material para outro tipo de tratamento superficial

125
a) Em camada simples não é resistente (aproximadamente 3 anos), em camada dupla é
Tratamento mais resistente (aproximadamente 5 – 6 anos)
superficial com b) Útil em áreas arenosas onde não existe material para outro tipo de tratamento superficial
areia c) Barato
d) Construção fácil e rápida
a) Adequado para intervenções pequenas
b) Lentidão de construção
c) Baixo custo, onde existe pedra
Empedrado d) Pouca manutenção
e) Baixa tecnologia para a construção (construídas manualmente)
f)Alternativa barata à construção de lajes de betão
g) Útil em zonas inclinadas e zonas com água
a) Muito resistentes (> 40 anos)
b) Necessitam de pouca manutenção
Lajes em betão c) Muito caras de construir
d) Lentidão e dificuldade de construção
e) Baixa tecnologia para a construção (construídas manualmente)

Tabela 8.3: Factores que afectam a escolha do tipo de revestimento superficial

Tipo de Tratamento Superficial


Parâmetro Grau
TSA LA RSS RSD RC ROS+TSA ROD
Curto √ √ √
Ciclo de vida referido Médio √ √ √
Longo √
Baixo √ √ √
Nível de trafego Médio √ √ √
Elevado √
Baixo √ √ √
Impacto da acção de
Médio √ √ √
curvar do tráfego
Elevado √
Suave √ √ √ √ √ √
Declive Moderado √ √ √
Acentuado √
Má √ √
Qualidade do material Moderada √ √
Boa √ √ √ √ √
Má √
Qualidade do
Moderada √ √ √ √
pavimento e da base
Boa √ √ √ √ √ √ √
Adequação a métodos de trabalho
√ √ √
manual

Experiência / Baixa √ √
capacidade do Moderada √ √ √
empreiteiro Elevada √ √ √ √ √ √ √
Baixa √ √
Capacidade de
Moderada √ √ √ √
manutenção
Elevada √ √ √ √ √ √ √
Legenda
TSA – Tratamento superficial com areia LA – Lama asfáltica
RSS – Revestimento superficial simples RSD – Revestimento superficial duplo
RC – Revestimento Cape ROS+TSA – Revestimento Otta simples + Tratamento superficial com areia
ROD – Revestimento Otta duplo

Menos adequado / Não adequado /


√ Adequado / Preferível
não preferível não aplicável

126
Actividade: Rega de Impregnação MC 30 Código: 410
Código de SATCC 4100
referência
Utilização Este código é usado para a aplicação de uma impregnação da camada de base (Foto 8.1)
antes da aplicação de um revestimento betuminoso. Betume fluidificado do tipo MC30
(betume 85/100 fluidificado, numa razão de 80% de petróleo e 20% de betume), ou emulsão
betuminosa diluída numa relação de 50/50 com água ou com uma impregnação com alcatrão
(TP7).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser tratada;
 Fornecimento e armazenagem de materiais;
 Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
 Limpeza da base, varrer todo material solto e poeira;
 Verificação dos níveis da plataforma;
 Humedecer os solos da base com rega de água;
 Realização de ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação;
 Aplicação da rega de impregnação;
 Protecção da rega de impregnação na fase de penetração e cura;
 Limpeza da área de trabalho;
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas de modo a não interromperem o movimento do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, em segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
 A Contratada deve notificar o Fiscal pelo menos 1 dia antes da realização da rega de
impregnação para que as taxas de aplicação possam ser testadas e confirmadas pelo
Fiscal;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas ou tanques
bem fechados e aprovados pelo Fiscal;
 O equipamento e as ferramentas a devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Devem ser efectuados ensaios com o equipamento a utilizar para controlar as taxas e a
uniformidade de aplicação;
 Deve ser inspeccionada a superfície da base e regularizada de modo a corrigir qualquer
defeito ou irregularidade;
 A rega de impregnação deverá ser aplicada sobre a base, não mais de que 24 horas
depois da limpeza do material solto da superfície da base;
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do trabalho.
A aplicação da rega de impregnação não pode ser feita durante as chuvas, ou caso
ameace chover, após o pôr-do-sol, durante período de ventos fortes ou logo depois as
chuvas quando a superfície da base tem água;
 Antes da aplicação da rega de impregnação a superfície da base deverá ser humedecida
com água de modo a que se quebrem as tensões superficiais. No entanto a rega de
impregnação não deverá de modo algum ser aplicada enquanto a superfície da base
apresentar excesso de água;
 A rega deve ser aplicada do modo a dar um tratamento uniforme livre de áreas com
excesso ou com falta da rega de impregnação do tipo MC 30;
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
deverão estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas; Deve ser evitado o
contacto do betume com a pele;
 Marcar os limites da área de trabalho, referenciada ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
 A rega de impregnação é aplicada numa faixa de cada vez;
 Se a rega for aplicada em várias faixas deve verificar-se uma sobreposição parcial de
pelo menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em
posição tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no
princípio e no fim de cada passagem do distribuidor;
 A rega de impregnação deverá atingir uma penetração nunca inferior a 3 mm, devendo
preferencialmente ser de 5 mm;
 A temperatura de aplicação da rega de impregnação (rega do tipo MC-30) será escolhida
de acordo com as instruções do Fiscal. Para o caso de utilização do MC-30, recomenda-
se temperaturas de armazenamento entre 30-65 ºC e de aplicação entre 45-60 ºC
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra

127
distribuidora estão a funcionar bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste da
altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por três
jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada. Este procedimento
é ilustrado na Figura 8.2.

Figura 8.2: Configurando a altura da barra de pulverização para sobreposição


simples

 Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, de forma que fique horizontal à secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante;
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que (⅓) do jacto que sai do
último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que a quantidade
correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando se der a
segunda passagem do distribuidor do ligante;
 A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior;
 Os bordos da impregnação devem ser linhas rectas com tolerância de não mais de que
25 mm; Os limites devem ser marcados com pequenas pedras ou pregos e cordas para
dar um bom alinhamento em recta e uma curvatura em conformidade com os requisitos
do traçado geométrico.
 Não deverá ser permitida a circulação do tráfego nos troços recém revestidos;
 A impregnação deve romper (curar) completamente (o pneu de carro já não levanta o
material betuminoso, normalmente depois de 7 dias, mas 5 dias pode ser suficiente, em
função das condições atmosféricas) antes de se permitir a passagem do tráfego. Se não
for possível, deve-se espalhar pó de pedra ou areia do rio sobre a rega de impregnação,
sendo que pode ser aplicado apenas após a penetração total da rega (24 a 48 horas
após a aplicação);
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada;
 Qualquer defeito deve ser reparado para que as áreas fiquem semelhantes; neste caso
deve ser aplicada uma emulsão estável S60 ou SS60;
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
 Resíduos do material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local conveniente
até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 A impregnação betuminosa é obtida da seguinte forma:
o Diluição da emulsão betuminosa (SS60 – 60% de betume) com água numa
percentagem de 50/50. A água utilizada para a diluição deve ser limpa, isenta de
concentrações de ácidos, sais, açúcares ou concentrações de metais.
o Betume fluidificado por solvente de betume com penetração 85/100 com 80% de
querosene para a obtenção de MC30.
 Para efeitos de proposta a concurso deve aplicar-se uma rega de colagem numa razão
de 0,6 l/m²;
 Antes da aplicação da impregnação betuminosa, deve-se pulverizar a superfície com
água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares ou concentrações de
metais.
Medição  m²
 As medições são feitas na área impregnada.
 MDE

128
Foto 8.1: Camada de base com rega de impregnação – aspecto da distribuição uniforme da rega
(MC30)

129
Actividade: Rega de colagem ‘Fog Spray’ Código: 411
Código de SATCC 4100
referência
Utilização O ‘fog spray’ é utilizado para rejuvenescer revestimentos que apresentam sinais de perda
de agregado, para correcção de defeitos, para selagem de fissuras muito finas (<3 mm) em
pavimentos existentes e para o revestimento de novas bases estabilizadas com emulsão
(ETB) ou bases estabilizadas com cimento. A rega é aplicada com emulsão asfáltica (SS60)
diluída com água numa proporção 50:50.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser tratada;
 Fornecimento e armazenamento de materiais;
 Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
 Limpeza da área de trabalho, varrer todo material solto e poeira;
 Ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação;
 Aplicação da rega de colagem;
 Protecção da rega de colagem durante a cura;
 Limpeza da área de trabalho;
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
 O Empreiteiro deve notificar o Fiscal pelo menos 1 dia antes da realização do fog spray
para que as taxas de aplicação possam ser testadas e confirmadas pelo Fiscal;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
devidamente aprovadas pelo Fiscal; a emulsão deve ser agitada uma vez a cada duas
semanas para misturar o material e evitar o desenvolvimento de grumos que ocorrem
quando as emulsões ficam imóveis durante períodos de tempo muito elevados.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Devem ser realizados ensaios com o equipamento para controlar as taxas e a
uniformidade de aplicação;
 Deve ser inspeccionada a superfície da base e regularizada de modo a corrigir
qualquer defeito ou irregularidade;
 A rega de colagem deverá ser aplicada, não mais de que 24 horas depois da limpeza
de todo e qualquer material solto da superfície da base bem com todo o pó;
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. A aplicação do fog spray não pode ser feita durante as chuvas, ou caso
ameace chover, após o pôr-do-sol, durante período de ventos fortes ou logo depois as
chuvas quando a superfície da base tem água acumulada;
 Antes da aplicação da rega betuminosa, a camada de base deve ser pulverizada com
água para interromper a tensão superficial. Devem ser tomadas as medidas
necessárias para evitar a aplicação excessiva de água o que poderá retardar o início
da aplicação da impregnação betuminosa;
 A aplicação deve ser realizada de forma a assegurar uma distribuição uniforme da
emulsão na área pulverizada;
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
 Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
 A rega tipo fog-spray é normalmente aplicada numa faixa de cada vez;
 Se a rega for aplicada em várias filas deve verificar-se uma sobreposição parcial de
pelo menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em
posição tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no
princípio e no fim de cada passagem do distribuidor;
 A rega deverá atingir uma penetração nunca inferior a 3 mm, devendo
preferencialmente ser de 5 mm;
 A temperatura de aplicação do material betuminoso será escolhida de acordo com as
instruções do Fiscal. Para o caso de utilização da SS60 recomenda-se o
armazenamento e aplicação à temperatura ambiente.
 É importante assegurar que todos os bicos da barra distribuidora estão funcionando
bem; este teste deve ser feito fora da área da estrada antes da aplicação.

130
 Recomenda-se verificar, antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
 Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, para que fique horizontal à secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do jacto
que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que a
quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando se
der a segunda passagem do distribuidor do ligante;
 A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior.
 Os bordos da impregnação devem ser linhas rectas com tolerância de não mais de que
25 mm e os limites devem ser marcados com pequenas pedras ou pregos e cordas
para dar um bom alinhamento em recta e uma curvatura em conformidade com os
requisitos do traçado geométrico.
 Não é permitida a circulação do tráfego directamente sobre os troços recém
concluídos;
 A rega de colagem deve romper (curar) completamente (o pneu de carro já não levanta
o material betuminoso, normalmente depois de 7 dias, mas 5 dias pode ser suficiente
em função das condições atmosféricas) antes de se permitir a passagem do tráfego
sobre ela. Caso isso não seja possível, deve-se espalhar pó de pedra ou areia do rio
sobre a superfície, sendo que pode ser aplicado apenas após a penetração total da
rega (24 a 48 horas após a aplicação), caso contrário a areia ou a areia de pedreira e o
pó absorverão a emulsão e evitarão a penetração;
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada;
 Qualquer área com defeito deve ser reparada de modo a copiar o aspecto da área na
sua volta; Neste caso deve ser aplicada uma emulsão estável S60 ou SS60;
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
 Resíduos do material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;
 Remover toda a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela ordem
inversa à da sua colocação. Proceder ao seu carregamento;
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
 A rega de colagem é obtida através da diluição de emulsão betuminosa (SS60 - 60%
de betume) com água numa proporção de 50/50.
2
 Para efeitos de concurso a rega de colagem será aplicada a uma taxa de 0,6 l/m . Nos
casos em que seja utilizada como tratamento a proporção de aplicação deve
3
corresponder a 1,0 – 1,2 l/m
 Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
Medição  m²
 Mede-se a área tratada com a rega de colagem.
 MDE

131
Actividade: Escarificação do pavimento betuminoso existente Código: 416
Código de SATCC 3800
referência
Utilização Este código é usado para a escarificação de camadas betuminosas degradadas do
pavimento.
O material é removido para um lugar indicado pelo Fiscal, a uma distância máxima de
transporte de 500 m.
O material é armazenado para reutilização (reciclagem) em camadas de sub-base do
pavimento conforme as instruções do Fiscal
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser escarificada;
 Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
 Escarificação do revestimento betuminoso;
 Transporte e armazenamento do material para locais identificados pelo Fiscal;
 Limpeza da área de trabalho;
 Remoção da sinalização provisória;
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com capacetes, óculos de protecção, botas, luvas e fatos-
macacos;
 A área de trabalho deve ser devidamente marcada com estacas, junto com o Fiscal;
 O limite da zona de trabalho demarcado não pode ser ultrapassado em mais de 100
mm, qualquer revestimento betuminoso degradado fora da área marcada deve ser
reparado no seu estado original;
 O material betuminoso deve ser escarificado com o uso de um Bulldozer ou Moto
Niveladora, dependendo da espessura e da dureza do material;
 O material betuminoso que será reaproveitado deverá ser fragmentado até um
tamanho máximo de 37,5 mm;
 Deve-se limpar a área de trabalho de forma apropriada;
 Qualquer área com defeito deve ser reparada de modo a copiar o aspecto da área na
sua volta;
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
 Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um
local aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado em local
conveniente, até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;
 Remover toda a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela
ordem inversa à da sua colocação. Proceder ao seu carregamento.
Materiais  Não aplicável
Medição  m²
 Mede-se a área escarificada após remoção de forma adequada do material
escarificado.
 MDE

132
Actividade: Construção de pavimento em betão betuminoso com espessura Código:
predefinida 420
Código de SATCC 4200
referência
2
Aplicação Este código é utilizado para construir pequenas áreas (até 3000 m ) de pavimento em
betão betuminoso. Este código pode ser utilizado para a resselagem ou reparação de uma
pequena secção da estrada asfaltada danificada ou para revestir pequenas secções de
estradas terraplenadas em zonas semiurbanas depois de colocação da sub-base. Não deve
ser utilizado para reparar áreas do pavimento que apresentam sinais de deformação,
defeitos estruturais.
Esta actividade deverá seguir o definido para a rega de colagem ou rega de impregnação,
pagos sob os códigos 410 e 411;
2
Para áreas superiores a 3000 m recomenda-se utilizar a norma SATCC (código 4200).
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Fornecimento e armazenagem de materiais;
 Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
 Marcação da área de trabalho.
 Corte, remoção e a limpeza de todo o material danificado (pago sob código 416).
 (Caso necessário, reparar a camada de base e de sub-base sob o código 899)
 Aplicação da rega de colagem ou de rega de impregnação pagos sob os códigos 410 e
411.
 Preparação, colocação e compactação da mistura betuminosa, Foto 8.2;
 Controlar o nível da superfície do pavimento;
 Prevenção da ocorrência de derrames ou espalhamento de material betuminoso fora
da área demarcada;
 Limpeza do local de trabalho;
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
 Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir do eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.
 Aplicar uma rega de colagem ou rega de impregnação de acordo com os códigos 410 e
411;
 O equipamento e a maquinaria para misturar o betão betuminoso deve estar em boas
condições e ser aprovado pelo Fiscal;
 Tanto o ligante como os agregados e filler devem ser aquecidos e misturados e a
temperatura do betão betuminoso deve situar-se entre 130 e 155ºC e não deverá
exceder os 170ºC;
 O agregado, filler e o ligante devem ser misturados até à obtenção de uma mistura
homogénea, na qual todas as partículas se encontrem uniformemente revestidas.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a ocorrência de tempos de
mistura demasiado longos, que poderão causar o endurecimento do ligante ou o seu
sobreaquecimento;
 O teor de humidade da mistura de betão betuminoso não pode ser superior a 0,5%;
 O transporte de betão betuminoso da sua área de produção até ao local de trabalho
será feito em camiões equipados com lonas para proteger a mistura e para minimizar a
perda de temperatura;
 Não é permitida circulação sobre o pavimento de betão betuminoso recém colocado.
 Doze horas após a aplicação da rega de colagem / impregnação deve ser aplicada a

133
camada de mistura betuminosa com a utilização de uma máquina pavimentadora ou
outro equipamento aprovado pelo Fiscal.
 Não se pode aplicar mistura betuminosa quando o teor de humidade dos últimos 50
mm da camada de base for superior a 50% do seu teor óptimo de humidade.
 No caso da resselagem, não pode ser aplicado betão betuminoso logo após uma
chuvada, sobre um pavimento existente fissurado ou com outros defeitos semelhantes.
 A pavimentadora deve estar em condições de colocar o betão betuminoso com
espessura, largura e abaulamento especificados e dentro das margens aceitáveis de
tolerância.
 O fornecimento do material deve ser de tal maneira que toda operação possa ser
concluída numa jornada de trabalho sem necessidade de trabalhar depois do pôr-do-
sol;
 Não deve ser aplicada mistura betuminosa nas horas nocturnas, excepto nos casos em
que exista iluminação artificial aprovada pelo Fiscal;
 Não é permitido a circulação dos trabalhadores em cima do pavimento recém
construído.
 Imediatamente após a colocação da mistura betuminosa, a camada deve ser
compactada com o compactador de pneus e de cilindro vibrador na sequência
predefinida e aprovada no trecho experimental.
 A compactação deve ser iniciada no sentido longitudinal, do lado das bermas e
avançar progressivamente para o eixo da estrada, excepto no caso de curvas com
sobreelevação ou no caso da área a ser asfaltada possuir um pendente recto,
situações nas quais a compactação será iniciada do lado mais baixo em direcção ao
lado mais alto, cobrindo uniformemente cada camada anterior até à cobertura total da
superfície;
 Os cilindros compactadores devem trabalhar numa velocidade baixa, de não mais de
5km/hora.
 As juntas transversais e longitudinais devem ser definidas com bordos verticais e em
linhas e ângulos rectos através do disco de corte de pavimento;
 Quando a operação de pavimentação é interrompida por falta de material betuminoso
deve-se criar uma junta conforme descrito sob o ponto anterior;
 As juntas devem coincidir o mais possível com a sinalização horizontal ou estacas da
estrada, de forma a permitir a determinação diária da produção de trabalho;
 A superfície final do pavimento deve ser colocada de forma a seguir o perfil do
pavimento existente, devendo-se apresentar livre de irregularidades ou defeitos.
Relativamente aos remendos ou eventuais correcções da drenagem das águas, esta
superfície deve ser melhorada de forma a que o seu nível final se situe ligeiramente
acima da superfície da estrada (+3 mm), para evitar a acumulação das águas pluviais
(verificar com uma régua);
 O Empreiteiro deve proteger a área de trabalho e evitar qualquer dano do pavimento
até que a obra ou o trabalho seja entregue provisoriamente;
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
 Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;.
 Remover a sinalização provisória.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 A mistura betuminosa deverá ser constituída por agregado, betume e material fino.
 A quantidade de vazios deve ser cuidadosamente controlada e geralmente deve
corresponder a 3-4%. A presença de um número excessivo de vazios torna o betão
poroso e quando existem poucos ou zero vazios o betão tem tendência para empolar.

Betume
 Betume de penetração nominal 85/100 deverá estar de acordo com a SABS 307;
 Os limites das temperaturas de aquecimento para o espalhamento de betume deverão
estar em conformidade com a Tabela 8.4 e em conformidade com as instruções do
Fiscal:

134
Tabela 8.4: Temperatura de armazenamento e aplicação do betume de
penetração 80/100

Temperatura máxima de
armazenamento para o Temperatura
Material ligante (ºC) recomendada para a
mistura betuminosa (ºC)
> 24 horas < 24 horas
Betume de
penetração 125 175 130 – 155
nominal 85/100

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4202/3 das
especificações da SATCC;
 O agregado deve ser pedra britada livre de poeira, lama e outras impurezas, com o
máximo de 2% de material fino inerte, (i.e. pó de pedra) ou máximo de 1% de material
fino activo (i.e. cimento);
 Antes da mistura com o material betuminoso o agregado deve ser seco e aquecido de
tal forma que a sua temperatura ficará entre 0 – 20ºC, abaixo da temperatura máxima
indicada na Tabela 8.5 para a mistura betuminosa.

Tabela 8.5: Especificações granulométricas relativas ao agregado para o


betão betuminoso

Peneiro com Granulometria contínua


abertura de malha
(mm) grossa média fina

26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12

Agregado 93,5% 93,5% 93,5%


Betume* 5,5% 5,5% 6,0%
Fíler activo 1,0% 1,0% 1,0%

 A percentagem de areia (com diâmetro nominal entre 0,075 – 2 mm) no agregado deve
ser no mínimo de 35%.
 A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o rácio entre o ensaio
molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;
 A absorção de água deverá ser determinada de acordo com – TMH1 B14 e B15 e não
deve ser superior a 1% (em peso) para a granulometria grossa e 1,5% (em peso) para
a granulometria do material fino;
 A forma do agregado deverá ser determinada de acordo com TMH1 Método B3, e o
seu valor deverá estar de acordo com a Tabela 8.6.

135
Tabela 8.6: Lamelação máxima referente ao agregado entrando na
composição do betão betuminoso

Índice de lamelação máximo


Dimensão nominal do (%)
agregado
Agregado da camada superior
(mm)
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35

 Material fino adicional (diâmetro nominal <0,075 mm);


 Nos casos em que o agregado apresente uma deficiência de material fino, poderá ser
adicionado pó de pedreira (material suplementar inactivo).
 O material suplementar activo deve ser o cimento do tipo Portland e cumprir com a
norma SABS 471 ou equivalente.
 Não se deve adicionar mais de 2% de material suplementar activo.
 A água utilizada deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares ou
de concentrações de metais.
Medição  m³ do betão betuminoso
 Mede-se o volume do betão betuminoso nos furos de teste relativamente à
profundidade e dimensões superficiais da camada betuminosa.
 MDE

Mistura e colocação da mistura betuminosa a frio Regularização da mistura betuminosa a frio

Compactação da mistura betuminosa a frio Aspecto final da mistura betuminosa a frio

Foto 8.2: Construção de camada de mistura betuminosa a frio com emulsão

136
Actividade: Aplicação de revestimento simples usando betume 150/200 ou 85/100 Código:
ou MC3000 e agregado de 9,5 mm ou 13,2 mm 440
Variação de agregado 9,5 mm ou 13,2 mm 441
Variação de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 442
Código de SATCC 4400
referência
Aplicação Este código aplica-se à construção de revestimentos simples para selagem ou resselagem
de estradas. Esta aplicação de revestimento simples é antecedida pelos trabalhos pagos
sob o código 410 (Rega de Impregnação) ou código 411 (Rega de colagem com “fog
spray”) caso de resselagem de estradas já revestidas. Este código envolve a aplicação de
betume para prender a camada de revestimento seguida da aplicação de agregado.

Utiliza-se o revestimento superficial simples (código 450) para remediar defeitos tais como
perda de agregado, impermeabilizar um revestimento existente ou outros pequenos
defeitos superficiais em estradas já revestidas. Consiste em uma camada de ligante
betuminoso com uma camada de agregado (9,5 ou 13,2 mm).

Os códigos 441 e 442 servem para contabilizar variações nas taxas de aplicação de
material betuminoso e de agregado, caso seja instruído pelo Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento de materiais.
 Provisão de roupa protectora para os trabalhadores.
 Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
 Ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação.
 Aplicação da rega de impregnação / rega de colagem paga sob os códigos 410 e 411.
 Aplicação da rega com betume de penetração 150/200, 85/100 ou MC 3000.
 Espalhamento do agregado.
 Compactação inicial do revestimento.
 Verificação da camada superior e correcção de eventuais defeitos ou deficiências e
remoção do agregado em excesso.
 Finalização da compactação da camada superior.
 Controlo do nível da superfície final.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção de sinalização provisória.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Deve-se fazer ensaios com o equipamento para controlar as taxas e uniformidade de
aplicação.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
 Após a utilização de betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume do equipamento e ferramentas através de aquecimento e
relativamente às peças que não sejam resistentes ao calor, tais como óculos e botas, o
betume deve ser removido pela aplicação de solventes, tais como querosene e
gasóleo.
 Marcar os limites da faixa da rega paralela ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
 A superfície da base ou do revestimento existente não devem apresentar
irregularidades ou defeitos, e devem permitir a livre drenagem das águas;
 Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr do sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
 Para fins de concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação indicadas na Tabela
8.7.

137
Tabela 8.7: Taxas de aplicação de ligante para revestimento simples

Agregado Taxa de aplicação do ligante


2
9,5 mm 1,0 l/m
2
13,2 mm 1,2 l/m

 Para a aplicação do betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000A


deve utilizar-se um dispositivo de distribuição do ligante. O ligante deve ser aplicado à
temperatura indicada na seção referente a materiais ou em conformidade com as
instruções do Fiscal e a temperatura deve ser verificada ou medida com o auxílio de
um termómetro.
 O betume deve ser aplicado uniformemente e sem apresentar áreas com excesso ou
falta de ligante.
 Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma faixa de
rodagem de cada vez.
 Se a rega for aplicada em várias filas deve dispor-se com sobreposição parcial de pelo
menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em posição
tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no princípio e no
fim de cada passagem do distribuidor.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 A altura da barra distribuidora deve ser regulada ou ajustada antes da aplicação do
material betuminoso, de forma a que cada ponto da estrada seja atingido por três
jactos de líquido separados para obtenção da taxa de aplicação indicada, Figura 8.3.

Figura 8.3: Regulação da barra distribuidora de jactos de ligantes para uma


sobreposição simples

 Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, para que fique horizontal em relação
à secção transversal da estrada, de modo a obter-se uma boa distribuição transversal
do ligante.
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que
a quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando
se der a segunda passagem do distribuidor do ligante.
 A segunda passagem do distribuidor na outra faixa da estrada deve ter o mesmo
sentido da anterior.
 Os limites da área de impregnação betuminosa devem ter a configuração de linhas
rectas com tolerâncias inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com pedras
de pequenas dimensões ou pregos e fio de forma a proporcionarem uma linha recta e
uma curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto
geométrico.
 Não é permitida a circulação sobre os troços recém-pulverizados.
 A dimensão do agregado a utilizar para o revestimento simples será de 9,5mm ou de
13,2 mm;
 Espalhar uma camada de brita com gravilhadora autopropulsora ou de engate
imediatamente depois da aplicação do ligante.
 O espalhamento deve ser feito com cuidado de modo a que as partículas de agregados
estejam em contacto umas com as outras e formem uma única camada de brita.
 As taxas de aplicação de agregado deverão estar em conformidade com a Tabela 8.8.

138
Tabela 8.8: Taxas de aplicação de ligante para revestimentos simples

Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m

2
 Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
 O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. No caso de
agregado previamente revestido MC30 (betume de penetração 85/100 diluído com
80% petróleo) este deve ser misturado com o agregado devendo este ficar
uniformemente envolvido e apresentando uma cor preta.
 O agregado deverá secar antes de ser aplicado na estrada;
 Compactar (do lado da berma para o eixo da estrada) bem a brita imediatamente
depois da sua colocação, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade mínima de 8 toneladas em peso.
 Após a colocação do betume, inspecciona-se a superfície. Deve ser colocada brita
adicional nas áreas em falta, retirando-se brita manualmente dos locais onde há duas
camadas, para produzir uma distribuição uniforme do material;
 Deve-se continuar os trabalhos de compactação até se perfazerem as 12-15
passagens no primeiro dia;
 Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
um mínimo de 8 passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Após
este período, o betume deverá começar a ficar visível nos intervalos das partículas de
agregado.
 Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 A faixa pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
 Os resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um
local aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.

Betume
 O betume de penetração nominal 85/100 deverá estar de acordo com SABS 307;
 O MC 3000 será preparado com betume de penetração nominal 85/100 fluidificado
com 8% a 10% de petróleo ou deverá ser comprado directamente.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de petróleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil do revestimento. O betume de
penetração nominal 150/200 é adequado para os revestimentos tipo Otta seals, para o
revestimento superficial, etc.
 As temperaturas limite para o aquecimento dos ligantes e para a sua aplicação devem
estar em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Na ausência
destes devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.9.

139
Tabela 8.9: Temperaturas de pulverização para ligantes de fluidificação

Material Limites de temperatura aplicáveis à pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
Penetração
165 190 175
85/100
Penetração
135 155 145
150/200
MC3000 135 155 145

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
‘Classe 1, 2 e 3’ especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos de
encargos deve ser considerada a Classe 2 para o cálculo do preço unitário.
 O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5mm, livre
de poeiras, solo, areia e outras impurezas, com menos de 1,5% de peso do material a
passar no peneiro de 0,425 mm.
 Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 4302/8 SATCC, as taxas de aplicação devem
ser ajustadas consoante o material disponível, Tabela 8.10.

A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1


Método B2. O valor de 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e
o quociente entre o ensaio molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%.
Os valores máximos para o agregado são apresentados na

 Tabela 8.11.

Tabela 8.10: Especificações granulométricas para revestimentos simples

Peneiro com Percentagem passando nos peneiros


abertura de Classe com as seguintes aberturas de malha
malha (mm) 13,2 mm 9,5 mm 6,7 mm
37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Esta Classe preenche os pré-requisitos
Classe 3 da Classe 1 e 2, com excepção de *0-50
e **0-10
Classe 1 0,5 0,5 0,5
% passada na
malha de Classe 2 1,5 1,5 2,0
4,75mm
Classe 3 2,0 2,0 3,0

% passada na Classe 1 N/A N/A N/A


malha de Classe 2 0,5 0,5 1,0

140
0,075mm Classe 3 1,5 1,5 1,5

Tabela 8.11: Especificações referentes ao agregado para revestimentos


simples – valores máximos de lamelação

Índice de lamelação máximo


Dimensão nominal do (%)
agregado
Agregado da camada superior
(mm)
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35
2
Medição 440 m
3
441 m
442 litros

Para o código 440 mede-se a área do revestimento.


Para os códigos 441 e 442 mede-se o volume de agregado ou de betume aplicados, por
comparação com as taxas indicadas nestas normas de execução.

141
Actividade: Construção de revestimento simples utilizando betume de Código:
penetração nominal de 150/200 ou de 85/100 ou MC3000 e agregado
9,5 ou 13,2 mm com um revestimento de areia 443
Variação de agregado 9,5 ou 13,2 mm 444
Variação de betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou 445
MC3000 ou SS60
Variação de areia 446
Código de SATCC 4400
referência
Utilização Estes códigos são utilizados na construção de revestimentos simples para selagem de
estradas ou como resselagens, seguidas de aplicação de um revestimento superficial com
areia. Esta aplicação de um revestimento simples com areia é precedida pelos trabalhos
pagos no âmbito do código 410 (impregnação betuminosa) ou do código 411 (aplicação da
rega de colagem) nas operações de resselagem. Este código envolve a aplicação de
betume para suporte da camada superior, a aplicação de agregado, compactação, outra
aplicação de ligante seguida da aplicação de areia e compactação sobre a areia.

Deve-se utilizar o código de resselagem (código 450) para a reparação dos defeitos
provocados pela perda de agregado ou na selagem de camadas superiores deficientes ou
para a correcção de pequenos defeitos na superfície de estradas asfaltadas. A camada
superior envolve uma única pulverização de betume e a aplicação de uma camada única de
agregado (9,5 ou 13,2 mm)

Os códigos 444, 445 e 446 são utilizados para o reembolso das variações nas
percentagens de aplicação dos materiais betuminosos, do agregado e da areia, em
conformidade com as instruções do Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
 Marcação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
 Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
 (Aplicação da impregnação betuminosa ou do tipo fog-spray no pavimento utilizando os
códigos 410 e 411)
 Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração nominal 150/200,
85/100 ou MC3000.
 Espalhamento do agregado.
 Compactação inicial da camada superficial.
 Inspecção da camada superficial e correcção de defeitos ou deficiências e remoção do
agregado em excesso.
 Conclusão da compactação da camada superficial.
 Aplicação do ligante.
 Aplicação de uma cobertura com areia.
 Compactação da cobertura com areia.
 Verificação dos níveis finais da estrada.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Devem ser realizados ensaios com o equipamento para controlar as taxas e
uniformidade de aplicação.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
 Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume do equipamento e ferramentas através de aquecimento e

142
relativamente às peças que não sejam resistentes ao fogo, tais como óculos e botas, o
betume deve ser removido pela aplicação de solventes, tais como petróleo e gasóleo.
 Marcar os limites da faixa da rega paralela ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
 A superfície da base ou do revestimento existente não devem apresentar
irregularidades ou defeitos, e devem permitir a livre drenagem das águas;
 Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois das chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
 Para efeitos de proposta a concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.12.

Tabela 8.12: Taxas de aplicação de ligantes para revestimento simples (com


cobertura de areia)

Taxas de aplicação do Taxas de aplicação da


Agregado
betume emulsão (SS60)
2 2
9,5 mm 1,0 l/m 1,5 l/m
2 2
13,2 mm 1,2 l/m 2,0 l/m
2 2
Areia 1,0 l/m 1,2 l/m

 Para a aplicação do betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000A


deve utilizar-se um dispositivo de distribuição do ligante. O ligante deve ser aplicado à
temperatura indicada na seção referente a materiais ou em conformidade com as
instruções do Fiscal e a temperatura deve ser verificada ou medida com o auxílio de
um termómetro.
 O betume deve ser aplicado uniformemente e sem apresentar áreas com excesso ou
falta de ligante.
 Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma fila de
cada vez.
 Se a rega for aplicada em várias filas deve dispor-se com sobreposição parcial de pelo
menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em posição
tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no princípio e no
fim de cada passagem do distribuidor.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo a que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obtenção da taxa de aplicação indicada.
 Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, para que fique horizontal em relação
à secção transversal da estrada, de modo a obter-se uma boa distribuição transversal
do ligante.
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do jacto
que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que a
quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando se
der a segunda passagem do distribuidor do ligante.
 A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior.
 Os limites da área de impregnação betuminosa devem ter a configuração de linhas
rectas com tolerâncias inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com pedras
de pequenas dimensões ou pregos e fio de forma a proporcionarem uma linha recta e
uma curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto
geométrico.
 Não é permitida a circulação sobre os troços recém-pulverizados.
 A dimensão do agregado a utilizar para o revestimento simples será de 9,5mm ou de
13,2mm;
 Espalhar uma camada de brita com gravilhadora autopropulsora ou de engate
imediatamente depois da aplicação do ligante.
 O espalhamento deve ser feito com cuidado de modo a que as partículas de agregados
estejam em contacto umas com as outras e formem uma única camada de brita.
 As taxas de aplicação de agregado deverão estar em conformidade com a Tabela 8.13.

143
Tabela 8.13: Taxas de aplicação de agregado para revestimento simples
(com cobertura de areia)

Taxas de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m
3 2
Areia grossa/fina 0,007m /m

2
 Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
 O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. O
agregado deverá ser previamente envolvido com MC30 (betume fluidificado preparado
através da mistura de 20% do betume de penetração 85/100 com 80% petróleo) de
modo a obter-se uma superfície do agregado totalmente preta e uniforme;
 O agregado deverá secar antes de ser aplicado na estrada;
 Compactar (do lado da berma para o eixo da estrada) bem a brita imediatamente
depois da sua colocação, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade mínima de 8 toneladas de peso.
 Depois do ligante endurecer o suficiente para aglutinar a brita, a superfície do
revestimento deve ser varrida com muito cuidado, para evitar que se solte o material.
Brita adicional deve ser colocada nas áreas em falta, retirando-se brita manualmente
dos locais onde há duas camadas, para produzir uma distribuição uniforme do material;
 Continuar a compactar até se perfazerem 12-15 passagens no primeiro dia;
 Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
um número mínimo de 8 passagens com o cilindro durante o período mais quente do
dia. Após este período, o betume deverá começar a ficar visível nos intervalos das
partículas de agregado.
 Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
 A faixa pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
 Aplicação de tratamento superficial com areia, Foto 8.3.
o É recomendável que a cobertura com areia seja aplicada 2 semanas após a abertura
ao tráfego, uma vez que esta irá ajudar ao assentamento e endurecimento do
revestimento simples, permitindo a libertação de voláteis, o que irá permitir evitar a
ocorrência de exsudação;
o Remoção de eventuais resíduos, pedras soltas e partículas presentes na superfície.
o Pulverização de ligante 150/200 ou emulsão ou MC3000.
o Aplicação de areia imediatamente após a pulverização e repetição do processo de
compactação enquanto se procede simultaneamente ao varrimento da areia. A
abertura ao tráfego deve ser efectuada após 3 dias de compactação.
 Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado em local conveniente
até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.

Betume
 O betume de penetração nominal 85/100 deve estar em conformidade com SABS307.
 O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8% a 10% de querosene.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração nominal 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração
nominal 85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece
mais lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas
superiores. O betume de penetração nominal 150/200 é adequado para os
revestimentos tipo Otta Seals, para o revestimento das camadas superficiais, etc.
 As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar em

144
conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes, devem
adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.14.

Tabela 8.14: Temperaturas de aplicação do ligante para revestimento simples


(com cobertura de areia)

Material Limites de temperatura para pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
Penetração
165 190 175
85/100
Penetração
135 155 145
150/200
MC3000 135 155 145

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para a
‘Classe 1, 2 e 3’ das especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos
de encargos deve ser considerada a Classe 2 para o cálculo do preço unitário.
 A pedra britada deve possuir uma dimensão nominal de 13,2mm ou de 9,5mm,
apresentando-se isenta de pó, vestígios de solo e quaisquer outras impurezas, com um
teor de finos inferior a 1,5% por peso do material passando num peneiro com abertura
de malha de 0,425 mm.
 Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 4302/8 da SATCC, as taxas de pulverização
devem ser ajustadas consoante o material disponível. Os valores máximos de
lamelação são apresentados na Tabela 8.16.

Tabela 8.15: Especificações referentes à granulometria do agregado para


revestimento simples (com cobertura de areia) em conformidade com a
Tabela 4302/8 SATCC

Peneiro com Classe Percentagem passada nos peneiros com as


abertura de seguintes aberturas de malha
malha 13,2 mm 9,5 mm 6,7 mm
(mm)
37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Classe 3 Esta granulometria preenche os pré-requisitos da
Classe 1 e 2, com excepção de *0-50 e **0-10
% passada na Classe 1 0,5 0,5 0,5
abertura de Classe 2 1,5 1,5 2,0
malha de Classe 3 2,0 2,0 3,0
4,75mm

% passada no Classe 1 N/A N/A N/A


peneiro de Classe 2 0,5 0,5 1,0
malha de Classe 3 1,5 1,5 1,5
0,075mm

A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o valor
do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o quociente entre o ensaio
molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;

145
Tabela 8.16: Especificações referentes ao agregado para revestimento
simples – lamelação máxima - Tabela 4302/10 SATCC (pág. 3500-3)

Índice de lamelação máximo


(%)
Dimensão nominal do
Agregado da camada
agregado
superficial
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35
2
Medição 443 m
3
444 m
445 litros
3
446 m
Para o código 443 mede-se a área revestida.
Para os códigos 444, 445 e 446 mede-se o volume de agregado e o volume de betume e o
volume da areia aplicados em comparação com as taxas de aplicação indicadas nas
normas de execução.

Compactação do revestimento simples (SSD) Pulverização de ligante no revestimento SSD

Aplicação de areia no revestimento SSD Aspecto final do revestimento SSD com cobertura de
areia

Foto 8.3: Construção de um revestimento simples com cobertura de areia

146
Actividade: Aplicação de revestimento duplo usando betume 150/200 ou Código:
85/100 ou MC3000 e agregado de 9,5/19mm 450
Variações de agregado 9,5/19mm 451
Variações de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 452
Código de SATCC 4400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento duplo para selagem de estradas,
Foto 8.4. Esta aplicação de revestimento duplo é precedida pelos trabalhos pagos no
âmbito do código 410 (Rega de Impregnação) ou código 411 (Rega de colagem com “fog
spray”) para as operações de resselagem. Este código envolve a aplicação de uma rega de
colagem para suporte da camada de revestimento composta por agregado de 19 mm e
uma camada de selagem seguida da aplicação de agregado fino de 9,5mm.

Os códigos 451 e 452 são utilizados para o reembolso das variações nas percentagens de
aplicação dos materiais betuminosos e do agregado, em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
 Marcação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
 Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
 (Aplicação da rega de impregnação/rega de colagem utilizando os códigos 410 e 411)
 Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração do tipo 150/200,
85/100 ou MC3000.
 Espalhamento do agregado.
 Compactação inicial do revestimento.
 Inspecção da camada superior e correcção de eventuais defeitos ou deficiências e
remoção do agregado em excesso.
 Conclusão da compactação do revestimento.
 Repetição do procedimento para a segunda camada (camada de selagem)
 Verificação dos níveis finais da estrada.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento deve ser testado para fins de controlo das taxas de aplicação e da
uniformidade de aplicação.
 Os trabalhadores envolvidos nas obras devem estar devidamente equipados com
equipamento de protecção individual, como capacetes, óculos de protecção, botas,
luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto do material com a pele.
 Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das roupas e ferramentas através de aquecimento e, no caso de
peças não resistentes ao calor, como óculos de protecção e luvas, o betume deve ser
removido com o auxílio de solventes tais como petróleo ou gasóleo.
 Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.
 A superfície da base ou o revestimento existente não devem ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo este ser realizado durante as chuvas, após o pôr-do-sol,
durante período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem
acumulação de água.
 Para efeitos de proposta a concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.17.

147
Tabela 8.17: Taxas de aplicação de ligantes para regas de colagem
(Revestimento duplo)

Agregado Taxa de aplicação de ligante


2
9,5 mm 1,0l/m
2
13,2 mm 1,2l/m
2
19,0 mm 1,4l/m

 Para a aplicação do betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000A


deve utilizar-se um dispositivo de distribuição do ligante. O ligante deve ser aplicado à
temperatura indicada na secção referente a materiais ou em conformidade com as
instruções do Fiscal e a temperatura deve ser verificada ou medida com o auxílio de
um termómetro.
 O betume deve ser aplicado uniformemente e sem resultar em áreas com excesso ou
falta de ligante.
 Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma via de
circulação de cada vez.
 Se a rega for aplicada em várias filas as aplicações devem-se sobrepor parcialmente
de pelo menos 100 mm. Devem-se marcar os limites de início e de fim de cada
passagem do distribuidor com faixas de papel resistente por forma a garantir que as
juntas transversais estejam bem localizadas.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem, este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
 Ajustar a barra horizontalmente por forma a ficar paralela a superfície da secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada, para garantir uma
sobreposição adequada do ligante com o da outra via.
 A segunda passagem do distribuidor na outra faixa da estrada deve ser feita no
mesmo sentido da anterior.
 Os limites da área de impregnação betuminosa devem ser linhas rectas paralelas com
tolerâncias para largura inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com
pedras pequenas ou pregos e fio, de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto geométrico.
 Não é permitida a circulação sobre os troços com ligante recém pulverizado.
 O agregado a utilizar para o revestimento simples será de 9,5 ou de 13,2 mm.
 Espalhar uma camada de brita com gravilhadora autopropulsora ou rebocada,
imediatamente após a aplicação do ligante.
 O espalhamento do agregado deve ser feito tendo o cuidado de evitar situações em
que não existe contacto entre os agregados ou em que existe sobreposição de
agregados, a formar duas camadas.
 As taxas de aplicação de agregado deverão estar em conformidade com a Tabela
8.18.

Tabela 8.18: Taxas de aplicação de agregado para revestimento duplo

Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m
3 2
Areia grossa/fina 0,007m /m

2
 Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
 O agregado deve estar livre de quaisquer impurezas e pó. Para o fabrico de agregado

148
com pré-revestimento, o ligante MC30 (betume de penetração 85/100 diluído com 80%
de querosene) deve ser misturado com o agregado, devendo este último estar
completamente revestido e ter uma cor preta.
 O agregado deve estar totalmente seco antes da sua aplicação na estrada.
 A compactação deve ser executada de forma adequada através da aplicação de
passagens desde a margem lateral até ao eixo longitudinal da estrada, imediatamente
após a aplicação do agregado, com um cilindro compactador de pneus com um peso
mínimo de 8 toneladas.
 Depois do ligante solidificar, a camada superior deve ser inspeccionada e deve-se
adicionar material onde haja falta deste e retirar onde haja excesso, de forma a obter-
se uma distribuição uniforme do agregado numa única camada.
 Continuar a compactar até realizar 12-15 passagens no primeiro dia.
 Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de 8
passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Após este período, o
betume deve começar a ficar visível no espaço entre os agregados.
 Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o nivelamento da estrada, de
forma a garantir que o pavimento não apresenta irregularidades, proporcionando assim
boas condições de drenagem;
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não se devem deixar
materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas
de drenagem;
 A estrada pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
 Repetir o mesmo procedimento para a segunda camada, camada de selagem. A
primeira camada do revestimento deve ser aberta ao tráfego por um período de duas
semanas antes da aplicação da camada de selagem.
-Utilização de agregado de 9,5 mm (1/2 da dimensão do utilizado na primeira
camada, de 19 mm).
-Utilização de uma taxa de aplicação mais reduzida para a camada de selagem
(ver tabela acima relativo às taxas de aplicação).
 Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Betume
 O betume de penetração nominal (pen) 85/100 deve estar em conformidade com
SABS 307.
 O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200, obtido a partir da diluição do betume de penetração nominal
85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais resistente e endurece mais
lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores,
o betume 150/200 é adequado para os revestimentos Otta, revestimento superficiais,
etc.
 As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.19.

Tabela 8.19: Temperaturas de pulverização de ligante (revestimento duplo)

Material Limites de temperatura para pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
85/100 pen 165 190 175
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
‘Granulometrias 1, 2 e 3,’ especificações da SATCC. Se o caderno de encargos não
especificar a granulometria, deve considerar-se a Granulometria 2 para o cálculo do
preço unitário.

149
 A pedra britada deve ter uma dimensão nominal única de 13,2 ou de 9,5 mm,
apresentando-se isenta de pó, vestígios de solo e outras impurezas, com um teor de
finos inferior a 1,5% por peso do material passado no peneiro de 0,425 mm.
 Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 8.20 (Tabela 4302/8 SATCC), as taxas de
pulverização devem ser ajustadas consoante o material disponível.

Tabela 8.20: Especificações granulométricas para o agregado (revestimento


duplo) em conformidade com a Tabela 4302/8 SATCC

Percentagem em peso de material


Abertura da
passado nos peneiros com as
malha do Classe
seguintes aberturas de malha
peneiro (mm)
13,2 mm 9,5 mm 6,7 mm
37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Esta granulometria preenche os pré-
Classe 3 requisitos da Classe 1 e 2, com
excepção de *0-50 e **0-10
% de material Classe 1 0,5 0,5 0,5
passado no Classe 2 1,5 1,5 2,0
peneiro de
Classe 3 2,0 2,0 3,0
4,75mm
% de material Classe 1 N/A N/A N/A
passado no Classe 1 0,5 0,5 1,0
peneiro de
Classe 2 1,5 1,5 1,5
0,075mm

 A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2. O
valor de 10% FACT corresponde a 210 kN e o quociente entre o ensaio molhado e o
seco deverá ser de pelo menos 75%;

Tabela 8.21: Especificações de lamelação para o agregado (revestimento


duplo)

Índice de lamelação máximo (%)


Dimensão nominal do agregado
Agregado da camada superior
(mm)
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35
2
Medição 440 m
3
451 m
452 litros
Para o código 450 mede-se a área do revestimento.
Para os códigos 451 e 452 mede-se o volume de agregado e de betume aplicado,
comparando com as taxas de aplicação apresentadas nestas normas de execução.

150
Aplicação do ligante Cura do revestimento através da circulação de tráfego

Revestimento após cura

Foto 8.4: Aplicação de revestimento duplo (revestimento superficial) com agregado riolito

151
Actividade: Construção de Revestimento superficial com Lama Asfáltica (‘Slurry Código:
Seal’) 460
Código de SATCC 4600
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento superficial de Lama Asfáltica. A
Lama Asfáltica é uma mistura de agregados finos (areia), cimento água e emulsão
catiónica. A Lama Asfáltica é geralmente construída com uma espessura entre 5 a 10 mm.
Nos casos em que haja um grande volume de tráfego poderá especificar-se uma espessura
de 15 mm. A Lama Asfáltica pode ser utilizada para trabalhos de manutenção com a
colocação de uma selagem sobre o pavimento existente para rejuvenescimento deste, ou
para selagem de pequenas fendas e defeitos ou para a reparação de pavimentos que
possam apresentar desintegração e desmoronamento.

Este código foi concebido para cobrir grandes áreas de revestimento com equipamento
mecânico. Para a reparação de pequenos defeitos vide códigos 863 e 893.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e;
incluídas  Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
 Fornecimento e armazenamento de materiais;
 Equipar os trabalhadores com equipamento individual de protecção;
 Marcação da área de trabalho;
 Construção de um trecho experimental para testar o equipamento e as taxas de
aplicação;
 Verificar se os trabalhos preparatórios da plataforma foram executados (Aplicação da
rega de impregnação sob código 410 caso se trate de revestimentos de camadas de
base ou rega de colagem reembolsado sob código 411 no caso da aplicação num
revestimento existente).
 Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
 Preparação e dosagem da Lama Asfáltica.
 Transporte e aplicação do material.
 Aplicação e compactação inicial do revestimento.
 Protecção e cura do revestimento.
 Controlo da qualidade e correcção de áreas com deficiências.
 Finalização da compactação da camada superior.
 Controlar o nível da superfície final.
 Limpeza do local de trabalho.
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas bem
fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O armazenamento do cimento deve ser feito de forma a evitar o contacto directo com o
chão e em locais não muito húmidos.
 A emulsão deve ser utilizada dentro de um prazo de 6 meses após o armazenamento e
as emulsões que tenham excedido este período não devem ser utilizadas.
 Junto com o Fiscal, deve se fazer um trecho experimental para ensaiar a mistura, as
suas taxas de aplicação, calibrar o equipamento e estabelecer a metodologia de
execução.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com equipamento de protecção individual como fatos-macacos,
luvas, óculos e botas. Deve-se evitar o contacto da Lama Asfáltica com a pele.
 Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das ferramentas e equipamentos através de aquecimento. No
caso das peças não resistentes ao calor, como óculos de e calçado, o betume deve ser
removido com o auxílio de solventes, tais como petróleo e gasóleo.
 A superfície deve estar limpa e deve proceder-se à remoção de pós ou substâncias
indesejadas eventualmente presentes.
 Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.

152
 A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
 Depois do trecho experimental, deve-se definir o traço de mistura da Lama Asfáltica.
 Após a definição do traço, deve ser definido o tempo de mistura necessário para
garantir uma boa mistura e um envolvimento adequado dos agregados pelo ligante.
Deve-se definir também o tempo para a reabertura do tráfego. (Aplicar uma rega de
impregnação ou rega de colagem pagos sob os códigos 410 e 411).
 A Lama Asfáltica deve ser colocada, com uma máquina misturadora e distribuidora de
Lama Asfáltica, dentro de 12 horas desde a sua mistura.
 A Lama Asfáltica deve ser colocada à temperatura ambiente.
 A Lama Asfáltica deve ser colocada centrado em relação a via de circulação.
 Durante a aplicação, a máquina misturadora e distribuidora deve deslocar-se a uma
velocidade baixa e constante.
 Deve-se monitorizar a consistência da lama asfáltica para assegurar a sua
homogeneidade.
 Deve-se verificar permanentemente à alimentação da distribuidora para manter
uniformemente carregada de massa. As possíveis falhas de execução, tais como,
escassez, excesso ou irregularidades na Lama Asfáltica, devem ser corrigidas
imediatamente.
 A escassez de Lama Asfáltica deve ser corrigida com adição da Lama Asfáltica e os
excessos com a retirada por meio de rodos de madeira ou de borrachas.
 Após estas correcções a superfície deve ser nivelada com a passagem suave de
qualquer tecido espesso, humedecido com a própria lama ou com emulsão.
 A cura da Emulsão Asfáltica varia de acordo ao tipo de Lama Asfáltica utilizada. A
emulsão com rotura lenta tem um tempo de cura de quatro horas.
 No caso da utilização de emulsão com rotura média, o tempo de cura é de uma hora e
meia.
 Após a conclusão dos trabalhos e em conformidade com as instruções do Fiscal, a
estrada pode ser reaberta à circulação do tráfego.
 Após a reabertura ao tráfego, a circulação deve ser controlada por um período de 24
horas.
 Se necessário, e em conformidade com as instruções do Fiscal, a compactação da
lama asfáltica deve ser efectuada com o auxílio de cilindro de rasto liso com um peso
mínimo de 8 toneladas (1,7 toneladas para trabalhos efectuados com mão-de-obra
manual).
 As juntas da camada de Lama Asfáltica devem estar em conformidade com a largura
de projecto ou com as especificações dadas pelo Fiscal, com uma tolerância igual ou
inferior a 25 mm e não deve apresentar irregularidades.
 Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o nivelamento da estrada, de
forma a garantir que o pavimento não apresenta irregularidades, proporcionando assim
boas condições de drenagem.
 Na ausência de indicações específicas no Contrato, devem ser utilizadas as taxas de
aplicação apresentadas abaixo.
 Caso o nivelamento final não esteja satisfatório, deverá ser acrescentada mais Lama
Asfáltica e compactada de novo de modo a garantir o estipulado.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
 Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
 Remover a sinalização provisória.
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.

Emulsão
 A emulsão betuminosa utilizada para a lama asfáltica deve ser aniónica estável com
60% de betume (SS60) e conforme SABS 309.
 A emulsão asfáltica fornecida deve ser acompanhada por uma ficha técnica
apresentada pelo fabricante com indicação clara do tipo, fornecedor, quantidade e seu
conteúdo.

Areia
 A areia utilizada para a lama asfáltica deve ser constituída no mínimo por 75% de
pedra britada, com o restante em areia natural limpa. Deve ser resistente e não sujeita

153
à deterioração. A graduação da areia deve cumprir com as especificações
granulométricas apresentadas na Tabela 8.22 (Tabela 4302/11 SATCC).

Tabela 8.22: Especificações granulométricas referentes ao agregado


destinado a lamas asfálticas

Percentagem do material
Dimensão do peneiro (mm) passado no peneiro (por peso)
(%)
13,2
9,5
6,7 100
4,75 70-90
2,36 45-70
1,18 28-50
0,6 19-34
0,3 12-25
0,15 7-18
0,075 2-8

Cimento:
 Portland e cumprir com AASHTO M85, SABS 471 ou equivalente, ou de tipo Cimento
Portland de alto-forno (PBFC) que cumpre com AASHTO M240, SABS 626 ou
equivalente.

Água:
 A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou material
orgânico.

Lama Asfáltica:
 A Lama Asfáltica é preparada misturando-se a emulsão betuminosa com areia grossa,
cimento e água numa máquina misturadora e distribuidora de Lama Asfáltica. Para
efeitos de concursos, devem ser consideradas as seguintes proporções para o fabrico
de Lama Asfáltica:
3
o Agregados (areia) 1m
o Emulsão 260 litros
3
o Cimento 0,01m
o Água 235 litros (pode ser ajustada para melhorar a trabalhabilidade)
3
 Alternativamente as proporções podem ser as seguintes: 1 m de Lama Asfáltica com
1,5% de cimento e 145 litros de água.
 Para efeito de concursos devem ser consideradas as seguintes taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.23 e na Tabela 8.24.

Tabela 8.23: Taxas de aplicação por volume destinadas a lamas asfálticas


para revestimentos cape (lama asfáltica em revestimentos simples)

Dimensões dos agregados Taxas de aplicação da Lama


3
(mm) Asfáltica em volume (m )
3 2
13,2 mm 0,006 m /m
3 2
19,0 mm 0,008 m /m

154
Tabela 8.24: Taxas de aplicação por massa destinadas a lamas asfálticas
para revestimentos simples (Revestimento cape)

Dimensões dos agregados Taxas de aplicação da Lama


(mm) Asfáltica em peso (kg)
2
13,2 mm 7,5 kg/m
2
19,0 mm 9,5 kg/m

 A Lama Asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
 O tempo de mistura deve ser o mínimo necessário para permitir que todas as partículas
de areia fiquem envolvidas em emulsão e que a mistura fique homogénea.
 A mistura deve ser aplicada logo depois da sua preparação.
2
Medição  m
 Mede-se a área do revestimento

Construção mecânica da lama asfáltica

Foto 8.5: Amassadura na central e aplicação da lama asfáltica

155
Actividade: Construção de revestimento betuminoso superficial com areia, Código:
betume de penetração 150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 461
Variações de areia 462
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 463
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento betuminoso superficial com areia.
Este tratamento superficial consiste na aplicação, por pulverização, do ligante betuminoso,
seguido da aplicação de areia grosseira e limpa ou de pó de britagem como agregado. É
colocada sobre bases não revestidas ou na resselagem de estradas já revestidas. Este tipo
de tratamento superficial é utilizado nas Estradas de Baixo Volume de Tráfego, como
camada intermédia entre a base estabilizada com emulsão (STE, vide código 350) e uma
camada superficial de Lama Asfáltica (vide código 460).

O conceito deste código é para aplicação em grandes áreas que necessitam de


pavimentação por máquina ou por métodos manuais. Para pequenas áreas usar o código
892.

Os códigos 462 e 463 são utilizados para o reembolso das variações nas percentagens de
aplicação dos materiais betuminosos e do agregado, em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória;
incluídas  Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Marcação da área de trabalho.
 Equipar os trabalhadores com equipamento de protecção individual.
 Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
 Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
 (Aplicação da impregnação betuminosa ou da rega de colagem utilizando os códigos
410 e 411)
 Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração do tipo 150/200,
SS60 ou MC3000.
 Espalhamento da areia.
 Verificação da camada superior e correcção de eventuais deficiências ou remoção da
areia em excesso.
 Finalização da compactação da camada superior.
 Cura da camada de selagem com areia durante a abertura ao tráfego.
 Repetição do procedimento para a segunda camada de selagem após 2 semanas de
abertura ao tráfego.
 Controlar o nivelamento da superfície final.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remover a sinalização provisória
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas bem
fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento deve ser testado para fins de controlo das taxas de aplicação e da
uniformidade de pulverização.
 Os trabalhadores envolvidos nas obras devem estar devidamente equipados com
equipamento de protecção individual, como capacetes, óculos de protecção, botas,
luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto do material com a pele.
 Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das ferramentas e equipamento através de aquecimento. No caso
das peças de equipamento não resistentes ao calor, como óculos de protecção e
calçado, o betume deve ser removido com o auxílio de solventes, tais como petróleo e
gasóleo.
 Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas, em conformidade com as instruções do Fiscal.
 A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.

156
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo ser realizado durante as chuvas, após o pôr do sol, durante
período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem acumulação
de água.
 Deve ser utilizado um dispositivo de distribuição de ligante para a aplicação do betume
150/200 ou 85/100 ou MC3000. O ligante deve ser aplicado à temperatura indicada na
seção referente a materiais ou em conformidade com as instruções do Fiscal e a
temperatura deve ser verificada e registada com o auxílio de um termómetro, Tabela
8.25.

Tabela 8.25: Temperaturas de pulverização para ligantes (tratamento duplo


com areia)

Material Limites de temperatura de pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
Emulsão SS60 Ambiente
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

 Na ausência de especificações no contrato, devem ser utilizadas as taxas de aplicação


indicadas na Tabela 8.26.

Tabela 8.26: Taxas de aplicação de ligante para ligantes (tratamento duplo


com areia)

Ligante Taxa de aplicação de ligante


2
Emulsão 1,2 l/m
2
150/200 1,0 l/m
2
MC3000 1,0 l/m

 A taxa de aplicação de areia é apresentada na Tabela 8.27:

Tabela 8.27: Taxa de aplicação de areia para cada camada (Tratamento


duplo com areia)

Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
2 2
Areia 16 kg/m (7,5 l/m )

 O betume deve ser aplicado uniformemente e sem resultar em áreas com excesso ou
falta de ligante.
 Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma via de
circulação de cada vez.
 Se a rega for aplicada em várias faixas as aplicações devem-se sobrepor parcialmente
de pelo menos 100 mm. Devem-se marcar os limites de início e de fim de cada
passagem do distribuidor com faixas de papel resistente por forma a garantir que as
juntas transversais estejam bem localizadas.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem, este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
 Ajustar a barra horizontalmente por forma a ficar paralela a superfície da secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.

157
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada, para garantir uma
sobreposição adequada do ligante com o da outra via.
 A segunda passagem do distribuidor na outra via da estrada deve ser feita no mesmo
sentido da anterior.
 Os limites da área de impregnação betuminosa devem ser linhas rectas paralelas com
tolerâncias para largura inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com
pedras pequenas ou pregos e fio, de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto geométrico.
 Não é permitida a circulação sobre o ligante recém-aplicado.
 O espalhamento da areia imediatamente após a aplicação do ligante deve ser
realizado com o auxílio de uma gravilhadora ou manualmente. Deve-se mencionar que
a aplicação de areia com uma gravilhadora é difícil e por vezes impossível, devendo
neste caso recorrer-se ou uso de mão-de-obra manual.
2
 Relativamente a áreas reduzidas (< 50m ) o agregado deve ser aplicado manualmente.
 A areia deve estar isenta de impurezas e pó.
 A areia deve ser humedecida antes da sua aplicação na estrada.
 A compactação deve ser executada de forma adequada através da aplicação de
passagens desde a margem lateral até ao eixo longitudinal da estrada, imediatamente
após a aplicação da areia, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade máxima de 8 toneladas.
 Continuar a compactar até realizar 12-15 passagens no primeiro dia.
 Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
12 passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Dentro de uma
semana após a colocação, o betume deve começar a ficar visível no espaço entre os
agregados.
 Aplicação de tratamento superficial com areia com emulsão:
o Para a aplicação de um tratamento superficial com areia com emulsão, a
aplicação da areia e da emulsão deve ser dividida em duas camadas (1ª
camada e 2ª camada). Na Foto 8.6 apresenta-se uma ilustração deste
procedimento.
2
o A primeira pulverização na camada de base tratada deve ser de 0,6L/m
2
sendo seguida pela aplicação de areia a uma taxa de 5,0L/m .
o Antes da compactação, aplica-se uma segunda pulverização de ligante na
2
areia numa taxa de 1,0L/m e a restante areia é aplicada a uma taxa de
2
2,5L/m . Isto irá permitir a penetração da emulsão a partir da parte superior, o
que irá resultar numa camada de tratamento com areia mais espessa e mais
durável. Segundo o método convencional de aplicação, a emulsão é aplicada
numa pulverização única e a emulsão tende a fluir e espalhar-se finamente
sobre a camada de base tratada com rega de impregnação deixando uma
película muito fina de ligante para prender a areia. Deste modo, apenas uma
pequena parte da areia aplicada adere a esta camada e consequentemente a
camada de tratamento superficial com areia fica muito fina.
o Este procedimento inovador permitirá a utilização de areias finas que possam
estar disponíveis localmente.
 O processo é repetido para a segunda camada de tratamento superficial com areia.
 A abertura ao tráfego deve ser efectuada após 3 dias de compactação.
 Durante a cura da areia, a areia que tenha sido empurrada para fora da faixa de
rodagem deve ser varrida novamente para o local.
 Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem.
 Não se devem deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas,
para evitar problemas de drenagem.
 Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
 Remover a sinalização temporária.
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.

Betume
 A emulsão betuminosa deve ser catiónica estável com 60% de betume. A emulsão
asfáltica fornecida deve ser acompanhada por uma ficha técnica apresentada pelo
fabricante com indicação clara do tipo, fornecedor, quantidade e seu conteúdo.

158
 O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200, obtido a partir da diluição do betume de penetração nominal
85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais resistente e endurece mais
lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores,
o betume 150/200 é adequado para os revestimentos Otta, revestimentos superficiais,
etc.
 Os limites de temperaturas para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem
estar em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Caso contrário,
deverão ser utilizadas as especificações dadas na Tabela 8.28.

Tabela 8.28: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento


superficial duplo)

Material Limites de temperatura de pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
85/100 pen 165 190 175
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

Agregado
 A areia utilizada deve ter um tamanho inferior a 6,7 mm e deve estar em conformidade
com a Tabela 8.29.

Tabela 8.29: Especificação granulométrica para a areia (em conformidade


com a Tabela 4702/1 (pág. 4700-1) SATCC)

Abertura da malha do peneiro


% de material passado
(mm)
6,7 100
0,3 0 – 15
0,15 0-2

2
Medição 461 m
3
462 m
463 l

Para os códigos 461 mede-se a área do revestimento.


Para os códigos 462 e 463 mede-se o volume de agregado ou betume aplicado e compara-
se com as taxas indicadas nestas normas de execução.

159
Aplicação de emulsão numa camada de base tratada Aplicação de areia a uma taxa de 5L/m2
2
com rega de impregnação de 0,5L/m

2
Aplicação de emulsão em areia a uma taxa de 1,0L/m Compactação de uma camada de areia produzindo
2
e aplicação de areia a uma taxa de 2,5L/m uma camada espessa de tratamento superficial com
areia mesmo com areia muito fina.(4)

Foto 8.6: Construção de uma camada de tratamento superficial com areia- Ilustração da aplicação
dividida para a emulsão e areia

160
Actividade: Construção de revestimento Otta (‘Otta Seal’), betume de penetração Código:
150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 (ou RS60) 464
Variações de agregado 465
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 466
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de revestimento Otta, “Otta seal”. Esta aplicação
de revestimento Otta é precedida dos trabalhos ao abrigo do código 410 (impregnação
betuminosa) ou código 411 (aplicação de rega de colagem) para operações de resselagem
ou de selagem de camadas de base estabilizadas com cimento. Este código envolve a
aplicação de ligante seguida da aplicação de cascalho quartzítico natural ou laterítico
(granulometria entre 5-19 mm e uma pequena percentagem de finos (< 0,075 mm)). A
construção dos revestimentos Otta é habitualmente utilizada em Estradas de Baixo Volume
de Tráfego e tem a vantagem de permitir a utilização de materiais locais.

Este código foi concebido para a utilização de MC 3000 como material ligante. O
revestimento Otta pode ser construído tanto com recurso a métodos com equipamento
mecânico como com recurso a métodos manuais.

Os códigos 465 e 466 servem para contabilizar variações nas taxas de aplicação para a
areia e o material betuminoso e o agregado, de acordo com as instruções do Fiscal.

É recomendado a aplicação de uma segunda camada de revestimento Otta ou de


tratamento superficial com areia para prolongar a vida de um revestimento.
Tarefas  Colocação de sinalização rodoviária provisória
incluídas  Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
 Marcação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Equipar os trabalhadores com equipamento de protecção individual.
 Construção de um trecho experimental para ensaio do equipamento e das taxas de
aplicação.
 Verificação da execução dos trabalhos preparatórios da camada de base, de aplicação
da impregnação betuminosas ou de aplicação da rega de colagem (de acordo com os
códigos 410 e 411).
 Limpeza e varrer a superfície da plataforma a ser tratada.
 Preparação, aquecimento e aplicação da rega de colagem utilizando betume de
penetração 150/200, SS60 ou MC3000 (o SS60 deve ser aplicado à temperatura
ambiente).
 Transporte, aplicação e espalhamento do material granular.
 Compactação inicial do revestimento.
 Controlo da qualidade e correcção de áreas com deficiências (excesso de agregado ou
emulsão).
 Remover os excessos de material granular.
 Finalização da compactação da camada superior.
 Cura do revestimento Otta pela circulação do tráfego.
 Repetir o procedimento para a segunda camada após 2 semanas de abertura ao
tráfego.
 Ou, aplicação de uma cobertura de areia por cima do revestimento Otta simples.
 Controlar o nivelamento da superfície final.
 Limpeza do local de trabalho.
 Remoção de sinalização provisória.
 Manutenção do revestimento Otta durante o período de garantia (1 ano).
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas bem
fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve construir-se um trecho experimental para calibrar o equipamento, controlar as
taxas de aplicação e uniformidade da pulverização e desenvolver um método de
trabalho.
 Os trabalhadores afectos aos trabalhos devem estar devidamente equipados com

161
óculos de protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve-se evitar o contacto com a
pele.
 Caso for utilizado betume a quente ou outros produtos similares os trabalhadores
devem estar equipados com luvas e botas resistentes ao calor e com máscaras de
respiração para evitar a inalação dos vapores libertados.
 Proceder à limpeza e varrimento da camada de base com o auxílio de um compressor
antes da aplicação do ligante.
 Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal.
 A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo o mesmo ser realizado durante as chuvas, após o pôr-do-sol,
durante período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem
acumulação de água.
 Nos casos em que seja necessária a aplicação de uma rega de impregnação, esta
deverá ser paga sob o código 410.
 Para efeitos de concurso, as taxas de aplicação abaixo indicadas devem ser utilizadas
para um revestimento Otta.
 Aplicação de uma rega de colagem de ligante fluido de penetração 150/200, MC3000
ou MC800 à temperatura apresentada na Tabela 8.30 e em conformidade com as
instruções do Fiscal.
 Deve-se utilizar um dispositivo de distribuição para a aplicação do betume 150/200 ou
SS60 ou MC3000. O ligante deve ser aplicado à temperatura indicada na Tabela 8.30
ou em conformidade com as instruções do Fiscal e a temperatura deve ser verificada
ou medida com o auxílio de um termómetro.

Tabela 8.30: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento


Otta)

Material Limites de temperatura de pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
Emulsão SS60 Ambiente
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

 Para efeitos de concurso, devem ser aplicadas as seguintes taxas de aplicação para o
ligante e agregado, na ausência de especificações em contrário, Tabela 8.31 e Tabela
8.32.

Tabela 8.31: Taxas de aplicação para ligantes destinados a revestimentos


Otta

Taxa de aplicação de Taxa de aplicação de


Ligante ligante para agregados de ligante para agregados
19mm (máx.) finos: 13mm (máx.)
2 2
Emulsão 3,3 L/m 2,6 l/m
2 2
150/200 2,0L/m 1,6 - 1,8 l/m
2 2
MC3000 2,0L/m 1,6 - 1,8 l/m

 O betume deve ser uniformemente aplicado sem apresentar áreas com ligante em
excesso ou em falta.
 Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma via de
circulação de cada vez.
 Se a rega for aplicada em várias faixas as aplicações devem-se sobrepor parcialmente
de pelo menos 100 mm. Devem-se marcar os limites de início e de fim de cada
passagem do distribuidor com faixas de papel resistente por forma a garantir que as
juntas transversais estejam bem localizadas.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem, este teste deve ser feito fora da área da estrada.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.

162
 Ajustar a barra horizontalmente por forma a ficar paralela à superfície da secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.

 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada, para garantir uma
sobreposição adequada do ligante com o da outra via.
 A segunda passagem do distribuidor na outra via da estrada deve ser feita no mesmo
sentido da anterior.
 Os limites da área de impregnação betuminosa devem ser linhas rectas paralelas com
tolerâncias para largura inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com
pedras pequenas ou pregos e fio, de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto geométrico.
 O espalhamento do agregado, com o auxílio de uma gravilhadora ou manualmente,
deve ser realizado imediatamente após a aplicação do ligante. Em caso de utilização
do método manual, o agregado deve ser colocado em montículos ao longo da berma
da estrada em quantidades pré-determinadas medidas com o auxílio de um meio barril
(100 l de agregado). O agregado deve ser aplicado em áreas pré-determinadas que
irão permitir a obtenção das taxas de aplicação necessárias.
 O agregado deve ser espalhado homogeneamente sobre a superfície da estrada,
evitando excessos e faltas de material.
 Para efeitos de concurso, devem adoptar-se as taxas de aplicação de agregado
indicadas na Tabela 8.32.

Tabela 8.32: Taxa de aplicação do agregado para revestimentos Otta

Taxa de aplicação para o agregado


3 2
0,016m /m

 O agregado deve ser humedecido antes da sua aplicação.


 O agregado deve estar isento de impurezas e pó.
 A compactação deve ser executada de forma adequada através da aplicação de
passagens desde a margem lateral até ao eixo longitudinal da estrada, imediatamente
após a aplicação do agregado, com um cilindro compactador de pneus com um peso
mínimo de 8 toneladas.
 Continuar a compactar até realizar 12-15 passagens no primeiro dia.
 Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 5 dias com a aplicação de 8
passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. O betume deve
começar a ficar visível no espaço entre os agregados após 3 semanas da sua
aplicação.
 A abertura ao tráfego pode ser efectuada após três dias de compactação e a
velocidade deve ser controlada para uma velocidade limite de 50km/h.
 Durante a cura do revestimento Otta, o agregado que seja empurrado para fora da
faixa de rodagem pela circulação do tráfego deve ser varrido novamente para a sua
localização anterior.
 Em caso de ocorrência de exsudação, deve ser aplicada areia ou pó de pedra, em
conformidade com as instruções do Fiscal.
 A faixa de rodagem deve curar de forma adequada em toda a sua largura e o agregado
deve ficar totalmente embebido no ligante para proporcionar uma boa textura.
 Construção do revestimento Otta com Emulsão SS60, MS60 e RS60:
o A superfície com impregnação deve ser devidamente limpa com vassoura
e/ou compressor de ar.
o O troço é marcado para delimitação das faixas tal como acima descrito.
o A aplicação da emulsão deve ser dividida em duas pulverizações. A primeira
pulverização deve ser colocada a aproximadamente 30% do volume total,
2
neste caso 0,8 l/m .

163
2
o O agregado deve ser aplicado a uma taxa de 16 l/m . Os agregados finos
(dimensão nominal máxima de 13,2 mm) são mais adequados mas a
dimensão máxima (dimensão máxima nominal de 19 mm) também poderá ser
utilizada.
o A segunda aplicação de ligante deve ser efectuada a uma taxa de 1,8 l/m2 se
não for especificado de forma diferente (cerca de 70% do volume total).
o Para os agregados naturais ou agregados com um elevado teor de poeiras a
compactação deve ser efectuada após a segunda aplicação do ligante e após
a rotura da emulsão. Isto poderá levar entre uma a duas horas.
o Aplicação de 8 passagens de um cilindro metálico de 1,7 toneladas ou 12
passagens de um cilindro pneumático no primeiro dia. Devem ser aplicadas 8
passagens durante o período mais quente do segundo dia. Se for executada
uma compactação adequada no primeiro dia, poderá não ser necessário
efectuar uma compactação adicional. O Fiscal deverá inspeccionar o
revestimento Otta para aprovação.
o Poderá não ser necessário efectuar mais nenhuma actividade posterior, tal
como varrimento e controlo do tráfego com sinalizadores cónicos, excepto em
caso de um volume de tráfego muito reduzido (<20 veículos por dia).
o A estrada poderá ser aberta ao tráfego no segundo ou terceiro dia.
o No caso de revestimentos Otta duplos, a segunda camada poderá ser
aplicada após uma ou duas semanas, consoante o volume do tráfego.
o Esta abordagem é aplicável aos métodos de aplicação mecânicos e aos
métodos manuais e tem a vantagem única de ser mais segura no caso do
emprego de métodos manuais, uma vez que a emulsão é aplicada à
temperatura ambiente.
o Para além disso, o processo de construção é menos complicado e menos
dispendioso do que os revestimentos Otta baseados em ligantes a quente.
Também não se verifica a perda de agregados ou os problemas associados a
uma cura deficiente do revestimento Otta, mesmo a temperaturas baixas e
com um volume de tráfego reduzido.

 A superfície final do revestimento deve seguir o perfil do pavimento existente, ser livre
de irregularidades ou defeitos, permitir uma drenagem adequada das águas.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não se devem deixar materiais
na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de
drenagem.
 Os resíduos da mistura betuminosa devem ser removidos do local da obra e
depositados num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem
ser colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.

Betume
 A emulsão deve ser catiónica com 60% de betume para agregados ácidos
(quartzo) e aniónica para agregados básicos (calcreto). A emulsão deve ser
fornecida conjuntamente com um certificado com indicação clara do tipo,
composição, quantidade e fornecedor.
 O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração 85/100 com
8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores, o betume
150/200 é adequado para os revestimentos Otta, para o revestimento das camadas
superiores, para os tratamentos superficiais com areia, etc.
 As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.33.

164
Tabela 8.33: Temperaturas de pulverização de ligantes para revestimentos
Otta

Material Limites de temperatura de pulverização (ºC)


Mínimo Máximo Recomendado
85/100 pen 165 190 175
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

Agregado
 O agregado para revestimentos Otta consiste em agregados naturais obtidos a partir
da passagem no crivo de materiais como calcretos, laterites e quartzitos, etc. Ver
Tabela 8.34.
 O agregado também poderá ser constituído por material britado com a granulometria
desejada.

Tabela 8.34: Especificações granulométricas para revestimentos Otta


(granulometria grossa)

% de material passado
Abertura da
Revestimentos
malha do
Densa Média Aberta Otta com
peneiro
(500<TMD) (500<TMD<100) (TMD<100) granulometria
(mm)
fina para EBVTs.
19 100 100 100
16 92-100 85-100 80-100 100
13,2 83-100 70-83 50-80 55-100
9,5 68-98 45-68 35-60 33-70
6,7 50-80 30-55 20-40 20-52
4,75 42-68 20-42 10-30 12-40
2,36 20-48 4-20 0-8 5-25
1,18 15-33 2-15 0-6 2-18
0,425 7-25 0-7 0-3 1-15
0,075 2-10 0-2 0-1 0-13

 A granulometria aplicável ao revestimento Otta com granulometria fina é apresentada


na Tabela 8.35. Os revestimentos Otta apresentam a vantagem de terem uma cura
rápida e adequada mesmo em condições de baixo volume de tráfego.

Tabela 8.35: Especificações granulométricas para revestimentos Otta de


granulometria fina

Abertura da malha do Fuso granulométrico para Revestimentos Otta


peneiro (mm) com granulometria fina para EBVTs.
19
16 100
13,2 55-100
9,5 33-70
6,7 20-52
4,75 12-40
2,36 5-25
1,18 2-18
0,425 1-15
0,075 0-13

 Se o agregado não satisfazer a granulometria deve-se usar peneiros para retirar o


material superior a 19 mm e o material inferior a 0,075 mm (em excesso em mais de
10%). Em conformidade com as instruções do Fiscal deverá melhorar-se a
granulometria através da mistura mecânica.
 O agregado deve estar livre de matéria orgânica, lama e outras impurezas.
 O teor de finos (<0,075 mm) não deve ser superior a 10% para revestimentos Otta com
granulometria grossa e a 13% para revestimentos Otta com granulometria fina.

165
 A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 90 kN (< 100 viaturas por dia) ou
110 kN (> 100 viaturas por dia). A relação entre o ensaio de resistência a seco e
molhado é apresentada na Tabela 8.36.

Tabela 8.36: Especificações relativas à dureza do agregado para


revestimentos Otta

Exigências de resistência Volume do tráfego na altura da


aplicáveis ao agregado para construção
revestimentos OTTA TMD<100 TMD>100
Resistência mínima 10% FACT 90 kN 110 kN
(seco)
Coeficiente de resistência 0,60 0,75
(húmido/seco)
ACV (Aggregate Crushing Value) 30 26
2
Medição 464 m
3
465 m
466 litros
Para o códigos 464 mede mede-se a área do revestimento Otta colocado.
Para os códigos 465 e 466 mede-se o volume de agregado ou betume aplicado e compara-
se com as normas ou a taxa indicada nos cadernos de encargos.

166
Construção de um revestimento Otta com agregado Compactação de um revestimento Otta com um
calcreto cilindro pneumático

Cura do revestimento Otta Cura do revestimento Otta (4)


Camada final de cor preta Agregado com granulometria máxima nominal fina

Aplicação de revestimento Otta– Aplicação de Espalhamento do revestimento Otta


2 2
emulsão (0,8 l/m ) e agregado (16 l/m )

Aplicação de emulsão a 1,0L/m2 após compactação Esquerda: revestimento Otta com emulsão
Direita: Mistura betuminosa com emulsão
Foto 8.7: Construção de um revestimento Otta com emulsão (SS60, MS60 ou RS60)

167
Actividade: Construção de pavimento em macadame de penetração com betume Código:
150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 467
Variações de agregado 468
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 469
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código destina-se à construção de camadas superficiais compostas por macadame de
penetração sobre camadas de base não revestidas, Foto 8.8. Esta aplicação de um
revestimento de macadame de penetração é precedida dos trabalhos pagos de acordo com
o código 410 (impregnação betuminosa) ou código 411 (aplicação de rega de colagem)
para o revestimento de camadas de base estabilizadas. Este código envolve a aplicação de
agregado seguido da aplicação de ligante; o ligante penetra a partir do topo. Este código
implica a utilização da emulsão SS60 mas outros ligantes, tais como o betume de
penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000, poderão também ser utilizados.

O macadame de penetração é adequado para a aplicação em Estradas de Baixo Volume


de Tráfego em condições severas, tais como zonas montanhosas. O macadame de
penetração implica a utilização de mão-de-obra intensiva ou de métodos baseados em
mão-de-obra.

Os códigos 468 e 469 são utilizados para o reembolso das variações nas taxas de
aplicação dos materiais betuminosos e dos agregados em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos
 Marcação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento de materiais.
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Construção de um troço experimental para testar o equipamento e as taxas de
aplicação.
 Verificação da preparação da camada de base e da aplicação da impregnação
betuminosa e da rega de colagem (a aplicação da impregnação betuminosa e da rega
de colagem é paga de acordo com os códigos 410 e 411).
 Limpeza, varrimento e remoção do material solto e de possíveis resíduos.
 Preparação, aquecimento e aplicação leve da primeira pulverização utilizando o
betume de penetração nominal 150/200, SS60 ou MC3000 (o SS60 deve ser aplicado
à temperatura ambiente).
 Transporte, aplicação e espalhamento do material granular.
 Compactação inicial do revestimento.
 Aplicação do ligante sobre o agregado.
 Remoção do agregado em excesso.
 Finalização da compactação da camada superficial.
 Repetir o procedimento para a segunda camada.
 Controlar o nível da superfície final.
 Limpeza do local de trabalho.
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada sinalização de controlo de tráfego para garantir a segurança
rodoviária;
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em efectuado em cubas ou
cisternas bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Construção de um troço experimental para calibração do equipamento, controlo das
taxas de aplicação e da uniformidade da pulverização e para desenvolvimento de um
método de trabalho.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele.
 Em caso de utilização de betume aquecido ou de outros produtos similares, é
importante equipar os trabalhadores com luvas e botas resistentes ao calor e
equipamento respiratório para prevenção da inalação de gases nocivos.
 A camada de base deve ser varrida e limpa com o auxílio do compressor antes da

168
aplicação do ligante.
 Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal.
 A superfície da base ou revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e permitir a livre drenagem das águas.
 Deve se assegurar que as condições do tempo não afectam a execução do trabalho,
não pode ser feita durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período de ventos
fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água acumulada.
2
 O ligante deve ser aplicado (0,8 l/m ) antes da aplicação do agregado. Isto permite a
criação de um revestimento impermeável sobre a camada de base. Também facilita a
aderência do agregado à camada de base.
 Deve-se utilizar uma espalhadora de brita ou meios manuais para o espalhamento do
agregado imediatamente após a aplicação do ligante. Em caso de utilização do
método manual, o agregado deve ser colocado em montículos ao longo das bermas
em quantidades pré-determinadas medidas utilizando a quantidade correspondente a
metade de um tambor (100 l de agregado). O agregado deve ser aplicado em áreas
pré-determinadas, proporcionando as taxas de aplicação necessárias.
 Para efeitos de concurso, devem ser utilizadas as seguintes taxas de aplicação para
uma camada composta por 3 camadas de macadame de penetração:

Tabela 8.37: Taxas de aplicação de agregados para um revestimento com


macadame de penetração em 3 camadas

Dimensão do agregado
Percentagem (%) Taxas de aplicação
(mm)
3 2 2
40 60% 0,036 m /m (36 l/m )
3 2 2
28 30% 0,018 m /m (18 l/m )
3 2 2
14-20 10% 0,006 m /m (6 l/m )

 Normalmente uma camada superficial composta por duas camadas de macadame de


penetração é adequada para as estradas de baixo volume de tráfego. Para efeitos de
concurso, as taxas de aplicação indicadas na Tabela 8.38 devem ser utilizadas.

Tabela 8.38: Taxas de aplicação de agregado para um revestimento de


macadame de penetração em duas camadas - (Especificação TRL/ANE)

Dimensão do agregado
Percentagem (%) Taxas de aplicação
(mm)
3 2 2
20-40 55% 0,022 m /m (22 l/m )
3 2 2
5-13 45% 0,018 m /m (18 l/m )

 Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a segregação do agregado


durante a aplicação.
 O agregado deve ser uniformemente aplicado, evitando uma aplicação em excesso ou
deficiente e após a inspecção, deve-se adicionar mais agregado nas áreas em que
este esteja em quantidade deficiente e deve-se remover o agregado nas áreas
apresentando agregado em excesso.
 Após a construção da camada superficial, o perfil da estrada deve estar em
conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. A inclinação transversal
recomendada deve corresponder a 2,5% e deve estar isenta de irregularidades ou
defeitos de forma a garantir uma boa drenagem.
 O agregado deve ser compactado com um cilindro com um peso mínimo de 8
toneladas. Devem ser aplicadas 8 passagens com o cilindro. A compactação deve ser
realizada a partir das bermas até ao eixo longitudinal da estrada.
 O agregado deve ser ligeiramente humedecido antes da aplicação do ligante para
redução do pó e da tensão superficial.
 O ligante deve ser em seguida aplicado utilizando as taxas indicadas na Tabela 8.39.

169
Tabela 8.39: Taxa de aplicação para o ligante (emulsão) para o macadame
de penetração

Estrutura do macadame
Ligante Taxas de aplicação
de penetração
2
3 camadas RS60/SS60 6 l/m
2
2 camadas RS60/SS60 2,5-3,0 l/m

 Deve ser utilizado um distribuidor de ligante ou um tanque rebocado com barra de


lança para a aplicação do betume de penetração nominal 150/200 ou SS60 ou
MC3000. O ligante deve ser aplicado à temperatura indicada na Tabela 8.40 ou em
conformidade com as instruções do Fiscal, sendo a temperatura medida com o auxílio
de um termómetro.

Tabela 8.40: Temperaturas de pulverização aplicáveis aos ligantes


(Macadame de penetração)

Material Limites para a temperatura de pulverização


Mínimo Máximo Recomendado
Emulsão
Ambiente
SS60/RS60
Betume de
penetração 135 155 145
nominal 150/200
MC3000 135 155 145
80/100 165 190 175

 O betume deve ser uniformemente aplicado sem apresentar áreas com falta ou
excesso de ligante.
 Nos casos em que não seja possível a obtenção de uma aplicação consistente de
agregado ou se o ligante (emulsão) fluir excessivamente para as bermas, a aplicação
2
do ligante deve ser repartida por 3 aplicações de 2 l/m cada. Após a aplicação da
emulsão, a camada seguinte de agregado deve ser aplicada até à última camada de
10-14 mm seguida da aplicação de uma camada de areia com 2-6 mm para evitar a
contaminação do ligante, mas isto não é imprescindível uma vez que o ligante húmido
pode ser compactado sem aderência do ligante se os pneus estiverem humedecidos.
 A aplicação do ligante deve ser uniforme e devem ser tomadas as precauções
necessárias para evitar a aplicação excessiva ou deficiente do ligante.
 O ligante deve ser aplicado numa faixa de rodagem de cada vez.
 Se a aplicação for realizada em várias faixas de rodagem, deve ser feita com uma
sobreposição mínima de 100 mm. Marcar o início e o fim de cada passagem de
pulverização com uma tira de papel resistente para assegurar que as juntas
transversais estão bem posicionadas.
 Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão a funcionar bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada
antes da pulverização.
 Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo a que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obtenção da taxa de aplicação indicada.
 Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, de modo a que fique horizontal em
relação à secção transversal da estrada, para a obtenção de uma boa distribuição
transversal do ligante.
 Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura
que a quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada
quando se der a segunda passagem do distribuidor do ligante.
 A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior.
 As margens da área a ser pulverizada devem ser formadas por linhas rectas com uma

170
tolerância máxima de 25 mm para a largura. As margens devem ser marcadas com
pequenas pedras ou pregos e fio de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura adequadas em conformidade as exigências apresentadas no projecto
geométrico.
 Não é permitida a circulação sobre o ligante recém-aplicado.
 Após a finalização da construção, deve-se verificar o perfil da estrada e assegurar que
o pavimento está isento de irregularidades de forma a permitir uma boa drenagem.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
 Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.

Betume
 A emulsão betuminosa deve ser catiónica com 60% de betume, para agregados ácidos
(ex. quartzo) e aniónica, para agregados básicos (ex. calcreto). A emulsão betuminosa
deve ser fornecida com um certificado indicando claramente o tipo, composição,
quantidade e o fornecedor.
 O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
 Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores. O betume de
penetração 150/200 é adequado para os revestimentos do tipo Otta seals, para o
revestimento das camadas superiores, revestimentos com areia, etc.
 As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para a aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Na ausência destas,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.40.

Agregado:
 O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. O
agregado deverá ser lavado previamente;
 O agregado deve constituído por pedra britada, de tamanho único nominal de 40, 28 e
10 a 14 mm, livre de poeiras, lama e outras impurezas, com menos de 1,5 % por peso,
do material passado no peneiro de 0,425 mm;
 A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o quociente entre o
ensaio molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;
 A forma do agregado deverá ser determinada de acordo com TMH1 Método B3, e o
seu valor máximo de índice de lamelação é 30.
Água:
 A água deve ser limpa e estar isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou
outro material orgânico.
2
Medição 467 m
3
468 m
469 litros
2
Para o código 467 mede-se a área do revestimento em m (MDE)
Para os códigos 468 e 469 mede-se o volume de agregado ou de betume aplicado, a mais
ou menos, comparando com a taxa de aplicação indicada nas normas de execução.

171
Aplicação de ligante e agregado grosso (primeira Compactação e finalização da primeira camada
camada)

Aplicação de uma segunda camada seguida de Compactação do macadame de penetração com


emulsão a uma taxa de 2,5L/m2 utilização de um cilindro metálico (humedecido para
evitar a aderência do ligante)

Foto 8.8: Construção de um revestimento com macadame de penetração em duas camadas

172
Actividade: Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido com Código:
solos ‘in-situ’ estabilizados com percentagem de 12% de cimento
75 mm 470
100 mm 471
150 mm 472
Variações de cimento 473
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na construção de pavimento ‘geo cell’.
A ‘geo cell’ é uma estrutura de material geossintética com aspecto de favo. As células (200
x 200 mm) com espessura de 75 mm, 100 mm e 150 mm são preenchidas “in-situ” com
material estabilizado com uma percentagem de cimento predefinida de 12%. As células
funcionam como cofragem perdida do pavimento e através das interligações contribuem
para a distribuição de cargas às camadas subjacentes.

As ‘geo cell’ são também utilizadas para o controle de erosão e revestimento de valas.

O código 473 serve para contabilizar variações nas taxas de aplicação de cimento a mais
ou a menos, caso seja instruído pelo Fiscal.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a circulação segura e sem interrupções do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
 Marcação da área de trabalho, em conjugação com o Fiscal.
 Fornecimento e armazenamento de materiais;
 Equipar os trabalhadores com equipamento individual de protecção;
 Nivelamento, rega e compactação da base (pago sob código 835).
 Escavar o material superficial da base e depositar ao lado da estrada;
Realizar ensaios para testar as misturas de solo-cimento (pago no âmbito da série
700);
 Abertura de trincheiras para ancoragem de “geo cell” (pago no âmbito da série 700).
 Estender e esticar os painéis de “geo cell” manualmente.
 Reparação das “geo cell” danificadas.
 Misturar os materiais com o cimento.
 Enchimento e compactação das “geo cell”.
 Cura do material estabilizado com cimento.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
 Deve-se inspeccionar a superfície da base e reparar qualquer defeito ou irregularidade.

Armazenamento
 As “geo cell” não devem ser armazenadas directamente no chão ou em condições de
temperaturas elevadas.
 As “geo cell” não devem ficar expostas ao ar ou ao sol por um período superior a 2
dias antes da sua colocação.

Preparação da área de trabalho


 Marcação da área de trabalho juntamente com o Fiscal.
 Formar e compactar a base até 93% AAHSTO Mod. com a inclinação indicada no
desenho do projecto.
 Escavação da parte superior da camada de base até uma profundidade que permita a
obtenção de uma quantidade suficiente de material para preenchimento das “geo cell”.
 Os solos retirados devem ser depositados ao longo da estrada.
 Escavação das trincheiras com profundidade de 0,3 x 0,3 m para assegurar as
margens das “geo cell”.

Colocação dos painéis


 Os paneis de “geo cell” serão estendidos manualmente na base.
 Deve-se assegurar que as “geo cell” estarão em contacto com a superfície da
base.

173
 Esticar e fixar as “geo cell” no canto e colocar estacas com intervalo de 1m na
base da trincheira (direcção longitudinal).
 Da mesma forma, esticar e fixar as “geo cell” na direcção transversal (outro lado
da estrada) sempre assegurando que o painel fica em esquadria.
 Se for necessário, colocar estacas ao acaso no meio do painel para garantir um
bom contacto com a base.
 Os painéis devem ser tencionados de tal forma que as paredes das células voltam
ao seu posicionamento original (vertical) quando a pressão aplicada verticalmente
é removida.
 Uma vez colocado o primeiro painel poderá proceder-se ao preenchimento de
solo-cimento.
 O Fiscal deve aprovar a colocação dos paneis antes de proceder ao
preenchimento de células.

Preenchimento com solo-cimento


 O solo-cimento pode ser misturado manualmente ou com betoneira;
 Para a mistura manual, escolhe-se a área ou plataforma onde o solo-cimento
deverá ser misturado. Este lugar deverá ser próximo do local de colocação do
material estabilizado. Recomenda-se que se faça uma bacia para a preparação da
mistura por forma a evitar que a fracção líquida se perca. A bacia deverá ter cerca
de 3 m de diâmetro e cerca de 30 cm de profundidade. Para estruturas pequenas,
normalmente uma bacia simples é suficiente, enquanto que para as estruturas
grandes recomenda-se o uso de duas bacias.
 É preciso remover toda a vegetação, solos e outro material orgânico da plataforma
de preparação do solo-cimento e dos solos;
 O cimento deverá estar devidamente armazenado próximo do local de
amassadura, com um bom acesso entre o depósito e o local de realização da
mistura.
 O solo-cimento devera ser formulado racional e experimentalmente, a partir da
resistência característica à compressão estabelecida no projecto, da
trabalhabilidade adequada ao processo de preenchimento e das características
físicas e químicas dos materiais constituintes.
 A tolerância máxima aceite para a resistência do solo-cimento é de 0,5MPa.
 A composição do solo-cimento deverá ser reformulada cada vez que é prevista
uma mudança de marca, tipo ou classe de cimento, da quantidade ou qualidade
dos solos e quando não é obtida a resistência desejada.
 Misturar solo, cimento e água com proporções predefinidos e com o teor óptimo de
humidade.
 É importante que o solo-cimento esteja devidamente misturado por forma a que se
possa aplicar eficientemente e por forma a garantir que, quando curado, terá a
resistência desejada.
 A colocação do solo-cimento só pode ser iniciada após o conhecimento dos
resultados dos ensaios da formulação.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias com vista a assegurar que não
existem zonas localizadas com demasiada água (conhecidas também por
esponjas), para evitar a lavagem do cimento.
 O solo-cimento deve ser colocado em menos de 60 minutos depois da adição da
água à mistura.
 Nos declives, o preenchimento de células deve ser iniciado sempre de baixo para
cima para evitar tensões desnecessárias no painel.
 As células e as trincheiras devem ser preenchidas até ao topo, não mais nem
menos.
 Deve-se compactar a mistura de solo-cimento manualmente com barra de ferro ou
mecanicamente com o vibrador de mão.
 A parte superior das “geo cell” deve ficar visível, para facilitar a aplicação do
material no painel seguinte.
 O acabamento e nivelamento da superfície do painel devem ser realizados usando
uma tábua ou régua de madeira.
 O solo-cimento deve ser curado ao longo de 7 dias mantendo a humidade através
da colocação de uma camada de areia no topo, regada com água.
 O solo-cimento deverá ser bem compactado dentro das células, mecanicamente
ou manualmente.
 Na compactação mecânica da superfície devem ser utilizados cilindros de rolos
sem vibração.

174
 No caso de compactação manual, usa-se o processo de apiloamento.

Ligações dos painéis


 As ligações entre painéis seguidos poderão ser feitas mediante fixação do novo
painel com as estacas existentes da última fiada de células do painel anterior e
através da colocação de estacas de ligação, Figura 8.4;

Figura 8.4: Fixação de painéis de geocélulas utilizando estacas de ligação


(geocélulas preenchidas com solo-cimento)

 Nas curvas o painel poderá ser adaptado através de corte ou usando fios para
pressionar a parte do painel até a superfície da base conforme a geometria da
curva proposta, Figura 8.5;

Figura 8.5: Painéis de geocélulas pressionados com estacas de ligação e fio


para permitir a sua moldagem conforme a configuração da curva (geocélulas
preenchidas com solo-cimento)

 A superfície final do pavimento deve ser lisa e ser livre de irregularidades ou


defeitos, permitir a drenagem das águas;
 A tolerância máxima aceite para o desnível entre os painéis é ±3 mm;
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na
faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de
drenagem;
 A faixa pode ser aberta para tráfego logo depois da sua cura (7 dias);
 O lixo deve ser removido do local da obra para um local aprovado pelo Fiscal. O
material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 10 m
para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não
superior a 20 cm;
 Remover a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela ordem
inversa à da sua colocação.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 No âmbito destas normas e dentro da variedade de aplicações e circunstâncias
ambientais não será possível apresentar as especificações técnicas das “geo cell”.
 Antes de se proceder à aquisição de “geo cell” dever-se-á consultar o desenho do
projecto para obter as especificações técnicas detalhadas e obter a aprovação do
Fiscal. Cada rolo de “geo cell” deverá ter uma etiqueta com informação sobre o
fabricante, o número de lote e a referência do produto, assim como a composição
química do produto. Deverá ter uma ficha técnica do produto para validação da
conformidade com as especificações técnicas.
 Deve-se utilizar um cimento Portland em conformidade com as normas AASHTO M85,
SABS 471 ou equivalente ou cimento de cinzas volantes, em conformidade com as
normas AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outra matéria
orgânica / química que poderá enfraquecer a qualidade de betão.
3
Medição  m de pavimento colocado
 MDE

175
Actividade: Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido com betão Código:
B20
75 mm 474
100 mm 475
150 mm 476
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na construção de pavimento ‘geo cell’.
A ‘geo cell’ é uma estrutura de material geossintética com aspecto de favo. As células (200
x 200 mm) com espessura de 75 mm, 100 mm e 150 mm são preenchidas “in-situ” com
material estabilizado com uma percentagem de cimento predefinida de 12%. As células
funcionam como blocos discretos e cada bloco contribui para a distribuição de cargas,
protegendo assim as camadas subjacentes.

As ‘geo cell’ são também utilizadas para o controle de erosão e revestimento de valas.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a circulação segura e sem interrupções do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
 Fornecimento e armazenamento de materiais;
 Marcação e definição do traçado da área de trabalho, em conjugação com o Fiscal.
 Nivelamento, rega e compactação da base (pago sob código 835).
 Escavar o material superficial da base e depositar ao lado da estrada;
 Realizar ensaios para testar as misturas de solo-cimento (pago no âmbito da série
700);
 Abertura de trincheiras para ancoragem de “geo cell” (pago no âmbito dos códigos 610
e 611).
 Estender e esticar os painéis de “geo cell” manualmente.
 Colocar e juntar os painéis de “geo cell”
 Reparação das “geo cell” danificadas.
 Misturar o betão no camião ou nas betoneiras.
 Enchimento e compactação das “geo cell”.
 Cura do betão.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Sinalização para segurança.
 As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a circulação do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada com facilidade, em segurança e sem causar danos nos veículos.
 Os equipamentos e ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve-se inspeccionar a superfície da base e reparar qualquer defeito ou irregularidade.

Armazenamento
 As “geo cell” não devem ser armazenadas directamente no chão ou em condições de
temperaturas elevadas.
 As “geo cell” não devem ficar expostas ao ar ou ao sol por um período superior a 2 dias
antes da sua colocação.

Preparação da área de trabalho


 Marcação da área de trabalho pelo empreiteiro e pelo Fiscal.
 Formar e compactar a base até 93% AAHSTO Mod. com a inclinação indicada no
desenho do projecto.
 Escavação das trincheiras com profundidade de 0,3 x 0,3 m para assegurar as
margens das “geo cell”.

Colocação dos painéis


 Os paneis de “geo cell” serão estendidos manualmente na base.
 Deve-se assegurar que as “geo cell” estarão em contacto com a superfície da
base.
 Esticar e fixar as “geo cell” no canto e colocar estacas com intervalo de 1m na
base da trincheira (direcção longitudinal).
 Da mesma forma, esticar e fixar as “geo cell” na direcção transversal (outro lado
da estrada) sempre assegurando que o painel fica em esquadria.

176
 Se for necessário, colocar estacas ao acaso no meio do painel para garantir um
bom contacto com a base.
 Após tensionamento, as paredes das células devem ficar verticais. Caso contrário
deverão ser removidas.
 Uma vez colocado o primeiro painel poderá proceder-se ao preenchimento das
células com betão.
 O Fiscal deve aprovar a colocação dos paneis antes de proceder ao
preenchimento das células com o betão.

Preenchimento das “geo cells” com betão


 O betão pode ser misturado manualmente ou com betoneira;
 Para a mistura manual, escolhe-se a área ou plataforma onde o betão deverá ser
colocado. Este lugar deverá ser próximo do local de colocação do material
estabilizado. Recomenda-se que se faça uma bacia para a preparação da mistura
por forma a evitar que a fracção líquida se perca. A bacia deverá ter cerca de 3 m
de diâmetro e cerca de 30 cm de profundidade. Para estruturas pequenas,
normalmente uma bacia simples é suficiente, enquanto que para as estruturas
grandes recomenda-se o uso de duas bacias.
 É preciso remover toda a vegetação, solos e outro material orgânico da área de
preparação da mistura e da área dos agregados;
 O cimento deverá estar devidamente armazenado próximo do local de
amassadura ou num local com um bom acesso à área de realização da mistura.
 Deve realizar-se uma mistura experimental com a composição apresentada no
projecto de mistura de forma a obter-se as características de resistência
apresentadas no projecto, a trabalhabilidade adequada para o processo e as
características físicas e químicas especificadas. Caso estas não tenham sido
especificadas devem adoptar-se os valores apresentados na Tabela 8.41.

Tabela 8.41: Valores indicativos normalmente utilizados (para a produção de


3
1 m de betão)

Dimensão Cimento Areia Pedra


Resistências
máx. do
Classe aos 28 dias Traço
agregado 3 3 3
(MPa) kg m m m
(mm)
B20 20 1:2:4 20 mm 265 0,220 0,440 0,880

 A tolerância máxima aceite para a resistência do betão é de -1 MPa.


 É importante que o betão seja devidamente misturado, eficientemente colocado e
rapidamente curado por forma a obter-se a resistência necessária.
 Nos casos em que não se consiga obter a resistência desejada, o teor de cimento
deve ser calculado e alterado, consoante o tipo de cimento e a qualidade dos
solos.
 A colocação do solo-cimento só pode ser iniciada após o conhecimento dos
resultados dos ensaios da formulação.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias com vista a assegurar que não
existem zonas localizadas com demasiada água (conhecidas também por
esponjas), para evitar a lavagem do cimento.
 O betão deve ser colocado em menos de 60 minutos após a adição da água.
 Nos declives, o preenchimento de células deve ser iniciado sempre de baixo para
cima para evitar tensões desnecessárias no painel.
 As células e as trincheiras devem ser preenchidas até ao topo, não mais nem
menos.
 Após colocação, o betão deve ser compactado manualmente com um apiloador
manual ou mecanicamente com o vibrador de mão. Os vibradores devem ser
utilizados no interior, exterior e na superfície das células e devem vibrar a uma
frequência não inferior a 3000 Hz (ciclos por segundo). O número de vibradores
deve permitir a compactação adequada de todo o volume de betão colocado na
altura adequada. Os vibradores de mão externos são utilizados quando as células
não são suficientemente grandes para permitir a introdução dos vibradores de mão
para a vibração interna do betão e quando se pretende obter uma superfície com
uma boa aparência.
 Para a compactação manual devem ser utilizadas barras metálicas de 12 mm ou

177
deve-se compactar a cofragem com um martelo de borracha.
 A parte superior das “geo cell” deve ficar visível, para facilitar a aplicação do betão
no painel seguinte.
 O acabamento e nivelamento da superfície do painel devem ser realizados usando
uma tábua ou régua de madeira.
 O betão deve ser curado ao longo de 7 dias, excepto em caso de indicações em
contrário, mantendo-se a humidade através da colocação de uma camada de areia
no topo, regada com água. A água utilizada na cura deve ser da mesma qualidade
da água utilizada para as estruturas em betão.

Ligações dos painéis


 As ligações entre painéis seguidos poderão ser feitas mediante fixação do novo
painel com as estacas existentes da última fiada de células do painel anterior e
através da colocação de estacas de ligação, Figura 8.6;

Figura 8.6: Fixação de painéis de geocélulas utilizando estacas de ligação


(geocélulas preenchidas com betão)

 Nas curvas o painel poderá ser adaptado através de corte ou usando fios para
pressionar a parte do painel até a superfície da base conforme a geometria da
curva proposta, Figura 8.7;

Figura 8.7: Painéis de geocélulas pressionados para permitir a sua moldagem


conforme a configuração da curva (geocélulas preenchidas com betão)

 A superfície final do pavimento deve ser lisa e ser livre de irregularidades ou


defeitos, permitir a drenagem das águas;
 A tolerância máxima aceite para o desnível entre os painéis é ±3 mm;
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na
faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de
drenagem;
 A faixa pode ser aberta para tráfego logo depois da sua cura (7 dias);
 O lixo deve ser removido do local da obra para um local aprovado pelo Fiscal. O
material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 10 m
para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não
superior a 20 cm;
 Remover a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela ordem
inversa à da sua colocação.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 No âmbito destas normas não é possível fornecer especificações para as “geo cells”
devido à variabilidade de aplicações, circunstâncias e condições.
 Antes de se proceder à aquisição de “geo cell” dever-se-á consultar o desenho do
projecto para obter as especificações técnicas detalhadas e obter a aprovação do
Fiscal. Cada rolo de “geo cell” deverá ter informação sobre o fabricante, a quantidade,
a referência do produto, a composição e os químicos presentes no produto, assim
como uma declaração de fabrico atestando a conformidade com as especificações
técnicas.

178
 Deve-se utilizar um cimento Portland em conformidade com as normas AASHTO M85,
SABS 471 ou equivalente ou um cimento de cinzas volantes, em conformidade com as
normas AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
 A areia e agregado devem ser obtidos de fontes devidamente aprovadas pelo
laboratório provincial e devem estar em conformidade com a norma SABS 1083 ou
equivalente. A areia e o agregado devem estar isentos de argilas e matérias orgânicas.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outra matéria
orgânica / química que poderá enfraquecer a qualidade de betão.
3
Medição  m de pavimento colocado
 MDE

179
9. Série 500 Trabalhos Auxiliares

Os trabalhos auxiliares abrangem as actividades associadas à prestação da informação necessária que permitirá
ao utente fazer uma utilização segura e adequada da estrada. Os principais aspectos são os seguintes:
1. Sinalização rodoviária (sinais verticais)
2. Marcação rodoviária (informativa, reguladora, assim como sinais de alerta e linhas pintados no
pavimento rodoviário com o objectivo de servir de orientação para o utente).
3. Medidas de moderação da velocidade do tráfego (lombas, bandas sonoras, etc.).

A segurança rodoviária constitui o ponto essencial de qualquer projecto rodoviário, ou de qualquer projecto de
construção e de manutenção. As variações ocorrem apenas como resultado da classe de estrada. As estradas
com elevado volume de tráfego requerem medidas mais severas uma vez que os conflitos de tráfego são muito
mais elevados, em comparação com as estradas de baixo volume de tráfego.

A sinalização vertical deve ser colocada de modo a permitir uma visibilidade adequada aos condutores. A
sinalização deve ser clara e simples, não apresentando nenhuma ambiguidade. Em caso de restrições de
orçamento a sinalização de alerta reveste-se de prioridade, uma vez que a segurança dos utentes depende
essencialmente desta sinalização.

As marcações rodoviárias são particularmente importantes para a circulação nocturna. O tipo de tinta utilizada
determina o nível de segurança de uma determinada estrada. A boa visibilidade é essencial, especialmente nos
períodos nocturnos e nas situações de más condições atmosféricas. Enquanto os custos têm um peso
significativo na tomada de decisões, a reflectividade, por sua vez, permite aumentar a segurança rodoviária,
sendo a utilização de tinta reflectora ou de tinta não reflectora com reflectores uma ferramenta importante.

A sinalização rodoviária deve estar em conformidade com as especificações SADC, uma vez que estas permitem
uma harmonização da sinalização na região, o que por sua vez, contribui para melhorar a segurança rodoviária,
especialmente em estradas dimensionadas para veículos pesados em que a circulação transfronteiriça é
significativa.

Apesar de existir sinalização rodoviária indicativa dos limites de velocidade integrada na sinalização vertical, isto
poderá não ser suficiente, e, como tal, devem ser aplicadas medidas de moderação da velocidade do tráfego,
tais como:
1. Lombas – Estas devem ser adequadamente concebidas de forma a permitirem a circulação segura dos
veículos rebaixados. A lomba deve ser acompanhada de uma sinalização vertical de alerta para a
presença de barreiras, caso contrário, as lombas poderão constituir um perigo se não for colocada
nenhuma sinalização de aviso.
2. Bandas sonoras – estas não reduzem propriamente a velocidade do tráfego mas servem para avisar os
condutores da existência de um perigo mais adiante. As bandas sonoras poderão ser utilizadas em
conjunção com as lombas para alertar o utente da existência de lombas o que inevitavelmente ajudará à
moderação do tráfego.

Outros tipos de sinalização, tais como a sinalização informativa e os marcos quilométricos, fornecem
informações acerca da distância e do percurso. Esta sinalização também desempenha um papel importante na
segurança rodoviária, uma vez que reduz a necessidade de aceleração reduzindo assim a velocidade de
operação.

Deste modo, é importante optimizar as exigências aplicáveis às obras auxiliares de forma a assegurar o
cumprimento das exigências mínimas de segurança rodoviária.

180
Actividade: Produção e colocação de marcos quilométricos Código: 510
Código de SATCC 5100
referência SADC “Road Traffic Signs”
Utilização Este código utiliza-se para a produção e colocação de marcos quilométricos em betão
armado com dimensões conforme o desenho tipo. O seu posicionamento será indicado
através de instruções do Fiscal.
Tarefas  Produção de marcos quilométricos em betão armado moldado em elementos pré-
incluídas fabricados consoante as dimensões indicadas nos desenhos;
 Transporte ao local da obra;
 Identificação dos sítios e marcação dos locais a colocar os marcos conjuntamente com
o Fiscal;
 Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Executar a escavação para as fundações conforme o desenho tipo;
 Colocação dos marcos quilométricos e controlo do alinhamento horizontal e vertical
com nível de bolha e fita métrica;
 Enchimento das caixas de fundação com material granular;
 Limpeza do terreno;
 Pintura dos marcos em dimensões e cores como indicado no desenho tipo indicando o
número de classificação da estrada e a quilometragem;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos.
 A fabricação e colocação de marcos quilométricos serão conforme as normas SADC
estabelecidas no manual de “Road Traffic Signs’’.
 Os marcos serão pré-fabricados em Betão Armado Classe B 20 com um acabamento
liso de classe F3 da norma SATCC 6207 secção d.
 As dimensões, cores, letras e números serão conforme o desenho tipo;
 A tolerância deve ser de ±20 mm para a altura e largura e de ±10 mm para a
espessura;
 Identificação de locais de colocação dos marcos junto com o Fiscal;.
 A escavação para as fundações deve ser executada segundo as dimensões
especificadas (300 mm x 500 mm), escavando verticalmente com a pá evitando
deslizamentos de material para o interior da abertura. A escavação deve até atingir um
terreno firme livre de material orgânico.
 Se for necessário colocar uma camada de cascalho de 10 cm de espessura;
 Verificar a profundidade da escavação e nivelar o local de fundação.
 Fixar o marco quilométrico dentro da abertura da fundação com o auxílio de cascalho
verificando os níveis horizontal e vertical.
 Fechar e tapar a abertura com material granular em camadas não superiores a 15 cm.
Se for necessário deve-se usar material das câmaras de empréstimo.
 Aplicar a tinta reflectora no topo do marco, e tinta de óleo para outras partes.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 As faces em betão e os moldes devem ser preparados conforme os códigos 640 a 643.
 A armadura (varões) deve ser preparada conforme os códigos 630 e 633
 Tinta reflectora e tinta de óleo.
Medição  UN
 O preço deverá incluir todas as despesas ligadas ao trabalho, como a produção de
marcos, o transporte ao local de obra, a colocação no terreno, e a sua pintura.
 MDE

181
Actividade: Produção e colocação de barreiras de protecção Código 520

Código de SATCC 5200


referência SABS 1350
SABS 763
Utilização Este código utiliza-se para fornecer e colocar barreiras de protecção metálicas (tipo
ARMCO) suportadas por postes em madeira ou em metal de acordo com o projecto e nos
locais indicados pelo Fiscal.
As barreiras de protecção servem como guarda nos taludes, pontes e curvas, Foto 9.1.
Tarefas  Identificação dos sítios, alinhamento e marcação dos locais onde colocar barreiras de
incluídas protecção conjuntamente com o Fiscal;
 Fornecimento e transporte dos materiais ao local da obra.
 Executar a escavação para as fundações dos postes.
 Colocação dos postes e controlo do alinhamento horizontal e vertical com nível de
bolha e fita métrica.
 Colocação de blocos espaçadores.
 Fixação e alinhamento da barreira de protecção nas estacas.
 Colocação de chapas reflectoras nas barreiras.
 Acabamentos nas extremidades das barreiras.
 Limpeza do terreno.
 Remoção da sinalização provisória.
Normas Segurança
 Colocação de sinalização para segurança temporária na zona de trabalho.

Alinhamento e marcações
 Todos os locais e alinhamentos das barreiras de protecção serão indicados pelo Fiscal.

Escavação para as fundações


 A escavação para as fundações deve ser realizada de acordo com o projecto da
fundação e a geometria, escavando-se verticalmente com a pá o que permitirá evitar
deslizamentos de material. Escavar até atingir um terreno firme livre de humidade e
material orgânico.
 O fundo da fundação deve ser nivelado.
 Caso não se encontre um solo firme, dever-se-á colocar um betão de limpeza de 5 cm
de espessura (Classe B15 - vide códigos 640, 641, 642, 643 e 644 para as normas de
produção de betão).

Postes de madeira
 Os postes de madeira (pinho ou eucalipto) devem ter um diâmetro entre 150 e 230 mm
e devem ser tratados com creosoto, em conformidade com a norma SABS 538 ou com
qualquer outro material adequado de qualidade equivalente.
 Deve-se utilizar postes de madeira com diâmetros da mesma ordem de grandeza da
dimensão da secção das barreiras para facilitar a fixação dos espaçadores e das
barreiras metálicas;
 Os postes de madeira devem ter um comprimento de 1,75 m.
 Cerca de 1,0 m do poste deverá ser enterrado, e os postes deverão ser colocados de
tal forma que o nível dos alinhamentos do topo é uniforme.
 Enchimento das caixas de fundação com material granular ou material fino estabilizado
e compactado manualmente com o maço manual em camadas com uma espessura
máxima de 100 mm.
 A distância entre postes deve ser de 3,81 m.
 Em caso de se construírem barreiras de protecção em cima de tabuleiros ou de muros
de betão, deve utilizar-se tubos metálicos de aço galvanizado de 168 mm de diâmetro
(25,3 Kg/m).
 A base do tubo metálico será soldada numa placa de aço galvanizado de dimensões
de 300x300x12 mm.
 A placa da base será fixada no betão com parafusos ou ferrolhos de 300 mm de
comprimento e 16 mm de diâmetro.
 As calhas metálicas serão de tipo ARMCO, galvanizados, de 300 mm de altura, 12 mm
de espessura e 4128 mm de comprimento de acordo com a norma SABS 763;
 Os limites da tolerância para as dimensões das barreiras de protecção são de ±1%;
 A superfície da barreira de protecção deve ser plana e livre de ondulações ou
irregularidades maiores do que 1 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de
comprimento;

182
 O eixo da calha deverá estar a 0,53 m acima do nível do terreno;
 As extremidades das barreiras deverão ser apontadas para o chão, na direcção para
fora da estrada com um angulo de 45 graus, e embutidas em betão conforme as
instruções do Fiscal.

Acessórios de fixação
 Os parafusos para fixar as calhas aos postes são de aço galvanizado (classe A40),
com um comprimento de 320 mm e um diâmetro de 16 mm;
 As anilhas deverão ser de aço de 3 mm de espessura;
 As porcas deverão ser de aço galvanizado (classe A40) de 16 mm de diâmetro;
 Os espaçadores deverão ser em pinho ou eucalipto com dimensões de 350x150x100
mm;
 A fixação das barreiras nos postes será realizada por uma placa com dimensões de
75x45x3 mm;
 As secções das calhas deverão ser ligadas entre si através de 8 parafusos e porcas e
onde estiverem ligadas aos postes;
 Nas ligações entre duas calhas toda a superfície da ligação deve estar em contacto
com as calhas.

Tachas reflectivas
 As tachas reflectivas deverão ser em aço galvanizado e deverão ser fixadas na barreira
em forma de ‘V’ com espessura de 1,5 mm.
 As tachas reflectivas devem ser fixadas na barreira em cores alternadas.
 As tachas reflectivas devem ser pintadas com tinta retro-reflectora (ou coloridas com
plástico colorido) branca e vermelha, em conformidade com o projecto e com a norma
SATCC 5200.

Acabamentos:
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 As calhas metálicas galvanizadas devem estar conforme a norma SABS 763;
 Postes de madeira (pinho ou eucalipto) tratados com creosoto (conforme SABS 538);
Os postes metálicos devem ser de aço galvanizado de classe A40 (25,3 Kg/m);
 Os parafusos, as porcas, as anilhas e os acessórios devem ser de aço galvanizado de
classe A40;
 As tachas reflectivas devem estar de acordo com a norma SATCC 5200;
 O betão de limpeza na fundação deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição m
MDE

Barreiras de protecção em taludes inclinados para Cancela numa passagem de nível para impedir a
evitar a queda de veículos passagem de veículos durante a passagem de
comboios

Foto 9.1: Barreiras de protecção – Medidas de protecção dos utentes contra acidentes graves

183
Actividade: Colocação da sinalização rodoviária vertical Código: 540
Código de SATCC 5400
referência SADC Manual “Road Traffic Signs”
Utilização A sinalização rodoviária permite informar os utilizadores das rotas, distâncias e serviços,
adverte o motorista da existência de possível perigo e de limites e de proibições do uso da
estrada, garantindo a segurança rodoviária, Figura 9.1.

O trabalho consiste no fornecimento e colocação dos sinais verticais de tráfego


permanentes, incluindo sinais de aviso, de informação e de regulação do tráfego, de
acordo com o projecto e as instruções do Fiscal.
Tarefas  Produção e fornecimento dos sinais;
incluídas  Identificação dos sítios e marcação dos locais onde colocar os sinais, em conjunto
com o Fiscal;
 Colocação de sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Limpeza do local de forma a garantir a visibilidade da mensagem transmitida pelo
sinal;
 Escavação das caixas de fundação;
 Colocação da sinalização;
 Enchimento da caixa de fundação com solos finos estabilizados ou granulares;
 Limpeza do terreno e da vegetação para que o sinal fique visível;
 Retirar a sinalização temporária;
Normas  As dimensões e as cores serão conforme as Normas da Sinalização Rodoviária da
SADC;
 A tolerância máxima para as dimensões dos sinais é de ±1%;
 Todas as cores dos sinais, com excepção das cores negra e cinzenta, serão
reflectoras;
 A selecção e a implantação da sinalização vertical devem obedecer aos seguintes
requisitos básicos.
o Devem ser necessários;
o Devem atrair a atenção dos utentes da estrada;
o Devem transmitir uma mensagem clara e simples;
o Devem dar o tempo adequado para uma acção correspondente (reacção).
 Todos os sinais devem ser colocados do lado esquerdo da estrada de forma que o
plano frontal do sinal forme um ângulo compreendido entre 85 e 90 graus com o eixo
da estrada com o fim de permitir máxima visibilidade para os utentes.
 A distância do sinal medida desde o seu extremo interior até a berma da estrada
deverá estar compreendida entre 1,50 m e 3,60 m e estar posicionada fora do
alinhamento da valeta.
 A altura livre dos sinais medida entre a berma da estrada e a parte baixa da placa do
sinal deve ser de 2,0 m;
 A sinalização temporária deve ser colocada na zona de trabalhos.
 A demarcação dos locais de trabalho e a identificação dos sítios para a colocação dos
sinais devem ser feitas em conjunto com o Fiscal.
 A abertura da caixa de fundação deve ser realizada de acordo com as dimensões da
fundação, escavando verticalmente com a pá e evitando deslizamentos de material
para o interior da caixa. Escavar até atingir um terreno firme livre de humidade e de
material orgânico. Caso isto não seja possível dever-se-á colocar uma camada de
cascalho de 10 cm de espessura no fundo da caixa.
 Deve-se efectuar uma escavação circular ou quadrada de pelo menos 90 cm de
diâmetro com o mínimo de oitenta centímetros (80 cm) de profundidade;
 Nivelar o local de fundação;
 Alinhar o poste do sinal verticalmente com nível de bolha usando cascalho e uma
estrutura de suporte de madeira para fixar a sua posição antes de fechar a abertura.
 Na parte de baixo do poste deve-se soldar uma chapa para prevenir a rotação do sinal
após a sua fixação;
 Aterrar e compactar com solo estabilizado com 8 % de cimento (1:12) em camadas
com espessura máxima de 10 cm;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 O betão de limpeza deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
 As lâminas (chapa metálica) dos sinais devem ser de aço galvanizado de 1.4mm de
espessura (em todo o perímetro do tabuleiro). As lâminas devem ser acabadas ou
cobertas com papel autocolante plástico (este material será aplicado a frio, sobre a
lamina, previamente limpa livre de óleo e poeiras).

184
 Os sinais devem ser fixados ao poste com métodos aprovados pelo Fiscal e em
conformidade com o projecto.
 Os postes devem ser tubos de aço galvanizado de 2” (50 cm) de diâmetro e
espessura de 2 mm, ou de madeira de eucalipto de 100 mm de diâmetro tratados com
creosoto ou de materiais equivalentes.
 Os tubos metálicos devem ser protegidos com uma tampa na parte superior para
evitar a passagem de água para o interior.
 Material de fixação, como braçadeiras, parafusos e porcas devem ser galvanizados.
2
Medição m
O código de sinalização vertical será medido pela área efectivamente aplicada do sinal
2
expressa em m .
MDE

Sinalização de regulamentação

Configuração típica de sinalização rodoviária


Sinalização informativa

Figura 9.1: Sinalização vertical – de regulamentação, de indicação e perigo

185
Actividade: Marcação da sinalização horizontal Código: 550
Código de SATCC 5500
referência
Utilização A sinalização rodoviária permite informar os utilizadores das rotas, distâncias e serviços,
adverte o motorista da existência de possível perigo e de limites e de proibições do uso da
estrada, garantindo a segurança rodoviária, Foto 9.2.

A Sinalização Horizontal é um conjunto de marcas, símbolos e legendas aplicadas sobre o


revestimento de uma estrada, obedecendo a um projecto desenvolvido para atender às
condições de segurança e de conforto dos utentes. O fornecimento dos sinais horizontais
de trafego permanentes de aviso, de informação e de regulação do tráfego seguem as
instruções do Fiscal.
Tarefas  Identificação dos sítios e marcação dos locais (alinhamentos e pontos) onde colocar a
incluídas sinalização horizontal, em conjunto com o Fiscal e indicação da extensão, largura e
dimensões das vias;
 Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Limpeza da superfície do pavimento de tal forma que esteja limpa, seca e isenta de
detritos, óleos ou elementos químicos como ácidos;
 Aplicação experimental da pintura em pequenas secções para aprovação do Fiscal;
 Aplicação da tinta à mão ou com equipamento apropriado.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  As dimensões e cores da sinalização horizontal serão conforme as Normas da
Sinalização Rodoviária da SADC / SATCC estabelecido no Manual de ‘Road Traffic
Signs’;
 A tolerância máxima para as dimensões dos sinais horizontais é de ±5%;
 O alinhamento dos sinais horizontais deve ser suave e livre de irregularidades
superiores a 0,5 cm, medidas ao lado duma régua de 2 m de comprimento;
 A sinalização horizontal deve obedecer aos requisitos básicos seguintes:
o Devem atender a uma necessidade real;
o Devem atrair a atenção dos utentes da estrada;
o Devem transmitir uma mensagem clara e simples;
o Devem dar o tempo adequado para uma acção correspondente (reacção)
 A sinalização horizontal só pode ser aplicada aos pavimentos betuminosos;
 Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos.
 As linhas, símbolos e figuras serão pré-marcadas com pontos com as mesmas cores
adoptadas para a sinalização horizontal.
 O intervalo da pré-marcação deve ser de tal maneira que facilite a aplicação da
sinalização horizontal e o intervalo entre os pontos nunca poderá ser inferior a 1,5 m.
 A aprovação da pré-marcação pelo Fiscal deve ser controlada aplicando linhas rectas
e tangentes e os ângulos associados das curvas;
 A limpeza da área de aplicação será realizada por vassouras manuais ou por uma
passagem de uma vassoura mecânica, ou por um compressor de ar comprimido se
for necessário;
 Se a sinalização horizontal for aplicada com equipamento, esta deve ser aplicada em
uma demão só;
 Se a sinalização horizontal for aplicada manualmente, esta deve ser aplicada em duas
demãos.
2
 A taxa de aplicação é 0,42 l/m e a tinta deve ser aplicada sem diluição;
 Em caso de tintas reflectoras as microesferas devem ser constituídas por partículas
de vidro de alta qualidade de tipo soda-cal e serão aplicados imediatamente após a
aplicação da tinta com uma taxa de 0,8 kg/l de tinta.
 A tinta termoplástica aplicada por pulverização deve ter uma espessura de 1,5 mm e,
nos casos em que seja aplicada por extrusão deve ter uma espessura de 3 mm.
 A tinta termoplástica será misturada com 20% (em peso) de microesferas de vidro.
 A sinalização horizontal não deverá ser aplicada numa superfície húmida, ou com
temperaturas inferiores a 10 graus Celsius ou com ventos fortes.
 Retirar a sinalização temporária.
 Limites de tolerância:
o A largura não pode ser inferior ao especificado e não deve exceder a largura
especificada em mais de 10 mm;
o A posição não pode ser desviada em mais de 100 mm longitudinalmente e
de 20 mm transversalmente;
o O alinhamento das vias não pode sofrer um desvio maior do que 10 mm em
cada 15 m de comprimento;
Informative signs

186
o O comprimento das interrupções nas linhas de demarcação das vias não
pode sofrer um desvio maior do que 150 mm.

 O equipamento deve preencher todas as condições necessárias para uma boa


aplicação e deve incluir um reservatório para a tinta e para as microesferas de vidro,
pistolas que possibilitam a pintura das tiras e dos espaços simultaneamente,
compressor do ar, sistema de homogeneização, mecanismo automático de controlo
de direcção, lança guia com pontos finais ajustáveis, sistema de controlo para o
espaçamento e largura das tiras de tinta, luzes traseiras, sinaleiro rotativo, pisca e
reguladores pressão;
 Para a aplicação dos materiais termoplásticos, os equipamentos devem possuir
reservatórios com aquecimento, do tipo caldeira com controlo de temperatura.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  A tinta aplicada na sinalização horizontal deve estar em conformidade com o seguinte:
o As especificações técnicas das tintas devem estar em conformidade com a
norma SABS 731;
o As tintas devem ser reflectoras;
o A tinta termoplástica deve estar conforme a BS 3662 e a BS 6088.
 A escolha de material deve ser baseada no projecto, no volume de tráfego e na vida
útil da aplicação sendo o material termoplástico o mais resistente.
 Nos casos em que as microesferas de vidro são adicionadas e misturadas com a tinta,
a viscosidade deve ser reduzida adicionando um solvente até ao máximo de 5% em
volume;
 As tintas devem ser de cor branca, amarela ou vermelha conforme o manual da
SATCC ‘Road Traffic Signs’.
2
Medição m
O código de sinalização horizontal será medido pela área efectivamente aplicada expressa
2
em m .
MDE

Foto 9.2: Sinalização horizontal – marcas rodoviárias

187
Actividade: Construção de lombas em trechos com população Código: 560
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de lombas na superfície das estradas ou terreno
em conformidade com as instruções do Fiscal. As lombas consistem em ondulações
transversais construídas na superfície do pavimento com o objectivo de reduzirem a
velocidade do tráfego que circula nesses locais. As lombas destinam-se a aumentarem as
condições de segurança em zonas povoadas.
Tarefas  Identificação dos locais e marcação dos pontos onde as lombas irão ser construídas
incluídas mediante a aprovação do Fiscal e das autoridades locais;
 Colocação de sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Marcação do alinhamento longitudinal e transversal da lomba com estacas, fita métrica
e nível em conjunto com o Fiscal;
 Rega e escarificação da zona onde se pretende construir a lomba;
 Transporte dos materiais desde a câmara de empréstimo até ao local da obra, nos
casos em seja necessária a importação de solos;
 Compactação de material solto com teor óptimo de humidade;
 Controlo do formato da lomba;
 Limpeza do terreno;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização para segurança temporária na zona de trabalho;
 O perfil transversal da lomba deve estar em conformidade com os projectos tipo com
pequena altura, Figura 9.2;
 A tolerância máxima para a altura da lomba deve ser de ±10 mm e de ±5% para o
comprimento;
 A superfície do perfil transversal da lomba deve ser plano e sem ondulações ou
irregularidades superiores a 2 cm medidas sob uma régua com 2 m de comprimento;

Figura 9.2: Especificações para as lombas – Medidas de moderação do


tráfego

 A largura da lomba dependerá do perfil transversal da estrada. A lomba deve ser


construída além da berma da estrada de tal forma que as viaturas não tenham
possibilidade de evitar a lomba circulando pela berma ou pela valeta, causando a
degradação destas.
 A distância mínima entre lombas é de 100 m.
 A lomba deve ser construída em um dia só.
 O enchimento com solos deve ser compactado ao teor óptimo de humidade;
 Os solos importados devem ter a mesma qualidade das bases estabilizadas
mecanicamente, vide código 340.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável
Medição m
Mede-se o comprimento da lomba em m.
MDE

188
10. Série 600 - Estruturas
A construção de estruturas é uma actividade crítica, uma vez que estas têm de ser realizadas de forma correcta
logo à primeira tentativa. As eventuais correcções quando ocorrem problemas são de execução muito difícil e
dispendiosa. Normalmente, implicam a demolição dos elementos da estrutura que não se encontram em
conformidade com o projecto. Por exemplo, a resistência do betão é determinada através de ensaios de
resistência efectuados em provetes e só é possível obter informação acerca da qualidade do betão após a
execução dos primeiros ensaios em provetes, ou seja, após um intervalo de 7 dias. No entanto, os verdadeiros
resultados referentes à resistência do betão só podem ser obtidos após um intervalo de 28 dias e por essa altura
o elemento estrutural já tem uma idade de 28 dias. Em caso de falha nos ensaios do betão, o elemento estrutural
tem de ser demolido e os materiais não podem ser reutilizados.
A construção de estruturas envolve vários aspectos importantes:
1. Implantação – Esta actividade, especialmente no que se refere às grandes estruturas deve ser realizada
por um topógrafo com experiência neste tipo de trabalhos ou por um engenheiro. Normalmente, na
realização desta tarefa deve empregar-se o equipamento topográfico mais sofisticado, tal como a estação
total. As dimensões e espaçamento dos diferentes elementos devem ser determinados com exactidão, uma
vez que qualquer erro de cálculo poderá afectar partes da estrutura ou a estrutura em toda a sua totalidade.
2. Níveis topográficos – Os níveis topográficos são cruciais para o desempenho da função para a qual a
estrutura foi concebida. Por exemplo, se as inclinações nos aquedutos forem erradas então a drenagem
tornar-se-á ineficiente ou o aqueduto poderá ficar colmatado, reduzindo a área de escoamento, o que pode,
consequentemente, conduzir à ocorrência de inundações e de aluimentos. Para além disso, se os níveis
topográficos nos pilares das pontes não forem correctamente definidos, o tabuleiro não ficará nivelado.
3. Armaduras – Erros na preparação das armaduras poderão levar ao colapso da estrutura.
4. Materiais – Os materiais representam a maior fatia dos custos associados à construção de estruturas e a
durabilidade das estruturas depende da qualidade dos materiais utilizados. O manuseamento adequado
dos materiais no local é importante para evitar a sua contaminação.
5. Cofragem – A cofragem pode ser a diferença entre uma boa estrutura e uma má estrutura. Se a cofragem
não for concebida de forma adequada, esta irá decerto deslocar-se sob o peso do betão e da tensão
derivada da compactação. Este aspecto assume uma importância acrescida no caso dos elementos
horizontais, tais como tabuleiros e vigas.
6. Supervisão – A construção de estruturas exige um trabalho de supervisão intensivo e todas as actividades
têm de ser controladas em termos da sua conformidade com o projecto.

Supervisão:

1. Implantação – Verificação das dimensões, espaçamentos e ângulos.


2. Fundações – Verificação dos níveis e dimensões das fundações e determinação do volume de escavação.
3. Betão de limpeza – Verificação da amassadura do betão e dos resultados dos ensaios de abaixamento
(“slump”) para controlo da relação cimento/água e da trabalhabilidade.
4. Sapatas de pontes e lajes – Verificação dos níveis e inclinações para avaliação da conformidade com os
projectos e desenhos. Deve-se verificar também as dimensões da cofragem, das fixações em aço
(dimensões e espaçamentos entre eixos de todos os varões de aço), dosagem do betão através da
execução de ensaios de abaixamento (“slump”) e amostragem do betão em moldes para ensaios de
determinação da resistência à compressão de cubos.

189
5. Pilares e encontros – Verificação das posições, ângulos, alinhamento ao prumo, níveis topográficos,
fixações em aço (dimensões e espaçamentos entre eixos de todos os varões de aço), dosagem do betão
através da execução de ensaios de abaixamento (“slump”) e amostragem do betão em moldes para ensaios
de determinação da resistência à compressão de cubos, aplicação de argamassa rica em cimento ou pasta
de cimento nas juntas de construção.
6. Tabuleiros – Verificação do projecto das cofragens, fixação das cofragens, intradorso do tabuleiro, níveis,
fixações em aço (dimensões e espaçamentos entre eixos de todos os varões de aço), dosagem do betão
através da execução de ensaios de abaixamento (“slump”) e amostragem do betão em moldes para ensaios
de determinação da resistência de cubos, evitando juntas de construção.
7. Acabamentos – verificação da presença de vazios, níveis, irregularidades e textura superficial.

Os desenhos das estruturas são apresentados no Anexo.

Foto 10.1: Pontes – os vários elementos de uma ponte

190
Actividade: Escavação de fundações para estruturas Código:
Em solos normais 610
Em solos duros 611
Código de SATCC 6105
referência
Utilização Este código utiliza-se em todas as escavações necessárias para a construção, reparação,
ampliação ou demolição de estruturas.
O Código 610 será utilizado para solos normais (arenosos/granulares) incluindo
pedregulhos que se consegue escavar à mão com ferramentas manuais;
O Código 611 será utilizado para solos duros (argilosos, rochosos) incluindo pedregulhos
que se consegue escavar à mão com ferramentas manuais;
Tarefas  Colocação de sinalização temporária para garantir a segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a escavação da trincheira de fundação;
 Se for necessário deve-se desviar ou reter o curso de água, para permitir a realização
dos trabalhos de escavação;
 Antes do início dos trabalhos deve-se marcar a zona de escavação junto com o Fiscal
e determinar a respectiva extensão e profundidade, em conformidade com os
desenhos;
 Determinação do volume de trabalho estimado e confirmação do nível do terreno
natural, com o Fiscal, para futura medição de trabalho;
 Delimitar a área de trabalho com fita de segurança;
 Escavação da trincheira até à profundidade de fundação;
 Remover e depositar os solos num local a pelo menos 10 m fora da estrada, conforme
as indicações do Fiscal;
 Para níveis com água, deve-se escorar a trincheira e bombear a água subterrânea
para fora das escavações;
 Controle de nível, regularização e compactação da base de fundação;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização temporária para garantir a segurança;
 A escavação será feita em conformidade com os alinhamentos, cortes e profundidade
indicados no projecto ou pelo Fiscal;
 É importante a realização de trabalhos de prospecção complementares para
avaliação dos subsolos existentes nas fundações;
 Se a escavação for feita à mão, os trabalhadores devem usar roupa protectora
incluindo capacetes;
 Em escavações com mais de 2 m de profundidade os taludes devem ser estabilizados
em degrau (1 metro de largura por cada 2 metros de altura);
 Não deve ser permitido o tráfego ou a presença de maquinaria em locais que distem
menos de 10m da trincheira;
 A caixa de fundação deve ser vedada para além de um metro fora das faces externas;
 Não será permitido o aterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas
para além do limite da cota de fundação. Caso ocorra, a regularização do material em
falta será realizada com betão de limpeza, de resistência compatível com a fundação;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável.
3
Medição m
3
As quantidades devem corresponder ao volume da escavação medido em m
MAE

191
Actividade: Construção de Drift (Passagem Molhada) Simples em Betão Código:
620
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de drift (passagem molhada) simples em betão
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a construção do drift;
 Fornecimento e transporte de todos os materiais necessários para a construção do
drift;
 Estabelecimento do alinhamento longitudinal e transversal do drift com o Fiscal e
marcação da área de escavação;
 Remoção de solos soltos e escavação das trincheiras para as obras de protecção e
fundações do drift;
 Controle dos taludes junto com o Fiscal;
 Construção de muros de protecção (cortinas) na entrada e saída do drift incluindo a
colocação de armaduras para os pilaretes;
 Enchimento da caixa do drift (espaço entre as paredes) com solos granulares
aprovados pelo Fiscal, e compactação. A parte superior do aterro deve situar-se cerca
de 15 cm abaixo da parte superior dos muros de protecção;
 Construção da laje de fundo para a fundação do drift, com reforço de malha metálica,
em conformidade com as especificações do projecto, incluindo a colocação de tacos.
 Colocação da cofragem em betão para a construção dos muros ala e das paredes da
caixa de fundação.
 Vazamento na cofragem do betão da classe B15 (15MPa);
 Construção da laje de topo (com reforço em malha metálica), dos pilaretes e das
obras de protecção em betão, alvenaria de pedra, gabiões e pedra argamassada, em
conformidade com o projecto.
 Compactação e cura do betão/alvenaria.
 Encerramento do desvio temporário e restabelecimento das condições do terreno.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do drift, através da construção
de um desvio usando um método de construção que permita a passagem do tráfego
em segurança.
 Recomenda-se construção em tempo seco;
 A construção deve estar em conformidade com o projecto e com as instruções do
Fiscal;
 Todo o material solto, incluindo vegetação, resíduos, solo e pedregulhos devem ser
removidos para fora da área de trabalho;
 O pontão deve ser instalado e as estacas devem ser colocadas para indicar a posição
das paredes chave, dos muros de ala, das soleiras e das lajes de acesso;
 A área demarcada deve ser escavada para remoção do solo superficial, se existir. No
caso de se tratar de um leito rochoso, devem-se furar buracos para a colocação das
cavilhas (20 mm de diâmetro) para a ancoragem do pontão;
 Devem-se escavar trincheiras destinadas à fundação dos muros de protecção e dos
muros ala até uma profundidade de 50 cm ou conforme as indicações do desenho
(nos casos em que não exista nenhum leito rochoso);
 Os muros de protecção e os muros ala devem ser construídos com betão ou alvenaria
de pedra em conformidade com o projecto. A parte superior dos muros de protecção
deve ser plana e não apresentar ondulações e deve ficar ao nível das soleiras do
canal de água;
 O espaço entre os muros de protecção deve ser preenchido com materiais granulares,
cuja utilização tenha sido devidamente aprovada pelo Fiscal, e devem ser
compactados até uma densidade mínima de 93% do AASHTO Modificado. A parte
superior do aterro deve situar-se a cerca de 15 cm abaixo do topo das paredes chave,
de forma a deixar-se uma margem para a colocação da laje;
 A laje deve ser moldada entre paredes e a parte superior da laje deve ficar alinhada
com o topo dos muros de protecção. Deve colocar-se a meio da profundidade da laje
uma armadura com rede metálica com um diâmetro de 6 mm e um espaçamento de
200 mm;
 Deve colocar-se uma armadura (diâmetro de 16 mm) na laje superior para posterior

192
moldagem dos pilaretes;
 As lajes de acesso e a laje superior devem ser moldadas numa única aplicação para
evitar a ocorrência de juntas de construção entre a laje superior e a laje de acesso. As
lajes devem curar durante um período mínimo de 14 dias;
 Os pilaretes devem ser moldados e curados e poderão ser pintados para permitirem
uma maior visibilidade durante a noite;
 Os muros de protecção devem curar durante um período mínimo de 4 dias;
 A tolerância máxima para a largura é de ± 50 mm, para a espessura da laje ± 10 mm
e para a inclinação ± 0,5%.
 A superfície da laje e dos muros de protecção deve ser plana e isenta de quaisquer
ondulações e irregularidades superiores a 2 cm, medidos com uma régua de traçar.
 O alinhamento do drift deve seguir o mais fielmente possível a direcção do curso de
água.
 A inclinação transversal do drift deve ser 2%.
 Devem ser implementadas medidas de protecção contra a erosão na saída do drift,
incluindo a construção de um muro de protecção ou de enrocamento abaixo do nível
da soleira.
 As aproximações (laje e protecção) devem ser contíguas à laje e muros de protecção
do drift de tal modo que não exista espaço entre eles.
 A alvenaria de pedra e o betão devem ser preparados utilizando os métodos
adequados de controlo das quantidades dos vários constituintes (vide códigos 640 a
643 e 252).
 A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir
uma consistência adequada. Não deverá ser adicionada água após 20 minutos do
início do processo de mistura com a água.
 O betão e a argamassa devem ser colocados em menos de 60 minutos depois do
início do processo da mistura com água.
 A laje para o drift e a laje para as aproximações devem ser construídas em contínuo,
em conformidade com o projecto e evitando juntas de construção.
 Os pilaretes do drift devem ser reforçados em conformidade com o projecto.
 O betão e a alvenaria de pedra devem ser sujeitos a uma cura por um período de 7
dias.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O betão das fundações, muros e lajes devem ser preparados conforme os códigos
640 a 643. A armadura (varões) deve ser preparada conforme o código 633.
 As argamassas devem ser preparadas utilizando métodos de controlo das
quantidades adequados aos vários componentes. Geralmente, as proporções devem
corresponder a 1:4 para o cimento/areia. A quantidade de água adicionada deve ser a
necessária para garantir a consistência adequada. É proibido adicionar a água na
massa de betão ou argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura com
a água.
 O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade
e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de
8 semanas não pode ser utilizado na obra; A areia e a pedra devem ser recolhidas de
fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou
equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material vegetal.
 A pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, pesar de 5 a 20kg, ser
limpa, dura e não degradada.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico / químico que possa comprometer a qualidade de betão.
2
Medição  m
 Medição da área asfaltada do pavimento do drift. O código inclui os custos referentes
aos pilaretes, às obras de protecção e respectivas quantidades.
 MDE

193
Drift construído com betão. Vista da laje principal, lajes de acesso e
pilaretes e muro de protecção a jusante para protecção contra a
erosão

Foto 10.2: Construção de um drift – Reforço com armadura metálica e betonagem

194
Actividade: Construção de drift de tubos em betão (drift ventilado/causeway/ford) Código:
621
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de um drift ventilado ou pontão com tubos em
betão pré-fabricados, envolvidos em betão com lajes de fundação, de topo e de
aproximação e obras de protecção. Ver Foto 10.3.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a construção do drift.
 Fornecimento e transporte de todos os materiais necessários para a construção do
drift;
 Estabelecimento do alinhamento longitudinal e transversal do drift junto com o Fiscal
e marcação da área de escavação;
 Remoção de solos soltos e escavação das trincheiras para as obras de protecção e
fundações do drift;
 Controle dos taludes junto com o Fiscal;
 Construção de muros de protecção (cortinas) na entrada e saída do drift incluindo a
colocação de armaduras para os pilaretes.
 Enchimento da caixa do drift (espaço entre as paredes) com solos granulares
aprovados pelo Fiscal, e compactação. A parte superior do aterro deve situar-se a
cerca de 15 cm abaixo do topo dos muros de protecção;
 Construção da laje inferior em betão do pontão com armadura em rede metálica, tal
como indicado no projecto, incluindo a colocação de cavilhas;
 Cura da laje com uma cobertura humedecida como areia ou serapilheira. A cura deve
iniciar-se 24 horas após a construção da laje;
 Colocação de tubos aqueduto pré-fabricados e ancoragem destes na localização
respectiva pelo menos 3 dias antes da construção da laje;
 Colocação da cofragem para a construção da envolvente em betão em volta dos
aquedutos e para a moldagem dos muros ala com betão. Os muros ala e os muros
de protecção poderão ser construídos com alvenaria de pedra, se estes materiais
estiverem disponíveis no local;
 Verter o betão de enchimento da classe B15 (15MPa) na cofragem e em volta dos
aquedutos. Poderão ser colocados pedregulhos, se disponíveis, (pedras grandes ou
blocos de betão) no betão durante o vazamento do betão para redução da
quantidade de betão utilizado para o envolvimento;
 Construção da laje de topo (com armadura em rede metálica), dos pilaretes e das
obras de protecção em betão, alvenaria de pedra, gabiões e pedra argamassada, em
conformidade com o projecto.
 Compactação e cura do betão/alvenaria.
 Encerramento do desvio temporário e restabelecimento das condições do terreno.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do drift, através da
construção de um desvio usando um método de construção que permita a passagem
do tráfego em segurança.
 Recomenda-se construção em tempo seco;
 A construção deve estar em conformidade com o projecto e com as instruções do
Fiscal;
 Todo o material solto, incluindo vegetação, resíduos, solo e pedregulhos devem ser
removidos para fora da área de trabalho;
 O pontão deve ser instalado e as estacas devem ser colocadas para indicar a
posição das paredes chave, dos muros ala, das soleiras e das lajes de acesso;
 A área demarcada deve ser escavada para remoção do solo superficial, se existir. No
caso de se tratar de um leito rochoso, devem-se furar buracos para a colocação das
cavilhas (20 mm de diâmetro) para a ancoragem do pontão;
 Devem-se escavar trincheiras destinadas à fundação dos muros de protecção e dos
muros ala até uma profundidade de 50 cm ou conforme as indicações do desenho
(nos casos em que não exista nenhum leito rochoso);
 Os muros de protecção e os muros ala devem ser construídos com betão ou
alvenaria de pedra em conformidade com o projecto. A parte superior dos muros de
protecção deve ser plana e não apresentar ondulações e deve ficar ao nível das

195
soleiras do canal de água;
 O espaço entre os muros de protecção deve ser preenchido com materiais
granulares, cuja utilização tenha sido devidamente aprovada pelo Fiscal, e devem ser
compactados até uma densidade mínima de 93% do AASHTO Modificado. A parte
superior do aterro deve situar-se a cerca de 15 cm abaixo do topo das paredes
chave, de forma a deixar-se uma margem para a colocação da laje;
 A laje do fundo deve ser moldada entre paredes e a parte superior da laje deve ficar
alinhada com o topo dos muros de protecção. Deve colocar-se a meio da
profundidade da laje uma armadura com rede metálica com um diâmetro de 6 mm e
um espaçamento de 200 mm. As cavilhas dos varões das armaduras (diâmetro de 20
mm) devem ser colocadas na laje do fundo para ligação desta laje à superestrutura
do pontão, colocada nos espaços entre os aquedutos, tal como indicado no projecto
ou em conformidade com as instruções do Fiscal;
 Os muros de protecção e a laje do fundo devem curar durante 4 dias mantendo-se as
superfícies húmidas com a colocação de um manto de areia humedecida ou uma
sarapilheira humedecida;
 Os tubos aqueduto pré-fabricados/pré-moldados devem ser instalados e ancorados
com betão para prevenir a ocorrência de deslocamentos durante a moldagem do
betão de enchimento de envolvimento;
 As cofragens devem ser colocadas de forma a envolver os aquedutos para
moldagem do betão de envolvimento e a cofragem deve ser também colocada
formando caixões para moldagem dos muros ala com as dimensões indicadas no
projecto;
 O betão de enchimento deve ser produzido e colocado no caixão a uma altura de 10
cm acima do nível dos aquedutos. A parte superior do envolvimento de betão deve
ser picada para assegurar uma boa adesão com a laje de topo. Devem ser colocadas
cavilhas no betão de envolvimento para ancoragem da laje de topo;
 No betão simples, com uma espessura não inferior a 300mm, poderão incluir-se
pedregulhos, desde que devidamente aprovados, para deslocamento do betão até
20% do volume total, desde que:
o Os pedregulhos sejam distribuídos uniformemente no betão;
o Nenhum pedregulho tenha uma dimensão superior a um terço da dimensão
mais pequena do betão em qualquer plano.
o Cada pedregulho esteja envolvido em pelo menos 75 mm de betão.
 A laje de topo deve ser construída em betão do tipo B20 com uma armadura metálica
colocada a meia altura. Os varões de reforço (diâmetro de 16mm) devem ser
colocados na laje de topo para moldagem posterior dos pilaretes;
 As lajes de aproximação e a laje de topo devem ser moldadas numa aplicação única
para evitar a ocorrência de juntas de construção entre a laje de topo e a laje de
aproximação. As lajes devem curar durante um período mínimo de 14 dias,
 Os pilaretes devem ser moldados e curados e poderão ser pintados para permitirem
uma maior visibilidade durante a noite;
 A tolerância máxima para a largura é de ± 50 mm, para a espessura da laje ± 10 mm
e para a inclinação ± 0,5%.
 A superfície da laje de topo e dos muros de protecção deve ser plana e isenta de
quaisquer ondulações e irregularidades superiores a 2 cm, medidos com uma régua
de traçar.
 O alinhamento do drift deve seguir o mais fielmente possível a direcção do curso de
água.
 A inclinação transversal da laje de topo do drift deve ser 2%.
 Devem ser implementadas medidas de protecção contra a erosão na saída do drift,
incluindo um muro de protecção ou de enrocamento abaixo do nível da soleira.
 As aproximações (laje e protecção) devem ser contíguas à laje e muros de protecção
do drift de tal modo que não exista espaço entre eles.
 A alvenaria de pedra e o betão devem ser preparados utilizando os métodos
adequados de controlo das quantidades dos vários constituintes (ver códigos 640 a
643 e 252).
 A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir
uma consistência adequada. Não deverá ser adicionada água após 20 minutos do
início do processo de mistura com a água.
 O betão ou argamassa deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início
do processo da mistura com água.
 A laje para o drift e a laje para as aproximações devem ser construídas em contínuo,
em conformidade com o projecto e evitando juntas de construção.
 Os pilaretes do drift devem ser reforçados em conformidade com o projecto.

196
 O betão e a alvenaria de pedra devem ser sujeitos a uma cura por um período de 7
dias.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O betão das fundações, muros e lajes devem ser preparados conforme os códigos
640 a 643. A armadura (varões) deve ser preparada conforme o código 633.
 A argamassa deve ser preparada utilizando métodos de controlo das quantidades
adequados aos vários componentes. Geralmente, as proporções devem
corresponder a 1:4 para o cimento/areia. A quantidade de água adicionada deve ser
a necessária para garantir a consistência adequada. É proibido adicionar a água na
massa de betão ou argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura
com a água.
 O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a
humidade e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado
por mais de 8 semanas não pode ser utilizado na obra; A areia e a pedra devem ser
recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma
SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material vegetal.
 A pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, pesar de 5 a 20 Kg, ser
limpa, dura e não degradada.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico / químico que possa comprometer a qualidade de betão.
2
Medição  m
 Medição da área asfaltada do pavimento do drift. O código inclui os custos referentes
aos pilaretes, às obras de protecção e respectivas quantidades.
 MDE

Foto 10.3: Drift de tubos em betão (pontão/drift ventilado/ford)

197
Actividade: Fornecimento, preparação, montagem e colocação de armaduras Código:
em varões de aço nervurados para betão armado
- Diâmetro 6 – 12 mm 630
- Diâmetro 14 – 25 mm 631
- Diâmetro > 25 mm 632
- Malha de 6 mm em cruz @ 200 mm 633
Código de SATCC 6300
referência Aços para betão armado normal e Estruturas pré-tensionadas
Utilização Estes códigos são utilizados para as estruturas construídas com betão armado para lajes,
vigas, muros de protecção, encontros e pilares.

Utilizam-se vários códigos para os diferentes diâmetros dos aços de reforço.


Tarefas
incluídas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Transporte e armazenamento dos varões;
 Limpeza e demarcação da área de trabalho;
 Preparação do local onde os varões de aço serão colocados;
 Cortar e dobrar os varões de aço em conformidade com a tabela de varões;
 Amarração dos varões utilizando fio de arame e colocação de espaçadores em
conformidade com o projecto;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Segurança
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio usando um método de construção que permita a passagem
do tráfego em segurança.

Aquisição, transporte e armazenamento de material


 Os varões das armaduras devem estar em conformidade com a norma SABS 920, e
devem ser entregues com um certificado devidamente aprovado pelo Fiscal. Deverá
ser verificada a categoria e classe de cada lote de aço entregue no estaleiro.
 Não é permitido dobrar os varões para facilitar o seu transporte até ao local da obra.
 O aço para armaduras deve ser armazenado e empilhado acima do nível do chão,
em ambiente ventilado e em condições de humidade reduzida para prevenção da
sua corrosão.

Preparação do local da obra.


 Limpeza e demarcação da área de trabalho.

Corte e dobragem dos varões de aço


 Os varões de aço devem ser cortados e dobrados de acordo com as dimensões
apresentadas no projecto e em conformidade com a norma SABS 82.
 As tolerâncias máximas são de ± 0% para o diâmetro e de ± 10 mm para o
espaçamento e de ± 5% para o recobrimento.
 Não deve ser permitido o corte por chama dos varões de aço de alta resistência,
excepto nas situações em seja devidamente autorizado pelo Fiscal.
 Todos os varões devem ser cortados e dobrados a frio, sendo a sua dobragem
efectuada lentamente, com uma pressão uniforme e estável sem serem sujeitos a
variações bruscas na pressão ou a qualquer impacto.

Colocação e amarração dos varões de aço


 As armaduras devem ser posicionadas de acordo com os desenhos e devem ser
amarradas de forma segura dentro dos limites de tolerância apresentados no sub-
parágrafo 6803(f), sendo amarradas com fio de arame recozido com um diâmetro de
1,6 mm ou 1,25 mm ou pela aplicação de fixadores, ou, quando devidamente
autorizado, pela aplicação de soldadura descontínua (pingagem).
 Quando o betão é colocado a envolver as armaduras e/ou ferrolhos, estes devem
estar limpos, e isentos de lamas, óleos, gorduras, tinta, ferrugem ou de qualquer
outra substância susceptível de ter um efeito químico nocivo nas armaduras ou
betão, ou susceptível de reduzir a resistência da adesão.
 Devem ser verificadas as dimensões dos espaçamentos e do recobrimento de
varões de acordo com o estabelecido em projecto.
 Quando as armaduras salientes sejam expostas ao ar livre por um período indefinido,
estas devem ser protegidas adequadamente, para evitar a sua corrosão e devem ser

198
cuidadosamente limpas antes de serem envolvidas no betão de forma permanente.
 O recobrimento e os espaçadores necessários para o apoio das armaduras devem
ter as menores dimensões possíveis para este fim e devem ser feitos de material
devidamente certificado.
 O recobrimento mínimo das armaduras e das extremidades salientes dos varões e
encastramentos deve estar em conformidade com as especificações referentes aos
recobrimentos das armaduras para betão apresentados na Tabela SATCC 6306/1.
 Os espaçadores devem ser feitos de argamassa de cimento com o traço de
cimento/areia correspondendo a 1:3, com as dimensões aprovadas pelo Fiscal.
 O recobrimento deve ser aumentado na profundidade prevista nos casos em que o
betão receba um tratamento na sua superfície, ex. quando o betão é bujardado ou
estão previstos elementos embutidos.
 Não é permitida a soldadura das armaduras.

Recobrimento mínimo e apoios


 O recobrimento mínimo das armaduras deve ser em conformidade com o desenho
tipo e deve ter pelo menos os valores indicados na Tabela 10.1:

Tabela 10.1: Recobrimento mínimo das armaduras

Recobrimento mínimo
Ambiente
(mm)
Pouco agressivo 30
Moderadamente agressivo 40
Muito agressivo 50

Curvatura máxima dos varões de reforço


 O diâmetro interno máximo da curvatura dos varões após dobragem deve estar em
conformidade com o projecto e não deve ser inferior aos valores apresentados na
Tabela 10.2:

Tabela 10.2: Diâmetro interno mínimo da dobragem dos varões de reforço

Diâmetro interno mínimo de


Classe de Aço
dobragem (mm)
Classe A250 15xd
Classe A400 20xd
Classe A500 20xd

 O diâmetro interior para estribos, cintas, ganchos e laços pode ser reduzido.

Recobrimento mínimo das armaduras


 O valor mínimo de recobrimento das armaduras deve estar em conformidade com os
desenhos, tendo os valores indicativos apresentados na Tabela 10.3:

Tabela 10.3: Cálculo do recobrimento mínimo dos aços de reforço com


betão

Classe de aço B20 B25 B30


A250 35 x d 30 x d 25 x d
A400 60 x d 50 x d 45 x d
A500 75 x d 65 x d 60 x d
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 Os varões de aço devem estar em conformidade com o desenho do projecto e a
norma SABS 920 ou equivalente. Em cada consignação de varões deve-se submeter
o certificado de fornecedor com as especificações técnicas do material. Todos os
varões devem ser marcados com a letra R ou Y em conformidade com SABS 82 ou

199
equivalente.
 Os arames de amarração devem ser em aço endurecido e em conformidade com
SABS 675 ou equivalente e ter uma espessura de 1,25 mm ou 1,6 mm.
Medição  Códigos 630 a 632 em kg (mede-se em peso de aço em kg aplicado em armaduras).
2 2
 Código 633 em m (mede-se a área de malha em m aplicada em armaduras)
 Os desperdícios não serão pagos.
 MDE (medida após a colocação e antes da betonagem).

200
Actividade: Preparação, mistura e colocação de betão “in situ”, incluindo Código:
cofragens e cura
Betão classe B15 (Incl. Betão de Limpeza) 640
Betão classe B20 641
Betão classe B25 642
Betão classe B30 643
Código de SATCC 6400
referência Betão para estruturas
Utilização Estes códigos são utilizados para as actividades de produção, transporte, colocação e
ensaio do betão nas obras onde seja especificada a utilização de betão simples, betão
armado ou betão pré-esforçado.

Os outros códigos são utilizados para as diferentes classes de betão.


Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Delimitação da área de trabalho, junto com o Fiscal;
 Transporte e armazenamento de materiais até ao local de trabalho.
 Preparação e fixação dos varões de aço (pago sob o código 630 a 633).
 Preparação da cofragem.
 Aprovação da fixação dos varões de aço e da cofragem (código 630 – 633).
 Aprovação da dosagem por parte do Fiscal.
 Preparação do betão.
 Colocação do betão.
 Compactação e cura do betão.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Segurança
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para a passagem segura e sem
interrupção de tráfego durante a construção de passagens molhadas através da
construção de um desvio usando um método de construção que preveja a passagem
segura de tráfego.

Aquisição, transporte e armazenamento do material


 No caso de obras de grandes dimensões, o cimento deve ser adquirido a um
fornecedor certificado e o certificado emitido pelo fabricante deverá ser entregue ao
Fiscal da obra.
 O cimento armazenado no local deve permanecer coberto, para assegurar a sua
protecção contra a humidade e outros factores susceptíveis de causarem uma
deterioração do cimento.
 Nos casos em que o cimento for fornecido em sacos, estes deverão ser arrumados
juntos e devidamente empilhados até uma altura de 12 sacos e devem ficar instalados
de forma a evitar o contacto com o chão ou paredes e de forma a serem utilizados
pela ordem em que foram entregues no estaleiro.
 O cimento não deve ser armazenado por um período superior a 8 semanas sem a
devida autorização por parte do Fiscal e as várias marcas e/ou tipos de cimento da
mesma marca devem ser armazenados separadamente.
 Os agregados com várias dimensões nominais devem ser armazenados
separadamente e de forma a evitar a ocorrência de segregação. A mistura de vários
materiais e a contaminação por matérias estranhas deve ser evitada. Os agregados
expostos a ambiente marítimo devem ser cobertos de forma a ficarem protegidos da
contaminação pelo sal.
 A capacidade de armazenamento disponível e a quantidade de material armazenado
(cimento, agregados ou água) deve ser a suficiente de forma a evitar a ocorrência de
interrupções na execução dos trabalhos devido à falta de materiais.
 Os materiais deteriorados ou contaminados ou danificados não devem ser utilizados
no fabrico do betão. Estes materiais devem ser imediatamente retirados do local.

Preparação do local da obra.


 O local de amassadura deve estar limpo e compactado de forma a evitar a
contaminação do material durante a amassadura.
 Relativamente às obras de grandes dimensões, deve ser construída e curada uma
laje em betão com uma espessura de 100 a 150 mm no local de amassadura antes da
colocação dos materiais.
 Poderá ser necessário efectuar a preparação de bacias para mistura do betão com 3

201
m de diâmetro e 30 cm de profundidade para evitar o escorrimento dos materiais
fluidos. Para as pequenas estruturas, será suficiente uma bacia, e para as grandes
estruturas poderá ser necessária a instalação de duas bacias.
 A área de amassadura deve situar-se perto do local onde o betão irá ser colocado
para evitar a segregação dos elementos do betão durante o transporte, que poderá
ocorrer se a distância for longa.
 Os materiais devem ser armazenados perto da área de amassadura para facilitar o
acesso a estes materiais.
 A cofragem, incluindo painéis, sistemas de contraventamento e moldes, deve ser
concebida, colocada e aprovada em conformidade com as instruções do Fiscal. Deve-
se prestar uma atenção particular aos painéis e intradorsos destinados a
superestruturas tais como tabuleiros e vigas para pequenas pontes que estão
incluídas no âmbito deste Manual. Este aspecto destina-se a evitar a ocorrência de
deslocamentos e movimentações durante a betonagem.
 Durante a colocação e compactação do betão as cofragens não devem alargar mais
do que 10 mm em relação à sua posição inicial.
 Os limites de tolerância, no que se refere às dimensões da estrutura, devem situar-se
entre +20 mm e -10 mm. A superfície não deve apresentar ondulações e
irregularidades superiores a 2 cm medidas com o auxílio de uma régua de traçar de 2
m.
 Quando aplicável, deverá obter-se uma aprovação prévia das armaduras por parte do
Fiscal.

Qualidade do betão
 O Empreiteiro deve ser responsável pela formulação da dosagem do betão e pela
definição das proporções dos materiais constituintes (traço), necessários para a
produção de um betão em conformidade com as exigências abaixo especificadas para
cada classe de betão. Contudo, no caso de empreiteiros sem capacidade técnica para
tal, a formulação da dosagem deve ficar a cargo do laboratório provincial em
colaboração com o consultor e com o adjudicatário da obra.
 A classe de resistência do betão é indicada pelo valor característico da tensão de
rotura à compressão de provetes cúbicos aos 28 dias de idade, representada em MPa
e pela dimensão máxima do agregado (inerte) presente na mistura, por ex., betão da
Classe 30/38 representa um betão com um valor característico de 30 MPa de
resistência à compressão em provetes cúbicos aos 28 dias e uma dimensão máxima
do agregado de 38mm.
 As proporções de mistura para os diferentes componentes do betão devem ser
definidas em conformidade com a dosagem do betão e devem preencher as
exigências mínimas apresentadas no projecto.
 Os dados importantes devem incluir a resistência mínima do betão e o limite máximo
para a razão água/cimento.
 Antes do início dos trabalhos com betão no local da obra, o Empreiteiro deve
submeter para efeitos de aprovação, amostras dos materiais constituintes do betão e
um relatório sobre as dosagens que pretende utilizar para cada classe de betão
indicada na Tabela das Quantidades.
 As dosagens indicativas são apresentadas na Tabela 10.4. Contudo, estas devem ser
utilizadas para efeitos de proposta e devem ser substituídas pela efectiva formulação
de mistura logo após a identificação da origem dos materiais.

Tabela 10.4: Dosagens indicativas para diferentes classes de betão

Tamanho
Resistência Traços máximo
Classe Cimento Areia Brita
aos 28 dias indicativos do
agregado
3 3 3
(MPa) (mm) (kg) (m ) (m ) (m )
Limpeza 10 1:4:8 50 170 0,140 0,560 1,120
B15 15 1:3:6 50 220 0,180 0,545 1,090
B20 20 1:2:4 50 265 0,220 0,440 1,880
B25 25 1:1.5:3 50 335 0,280 0,420 0,840
B30 30 1:1:2 50 460 0,385 0,385 0,770

 As formulações de mistura efectivamente utilizadas, assim como quaisquer alterações


efectuadas devem ser sujeitas à aprovação por parte do Fiscal, mas tal aprovação

202
não deve de forma alguma aliviar o Empreiteiro da sua responsabilidade em produzir
um betão com as propriedades especificadas.
 O limite de tolerância para a resistência do betão deve ser de - 1MPa. O betão deve
ficar livre de vazios.

Juntas de construção e de dilatação


 Para a resolução dos problemas associados à dilatação e contracção causadas pelas
variações de temperatura, devem ser incorporadas juntas de construção nos
intervalos deixando pequenas folgas ou espaços na estrutura em betão ou entre
elementos para ter em conta a ocorrência de movimentos associados com as
variações térmicas. Devem ser colocados materiais flexíveis nas juntas de dilatação
em conformidade com o desenho para selagem das juntas a fim de evitar a entrada
de pedras, resíduos e lixo que poderão, por sua vez, restringir os movimentos
causados pelas variações térmicas. Tais materiais poderão ser constituídos por
borracha ou betume ou qualquer outro material recomendado.
 As juntas de construção devem ser posicionadas em locais adequados no betão para
facilitar a aplicação de volumes e dimensões de betão manuseáveis. Este aspecto é
apenas aplicado aos elementos estruturais como pilares e encontros que não
necessitem de uma aplicação contínua de betão, tais como as vigas e tabuleiros de
pontes.
 Nos casos em que o betão fresco seja aplicado no mesmo dia da formação da junta
de construção, o betão fresco deve ser betonado directamente sobre a superfície da
junta de construção.
 Nos casos em que a betonagem é reiniciada um dia ou mais após a formação da
junta de construção, deve ser seguido o seguinte procedimento:
o A junta de construção deve manter-se húmida durante um período mínimo
de seis horas. A superfície deve estar numa condição de saturação com a
superfície seca quando a betonagem estiver prestes a reiniciar-se.
o Qualquer impureza, água em excesso e partículas soltas devem ser
removidas antes do reinício da betonagem.
o Relativamente às juntas de construção horizontais, deve ser colocada na
junta, imediatamente antes da betonagem, uma camada de betão com uma
espessura de 25 mm do mesmo tipo de betão, mas sendo este enriquecido
através da redução, em 25%, do teor de agregado de maior dimensão.
o Relativamente às juntas de construção verticais, o betão fresco deve ser
colocado sobre uma superfície preparada em conformidade com o Sub-
parágrafo 6408(b), e que esteja numa condição de saturação, com a
superfície seca.

Amassadura do betão
 O equipamento utilizado para a preparação do betão deve estar limpo e em boas
condições, e nos casos de aplicação continua, deve ter-se à disposição uma
misturadora de reserva, para ser utilizada em caso de avaria da que está em
utilização.
 A amassadura dos componentes do betão deve ser nas proporções apresentadas na
formulação da mistura. Geralmente, devem ser utilizadas caixas de amassadura com
as dimensões de 300x300x400 mm (volume de um saco de cimento de 50 kg). Deste
modo, as proporções como por exemplo, 1:2:4 representam um saco de cimento de
50 kg: 2 caixas de areia: 4 caixas de agregado.
 A água utilizada deve ser potável.
 O betão deve ter uma trabalhabilidade adequada sem a utilização excessiva de água
de forma a poder ser rapidamente compactado nos cantos da cofragem e em volta
das armaduras, amarrações, cordões e bainhas sem ocorrer segregação do material.
 A quantidade de água adicionada deve ser aquela que for adequada para a obtenção
de uma consistência adequada. Não deve ser adicionada mais água após um período
de 20 min desde a primeira adição de água à mistura.
 É importante verificar a condição dos componentes antes da mistura. Se o agregado
já estiver húmido deve ser adicionada pouca água à mistura. Devem ser efectuados
ensaios de abaixamento para determinar a quantidade de água que deverá ser
adicionada durante a mistura. A Tabela 10.5 apresenta os valores limite de
abaixamento para as várias classes de betão.

203
Tabela 10.5: Especificações referentes aos ensaios de abaixamento

Abaixamento Abaixamento
Tipo de construção
máximo (mm) mínimo (mm)
Betão pré-esforçado 75 25
Betão saliente elementos
75 50
pré-fabricados
Betão de enchimento 100 25
Sapatas em betão armado,
condutas betonadas in situ, 125 50
lajes, vigas e pilares
Em caso de utilização de vibradores de elevada frequência, os valores
podem ser reduzidos em cerca de 1/3.

 É importante que o betão esteja devidamente misturado, colocado e curado de forma


a obter-se a resistência desejada. O betão de limpeza B15 deve ser misturado
manualmente enquanto as outras classes de betão devem ser misturadas em
betoneiras.

Amassadura manual de betão não armado:


 Todos os trabalhadores envolvidos no processo de amassadura deverão estar
equipados com roupas de protecção, incluindo luvas, botas, capacetes e máscaras.
 A dosagem deve ser feita de acordo com o acima descrito. Recomenda-se que sejam
misturados juntos 2 sacos de cimento e os respectivos constituintes, de cada vez que
se procede a uma amassadura.
 Em primeiro lugar, coloca-se a quantidade de areia necessária. Espalha-se o cimento
por cima da areia e finalmente o agregado sobre o cimento.
 Enquanto é preparada a amassadura de um lote, outro lote deverá ser preparado de
seguida de modo a proporcionar um fornecimento contínuo de betão. Esta operação
deve repetir-se até que a amassadura fique homogénea (apresentando coloração
uniforme).
 Devem ser utilizados recipientes abertos para a aplicação de água. Devem ser
tomadas as precauções necessárias para evitar a perda de cimento.
 A água deve ser adicionada durante a operação de amassadura. A quantidade de
água adicional deve ser determinada através do ensaio de abaixamento.
 Se o betão for misturado e compactado através de métodos manuais, a amassadura
deverá adquirir uma maior trabalhabilidade (ou seja, ficará mais fluida) em
comparação com o betão misturado e compactado através de métodos mecânicos.
 Devem ser tomadas todas as precauções para evitar a perda ou segregação do
cimento que reduz a quantidade de cimento na mistura, o que consequentemente
reduz a resistência do betão.
 A amassadura deve continuar até que o betão fique completamente misturado. A
mistura está completa quando:
o A coloração da amassadura aparenta ser uniforme e homogénea.
o Todo o agregado está coberto de cimento.
o O betão não fluiu livremente, caso contrário, significa que há excesso de
água na mistura.
 Deve realizar-se o ensaio de abaixamento para obter uma indicação da razão
água/cimento e da trabalhabilidade.
 A tolerância máxima aceite para ensaio de abaixamento é de ± 25 mm em relação ao
valor estabelecido.

Amassadura mecânica:
 Dependendo da dimensão do trabalho a executar, a amassadura pode ser realizada
mecanicamente usando uma betoneira estacionária de, no mínimo, 320 l, uma central
de betão ou um camião betoneira. A colocação deve ser realizada recorrendo a
carrinhos de mão ou bombas.
 Quando o betão é preparado numa central de betão, a central deverá assumir a
responsabilidade pela mistura e cumprir as prescrições relativas às etapas de fabrico
do betão.
 As quantidades de betão a serem fabricadas em central deverão corresponder às
quantidades necessárias em obra para aplicação imediata e, ainda, garantir que não
ocorre segregação durante o transporte e que a temperatura da mistura é mantida

204
entre 5ºC a 30ºC.
 Deve realizar-se o ensaio de abaixamento para obter uma indicação da razão
água/cimento e da trabalhabilidade.
 A tolerância máxima aceite para o ensaio de abaixamento é de ± 25 mm em relação
ao valor estabelecido.

Colocação do betão:
 A colocação e compactação do betão devem ser realizadas sob a supervisão directa
e contínua de um especialista em betões.
 A colocação do betão só pode ser iniciada após a confirmação dos resultados dos
ensaios da mistura, da posição e aprovação das armaduras e das cofragens. Devem
ser tomadas precauções para não haver excesso de água no local de colocação para
evitar a lavagem do betão fresco.
 O betão não deve ser lançado de uma altura superior a 1,5 m, nem deve acumular em
grandes quantidades na mesma posição ou ser movido ao longo das cofragens.
Sempre que possível o betão deve ser depositado verticalmente na sua posição final.
Em caso de utilização de calhas de descarga o comprimento e inclinação destas
devem ser tais que permitam evitar a ocorrência de segregação e devem ser
colocados bicos e deflectores adequados na extremidade inferior, de forma a evitar a
segregação. O deslocamento do betão por vibração em vez da sua colocação directa
deve ser apenas realizado quando devidamente aprovado pelo Fiscal.
 Após o início da betonagem, esta deverá ser realizada como um processo contínuo
entre juntas de construção. O betão deve ser colocado dentro de um período inferior a
60 minutos após o início da amassadura.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias durante a betonagem de tabuleiros
de pontes com uma espessura significativa para evitar a estratificação do betão; a
totalidade da espessura desses elementos deve ser betonada numa única passagem.
O betão fresco não deve ser colocado sobre o betão que já tenha sido colocado num
período superior a 30 minutos, excepto em caso de formação de uma junta de
construção ou em caso de utilização de um retardador de presa do betão.
 Relativamente a elementos de betão simples com espessura não inferior a 300 mm,
poderão ser adicionados blocos de pedra, desde que devidamente aprovadas, para
aumentar o volume do betão até cerca de 20% do seu volume total, desde que:
o Os blocos de pedra sejam uniformemente distribuídos no betão.
o Nenhum dos blocos de pedra adicionados tenha uma dimensão superior a um
terço da dimensão mais pequena do elemento de betão em qualquer plano.
o Cada bloco de pedra esteja envolvido por betão em, pelo menos, 75 mm.

Compactação:
 O betão deve ser totalmente compactado através de meios devidamente aprovados
(manuais e mecânicos) durante e imediatamente após a sua colocação. Deve ser
cuidadosamente trabalhado contra a cofragem, em volta das armaduras, amarrações,
moldes, cordões e bainhas e ancoragens embebidos e nos cantos das cofragens de
forma a criar uma massa sólida isenta de vazios.
 Excepto em caso de indicações em contrário pelo Fiscal, o betão deve ser
compactado utilizando vibradores. Os vibradores internos devem ser capazes de
produzir uma quantidade mínima de 10 000 ciclos por minuto e os vibradores externos
um quantidade mínima de 3 000 ciclos por minuto. Deve haver um número suficiente
de vibradores de reserva em caso de avaria dos vibradores em utilização.
 A vibração deve ser realizada por operários especializados e deve evitar-se a
vibração excessiva que possa resultar em segregação, acumulação de água na
superfície e fuga. Em caso de utilização de vibradores do tipo “poker” o processo de
compactação deve ser efectuado de forma rápida no movimento de penetração e de
forma lenta no movimento de saída até que praticamente cesse a expulsão de ar;
terminando assim a compactação. Durante a utilização de vibradores internos deve
evitar-se, na medida do possível, o contacto com as armaduras e com a cofragem. O
betão não deve ser sujeito a qualquer perturbação causada por vibração durante um
período entre 4 a 24 horas pós a sua compactação.
 No método de compactação manual, devem em geral ser utilizadas armaduras de 12
mm e devem ser utilizados martelos de borracha no apiloamento da cofragem durante
a compactação externa.
 O betão deve ser livre de vazios e planos frágeis e deve haver uma adesão firme
entre as camadas sucessivas.

Cura:

205
 A cofragem deve ser mantida na sua posição durante os períodos adequados
apresentados na Tabela abaixo, e, logo que possível, todas superfícies de betão
expostas devem ser protegidas da perda de água através da aplicação de um ou
vários métodos a seguir apresentados:
o Manutenção da posição da cofragem durante a totalidade do período de cura.
o Irrigação das superfícies expostas com água, excepto em condições
atmosféricas de temperatura baixa, ou seja, inferiores a 5ºC.
o Cobertura das cofragens com areia ou coberturas feitas de materiais retentores
de humidade, e mantendo a humidade da cobertura.
o Pulverização constante de toda a área das superfícies expostas com água
(apenas nas superfícies em que seja impossível a colocação de uma cobertura
de areia ou a realização de irrigação).
o Colocação de cobertura impermeável ou de plástico firmemente presa nas
extremidades.
o Utilização de um componente de cura aprovado e aplicado em conformidade
com as instruções do fabricante, não devendo este método ser utilizado nos
casos em que a superfície tenha de ser posteriormente impermeabilizada,
revestida ou gunitada.
o Cura do betão a vapor (elementos pré-fabricados).
 O método de cura adoptado deve ser sujeito à aprovação do Fiscal e não deve
provocar manchas, contaminação ou defeitos na superfície do betão.
 O período de cura deve durar no mínimo sete dias, sem interrupções, no caso do
betão feito com cimento Portland ou cimento Portland 15, cimento Portland de presa
rápida 15, e deve durar um período mínimo de 10 dias em caso de utilização de
cimento Portland de alto-forno ou de uma mistura 50/50 de cimento Portland e escória
de aciaria granulada. Quando a temperatura do betão desce abaixo dos 5ºC estes
períodos mínimos de cura devem prolongar-se pelo período durante o qual a
temperatura do betão permaneceu abaixo de 5ºC. O tempo mínimo necessário antes
de se proceder à remoção do cimbre e cofragem é apresentado na Tabela 10.6.

Tabela 10.6: Tempo mínimo necessário antes da remoção do cimbre e


cofragem

Cimbres e Cofragens para: Dias


Clima normal Clima frio
1. Partes laterais das vigas, paredes e 1 1,5
pilares sem carga
2. Intradorsos das lajes e vigas
 Vãos até 3 m 4 7
 Vãos entre 3 m a 6 m 10 17
 Vãos entre 6 m a 12 m 14 24
 Vãos superiores a 12 m 21 30

 A estrutura em betão pode ser sujeita a cargas após serem atingidas as resistências
aos 28 dias. Contudo, no caso de estruturas continuamente apoiadas, tais como as
passagens molhadas (drifts), o período de cura poderá ser de 14 dias antes de serem
sujeitas a carga.

Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.

 O cimento deve ser do tipo Portland ou cimento Portland de presa rápida em


conformidade com as exigências da norma SABS 471 ou equivalente.
 Quando o cimento é fornecido em sacos, estes devem estar empilhados juntos e bem
arrumados até uma altura máxima de 12 sacos empilhados e posicionados de forma a
evitar o contacto com o chão ou as paredes e possam ser utilizados na ordem em que
foram entregues na obra.
 A areia e o agregado devem ser recolhidos de fontes aprovadas pelo laboratório
provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Devem ser limpos e
livres de argila e material vegetal.
 A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico/químico que possa comprometer a qualidade do betão.
 As cofragens devem ser aprovadas pelo Fiscal.
3
Medição  m
 MDE

206
Actividade: Escavação, transporte, espalhamento, rega e compactação do Código:
aterro em volta das estruturas
DMT < 500 m 650
500 ≤ DMT < 1000 m 651
DMT ≥ 1000 m 652
Código de SATCC 6108
referência
Utilização Este código utiliza-se para a escavação, transporte, espalhamento, rega e compactação
de aterro em volta de estruturas (nas caixas de encontro, atrás os muros de ala, etc.). Ver
Figura 10.1.
Os códigos utilizam-se para distâncias médias de transporte.
Tarefas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas  Identificar a câmara de empréstimo junto com o Fiscal;
 Demarcar, nivelar e limpar a área de trabalho;
 Transportar os solos ao local de trabalho;
 Espalhar, regar e compactar os solos no local de trabalho em conformidade com os
projectos;
 Limpar e nivelar a área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Segurança:
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio, usando um método de construção que permita a passagem
do tráfego em segurança.

Material de empréstimo:
 Identificação da câmara de empréstimo junto com o Fiscal da obra.

Preparação da área de trabalho:


 Demarcação, limpeza e nivelamento da área de trabalho.
 Antes de se proceder ao aterro do espaço entre a estrutura e o aterro de
aproximação, ou do espaço entre a estrutura e as superfícies da escavação, a
inclinação do aterro de aproximação, ou as superfícies da escavação devem ter uma
configuração em degraus ou recortada para evitar a formação de uma cunha entre a
estrutura e o aterro de aproximação ou as frentes de escavação.

Figura 10.1: Estabilização de taludes através da construção em degraus das


paredes de retenção

Enchimento, Rega e Compactação:


 A compactação de solos será feita em camadas com espessura máxima de 15 cm;
 A rega será feita até atingir o teor óptimo de humidade;
 A compactação será feita com cilindros pedestres, compactadores de placa vibratória,
ou com o maço manual.
 Excepto nos casos em seja devidamente instruído pelo Fiscal, o único equipamento
que poderá ser utilizado para a obtenção da densidade necessária numa distância
horizontal de 3m a partir de qualquer estrutura de betão deve ser constituído por
equipamento que possa ser empurrado ou rebocado à mão.
 Os materiais devem ser compactados a uma densidade igual ou superior a 90% da
densidade AASHTO modificada aplicável a solos e cascalhos, e deve ser igual ou
superior a 100% da densidade AASHTO modificada aplicável às areias não coesivas,

207
ou a densidade do solo envolvente, aquela que for menor, excepto no caso do
pavimento da estrada, em que o material deve ser compactado a uma densidade igual
ou superior a 93% da densidade AASHTO modificada.

Limpeza da área de trabalho:


 O material em excesso deve ser removido e espalhado numa área designada pelo
Fiscal e deve ser depositado em camadas com uma espessura máxima de 20 cm.
 Limpeza da área de trabalho.
Materiais  Não aplicável.
3
Medição  m
 Medição do volume compactado do aterro.
 MAE

208
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas Código:
Aprovisionamento e colocação de ‘ferrolhos’ para ancoragem das
fundações e tabuleiros 660
Código de SATCC 6111
referência SATCC 6305
SATCC 6402 (e)
Utilização Este código utiliza-se para ancoragem de fundações (em zonas rochosas) e tabuleiros
(fixação dos suportes nos encontros), colocar e assegurar ferrolhos de aço nas posições
e com dimensões indicados nos desenhos de projecto.
Tarefas  Colocação de sinalização temporária na zona dos trabalhos;
incluídas  Transporte e armazenamento de varões de aço no local de trabalho;
 Corte e dobragem de varões em conformidade com o projecto;
 Demarcação e limpeza da área de trabalho;
 Furação da rocha nas posições e com dimensões indicadas no projecto ou pelo
Fiscal;
 Limpeza de furos e enchimento com argamassa em pressão;
 Colocação dos varões de reforço em conformidade com o desenho do projecto;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança.
 Quando necessário, os ferrolhos da fundação no material especificado e com um
diâmetro e comprimento estabelecidos, devem ser instalados nas posições e nas
dimensões indicadas no projecto ou em conformidade com as instruções do Fiscal.
 Limpeza da superfície da rocha (com água e escovas) e nivelamento da área de
trabalho (com picaretas).
 Marcação com tinta dos pontos onde os ferrolhos irão ser instalados, em
conformidade com os desenhos e sob a supervisão do Fiscal.
 Realização de furos na rocha com compressor pneumático (martelo) e brocas de
aço.
 Verificação de profundidade e dimensões dos furos junto com o Fiscal. Limpeza dos
furos com compressor de ar e água.
 Enchimento de furos com uma argamassa de traço 1:3 com mais de 20 l de água por
cada 50 kg de cimento.
 Colocações de ferrolhos dentro dum período máximo de 15 minutos depois de
enchimento com argamassa.
 Os ferrolhos devem estar limpos, sem ferrugem, óleos e outras impurezas
susceptíveis de terem um efeito químico negativo no aço da armadura ou no betão,
ou de reduzirem a aderência.
 No caso de serem adicionados agentes expansivos ao cimento, estes deverão estar
em conformidade com a norma SATCC 6402 (e) e poderão ser utilizados após a
aprovação por parte do Fiscal.
 O material em excesso deverá ser removido e espalhado numa área indicada pelo
Fiscal e numa camada não superior a 20 cm.
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária na área de trabalho.
Materiais  Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 Varões em aço com diâmetro, comprimento e classe de resistência conforme o
projecto e a norma SATCC 6305.
 Cimento e areia.
Medição  m
 A medição deve ser do comprimento dos varões de aço em metros.
 MAE

209
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas Código:
Aprovisionamento e colocação de tubos PVC em apoios de tabuleiro,
encontros e muros de suporte 661
Código de SATCC 6606 (a)
referência
Utilização Este código utiliza-se para aprovisionamento e colocação de tubos de 75mm em PVC nos
apoios dos tabuleiros, encontros e muros de suporte para descarga de água (bueiros) nas
posições e com dimensões indicados nos desenhos de projecto.
Tarefas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas  Transporte e armazenamento dos tubos PVC no local de trabalho;
 Corte e limpeza dos tubos PVC em conformidade com o desenho do projecto;
 Demarcar e limpar a área de trabalho;
 Colocação dos tubos em PVC em conformidade com o desenho do projecto;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança;
 Marcação das posições onde serão colocados os tubos PVC junto com o Fiscal e em
conformidade com desenho do projecto.
 Os tubos PVS devem ser colocados antes da colocação das armaduras.
 Os tubos PVC não poderão ser colocados a menos de uma distância de 40 mm dos
varões.
 Os tubos de drenagem devem estar em conformidade com os desenhos e o seu
interior deve apresentar-se liso e limpo.
 Para evitar a sedimentação e entupimento de bueiros, os tubos PVC deverão ser
separados com o solo adjacente através da utilização de geotêxtil e/ou um filtro de
pedras.
 Limpeza dos tubos com compressor de ar e água;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária na zona de trabalhos.
Materiais  Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
 Tubos PVC de 75 mm.
Medição  m
 Medição do comprimento dos tubos PVC em metros.
 MAE

210
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de juntas de dilatação em tabuleiros 662
Código de SATCC 6603
referência
Utilização Este código utiliza-se para o aprovisionamento e colocação de juntas de dilatação em
tabuleiros nas posições, com os materiais e as dimensões indicados no desenho do
projecto.
As juntas de dilatação em parte libertam os vários componentes da superestrutura de
esforços devidos à retracção e a variações de temperatura. Há vários tipos de juntas de
dilatação. O projecto deverá fornecer as pormenorizações sobre o tipo e os materiais a
serem aplicados
Tarefas  Colocação de sinalização temporária.
incluídas  Transporte e armazenamento dos materiais no local de trabalho;
 Corte e/ou limpeza da junta de dilatação em conformidade com os desenhos do
projecto;
 Preenchimento de junta com material aprovado pelo Fiscal;
 Selagem da junta com material aprovado pelo Fiscal;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária
Normas  Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permita a
passagem do tráfego em segurança;
 As juntas de dilatação poderão ser colocadas no intervalo resultante do corte
realizado em tabuleiros contínuos ou em junta criada durante a betonagem, por ex.
entre tabuleiros separados;
 A junta devera ser protegida nos cantos com uma chapa metálica (cantoneiros) ou
betão de alta resistência para evitar o seu desgaste e despedaçamento.
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O material aplicado para o preenchimento da junta de dilatação deverá estar em
conformidade com o projecto e cumprir com a norma SATCC 6603 (ii). O material
destinado ao preenchimento da junta deve ser composto por lâminas ou tiras dos
materiais a seguir apresentados que devem estar em conformidade com as
especificações referentes a estes materiais:
o Painéis de fibra e painéis de cortiça impregnados com betume - US Federal
Specification HHF- 341F ou AASHTO Specification M-213. Painéis de cortiça
impregnados com betume - US Federal Specification HH-F-341F.
o Espumas flexíveis de polietileno expandido, de poliuretano, PVC ou
polipropileno – AASHTO Specification M-153.
o Espumas rígidas de polietileno expandido, poliuretano ou polistireno - BS
4840 ou BS 3837.
 O material aplicado para selagem da junta de dilatação deverá estar em conformidade
com o projecto e cumprir com a norma SATCC 6603 (iii).
o Os selantes termoplásticos espalhados a quente devem estar em
conformidade com as exigências da especificação US Federal Specification
SS-S-1401B, BS 2499 ou da AASHTO Specification M-173. Os selantes
devem ser do tipo betuminoso impregnados com borracha contendo uma
percentagem mínima de borracha natural ou sintética correspondendo a
20%.
o Os selantes termoplásticos aplicados a frio devem estar em conformidade
com as exigências da especificação US Federal Specification SS-S-156. Os
selantes devem ser do tipo betuminosos impregnados de borracha contendo
uma percentagem mínima de borracha natural ou sintética correspondendo a
20%.
 Betume 80/100 ou um material de qualidade equivalente para selagem das juntas de
dilatação, em conformidade com a norma SATCC 6603 (iii).
 Chapas de aço de 50x50x10 mm.
Medição  m
 Mede-se o cumprimento de juntas de dilatação em metros lineares.
 MAE

211
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de aparelhos de apoio de tabuleiros 663
Código de SATCC 6604
referência
Utilização Este código utiliza-se para o aprovisionamento e colocação de aparelhos de apoio de
tabuleiros utilizando os materiais e as dimensões indicadas no projecto.

O aparelho de apoio tem como função transmitir as cargas da superestrutura para a


substrutura ao mesmo tempo permitindo movimentos horizontais e de rotação dos
tabuleiros. Há vários tipos de berços do tabuleiro (ou mesa de apoio) e de aparelhos de
apoio. O projecto deverá fornecer a pormenorização sobre o tipo de apoio e o material a
ser aplicado.
Tarefas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas  Aprovisionamento e transporte do material ao local de trabalho;
 Limpar a área de trabalho;
 Colocação do berço (ou mesa de apoio) em conformidade com o projecto;
 Colocação e/ou fixação dos aparelhos de apoio;
 Selagem dos apoios;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança;
 O material aplicado para os aparelhos de apoio deverá estar em conformidade com o
projecto e cumprir com a norma SATCC 6605 (a).
 Os aparelhos de apoio deverão ser armazenados em local coberto e limpo acima do
nível de chão, fora da exposição solar e das fontes de calor e afastado de óleos e
produtos químicos nocivos para os aparelhos. Os aparelhos de apoio não devem ser
empilhados ou em superfícies susceptíveis de causar a sua distorção.
 Durante o transporte o material deverá ser tratado com cuidado para evitar que
esteja sujeito aos esforços e impactos ou a qualquer condição que cause dano.
 Os aparelhos de apoio deverão ser ajustados ao berço (mesa de apoio) recorrendo a
plintos construídos com betão de alta resistência em conformidade com o projecto.
Antes da aplicação do betão para formar o plinto, a superfície do betão do
pilar/encontro deve ser picada até o agregado ficar exposto.
 Em nenhum caso será permitido o uso de reboco para alisar a superfície que
receberá o apoio.
 Se forem aplicadas telas como faixas de suporte estas devem ser compostas por um
mínimo de três camadas.
 Nos casos em que seja especificado o uso de mantas lubrificadas, as telas devem
ser impregnadas com óleo queimado, sendo em seguida cobertas com pó de grafite
antes de ser colocado na superfície do aparelho de apoio.
 Excepto nos casos em que seja contrariamente especificado nos desenhos, os
aparelhos de apoio devem ser instalados sobre um plano horizontal e devem ficar em
contacto total com o betão e as superfícies de apoio.
 Antes da integração do aparelho de apoio na estrutura, este deve ser limpo para
remoção de todas as substâncias nocivas e materiais aderentes, sendo em seguida
envolvido numa película de polietileno (plástico) e selado para evitar o ingresso de
argamassas e/ou pastas no aparelho de apoio durante o decorrer da construção.
 Após a instalação, o invólucro de polietileno deve ser removido e o aparelho, assim
como o espaço em volta deste, devem ser cuidadosamente limpos e os blocos de
apoio devem ser removidos, em conformidade com as indicações do Fiscal.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.

212
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O material deverá estar em conformidade com norma SATCC 6604.
 A pedido do fiscal, o Empreiteiro deve enviar certidões de ensaio emitidas por uma
entidade de ensaio aprovada e independente para comprovar que os materiais
respectivos cumprem as exigências, ou uma certidão emitida pela entidade detentora
da patente ou projectista atestando que o item fabricado obedece às especificações
de produto aplicáveis.
o Feltro para telhados: o feltro para telhados deve ter 3 camadas e deve estar
em conformidade com as exigências SABS 92 ou equivalente para o feltro
de telhados do Tipo 1.
o Elastómero: o elastómero utilizado no fabrico dos rolamentos deve ser
composto por borracha natural ou borracha sintética.
Medição  m
 Mede-se o comprimento do apoio em metros lineares.

213
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de parapeitos, guarda-corpos e 664
passeios
Código de SATCC 6605
referência
Utilização Este código é aplicável à construção de parapeitos, guarda-corpos e passeios, utilizando
os materiais e dimensões indicados nos desenhos.
Tarefas  Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos.
incluídas  Aprovisionamento, transporte e armazenamento do material no local de trabalho
 Limpeza da superfície do tabuleiro e da área de trabalho.
 Colocação/construção dos parapeitos em conformidade com o projecto.
 Colocação e fixação dos guarda-corpos e tubagens em conformidade com os
desenhos.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança.
 O parapeito será construído em conformidade com as dimensões e com o material
indicado no projecto.
 A tolerância máxima aceite para as dimensões do parapeito é de ±10mm.
 O alinhamento do parapeito deve ser livre de ondulações ou irregularidade maiores
do que 1 cm, medidas debaixo duma régua de 2m de comprimento.

Elementos de betão:
 Os parapeitos de betão devem ser construídos após a remoção dos cimbres e da
finalização do pré-esforço, mas não antes do tabuleiro da ponte ser cuidadosamente
medido com vista à determinação das linhas e níveis finais.
 Os elementos de betão armado dos parapeitos devem ser construídos em
conformidade com as normas indicadas no código 640.
 Os elementos em betão pré-fabricado devem ser colocados com a face lisa na parte
interior da ponte.

Elementos metálicos:
 Todos os elementos metálicos serão colocados em conformidade com o desenho do
projecto e em conformidade da norma SATCC 6700.
 Deve ser construída uma camada de assentamento em argamassa, com uma
espessura mínima de 10 mm, sob todas as placas de base em aço em toda a
dimensão das placas. As partes laterais dos assentamentos devem ser perfeitamente
chanfradas a 45°. Todos os espaços abertos entre o parafuso e as partes laterais
dos furos presentes na placa de base devem ser preenchidos com uma calda de
cimento.
 Os elementos metálicos que se destinam a ser betonados ou cimentados no betão
devem ser inteiramente pintados a uma distância de 75 mm no betão ou calda de
injecção e limpos de qualquer presença de ferrugem, escamas de laminagem, óleos
ou qualquer outro material que possa impedir a adesão entre o betão e os elementos
em aço.
 Os tubos e acessórios a serem utilizados para a construção das tubagens devem ser
compostos por tubos em PVC e acessórios com juntas flexíveis em borracha, em
conformidade com as exigências apresentadas na norma SABS 967 ou equivalente e
devem ser posicionados em conformidade com o projecto.
 As extremidades das tubagens devem estar devidamente apetrechadas com tampas
cónicas em madeira apropriadas para evitar a entrada de resíduos, betão, etc. nas
tubagens.
 Devem ser inseridos ao longo de cada tubo dois fios de aço galvanizado com um
diâmetro de 2,5 mm. Os fios devem prolongar-se em cerca de 2 m para além de
cada extremidade e devem ser firmemente fixados na respectiva posição com as
tampas de madeira. As aberturas de inspecção das tubagens devem ser construídas
em conformidade com os detalhes apresentados nos desenhos.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.

214
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Os elementos em betão devem ser preparados em conformidade com os códigos
640 a 643.
 Os elementos metálicos devem ser colocados em conformidade com a norma
SATCC 6700.
 As tubagens devem ser em PVC com juntas flexíveis de borracha, em conformidade
com a norma SABS 967.
Medição  m
 Medição do comprimento dos parapeitos e guarda-corpos em metros lineares.

215
Actividade: Ponte metálica do tipo Bailey Código:
Transporte de elementos ao local da obra 670

Código de Manual de Montagem MABEY COMPACT BAILEY de referencia 90 C4 E


referência
Utilização A ponte metálica tem grande utilidade nas obras de construção civil e em particular no
sector de estradas. Podem ser utilizadas, como pontes permanentes ou temporárias, em
caso de emergência. Moçambique tem experiência na utilização deste tipo de estruturas
pré-fabricadas (de custo razoável), de montagem rápida e com utilização de mão-de-obra
especializada.

Este código utiliza-se para o transporte das peças de ponte metálica do armazém
depósito mais próximo até ao local da obra. De momento, os armazéns em Moçambique
encontram-se na zona norte (Nacala), zona central (Dondo) e na zona sul (Maputo).
Tarefas  Levantamento de lista de peças em conformidade com o projecto da ponte;
incluídas  Investigar a disponibilidade de peças nos armazéns;
 Transporte de materiais até ao local da obra.
Normas  Não aplicável
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Todos os elementos e acessórios da Ponte Bailey devem ser em aço galvanizado.
Qualquer substituição de pecas da Ponte Bailey deve ser aprovada pelo Fiscal e a
sua qualidade deve ser igual ou superior às peças originais.
 Os elementos metálicos devem ser instalados em conformidade com a norma
SATCC 6700.
 As tubagens devem ser em PVC com juntas flexíveis em borracha, em conformidade
com a norma SABS 967.
Medição  Tonelada Quilómetro (ton.km)
 A medição deve ser o peso da carga x a distância em km.
 MDE

216
Actividade: Montagem e lançamento de ponte metálica Bailey Código:
671
Código de Manual de Montagem MABEY COMPACT BAILEY de referencia 90 C4 E.
referência
Utilização A ponte metálica tem grande utilidade nas obras de construção civil e em particular no
sector de estradas. Podem ser utilizadas, como pontes permanentes ou temporárias, em
caso de emergências. Moçambique tem experiência na utilização deste tipo de estruturas
pré-fabricadas (de custo razoável), de montagem rápida e com utilização de mão-de-obra
especializada.

Este código utiliza-se para a montagem e lançamento da ponte na subestrutura;


encontros e pilares. O fornecimento e transporte de materiais da ponte são reembolsados
no âmbito do código 670.

A construção de muros de suporte, muros de ala, pilares e encontros são reembolsados


sob os códigos de betão (640, 641, 642 e 643) e armaduras (630, 631, 632 e 633).

Os trabalhos de protecção são contabilizados sob os códigos 250, 251, 252, 253, 254 e
260.
Tarefas  Colocação de sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas  Limpeza da mesa de apoio da ponte e da área de trabalho;
 Definição do tipo de ponte em conformidade com o projecto;
 Preparação do equipamento de lançamento e colocação da ponte;
 Montagem da ponte;
 Lançamento da ponte;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária;
 Abertura ao tráfego
Normas  Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego;
 Alinhamento e demarcação de local de instalação da ponte sobre os encontros já
preparados.
 Para todos os procedimentos de montagem e lançamento, deve ser seguido o
manual de Montagem MABEY COMPACT BAILEY de referência 90 C4 E.
 Todos os trabalhadores envolvidos na montagem e lançamento da Ponte Bailey
devem ser equipados com roupa protectora (óculos, capacetes, botas, fato-macaco,
etc.).
 Na preparação do equipamento de lançamento é normalmente necessário: buldózer,
pá carregadora, grua, rolamentos nos apoios do tabuleiro sobre o encontro para
empurrar a ponte. Caso esteja disponível uma grua, devem ser usadas braçadeiras e
cintas para elevar a ponte.
 A montagem e lançamento da ponte Bailey devem ser realizados sob a supervisão de
um Engenheiro competente e experiente.
 Montagem:
 Antes da montagem da ponte deve verificar-se o inventário de todas os
componentes necessários.
 Montar a ponte o mais perto possível do encontro conforme recomendado
pelo Fiscal.
 Antes do seu lançamento deve-se verificar se todos os parafusos e porcas
estão devidamente colocados.
 Lançamento:
 A ponte Bailey é concebida para ser montada inteiramente sobre os
rolamentos em ambas as extremidades e ao centro, nos casos em que
exista um apoio provisório no espaço intermédio entre os encontros.
 Consultar o Manual Mabey Compact Bailey Mounting manual referência 90
C4 E para os vários métodos de lançamento.
 O lançamento da ponte Bailey é realizado com o auxílio de roldanas e de um
mecanismo de contrapeso de forma a assegurar que o centro de gravidade
se situa sempre atrás do encontro (ou seja, fora do espaço entre encontros).
 Esta operação deve ser executada de modo a facilitar a elevação da parte
da frente da ponte assegurando simultaneamente o posicionamento da sua

217
altura num plano superior ao dos apoios do encontro situado do lado oposto.
 Após a conclusão da operação de lançamento (a ponte estará disposta
sobre os encontros), os ganchos de elevação devem ser desmontados e os
rolamentos devem ser removidos (com o auxílio de macacos hidráulicos).
 Fixação: a fixação será feita com aparelhos de apoio devidamente aplicados nos
encontros em conformidade com o desenho.
 A capacidade de carga da ponte deve estar em conformidade com as
recomendações do fabricante;
 Todos os resíduos, pedaços duros e materiais inadequados devem ser apanhados e
removidos para longe da área de reserva da estrada para um local aprovado pelo
Fiscal.
 Retirar o equipamento usado para a montagem e lançamento da ponte;
 Retirar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
 Abertura ao trafego.
Materiais  Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Todos os elementos e acessórios da Ponte Bailey devem ser de aço galvanizado.
Qualquer substituição de peças da Ponte Bailey deve ser aprovada pelo Fiscal e a
sua qualidade deve ser igual ou superior à das peças originais.
Medição  t.km
 Mede-se o comprimento da Ponte montada e lançada em metros lineares.
 MDE

218
11. Série 700 - Ensaios e o Controle de Qualidade
O controlo da qualidade é importante para o fornecimento de trabalhos que representam uma boa relação
custo/qualidade para o Cliente. O controlo da qualidade faz parte da garantia da qualidade, na qual a qualidade
das obras é assegurada através da aplicação dos seguintes processos:
1. Normalização dos procedimentos de ensaio de materiais.
2. Especificação do método — Definição dos métodos de execução adequados, que quando adoptados
devem dar origem a obras com a qualidade pretendida e adequadas ao fim em vista.
3. Auto-avaliação por parte do Empreiteiro — isto significa que o Empreiteiro deve controlar as obras e
assegurar que a sua qualidade obedece às exigências especificadas no contrato.
4. Supervisão — que inclui a avaliação das obras, a identificação de eventuais defeitos e fornecimento de
instruções em obra relativas à execução de medidas de correcção.
5. Ensaios laboratoriais e em obra de controlo da qualidade para verificação das dimensões,
compactação, consistência, irregularidades e de outros aspectos ligados à qualidade verificados em
comparação com as especificações e os limites de tolerância.
6. Execução de medidas de correcção para garantia da conformidade com as especificações.
7. Aprovação por escrito das obras dependendo da emissão de certificados de pagamento com vista a
assegurar uma boa relação qualidade/custo.
Com vista a assegurar um bom funcionamento do sistema de garantia da qualidade deve ser executado um
controlo da qualidade adequado e os resultados dos ensaios realizados devem ter uma fiabilidade significativa.
Os procedimentos de ensaio a serem adoptados devem ser normalizados. É óbvio que os vários métodos de
ensaio utilizados proporcionem resultados diferentes. Os procedimentos de ensaio devem ser claros e devem
obedecer às especificações empregadas. Os procedimentos usualmente adoptados são os seguintes:
1. TMH – Especificação Sul-Africana.
2. Normas BS – desenvolvidas na Grã-Bretanha e adaptadas aos ambientes tropicais e sub-tropicais.
3. Normas AASHTO – Estas são as normas normalmente utilizadas a nível regional e em Moçambique.
É essencial evitar misturar os procedimentos, devendo-se também garantir que todos os laboratórios utilizam as
mesmas normas e especificações de ensaio.
Este capítulo abrange essencialmente os ensaios laboratoriais a serem executados como parte do processo de
controlo da qualidade das obras, incluindo os aspectos seguintes:
1. Deveres do Empreiteiro, do Fiscal e do laboratório provincial no que se refere ao controlo da qualidade.
2. Preparação do plano de controlo da qualidade.
3. Ensaio dos materiais para efeitos de certificação.
4. Execução no local e em laboratório de ensaios das obras.
5. Recolha de dados de ensaio e respectivo armazenamento.
Os seguintes ensaios encontram-se abrangidos:
1. Amostragem, transporte e registo para efeitos de ensaios laboratoriais.
2. Granulométricos
3. Ensaios de plasticidade (limites de Atterberg)
4. Determinação do peso volúmico (massa volúmica).
5. Ensaios de abaixamento no que se refere às obras em betão.
6. Ensaios de resistência à compressão em provetes de betão.
7. Ensaios de baridade utilizando o método da garrafa de areia.
8. Ensaios de compactação em laboratório.
9. Ensaios DCP (Dynamic Cone Penetrometer).

219
10. Ensaios CBR (California Bearing Ratio).

Enquanto os processos laboratoriais e de ensaio são bastante simples a partir do momento em que se dominam
as técnicas de execução, a análise dos resultados, que é igualmente importante, nem sempre é efectuada de
forma adequada. A análise mais complicada é a análise das densidades resultantes dos ensaios de
compactação em obra.
A análise das densidades determinadas em obra envolve um cálculo estatístico, ou seja, o cálculo da média da
densidade média e do desvio padrão de uma amostra mínima de seis resultados de densidades obtidas através
do método da garrafa de areia ou do método do gamadensímetro (Troxler). Assume-se que os dados seguem
uma distribuição normal e analisa-se habitualmente uma amostra de 9 resultados. Três resultados são
considerados como valores atípicos e são rejeitados. São utilizados os restantes 6 resultados. A média e o
desvio padrão são determinados com base nestes dados.
Os valores da densidade média e o desvio padrão são marcados no gráfico de avaliação da compactação a
seguir apresentado.
1. Se o ponto se situar acima da linha vermelha, isto significa que o troço não está conforme e o Fiscal
deve rejeitá-lo e dar instruções ao Empreiteiro em obra para a execução de medidas de correcção.
a. Primeiramente deve-se ponderar usar a rega e a recompactação e em seguida deve-se
proceder à repetição dos ensaios de densidade.
b. Se os resultados dos ensaios de densidade não melhorarem o suficiente de forma a permitirem
a aprovação do troço, o Fiscal deverá rejeitar novamente o troço e dar instruções em obra para
o reprocessamento e recompactação do troço.
c. O primeiro ensaio e análise são designados por “primeira submissão” e em caso de rejeição do
troço e de execução de medidas de correcção (recompactação/reprocessamento), o ensaio
passará a designar-se por “ressubmissão”.
2. Se o ponto se situar entre a linha de rejeição e a linha de aceitação, designada por zona de aceitação
condicional, o Fiscal poderá optar por uma das duas hipóteses seguintes:
a. Dar instruções na obra para a recompactação, nos casos em que a compactação acrescida
seja susceptível de melhorar significativamente a densidade e que o troço possa ser aceite
incondicionalmente aquando da ressubmissão dos ensaios.
b. O Fiscal poderá decidir, de acordo com os seus próprios critérios, aceitar o troço sob
determinadas condições. Neste caso, o Fiscal deve aceitar condicionalmente o troço e indicar
as condições de aceitação num documento escrito. Estas condições poderão ser as seguintes:
i. Materiais de difícil compactação, como por exemplo, micas, que têm a tendência para
reverter o efeito da compactação após a passagem do cilindro.
ii. Materiais estabilizados, nos quais o reprocessamento ou a recompactação não
podem ser realizados após a presa do estabilizador.
iii. Condições atmosféricas adversas, sob as quais a escarificação poderá piorar a
situação caso ocorram condições acrescidas de humidade após a escarificação.
iv. Existência de materiais plásticos e que tenham a possibilidade de secarem
novamente, o que irá contribuir para o aumento significativo da resistência da
camada.
v. Nos casos em que a ruptura seja marginal devido a um ligeiro aumento no desvio
padrão.

220
3. Se o ponto se situar na zona de aceitação, o Fiscal deverá neste caso aceitar o troço por escrito e
autorizar o Empreiteiro a prosseguir com as actividades seguintes.
4. O gráfico de avaliação da compactação deve ser sempre utilizado para a aceitação ou rejeição das
obras de compactação.

221
Actividade: Preparação e Aplicação do Plano de Controlo da Qualidade Código: 710
Código de Modelo de Controlo da Qualidade nos Documentos de Concurso
referência Manual de Procedimentos de Gestão de Contratos Secção IV, Anexo 6.
Utilização Este código é utilizado na preparação e execução do Plano de Controlo da Qualidade pelo
Empreiteiro em conformidade com o Manual de Procedimentos de Gestão de Contratos.

Contratualmente o Empreiteiro é o responsável pela boa qualidade dos trabalhos. É parte


integrante das suas obrigações contratuais através do Plano de Controlo da Qualidade
(PCQ).

A importância do Plano de Controlo da Qualidade reside no facto de este estabelecer os


ensaios e inspecções a serem efectuados para efeitos da garantia da qualidade das obras.
Do mesmo modo, serve para informar o Fiscal acerca das normas e especificações,
incluindo os ensaios e avaliações, que devem ser adoptados para a certificação das obras.
O sistema de certificação permite a normalização da qualidade das obras para as
diferentes actividades.

O Fiscal tem a responsabilidade de garantir que todos os ensaios necessários são


realizados e de verificar que estes ensaios foram devidamente executados por um
laboratório certificado e por técnicos qualificados. A avaliação dos resultados por parte do
Fiscal assim como a aprovação e rejeição das obras devem ser devidamente
documentadas e dadas a conhecer ao Empreiteiro e ao Cliente como partes integrantes do
sistema de garantia da qualidade. Para este efeito o Fiscal deve preencher os formulários
de aprovação correspondentes, que deverão ser anexados aos recibos de pagamento
parcelares. Deste modo, torna-se possível assegurar uma boa relação qualidade/custo ao
Cliente (ANE).

Todos os ensaios e repetições de ensaios sobre os quais existam dúvidas quanto à


fiabilidade dos seus resultados, ou após a execução de trabalhos de correcção ou
remediação devem ser pagos de acordo com os códigos 720 a 780.
Tarefas  Preparação do Plano de Controlo da Qualidade e estabelecer o mecanismo de
incluídas controlo da qualidade dos trabalhos.
 Definição das responsabilidades da competência do Empreiteiro e do Fiscal no âmbito
do controlo da qualidade.
 Designação do laboratório ou laboratórios onde os ensaios da qualidade deverão ser
efectuados, estando estes devidamente estipulados no contrato e no Plano de
Controlo da Qualidade.
 Estabelecimento de um plano e de procedimentos de inspecção e de ensaios
laboratoriais.
 Inspecção das obras pelo Fiscal para verificação das dimensões, qualidade e normas.
 Colheita de amostras e realização dos ensaios laboratoriais, em conformidade com o
Plano de Controlo da Qualidade pelos laboratórios designados sob a supervisão do
Fiscal.
 Entrega dos resultados dos ensaios, dos formulários de aprovação devidamente
preenchidos e das instruções do Fiscal ao Empreiteiro e ao Cliente.
Normas  A preparação do Plano de Controlo da Qualidade e a sua discussão com o Empreiteiro
e o Cliente são da responsabilidade do Fiscal. O Plano de Controlo da Qualidade deve
ser finalizado 14 dias após o início das obras. O modelo do Plano de Controlo da
Qualidade deve estar em conformidade com os documentos do contrato e com o
Manual de Gestão de Contratos, Secção IV, anexo 6. Se necessário, o Plano de
Controlo da Qualidade deve ser revisto no decurso da execução do contrato.
 O Empreiteiro bem como o Fiscal inspeccionam os trabalhos e materiais com base do
PCQ, verificando se as suas dimensões físicas, qualidade e padrões estão conforme o
contrato e as especificações. As inspecções aos trabalhos e materiais na obra devem
ser realizadas continuamente ao longo da vigência do contrato. O pagamento destas
actividades será feito mediante código 710. Nos casos em que esteja previsto no
contrato um orçamento separado para o Controlo da Qualidade, os ensaios e
quaisquer outros ensaios associados devem ser pagos pelo Empreiteiro.
 Sempre que necessário, o Fiscal tem a responsabilidade de dar instruções ao
laboratório designado sobre a execução dos ensaios, devendo também
responsabilizar-se pela qualidade dos ensaios e pela fiabilidade dos resultados. O
Fiscal deve supervisionar a colheita das amostras e deve fazer uma verificação
aleatória dos ensaios dos materiais em laboratório.
 A prospecção de materiais e a localização de câmaras de empréstimo são tarefas que
devem ser executadas dentro do planeamento do projecto tratado no Manual de

222
Estradas Rurais de Baixo Volume de Tráfego. Volume 1 -Planeamento e Projecto.
 Os ensaios de materiais a serem executados no âmbito desta actividade devem ser
realizados em amostras colhidas após o armazenamento dos materiais na câmara de
empréstimo para verificação da qualidade dos materiais que se destinam a ser
transportados e utilizados em obra.

Descrição Frequência de amostragem


Ensaios de solos e exigências de ensaio
Colheita, preparação, acondicionamento As amostras devem ser colhidas em
e transporte das amostras até ao cada pilha de armazenamento. Deve-se
laboratório, sob os códigos 720, 721 e colher 5 amostras de cada pilha de
722. armazenamento em várias partes da
pilha.
Cada amostra deve ter um peso igual ou
superior a 50 kg. No caso do material da
amostra ser constituído por areia, deve-
se recolher 2 amostras por pilha de
armazenamento.
Ensaios granulométricos Uma análise granulométrica por
peneiração por amostra
Limites de Atterberg 2 ensaios por amostra
Determinação do Modo; densidade seca Proceder à mistura do material para
em laboratório e teor óptimo de cada pilha de armazenamento e
humidade. executar 2 ensaios similares em
separado no material misturado para
verificação da fiabilidade dos resultados
do ensaio.
Determinação do CBR (embebido, TOH, Execução de 2 ensaios similares nas
TOH de 0,75 (opcional)) amostras misturadas por cada pilha de
armazenamento.
Ensaios do betão
Ensaio de abaixamento no betão fresco Uma em cada três composições de
mistura
Ensaios de resistência em provetes Seis provetes por cada betonagem (ou
cúbicos betonagem contínua)
Ensaios de agregados em laboratório As amostras devem ser colhidas em 3
ou mais locais no camião ou na pilha de
armazenamento e as amostras devem
ser ensaiadas separadamente.
Granulometria Um número mínimo de 3 ensaios e
representação gráfica de uma
envolvente da granulometria por cada
entrega em obra.
ACV (Aggregate Crushing Value) Um número mínimo de 3 ensaios e
registo da média de valores
10% FACT Um número mínimo de 3 ensaios e
registo da média de valores
Absorção de água Um número mínimo de 3 ensaios e
registo da média de valores
Ensaios do betume Colheita de amostras de cada entrega e
ensaiadas separadamente.
Penetração (adequado para betume de Um número mínimo de 3 ensaios e
destilação directa e betume fluidificado, registo da média de valores
60/70, 80/100, 150/200, MC3000,
MC800)
Ponto de amolecimento (adequado para Um número mínimo de 3 ensaios e
betume de destilação directa e betume registo da média de valores
fluidificado, 60/70 pen, 80/100 pen,
150/200 pen, MC3000, MC800)
Ensaios de viscosidade (adequado para Um número mínimo de 3 ensaios e
betume de destilação directa e betume registo da média de valores. Os
fluidificado, 60/70, 80/100, 150/200, laboratórios de nível provincial que não
MC3000, MC800) possuam capacidades para a execução
destes ensaios devem enviar as
amostras para o LEM.

223
Teor de betume (adequado para as Um número mínimo de 3 ensaios e
emulsões betuminosas SS60, SS70) registo da média de valores
Ensaios de compactação
Ensaio da compactação no local através 9 ensaios por cada 200m (padrão)
do método da garrafa de areia ou 9 ensaios por cada 400m para projectos
gamadensímetro (troxler). remotos
9 ensaios por km e ensaios DCP a cada
50 m, sendo alguns dos ensaios
efectuados a uma distância de 0,5 m em
relação aos ensaios de garrafa de areia
ou de troxler para projectos muito
remotos.
Os valores médios de densidade e o
desvio padrão devem ser representados
no gráfico de avaliação da compactação
acima apresentado.

Materiais  Não aplicável


Medição  Contrato de medição.
 O Empreiteiro deve proceder ao pagamento dos ensaios, em conformidade com as
instruções do Fiscal (nos casos em que tenha sido estipulado um orçamento específico
a ser gerido pelo Empreiteiro)
 MDE

224
Actividade: Colheita de amostras em pilhas de armazenamento em câmaras de Código: 720
empréstimo, registo e transporte das amostras até ao laboratório
para serem sujeitas a ensaio
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a amostragem de solos efectuada em pilhas de
armazenamento localizadas nas câmaras de empréstimo, para o método de colheita, para
o acondicionamento para preservar o material e para o transporte até ao laboratório.
Tarefas  Identificação do local de amostragem nas pilhas de armazenamento.
incluídas  Escavação e amostragem de materiais no furo de ensaio no topo da pilha de
armazenamento e colocação e acondicionamento do material em sacos de
amostragem de 50 kg
 Registo da informação referente ao projecto, à câmara de empréstimo e à amostra.
 Marcação das amostras
 Transporte até ao laboratório
 Ensaios
Normas  O processo de amostragem é efectuado após a finalização da formação da pilha de
armazenamento na câmara de empréstimo utilizando buldózeres ou escavadoras. No
final do empilhamento do material na pilha de armazenamento, a parte superior da
pilha deve ser nivelada.
 Os locais onde será efectuada a colheita de amostras devem ser identificados para
que as amostras sejam representativas do material presente na pilha de
armazenamento. Normalmente, um número de 5 locais é suficiente. Se a superfície da
pilha de armazenamento for rectangular, as amostras deverão ser colhidas em cada
um dos cantos e no meio.
 O material deve ser colhido a profundidades entre 1,0 m e 1,5 m da superfície da pilha
de armazenamento.
 Deve colher-se uma amostra de material com um peso de 50 kg, sendo em seguida
colocada num saco de amostragem. Etiquetas metálicas ou de cartão rígido devem ser
colocadas nas amostras antes de se proceder ao fechamento dos sacos com atilhos
plásticos. A informação contida nas etiquetas deve incluir: o nome do projecto, o
número da câmara de empréstimo, o número da amostra e a descrição dos materiais.
 A informação relativa à amostra e ao material deve ser escrita nos formulários de
amostragem e deve incluir: o nome do projecto, o número da câmara de empréstimo, o
número da amostra e a descrição dos materiais (mais detalhadamente).
 O processo deve ser repetido em cada pilha de armazenamento.
 As amostras devem ser transportadas até aos laboratórios para efeitos de ensaio e
devem ser tomadas as devidas precauções contra eventuais alterações no material
devido à pluviosidade, ao choque ou outras condições adversas, incluindo a
contaminação.
Materiais  Não aplicável
Medição  Quantidades
 Os custos associados à mão-de-obra, transporte e custos diários devem ser pagos
pelo Empreiteiro, de acordo com as instruções do Fiscal.
 MDE

225
Actividade: Ensaios granulométricos do material colhido nas pilhas de Código: 721
armazenamento
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado no ensaio dos materiais para definição da sua granulometria e
comparação com as especificações.
A colheita de amostras, o seu registo, acondicionamento e transporte até ao laboratório é
contabilizado sob o código 710.
Tarefas  Registo de amostras.
incluídas  Preparação de amostras.
 Definição da quantidade de solo necessária
 Execução da análise granulométrica.
 Preenchimento do formulário de ensaio.
 Apresentação dos resultados nos formulários de ensaio.
Normas  Todas as amostras devem ser registrados pelo laboratório, incluindo: o nome do
projecto, origem da amostra, a data e a hora da recepção, (registro no Formulário 2).
 Após o registo e preparação das amostras o laboratório deve preencher o formulário 3
(Instruções de ensaio), onde serão especificados todos os ensaios a serem
executados em cada amostra. Os técnicos do laboratório procederão aos ensaios e
uma vez completados os mesmos, devem preencher o formulário com todos os
detalhes referentes aos dados ensaio e resultados obtidos.
 Para a determinação da granulometria dos solos grossos utilizam-se peneiros. Para
materiais finos serão utilizados ensaios de densímetro. Recomenda-se o uso de
agentes de dispersão a fim de melhorar a precisão nos ensaios de granulometria. O
agente de dispersão ajuda a separar partículas muito finas que aderem às partículas
de maiores dimensões.
 Preparação das amostras:
 Após a secagem ao ar do material, este deve ser partido e trabalhado à mão
ou com o auxílio de uma espátula.
 Através de repartições sucessivas deve-se chegar a aproximadamente
2000 g para materiais predominantemente grossos e 1500 g para materiais
predominantemente finos.
 Concluída a pesagem, esta amostra deve ser passada no peneiro Nº10 (2.0
mm de abertura de malha)
 O material retido deve ser desagregado e passado de novo no peneiro Nº10,
sendo esta operação repetida até o material ter sido suficientemente partido e
peneirado.
 O material retido deve ser suficientemente lavado com água corrente no
peneiro Nº10.
 Após a lavagem com água no peneiro, o material retido no peneiro Nº 10 deve
ser recolhido e colocado numa estufa para secar.
 Uma porção do material passado no peneiro com abertura de malha de 2,0
mm deve ser sujeito a um ensaio de sedimentação e (2,0 mm > granulometria
das fracções de material > 0,075 mm):
a) recolher 200 g de material predominantemente grosso.
b) recolher 70 g de material predominantemente fino.
 O restante material deve ser passado no peneiro Nº 40 (peneiro com abertura
de malha de 0,425 mm).
 O material retido no peneiro Nº 40 deve ser desagregado à mão e novamente
passado no mesmo peneiro.
 Cerca de 100 a 120 g do material que passou no peneiro Nº 40 deve ser
utilizado para o ensaio do Limite de Liquidez (LL) e 50 g para o Ensaio do
Limite de Plasticidade (LP).
Índice de plasticidade, IP = LL - LP
 PENEIRAÇÃO DO MATERIAL GROSSO
1) O material proveniente da preparação da amostra na etapa (6), e que foi
colocado na estufa para secagem, deve ser retirado da estufa após secagem
e colocado num dessecador;
2) Após arrefecimento, o material é passado numa sucessão de peneiros padrão
e levado ao dessecador.
3) Após as sucessivas passagens nos peneiros, o material retido em cada
peneiro deve ser pesado.
 SEDIMENTAÇÃO
1) O material resultante da preparação da amostra na etapa (7) deve ser

226
colocado numa proveta, sendo adicionado um defloculante deixando-se a
repousar por 24 horas.
2) A mistura de defloculante/solo é passada num copo de dispersão.
3) A dispersão deve ser executada num período:
a) Mínimo de 10 min para o material predominantemente grosso.
b) Mínimo de 15 min para o material predominantemente fino.
3
4) Transferir a mistura para uma proveta graduada com um volume de 1000 cm .
5) Agitar a mistura durante 1 minuto e iniciar o ensaio efectuando-se leituras de
densidades nos tempos predeterminados.
6) Após a finalização do ensaio, deve-se repetir as etapas três vezes.
7) Passa-se todo o conteúdo da proveta através do peneiro Nº 200 (0,075 mm
de abertura de malha), fazendo-se a lavagem do material retido.
8) Após ter sido suficientemente lavado, o material retido no peneiro Nº 200
deve ser colocado na estufa para secagem.
 PENEIRAÇÃO DOS FINOS (2,0 mm > dimensão das partículas > 0,075 mm)
1) O material resultante da etapa de sedimentação (8) deve ser retirado da
estufa e deve ser levado ao dessecador.
2) Após arrefecimento, o material é passado numa sucessão de peneiros
apropriados (entre 2 mm e 0,075 mm).
3) Após ter sido adequadamente peneirado, o material retido em cada peneiro
deve ser pesado. A percentagem de material retida em cada peneiro e a
percentagem que passa por peso de material deve ser calculada e registada.
 Preenchimento do formulário de ensaios: deve-se registrar conforme o Formulário T1,
todos os dados e resultados obtidos nos respectivos ensaios.
 Todos os resultados serão apresentados conforme o Formulário 5, e o Fiscal deve
coordenar com o laboratório o pedido de repetição de ensaios ou a aprovação dos
resultados.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição dos
materiais e devem ser comunicados por escrito ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

227
Actividade: Ensaios de Plasticidade: Limites de Atterberg Código: 722

Código de
referência
Utilização Este ensaio destina-se a ser utilizado para a determinação do limite de liquidez e do limite
de plasticidade em laboratório para o cálculo do Índice de Plasticidade.
A amostragem dos materiais, o registo, o acondicionamento e o transporte até ao
laboratório sãos pagos sob o código 710.
Tarefas  Registo das amostras.
incluídas  Preparação das amostras.
 Definição da quantidade de solo necessária.
 Execução dos ensaios de plasticidade.
 Preenchimento do formulário de ensaio.
 Apresentação dos resultados no formulário de resultados.
Normas  Registo de todas as amostras no laboratório, incluindo a informação relativa às
amostras: o nome do projecto, a origem da amostra, data e hora da recepção, (registo
no formulário 2).
 Os procedimentos aceitáveis são apresentados na norma 730, etapas (1) e (10). Uma
amostra do material passando no peneiro nº 40 (peneiro com abertura de malha de
0,425 mm).

LIMITE DE LIQUIDEZ. Do material que passou no peneiro Nº 40 (0,425 mm de abertura


de malha), toma-se cerca 100 a 120 g para a realização do ensaio do limite de liquidez.
 O material separado (100g a 120g) deve ser colocado numa cápsula de
porcelana para homogeneizar acrescentando água destilada;
 Transfere-se parte da amostra para a concha de Casagrande, moldando-a
de forma que fique nivelada na concha a uma altura de aproximadamente 1
cm;
 Abre-se na amostra uma ranhura com o cinzel, de tal forma que as duas
partes tenham massa, aproximadamente, iguais.
 Gira-se a manivela (2 voltas por segundo) e conta-se o número de golpes
necessários para que as bordas do solo se encontrem em um comprimento
igual a 1 cm;
 Do local onde as bordas se uniram, retirar uma amostra do solo,
determinando-se o seu teor de humidade.
 O solo restante deverá ser transferido para cápsula e novamente
homogeneizado, acrescentando-se água destilada;
 Repetem-se os passos de 2 a 5 para obtenção dos outros 5 pontos.

 LIMITE DE PLASTICIDADE. Do material que passou no peneiro Nº 40 (0,425 mm de


abertura de malha) retirar uma amostra de 50 g de material para a realização do
ensaio do limite de plasticidade.
 O material (50 g) deve ser colocado em uma cápsula de porcelana para
homogeneizar, acrescentando-se água destilada
 Coloca-se cerca de 10 g desta amostra sobre uma placa de vidro
esmerilhada (vidro fosco).
 Com a palma da mão limpa, inicia-se a rolagem da amostra até transformá-la
num cilindro com 3 mm de diâmetro aproximado e até à ocorrência de
fissuras na sua superfície.
 Satisfeitas as duas condições, determina-se o teor de humidade das partes
do cilindro que estão com fissuras.
 Repetem-se os passos de 2 a 4 para obtenção de 5 pontos.
 Preenchimento do formulário de ensaios: deve-se registrar conforme o
formulário FORM T2 (este formulário pode ser obtido através do laboratório
provincial), todos os dados e resultados obtidos nos respectivos ensaios.
 Apresentação de resultados: Todos os resultados serão apresentados
conforme o formulário 5, ao coordenador do laboratório para sua revisão e
aprovação.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição
dos trabalhos e devem ser comunicados por escrito ao Empreiteiro e ao
Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

228
Actividade: Determinação do peso específico dos grãos Código: 723

Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação laboratorial da densidade específica e do
peso específico das partículas do solo. O peso específico do solo é usado em quase toda
equação que expressa a relação de ar, água e sólidos de um determinado volume de
material.
A colheita de amostras dos materiais, o registo, o acondicionamento e o transporte até ao
laboratório são pagos sob o código 710.
Tarefas  Registro das amostras;
incluídas  Preparação das amostras;
 Definição da quantidade de solo necessária;
 Realização dos ensaios;
 Preenchimento dos formulários dos ensaios.
 Apresentação dos resultados no formulário de resultados e em gráficos.
Normas  Registo de todas as amostras no laboratório, incluindo a informação relativa às
amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, data e hora da
recepção, (registo no formulário 2).
 Os procedimentos aceites são apresentados na norma 730, etapa 7B. A
amostra deve ser colhida e colocada na estufa de secagem para obtenção
do teor de humidade.
 Obtenção de amostras de solo com massas de 50 – 60 g através de
repartições sucessivas.
 Medição por meio de um picnómetro (instrumento utilizado para a medição
da densidade dos sólidos) limpo e seco.
 Coloca-se água destilada na amostra e deixa-se em repouso por 12 horas.
 Transfere-se a amostra para o copo dispersor, e efectua-se a dispersão por
um período de 10 minutos.
 Coloca-se a suspensão no picnómetro, tomando o cuidado do volume da
suspensão não ultrapassar a metade do volume útil do picnómetro.
 Adiciona-se água destilada à amostra e leva-se à bomba de vácuo ou
promove-se o aquecimento durante tempo apropriado.
 Completa-se com água destilada até ao nível adequado (até ao pescoço do
picnómetro), coloca-se a tampa do mesmo e determina-se a massa do
conjunto (picnómetro + sólidos + água);
 Retira-se toda a amostra do picnómetro, procedendo-se em seguida à
limpeza deste;
 Leva-se a suspensão para estufa para secagem e determina-se a massa de
sólidos, que deverá ser, aproximadamente, igual àquela obtida inicialmente;
 Coloca-se água destilada no picnómetro e pesa-se (picnómetro + água);
 Repetem-se os passos 3 a 11 para obtenção de um segundo resultado;
 O resultado do ensaio será a média das duas determinações sendo que a
diferença entre as determinações não pode diferir mais do que 3% da média;
 Preenchimento de formulário de ensaios: deve-se registar conforme o
formulário FORM 6) todos os dados e resultados obtidos nos respectivos
ensaios.

 Apresentação de resultados: Todos os resultados serão apresentados conforme o


formulário 5 (pode ser obtido através do Fiscal ou do Laboratório Provincial do
MOPH), ao coordenador do laboratório para sua revisão e aprovação.
Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição
dos trabalhos e devem ser comunicados por escrito ao Empreiteiro e ao
Cliente.

Materiais  Não aplicável


Medição  UN
 MDE

229
Actividade: Ensaios de betão Código:
Assentamento (‘Slump') em betão fresco 730
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação do abaixamento do betão fresco em obra. Este
método tem em consideração a aplicação do betão com agregado grosso com uma
dimensão máxima de 37,5 mm. A amostra deve ser representativa do resto do betão.
Tarefas  Registro de amostras;
incluídas  Preparação de amostras para ensaio;
 Definição da quantidade de solos necessários;
 Realização de ensaio;
 Preenchimento de formulário de ensaios;
 Apresentação de resultados em formulários individuais e no mapa resumo.
Normas  Humedecimento do molde e colocação de um absorvente no fundo do molde. Colheita
de uma amostra representativa do betão e colocação no molde em 3 camadas
ocupando cada camada cerca de um terço do volume do molde. O laboratório de
ensaios deve fixar bem o molde na base de suporte para evitar o seu deslocamento.
 Cada camada deve ser compactada com 24 pancadas efectuadas com uma barra com
uma área quadrada de 25 mm. A compactação deve ser transversalmente uniforme.
 Aplicação das camadas e compactação de cada camada do mesmo modo. A camada
final deve ficar ligeiramente mais elevada que o rebordo do molde.
 A parte superior do molde deve ser nivelada com uma niveladora de aço ou uma
talocha pressionando levemente o betão.
 Após a finalização da compactação do betão o molde cónico deve ser libertado da
placa de suporte, sendo em seguida içado lentamente através de movimentos de
rotação no sentido dos ponteiros do relógio e no sentido contrário até este sair
completamente do betão.
 Após a remoção do molde cónico, a amostra de betão deve abaixar (subsidência),
dependendo a extensão do seu abaixamento do nível de trabalhabilidade do betão.
 Colocação do molde cónico com a parte superior voltada para baixo na placa de base
perto da amostra, colocando-se em seguida uma régua de traçar horizontalmente no
topo do molde. Seguidamente, deve-se medir a altura que vai da régua de traçar até
ao topo da amostra de betão. O valor obtido é o valor de “abaixamento”.
 Comparação dos valores de abaixamento com os limites especificados. Se o
abaixamento for demasiado reduzido, significa que o betão não é suficientemente
trabalhável, sendo necessário adicionar água para atingir o nível de trabalhabilidade
pretendido. Se o abaixamento for demasiado elevado, será necessário reduzir a
quantidade de água adicionada. Isto irá permitir controlar a relação água/cimento
utilizada.
 Preenchimento dos formulários de ensaio; proceder ao registo de todos os dados e
resultados obtidos nos ensaios realizados, em conformidade com o formulário T.
 Apresentação dos resultados: Todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o formulário 5. O Engenheiro deve coordenar com o laboratório
para aceitar oficialmente os resultados ou pedir novos ensaios.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras e
a sua decisão deve ser comunicada por escrito ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

230
Actividade: Ensaios do Betão Código:
Resistência à compressão de cubos de betão 731
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação da resistência do betão através do ensaio de
resistência em cubos de betão. O ensaio inclui a colheita de amostras representativas do
betão e respectiva colocação e compactação do betão nos moldes, a cura e a realização
de ensaios (esmagamento dos cubos com uma prensa hidráulica).
Tarefas  Registo das amostras;
incluídas  Preparação das amostras;
 Definição da quantidade de solos necessários;
 Realização do ensaio;
 Preenchimento de formulário de ensaio;
 Apresentação dos resultados no formulário de resultados e em gráficos.
Normas  Colheita de uma amostra de betão imediatamente após a finalização da sua mistura e
obtenção de uma mistura homogénea e após o betão estar pronto pronta para
betonagem.
 É recomendável a colheita da amostra ser efectuada a meio da descarga da
amassadura para assegurar que a mistura foi bem realizada.
 Deve recolher-se uma quantidade de betão suficiente e que exceda o volume
necessário em cerca de 50%.
 Proceder à moldagem do cubo de betão da seguinte forma:
 Recolher e colocar as proporções de materiais necessários em conformidade com
a formulação da composição da mistura e proceder à sua secagem entre cerca de
22 a 25˚C. As proporções de materiais devem ser cerca de 0,5 % superiores às
proporções utilizadas para efeitos de calibração.
 Misturar o betão de forma a evitar a perda de água ou material.
a) Preparação dos moldes, limpeza e aplicação de óleo nas faces internas e
fixação do molde na placa de suporte.
b) Colocação do betão nos moldes em quatro camadas sucessivas, aplicando 25
pancadas por camada de forma uniforme e transversalmente. O excesso de
material presente na superfície deve ser removido e a parte superior do molde
deve ser nivelada com uma niveladora de aço ou uma talocha.
c) Proceder à cobertura dos moldes contendo o betão com um plástico e deixar a
repousar por um período de 24 horas à temperatura ambiente e num ambiente
sem vibrações.
d) Após o período de 24 horas, os provetes devem ser retirados dos moldes e
imersos em água por um período inicial de 7 dias. Alguns provetes devem ser
transferidos para o laboratório nestas condições de humidade, com vista a
serem submetidos a ensaios de resistência aos 7 dias.
 Ensaio: Os provetes devem ser sujeitos a ensaio imediatamente após a sua
remoção da água. Deve-se remover toda a água da superfície dos provetes,
escolhendo em seguida as faces mais planas e com bons ângulos. No caso dos
provetes cúbicos, o ensaio deve ser realizado nas partes laterais e não na parte
superior ou inferior, uma vez que normalmente a parte superior se encontra um
pouco rugosa mesmo após se ter procedido ao seu nivelamento e alisamento.
 Proceder à limpeza da prensa hidráulica e à colocação do provete no eixo central
das placas.
 Sujeitar o provete à aplicação de uma pressão progressiva de 15MPa/min.
 Continuação da aplicação da carga de forma progressiva até à rotura do provete.
Proceder ao registo do valor da carga aplicada e do valor da carga aplicada na
altura do aparecimento das primeiras fissuras ou fendas.
 Apresentação dos resultados: Todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório para
fins de aprovação dos resultados dos ensaios.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras.
O Fiscal deve comunicar por escrito a sua decisão ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

231
Actividade: Ensaios de compactação Código: 750
Método da garrafa de areia
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação do peso específico (densidade) dos solos
presentes no pavimento da estrada. O ensaio é apenas aplicável aos solos contendo
agregados com uma granulometria máxima de 50 mm.
Tarefas  Colocação de sinalização temporária.
incluídas  Identificação dos locais de ensaio.
 Registo das amostras e preenchimento dos formulários de ensaio.
 Execução dos ensaios.
 Preparação das amostras.
 Definição da quantidade de solo necessária.
 Apresentação dos resultados nos formulários de resultados e em gráficos.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Todas as amostras devem ser registadas pelo laboratório, incluindo a informação
referente às amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, a
data e hora da sua recepção (registo no Formulário 2).
 Determinação do volume da garrafa incluindo o volume da abertura cilíndrica da
válvula.
 Pesagem do dispositivo e registo do valor. Voltar a garrafa e abrir a válvula, colocar
água até ficar visível por baixo da válvula. Fechar a válvula e despejar a água em
excesso. Medir a garrafa com água e determinar a temperatura da água.
 Repetição de todas as etapas duas vezes. Registar os volumes e fazer a média das
leituras e das variações nas 3 medições (3M).
 Determinação do peso volúmico (densidade) da areia a ser utilizada em obra através
do seguinte método:
 Com a garrafa vazia colocada com o topo sobre uma superfície firme e nivelada,
fechar a válvula e colocar areia no cone.
 Abrir a válvula e continuar a adicionar areia no cone até a garrafa ficar meio cheia.
Fechar a válvula e despejar a areia em excesso.
 Pesar a garrafa com a areia e determinar o peso da areia depois de retirada do
interior da garrafa e o peso da garrafa.
 Determinação do peso do solo húmido: Limpeza e nivelação da área. Colocar a placa
de suporte com um orifício com uma circunferência igual ao funil e fixar a placa
firmemente no solo com o auxílio de pregos.
 Escavação de uma cavidade na camada alinhada verticalmente com o orifício aberto
na placa tendo o cuidado de evitar a alteração do solo. Escavar cuidadosamente,
especialmente no caso de solos grossos. Colocar todo o solo nos recipientes selados
tomando as devidas precauções para evitar o derramamento de solo durante o
processo.
 Colocar a garrafa na posição previamente marcada, abrir a válvula da garrafa e deixar
fluir a areia, fechando a válvula quando o espaço sob a válvula (cavidade e cone) ficar
cheio.
 Pesar a garrafa com a areia que resta.
 Pesar o material retirado da cavidade.
 Misturar cuidadosamente o solo e colher uma amostra para fins de execução de
ensaios de determinação do teor de humidade.
 Pesar o material seco para calcular o teor de humidade.
 Preencher os formulários de ensaio e registar em conformidade com o Formulário T8.
 Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório para
fins de aprovação ou solicitação de novos ensaios.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras.
 O Fiscal deve comunicar por escrito ao Empreiteiro e ao cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

232
Actividade: Ensaios de compactação Código: 751
Ensaio de compactação em laboratório
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação no laboratório da baridade seca máxima e do
teor óptimo de humidade de uma amostra de solo.
Tarefas  Registo das amostras;
incluídas  Preparação das amostras;
 Definição da quantidade de solo necessária;
 Realização do ensaio;
 Preenchimento do formulário de ensaios;
 Apresentação dos resultados no formulário de ensaios e em gráficos.
Normas  Colheita de amostras: para a colheita, acondicionamento e transporte deve utilizar-se
o Código 710.
 Todas as amostras devem ser registadas pelo laboratório, incluindo a informação
referente às amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, a
data e hora da sua recepção (registo no Formulário 2).
 Procedimento:
 Com o material restante da norma 720 e através de repartições sucessivas
chega-se a duas amostras de solo com massa entre 7.000g para materiais
predominantemente grossos e 6.000g para materiais predominantemente
finos.
 Após obtenção da massa acima referida toda a amostra deve ser passada
no peneiro com abertura de malha de 19 mm.
 O material retido no peneiro acima (caso exista) é substituído por uma
massa igual de solo passando no peneiro com abertura de malha de 19 mm
e retido no peneiro Nº 4 (peneiro com abertura de malha de 4,75 mm).
 Ensaio:
 Adiciona-se água ao solo e mistura-se até à sua homogeneização e até este
ser considerado apto para ensaio.
 Colocar o material num cilindro em 3 camadas iguais e compactar cada
camada com o número de golpes necessário para a obtenção da energia de
compactação exigida (Norma AASHTO ou AASHTO Modificada).
 Após a compactação adequada do solo, nivelar a superfície e medir o peso
do cilindro com o solo húmido.
 Retirar o provete do cilindro com o auxílio de um dispositivo de extracção.
 Cortar o cilindro ao meio e proceder à colheita de uma amostra no centro,
colocando-a em seguida em tabuleiros para a execução de ensaios de
determinação do teor de humidade.
 Desagregar o provete e acrescentar uma percentagem de água entre 2 a 3%
à água inicialmente adicionada.
 Repetir as etapas (2) a (6) até à obtenção dos pontos suficientes para a
realização de um gráfico de compactação (densidade seca máxima vs. teor
de humidade).
 Preencher os formulários de ensaio e respectivo registo em conformidade
com o formulário T8.
 Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório o
pedido de repetição de ensaios ou a aprovação dos resultados.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

233
Actividade: Ensaio DCP Código: 760

Código de ASTM D3441; ABTN NB 3406


referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação em campo das propriedades mecânicas dos
solos naturais e ligeiramente estabilizados. É uma medição da resistência no local do
material no seu estado natural ou num pavimento existente.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Estabelecimento do local de elaboração do ensaio;
 Preparação do local de trabalho;
 Realização do ensaio;
 Preenchimento do formulário de ensaios;
 Apresentação dos resultados no formulário de ensaios e em gráficos.
Normas  Deve-se colocar a sinalização adequada para garantir a segurança do pessoal e a
segurança rodoviária caso seja necessário.
 Identificação e registo do local de elaboração do ensaio.
 Procedimento:
1) O ensaio DCP é um ensaio de campo que permite a identificação do perfil
geotécnico e das propriedades geotécnicas do solo.
2) O DCP é composto por uma ponteira cónica para penetração (30 e 60
graus), sendo a ponteira cónica de 60 graus a ponteira habitualmente
utilizada. A ponteira fica presa a uma haste em aço que se encontra por sua
vez presa a uma bigorna. Acima da bigorna, situa-se uma haste com um
martelo de 8 kg e na outra extremidade encontra-se um manípulo.
3) Existe uma régua graduada em metros presa à bigorna prolongando-se até à
placa no fundo. Esta placa possui um orifício e é através deste que a ponteira
cónica penetra no chão.
4) Proceder à montagem do equipamento DCP de acordo com a Figura 11.1.

Figura 11.1: Equipamento DCP

 Colocação do DCP no ponto de ensaio.


 Preenchimento do formulário de ensaio, incluindo o projecto, o eixo do ponto de
ensaio, as distâncias desde o eixo da via ou da berma, o número da via e o
desvio residual. É de referir que o ensaio poderá ser realizado em terreno virgem.
 Aplicação do número de golpes deixando cair o martelo desde a posição mais
elevada da bigorna. Registar as leituras na régua graduada em metros
correspondendo ao número de golpes aplicados. A escolha do número de golpes
a aplicar antes de se efectuar uma leitura deve basear-se na penetração que

234
deverá ser de 10 mm aproximadamente. O número de golpes poderá ser
reduzido se a penetração for muito superior a 10 mm.
 Interromper o ensaio após a obtenção da penetração apropriada, normalmente
800 mm. Contudo, nos casos em que seja necessário atingir maiores
profundidades de penetração poderão ser acrescentadas hastes extensoras para
atingir tais profundidades.
 No final do ensaio, deve aplicar-se um golpe no sentido ascendente e deve-se
tentar rodar o DCP no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido inverso. Se
este rodar com facilidade os dados de penetração são aceitáveis para efeitos de
análise. Se parecer demasiado rígido o ensaio deverá ser rejeitado, uma vez que
fica demonstrada a ocorrência de atrito significativo na haste. Isto normalmente
ocorre em situações em que a haste fica presa entre pedras de grandes
dimensões durante a realização do ensaio e existe uma resistência adicional
causada pelo atrito lateral na haste.
 Após a aceitação do ensaio, o formulário de ensaio que foi preenchido durante a
realização do ensaio deve ser assinalado e completado.
 Repetição do procedimento de ensaio para as outras posições de ensaio.

Introdução de dados:
 Verificação dos dados constantes nos formulários ainda em obra relativamente à
presença de erros óbvios.
 Introdução da informação relativa ao ensaio, nomeadamente o nome do projecto,
a posição do ensaio (eixo, distâncias, desvio residual, etc.).
 Selecção das opções relativas à presença ou ausência de revestimento na
posição de ensaio e se o revestimento foi removido ou não.
 Introdução dos dados relativos à relação golpes/penetração.
 Selecção da condição de humidade para o ajustamento automático dos dados
para os vários níveis de humidade.

Análise:
 Seleccionar Análise e escolher o número de camadas baseado no número de
golpes/penetração registado no gráfico.
 Seleccionar Número Estrutural e escolher a classe estrutural para cada camada
(base, sub-base, terreno de fundação). O programa de cálculo irá calcular os
CBR e os números estruturais para cada camada e para todo o pavimento.
 Comparação dos resultados com as exigências estruturais do projecto.

Em alternativa:
 Os resultados dos dados referentes ao DCP expressos em golpes/penetração
são representados como o valor DN que corresponde à penetração por golpe. Os
valores DN são calculados para cada camada e são comparados com o catálogo
de projecto do DCP com vista a verificar a aptidão da resistência das camadas e
do pavimento tal como são construídos.
 Os valores DN devem ser ajustados ao teor de humidade em obra.

 Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em


conformidade com os formulários DCP padrão e com os dados do “software” DCP.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para avaliação das resistências no
local e devem ser comunicados por escrito ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

235
Actividade: Ensaio CBR Código: 770
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação laboratorial da resistência do solo medida sob
a forma de capacidade de suporte, conhecida como CBR (California Bearing Ratio). O
ensaio é normalmente utilizado em amostras preparadas em laboratório com o teor de
humidade e densidade pré-estabelecidas, determinadas através dos ensaios de
compactação (código 751).

As actividades relacionadas com a amostragem, acondicionamento e transporte são


efectuadas no âmbito do código 710.
Tarefas  Registo das amostras;
incluídas  Preparação das amostras;
 Procedimentos para realização de ensaios;
 Preenchimento do formulário de ensaios.
 Apresentação dos resultados nos gráficos.
Normas  As amostras devem ser registadas no documento de registo de entrada de todas as
amostras entregues no laboratório. Deve-se registar o nome do projecto, a origem da
amostra, a data e hora de recepção da amostra. Deve-se efectuar o registo no
Formulário 2.

 Procedimentos:
1) O material deve ser misturado para obtenção de uma amostra representativa
para efeitos de ensaio CBR.
2) Devem ser adoptados procedimentos similares aos do Código 751. Os
materiais devem ser passados no peneiro com abertura de malha de 19 mm
(No. 2). A percentagem do material que passa deve ser superior a 75% e a
percentagem de material retido deve ser inferior a 25%. Proceder à
separação do material retido. A proporção de material retido deve ser
substituída por outro material que tenha passado no peneiro com abertura de
malha de 19 mm.
3) Recolher da amostra passada no peneiro uma quantidade adequada de
materiais para efeitos de ensaio. Normalmente, uma quantidade
correspondendo a 5 kg é suficiente para o molde CBR.
4) Determinação do teor óptimo de humidade e da densidade máxima em
conformidade com o código 751.
5) Compactação do número de amostras necessário, variando o teor de
humidade. As amostras devem ser também preparadas sob diferentes
energias de compactação. As energias normalmente utilizadas são o Proctor
normal, o Proctor modificado e a energia inferior ao Proctor normal.
6) Análise da variação do teor de humidade e da densidade seca.
7) Determinação do teor de humidade do solo natural através da secagem de
uma pequena amostra na estufa.
8) Com o teor de humidade do solo natural pode-se determinar a quantidade de
água adicional que deve ser acrescentada ao solo para obtenção dos teores
em água pré-determinados para os diferentes níveis de compactação que
poderão ser atingidos com diferentes teores em água, ou seja, teores em
água a 93 %, 95 % e 98 % da densidade máxima seca (gráfico da densidade
vs. teor de humidade), sendo repetido para cada uma das energias de
compactação (inferior ao Proctor normal, Proctor normal e Proctor
modificado).

 Ensaio:
1) Pesa-se o cilindro junto com sua base. Coloca-se o disco espaçador, e sobre
este coloca-se papel de filtro com o mesmo diâmetro do disco.
2) Colocar o material no cilindro compactando cada camada com um pilão (2,5
kg para o Proctor normal e 5 kg para o Proctor modificado) com a aplicação
do número de golpes correspondendo à energia de compactação exigida.
3) Em circunstâncias normais, preparam-se 3 cilindros por amostra tendo em
atenção o tipo de solo, coesivo ou granular, com diferentes energias de
compactação. Relativamente aos solos granulares deve aplicar-se 55, 26 e
12 golpes por camada com o teor óptimo de humidade. No que se refere aos
solos coesivos, a compactação deve ser efectuada a teor de humidade
variado. São elaboradas curvas relativas às 55, 26 e 12 golpes por camada,
com vista à obtenção de uma variedade de curvas demonstrando a sua

236
relação com o peso volúmico.

 Imersão e equilíbrio do teor de humidade:


1) O ensaio CBR deve ser realizado com vários teores em água que permitam a
obtenção dos seguintes valores CBR:
o Após 4 dias de imersão.
o Ao teor óptimo de humidade.
o Aos 75% do teor óptimo de humidade.
2) As amostras compactadas com o teor óptimo de humidade devem ficar
imersas durante um período de 4 dias antes da execução do ensaio CBR.
Devem ser imersas em água e deve colocar-se por cima delas um peso
adicional conjuntamente com um deflectómetro. O objectivo do deflectómetro
é a medição da expansão do solo à medida que vai embebendo água. Esta
expansão é referida como dilatação. Uma dilatação elevada é indicadora da
presença de solos expansivos, que prejudicam o desempenho da estrada.
3) Para que algumas amostras atinjam a percentagem de 75% do teor óptimo
de humidade, há que prepará-las através da compactação a um teor óptimo
de humidade, deixando-as a secar enquanto se procede à monitorização do
seu peso. A perda de peso deve ser a equivalente a 25% do teor de
humidade total presente na amostra preparada com o teor óptimo de
humidade.
4) É importante assegurar a uniformidade do teor de humidade em toda a
amostra, sendo necessário para atingir este objectivo a colocação de
amostras com o teor óptimo de humidade e com 75% do teor óptimo de
humidade num saco de plástico fechado e deixado em repouso por um
período de 4 dias. Este processo é designado por equilíbrio do teor de
humidade.
5) As amostras devem ser submetidas a ensaio imediatamente após a abertura
dos sacos de plástico ou após a sua remoção dos recipientes de imersão.

 Ensaio - Penetração:
1) Aplica-se uma sobrecarga na superfície da amostra para produção de uma
intensidade equivalente à da carga do pavimento, não devendo ser inferior a 2,27
kg e superior a 4,54 kg.
2) A fim de evitar que o êmbolo do aparelho CBR empurre o material no molde no
sentido ascendente, a sobrecarga deve ser aplicada antes da aplicação do
êmbolo na amostra.
3) Na prensa instalar no orifício central do anel de carga o êmbolo de penetração e
a sobrecarga a ser colocada na parte superior da amostra.
4) Instalação do deflectómetro para a medição da penetração do êmbolo e aplicação
de uma carga de 50 N para assegurar que o êmbolo está devidamente
posicionado na parte superior da amostra.
5) Programar para zero o deflectómetro no anel do dinamómetro ou qualquer outro
aparelho que permita a medição da carga e o controlo da penetração. Para evitar
que a leitura da penetração seja afectada pelo anel de carga, o dispositivo de
medição de controlo da penetração deve ser instalado no êmbolo e fixado ao
molde.
6) Aplicação da carga no êmbolo através do mecanismo da prensa com uma
velocidade de penetração de 1,27 mm por minuto.
7) Após a finalização do ensaio, o provete deve ser removido da prensa e deve
colher-se uma amostra na parte superior do provete perto do ponto de
penetração do êmbolo para a realização do ensaio de determinação do teor de
humidade.
8) Preenchimento dos formulários de ensaio e respectivo registo em conformidade
com o Formulário T4.

 Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em


conformidade com o Formulário 5, sendo os dados obtidos apresentados ao
supervisor do laboratório para efeitos de aprovação ou revisão.
 Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição dos
materiais. O Fiscal deve comunicar por escrito a sua decisão ao Empreiteiro e ao
Cliente.
Materiais  Não aplicável
Medição  UN
 MDE

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Actividade: Ensaios do betume Código:
Método de ensaio padrão para a penetração de materiais betuminosos 780
Código de ASTM D5
referência
Aplicação Este método de ensaio é utilizado para a determinação da penetração de materiais
betuminosos sólidos e semi-sólidos. A penetração é medida em deci-milimetros (dmm). As
agulhas, recipientes e outras condições descritas neste método de ensaio permitem a
determinação de penetrações até 500 dmm.

A penetração neste caso é uma medição da consistência de um material betuminoso


expressa como a distância de penetração vertical de uma agulha padrão, numa amostra
de material em determinadas condições de carga, tempo e temperatura.

As actividades envolvendo a colheita de amostras, acondicionamento e transporte são


efectuadas no âmbito do Código 710.
Tarefas  Registo das amostras.
incluídas  Preparação das amostras.
 Execução dos procedimentos de ensaio.
 Preenchimento dos formulários de ensaio.
 Apresentação gráfica dos resultados.
Normas Descrição:
 O ensaio envolve a colheita e derretimento de uma amostra de betume e
arrefecimento desta em condições controladas. A penetração é medida com um
penetrómetro que envolve a aplicação de uma agulha padrão na amostra em
condições específicas.

Saúde e segurança:
 O técnico deve tomar as medidas de precaução necessárias para assegurar as boas
condições de saúde e segurança durante a realização do ensaio.

Equipamento:
 O equipamento deve ser tal que permita a queda do suporte da agulha com uma
fricção mínima e que permita a medição da penetração com uma precisão de 0,1mm.
 O dispositivo de agulha padrão deve ser composto por um suporte de agulha (eixo) e
uma agulha padrão. O peso do eixo deve ser de 47,5 ± 0,05 g. O peso total do eixo
com a agulha deve ser de 50 ± 0,05 g. Devem ser fornecidos pesos de 50 ± 0,05 g e
100 ± 0,05 g e devem ser utilizados, durante o ensaio, pesos totais de 100 g e 200 g.
 A superfície de suporte do recipiente de amostra deve ser plana e o eixo do pistão
deve fazer um ângulo de aproximadamente 90º com esta superfície.
 A agulha deve ter um comprimento de 50 mm, mas poderá utilizar-se uma agulha
mais comprida de 60 mm, a espessura deve ser 1,0 – 1,02 mm e com a extremidade
tendo um formato cónico de 8,7˚ a 9,7˚.
 O recipiente da amostra deve ser um recipiente cilíndrico metálico ou de vidro, com o
fundo plano, tendo as seguintes dimensões:
 Para penetrações inferiores a 200:
 Diâmetro de 55 mm
 Profundidade interna de 35 mm
 Para penetrações entre 200 e 350:
 Diâmetro de 55 mm
 Profundidade interna de 70 mm
 Banho-maria – O banho-maria deve ter uma capacidade de pelo menos 10 l e deve
ser capaz de manter uma temperatura de 25 °C ou qualquer outra temperatura de
ensaio com uma tolerância de 0,1°C.
 Um dispositivo de sincronização (ex. cronómetro) deverá ser utilizado para medir a
duração da penetração.
 Termómetros com uma precisão de 0,1˚C devem ser utilizados para controlar a
temperatura.

Preparação da amostra:
 A amostra deve ser aquecida enquanto se agita até estar suficientemente fluida para
ser vertida. Deve-se evitar o sobreaquecimento da amostra, a temperatura não deve
exceder o ponto de amolecimento em mais de 60˚C. A amostra não deve ser
aquecida por um período superior a 30 min.
 As amostras devem ser vertidas num recipiente para amostras por forma a que a

238
espessura da amostra quando arrefecida exceda em 10 mm a profundidade prevista
de penetração da agulha. O recipiente deve ser coberto livremente para evitar a
contaminação com pó e outras impurezas. A amostra deve ser vertida em dois
recipientes.

Ensaio:
 Excepto em caso de especificações em contrário, as condições de ensaio devem
corresponder a uma temperatura de 25ºC, 100g de carga e uma duração de 5s.
 Deve-se examinar o suporte da agulha e o guia para estabelecimento da ausência de
água e de outras matérias estranhas.
 Os ensaios podem ser realizados com a amostra colocada em banho-maria, devendo
neste caso cobrir-se a amostra com água para manter uma temperatura constante.
No caso do ensaio executado com a amostra for a do banho, a amostra deve ser
colocada num prato de transferência e este prato deve ser totalmente coberto com
água.
 A agulha deve ser lentamente posicionada por forma a que a ponta fique em contacto
com a superfície da amostra. Nesta altura deve soltar-se a agulha e esta deverá
penetrar durante o período de tempo predefinido. Devem ser executados no mínimo
três ensaios numa posição a pelo menos 10 mm das paredes do recipiente. Deve ser
efectuada uma leitura no penetrómetro em décimas de milímetros, sendo em seguida
registada.

Apresentação dos resultados:


 Deve-se registar até à unidade inteira mais próxima a média de três penetrações,
cujos valores não devem apresentar uma divergência superior aos valores a seguir
apresentados:

Penetração 0 – 49 50 - 149 150 - 249 250 - 500


Diferença máxima entre os
valores mais elevados e mais 2 4 12 20
baixos

 Todos os resultados devem ser apresentados em conformidade com o Formulário 5.


O Fiscal deve acordar com o laboratório a aprovação ou repetição dos ensaios.
 Os resultados devem ser utilizados pelo fiscal para a aprovação ou rejeição dos
materiais. O Fiscal deve comunicar por escrito os resultados ao empreiteiro e ao
cliente.
Materiais Não aplicável
Medição  UN
 MDE

239
Actividade: Ensaios do betume Código:
Método de ensaio padrão para o ponto de amolecimento para materiais 781
betuminosos (dispositivo de anel e bola)
Código de ASTM D36
referência
Aplicação O presente método de ensaio é utilizado para a determinação do ponto de amolecimento
de materiais betuminosos entre 30 a 157°C (86 a 315°F) utilizando o dispositivo de anel e
bola submerso em água destilada (30 a 80°C), glicerina USP (acima de 80 a 157°C), ou
etilenoglicol (30 a 110°C).

Os betumes são materiais visco-elásticos e têm tendência a amolecer com o aumento da


temperatura. O ponto de amolecimento é útil para a classificação de betumes para o
estabelecimento da uniformidade de remessas ou fontes de fornecimento, e é indicativo da
tendência do material em fluir a temperaturas de funcionamento elevadas.

As actividades envolvendo a colheita, acondicionamento e transporte são executadas no


âmbito do Código 710.
Tarefas  Registo das amostras.
incluídas  Preparação das amostras.
 Execução dos procedimentos de ensaio.
 Preenchimento dos formulários de ensaio.
 Apresentação gráfica dos resultados
Normas Descrição:
 O ensaio envolve a colheita e derretimento de uma amostra de betume e moldagem
em anéis de latão com suporte. As amostras são em seguida colocadas e aquecidas
a temperaturas controladas num banho de água destilada, suportando cada amostra
uma bola. O ponto de amolecimento é registado como a média das temperaturas às
quais os dois discos amolecem o suficiente para permitir a queda de uma distância de
25 mm de cada bola envolvida em betume.

Saúde e segurança:
 O técnico deve tomar as medidas de precaução necessárias para assegurar as boas
condições de saúde e segurança durante a realização do ensaio.

Equipamento:
 Anéis: Dois anéis em latão com suporte quadrado.
 Placa de vazamento: uma placa em latão, plana e lisa com aproximadamente 50 x 75
mm
 Bolas: duas bolas de aço, com diâmetro de 9,5 mm, cada uma com uma massa de
3,50 ± 0,05 g.
 Guias de centragem das bolas: Dois guias em latão para centragem das bolas de aço,
um para cada bola.
 Banho: um recipiente em vidro, resistente ao calor, com um diâmetro interno mínimo
de 85 mm e com uma profundidade mínima de 120 mm.
 Suporte do anel e encaixe: Um suporte em latão com capacidade para suportar os
dois anéis numa posição horizontal.
 Termómetros: estes devem ser termómetros ASTM com ponto de amolecimento baixo
(-2˚C a 80˚C) ou termómetros ASTM com ponto de amolecimento elevado (30˚C a
200˚C).

Preparação da amostra:
 A amostra deve ser aquecida enquanto se mexe até estar suficientemente fluida para
ser vertida. Deve-se evitar o sobreaquecimento, e a temperatura não deverá exceder
os 110˚C. A amostra não deve ser aquecida por um período superior a 2 horas.
 Em caso de necessidade de repetição do ensaio, a amostra não deve ser reaquecida,
deve-se utilizar sempre amostras frescas.
 As amostras devem ser vertidas e moldadas nos anéis, devendo ser aplicado um
pouco de betume adicional.
 Os anéis devem ser aquecidos até à temperatura de vazamento e devem ser
colocados numa placa de vazamento.
 Para prevenir a adesão do betume à placa de vazamento durante a moldagem dos
discos, a superfície da placa de vazamento em latão poderá ser revestida com uma
película fina, antes da sua utilização, com óleo de silicone ou lubrificante.

Ensaio:

240
 O suporte do anel, os anéis e as amostras de betume devem ser colocados num
banho com água destilada.
 Os termómetros ASTM devem ser colocados na água de forma a que os bolbos
fiquem nivelados com o fundo dos anéis.
 A profundidade do banho-maria após a imersão do dispositivo e amostras deve ser de
aproximadamente 105 mm.
 As temperaturas da água do banho devem ser ajustadas pelo aquecimento ou
imersão em água gelada até à obtenção da temperatura inicial desejada.
 Após se ter obtido a temperatura necessária, deve-se aquecer o banho a partir do
fundo a um ritmo controlado, por forma a que a temperatura do banho-maria aqueça a
um ritmo de 5˚C/min
 As variações da temperatura do banho não devem exceder os 0,5˚C por min. após os
3 primeiros minutos. Se esta condição não for preenchida o ensaio deve ser rejeitado.

Apresentação dos resultados:


 A temperatura indicada pelo termómetro deve ser registada para cada anel e bola no
momento em que o betume envolvendo a bola entra em contacto com a placa de
base. Não se deve fazer nenhuma correcção para a haste emergente do termómetro.
 Nos casos em que a diferença entre as duas temperaturas é superior a 1°C o ensaio
deverá ser repetido.
Materiais Não aplicável
Medição  UN
 MDE

241
12. Série 800 Manutenção

12.1 Visão global


As estradas de nível provincial na África subsariana têm sido muito afectadas pela falta de manutenção e pela
deficiente execução desta. Isto aplica-se tanto às estradas de baixo volume de tráfego como às estradas de
elevado volume de tráfego. Contudo, as estradas de baixo volume de tráfego têm sido mais afectadas por estes
factores porque é-lhes sempre atribuída uma prioridade reduzida no que se refere à atribuição de recursos. Isto
tem levado a uma perda significativa dos investimentos, na ordem dos mil milhões de dólares. Os investimentos
de capital têm aumentado consistentemente ao longo dos anos, assim como o financiamento dos trabalhos de
manutenção através de fundos rodoviários recentemente criados. Contudo, a capacidade em todas as áreas
tem-se revelado inadequada.

As más condições das redes rodoviárias existentes têm constituído um obstáculo ao desenvolvimento,
especialmente nas zonas rurais, nas quais a maioria da população habita. Em muitos países da África
subsariana, cerca de 80% da sua população vive em zonas rurais. Deste modo, nenhum país poderá obter um
desenvolvimento económico e social enquanto a maioria da sua população continuar marginalizada, sendo este
o principal dilema destas regiões do globo.

A manutenção de estradas de baixo volume de tráfego constitui o factor mais importante para a determinação da
sua sustentabilidade. Este módulo destina-se a fornecer aos profissionais a filosofia necessária, ou seja, as
metodologias de gestão da manutenção das estradas de baixo volume de tráfego, focando-se essencialmente
nas estradas com revestimentos de baixo custo. Os princípios são aplicáveis às estradas de nível provincial e
periurbanas.

12.2 Tipos de manutenção


Todas as estradas sofrem deterioração no tempo em resultado do tráfego e dos efeitos ambientais. A
deterioração pode ser relativamente fácil de corrigir ou pode exigir a execução de grandes trabalhos,
dependendo das causas e da extensão da deterioração. Os procedimentos a adoptar para manter as estradas
em boas condições dividem-se normalmente nas seguintes categorias:

(i). Manutenção de rotina — esta engloba os trabalhos que devem ser realizados regularmente ou em
períodos pré-determinados durante o ano de manutenção. Estas actividades poderão incluir o corte de
relva, reparação de buracos, selagem de fendas, limpeza das valetas e manutenção do equipamento
rodoviário. Estas actividades constituem um aspecto importante da manutenção de estradas, uma vez
que proporcionam oportunidades para as autoridades impedirem ou retardarem a deterioração das
estradas.
(ii). Manutenção periódica — manutenção que deve ser executada em intervalos mais longos, por exemplo,
5-10 anos. Normalmente esta categoria exclui o reforço estrutural. O princípio básico desta actividade
assenta no facto de que é uma actividade cuja calendarização pode ser desencadeada por limites nas
condições das estradas ou nos níveis de deterioração ou nas intervenções periódicas que se baseiam
no desempenho ou nos ciclos de vida. Várias actividades poderão ser abrangidas por esta categoria.
a. Colocação de um revestimento novo — depende da longevidade dos diferentes tipos de
revestimento e do nível de tráfego e dos efeitos ambientais.

242
b. Marcação rodoviária — A visibilidade da marcação rodoviária tem tendência a diminuir com o
tempo e torna-se necessário voltar a pintar as marcações de forma periódica. Este ciclo depende
dos níveis de tráfego e da adversidade das condições atmosféricas.
c. Colocação de saibro nas bermas — Esta é uma actividade importante para as estradas com
bermas não revestidas e aplica-se perfeitamente às estradas de baixo volume de tráfego. O
desgaste das bermas não revestidas poderá levar a um desnível da berma perigoso. Um desnível da
berma importante leva a uma rotura do bordo da camada de revestimento o que se torna
desagradável do ponto de vista estético e perigoso para os condutores.
(iii). Manutenção melhorada – Este não é um termo usualmente empregado no que se refere à manutenção,
mas nos casos em que é aplicado faz uma enorme diferença na gestão rodoviária. A manutenção
melhorada diz respeito à intervenção que é levada a cabo numa estrada com o objectivo de reduzir as
necessidades de manutenção. Esta poderá incluir a melhoria localizada ou a execução de melhorias a
baixo custo, como por exemplo os revestimentos de baixo custo de estradas em terra ou saibro que
apresentem problemas. Poderá também incluir a melhoria da drenagem, particularmente no que se
refere à drenagem subterrânea, o que por sua vez permitirá melhorar o desempenho da estrada e
impedir ou adiar a degradação da estrada.
(iv). Manutenção de emergência – Manutenção que tem de ser imediatamente realizada em resultado de um
problema inesperado, como por exemplo, limpeza da via após queda de rochas.
(v). Reabilitação – Este termo é normalmente utilizado quando é necessário efectuar um reforço estrutural e
inclui recarga.
(vi). Reconstrução – Significa normalmente que pelo menos uma camada do pavimento necessita de ser
novamente processada.
(vii). Melhoria – Significa normalmente que é necessário efectuar um reforço e alguma alteração do traçado

A principal característica que diferencia as diferentes categorias relacionadas com a manutenção é que os custos
aumentam exponencialmente desde a “manutenção de rotina” até à “melhoria”. Como resultado, a
responsabilidade para cada operação poderá diferir. Deste modo, a categorização da manutenção é necessária
para efeitos de planeamento e para atribuição de responsabilidades e afectação de recursos.

As estradas poderão degradar-se (e sofrerem ruptura) de várias formas diferentes e as reparações a serem
levadas a cabo dependem das causas de deterioração. Este constitui o princípio director da manutenção,
reparação e reabilitação de pavimentos, nomeadamente “as reparações são determinadas pela causa ou causas
de deterioração e pelo grau de progressão da deterioração”. A identificação destas causas tem deste modo uma
importância crucial. A aplicação das medidas de correcção erradas poderá constituir uma perda de tempo e
dinheiro. Assim, o princípio básico assenta na avaliação da estrada para diagnóstico da causa (ou causas) de
deterioração e a severidade da deterioração por forma a que seja aplicado o tratamento de correcção adequado.
O tratamento de correcção adequado poderá ser incluído numa das categorias acima, excepto talvez na primeira
(manutenção de rotina).

Deste modo, é essencial efectuar uma avaliação da estrada para a determinação da escala das obras a serem
executadas e consequentemente do orçamento necessário. A manutenção de rotina deve ser efectuada
continuadamente e, como tal, não precisa de ser especificamente identificada. As principais categorias que
exigem a tomada de decisões são se as reparações podem ser efectuadas no âmbito de um programa de

243
manutenção periódica ou se as obras devem ser efectuadas no âmbito de um programa de reforço ou
reconstrução mais dispendioso.

Esta secção do Manual destina-se a servir de apoio à tomada de decisão e a fornecer os métodos de execução
da manutenção de rotina ou periódica. A necessidade de reforço ou de reconstrução é identificada mas os
métodos a serem utilizados são tratados nos códigos relativos à reabilitação.

A maioria dos métodos de manutenção e de reparação baseiam-se na presunção de que as reparações são
efectuadas atempadamente, particularmente antes da deterioração ter progredido demasiado; ou seja, quando
uma estrada atingiu uma condição “crítica” em vez de uma condição de “ruptura”. Nestas circunstâncias, poderão
utilizar-se métodos relativamente rotineiros de manutenção e reparação, sendo o elemento de risco baixo.

Nos casos em que os pavimentos rodoviários tenham-se deteriorado para além desta condição crítica, as
estratégias de reabilitação tendem a ser muito conservadoras, frequentemente exigindo a reconstrução total.

Deve também ter-se em conta que para muitos tipos de deterioração, apenas uma pequena percentagem da
área superficial global de uma estrada precisa de mostrar sinais de deterioração evidentes para a estrada ser
considerada como estando em más condições. Efectivamente, os valores a ter em conta não são os valores
globais dos parâmetros do pavimento mas sim os valores extremos do histograma de desempenho, ou seja, o
comportamento da pequena percentagem de estrada “em piores condições”.

12.3 Avaliação – abordagem geral


Os procedimentos de diagnóstico seguem um padrão lógico. A primeira fase requer a adopção de medidas
simples e consequentemente baratas. São normalmente compostas por um estudo teórico da informação
disponível acerca da estrada, seguida de uma inspecção visual (isto poderá também exigir a utilização de algum
equipamento manual barato). Se estes demonstrarem ser suficientes para a determinação das causas de
deterioração e da medida (ou medidas) de correcção adequada, apenas uma quantidade limitada de
“verificações” mais dispendiosas será necessária.
12.3.1 Estudo documental
1 Documentos de projecto – Os documentos de projecto são importantes para a obtenção de um
conhecimento sobre a estrutura da estrada. Os materiais utilizados na construção das estradas influenciam
o ritmo de deterioração e o modo de deterioração. Muitas LVRs são construídas com materiais locais cujas
propriedades poderão não preencher totalmente as especificações normais. Tais materiais têm
frequentemente um desempenho bom, mas o conhecimento das suas propriedades é útil especialmente se
este puder ser obtido com base num estudo documental em vez de ser obtido a partir do ensaio de
amostras colhidas no local. É importante determinar se os documentos de projecto ilustram fielmente o que
foi construído.
2. Dados de construção – A construção deficiente é um factor essencial da deterioração rápida de muitas
estradas. Isto resulta da má qualidade durante a construção. Os detalhes referentes a este aspecto,
poderão ser obtidos nos documentos de construção, que poderão indicar, por exemplo, se foi difícil atingir
uma boa compactação ou se foram utilizados materiais de qualidade inferior.
3 Tráfego – A natureza do tráfego que circula na estrada está claramente relacionada com o tipo de
deterioração que ocorre e deste modo com as reparações adequadas. Algumas estradas têm

244
essencialmente tráfego de veículos de passageiros enquanto outras têm tráfego de veículos mais pesados,
por exemplo, veículos agrícolas, de exploração mineira, de exploração de pedreiras.
4 Ambiente da estrada – Para muitas LVRs, o efeito do ambiente é muito significativo. O regime de humidade
é preponderante para o desempenho do pavimento e, consequentemente, o seu conhecimento é muito útil
para a identificação das possíveis razões de deterioração.
5 Manutenção anterior, quando aplicável – Esta constitui uma informação importante que deverá ser obtida
antes da realização de qualquer planeamento da manutenção. Estes dados poderão permitir identificar um
problema de ocorrência frequente, por exemplo que não foi adequadamente resolvido.
6 Entidade responsável – É importante saber qual a entidade responsável pela manutenção.
12.3.2 Inspecção visual
A natureza, extensão, severidade e localização das seguintes anomalias deve ser registada:
1) Fendilhamento
2) Buracos e remendos
3) Colapso dos bordos e bermas
4) Rodeiras
5) Deformação (excluindo as rodeiras)
6) Anomalias no revestimento; como por exemplo, exsudação, descascamento, peladas.

Fendilhamento
A avaliação do fendilhamento deve permitir determinar se o pavimento está a ser afectado por problemas
associados a cargas ou outros. O tipo de fenda serve de auxílio para esta determinação, uma vez que os
padrões das fendas fornecem indicações importantes sobre as causas. Os padrões são os seguintes:
(i) Fendas longitudinais
(ii) Fendas transversais
(iii) Fendas em bloco
(iv) Pele de crocodilo
(v) Fendas parabólicas

Buraco e remendos
Os buracos constituem rupturas estruturais que incluem o revestimento e a camada de base. São normalmente
causados pela penetração da água numa superfície fendilhada e pelo enfraquecimento da camada de base. A
circulação do tráfego causa a ruptura do revestimento e o consequente desenvolvimento de um Buraco. Em
resultado dos riscos envolvidos para o utente, os buracos são normalmente remendados como tarefa prioritária.
Apesar dos remendos não serem necessariamente anomalias, são indicativos das condições prévias da estrada
e são incluídos na avaliação.

Colapso dos bordos e condição das bermas


O colapso dos bordos é causado pela prática de uma deficiente manutenção da berma provocando uma
sobreelevação do pavimento da via em relação à berma adjacente. Deste modo, o bordo não suportado poderá
partir sob o peso da circulação do tráfego, tornando a faixa de rodagem mais estreita.

Rodeiras
As deformações associadas às cargas ou rodeiras surgem como depressões na zona de passagem dos rodados
dos veículos. É o resultado de uma acumulação de tensões verticais não recuperáveis nas camadas do

245
pavimento e no terreno de fundação causada pelas cargas do tráfego. Na sua fase inicial este tipo de rodeira não
está associada à ruptura por corte (ou deslizamento) das camadas superiores do pavimento até se tornar muito
severa. As rodeiras também poderão ser o resultado da ruptura por corte quer nas camadas de pavimento não
ligadas ou nas camadas de pavimento betuminoso resultando em deslizamento no bordo do pavimento. Nos
casos em que a ruptura por corte ocorra na camada de base não ligada ou na camada de fundação o material
empurrado irá surgir no bordo do revestimento. Nos casos em que a ruptura ocorra no material betuminoso, o
material empurrado ficará evidente no próprio revestimento.

Deformações
As deformações localizadas causadas pelo assentamento das camadas do pavimento, por defeitos de
construção e por movimentos diferenciais nas estruturas, particularmente nos aquedutos, devem ser registadas.
Estas são facilmente observáveis após períodos de chuva uma vez que demoram mais a enxugar do que o resto
do pavimento. Quando o pavimento se encontra seco, podem por vezes ser identificadas pelas manchas de óleo
que surgem nos locais onde os veículos passam na depressão.

Anomalias no revestimento
Existem inúmeras anomalias no revestimento que não são sintoma de rupturas estruturais e consequentemente
não exigem levantamentos estruturais, apesar de serem indicativos da existência de problemas ao nível dos
materiais de revestimento.

Exsudação generalizada e exsudação


A exsudação é normalmente observada primeiramente na zona de passagem dos rodados dos veículos e resulta
do facto de o betume ser empurrado contra a superfície do pavimento pela acção do tráfego. A exsudação
betuminosa da superfície é uma forma menos severa de exsudação pela qual a superfície fica muito lisa mas
existe pouco ligante para formar uma película contínua na superfície. Nos revestimentos finos, poderá ser
causada pela variabilidade na superfície preparada ou pelo controlo de qualidade deficientemente realizado
durante a operação de pulverização e revestimento.

Arrancamento de gravilha e decapagem


O arrancamento de gravilha consiste na perda progressiva de agregados finos do pavimento e ocorre quando
pequenos movimentos de partículas individuais, sob a acção do tráfego, excedem o ponto de ruptura do betume.
Tem tendência para ocorrer no final da vida útil do revestimento após o próprio betume se ter deteriorado com o
envelhecimento e inicia-se normalmente nas áreas de grande tensão de tráfego, nomeadamente em curvas
apertadas. A perda de agregados finos na superfície resulta da ausência de interligação mecânica que poderá
finalmente levar à perda de agregado grosso e à formação de buracos. O resultado será um buraco pouco
profundo ou uma série de buracos.

Perda de gravilha de um tratamento superficial


A perda de gravilha de um tratamento superficial resultante da deficiente adesão entre o ligante e o agregado
surge no período inicial da vida útil do revestimento. Inicia-se nos trilhos dos pneus mas, com o tempo, o
problema poderá alargar-se a toda a faixa de rodagem, tornando-se difícil diferenciar este tipo de ruptura da
exsudação. Contudo, pode ser frequentemente identificada por uma acumulação de gravilha no bordo do
pavimento.

246
Ondulação
A ondulação consiste tipicamente numa série de ondas perpendiculares ao eixo da via, estendendo-se
normalmente a toda a largura da faixa de rodagem. O seu espaçamento, ou comprimento de onda, situa-se
normalmente entre os 0,5-1,0 metros mas, poderá em alguns casos, atingir os 10 metros. São comuns em
estradas com brita. Nas estradas seladas são causados pela instabilidade da camada de base não ligada.

Deterioração causada por drenagem insuficiente


As rupturas localizadas do pavimento são muitas vezes causadas pelo projecto deficiente ou pela má
manutenção das valetas, das valas de drenagem e das estruturas de drenagem transversal. Quando as valetas e
os aquedutos entopem, a água embate contra o aterro da estrada, acabando por enfraquecer as camadas de
pavimentos inferiores. Do mesmo modo, se a velocidade da água na valeta for demasiado elevada esta irá
causar a erosão do aterro da estrada e das bermas. Falhas mais generalizadas ocorrem quando não existe
drenagem dentro das próprias camadas do pavimento. As estradas revestidas não permanecem impermeáveis
durante toda a sua vida útil e, caso não ocorra uma drenagem rápida da água, esta irá enfraquecer as camadas
inferiores do pavimento e levará rapidamente à ruptura da estrada. Contudo, a deterioração do pavimento em
resultado de uma drenagem deficiente poderá não ser óbvia durante a estação seca, deste modo, será
necessário consultar as populações locais para determinar a situação em época de chuvas.
A erosão e o assoreamento são as principais formas de deterioração das valetas e sanjas. A eficiência das
cascatas deverá também ser avaliada.
Os aquedutos poderão estar bloqueados, parcialmente bloqueados ou desimpedidos. Se estiverem bloqueados
contribuirão certamente para a deterioração do pavimento. Também poderão estar a causar erosão devido às
bocas de entrada e saída inadequadas ou danificadas, e eles próprios poderão também estar danificados.
Todos estes dados devem ser registados porque irão ser necessários para a estimativa dos custos de reparação.

Estabilidade do solo e dos taludes – Problemas geotécnicos


Um motivo relativamente comum para a ruptura do pavimento são os problemas geotécnicos sobrejacentes. Os
pavimentos são essencialmente concebidos para a protecção das camadas sobrejacentes e mais fracas em
relação às tensões causadas pelo tráfego. Apesar do projecto dos pavimentos abranger também terrenos de
fundação estruturalmente fracos, é necessário assumir que os solos de fundação são inerentemente estáveis e
que não se deslocam em massa através de processos de desabamento de terras ou através de assentamento
diferencial em grande escala. Os problemas relativos à instabilidade do solo não podem ser resolvidos através
de métodos de manutenção simples, sendo necessário possuir-se também conhecimentos técnicos de
geotecnia.

12.4 Tratamento de fendas de revestimento localizadas


Existem algumas fendas de revestimento, que quando localizadas, poderão ser tratadas sem requerer a
execução de ensaios adicionais. As causas e tratamentos sugeridos para estes tipos de problemas no pavimento
são apresentados na Tabela 12.1, Tabela 12.2 e Tabela 12.3.

247
Tabela 12.1: Tratamento para anomalias superficiais no revestimento

Tratamento de
Anomalias Extensão Notas
Manutenção
Poderá ser suficiente a aplicação de uma
Aplicação localizada de rega de colagem para o rejuvenescimento
<10%
remendos da superfície e para evitar a ocorrência de
Arrancamento de
mais arrancamenstos.
gravilha
Tratamento com
>10% revestimento superficial
ou lama asfáltica
Poderá ser necessária a aplicação local de
Perda de gravilha, <10% Nenhuma acção agregado aquecido se a qualidade anti-
exsudação derrapante for um problema.
generalizada e Necessidade de
Poderá ser necessária a aplicação de um
exsudação >10% execução de ensaios
novo revestimento superficial
adicionais
<10% Nenhuma acção
Perda de textura e/ou
Necessidade de
polimento dos Poderá ser necessária a aplicação de um
>10% execução de ensaios
agregados novo revestimento superficial
adicionais
Os buracos derivam de outras falhas tais
como fendilhamento e deformação e
Buracos Qualquer Aplicação de remendos
normalmente é necessária a execução de
ensaios adicionais
Aplicação de remendos
Colapso dos bordos Qualquer no pavimento e
reconstrução da berma

Tabela 12.2: Causas e efeitos dos defeitos superficiais

Deterioração Agente de deterioração Interpretação


Fendilhamento  Tráfego pesado  Rotura do revestimento
 Elevado teor de humidade no devido ao envelhecimento ou
pavimento fragilidade do ligante
 Rotura por corte das camadas
do pavimento especialmente
da camada de base
 Expansividade dos materiais
de fundação
 Roturas geotécnicas
Formação de rodeiras  Cargas pesadas  Rotura das camadas de
 Teor de humidade elevado no pavimento
pavimento  Deslizamento lateral do
revestimento
Deformação generalizada  Cargas pesadas  Assentamento das fundações
 Nível freático elevado da estrada comum em solos
colapsáveis
 Rotura geotécnica
 Terreno de fundação
expansivo
 Aterro instável
Buracos  Tráfego  Revestimento fendilhado
 Penetração de humidade  Peladas
através da superfície  Revestimento com
delaminação
 Ligante friável
Peladas  Trafego  Ligante inadequado
 Humidade  Má adesão
 Ligante friável
 Dimensionamento inadequado
do revestimento

248
Deterioração Agente de deterioração Interpretação
 Força tangencial elevada
(declive ou curva acentuados)
Exsudação  Carga pesada  Aplicação excessiva de
 Calor excessivo ligante
 Deficiente aplicação de
agregado
Fendas na berma  Tráfego  Bermas não revestidas
 Escoamento  Desnível da berma excessivo
 Material fraco na berma
 Falta de manutenção das
bermas
Bombagem de finos  Tráfego  Delaminação da superfície
 Presença de água na  Fissuração do revestimento
interface entre o revestimento  Material deficiente na
e a camada de base interface entre o revestimento
e a camada de base
 Fadiga da camada de base

249
Tabela 12.3: Intervenções propostas para os defeitos superficiais

Deterioração Efeitos Intervenções


Fendilhamento  Rotura do revestimento devido a  Vedação das fendas e/ou rega de
envelhecimento ou fragilidade do colagem
ligante  Vedação das fendas e reforço com um
 Rotura por corte das camadas do revestimento resistente a cargas como
pavimento, especialmente da camada por exemplo uma mistura betuminosa
de base. a frio
 Expansividade dos materiais de  Vedação das fendas e revestimento
fundação dos taludes laterais com material
 Roturas geotécnicas plástico
Formação de  Rotura das camadas do pavimento  Controlo do das sobrecargas e/ou
rodeiras  Deslocamento lateral do revestimento reforço com uma mistura betuminosa a
frio
 Substituição do revestimento
Deformação  Assentamento das fundações da  Se for pouco cavado, reparação do
generalizada estrada comum em solos colapsíveis nível de deformação da camada de
 Rotura geotécnica base e revestimento novo
 Terreno de fundação expansivo  Concepção e construção de muros de
 Aterro instável suporte
 Revestimento dos taludes laterais com
material plástico
 Colocação de vegetação nos taludes
laterais ou reparação da deformação
ao nível da camada de base.
Buracos  Fissuração do revestimento  Selagem das fendas
 Peladas  Reparação dos buracos com
 Revestimento com delaminação remendos constituídos por uma pré-
 Ligante friável mistura
 Substituição de pedras
 Melhoria das condições de drenagem
e substituição do revestimento.
 Colocação de novo revestimento
Pele de crocodilo  Ligante inadequado  Substituição de pedras e aplicação de
(fendilhamento  Fraca adesividade rega de colagem
generalizada)  Ligante friável  Substituição de pedras + rega de
 Dimensionamento inadequado do colagem
revestimento  Rega de colagem e colocação de novo
 Força tangencial elevada (declive ou revestimento
curva acentuados)  Colocação de novo revestimento
 Colocação de novo revestimento
contendo agregado grosso
Exsudação  Aplicação excessiva de ligante  Adição de brita fina e compactação
 Deficiente aplicação de agregado
 Colocação de novo revestimento
Fendas na berma  Bermas não revestidas  Revestimento das bermas
 Desnível da berma excessivo  Colocação de gravilha nas bermas
 Presença de material de má qualidade para diminuição do desnível
nas bermas  Permitir o crescimento da vegetação
 Falta de manutenção das bermas ou substituição do material
 Calendarização da colocação de
gravilha nas bermas
Bombagem  Superfície com delaminação  Substituição do revestimento e de
 Superfície com fissuração parte da camada de base
 Presença de material de má qualidade
na interface entre o revestimento e a
camada de base
 Fadiga da camada de base

250
12.5 Tratamento da deterioração e ruptura na estrutura do pavimento
As rupturas estruturais podem ocorrer (ou já ocorreram) no interior do pavimento a uma certa profundidade.
Idealmente, as reparações ou reabilitação devem ser efectuadas aos primeiros sinais de ruptura de forma a
evitar a sua ocorrência mais generalizada; cobri-las apenas serve para adiar a reconstrução do pavimento que
acabará por ser necessária. Normalmente, é necessário efectuar remendos profundos e, nos casos em que seja
necessário efectuar remendos a grande profundidade, deve-se optar pela reconstrução.

12.6 Correcção dos problemas de drenagem


Normalmente, os graves problemas de drenagem já terão causado rupturas em alguns locais no interior do
pavimento. Estes problemas de drenagem poderão ser tratados como parte dos trabalhos de reabilitação. Por
vezes, poderá ser necessário executar trabalhos de reconstrução para se ter acesso às camadas fragilizadas,
apesar disto não ser estritamente necessário para resolver o problema que resulte da própria drenagem
deficiente.

12.7 Elevada rugosidade superficial, deformações e irregularidade generalizada


O elevado nível de rugosidade observado em muitas estradas resulta de muitos processos, nomeadamente:
assentamento, manutenção deficiente, mau restabelecimento das valas de serviços públicos e construção inicial
deficiente, onde as estradas apenas se limitaram a “evoluir” ao longo de vários anos. Apesar de algumas formas
de deformação serem indicativas da instabilidade do solo e de outras formas de ruptura, existem também
circunstâncias nas quais a estrutura subjacente se encontra estabilizada. Se o problema for grave poderá ser
necessária a aplicação de uma nova camada de regularização. Contudo, a espessura nominal necessária para a
correcção destes problemas de configuração e as dificuldades de construção associadas, tornam normalmente a
reconstrução total ou parcial uma opção mais económica.

12.8 Viabilidade de construção


Um levantamento do pavimento e análise podem servir para identificar os pontos onde os vários tratamentos
serão necessários, mas a execução destes poderá não ser fácil. Por exemplo, podem existir demasiadas
alterações num troço de estrada demasiado pequeno, ou vários troços requerendo uma reconstrução profunda
contíguos a troços que necessitam de tratamentos superficiais finos. Isto irá requerer a organização de uma
logística muito complicada. Os problemas associados à viabilidade só podem ser tratados após a definição dos
tratamentos adequados para cada troço de estrada.

O custo dos trabalhos está muitas vezes profundamente relacionado com a viabilidade, uma vez que o preço
estabelecido pelo empreiteiro para algumas formas de reabilitação ou pré-tratamento irão reflectir a sua opinião
sobre este aspecto. Quando as opções são avaliadas, a necessidade de execução de remendos em áreas muito
alargadas num único troço significa inevitavelmente que será melhor reconstruir o troço inteiro.

12.9 Reconstrução
Por vezes poderão ocorrer circunstâncias em que nenhuma das razões acima apresentadas parecerão ser
suficientes por si só para justificar a reconstrução, uma vez que os defeitos ocorrem simultaneamente. A
combinação de defeitos poderá aumentar de tal forma os riscos que a reconstrução torna-se a única opção
lógica. Esta decisão baseia-se na opinião técnica dos responsáveis pela avaliação do pavimento.

251
Nos casos em que seja considerada como necessária a execução de reparações significativas com base no
estudo teórico e na inspecção visual, para efeitos de projecto, é normalmente necessário realizar ensaios não-
destrutivos adicionais, como por exemplo, ensaios DCP, para se ter a certeza sobre qualquer diagnóstico e para
assegurar que quaisquer problemas potenciais são identificados numa fase inicial. Os grandes projectos
envolvem normalmente um processo de avaliação económica, implicando a comparação entre alternativas e
custo de vida útil, considerando-se também o impacto social e ambiental de cada alternativa. Este aspecto situa-
se fora do âmbito deste Manual.

12.10 Planeamento da manutenção

O planeamento constitui uma parte essencial do processo de manutenção. Os orçamentos destinados à


execução de trabalhos de manutenção são limitados e muitas vezes inadequados, especialmente no que se
refere às estradas de baixo volume de tráfego. Os materiais são escassos e cada vez mais caros. A capacidade
de implementação da manutenção é também significativamente limitada nalgumas áreas. Deste modo, a
utilização dos recursos disponíveis da forma mais racional em termos de custo/eficiência exige a elaboração de
um planeamento, a definição de prioridades, etc. Os fundamentos do planeamento da manutenção incluem:
1. Listagem e definição clara das actividades de manutenção
2. Definição das prioridades das várias actividades de manutenção, de acordo com a sua importância
independentemente dos custos.
3. Distribuição de recursos, tais como materiais, mão-de-obra, tempo e fundos.
4. Determinação da calendarização adequada para o desenvolvimento das actividades, por exemplo,
agendar a selagem de fendas de forma a ser executada antes da época das chuvas.
5. Articular a execução das actividades prioritárias com os recursos disponíveis — Não existe nenhuma
vantagem associada ao planeamento de actividades para a execução das quais não existem fundos
disponíveis.
6. É essencial consultar e estar em ligação com os responsáveis pela manutenção durante a formulação
de um plano de manutenção. Estes responsáveis, como por exemplo, os supervisores, capatazes e até
mesmo os trabalhadores normais poderão fornecer informações essenciais e soluções.
7. É também importante determinar os fluxos de caixa, uma vez que este aspecto é frequentemente o
responsável pela falta de execução de trabalhos de manutenção, quer através de trabalhos de régie
quer através do sector privado.

A informação que poderá ser utilizada no planeamento das actividades é apresentada na Tabela 12.4
.

252
Tabela 12.4: Planeamento das actividades de manutenção

Actividade Recursos necessários Prazo de execução Observações


Selagem de Camioneta de caixa aberta ou um 3-5km/dia dependendo Varrer a área fendilhada e
fendas tractor com reboque, bidões, da severidade e aplicar betume directamente
emulsão betuminosa estável 70 ou extensão do na fenda.
MC3000 ou betume de penetração fendilhamento
150/200, 3 vassouras rígidas, 3-5
trabalhadores, 1 capataz, 1
condutor.
2
Reparação de Camião ou um tractor com 20-30m /dia Retirar os materiais soltos
buracos reboque, 10 picaretas e pás para a dependendo da presentes no buraco,
remoção do cascalho, cimento, disponibilidade e misturar o cascalho com o
que poderá ser necessário para proximidade dos cimento e água e utilizar o
uma estabilização com cimento a materiais de cascalho e material estabilizado para
3%, tambor com água, emulsão da severidade e preenchimento dos buracos
betuminosa K1-60, 10 profundidade dos e compactar devidamente
trabalhadores, capataz e condutor buracos com pilões ou com
compactadores vibradores,
deixar um espaço com uma
espessura de 30 mm para a
pré-mistura. Pulverizar uma
emulsão betuminosa estável
60 ou K1-60 e deixar a
secar, colocar a pré-mistura
e compactar
adequadamente.
2
Reparação Camião ou tractor com reboque, 20-30m /dia Remover qualquer elemento
das fendas da 10 picaretas e pás para a remoção dependendo da solto da berma e limpar a
berma de cascalho, cimento, que poderá disponibilidade e base, pulverizar uma
ser necessário para uma proximidade dos emulsão betuminosa estável
estabilização com cimento a 3%, materiais de cascalho e 60 ou K1-60 e deixar a
tambor com água, emulsão da severidade e secar, colocar a pré-mistura
betuminosa K1-60, 10 profundidade dos e compactar devidamente. É
trabalhadores, capataz e condutor buracos aconselhável estabelecer
uma calendarização para a
execução de trabalhos de
reposição de cascalho nas
bermas porque esta constitui
a principal causa da
ocorrência de fendas na
berma
2
Exsudação Camião ou tractor com reboque, 300-700m /dia Remover todos os resíduos
areia de pedra ou areia de rio, 5 dependendo da e pó da superfície de
pás e 5 vassouras rijas, cilindro disponibilidade de exsudação, aguardar pelo
materiais período mais quente do dia
quando o betume fica mole,
espalhar uniformemente a
areia de pedra ou a areia de
rio e passar com o cilindro.
2
Desagregação Camião ou tractor com reboque, 300-500m Limpeza do revestimento,
ou perda de agregado, emulsão betuminosa dependendo da pulverizar betume, uma
pedra K1-60, 5-10 vassouras rijas, 5-10 disponibilidade de emulsão betuminosa K1-60,
pás, cilindro, 10 trabalhadores materiais e da substituir a pedra e passar
severidade da com o cilindro.
desagregação

253
Actividade: Limpeza Código:
Corte de capim 810
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código é utilizado em etapas de manutenção de rotina, onde seja considerado
necessário o corte de capim nas bermas da estrada.

Este código não deve ser utilizado durante a reabilitação de uma estrada onde é utilizado
o código 160 (destronca e limpeza).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego;
 Demarcação da área de corte do capim;
 Corte do capim;
 Remoção do capim para fora da área da estrada;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Corta-se o capim que existe dentro da faixa da área de reserva da estrada, com
extensão de 5,0 m para fora dos taludes exteriores das valetas;
 A largura do corte de capim deve ser ampliada na parte interna das curvas entre 7 e
10 m para permitir uma visibilidade de 75 m;
 A altura máxima do capim cortado deve ser 15 cm acima do solo;
 Deve haver o cuidado de não tirar as raízes ou danificar o capim para permitir o seu
crescimento contínuo;
 O capim cortado não deve ser queimado;
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada;
 Retirar a sinalização temporária logo que os trabalhos estejam acabados.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Mede-se somente as áreas de capim cortado.
 MDE

Foto 12.1: Corte de capim (num aterro) – Altura do capim e largura da área de corte

254
Actividade: Limpeza Código:
Corte de Capim e Limpeza de Arbustos 811
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código é utilizado para o corte de capim e arbustos como parte das actividades de
manutenção de rotina. A limpeza de arbustos deve ser executada em qualquer local com
2
uma área mínima de 10 m ao longo da berma da estrada.

Este código não deve ser utilizado durante a reabilitação de uma estrada onde é utilizado
o código 160 (destronca e limpeza).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego
 Demarcação da área de trabalho para o corte de capim e limpeza de arbustos
 Corte do capim
 Limpeza dos arbustos e remoção das raízes
 Remoção do material cortado para fora da área da estrada
 Aterro das cavidades que resultam da remoção das raízes.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária
 Corta-se o capim e removem-se os arbustos que existem nas bermas da estrada, com
extensão de 5,0 m para fora dos taludes exteriores das valetas
 A largura do corte de capim deve ser ampliada na parte interna das curvas entre 5 e
10 m, para permitir uma visibilidade mínima de 75 m
 A altura máxima do capim cortado deve ser 15 cm acima do solo
 Deve haver o cuidado de não tirar as raízes ou danificar o capim para permitir o seu
crescimento contínuo;
 As raízes dos arbustos devem ser removidas até uma profundidade de 30 cm
 O capim cortado e os arbustos removidos não devem ser queimados e alguns dos
arbustos podem ser usados noutros locais para protecção de taludes;
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada;
 Retirar a sinalização temporária logo que os trabalhos estejam acabados.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Mede-se somente as áreas de capim e arbusto cortado.
 MDE

255
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não revestidas 812
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não asfaltadas
(não revestidas) e para a remoção de detritos e de sedimentos acumulados no leito das
mesmas.

O capim que cresce na valeta tem um papel importante na protecção contra a erosão, e
deve ser cortado de acordo o código 810. É aconselhável executar a limpeza das valetas
somente quando mostram sinais de assoreamento ou não funcionamento do sistema de
drenagem.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
 Demarcação da área e das tarefas do trabalho;
 Escavação e remoção de solos e do material vegetal do dispositivo de drenagem;
 Remoção de arbustos ou de outra vegetação densa que impeça o funcionamento do
dispositivo de drenagem;
 Remoção, transporte e espalhamento de material retirado;
 Reparação de danos de erosão dentro da valeta e na sua saída de escoamento;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Remoção de solos, areia ou detritos acumulados no leito da valeta, sanjas e valas de
crista, e quando for possível sem a remoção das raízes do capim.
 Deve-se verificar o nível e o perfil do talude e das valetas laterais com vista a
assegurar a existência de uma inclinação suficiente para efeitos de drenagem, de
acordo com o projecto.
 A soleira da drenagem e os perfis devem estar conformes com o projecto, e não
devem situar-se a menos de 30 cm abaixo do nível final da estrada.
 O leito da vala deve ter uma inclinação uniforme com valor mínimo de 1 %, concebido
para permitir a drenagem eficaz das águas.
 O leito da sanja deve ter uma inclinação mínima de 2 %, com a profundidade a
montante igual à profundidade da valeta. A inclinação do leito da sanja deve ser
uniforme.
 As reparações dos efeitos da erosão devem ser executadas de acordo com o código
835.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, para evitar o seu regresso para a vala, e
espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável
Medição  m
 Mede-se somente o comprimento da vala ou sanja limpa
 MDE

256
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista revestidas 813
Código de
referência
utilização O código para a limpeza de valetas, sanjas e valas de crista revestidas é utilizado para
remover os detritos e sedimentos acumulados no leito das mesmas. Inclui-se a reparação
de fendas, cavidades ou outros danos na alvenaria do revestimento e danos de erosão na
saída da vala ou sanja.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
 Demarcação da área e das tarefas do trabalho;
 Escavação e remoção de solos e vegetação até expor a superfície do revestimento;
 Remoção, transporte e espalhamento de material escavado;
 Reparação de fendas ou cavidades no revestimento da vala;
 Reparação de danos de erosão e a colocação de protecção na saída da vala ou
sanja.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Remoção de todos solos, pedras, lixo ou plantas acumulados na valeta, sanja ou vala
de crista, sem causar nenhum dano ao revestimento.
 O material proveniente da limpeza deve ser transportado e colocado num local
conveniente até pelo menos 40 m para fora da zona de reserva da estrada para evitar
o seu regresso para a vala, e espalhado numa camada de espessura não superior a
20 cm.
 Fendas ou cavidades no revestimento devem ser reparadas com pedra argamassada,
betão ou argamassa simples conforme o tamanho do defeito e o material do
revestimento. A reparação do revestimento deve seguir o alinhamento existente e
estar isenta de irregularidades.
 As reparações dos danos do revestimento devem ser executadas conforme os
códigos 822 (Reparações usando cimento), 252 (Protecção com pedra argamassada)
ou 240 (Construção de muros ala, caixas e dissipadores de energia para aquedutos
pré-fabricados usando betão simples (B20)).
 Qualquer dano de erosão nas saídas das valas revestidas deve ser reparado
conforme as orientações dos Códigos 250 (Protecção com vegetação), 251
(Protecção com pedra arrumada à mão), 252 (Protecção com pedra argamassada) ou
260 (Aprovisionamento, preparação e colocação de gabiões com pedras).
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  O cimento, a areia, as pedras e a rede dos gabiões devem obedecer aos códigos
respectivos
Medição  m
 Mede-se somente o comprimento da vala ou sanja limpa e reparada
 MDE

257
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de Aquedutos 814
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a limpeza e desobstrução de aquedutos e as suas bocas de
entrada e saída. Qualquer escavação que seja necessária no canal de saída, os trabalhos
poderão ser reembolsados no âmbito do código 812 (Limpeza de valetas, sanjas e valas
de crista não revestidas) ou código 813 (Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista
revestidas).

Na época de chuvas recomenda-se observar o funcionamento do sistema de drenagem,


como circula água, onde se acumula e determinar os problemas e as medidas correctivas
necessárias.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação dos trabalhos;
 Corte e remoção da vegetação e arbustos;
 Escavação e remoção de solos e de detritos no interior e exterior do aqueduto.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 Deve proceder-se à remoção de todos os solos, pedras, lixo ou vegetação
eventualmente acumulados no aqueduto incluindo na entrada e na saída, evitando-se
danificar o aqueduto. Para a execução desta tarefa devem ser utilizadas pás e
enxadas com cabos longos especialmente concebidas para a limpeza de aquedutos.
Os trabalhadores poderão entrar nos aquedutos, caso estes últimos tenham as
dimensões adequadas (um diâmetro mínimo de 75 cm). A limpeza deve ser efectuada
antes do início da época de chuvas.
 O material vegetal deve ser cortado e removido.
 A água deve ser descarregada no terreno natural, fora da área da estrada, para evitar
estragos nas componentes da estrada.
 O vão do aqueduto e as bocas de entrada e saída devem ser limpos de solos e de
detritos.
 A jusante e montante devem ser limpas de vegetação, lixo e detritos em pelo menos
10 m de comprimento à entrada e saída.
 Os níveis na entrada e saída devem ser verificados para a observação da eventual
ocorrência de sedimentação e consequente redução na inclinação abaixo do nível
necessário para evitar uma sedimentação excessiva, em conformidade com o
projecto.
 A protecção na entrada e na saída das bocas do aqueduto devem ser mantidas com
pedra argamassada, pedra solta, ou vegetação baixa, para evitar a erosão das áreas
circundantes.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, para evitar o seu regresso para o aqueduto, e
espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm.
 Se o volume de materiais detríticos e entulho for muito grande informe imediatamente
o Cliente através do Fiscal.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável.
Medição  m
 Mede-se o comprimento total dos tubos sujeitos à limpeza. Em caso de aquedutos
duplos ou mais deve-se multiplicar pelo número de unidades.
 MDE

258
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de Pontes e Pontões 815
Código de
referência
utilização A inspecção e a manutenção de rotina devem ser direccionadas para evitar a deterioração
e danos elevados. Sempre que for possível devem-se tomar medidas correctivas, para
manter as condições originais do leito do rio e do canal. Deve-se fazer inspecção a jusante
e a montante da ponte ou pontão. Deve-se prestar uma atenção particular ao roubo e
arrastamento de materiais e deve-se monitorizar os riscos de estabilidade da estrutura.

Este código utiliza-se para a limpeza e desobstrução de pontes e pontões, a montante das
estruturas, das superfícies do tabuleiro, valas e zonas de aterro, equipadas com drenagem
interna (barbacãs).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Levantamento de acordo com o mapa de inspecção de pontes, nomeadamente,
pavimento, taludes, muros de protecção, apoios, áreas de reserva, cabos, passeios e
drenagem. Caso seja necessário deve-se reportar ao Fiscal a necessidade de uma
intervenção maior.
 Demarcação e definição das actividades a levar a cabo;
 Corte e remoção da vegetação e arbustos em volta da ponte e dos aterros;
 Limpar e remover todos os entulhos, madeiras, rochas e vegetação do leito do rio ou
canal;
 Remoção dos detritos acumulados em volta da ponte;
 Limpeza de todo o tabuleiro da ponte tanto na parte superior como inferior;
 Limpeza de todas as juntas fixas e de dilatação;
 Limpeza dos tubos de drenagem na superfície do tabuleiro;
 Eliminar todo o material acima da superfície do tabuleiro da ponte (areia, pedra, lixo,
material vegetal);
 Escavação e remoção de solos depositados e de vegetação que impeça a passagem
das águas pelos vãos da ponte;
 Verificação de qualquer infra-escavação nos apoios da estrutura.
 Verificação da eventual presença de minas (explosivos) na ponte ou debaixo desta;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 Recomendação: Porque as pontes e pontões são os locais preferidos para a
colocação de minas, é necessário que o Empreiteiro tome uma atenção especial no
cumprimento das suas obrigações relacionadas com a desminagem durante a
execução deste código.
 Demarcação e delimitação das áreas de trabalho.
 Em caso de reparações maiores, caso seja necessário a substituição de parte ou de
todos os elementos da estrutura, cabos, inicialmente deve-se informar o Fiscal e
proceder de acordo com as recomendações do Consultor e de normas e
especificações relativas à manutenção de pontes e pontões.
 O material vegetal à volta da ponte deve ser cortado e removido.
 Os vãos da ponte e as zonas de vazão das águas a montante e a jusante em volta de
10 m, devem estar livres de vegetação, arbustos e árvores para permitir que a água
não seja impedida de passar por todos os vãos da ponte.
 Limpar e remover todo o material acima da superfície do tabuleiro da ponte (areia,
pedra, lixo, material vegetal). Limpar e desobstruir todas as juntas, removendo o lixo e
entulhos, de tal modo que a água da chuva possa escoar livremente. Deve-se incluir
musgos e sujidades aderentes às partes inferiores e laterais da ponte.
 Deve-se manter as juntas livres de pedras, areias, lixo, poeira. Em caso de
necessidade deve-se aplicar emulsão asfáltica nas juntas gastas.
 Limpar a superfície e a parte inferior do tabuleiro da ponte, de todo o material,
incluindo musgos e sujidades aderentes às superfícies, teias de aranha, e humidade
afectando as condições da estrutura.
 Limpar todas as condutas de drenagem da laje da ponte.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, longe do leito do rio ou riacho para não facilitar
o seu regresso para o rio, não prejudicar o sistema de drenagem da ponte e da
estrada, nem causar aspecto visual desagradável ao utente, espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm;.
 Se o volume de materiais nocivos e de lixo for significativo deve-se informar
imediatamente o Cliente através do Fiscal.

259
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável.
Medição  m
 Mede-se o comprimento da ponte / pontão.
 MDE

Foto 12.2: Pontão – parcialmente bloqueado (necessitando de limpeza)

260
Actividade: Limpeza Código:
Remoção de solos impróprios
40 m < DMT < 100 m 816
100 m ≤ DMT < 200 m 817
200 m ≤ DMT < 500 m 818
DMT ≥ 500 m 819
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a remoção de solos que se acumulam na faixa de rodagem e
por cima das valetas, por acção do vento, erosão, deslizamento de solos de taludes, e do
capim que cresce nas bordas das faixas de rodagem.

Este código só deve ser utilizado para a remoção de solos presentes na superfície da faixa
de rodagem. Os códigos 810 a 815 (limpeza) são utilizados para remoção de solos dentro
das valetas, sanjas, valas de crista, aquedutos, pontes e pontões.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
 Demarcação dos limites de solos impróprios a serem escavados;
 Escavação de solos impróprios;
 Remoção, transporte e espalhamento de material escavado;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Juntar e retirar os solos arrastados e acumulados na plataforma, numa espessura
superior a 20 mm, definidos como impróprios pelo Fiscal. Os solos soltos podem
prejudicar o comportamento da estrada; podem impedir a drenagem e produzir poeira
em excesso.
 Deve-se limpar o bordo utilizando uma enxada, no sentido do talude e deve-se
remover o material (capim e raízes).
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, e espalhado numa camada de espessura não
superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável.
3
Medição  m
 Mede-se o volume do solo escavado que é distinto do volume in situ.
 MDE

261
Actividade: Reparações Código:
Reparações de elementos em madeira 820
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se, para a execução de pequenos trabalhos de reparação de elementos
de madeira danificados e soltos, especialmente em pontes com tabuleiros de madeira.

Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;


incluídas  Delimitação da área de trabalho e restrição do tráfego, se necessário.
 Verificação das partes dos elementos em madeira que se encontram soltas e
danificadas.
 Verificação dos elementos de ligação (pregos, parafusos e porcas).
 Preparação prévia de todo o material necessário, (madeira, pregos, parafusos, arame
de amarração), com vista a reduzir ao máximo o período de interrupção da circulação
de tráfego.
 Retirar os elementos de madeira estragados ou partidos, ou com problemas de
humidade (podres); lixá-los, pintá-los e voltar a colocá-los.
 Os elementos em madeira, previamente preparados e cortados de acordo com os
projectos e recomendações do Fiscal, devem ser colocados novamente.
 Tratamento dos elementos em madeira que foram anteriormente tratados com
químicos, tais como creosoto, tomando o cuidado de verificar primeiramente se estes
se encontram secos.
 Fixar os elementos com pregos (sem cabeça), ou com parafusos e porcas.
 Remover toda a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária, e em
caso de necessidade deve-se restringir a circulação durante o tempo de reparação
dos elementos estragados.
 Pode ser necessário construir um desvio provisório para evitar a interrupção do
tráfego.
 Deve-se remover todos os elementos danificados e soltos da superfície da ponte.
 Todas as ligações incluindo pregos e parafusos afrouxam com a passagem de tráfego
e precisam ser frequentemente inspeccionados. Todos os elementos soltos e os que
foram removidos pela acção do tráfego devem ser substituídos.
 Os parafusos devem encaixar perfeitamente nos orifícios correspondentes para evitar
a sua trepidação e deformação.
 Os parafusos e porcas devem ser utilizados mais frequentemente, particularmente
quando os elementos de ligação utilizados são inadequados. Também apresentam a
vantagem de não danificarem os pneus dos veículos quando se encontram soltos.
 Verificação dos locais de passagem dos veículos, recolhendo todos os pregos soltos.
Os pregos devem ter um comprimento 3 vezes superior à espessura da tábua de
forma a reduzir a tendência para se soltarem. Se os orifícios onde os pregos soltos se
encontravam apresentarem diâmetros superiores, então os pregos de substituição
devem ter uma superfície irregular ou nervurada para aumentar a resistência ao
arrancamento.
 Remoção e reparação de todos os elementos em madeira.
 A madeira deve ser tratada e isenta de defeitos. O tratamento da madeira deve ser
efectuado com creosoto ou material betuminoso ou material equivalente.
 Colocar os elementos reparados de madeira e fixar com pregos sem cabeça,
parafusos ou arame de amarração, evitando o contacto dos conectores com os pneus
dos veículos.
 Deve-se verificar que os elementos estejam nivelados.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada.
 Remover a sinalização provisória.
Materiais  Pregos com 2 - 4”.
 Arame preto
 Tábuas de madeira.
 Óleo para queima ou tinta asfáltica.
3
Medição  m
3
 Mede-se o volume da área reparada em m .
 MDE

262
Actividade: Reparações Código:
Substituição dos elementos metálicos 821
Código de
referência
Utilização Este código destina-se a ser utilizado na execução de pequenos trabalhos de manutenção
ou substituição de elementos metálicos de pontes, para a execução de pinturas, assim
como para os trabalhos de protecção, e de substituição de elementos deformados e soltos
e desprendimentos.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Delimitação da área de trabalho e restrição do tráfego, se necessário.
 Preparação de um itinerário temporário e alternativo para a circulação do tráfego
(desvio temporário).
 Identificação do tipo de intervenção necessária (desmontar, ligar e soldar os
elementos metálicos);
 Limpar os elementos metálicos;
 Desmontar os elementos metálicos, se necessário.
 Se necessário, remover e substituir todos os elementos metálicos danificados ou
partidos; substituir por elementos metálicos de acordo com as características e
qualidade aprovada.
 Soldar os elementos novos com acetileno;
 Os elementos metálicos devem ser limpos e ficar livres de poeira, óleos e corrosão;
 Lixar as parte enferrujadas;
 Pintar com tinta anticorrosiva os elementos necessários;
 Pintar com tinta de óleo a três demãos.
 Remoção de todos os materiais que sobraram.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária, e em
caso de necessidade deve-se restringir a circulação durante o período de reparação
dos elementos danificados. Pode ser necessário criar-se um desvio temporário para
garantir a passagem do tráfego em segurança.
 Demarcar a área de trabalho.
 Identificar os elementos de aço, guardas corpos, parapeitos, varandas danificados por
acção da humidade ou por acidente de viaturas.
 Desmontar, desparafusar, endireitar ou soldar, no local ou na oficina, os elementos
danificados;
 Limpeza de toda a superfície metálica, removendo sujidades, poeiras, ferrugem e
resíduos da pintura antiga. Quando possível, use um maçarico e uma escova de aço
para remover as partículas soltas.
 Endireite a peça metálica, sobre uma superfície lisa, tendo o cuidado de não bater
com muita força para evitar que o elemento perca a sua resistência original.
 Uma vez endireitado, fixe novamente o elemento com soldadura de acetileno,
assegurando que os pontos de contacto se encontram limpos e não apresentam
saliências e aberturas.
 O soldador deve usar roupa protectora como máscara, luvas e óculos de protecção;
 Uma vez fixado, o elemento deve ser deixado a arrefecer.
 Os pontos de soldadura devem ser suavizados com rebarbadoras ou lixas.
 Após a finalização dos elementos, estes devem ser pintados com uma tinta protectora
e anticorrosiva.
 Após a pintura, deixar a tinta secar completamente (24 horas ou consoante o tipo de
tinta).
 Aplicação de 3 camadas de tinta de óleo anticorrosiva (ou outra tinta adequada para
cobertura de elementos metálicos de qualidade semelhante ou superior).
 Deixar a tinta secar sempre de acordo com as instruções.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Lixa, gasolina/diluente, solda, tinta anticorrosiva e tinta de óleo, aço, parafusos e
porcas.
Medição  kg
 Mede-se o peso do material reparado ou substituído em kg. O código inclui todos os
custos relacionados com o trabalho incluindo a soldadura, as porcas e parafusos, o
aço, a tinta, etc.
 MDE

263
Actividade: Reparações Código:
Substituição do betão e pedra usando argamassa de cimento (Traço 822
1:4 cimento/areia).
Código de
referência
Utilização Este trabalho é utilizado para as estruturas em betão e alvenaria de pedra que apresentam
problemas de desagregação ou danos devidos a impactos. Esta actividade destina-se
apenas às reparações das alvenarias que se encontrem em condições apropriadas para a
execução de trabalhos de reparação. As estruturas que tenham sido deficientemente
construídas e/ou em perigo de colapso devem ser reconstruídas.
Tarefas  Colocação de sinalização para segurança;
incluídas  Execução de ensaios laboratoriais sobre os materiais a serem utilizados;
 Demarcação e definição das tarefas;
 Limpeza das paredes;
 Humedecimento da superfície para aplicação da argamassa;
 Preparação da argamassa;
 Aplicação da argamassa;
 Acabamentos;
 Remoção de todo o material solto;
 Remoção de toda a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária, e em
caso de necessidade deve-se restringir a circulação durante o período de reparação
dos elementos estragados. Pode ser necessário criar-se um desvio temporário para
evitar a interrupção do tráfego.
 Todo o material deve ser testado e aprovado pelo Fiscal.
 Marcação das zonas danificadas.
 Limpeza das paredes e dos muros de betão, das juntas defeituosas de argamassa
velha usando compressor de ar ou jacto de água, martelo e talocha;
 Remoção de todo o material solto.
 As juntas devem ser renovadas; as pedras e blocos colocados provisoriamente
devem ser removidos e substituídos por uma argamassa nova.
 As superfícies de aplicação da argamassa devem ser humedecidas para melhorar a
aderência.
 Preparação da argamassa de cimento e areia de acordo com projecto. A razão normal
de cimento/areia é de 1:4. Contudo, recomenda-se a utilização de uma razão de 1:3
cimento/areia, o que irá proporcionar uma maior moldagem e ligação. Deve-se
apenas adicionar a quantidade de água necessária para obtenção da trabalhabilidade
necessária antes da aplicação.
 Aplicação da argamassa fresca na junta preenchendo bem todos os espaços com
uma desempenaria de madeira de forma a assegurar uma boa cobertura.
 Não deve ser utilizada a argamassa que tenha caído no chão;
 Acabamento das juntas com um instrumento apropriado, formando curva e os
ângulos;
 O acabamento da superfície da argamassa deve ser liso e plano no caso das paredes
em betão. Contudo, no que se refere à alvenaria de pedra o refechamento das juntas
deve ser realizado tal que a argamassa seja colocada nas juntas ligeiramente recuada
em relação às pedras (cerca de 1 a 1,5 cm) deixando as pedras expostas, com a
formação de arestas estreitas com superfícies planas, de forma a produzir uma
superfície agradável do ponto de vista estético.
 Em condições de tempo quente a argamassa seca rapidamente. A argamassa deve
ficar a curar durante 3 a 4 dias preservando-se a humidade da superfície através da
aplicação de sacos de juta molhados.
 Limpe as superfícies visíveis das pedras ou as que ficaram salpicadas de argamassa
de modo que se obtenha uma superfície limpa e de boa aparência.
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Cimento Portland e areia.
3
Medição  m
 Mede-se o peso do material reparado ou substituído em kg.
 MDE

264
Actividade: Reparações Código:
Reparação de cascatas 823
Código de
referência
Utilização Este Código é utilizado para a reparação de cascatas de madeira, de pedra arrumada a
mão, de pedra argamassada e de betão.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Identificação das secções da valeta, onde as cascadas estejam danificadas;
 Recolha, transporte e preparação do material a ser utilizado;
 Substituição do material danificado;
 Correcção do perfil das cascatas utilizando um escantilhão de cascatas para o
controle;
 Colocação dum protector de pedra;
 Remoção do todo o material impróprio;
 Remoção da sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
 Identificar previamente as secções da valeta, onde as cascatas estejam danificadas,
apodrecidas, mal alinhadas ou onde não conseguem cumprir a função de desacelerar
o escoamento, ou onde estão afectadas pela erosão.
 Substituir todo o material danificado ou em falta. Reutilizar o material que ainda esteja
em boas condições;
 O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 10 m da área reservada da estrada;
 Escavar os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
 A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil e a sua inclinação com
um nível de bolha ou automático;
 As cascatas devem ser reparadas de acordo com o projecto.
 Na reparação de cascatas em madeira deve-se substituir as estacas destruídas e
colocar novas estacas com espaçamentos máximos de 1 cm. No caso de cascatas
com linha dupla de estacas deve-se garantir que o espaço entre as linhas fica
preenchido com pedra arrumada à mão;
 Na reparação de cascatas em pedra argamassada ou betão deve-se substituir as
partes destruídas com pedra argamassada ou betão incluindo as fundações;
 As cascatas devem cumprir a função de reter a passagem de areia, e permitir a
passagem da água, evitando a acumulação de água.
 Após reparação das cascatas deve-se garantir que o avental com um comprimento de
40 cm fica colocado no lado jusante da cascata para prevenção da erosão. Deve-se
utilizar o mesmo tipo de pedra que foi utilizado para a pavimentação das valas.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Nos trabalhos de reparação das cascatas com estacas em madeira devem ser
utilizadas estacas de bambu ou de outra madeira seleccionada com um diâmetro e
comprimento mínimos de 5 cm e 40 cm, respectivamente.
 Nos trabalhos de reparação das cascatas em alvenaria de pedra deve-se utilizar
cimento, água, areia e pedras com dimensões entre 10 a 30 cm.
 Nos trabalhos de reparação de cascatas em betão deve-se utilizar cimento, areia, e
agregado com uma granulometria máxima de 19 mm.
 A qualidade de cimento, areia, pedra e água devem seguir as normas definidas para
estes materiais nos respectivos códigos.
Medição  UN
 Mede-se o número de cascatas reparadas ou substituídas.
 MDE

265
Actividade: Reparações Código:
Reparação de taludes 824
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a reparação de buracos, depressões, fissuras e outros
defeitos que ocorram nas bermas e taludes da estrada (não inclui os taludes das valetas).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Marcação da área de trabalho.
 Limpeza da área de trabalho.
 Escavação e reperfilamento das fissuras.
 Importação de solos com DMT não superior a 100 m.
 Rega e compactação de solos.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 As fissuras a serem reparadas devem estar livres de solos soltos, vegetação e
resíduos.
 Qualquer área sujeita a colocação de solos de enchimento deve ser regada e
ligeiramente escarificada antes da colocação do solo;
 A área a ser reparada deve ser escavada em forma de caixa, com margens verticais e
uma profundidade igual ao defeito;
 O solo deve ser espalhado em camadas de, no máximo, 10 cm, regadas até se atingir
o valor de teor óptimo de humidade e cada camada deverá ser compactada com
maço manual.
 O teor óptimo de humidade será verificado através do ensaio manual, caso outros
métodos não estejam disponíveis. Considera-se que o material apresenta um teor
óptimo de humidade quando uma bola formada por uma amostra de solo amassada
na palma da mão é lançada, a uma altura de 1 m, e volta a cair na palma ou quando a
bola ao ser apertada com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer. Se a bola se
desintegrar, significa que o teor de humidade é demasiado baixo e se a água da bola
escorrer quando esta é apertada, significa que o teor de humidade é demasiado
elevado.
 O enchimento e compactação devem continuar até que se atinja um nível de 3 cm
abaixo da superfície em volta.
 Nos casos em que existam sinais de um risco potencial de instabilidade do talude por
efeito de águas superficiais, deve-se prosseguir com o código 213 (Construção de
Valas de Crista) para assegurar uma drenagem permanente.
 Aplicação de uma camada de 5 cm de solo de cobertura na área a ser reparada para
incentivar o crescimento da vegetação. Poderá efectuar-se a protecção do talude com
vegetação, pedra argamassada, pedra arrumada à mão ou gabiões, vide códigos 251,
252, 253, ou 260.
 Limpar e remover todos os materiais impróprios na área à volta do talude para um
local a pelo menos 40 m fora da zona reservada à estrada.
 Remover a sinalização temporária.
Materiais  Os solos utilizados em trabalhos de reparação devem ser:
o Semelhantes aos solos presentes na superfície do aterro.
o Provenientes de uma origem devidamente aprovada pelo Fiscal.
 Todos os solos devem ser aprovados pelo Fiscal.
3
Medição  m
 MDE

266
Actividade: Manutenção (pinturas) Código:
Sinalização vertical 825
Marcos quilométricos 826
Barreiras de protecção 827
Elementos metálicos 828
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a conservação dos sinais verticais, marcos quilométricos,
barreiras de protecção e outros elementos metálicos através de limpeza e nova pintura.

Em caso de necessidade de reinstalar os sinais, marcos quilométricos ou barreiras de


protecção será necessário aplicar os códigos 510, 520 e 540.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Demarcação e manutenção dos elementos a serem conservados;
 Limpar os elementos para deixá-los livres de óleos e poeiras;
 Restabelecer o nível do elemento que se encontre fora do seu alinhamento;
 Lixar e raspar os elementos a serem conservados;
 Aplicar tinta anticorrosiva nas partes metálicas afectadas pela corrosão;
 Aplicar tinta primária (subcapa) nos elementos de betão;
 Aplicar três demãos da tinta de óleo reflectiva.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 Planear a execução dos trabalhos de forma a estes terminarem ainda de dia, uma vez
que é inadequado deixar a estrada sem sinalização.
 Limpar a área adjacente ao elemento danificado e deixar livre de capim, para permitir
uma boa visibilidade.
 Nivelar, alinhar e aprumar os elementos, se necessário.
 Limpar os elementos metálicos e os e elementos em betão para remoção de óleos,
ferrugem e outra sujidade.
 Aplicar tinta anticorrosiva nas áreas afectadas pela ferrugem;
 Aplicar três demãos com tinta de óleo.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Lixa
 Diluente
 Tinta anticorrosiva.
 Tinta de óleo reflectora.
 Tinta de alumínio.
Medição  Código 825: UN
 Código 826: UN
 Código 827: UN
3
 Código 828: m
2
 Código 828: m

 MDE

267
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem de Niveladora 830
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para o nivelamento do pavimento duma estrada com uma niveladora,
para remover ondulações e irregularidades. O objectivo do nivelamento é a correcção de
defeitos na faixa de rodagem e a reposição do abaulamento/inclinação transversal, antes
que seja necessária uma reparação profunda ou uma recarga da superfície através dos
códigos 834 e 835.
De preferência a actividade deve ser realizada numa altura em que os solos estejam
húmidos.
A diferença entre este código e o código 832 (passagem de niveladora rebocada por
tractor) reside na profundidade de regularização (alisamento).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Programar os trabalhos junto com o Fiscal.
 Assegurar a passagem do tráfego.
 Demarcação da área de trabalho.
 Passagem de niveladora para cortar a superfície e recolher material solto (a formar um
cordão), partindo das bermas para o eixo da estrada.
 Passagem da niveladora por toda a superfície da estrada para espalhamento do
cordão de solos soltos.
 Controlo do abaulamento.
 Limpeza e remoção do material solto da faixa de rodagem e valetas depois da
passagem da niveladora.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas Preparação

 Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 Demarcar a área de trabalho para marcar os pontos de início e fim de trabalho.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
 O Empreiteiro junto com o Fiscal deve organizar o seu programa de trabalho de modo
a executar a passagem da niveladora na época chuvosa numa altura em que os solos
se encontram húmidos.
 O número de passagens da niveladora depende da largura e da condição da estrada.
Geralmente serão suficientes 4 a 8 passagens para atingir um bom alisamento da
superfície do pavimento.

Passagens de corte e raspagem (4 passagens)

 Posicionar a lâmina da niveladora na superfície da estrada, à mesma altura


relativamente à superfície da estrada.
 Colocar a lâmina paralela à superfície de abaulamento/inclinação transversal desejada
para a estrada, rodando a coroa para que a lâmina forme um ângulo de 30 a 45 graus
com o eixo da niveladora e deslizar a lâmina de modo a formar um cordão junto ao
eixo da estrada.
 A lâmina deve estar preparada para cortar apenas as irregularidades superficiais.
 Circular com a niveladora a uma velocidade média de 10 km por hora no sentido da
circulação do tráfego.
 Utilize a niveladora para cortar e raspar irregularidades, espalhando ao mesmo tempo
os materiais soltos para preencher pequenas deformações.
 Dependendo de largura da estrada serão necessários 2 ou 4 passagens para cortar
defeitos e remover os solos em direcção ao eixo da estrada.
1) Passagem Nº 1: A niveladora deve começar a trabalhar a partir do lado interno da
berma, levando material para dentro da faixa de rodagem da estrada, trabalhando
na direcção do eixo da estrada.
2) Passagem Nº 2: No fim da secção a niveladora vira e regressa no sentido contrário
a partir do lado interno da berma, levando material para dentro da faixa de
rodagem da estrada, trabalhando na direcção do eixo da estrada.
3) Passagem Nº 3: é uma repetição da passagem Nº 1 mas perto do eixo da Estrada,
cortando e espalhando os materiais.
4) Passagem Nº 4: é uma repetição da passagem Nº 2 mas perto do eixo da estrada.

268
Figura 12.1: Regularização de manutenção - raspagem (4 passagens)

 Recomenda-se que os trabalhos sejam realizados em troços com um comprimento


máximo de 10km de cada vez.
 Evitar o corte do abaulamento da estrada e os taludes laterais do interior da valeta.

Figura 12.2: Perfil transversal do pavimento após regularização

A regularização de manutenção deve ser efectuada da forma ilustrada na Figura 12.1 (para
4 passagens) e na Figura 12.2 e da forma a seguir apresentada. No que se refere a 8
passagens, as 4 passagens adicionais devem ser efectuadas tal como ilustrado na Figura
12.3.

 Espalhamento do cordão de solos soltos (4 passagens).


 Posicionar a niveladora, colocando a lâmina de modo a recolher e a espalhar o cordão
anteriormente formado, colocando a lâmina paralela à superfície de abaulamento
desejado da estrada, espalhando o cordão regularmente. Continuar a trabalhar na
outra metade da estrada.
 Trabalhar sempre no sentido da circulação do tráfego.
 Dependendo da largura da estrada serão necessárias 2 a 4 passagens para espalhar
o cordão de solos soltos do eixo da estrada em direcção às partes laterais das faixas
de rodagem:
1) Passagem Nº 5: A niveladora deve começar a trabalhar espalhando o
material solto a partir do eixo da estrada sobre a faixa de rodagem.
2) Passagem Nº 6: No fim do troço a niveladora vira e passa a circular no
sentido contrário espalhando o material solto desde o eixo da estrada em
direcção à outra faixa de rodagem.
3) Passagem Nº 7: é uma repetição da passagem Nº 5 mas junto da berma
espalhando os materiais em direcção à berma.
4) Passagem Nº 8: é uma repetição da passagem Nº 6 mas junto da berma
espalhando os materiais em direcção à berma.

Figura 12.3: Regularização de manutenção – raspagem (8 passagens)

269
 A compactação ocorre devido à circulação do tráfego (compactação pelo tráfego)
 Remoção dos materiais que tenham eventualmente entrado no sistema de drenagem.

Finalização

 A passagem da niveladora deve prosseguir até as irregularidades terem uma


profundidade máxima de 3 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento.
 A niveladora deve produzir o abaulamento desejado (normalmente 5 -7%).
 A niveladora deve remover as irregularidades presentes nas bermas e faixas de
rodagem da estrada que poderão dificultar a drenagem da água proveniente da
superfície da estrada e das valetas.

Método alternativo
 Nos casos em que a estrada tenha um nível de tráfego relativamente elevado, e as
deformações sejam mais pronunciadas, a regularização deve ser realizada em troços
mais curtos para minimizar a interrupção do tráfego.
 Neste caso, é necessário trabalhar em cada lado da estrada alternadamente.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Mede-se a área da faixa de rodagem que foi sujeita à passagem da niveladora.
 MDE

270
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem do Alisador de Pneus 831
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a regularização e alisamento do pavimento rodoviário,
utilizando um alisador de pneus (Figura 12.4) ou uma grade metálica rebocada por tractor
cujo objectivo será a prevenção do aparecimento de ondulações e corrugações na
superfície da estrada.

Se as ondulações ou corrugações forem muito duras e acentuadas, deve ser utilizado um


equipamento mais pesado (ver código 830, 832, 834 e 835).

A frequência da passagem de alisador de pneus depende do nível de tráfego e será


definido pelo Fiscal.

O objectivo do alisamento é manter o perfil transversal da plataforma sem ondulações. A


passagem do alisador deverá ser programada para a época seca.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Programar os trabalhos junto com o Fiscal;
 Assegurar a passagem do tráfego em segurança;
 Demarcação da área de trabalho;
 Passagem do alisador em toda a superfície da estrada;
 Limpeza e remoção do material solto da faixa de rodagem e valetas após a passagem
do alisador.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização para segurança.
 Demarcar a área de trabalho para marcação dos pontos de início e fim dos trabalhos.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
 O Empreiteiro junto com o Fiscal deve organizar o seu programa de trabalho de tal
modo que a passagem de alisador de pneus seja executada na época seca.
 Deve ser utilizado um tractor com um mínimo de 60 Hp para rebocar o alisador de
pneus na superfície da estrada.
 O tractor deve rebocar o alisador de pneus a uma velocidade de 15 km/h.

Figura 12.4: Alisador de pneus – para alisamento de pavimentos rodoviários


com saibro

 O número de passagens do alisador de pneus depende da largura e da condição da


estrada. Geralmente são suficientes 4 passagens de alisador. Contudo o alisamento
deve continuar até a superfície se encontrar devidamente alisada (altura de ondulação
< 3 cm). O procedimento é apresentado na Figura 12.5 e descrito a seguir:
1) O alisador deve começar a trabalhar desde a berma e fazendo deslocar os
materiais em direcção à parte interna da faixa de rodagem e em direcção ao
eixo longitudinal.
2) No final do troço, o alisador deve iniciar a sua deslocação no outro lado da
estrada, desde a berma e fazendo deslocar os materiais para a parte interna
da faixa de rodagem em direcção ao eixo longitudinal.
3) No caso de estradas largas, deve-se repetir a passagem Nº 1 mas junto do
eixo longitudinal.
4) No caso de estradas largas, deve-se repetir a passagem Nº 2 mas junto do
eixo longitudinal.

271
Figura 12.5: Procedimento de alisamento com o alisador de pneus

 Usar o alisador para raspar as pequenas irregularidades, espalhando ao mesmo


tempo os materiais soltos para preencher pequenas deformações.
 Trabalhar sempre no sentido da circulação do tráfego.
 Os trabalhos com o alisador de pneus devem ser efectuados em troços com 20 a 30
km.
 A passagem do alisador deve continuar até que a superfície da faixa de rodagem
fique livre de solos soltos, e as irregularidades sejam reduzidas a profundidades
inferiores a 3 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Medição da área da faixa de rodagem que foi sujeita à passagem do alisador.
 MDE

272
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem de Niveladora Rebocável 832
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para o nivelamento do pavimento duma estrada de terra ou
terraplenada com uma niveladora rebocada por tractor (Figura 12.6), que apresenta
irregularidades na superfície, e que não mantém o abaulamento. O objectivo é o de corrigir
pequenos defeitos nas vias antes que haja a necessidade de uma escarificação mais
profunda com motoniveladora.
Esta actividade deve ser executada quando os solos se encontram húmidos, ou seja, após
as chuvas.
A diferença entre este código e o código 830 (regularização com uma niveladora com motor
reside na profundidade de regularização (alisamento).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Programação dos trabalhos em conjunto com o Fiscal;
 Assegurar a passagem do tráfego;
 Demarcação da área de trabalho;
 Passagem da niveladora rebocada por tractor para cortar a superfície e recolher o
material solto, que se terá acumulado nas bermas, para o eixo central da estrada;
 Passagem da niveladora rebocada por tractor por toda a superfície da estrada para
espalhamento do material solto.
 Controlo do abaulamento.
 Limpeza e remoção do material solto da faixa de rodagem e das valetas laterais após a
passagem da niveladora.
 Remover a sinalização temporária.
Normas Preparação
 Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
 Delimitação da área de trabalho com marcação dos pontos de início e de fim.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
 O Empreiteiro em conjunto com o Fiscal deve organizar o seu programa de trabalhos
de tal modo que a passagem da niveladora rebocável seja feita após a época chuvosa,
para assegurar que os solos estão húmidos.
 O número de passagens da niveladora rebocável depende da largura e da condição da
estrada, mas geralmente são suficientes 4 a 8 passagens.

Passagem para corte e raspagem (4 passagens)


 Posicionar a lâmina da niveladora sobre a superfície da estrada a uma altura constante
relativamente a essa superfície.
 Inclinar a lâmina para ficar paralela à inclinação transversal, e rodar a lâmina em 30 a
45 graus para que possa cortar o material e empurrá-lo em direcção ao eixo central da
estrada.
 A lâmina deve estar posicionada para cortar apenas as irregularidades superficiais.
 Circular com a niveladora a uma velocidade de 10 km/h no sentido da circulação do
tráfego.
 A niveladora deverá cortar e raspar as irregularidades, espalhar os materiais e
preencher com os materiais soltos pequenas deformações.
 Dependendo de largura da estrada deverão ser suficientes 2 a 4 passagens para
eliminar os defeitos e remover os solos em direcção ao eixo da estrada.
1) Passagem Nº 1: A niveladora rebocada deve começar a trabalhar a partir do
lado interno da berma, levando material para dentro da faixa de rodagem da
estrada, trabalhando na direcção do eixo da estrada.
2) Passagem Nº 2: No fim da secção a niveladora rebocada vira e regressa no
sentido contrário a partir do lado interno da berma, levando material para
dentro da faixa de rodagem da estrada, trabalhando na direcção do eixo da
estrada.
3) Passagem Nº 3: é uma repetição da passagem Nº 1 mas junto do eixo da
estrada; corte e espalhamento dos materiais.
4) Passagem Nº 4: é uma repetição da passagem Nº 2 mas junto do eixo da
estrada.

273
Figura 12.6: Regularização de manutenção utilizando uma niveladora
rebocada por tractor

 Os trabalhos devem ser realizados em troços com um comprimento máximo de 10 km.


 Evitar o corte do abaulamento da estrada e dos taludes laterais do interior da valeta,
Figura 12.7.

Figura 12.7: Perfil adequado após a passagem de alisador com pneus

 Espalhamento dos solos soltos (4 passagens).


 Posicionar a niveladora rebocável, colocando a lâmina de modo a recolher e a espalhar
o material, colocando o material paralelamente ao abaulamento/perfil transversal
desejado, espalhando-o para regularizar a superfície. Continuar a trabalhar na outra
metade da estrada.
 A regularização deve efectuar-se a uma velocidade de 15 – 20 km/h.
 A niveladora rebocável deve sempre movimentar-se no sentido da circulação do
tráfego.
 Dependendo da largura da estrada serão suficientes 2 a 4 passagens para espalhar o
material solto do eixo da estrada em direcção às partes laterais das vias de rodagem,
Figura 12.8.
1) Passagem Nº 5: A niveladora deve começar a trabalhar espalhando o material
solto a partir do eixo da estrada sobre a via de rodagem.
2) Passagem Nº 6: No fim do troço a niveladora muda de direcção passando a
circular no sentido contrário espalhando o material solto desde o eixo da
estrada em direcção à outra via de rodagem.
3) Passagem Nº 7: é uma repetição da passagem Nº 5 mas junto da berma
espalhando os materiais em direcção à berma.
4) Passagem Nº 8: é uma repetição da passagem Nº 6 mas junto da berma
espalhando os materiais em direcção à berma

Figura 12.8: Procedimento de regularização de manutenção

 A compactação deve ser efectuada pela circulação do tráfego (compactação pelo

274
tráfego)
 Remoção dos materiais que tenham eventualmente entrado no sistema de drenagem.

Finalização

 A passagem da niveladora deve prosseguir até as irregularidades terem uma


profundidade máxima de 3 cm, medida com a régua com 2 m de comprimento.
 A niveladora deve produzir o abaulamento desejado (normalmente 5 -7%).
 A niveladora deve remover as irregularidades presentes nas bermas e vias de rodagem
da estrada que poderão dificultar a drenagem da água proveniente da superfície da
estrada e das valetas.

Método alternativo

 Nos casos em que a estrada tenha um nível de tráfego relativamente elevado e as


deformações sejam mais pronunciadas, a regularização deve ser realizada em troços
mais curtos para minimizar a interrupção do tráfego.
 Neste caso, é necessário trabalhar em cada lado da estrada alternadamente.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Mede-se a área da faixa de rodagem que foi sujeita à passagem da niveladora
rebocável.
 MDE

275
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Reparação da plataforma (manualmente) 833
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para o restabelecimento do abaulamento da faixa de rodagem ou
para a reparação e compactação de buracos e rodeiras através de meios manuais sem a
utilização de uma niveladora.

Os defeitos presentes na superfície das estradas, tais como buracos ou rodeiras provocam
a estagnação e a acumulação de água na sua superfície, o que leva ao aparecimento de
problemas de drenagem. O desenvolvimento de defeitos na superfície das estradas pode
ser um resultado directo ou indirecto da existência de uma drenagem superficial e/ou
subsuperficial deficiente. O Fiscal deve dar as instruções necessárias para a melhoria das
condições de drenagem.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Planeamento dos trabalhos em conjunto com o Fiscal.
 Garantir a segurança e a continuidade da circulação do tráfego.
 Delimitação da área de trabalho.
 Marcação das áreas que devem ser trabalhadas, em forma de rectângulo ou
quadrado;
 Regularização das rodeiras.
 Escavação e remoção de material impróprio dos buracos.
 Importação de solos para tapar os buracos ou as rodeiras.
 Controlo do nível da superfície da plataforma;
 Rega e compactação de solos;
 Remoção da sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
 Marcação e delimitação das áreas de trabalho e dos locais que necessitem de
trabalhos de reparação e de regularização (ex: buracos e rodeiras).

Rodeiras
 As rodeiras devem ser limpas de materiais soltos, água estagnada e lixos. A
superfície da rodeira deve ser pulverizada com água antes do seu preenchimento com
material importado.
 O material importado (saibro) deve ser colocado na rodeira e o material deve ser
nivelado a cerca de 3 a 5 cm acima da superfície existente.
 Aplicação de uma quantidade generosa de água e deixar a água penetrar na camada
de solo colocada na rodeira.
 Compactação com um cilindro compactador apeado ou com um cilindro compactador
com assento através da aplicação de 6 passagens do cilindro, seguida da abertura ao
tráfego.

Buracos
 A área dos buracos marcada para ser sujeita a reparação deve ser cortada em forma
de um rectângulo ou quadrado. A profundidade da escavação a realizar deve
corresponder à profundidade do buraco ou à profundidade de danificação da camada
existente.
 Remoção do material que foi cortado e reserva do mesmo para aterro do buraco,
desde que a qualidade do material seja adequada e tenha sido devidamente
aprovada pelo Fiscal.
 A quantidade de material importado utilizado no preenchimento dos buracos deve ser
a suficiente para o volume exigido.
 O material deve ser regado e misturado antes da sua colocação no buraco. Se os
buracos a serem reparados tiverem grandes dimensões, o material deve ser colocado
no buraco sendo em seguida espalhado e nivelado. A altura do material solto deve
situar-se cerca de 3 a 4 cm acima do nível da superfície da estrada. O material deve
ser regado e deve aguardar-se até à penetração da água em toda a camada,
assegurando que toda a camada se encontra humedecida.
 Em seguida, a camada deve ser compactada através da aplicação de 6 passagens de

276
um cilindro compactador apeado ou com assento.
 Na impossibilidade de emprego de outros métodos, o teor de humidade de
compactação deve ser determinado através de ensaios manuais. Considera-se que o
material se encontra com um teor óptimo de humidade quando o solo amassado na
palma da mão forma uma bola e quando esta bola é lançada a uma altura de 1 m e
volta a cair na palma da mão sem se desintegrar ou quando a bola ao ser apertada
com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer (se a bola se desintegrar
totalmente, significa que o teor de humidade é demasiado baixo e se se deformar sem
abrir fendas, significa que o teor de humidade é demasiado elevado).
 Todo o material impróprio deve ser removido e colocado num local aprovado pelo
Fiscal, a uma distância mínima de 10 m da reserva da estrada, devendo ser
espalhado numa camada com uma espessura máxima de 20 cm.
 Após os trabalhos de reparação, a superfície da estrada deve ter a inclinação
transversal e o abaulamento mínimo desejado, em conformidade com o projecto.
 Retirar a sinalização temporária
Materiais  O solo (saibro) deve ser sempre proveniente de origens devidamente aprovadas pelo
Fiscal.
 No caso das estradas não asfaltadas, as características devem estar em
conformidade com a norma TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no
gráfico Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a
seguir apresentado e devem ficar dentro das áreas E1 e E2, Figura 12.10.
 Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20, é válida para a qualidade de
circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas asfaltadas.
Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda de
cascalho e de evolução da rugosidade.
 As especificações baseadas no desempenho aplicáveis aos materiais de constituição
das camadas de desgaste são as que se seguem, Figura 12.9. As especificações
baseadas no desempenho devem ter prioridades sobre as especificações referentes à
qualidade de circulação.

Figura 12.9: Especificações baseadas no desempenho (PP vs GM) – saibro


para trabalhos de manutenção.

As especificações baseadas no desempenho com base no produto de plasticidade e do


módulo de granulometria (GM) (Figura 12.9) são preferíveis, uma vez que são baseadas
no desempenho em relação à taxa de perda de saibro e da progressão da rugosidade, o
que influencia as exigências de manutenção e os custos.

277
Descrições
IP0,075 = Índice de Plasticidade do material que passa no peneiro 0,075mm
Produto de Plasticidade (PP) = IP0,075x percentagem de material que passa no
peneiro 0,075mm
A gama preferida é 280-480

Módulo de Granulometria (GM)


P P P 
2,3 6 0,4 2 5 0,0 7 5
GM  3  
 100 
 
Em que:
P2,36 = % de material que passa no peneiro com abertura 2,36 mm
P0, 425 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,425 mm
P0,075 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,075 mm
A gama preferida é 1,0-1,9

Figura 12.10: Especificações relativas ao desgaste da camada de saibro


(SP vs Gc) – saibro para trabalhos de manutenção

Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no peneiro
com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com abertura
26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm) x % de material
que passa no peneniro com abertura de 4,75mm/100

 O solo deve estar isento de solos impróprios e de vegetação.


 A camada deve ser compactada até uma densidade mínima de 95% AASHTO
Modificada.
 O CBR deve ter um valor mínimo de 15%.
2
Medição  m
 Mede-se a área da estrada que foi sujeita a trabalhos de reparação.
 MDE

278
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Regularização, Rega e Compactação da Plataforma 834
Escarificação, Regularização, Rega e Compactação da Plataforma 835
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado nos trabalhos de regularização e de compactação da camada
superficial existente como camada de saibro em estradas não revestidas. Esta actividade
tem o objectivo de melhorar a qualidade da faixa de rodagem nos casos em que não seja
possível efectuar a sua regularização unicamente através da passagem de niveladora,
como por exemplo, nos casos de deterioração do abaulamento, de irregularidades
profundas, ondulações, etc.

As actividades a serem executadas no âmbito do código 834 são similares às actividades


incluídas no âmbito do código 830, excepto no que se refere à inclusão de rega e
compactação dos solos soltos. O Código 835 introduz uma actividade adicional em relação
ao código 834 no que se refere à escarificação da superfície antes da regularização devido
à condição da estrada. Após o espalhamento do solo, este deve ser regado e compactado.
Nos casos em que seja necessária a utilização de solos importados, devem-se aplicar os
códigos 320 a 322.

Este código também inclui actividades de manutenção periódica. Durante a execução deste
código a camada de base deve ser misturada com o material escarificado presente na
superfície da estrada e deve ser estabilizado mecanicamente.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para assegurar a passagem do
tráfego de forma segura e sem interrupções durante a execução dos trabalhos.
 Levantamento topográfico e determinação dos perfis longitudinal e transversal da
estrada com o objectivo de identificar as zonas que necessitam de regularização.
 Marcação de tarefas para a escavação e regularização do solo.
 Escarificação e nivelação das áreas que apresentem irregularidades e danos, com a
utilização de máquinas niveladoras ou pela aplicação de ferramentas manuais.
 Controlo do nível da superfície da plataforma;
 Regularização, rega e compactação dos solos.
 Colheita de amostras e execução de ensaios de compactação.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização para segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
 Demarcação e delimitação de áreas de trabalho e locais que precisam de
regularização.
 As técnicas apropriadas de topografia, utilizando equipamento como por exemplo,
níveis automáticos, teodolitos ou estações totais, estacas, cruzetas, fita métrica, e
linhas de nível devem ser utilizadas para a determinação do perfil longitudinal e
transversal da estrada.
 A superfície da estrada não deve apresentar irregularidades superiores a 5 cm,
medidas com uma régua de traçar com um comprimento de 2 m.
 Todo o material grosso com um diâmetro superior a 7,5 cm deve ser removido ou
partido em pedaços mais pequenos antes de ser utilizado.
 O material deve ser espalhado em camadas com uma espessura máxima de 15 cm e
deve ser compactado a 95% do AASHTO Modificado, devendo ser regado, se
necessário, para obtenção do teor óptimo de humidade.
 A superfície deve drenar livremente, e o abaulamento/inclinação transversal necessário
deve ser construído em conformidade com as especificações.
 A superfície deve estar em conformidade com as normas referentes ao alinhamento
longitudinal.
 Retirar a sinalização temporária no final das obras.
Materiais  Não aplicável
2
Medição  m
 Medição da área que foi sujeita a trabalhos de regularização.
 MDE

279
Actividade: Recarga da faixa de rodagem ou das bermas das estradas com solos Código:
estabilizados mecanicamente
DMT 1 km: 0 a 2 km 840
DMT 3 km: 2 a 4 km 841
DMT 5 km: 4 a 6 km 842
DMT 7 km: 6 a 8 km 843
DMT 9 km: 8 a 10 km 844
DMT 12,5 km: 10 a 15 km 845
DMT 17,5 km: 15 a 20 km 846
Transporte a uma distância superior a 20 km 847
Código de
referência
Utilização Estes códigos são aplicáveis à importação de materiais para a recarga localizada de
saibro da faixa de rodagem e das bermas, nos casos em que o material esteja
desgastado. Se a área necessitando de intervenção localizada for superior a 30%, deve-se
utilizar os códigos 340 a 347 (escavação transporte e colocação de material), conforme for
necessário.
A escolha do código depende da distância média de transporte (DMT) desde a câmara de
empréstimo até ao local de descarga na estrada. O código não deve ser utilizado nos
casos em que o local de descarga tenha sofrido alteração ou nos casos em que tenha
havido a substituição da câmara de empréstimo anterior por outra com materiais similares.
O Fiscal deve dar instruções acerca do local de descarga do material. Os códigos 840 a
846 incluem a escavação, armazenamento, transporte e colocação dos solos, enquanto o
código 847 é somente utilizado para o pagamento da distância extra de transporte e
superior a 20 km.
Os mesmos códigos devem ser utilizados para a colocação de solos para fins de
estabilização ou mistura. Relativamente à abertura das câmaras de empréstimo, deve
usar-se o código 348, e para a reposição da câmara de empréstimo deve usar-se o código
349.
Tarefas  Identificação das câmaras de empréstimo.
incluídas  Execução dos ensaios laboratoriais necessários para:
o Verificação da conformidade da qualidade do saibro com as normas.
o Determinação da profundidade e extensão da câmara de empréstimo.
o Verificação da conformidade dos resultados dos ensaios de compactação e de
resistência com as normas.
 Obtenção da licença de exploração.
 Abertura da câmara de empréstimo, removendo a vegetação e o solo de cobertura e
escavação dos solos seleccionados (saibro) e realização da pilha de armazenamento.
 Colocação de sinalização de segurança.
 Assegurar a passagem do tráfego em segurança.
 Levantamento topográfico para medição da espessura do saibro existente na estrada
e identificação das zonas que necessitam de recarga.
 Marcação de tarefas para a escavação e regularização de solos, em caso de
utilização de métodos manuais.
 Escarificar e nivelar as áreas para recarga com o uso de ferramentas manuais
(picaretas, pás) ou equipamento mecanizado (escarificador da niveladora).
 Quando necessário, deve-se preparar a superfície da estrada antes de despejar os
materiais, incluindo regularização e/ou reparação, escarificação e rega (poderá ser
também necessário proceder a trabalhos de compactação).
 Escavação, armazenamento, ensaio (granulométrico, de plasticidade e de
compactação) e carregamento dos solos.
 Transporte, espalhamento, nivelamento, rega e compactação do material escavado.
 Controlo dos níveis da superfície da estrada e verificação da espessura da camada de
saibro à medida que este vai sendo colocado.
 Colocação de saibro na parte lateral da estrada para fins de trabalhos de manutenção
futuros.
 Retirar a sinalização temporária
Normas  Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança no local dos
trabalhos.
 Os trabalhos devem ser planeados de modo a não provocar a interrupção da
circulação do tráfego por períodos superiores a 10 minutos.
 O saibro para executar a recarga deve ser aprovado pelo Fiscal, mediante a execução
de ensaios granulométricos e de plasticidade em laboratório.
 O Empreiteiro deve realizar as reparações necessárias na camada rodoviária
existente (camada de desgaste), incluindo a escarificação e regularização.

280
Dependendo das condições em que se encontra a superfície existente, poderá ser
necessário proceder à escarificação, regularização, rega, mistura e compactação das
áreas danificadas antes da realização da recarga localizada.
 Devem ser efectuados levantamentos topográficos para a determinação da
quantidade de material adicional necessário para restabelecer a espessura adequada
da camada. O material com um diâmetro igual a 7,5 cm deve ser removido e partido
antes de ser novamente colocado no pavimento.
 A compactação do material deve ser efectuada com o auxílio de um compactador
pneumático ou de um cilindro compactador vibratório (que poderá ser do tipo
rebocável), ou com um cilindro compactador vibratório apeado, no caso dos trabalhos
efectuados manualmente.
 O número de passagens necessárias depende da capacidade do cilindro
compactador. Deve ser construído um troço experimental para a determinação do
número exacto de passagens necessário para assegurar a obtenção do nível de
compactação desejado (95% do AASHTO modificado).
 O solo deve ser espalhado de forma a produzir uma camada compactada com uma
espessura máxima de 200 mm. Normalmente as camadas são construídas com uma
espessura de 150 mm.
 O coeficiente de empolamento do solo, ou seja, a relação entre o volume do solo solto
e do solo compactado, situa-se, normalmente, entre 1,2 e 1,3. Para atingir uma
espessura de camada compactada correspondendo a 150 mm, a espessura da
camada antes da compactação deve corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm).
O coeficiente de empolamento efectivo deve ser determinado pela construção de um
troço experimental.
 O teor de humidade de compactação deve ser determinado através da realização de
ensaios manuais, nos casos em que a utilização de outros métodos não seja possível.
Considera-se que o material se encontra a um teor óptimo de humidade quando o
solo amassado na palma da mão forma uma bola e quando esta bola é lançada a
uma altura de 1 m e voltar a cair na palma da mão sem se desintegrar ou quando a
bola ao ser apertada com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer (se a bola se
desintegrar totalmente, significa que o teor em água é demasiado baixo e se se
deformar sem abrir fendas, significa que o teor de humidade é demasiado elevado).
Outros métodos, tais como o banho de areia (aquecimento de um prato com areia e
secagem de uma amostra de solo na areia aquecida), permitem calcular o peso
volúmico e o peso volúmico seco, assim como o teor de humidade.
 A compactação deve ser efectuada até deixar de ser possível a obtenção de uma
densificação acrescida nas passagens subsequentes (compactação até à nega). Isto
poderá ser determinado através da construção de um troço experimental. O
procedimento envolve a fixação de estacas no terreno ou no solo de fundação após o
material que se destina a ser compactado ter sido sujeito a rega, mistura e
nivelamento. O espaçamento entre estacas deve ser aquele que permita a passagem
do cilindro compactador sem tocar nas estacas. Coloca-se um fio esticado nas
extremidades das estacas e mede-se a altura que vai desde o fio até a camada do
solo nas posições pré-marcadas (um mínimo de 5 posições). Após a passagem do
cilindro compactador mede-se esta altura novamente, repetindo-se este processo até
às 15 passagens. A altura, ou preferivelmente, a diferença na altura é registada e
elabora-se uma curva com base no número de passagens. A curva tenderá para a
horizontal quando deixa de ocorrer qualquer alteração na altura nas passagens
subsequentes e o número correspondente de passagens lido no gráfico corresponde
ao número mínimo de passagens que é necessário efectuar até se atingir o limite de
compactação. Os cilindros compactadores actuais permitem a determinação deste
limite de compactação de forma automática. Deve-se verificar também a degradação
dos materiais através de ensaios granulométricos antes e após a realização da
compactação.
 O grau de compactação deve ser determinado através do método da garrafa de areia
(a areia deve estar calibrada) ou através da medição com Troxler/gamadensímetro
(deve estar calibrado).
 Outros ensaios adicionais devem ser efectuados nos materiais presentes no
pavimento após a sua mistura, para verificação da sua conformidade com os padrões
de qualidade.
 Após a compactação em toda a largura, a inclinação transversal e a espessura devem
ser medidas e comparadas com as especificações indicadas nos projectos. É
obrigatória a utilização da régua de abaulamento/perfil para o controlo da inclinação
transversal e do abaulamento e a utilização de um sistema de verificação da
espessura (os furos abertos durante a execução do ensaio pelo método da garrafa de

281
areia podem ser utilizados para este efeito).
 Os limites máximos de tolerância correspondem a ±20 mm para a largura, ±5 mm
para a espessura, e ±0,5 % para a inclinação transversal.
 A inclinação transversal deve estar livre de ondulações e de irregularidades
apresentando uma altura superior a 2 cm medida com uma régua de traçar de 2 m de
comprimento.
 Retirar a sinalização temporária após o término dos trabalhos.
Materiais  O solo (saibro) utilizado deve ser sempre proveniente de origens devidamente
aprovadas pelo Fiscal.
 No caso das estradas não asfaltadas o saibro deverá ter as seguintes características,
em conformidade com TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no gráfico
Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a seguir
apresentado e devem ficar dentro das áreas E1 e E2, Figura 12.12.
 Note-se que esta especificação baseada em TRH 20 é válida para a qualidade de
circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas asfaltadas.
Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda de saibro
e de evolução da rugosidade.
 As especificações seguintes são baseadas nas especificações de desempenho
aplicáveis aos materiais de constituição das camadas de desgaste, Figura 12.11. As
especificações baseadas no desempenho deverão ter prioridade sobre as
especificações referentes à qualidade de circulação.

Figura 12.11: Especificações do saibro para Reensaibramento (PP-GM)

Em que
c) IP0,075 = Índice de Plasticidade do material que passa no peneiro 0,075mm
d) Produto de Plasticidade (PP) = IP0,075x percentagem de material que passa no peneiro
0,075mm
A gama preferida é 280-480
e) Módulo de Granulometria (GM)
P P P 
2,3 6 0,4 2 5 0,0 7 5
GM  3  
 100 
 
Em que:
P2,36 = % de material que passa no peneiro com abertura 2,36 mm
P0, 425 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,425 mm
P0,075 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,075 mm
A gama preferida é 1,0-1,9

282
Figura 12.12: Especificações do saibro para Reensaibramento (SP-GC)

Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no
peneiro com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com
abertura 26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm)
x % de material que passa no peneiro com abertura de 4,75mm/100

 O solo deve estar isento de solos impróprios e de vegetação.


 A camada deve ser compactada até uma densidade mínima de 95% da norma
AASHTO Modificada.
 O CBR deve ter um valor mínimo de 15%.
 No que se refere às estradas asfaltadas, o material deve estar em conformidade com
as seguintes especificações:
o CBR mínimo de 40%
o IP máximo de 12 relativamente aos materiais não-pedogénicos
o IP máximo de 20 relativamente aos materiais pedogénicos.
 As especificações acima descritas são adequadas para as estradas asfaltadas de
baixo volume de tráfego.
Medição Código 840 a 846
3
 m
 Medição do volume do solo após compactação.

Código 847
3
m km

Nos casos em que a distância desde a câmara de empréstimo até ao troço onde o
material irá ser descarregado for superior a 20 km, o trabalho deve ser reembolsado no
âmbito do código 347. A quantia a reembolsar deve ser determinada através do cálculo da
3
distância extra (km) multiplicada pela quantidade de material em m .

Exemplo:

Se a distância de transporte corresponder a 30 km e o volume da carga corresponder a


3
2000 m a quantia a ser paga é calculada da seguinte forma:

Distância extra de transporte para além dos 20 km = 30-20 km = 10 km


3
Quantidade de solo = 2000 m
3
A medição para efeitos de pagamento será = 2000 x 10 = 20000 m km

 Os materiais que forem aplicados para além da espessura exigida não serão pagos.

283
Actividade: Selagem de Fissuras em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica (< 3 mm) 850
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para selar áreas de pavimento em revestimento betuminoso com
fissuras finas do tipo pele de crocodilo de abertura até 3 mm com lama asfáltica fina
(Slurry Seal). Este defeito também pode ser reparado com aplicação de rega de colagem
sob o código 411.

Quando as fissuras existentes num revestimento começam a ser visíveis com facilidade,
significa que devem ser seladas a fim de evitar que a acção do tráfego e da água causem
maiores danos ao pavimento.

As fissuras em forma de malha, ou seja, dividindo a superfície do pavimento em


elementos isolados de diferentes tamanhos (típicas em revestimentos sobre bases em
solo-cimento) as fissuras devem ser tratadas sob os códigos 851 (3-12 mm) e 852 (> 12
mm).

É muito importante escolher a solução certa que corresponde ao defeito, que depende da
identificação correcta do tipo de fissura. Este código é apropriado para o caso em que as
fissuras não são profundas nem com aberturas maior que 3 mm e que não existe
deformações estruturais.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego em segurança durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser tratada.
 Fornecimento e armazenagem de materiais para a preparação da lama asfáltica,
nomeadamente inertes com a graduação especificada, emulsão, cimento e água.
 Fornecimento de vestuário de protecção aos trabalhadores;
 Limpeza das fissuras e da área à sua volta, e remoção de todo material solto;
 Aplicação do primário;
 Preparação da lama asfáltica fina (Slurry Seal);
 Enchimento das fissuras com lama asfáltica;
 Tratamento das áreas em volta das fissuras e alisamento da superfície da lama
asfáltica;
 Prevenção de derrame ou espalhamento da lama fora da área demarcada;
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e adequada ao controlo do tráfego para
garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que possa ser
utilizado em segurança e sem provocar danos em terceiros.
 O Empreiteiro deve seguir as orientações do Fiscal para a identificação dos tipos de
defeito e para a escolha das áreas de tratamento.
 O armazenamento deve ser efectuado num local bem arejado.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e
não deve ser armazenado em locais com elevada humidade.
 A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo máximo de 6 meses e as
emulsões que tenham excedido este prazo não devem ser utilizadas.
 Todos os equipamentos e ferramentas devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve-se assegurar que as condições do tempo não afectam a execução do trabalho.
Os trabalhos não devem ser executados quando chover, ou se houver ameaça de
chuva, após o pôr-do-sol, durante períodos de ventos fortes ou logo após a queda de
chuva quando a camada de base ainda se encontra demasiado húmida. A selagem
das fissuras não pode ser feita até três dias depois de chover. Este procedimento
permite a secagem da humidade presente nas fissuras.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação dos materiais betuminosos
devem ser equipados com fatos-macacos, luvas, óculos de protecção e botas. O
contacto com a pele deve ser evitado.
 Marcar os limites das fissuras e dos materiais soltos da área a ser reparada,
verificando cuidadosamente com o Fiscal que não há sinais de enfraquecimento do

284
pavimento. Marcar as linhas com um afastamento igual ou maior a 20 cm do limite da
área danificada. As linhas são marcadas em formas rectangulares usando tinta.
 Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com vassouras, aplicando ar
comprimido para tirar todo o material solto das fissuras. A superfície da estrada deve
ser limpa e seca antes da aplicação da lama asfáltica, livre de poeira, areia e lama.
2
 Pulverizar uma emulsão de impregnação ou uma rega de colagem a 0,6 l/m até a
superfície a tratar apresentar uma cor uniforme.
 A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário — 0,7 m é apropriado), misturando primeiro o
agregado e o cimento. Depois da mistura ter obtido uma cor uniforme adiciona-se
uma parte de água e (lentamente para evitar espalhamento) a emulsão. Ultima-se a
mistura adicionando outra parte de água em pequenas quantidades (cada vez cerca
de 2,5 litros). O tambor deve manter-se sempre em rotação. A mistura atingiu a
consistência desejada quando está espessa, lisa e livre de bolhas, com os
constituintes uniformemente distribuídos. Acrescentar água se necessário, para
melhorar a trabalhabilidade.
 Espalhar a lama asfáltica com um regador (sem chuveiro) para encher primeiro as
fissuras, trabalhando-a com um rodo de borracha, e em seguida cobrir todas as áreas
marcadas em volta delas. Aplicar uma camada de lama com 5 mm de espessura
(mínimo de 3 mm).
 Imediatamente após a rega, deve-se alisar a mistura usando um rodo de borracha.
 Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a
lama a curar.
 Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um cilindro
compactador ligeiro.
 A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas de baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada, evitando-se a deposição de
material solto ou lixo sobre a lama asfáltica acabada de aplicar.
 A superfície de selagem deve ter uma textura uniforme sem manchas, vazios ou
inertes soltos. Não deve apresentar ondulações.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas com a drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um sítio
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, pelo menos a uma distância de 10 m da faixa da estrada, e espalhado
numa camada de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Rega de colagem
A rega de colagem deve ser de emulsão betuminosa (SS60 com 60 % de betume). Deve
estar em conformidade com SABS 309, sendo diluída com água 50 % em 50 % a uma
2
taxa de 0,6 l/m .

Emulsão betuminosa
 A emulsão utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser aniónica estável
contendo 60% de betume (SS60), conforme SABS 309.
 A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando
claramente o tipo, composição e quantidades.

Areia
 O agregado utilizado para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem
mínima com dimensão de areia correspondendo a 75% e possuir uma resistência
compatível com areia limpa natural e não com uma resistência compatível com a
areia sujeita a desgaste. A segunda exigência consiste na sua conformidade com as
especificações de granulometria apresentadas na Tabela 12.5 (Tabela 4302/11
SATCC).

285
Tabela 12.5: Especificações de granulometria relativamente à areia
destinada à lama asfáltica para a selagem de fissuras finas - Em
conformidade com a Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5)

Dimensão dos Percentagem em peso que


peneiros (mm) passa o peneiro)
13,2
9,5
6,7
4,75 100
2,36 90-100
1,18 65-95
0,6 42-72
0,3 23-48
0,15 10-27
0,075 4-12

Cimento:
 Cimento Portland normal em conformidade com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) em conformidade com
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.

Água:
 Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.

Lama asfáltica:
 A lama asfáltica deve ser produzida através da mistura de areia, emulsão
betuminosa, cimento e água numa betoneira móvel (camião) ou betoneira. Para
efeitos de concurso os seguintes valores devem ser tidos em consideração para a
produção de lamas asfálticas:
3
o Inerte (areia) 1 m
o Emulsão 260 litros
3
o Cimento 0,01m
o Água 235 litros (este valor deve ser ajustado para obtenção de uma boa
trabalhabilidade)
3
 Em alternativa, as seguintes proporções podem ser utilizadas: 1 m de lama asfáltica
com 1,5% de cimento e 145 litros de água.
 A lama asfáltica deve ser misturada até a obtenção de uma mistura homogénea.
 O tempo necessário à execução do processo de mistura deve corresponder ao
período de tempo necessário para atingir uma cobertura adequada de todo o
agregado e para realizar a distribuição da emulsão até à obtenção de uma mistura
homogénea.
 A lama deve ser imediatamente aplicada após a sua mistura.
2
Medição  m
 Medição da área tratada com lama asfáltica
 MDE

286
Foto 12.3: Fissuras Finas seladas com lama asfáltica

287
Actividade: Selagem de Fissuras em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica de Borracha (3–12 mm) 851
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é utilizado para a selagem de áreas de pavimento com revestimento
betuminoso contendo fissuras do tipo “pele de crocodilo” com uma largura de 3-12 mm
através da aplicação de lama asfáltica de borracha. Este material inclui borracha, um
material denominado “zelarite” que melhora a elasticidade do selante. Isto permite maior
adaptação no movimento do pavimento em volta das fissuras.

Este tipo de fissura pode ser longitudinal, transversal ou diagonal em relação ao eixo da
estrada. As fissuras formam uma malha no revestimento acima das camadas de base
estabilizadas com cimento ou em revestimentos betuminosos antigos. Isto afecta o tipo de
tratamento dessas fissuras. Quando as fissuras existentes num revestimento começam a
ser visíveis com facilidade, significa que devem ser seladas a fim de evitar que as acções
do tráfego e da água causem maiores danos ao pavimento.

É importante a adopção de uma solução que corresponda ao defeito. Isto dependerá da


identificação correcta do tipo de fendas. Este código é aplicável às fissuras pouco
cavadas e finas com uma largura máxima de 3-12mm e nas quais não tenha ocorrido
nenhuma deformação.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser tratada;
 Fornecimento e armazenamento dos materiais destinados à elaboração da lama
asfáltica, tais como: agregado, cimento, emulsão e água.
 Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores;
 Limpeza das fissuras e da área à sua volta, e remoção de todo o material solto.
 Aplicação da rega de colagem.
 Preparação da lama asfáltica (fina).
 Selagem das fissuras com lama asfáltica.
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada.
 Limpeza da área de trabalho.
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e apropriada ao controlo do tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que possa ser
utilizado em segurança e sem provocar danos em terceiros.
 O Empreiteiro deve seguir as orientações do Fiscal sobre a identificação de tipo de
defeito e escolha do seu tratamento. O armazenamento deve ser efectuado num local
bem arejado.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e
não deve ser armazenado em locais com elevada humidade.
 A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo máximo de 6 meses e as
emulsões que tenham excedido este prazo não devem ser utilizadas.
 Todo o equipamento e ferramentas devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve-se assegurar que as condições do tempo não afectam a execução do trabalho.
Os trabalhos não devem ser executados quando chover, ou se houver ameaça de
chuva, após o pôr-do-sol, durante períodos de ventos fortes ou logo após a queda de
chuva quando a camada de base ainda se encontra demasiado húmida. A selagem
das fissuras não pode ser feita nos 3 dias seguintes à queda de chuva. Isto permitirá
a secagem da humidade presente nas fissuras antes de se proceder à sua selagem.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com capacetes, óculos de protecção, luvas, botas e fatos-
macacos. O contacto com a pele deve ser evitado.
 Marcar os limites das fissuras a serem reparadas, verificando-se cuidadosamente a
qualidade do material da camada de base e a existência de áreas enfraquecidas. O
selante deve ser aplicado nas fissuras e numa faixa com uma largura de 10 cm na
superfície do pavimento.

288
 Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com vassouras ou aplicando ar
comprimido para remoção de todo o material solto das fissuras. A superfície da
estrada deve ser limpa e seca antes da aplicação do material betuminoso. A
superfície deve estar livre de pós, areia e lama.
2
 Aplica-se uma rega de impregnação ou uma rega de colagem a 0,6 l/m dentro da
fissura e numa faixa de 50 mm de largura de cada lado da fissura no pavimento
existente até a superfície a tratar apresentar uma cobertura e cor uniformes.
 A preparação e aplicação do material devem estar em conformidade com as
instruções do fabricante.
 A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário, 0,3-0,7 m é adequado), misturando primeiro o
agregado e o cimento. Depois da mistura ter obtido uma cor uniforme, adiciona-se
uma parte de água e (lentamente para evitar espalhamento) a emulsão. Ultima-se a
mistura adicionando outra parte de água em pequenas quantidades (cerca de 2,5
litros de cada vez). O tambor da betoneira deve estar sempre em rotação. A mistura
atingiu a consistência desejada quando está espessa, lisa e livre de bolhas, com os
constituintes uniformemente distribuídos. Acrescentar água se necessário, para
melhorar a trabalhabilidade.
 O material betuminoso deve ser espalhado cuidadosamente para dentro das fissuras
com um rodo de borracha, e em seguida cobrir todas as áreas marcadas em volta
delas. Aplicar uma camada de lama com 5 mm de espessura (mínimo de 3 mm).
Imediatamente após a rega deve-se alisar a mistura usando um rodo de borracha.
 Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a
lama a curar.
 Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um cilindro
compactador ligeiro.
 A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas de baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
 Limpeza da área de trabalho, evitando a presença de qualquer material solto na lama
asfáltica fresca.
 A superfície de selagem deve ter uma textura uniforme, isenta de manchas, vazios ou
agregado solto. Deve também estar livre de ondulações.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas com a drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um sítio
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Rega de colagem
A rega de colagem deve ser uma emulsão betuminosa SS60 (com 60 % de betume).
Deve estar em conformidade com a norma SABS 309, devendo ser diluída com água
2
50:50 sendo aplicada a uma taxa de 0,6 l/m .

Emulsão betuminosa
 A emulsão betuminosa utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser aniónica
estável contendo 60% de betume (SS60) e deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
 A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando
claramente o tipo de composição e as quantidades.

Areia
 A areia utilizada para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem mínima
de agregados com granulometria de areia correspondendo a 75% e possuir uma
resistência compatível com areia limpa natural e não com uma resistência compatível
com a areia sujeita a desgaste. A segunda exigência consiste na sua conformidade
com as especificações de granulometria apresentadas na Tabela 4302/11 SATCC.

Cimento:
 Cimento Portland normal em conformidade com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) em conformidade com

289
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.

Água:
 Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.

Lama asfáltica de borracha (Rubber Slurry):


 A lama asfáltica deve ser produzida através da mistura de areia, emulsão
betuminosa, cimento e água numa betoneira móvel (camião). Estes materiais devem
ser misturados nas seguintes proporções:
o 10,0 partes de partículas de borracha (por volume).
o 4,5 partes de emulsão betuminosa SS60 260 litros em conformidade com a
norma SABS 309.
o 0,2 partes de cimento Portland em conformidade com a AASHTO M85 ou
SABS 471 ou equivalente.
o 1,1 partes de SBR, borracha (borracha aniónica emulsificada).
o Água: a quantidade de água deve ser ajustada até se atingir uma boa
trabalhabilidade.
 A mistura asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
 O período de tempo necessário para a execução do processo de mistura deve
corresponder ao período de tempo necessário para atingir uma cobertura adequada
de todo o agregado e para realizar o espalhamento da emulsão até à obtenção de
uma mistura homogénea.
 A lama deve ser imediatamente aplicada após a sua mistura.
2
Medição  m
 Medição do comprimento das fissuras tratadas com lama asfáltica
 MDE

290
Actividade: Selagem de Fendas em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica de Borracha (12 - 20 mm) 852
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é aplicável à selagem de fissuras finas nos pavimentos com revestimentos
betuminosos, incluindo as fissuras do tipo “pele de crocodilo” possuindo uma largura entre
12-20 mm, pela utilização de lamas de borracha. Estas lamas incluem a utilização de
borracha, um material designado por zelarite, possuindo boas propriedades elásticas. Este
tipo de material permite a adaptação do revestimento e das fendas a movimentos mais
alargados.

Este tipo de fissura pode ser longitudinal, transversal ou diagonal ao eixo da estrada. As
fissuras formam uma malha na superfície sobre as bases que são estabilizadas com
cimento e nos revestimentos antigos. Isto afecta o tipo de tratamento destas fissuras.
Quando as fissuras existentes num revestimento começam a ser visíveis com facilidade,
significa que devem ser seladas a fim de evitar que as acções do tráfego e da água causem
maiores danos ao pavimento.

É importante escolher a solução certa que corresponde ao defeito. Isto depende da


identificação correcta do tipo de fissura. Este código é apropriado para o caso de fissuras
com uma largura entre 12 e 20 mm.

Este código é utilizado para casos de fissuração severa, que é normalmente acompanhada
pela desintegração do revestimento e por deformação. O tratamento poderá ser alargado
ao pavimento (ver códigos 860 e 861).
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área a ser tratada;
 Fornecimento e armazenamento de materiais destinados à preparação da lama
asfáltica: agregado, cimento, emulsão, água e borracha aniónica emulsificada (para a
lama de borracha);
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Limpeza das fissuras e da área à sua volta, e remoção de todo o material solto;
 Aplicação de uma rega de colagem;
 Preparação da lama asfáltica;
 Preenchimento das fissuras com lama asfáltica com o auxílio de espátulas de
borracha;
 Alisamento da superfície da fissura;
 Selagem das áreas com fissuras;
 Prevenção do derramamento da lama asfáltica para fora da área de aplicação;
 Limpeza da área de trabalho;
 Remoção da sinalização provisória.
Normas  Colocação de sinalização para segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromperem a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros.
 O Empreiteiro deve seguir as instruções do Fiscal para a identificação dos tipos de
defeitos e para a escolha das áreas a serem tratadas.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e não
deve ser armazenado em locais com elevada humidade.
 A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo máximo de 6 meses e as
emulsões que tenham excedido este prazo não devem ser utilizadas.
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Os trabalhos não devem ser executados quando chover, ou se houver
ameaça de chuva, após o pôr-do-sol, durante períodos de ventos fortes ou logo após a
queda de chuva quando a camada de base ainda se encontra demasiado húmida. A
selagem das fissuras não pode ser feita nos 3 dias seguintes à queda de chuva. Isto
permitirá a secagem da humidade presente nas fissuras antes de se proceder à sua
selagem.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com capacetes, fatos-macacos, luvas, óculos de protecção e

291
botas. Deve-se evitar o contacto com a pele.
 Marcar as áreas com fissuras e as áreas com materiais soltos a serem reparadas,
verificar cuidadosamente com a Fiscalização a condição da camada de base e a
existência de áreas enfraquecidas no pavimento.
 Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com uso de vassoura, lâmina e lança
de ar comprimido para tirar todo material solto das fissuras manualmente. A superfície
da estrada deve ser limpa e seca antes da aplicação do material betuminoso, livre de
poeira, areia e lama.
2
 Aplica-se a rega de colagem de emulsão a 0,6 l/m dentro da fissura e numa faixa de
50 mm de cada lado da fissura até a superfície apresentar uma cobertura e cor
uniformes.
 Preparação da mistura asfáltica utilizando o agregado incluído na Tabela 4302/11
SATCC a seguir apresentado.
 Relativamente a fissuras mais graves e abertas deve-se utilizar a lama asfáltica grossa
incluída na Tabela 4302/11 SATCC abaixo, em conformidade com a largura das
fissuras.
 A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário (dimensão mínima de, 0,3-0,7 m ). Deve misturar-se
primeiro o agregado seguido do cimento, devendo-se misturar adequadamente. Em
seguida adiciona-se água seguida da emulsão betuminosa. O tambor da betoneira
deve estar sempre em rotação. A água deve ser adicionada em pequenas quantidades
(2,5 l de cada vez). Misturar até à obtenção de uma lama asfáltica consistente e
uniforme. Aplicar somente a água necessária para proporcionar uma boa
trabalhabilidade.
 Espalhar a lama asfáltica de forma a preencher as fissuras com o auxílio de espátulas
de borracha.
 Imediatamente após a aplicação deve-se alisar a mistura com o auxílio de uma
espátula de borracha.
 Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a lama
a curar.
 Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um rolo compactador
ligeiro.
 A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas com baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
 Caso não seja possível fechar o troço ao tráfego deve-se deitar uma camada de areia
para proteger o trabalho realizado.

Aplicação da lama de borracha:


 A lama de borracha deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada
3
para a quantidade de trabalho diário, 0,3-0,7 m é adequado), misturando primeiro o
agregado e o cimento. Depois da mistura ter obtido uma cor uniforme, adiciona-se uma
parte de água e (lentamente para evitar espalhamento) a emulsão. Ultima-se a mistura
adicionando outra parte de água em pequenas quantidades (cerca de 2,5 litros de cada
vez). O tambor da betoneira deve estar sempre em rotação. A mistura atingiu a
consistência desejada quando está espessa, lisa e livre de bolhas, com os
constituintes uniformemente distribuídos. Acrescentar água se necessário, para
melhorar a trabalhabilidade.
 As fissuras devem ser totalmente preenchidas, com o auxílio de espátulas de borracha.
 O material de enchimento, constituído por lama de borracha, deve ser aplicado cerca
de 50 mm para além da dimensão da fissura. Ver ilustração na Figura 12.13 abaixo.

292
Figura 12.13: Selagem de fissuras com lama asfáltica e lama de borracha

 A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após


aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas com baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
 Limpeza da área de trabalho, evitando a presença de qualquer material solto na lama
asfáltica fresca.
 A superfície de selagem deve ter uma textura uniforme, isenta de manchas, vazios ou
agregado solto. Deve também estar livre de ondulações.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um sítio
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, pelo menos a 10 m fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Rega de colagem
A rega de colagem deve ser de emulsão betuminosa (SS60 com 60 % de betume),
2
conforme SABS 309, diluída com água 50% em 50% a uma taxa de 0,6 l/m .

Emulsão betuminosa
 A emulsão betuminosa que é utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser
aniónica estável contendo 60% de betume (SS60), conforme a norma SABS 309.
 A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando claramente
o tipo de composição e as quantidades.

Areia
 A areia utilizada para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem mínima de
75% de agregados com dimensão de areia, com uma resistência consistente com a
areia limpa natural e não com uma areia sujeita a desgaste. A segunda exigência
consiste na sua conformidade com as especificações de granulometria apresentadas
na Tabela 12.6 (Tabela 4302/11 SATCC.

293
Tabela 12.6: Especificações aplicáveis ao agregado destinado à lama asfáltica
para a selagem de fissuras - Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5)

Dimensão da abertura da Percentagem (peso) que passa


malha do crivo (mm) no Peneiro
Média Grossa
13,2
9,5
6,7 100 100
4,75 82-100 70-90
2,36 56-95 45-70
1,18 37-75 28-50
0,6 22-50 19-34
0,3 15-37 12-25
0,15 7-20 7-18
0,075 4-12 2-8
Cimento:
 Cimento tipo Portland Normal que cumpre com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) que cumpre com
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.

Água:
 Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.

Lama asfáltica (com agregado):


 A lama asfáltica é preparada misturando-se a emulsão betuminosa com areia grossa,
cimento e água numa central móvel (camião) ou numa betoneira, nas seguintes
proporções, que devem ser confirmadas através de ensaios e aprovadas pelo Fiscal:
3
- Inertes (areia) 1 m
- Emulsão 260 litros
3
- Cimento 0,01 m
- Água 235 litros, (a proporção pode ser ajustada para melhorar a
trabalhabilidade)
3
Em alternativa, podem-se utilizar as seguintes proporções: 1 m de lama asfáltica contendo
1,5% de cimento e 145 litros de água.

Lama de borracha:
 A lama asfáltica deve ser produzida através da mistura de areia, emulsão betuminosa,
cimento e água numa betoneira móvel (camião), nas seguintes proporções:
o 10,0 partes de partículas de borracha (por volume).
o 4,5 partes de Emulsão betuminosa SS60 260 litros em conformidade com a
norma SABS 309.
o 0,2 partes de cimento Portland em conformidade com a AASHTO M85 ou
SABS 471 ou equivalente.
o 1,1 partes de SBR, borracha (borracha aniónica emulsificada).
o Água: a quantidade de água deve ser ajustada até se atingir uma boa
trabalhabilidade.
 A mistura asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
 O período de tempo necessário para a execução do processo de mistura, deve
corresponder ao período de tempo necessário para atingir uma cobertura adequada de
todo o agregado e para realizar o espalhamento da emulsão até à obtenção de uma
mistura homogénea.
 A lama deve ser imediatamente aplicada após a sua mistura.
2
Medição  m
 Mede-se o comprimento das fissuras tratadas com lama asfáltica
 MDE

294
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Mistura Betuminosa a Frio/quente 860

Código de SATCC 4900


referência
Utilização Este código é utilizado para reparar buracos ou áreas do revestimento enfraquecidas em
pavimentos com revestimentos de betão asfáltico. Não deve ser utilizado para reparar
áreas do pavimento que mostram sinais de deformação ou defeitos estruturais. Este
código não deve ser utilizado em situações onde as reparações são muito difíceis e muito
dispendiosas. Esta actividade envolve a remoção do material danificado e a sua
substituição.

A reparação da base e sub-base será paga separadamente sob código 899.


Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Fornecimento e armazenagem de materiais para o enchimento do buraco;
 Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
 Marcação das áreas danificadas;
 Corte e remoção de todo o material danificado e a limpeza e compactação do fundo
do buraco;
 (Reparar a base e sub-base sob código 899, dependendo da profundidade dos
buracos);
 Aplicação da rega de colagem, no caso de defeitos superficiais apenas ou aplicação
de rega de impregnação, no caso da reparação incluir a reparação da camada de
base ou da camada de fundação;
 Controlar o nível da superfície da reparação;
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada;
 Limpeza do local de trabalho;
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante
período de ventos fortes ou logo depois das chuvas quando a superfície tem água
acumulada.
 Os trabalhadores devem ser equipados com óculos de protecção, botas luvas e fatos-
macacos. Deve-se evitar o contacto com a pele.
 Marcar os limites da área danificada a ser reparada usando giz ou tinta, verificando
cuidadosamente a qualidade do material de base e do pavimento enfraquecido. Deve-
se marcar as áreas danificadas com formas regulares, tais como rectângulos ou
quadrados com dimensões de aproximadamente 10 cm medidos desde o bordo da
área danificada até às linhas de demarcação, Figura 12.14.

Figura 12.14: Buraco – ilustração da extensão do material danificado

 Os trabalhos de escavação, enchimento e tapamento do buraco devem ser


concluídos numa única visita ao local.

295
Buracos que atingem a (sub) base.
 Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto.
Cortar e remover a camada de asfalto. Verificar as condições da camada de base. Se
a base for firme, então a deformação é superficial e a escavação não deve ser
continuada. Se tal não ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado
material firme (em boas condições). Deve-se verificar que o material em redor dos
limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
 Depois de terminar o corte e escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e
firme, e a verticalidade dos lados em relação ao fundo.
 O material deve ser colocado e compactado em camadas de 5,0 cm até à obtenção
do nível desejado.
 Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
 Contudo, no caso das estradas com baixo volume de tráfego, devem ser utilizados
materiais granulares com resistência adequada, e considerados como aptos ao uso
pelo Fiscal, para o enchimento do buraco, e devem ser compactados em camadas
com 50 mm de forma a obter-se uma compactação mínima de 95% do AASHTO
Modificado.
 Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os bordos
durante a compactação. Compacta-se o fundo do buraco com um pequeno cilindro,
placa vibradora ou maço manual.
 Se houver uma camada de asfalto de 4,0 cm ou mais, deve-se encher o buraco com
material granular até a um nível inferior do revestimento (4,0 cm) abaixo da superfície
do revestimento (pago sob o código 899). O material granular deve ser colocado em
conformidade com o código 899.
 A superfície do material compactado deve ser plana e não apresentar qualquer
irregularidade.
 Limpeza da superfície do material compactado nos buracos, de forma a ficar livre de
poeiras, material solto, lama ou qualquer outro lixo.
 Aplicar uma rega de impregnação de betume fluidificado cut-back MC30 com
pulverizador e vassoura à taxa de 1,0 l/m² nas paredes verticais e na superfície do
material compactado no buraco. Nos casos em que o material seja estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo a rega de impregnação deve ser aplicada numa
2
proporção de 0,6 l/m .
 Após um período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa
camada compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ser
nivelada (ou num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente,
permitindo que a mistura betuminosa evolua de um estado solto para um estado
compactado. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de 1,2, que deve ser
testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve ser compactada
com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro vibratório apeado, um
compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
 Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura
das áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do
que o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente
poderá ser preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo
betume de penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em
seguida misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os
170ºC. A temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
 Compactar cada camada individualmente. Cada camada estará compactada quando
o equipamento de compactação já não deixar marcas sobre a superfície da camada.
 A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que segue o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitindo a drenagem das
águas e o seu nível final esteja ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada.
 Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá ser escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada
de novo de modo a garantir o estipulado.

Buracos superficiais

296
 Cortar o perímetro em volta da área assinalada e remover toda a mistura betuminosa
de forma a atingir a superfície da camada de base, Foto 12.4.
 Limpar a superfície da camada de base e pulverizar levemente com água para
redução da tensão superficial.
 Aplicação da impregnação betuminosa (MC30 ou emulsão betuminosa SS60 diluída
2
com água a 50:50) numa proporção de 0,6 l/m nas paredes e na superfície da
camada de base. Deve-se evitar o derramamento da impregnação betuminosa na
superfície em volta do buraco.
 No caso de um revestimento existente com uma espessura de 40 mm, após um
período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa camada
compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ficar nivelada (ou
num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente permitindo o
adensamento do betão betuminoso, ou seja, evoluindo de uma espessura solta para
uma espessura compactada. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de
1,2 que deve ser testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve
ser compactada com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro
vibratório apeado, um compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
 Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura
das áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do
que o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente
deve ser preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo
betume de penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em
seguida misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os
170ºC. A temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
 Cada camada de mistura betuminosa a frio/quente deve ser individualmente
compactada, ou seja, cada reparação deve ser compactada separadamente e o
equipamento não deve deixar qualquer marca.
 A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que segue o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitir a drenagem das águas
e o seu nível final deve situar-se ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada
após compactação.
 Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá se escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada de
novo de modo a garantir o estipulado.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície recém-reparada
deve ser varrida com muito cuidado, para evitar o desprendimento de material.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Impregnação betuminosa
 Para este efeito, deve-se utilizar MC30, que pode ser produzido no local pela diluição
de betume de penetração 80/100 com 80 % de querosene e deve ser aplicado numa
2
proporção de 1,0 l/m .

Rega de colagem
 Deve-se utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluído com água a
2
50:50 e deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m .

Mistura betuminosa a frio


 Composta por agregado, emulsão betuminosa e finos amassados numa betoneira
com uma capacidade mínima de 200 l.

Método A:
 A emulsão betuminosa deve ser aniónica estável com 60% de betume
(preparado de betume de penetração 85/100), conforme SABS 309 na taxa
de 2,2 litros por cada 25 kg de inertes.
 A emulsão a utilizar deve ter idade inferior a 90 dias.
 De 14 em 14 dias e antes do uso, cada tambor de emulsão deve ser

297
rolado pelo menos 6 vezes, para evitar a sua coagulação.
 O agregado utilizado pode ser de pedra britada ou natural. Deve ser
resistente, livre de poeira e impurezas e não alterado. A granulometria deve
cumprir com o especificado na Tabela 12.7 (Tabela 4202/3, que faz parte da
Especificações SATTC), sendo a granulometria média a recomenda

Tabela 12.7: Especificações de granulometria referentes aos agregados


para misturas betuminosas - Em conformidade com a Tabela 4202/3
SATCC (página 4200-2)

Dimensão da abertura Granulometria contínua (%)


da malha do crivo
(mm) Grossa Média Fina

26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12

Agregado 93,5% 93,5% 93,5%


Betume residual* 5,5% 5,5% 6,0%
Filer activo 1,0% 1,0% 1,0%

Método B:
 A mistura betuminosa a frio pode ser produzida com as seguintes
proporções, Tabela 12.8.

Tabela 12.8: Composição das misturas betuminosas a frio

Componente Proporções
Agregado de 9,7 mm 1 parte
Agregado de 6,7 mm 1 parte
Agregado <6,7 mm (finos) 1 parte
3
Emulsão betuminosa SS60 125 a 150 l/m da mistura

 No que se refere às camadas mais espessas compostas por misturas


betuminosas a frio, deve-se substituir o agregado de 9,5 mm por agregado
com 13,2 mm.
 Colocar uma parte da emulsão na betoneira, seguida de agregado, colocando-se em
seguida o resto da emulsão.
 O tempo de amassadura deve ser o mínimo necessário para permitir que todas as
partículas de agregado fiquem cobertas de emulsão betuminosa de forma a obter-se
uma mistura homogénea. A mistura betuminosa a frio pode ser aplicada muito depois
de se proceder à sua amassadura.
Medição  m³ de mistura betuminosa.
 Mede-se o volume escavado do buraco reparado.
 MAE

298
Foto 12.4: Tapamento de buracos – corte da área danificada

299
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Revestimento Superficial Simples 861
Com Revestimento Superficial Duplo 862
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar buracos ou áreas de revestimento danificadas ou
enfraquecidas. É próprio para uso em pavimentos com revestimentos simples ou duplos
de espessura inferior a 3 cm. Não deve ser utilizado para reparar áreas do pavimento que
mostram sinais de deformação ou defeitos estruturais.

Utiliza-se o revestimento superficial simples de 9,5 e 13,2 mm (código 861) para perda de
agregado ou outros pequenos defeitos superficiais. Utiliza-se o revestimento superficial
duplo (código 862) de 9,5/19 mm para o tapamento de buracos.

A reparação da base e sub-base com material granular ou solo cimento será pago
separadamente sob código 899.

Esta actividade não deve ser utilizada para os trabalhos de reparação muito difíceis ou
muito dispendiosos.

Esta actividade implica a remoção dos materiais danificados e a sua substituição.


Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
 Marcação da área danificada.
 Fornecimento e armazenamento de materiais para o revestimento superficial;
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Corte e remoção de todo o material danificado e a limpeza e compactação do fundo
do buraco;
 Caso haja necessidade (buracos profundos) reparar a base e sub-base sob código
899:
 Aplicação da rega de colagem (caso de defeitos superficiais) ou rega de impregnação
(caso de reparação da sub-base).
 Aplicação do revestimento simples (861) ou duplo (862);
 Controlar o nível da superfície da reparação;
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada;
 Colocação de camada temporária de areia como protecção;
 Limpeza do local de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que possa ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal;
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Deve assegurar-se que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período de
ventos fortes ou logo depois das chuvas quando a superfície está muito húmida.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve-se evitar
contacto com a pele.
 Marcar os limites da área danificada a ser reparada usando giz ou tinta, verificando
cuidadosamente a qualidade do material de base e do pavimento enfraquecido. Deve-
se marcar a área danificada a remover duma forma regular definida por linhas rectas
com ângulos próximos ou maiores a 90 graus, afastadas uma distância de pelo
menos 10 cm em volta do pavimento danificado, Figura 12.15.

300
Figura 12.15: Preparação da área para reparação de um buraco superficial

 Os trabalhos de escavação, enchimento e compactação do buraco devem ser


concluídos numa única visita ao local.

Buracos que atingem a (sub) base.

 Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto.
Cortar e remover a camada de asfalto. Verificar as condições da camada de base. Se
a base for firme, então a deformação é superficial e a escavação não deve ser
continuada. Se tal não ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado
material firme (em boas condições). Deve-se verificar que o material em redor dos
limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
 Depois de terminar o corte e escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e
firme, e a verticalidade dos lados em relação ao fundo.
 O material deve ser colocado e compactado em camadas de 5,0 cm até à obtenção
do nível desejado.
 Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
 A preparação do material, ou seja, a mistura do material com o cimento e água deve
ser sempre realizada fora da área do buraco a ser reparado.
 Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os bordos
durante a compactação. Compacta-se o fundo do buraco com um pequeno cilindro,
placa vibradora ou maço manual.
 Preencher o buraco com camadas com uma espessura máxima de 8 cm até obtenção
de um nível igual ao nível da camada superficial existente. A camada final deve ser
aplicada com uma saliência em relação à superfície existente, tendo em conta o
coeficiente de empolamento do material que consiste na relação entre o volume solto
e o volume compactado. A maioria dos materiais apresenta um coeficiente de
empolamento de 1,2. Uma vez conhecida a espessura da camada compactada, esta
deverá ser multiplicada por 1,2 para obtenção da espessura de solo solto de forma a
que quando este for compactado fique nivelado com a superfície da camada de base
existente.
 A superfície do material compactado deve ser plana e não apresentar qualquer
irregularidade.
 Antes da aplicação da rega de colagem, a superfície deve ser livre de poeira, material
solto, lama ou outro lixo.
 Aplicar uma rega de impregnação de betume fluidificado cut-back MC30 com
pulverizador e vassoura à taxa de 1,0 l/m² nas paredes e no fundo do buraco. Nos
casos em que o material seja estabilizado com cimento ou qualquer outro aditivo, a
2
rega de impregnação deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m devendo ficar a
secar e a curar durante um período de 24 horas.

Aplicação do revestimento superficial


 Em caso de defeitos superficiais, aplicar uma rega de colagem de betume fluidificado
cut-back MC30 com pulverizador ou vassoura à taxa de 0,6 l/m² às paredes e ao
fundo do buraco. Não se deve aplicar o ligante sobre a superfície do pavimento
adjacente ao buraco.
 Aplicação de uma rega de colagem composta por uma emulsão betuminosa ou um

301
betume de penetração de preferência do tipo 150/200 fluidificado com gasóleo
(excepto em zonas muito quentes, onde se recomenda a utilização de um betume de
penetração do tipo 80/100) ou MC3000 ou uma emulsão.
 Emulsão:
o Os tambores contendo a emulsão betuminosa devem ser balançados para a
frente e para trás 6 vezes a cada 14 dias, agitando-os para evitar a sua
coagulação.
o Aplicar a emulsão com pulverizador ou regador e vassouras a uma taxa de
2
2,2 l/m .
o A emulsão deve ser aplicada nas áreas demarcadas, de forma a cobrir a
área situada dentro do perímetro das linhas de demarcação, ou seja, 10-15
cm no revestimento existente.
 Betume de penetração 150/200, ou MC3000 ou betume de penetração 80/100.
o Aplicação de betume de penetração 150/200 ou MC3000 ou betume de
penetração 80/100 aquecido a 145˚C com uma taxa de pulverização
correspondendo à dimensão dos agregados, tal como a seguir indicado,
Tabela 12.9.

Tabela 12.9: Taxas de aplicação de ligantes – Revestimento superficial para


a reparação de buracos

2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do ligante (l/m )
19 1,6
1,2 1,4
9,5 1,2

o Aplicação do ligante 150/200, ou MC3000 ou betume de penetração 80/100


de forma a cobrir toda a área marcada, ou seja, com uma sobreposição da
superfície entre 10 a 15 cm.
o Nos casos em que o ligante seja aplicado sem o auxílio de um vaporizador,
existe a tendência para ocorrer uma sobre-aplicação e quando isto acontece
poderá ser remediado através da aplicação de uma camada extra de
agregado por cima da outra camada sem a aplicação adicional de ligante.
 Espalhar uma camada de agregado imediatamente após a aplicação do ligante com
as percentagens de aplicação indicadas na Tabela 12.10.

Tabela 12.10: Taxas de aplicação de agregados – Revestimento superficial


de buracos

2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do agregado (l/m )
19 14
13,2 12
9,5 8

 O espalhamento do agregado deve ser feito com cuidado de modo a que as pedras
não fiquem sobrepostas de forma a criarem uma camada por cima de outra camada
sem ligante a uni-las. Deve-se remover manualmente as pedras que se encontram em
excesso de forma a obter uma distribuição uniforme. Nos casos em que haja falhas de
agregado, este deverá ser adicionado também manualmente.
 Compactar a superfície imediatamente após a aplicação do agregado com um cilindro
de rolo apeado ou um camião carregado, com 8 a 10 passagens sem partir o
agregado. Isto irá permitir a subida do ligante pela camada de agregado.
 Repetir o mesmo procedimento para a segunda camada (código 862) com taxas
reduzidas de aplicação de ligante (no caso de revestimento duplos).
o Utilizar uma taxa de aplicação inferior
o Utilizar agregado com uma dimensão inferior ao agregado utilizado na
primeira camada.
 A superfície final da reparação deve seguir o mesmo perfil da superfície existente e

302
deve apresentar-se isenta de irregularidades ou defeitos e permitindo uma drenagem
eficiente da água. Deve aplicar-se água para verificação da eventual formação de
poças quando chover.
 Abertura ao tráfego após a presa adequada do betão, cerca de 2-3 dias.
 Nos casos em que tenha de se permitir a circulação do tráfego sobre as áreas
reparadas e/ou nos casos em que exista indícios de desprendimento de agregado
devido ao tráfego nas fases iniciais, deve aplicar-se uma camada de areia.
 Limpe a área de trabalho adequadamente, usando um método apropriado.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Betume
 Impregnação betuminosa: Utilizar MC30 que poderá ser produzida no local através
da diluição de betume de penetração do tipo 80/100 com 80 % de querosene,
2
devendo ser aplicada a uma percentagem de 1,0 l/m

 Rega de colagem: Utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída
2
com água a 50:50, devendo ser aplicada a uma percentagem de 0,6 l/m .

 Betume de penetração 85/100: em conformidade com a norma SABS307.


 MC3000: deve ser preparado através da fluidificação de betume de penetração
85/100 com uma percentagem de querosene entre 8 a 10%.
 Emulsão betuminosa: deve ser aniónica, conter uma percentagem de betume
correspondendo a 60% e deve estar conforme com a norma SABS 309.
 Betume de penetração 150/200: Para obtenção de um melhor desempenho, é
recomendável utilizar o betume de penetração 150/200 preparado através da sua
fluidificação com betume de penetração 85/100 com 10% de gasóleo. Este ligante tem
uma maior durabilidade e endurece mais lentamente, proporcionando uma maior vida
útil aos revestimentos. O betume de penetração 150/200 é adequado para utilização
em revestimentos Otta, revestimentos superficiais, etc.
 Os limites das temperaturas de aquecimento dos ligantes e os limites de aplicação
devem estar em conformidade com os projectos ou com as instruções do Fiscal. Na
ausência destes, as especificações apresentadas na Tabela 12.11 devem ser
seguidas.

Tabela 12.11: Temperaturas recomendadas para o aquecimento de ligantes


– Revestimento superficial para a reparação de buracos

Limites das temperaturas de aquecimento para


Material
pulverização (ºC)
Mínimo Máximo Recomendado
85/100 pen 165 190 175
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com Tabela 4302/8 para as
classes 1, 2 e 3 da especificação SATCC. Se não for especificado nos cadernos de
encargos deve-se considerar a classe 2 para o cálculo do preço unitário.
 O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5 mm,
livre de poeira, lama, areia e outras impurezas, com menos de 1,5% em peso de
material a passar no peneiro de 0,425 mm.
 Nos casos em que a granulometria do agregado não cumpra as especificações
apresentadas na Tabela 12.12 (Tabela 4302/8 SATCC) as taxas de pulverização
devem ser ajustadas ao tipo de material disponível. Os valores de lamelação máxima
são apresentados na Tabela 12.13.

303
Tabela 12.12: Especificações de granulometria de agregados –
revestimento superficial para reparação de buracos - Em conformidade com
a Tabela 4302/8 SATCC

Dimensão da Percentagem que passa nas aberturas


abertura do
Classe
crivo 13,2 mm 9,5 mm 6,7 mm
(mm)
37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Esta classe satisfaz todos os pré-requisitos das
Classe 3 classes 1 e 2 excepto no que se refere a *0-50 e
**0-10
Classe 1 0,5 0,5 0,5
% passando na
abertura de Classe 2 1,5 1,5 2,0
4,75mm
Classe 3 2,0 2,0 3,0

Classe 1 N/A N/A N/A


% passando na
abertura de Classe 2 0,5 0,5 1,0
0,075mm
Classe 3 1,5 1,5 1,5

A resistência do agregado deve ser determinada de acordo com TMH 1 Secção B2. O
valor mínimo de 10%FACT corresponde a 210kN e o coeficiente entre o ensaio a
húmido e o ensaio a seco deve ser inferior a 75%.

Tabela 12.13: Especificações referentes à lamelação do agregado –


revestimento superficial para reparação de buracos - Tabela 4302/10
SATCC (página 3500-3)

Índice de lamelação máximo


Dimensão nominal do (%)
agregado
Agregado de revestimento
(mm)
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35
2
Medição M
Deve medir-se a área de buracos.
MAE

304
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica (< 10 mm profundidade) 863
Código de SATCC 4900
referência
utilização Este código utiliza-se para reparar pequenos buracos ou defeitos (< 10 mm de
profundidade) no revestimento. É próprio para uso em pavimentos com revestimentos em
betão asfáltico ou revestimentos superficiais duplos. Não deve ser utilizado para reparar
áreas do pavimento que mostrem sinais de deformação ou defeitos estruturais.

Este código não deve ser utilizado para os trabalhos de reparação muito difíceis ou muito
dispendiosos, implicando a remoção dos materiais danificados e a sua reparação.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Marcação da área danificada;
 Fornecimento e armazenamento dos materiais destinados à preparação de lama
asfáltica; agregado, cimento, emulsão betuminosa e água.
 Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
 Limpeza e remoção de todo o material danificado do buraco;
 Aplicação da rega de colagem;
 Preparação, colocação e compactação da lama asfáltica;
 Controlar o nível da superfície da reparação;
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
 Demarcada;
 Limpeza da área de trabalho;
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos de mais do que 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros.
 O Empreiteiro deve seguir as instruções do Fiscal relativamente à identificação do tipo
de defeitos e à selecção das áreas a serem sujeitas a tratamento.
 Os materiais a serem utilizados (materiais granulares, emulsão e agregado) devem
ser aprovados pelo Fiscal.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e
não deve ser armazenado em locais de humidade elevada.
 A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo de 6 meses após a sua
preparação. Findo este período deve ser rejeitada.
 Os trabalhos de reparação de buracos devem ser realizados numa única visita ao
local.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar que as condições
atmosféricas interfiram com a execução dos trabalhos. Os trabalhos não devem ser
realizados quando estiver a chover, ou quando estiver prestes a chover, após o pôr-
do-sol, durante a ocorrência de ventos fortes ou após a queda de chuva, quando a
camada de base se encontra ainda demasiado húmida.
 Os trabalhadores devem ser equipados com óculos de protecção, botas, luvas e
fatos-macacos. Deve-se evitar o contacto com a pele.
 Proceder à marcação das áreas com fissuras e das áreas com materiais soltos para a
sua reparação posterior. Deve-se verificar cuidadosamente, junto com um Fiscal, as
áreas apresentando sinais de fraqueza. Traçar linhas de demarcação em volta das
áreas danificadas (a pelo menos 20 cm dos rebordos das áreas danificadas). Estas
áreas devem ser marcadas com tinta dentro de um formato rectangular.
 Remover todos os materiais soltos da zona com defeito, e verificar cuidadosamente
para garantir que não ficou material enfraquecido.
2
 Pulverizar uma impregnação betuminosa leve, emulsão betuminosa a 0,6 l/m até à
obtenção de uma cobertura uniforme da superfície e até esta ficar com uma cor
homogénea.
 Dentro de 12 horas deve-se colocar o enchimento de lama asfáltica compactando
com cilindro vibrador manual, placa vibradora ou maço manual. A lama asfáltica deve
ser compactada após a sua presa e deverá ser suficiente a aplicação de 6 passagens.
 A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com uma capacidade adequada

305
para o volume dos trabalhos a serem executados (200 l)). Primeiramente, deve-se
colocar o agregado seguido do cimento, procedendo-se à mistura destes dois
componentes e, logo após, deve-se adicionar água e finalmente a emulsão
betuminosa. O tambor deve estar sempre em rotação enquanto se procede à mistura.
Devem-se adicionar pequenas quantidades de água de cada vez (cerca de 2,5 l).
Deve-se misturar até á obtenção de uma mistura consistente e uniforme. A água a
utilizar deve ser apenas a quantidade de água necessária para proporcionar uma boa
trabalhabilidade.
 A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que siga o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e ao
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitir a drenagem das águas
e o seu nível final esteja ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada.
 Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada mais lama asfáltica
deverá ser acrescentada e compactada de novo de modo a garantir o estipulado.
 A lama asfáltica deve ser deixada a curar antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas, no caso de estradas com um baixo volume de tráfego
de veículos pesados e aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume
elevado de tráfego de veículos pesados).
 Limpeza da área de trabalho, evitando a presença de materiais soltos na lama
asfáltica recém-aplicada.
 A superfície do revestimento deve ter uma textura uniforme e apresentar-se livre de
manchas, vazios ou agregado solto. Deve também estar isenta de ondulações.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.

Impregnação betuminosa
Deve ser constituída por uma emulsão betuminosa SS60 (60 % de betume). Deve estar
em conformidade com a norma SABS 309 e deve ser diluída com água a 50:50 e aplicada
2
a 0,6 l/m .

Emulsão betuminosa
 A emulsão betuminosa a ser utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser uma
emulsão aniónica contendo 60% de betume (SS60) e deve estar em conformidade
com a norma SABS 309.
 A emulsão deve ser acompanhada de um certificado indicando claramente o tipo,
composição e quantidades.

Areia
 A areia utilizada para a produção de lama asfáltica grosseira deve conter uma
percentagem mínima 75% de agregado com granulometria de areia, tendo uma
resistência consistente com a areia natural limpa, não devendo ter uma resistência
consistente com a areia desgastada. A segunda exigência reside no facto de que
deve estar em conformidade com as especificações granulométricas apresentadas na
Tabela 12.14 (Tabela 4302/11 SATCC).

Cimento:
 Cimento tipo Portland Normal que cumpre com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) que cumpre com
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.

Água:
 Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.

306
Tabela 12.14: Especificaçoes referentes à granulometria dos agregados –
lama asfáltica para selagem de fissurações

Dimensão da
abertura da malha Percentagem (peso) que passa o
do crivo peneiro
(mm)
Média grossa
13,2
9,5
6,7 100 100
4,75 82-100 70-90
2,36 56-95 45-70
1,18 37-75 28-50
0,6 22-50 19-34
0,3 15-37 12-25
0,15 7-20 7-18
0,075 4-12 2-8

Lama asfáltica:
 A lama asfáltica deve ser preparada através da mistura de areia, emulsão
betuminosa, cimento e água na central de betonagem móvel (camião). Para efeitos de
concurso, as seguintes proporções devem ser tidas em conta para a produção de
lama asfáltica:
3
- Inertes (areia) 1m
- Emulsão 260 litros
3
- Cimento 0,01m
- Água 235 litros (a proporção pode ser ajustada para melhorar a
trabalhabilidade)
3
 Em alternativa, podem-se utilizar as seguintes proporções: 1 m de lama asfáltica,
com 1,5% de cimento e 145 litros de água.
 A lama asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
 O período de tempo necessário para a realização do processo de amassadura deve
ser o suficiente para permitir o revestimento adequado do agregado e o espalhamento
homogéneo da emulsão betuminosa na mistura.
 A lama asfáltica deve ser aplicada imediatamente após a sua amassadura.
3
Medição  m
 Medição do volume dos buracos reparados.
 MAE

307
Actividade: Reparação de Rotura de Bordos em Pavimentos Revestidos Código:
Mistura Betuminosa (a frio) 870

Código de SATCC 4900


referência O agregado, o filer, e o ligante devem ser misturados até à obtenção de uma mistura
homogénea com as partículas uniformemente cobertas. Os períodos de mistura
excessivamente longos devem ser evitados porque isto poderá causar o endurecimento do
ligante.
Utilização Este código é utilizado para reparar roturas de bordo em pavimentos revestidos. É
apropriado para pavimentos com pavimentos asfálticos. As roturas de bordo em
pavimentos ocorrem quando a erosão provoca diferenças de nivelamento entre as bermas
erodidas e o pavimento, ou quando ocorre dano devido à concentração de veículos que
saem da faixa de rodagem, Foto 12.5.
Este código não deve ser utilizado em situações onde as reparações são muito difíceis e
muito dispendiosas. Envolve a remoção do material danificado e a sua substituição.
A reparação da base e sub-base será paga separadamente sob código 899.
Esta actividade deve ser realizada depois da recarga da berma, códigos 840 a 844, caso
exista uma redução no nível inicial da berma, para garantir assim a longevidade da
reparação do pavimento.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
 Fornecimento e armazenagem de materiais para o enchimento do buraco;
 Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
 Marcação da área danificada;
 Corte e remoção da faixa do revestimento danificado e a escavação até atingir material
de base consistente;
 Caso haja necessidade (roturas com profundidade superior à espessura do
revestimento existente) reparar a base e sub-base sob código 899;
 Limpeza e compactação do fundo da escavação;
 Aplicação da rega de impregnação (ou da rega de colagem no caso de defeitos
superficiais);
 Preparação, colocação e compactação da mistura betuminosa;
 Controlar o nível da superfície da reparação;
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada;
 Limpeza do local de trabalho;
 Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo do tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovadas pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar que as condições
atmosféricas interfiram com a execução dos trabalhos. Os trabalhos não devem ser
realizados quando estiver a chover, ou quando estiver prestes a chover, após o pôr-do-
sol, durante a ocorrência de ventos fortes ou após a queda de chuva, quando a
camada de base se encontra ainda demasiado húmida.
 Os trabalhadores devem ser equipados com óculos de protecção, botas, luvas e fatos-
macacos. O contacto com a pele deve ser evitado.
 Marcar os limites da área danificada a ser reparada usando giz ou tinta, verificando a
qualidade do material da base e do pavimento enfraquecido. Deve-se marcar a área
danificada a remover duma forma regular definida por linhas rectas com ângulos
próximos ou maiores a 90 graus, afastadas uma distância de pelo menos 10 cm em
volta do pavimento danificado.
 Os trabalhos de escavação, enchimento e compactação do buraco devem ser
concluídos numa única visita ao local.

Rotura dos bordos atingindo a camada de (sub)base.


 Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto ou
uma outra ferramenta apropriada e remover os materiais das áreas danificadas. Cortar
e remover a camada de revestimento superficial duplo no lado da faixa de rodagem e

308
também o pavimento no lado da berma. Deve-se cortar a partir da berma no sentido da
via. Verificar as condições da camada de base. Se a base for firme, então a
deformação é superficial e a escavação não deve ser continuada. Se tal não ocorrer, a
escavação deve continuar até ser encontrado material firme (em boas condições).
Remover todos os materiais soltos da via. Deve-se verificar que o material em redor
dos limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
 Depois de terminar a escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e firme, e
a verticalidade dos lados em relação ao fundo é mantida.
 Colocação de tábuas sobre os limites do buraco de reparação para protecção dos
bordos deste durante os trabalhos de compactação. Compactação do fundo do buraco
com o auxílio de um cilindro vibratório apeado ou um compactador de placa vibratória
ou maços de calceteiro.
 Preenchimento do buraco em camadas com uma espessura não superior a 5,0 cm até
ser atingido o nível da superfície existente.
 Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
 Contudo, no caso de estradas com baixo volume de tráfego, poderão ser utilizados
materiais granulares sem estabilização e devem ser do tipo CB$ 60% AASHTO
Modificado ou superior e devem ser compactados em camadas finas de 50 mm de
forma a obter-se uma densidade mínima de 95% do AASHTO Modificado, ou em
conformidade com as indicações do Fiscal.
 Se houver uma camada de asfalto de 4,0 cm ou mais, deve-se encher o buraco com
material granular até a um nível inferior do revestimento (4,0 cm) abaixo da superfície
do revestimento (pago sob o código 899). O material granular deve ser colocado em
conformidade com o código 899.
 A superfície compactada deverá ser plana e sem irregularidades.
 Limpeza da superfície do material compactado nos buracos de forma a ficar livre de
pós, materiais soltos, lamas ou qualquer outro resíduo.
 Aplicação de uma impregnação betuminosa MC30 com o auxílio de um vaporizador ou
2
tambores de rega e vassouras numa proporção de 1,0 l/m nas paredes verticais e na
superfície do material compactado no buraco. Se o material for estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo deve aplicar-se uma impregnação betuminosa numa
2
proporção de 0,6 l/m , para obter uma penetração mínima de 3 mm.
 No caso de um revestimento existente com uma espessura de 40 mm, Após um
período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa camada
compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ficar nivelada (ou
num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente permitindo o
adensamento do betão betuminoso, ou seja, evoluindo de uma espessura solta para
uma espessura compactada. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de 1,2
que deve ser testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve ser
compactada com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro vibratório
apeado, um compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
 Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura das
áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do que
o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente pode ser
preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo betume de
penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em seguida
misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os 170ºC. A
temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
 Cada camada deve ser compactada separadamente e a compactação não deverá
deixar quaisquer marcas na superfície.
 A superfície final da reparação deve ser colocada de forma a seguir o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e ao
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos e permitir uma drenagem das
águas na superfície da via. O nível final da reparação deve situar-se cerca de 0,5 mm
acima da superfície da estrada. Deve verificar-se a eficácia da drenagem pela
aplicação de água na superfície e verificando se há formação de poças.
 Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá se escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada de
novo de modo a garantir o estipulado.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície recém-reparada

309
deve ser varrida com muito cuidado, para evitar o desprendimento de material.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Impregnação betuminosa
 Para este efeito, deve-se utilizar MC30, que pode ser produzida no local pela diluição
de betume de penetração 80/100 com 80 % de querosene e deve ser aplicada numa
2
proporção de 1,0 l/m .

Rega de colagem
 Deve-se utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída com água a
2
50:50 e deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m .

Mistura betuminosa a quente


 O agregado deve estar em conformidade com a Tabela 4202/3 SATCC e deve
utilizar-se um betume de penetração do tipo 80/100. O agregado aquecido deve
ser misturado com betume aquecido de forma a produzir a mistura betuminosa a
quente. As proporções dos vários componentes da mistura betuminosa devem ser
as indicadas na Tabela 4202/3 SATCC.

Mistura betuminosa a frio


 Composta por agregado, emulsão betuminosa e finos amassados numa betoneira com
uma capacidade mínima de 200 l.

Método A:
 A emulsão betuminosa (SS60) deve ser aniónica estável com 60% de betume
(preparado de betume de penetração 80/100), conforme SABS 309 na taxa de
2
2,2 l/m por cada 25 kg de inertes.
 A emulsão a utilizar deve ter idade inferior a 90 dias.
 De 14 em 14 dias e antes do uso, cada tambor de emulsão deve ser
rolado pelo menos 6 vezes, para evitar a sua coagulação.
 O agregado utilizado pode ser de pedra britada ou natural. Deve ser
resistente, livre de poeira e impurezas e não alterado. A granulometria deve
cumprir com o especificado na Tabela 12.15 (Tabela 4202/3 Especificação
SATTC), sendo a granulometria média a recomendada.

Tabela 12.15: Especificações referentes a misturas betuminosas – reparação


de fendas na berma

Dimensão da abertura da Granulometria contínua (%)


malha do crivo
(mm) Grossa Média Fina

26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12

Agregado 93,5% 93,5% 93,5%


Betume residual* 5,5% 5,5% 6,0%
Filer activo 1,0% 1,0% 1,0%

310
Método B:
 A mistura betuminosa a frio pode ser produzida com as seguintes proporções:

Tabela 12.16: Composição das misturas betuminosas a frio – reparação de


fendas na berma

Componente Proporções
Agregado de 9,7 mm 1 parte
Agregado de 6,7 mm 1 parte
Agregado <6,7 mm (finos) 1 parte
3
Emulsão betuminosa SS60 125 a 150 l/m da mistura

 No que se refere às camadas mais espessas compostas por misturas


betuminosas a frio, deve-se substituir o agregado de 9,5 mm por agregado
com 13,2 mm.
 Colocar uma parte da emulsão na betoneira, seguida de agregado, colocando-se em
seguida o resto da emulsão.
 O tempo de amassadura deve ser o mínimo necessário para permitir que todas as
partículas de agregado fiquem cobertas de emulsão betuminosa de forma a obter-se
uma mistura homogénea. A mistura betuminosa a frio pode ser aplicada muito depois
de se proceder à sua amassadura.
Medição  m³ de betão betuminoso.
 Medição do volume dos buracos.
 MAE

Foto 12.5: Fendas profundas na berma – Largura da via significativamente reduzida (sem
condições de segurança para os utentes

311
Actividade: Reparação de Rotura de Bordos em Pavimentos com Código:
Revestimento superficial duplo 871
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar os bordos danificados em revestimentos asfálticos. É
próprio para uso em pavimentos com revestimento duplo. A rotura dos bordos acontece
quando a erosão da berma cria um desnível entre o pavimento e a berma, ou em locais
onde há movimento concentrado de veículos que saem da estrada.

Esta actividade de reparação do bordo do pavimento deve ser realizada sem muita
dificuldade e sem elevado custo. Ela envolve a remoção de materiais danificados e a sua
substituição.

A reparação da base e sub-base será paga separadamente sob código 899.

Esta actividade deve ser realizada depois da recarga da berma, códigos 840 a 844, caso
exista uma redução no nível inicial da berma, para garantir assim a longevidade da
reparação do pavimento.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
 Marcação da área danificada.
 Fornecimento e armazenamento dos materiais destinados ao revestimento superficial.
 Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
 Corte e remoção da faixa do revestimento danificado e a escavação até atingir
material de base consistente.
 Caso haja necessidade (roturas com profundidade superior à espessura do
revestimento existente) reparar a base e sub-base sob código 899.
 Limpeza e compactação do fundo da escavação.
 Aplicação de rega de colagem (no caso de defeitos de superfície) ou de rega de
impregnação caso de reparação da (sub)base.
 Preparação, colocação e compactação das camadas de revestimento duplo;
 Controlar o alinhamento e o nível da superfície da reparação.
 Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo do tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
 O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas ou
tanques bem fechados e aprovados pelo Fiscal.
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
 Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar que as condições
atmosféricas interfiram com a execução dos trabalhos. A aplicação da impregnação
betuminosa não deve ser efectuada durante os períodos de chuva ou em que esteja
prestes a chover, não deve ser realizada após o pôr-do-sol, durante a ocorrência de
ventos fortes ou após a queda de chuva, quando a camada de base se encontra
ainda demasiado húmida.
 Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve-se evitar
contacto com a pele.
 Marcar os limites da área danificada a ser reparada usando giz ou tinta, verificando a
qualidade do material da base e do pavimento enfraquecido. Deve-se marcar a área
danificada a remover duma forma regular definida por linhas rectas com ângulos
próximos ou maiores a 90 graus, afastadas uma distância de pelo menos 10 cm em
volta do pavimento danificado.
 Os trabalhos de compactação, aterro e compactação do buraco devem ser efectuados
numa única visita ao local.

Rotura dos bordos atingindo a camada de sub-base.


 Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto
ou uma outra ferramenta apropriada e remover os materiais das áreas danificadas.

312
Cortar e remover a camada de revestimento superficial duplo no lado da faixa de
rodagem e também o pavimento no lado da berma. Deve-se cortar a partir da berma
no sentido da via. Verificar as condições da camada de base. Se a base for firme,
então a deformação é superficial e a escavação não deve ser continuada. Se tal não
ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado material firme (em boas
condições). Deve-se verificar que o material em redor dos limites da caixa e da
fundação é firme e que se encontra em boas condições.
 Depois de terminar a escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e firme, e
a verticalidade dos lados em relação ao fundo é mantida.
 O material deve ser colocado e compactado em camadas com espessura de 5,0 cm
até à obtenção do nível exigido.
 Antes de se proceder ao aterro dos buracos, os solos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento semelhante, uma vez que o equipamento leve
utilizado na compactação nunca permitirá atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados, que foram utilizados durante a
construção inicial. A estabilização servirá para compensar a deficiente compactação
resultante da utilização de equipamento mais leve.
 A preparação do material, ou seja, a mistura do material com cimento e água deve ser
efectuada fora da área de reparação do buraco.
 Contudo, no caso de estradas com baixo volume de tráfego, poderão ser utilizados
materiais granulares sem estabilização e devem ser do tipo CBR 60% AASHTO
Modificado ou superior e devem ser compactados em camadas finas de 50 mm de
forma a obter-se uma densidade mínima de 95% do AASHTO Modificado, ou em
conformidade com as indicações do Fiscal
 Colocação de tábuas sobre os limites do buraco de reparação para protecção dos
bordos deste durante os trabalhos de compactação. Compactação do fundo do
buraco com o auxílio de um cilindro vibratório apeado ou um compactador de placa
vibratória ou maços de calceteiro.
 Preenchimento do buraco em camadas com uma espessura não superior a 8,0 cm até
ser atingido o nível da superfície existente. A camada final deve ser colocada num
plano mais elevado que a superfície existente, tendo em conta o coeficiente de
empolamento do material, que traduz a relação entre o volume do material solto e do
material compactado. A maioria dos materiais apresenta um coeficiente de
empolamento de 1,2. Uma vez conhecida a espessura da camada compactada, esta
deverá ser multiplicada por 1,2 para obtenção da espessura de solo solto de forma a
que quando este for compactado fique nivelado com a superfície existente.
 A superfície compactada do material deve ser plana e sem irregularidades.
 Limpeza da superfície do material compactado nos buracos de forma a ficar livre de
pós, materiais soltos, lamas ou qualquer outro resíduo.
 Aplicação de uma impregnação betuminosa MC30 com o auxílio de um vaporizador
2
ou tambores de rega e vassouras numa proporção de 1,0 l/m nas paredes verticais e
na superfície do material compactado no buraco. Se o material for estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo deve aplicar-se uma impregnação betuminosa leve
2
(rega de colagem) numa proporção de 0,6 l/m , devendo ser deixado a curar e secar
durante um período de 24 horas.
 Aplicação de um revestimento superficial duplo em conformidade com o código 862.

Aplicação do revestimento superficial


 Se os defeitos forem superficiais, ou seja, situados apenas ao nível do revestimento,
deve aplicar-se uma impregnação betuminosa (rega de colagem) leve de MC30 numa
2
proporção de 0,6 l/m nas paredes e no fundo da superfície do buraco. Deve evitar-se
o derramamento de material para fora da área de reparação do buraco.
 Aplicação de uma rega de colagem composta por uma emulsão betuminosa ou por
um betume de penetração, de preferência, um betume de penetração 150/200
fluidificado com gasóleo, excepto em zonas muito quentes, nas quais se recomenda a
utilização de um betume de penetração 80/100.
o Os tambores contendo a emulsão devem ser balançados para a frente e
para trás 6 vezes a cada 14 dias, agitando-os para evitar a sua coagulação.
o Aplicar emulsão com pulverizador ou com regador e vassouras numa taxa
2
estimada em 2,2 l/m .
o A emulsão deve ser aplicada em todas as áreas demarcadas que cobrem a
área dentro do perímetro das linhas de demarcação, ou seja, 10 - 15 cm no
revestimento existente.
 Betume de penetração 150/200, ou MC3000 ou betume de penetração 80/100.
o Aplicação de betume de penetração 150/200 aquecido a 145˚C com o auxílio

313
de um pulverizador com as taxas de aplicação correspondendo à dimensão
dos agregados, tal como indicado na Tabela 12.17.

Tabela 12.17: Taxas de aplicação de ligante – revestimento superficial duplo


para a reparação de fendas na berma

2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do ligante (l/m )
19 1,8
13 1,4
9,5 1,2

o Aplicação do ligante 150/200 ou do betume de penetração 80/100 de forma a


cobrir toda a área marcada, ou seja, com uma sobreposição da superfície
entre 10 a 15 cm.
o Nos casos em que o ligante seja aplicado sem o auxílio de um vaporizador,
existe a tendência para ocorrer uma sobre-aplicação e quando isto acontece
poderá ser remediado através da aplicação de uma camada extra de
agregado por cima da outra camada sem a aplicação adicional de ligante.
 Espalhar uma camada de agregado imediatamente após a aplicação do ligante com
as percentagens de aplicação reduzidas indicadas.
 O espalhamento deve ser feito com cuidado de modo a que as pedras não fiquem
sobrepostas de forma a criarem uma camada dupla sem ligante de ligação entre elas.
Deve-se remover manualmente as pedras que se encontram em excesso de forma a
obter uma distribuição uniforme. Nos casos em que haja falhas de agregado, este
deverá ser adicionado também manualmente.
 Compactar a superfície imediatamente após a aplicação do agregado com um cilindro
de rolo apeado ou um camião carregado, com 8 a 10 passagens sem partir o
agregado. Isto irá permitir a subida do ligante pela camada de agregado.
 Repetir o mesmo procedimento para a segunda camada (código 862) com taxas
reduzidas de aplicação de ligante (no caso de revestimento duplo).
o Utilizar uma taxa de aplicação inferior;
o Utilizar agregado com uma dimensão inferior ao agregado utilizado na
primeira camada.
 A superfície final da reparação deve seguir o mesmo perfil da superfície existente e
deve apresentar-se isenta de irregularidades ou defeitos, e permitir uma drenagem
eficiente da água. Deve aplicar-se água para verificação da eventual formação de
poças quando chover.
 Se houver sinal de desprendimento do agregado durante a passagem de veículos
deve aplicar-se uma camada de areia na superfície da reparação.
 A área onde os trabalhos foram executados deve ser cuidadosamente limpa. Após a
finalização dos trabalhos, a área deve ser varrida para remoção do todo o material
solto.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
 Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.

Betume
 Impregnação betuminosa: Utilizar MC30, que poderá ser produzido no local através
da diluição de betume de penetração do tipo 80/100 com 80% de querosene, devendo
2
ser aplicada a uma taxa de 1,0 l/m .
 Rega de colagem: Utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída
2
com água a 50:50, devendo ser aplicada a uma percentagem de 0,6 l/m .
 Betume de penetração 85/100: em conformidade com a norma SABS307.
 MC3000: deve ser preparado através da fluidificação de betume de penetração
85/100 com uma percentagem de querosene entre 8 a 10%.
 Emulsão betuminosa: deve ser aniónica, conter uma percentagem de betume

314
correspondendo a 60% e deve estar em conformidade com a norma SABS 309.
 Betume de penetração150/200: Para obtenção de um melhor desempenho, é
recomendável utilizar o betume de penetração 150/200 preparado através da sua
fluidificação com betume de penetração 85/100 com 10% de gasóleo. Este ligante tem
uma maior durabilidade e endurece mais lentamente, proporcionando uma maior vida
útil aos revestimentos. O betume de penetração 150/200 é adequado para utilização
em revestimentos Otta, revestimentos superficiais, etc.
 Os limites das temperaturas de aquecimento dos ligantes e os limites de aplicação
devem estar em conformidade com os projectos ou com as instruções do Fiscal. Na
ausência destes, devem ser seguidas as especificações apresentadas na Tabela
12.18.

Tabela 12.18: Temperaturas de aplicação de ligante – revestimento


superficial para a reparação de fendas na berma

Limites das temperaturas de aquecimento para


Material
pulverização (ºC)
Mínimo Máximo Recomendado
85/100 pen 165 190 175
150/200 pen 135 155 145
MC3000 135 155 145

Agregado
 A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
classes 1, 2 e 3 das especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos
de encargos deve-se considerar a classe 2 para o cálculo do preço unitário.
 O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5 mm,
livre de poeira, lama, areia e outras impurezas, com menos de que 1,5 % em peso do
material a passar o peneiro de 0,425 mm.
 Nos casos em que a granulometria do agregado não cumpra as especificações
apresentadas na Tabela 12.19 (Tabela 4302/8 SATCC) as taxas de pulverização
devem ser ajustadas ao tipo de material disponível. Os valores máximos de lamelação
do agregado são apresentados na Tabela 12.20.

Tabela 12.19: Especificações de granulometria do agregado – revestimento


superficial para a reparação de fendas na berma - Em conformidade com a
Tabela 4302/8 SATCC

Dimensão da Percentagem que passa nas aberturas


abertura do
Classe
crivo
(mm) 13,2 mm 9,5 mm 6,7 mm

37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Esta classe satisfaz todos os pré-requisitos das
Classe 3 classes 1 e 2 excepto no que se refere a *0-50 e
**0-10
% passando na Classe 1 0,5 0,5 0,5

315
abertura de Classe 2 1,5 1,5 2,0
4,75mm
Classe 3 2,0 2,0 3,0

Classe 1 N/A N/A N/A


% passando na
abertura de Classe 2 0,5 0,5 1,0
0,075mm
Classe 3 1,5 1,5 1,5

A resistência do agregado deve ser determinada de acordo com TMH 1 Secção B2. O
valor mínimo de 10%FACT corresponde a 210kN e o coeficiente entre o ensaio a húmido
e o ensaio a seco deve ser inferior a 75%.

Tabela 12.20: Especificações referentes à lamelação do agregado –


revestimento superficial da reparação de fendas na berma - Em
conformidade com a Tabela 4302/10 SATCC (página 3500-3)

Índice de lamelação máximo %


Dimensão nominal do agregado
Agregado de revestimento
(mm)
Classe 2/3
19,0 30
13,2 30
9,5 35
6,7 35

2
Medição  m
 Medição do volume das reparações efectuadas.
 MAE

316
Actividade: Reparação de pequenos defeitos superficiais em pavimentos Código:
betuminosos 892
Tipo 2: Selagem com pó de pedra/areia (areia de pedreira) para
correcção de refluimento
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é utilizado para a correcção de refluimentos em pavimentos betuminosos com
betão asfáltico ou revestimentos superficiais.

Esta actividade deve ser realizada atempadamente para não incorrer em reparações mais
difíceis e mais caras.

Esta actividade deve ser realizada sem muita dificuldade e sem elevado custo.

Apenas são considerados os refluimentos que necessitam de correcção (nos dias quentes,
o betume amolece e a superfície da estrada fica escorregadia reduzindo as condições de
circulação em segurança).
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
 Delimitação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento de materiais no local.
 Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
 Demarcação e limpeza das áreas apresentando problemas.
 Espalhamento do pó ou de areia de pedreira.
 Controlar a velocidade do tráfego ao longo de três dias;
 Varrer de volta o material removido pelo trafego.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
 O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Os materiais a utilizar devem ser aprovados pelo Fiscal;
 Os trabalhadores envolvidos devem ser equipados com fatos-macacos, luvas e botas.
 Marcar os limites da área a ser reparada usando giz ou tinta.
 Os trabalhos devem ser concluídos numa única jornada de trabalho;
 Apenas são considerados refluimentos aqueles em que, durante os dias quentes, o
revestimento seja amolecido e levantado pelas rodas dos veículos.
 Para se proceder à sua reparação dever-se-á esperar por um dia muito quente;
 Por volta das 14 horas, quando a temperatura da superfície da estrada for muito alta,
dever-se-á espalhar uma camada de pó de pedra seco a uma taxa máxima de 0,004
3 2 2
m /m (4 litros/m );
 A velocidade do tráfego deverá ser controlada (< 40 km/h) e o pó de pedra removido
pelo tráfego deverá ser varrido de volta para a zona de refluimento.
 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície acabada da
emenda deve ser varrida com muito cuidado, para remover todo o material solto.
 Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
 O material removido deve ser colocado num local conveniente, a pelo menos 10 m da
faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm;
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
 Os materiais utilizados nesta actividade devem ser constituídos por um mínimo de
75% de areia de pedreira, com uma resistência semelhante à da areia natural limpa. A
areia de pedreira deve ser proveniente de rocha sã. A granulometria deve
corresponder aos valores apresentados na Tabela 12.21 (Tabela 4302/11 SATCC).

317
Tabela 12.21: Especificações de granulometria de pó de pedreira –
aplicação da exsudação do revestimento betuminoso - Em conformidade
com a Tabela 4302/11 SATCC (página. 3500-5)

Percentagem que passa no


Aberturas de crivo (mm)
crivo (%)
13,2
9,5
6,7 100
4,75 82-100
2,36 56-95
1,18 37-75
0,60 22-50
0,30 15-37
0,15 7-20
0,075 4-12

 O pó de pedra deve ser aplicado numa camada única com uma taxa máxima de
3 2 2
aplicação de 0,004m /m (4 l/m ).
2
Medição  m
 Medição da área sujeita a trabalhos de reparação.
 MAE

318
Actividade: Renovação de revestimentos betuminosos Código:
Aplicação de Fog Spray 893
Código de SATCC 4100
referência
Utilização O fog spray é utilizado para a renovação do revestimento asfáltico demonstrando perda de
agregado, para a correcção de defeitos num troço com impregnação betuminosa, para a
selagem de fissuras muito finas (<3 mm) e como camada de impregnação betuminosa a ser
colocada entre os pavimentos velhos e os pavimentos novos. A aplicação é feita com uma
emulsão asfáltica (SS60) diluída a 50:50 com água.

Ver Foto 12.6 onde se representa a aplicação de uma rega de colagem num revestimento
superficial antigo.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança
incluídas  Assegurar a circulação do tráfego em condições de segurança e sem interrupções
durante a execução dos trabalhos.
 Delimitação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Limpeza, varrimento e remoção de todos os materiais soltos e resíduos.
 Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
 Aplicação de fog spray.
 Protecção da área recém-aplicada durante a cura.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização para segurança.
 Os trabalhos devem ser planeados de forma a evitar a interrupção do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve deixar-se uma passagem para circulação dos
veículos em condições de segurança e sem sofrerem qualquer dano.
 O Empreiteiro deve notificar o supervisor um dia antes da aplicação da camada de
impregnação betuminosa para ensaio das taxas de aplicação e respectiva confirmação
por parte do Fiscal.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser realizado em tambores bem
fechados ou cisternas devidamente aprovados pelo Fiscal; a emulsão deve ser agitada
uma vez a cada duas semanas para misturar o material e prevenir o desenvolvimento
de grumos que surgem quando a emulsão fica parada por longos períodos de tempo.
 O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
 O equipamento deve ser testado para controlo das taxas e da uniformidade de
aplicação.
 Devem ser tomadas as precauções adequadas para evitar a interferência das
condições atmosféricas com os trabalhos. A aplicação da impregnação betuminosa
não deve ser realizada quando estiver a chover ou prestes a chover, após o pôr-do-sol,
durante a ocorrência de ventos fortes ou após ter chovido, quando a camada de base
se encontra demasiado húmida.
 Antes da aplicação de fog spray, a superfície existente deve ser pulverizada com água
para redução da tensão superficial. Deve evitar-se a aplicação excessiva de água, uma
vez que isto poderá provocar um atraso no início dos trabalhos de aplicação de fog
spray.
 A aplicação deve ser feita de modo a permitir a distribuição uniforme da emulsão em
toda a área pulverizada.
 Os trabalhadores envolvidos devem estar devidamente equipados com óculos de
protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto dos produtos com
a pele.
 Marcação dos limites da área de trabalho desde o eixo transversal da estrada, com
larguras de faixa pré-definidas, até aos bordos da estrada, em conformidade com o
projecto e as instruções do Fiscal.
 O fog spray é normalmente aplicado numa faixa de cada vez.
 Se a aplicação for efectuada em várias faixas, esta deverá ser feita com uma
sobreposição mínima de 100mm. Deve colocar-se uma tira de papel resistente no
início e no fim de cada pulverização para assegurar que as juntas transversais estão
adequadamente posicionadas.
 Relativamente à pulverização SS60, o armazenamento do material de pulverização
deve ser feito à temperatura ambiente.
 A temperatura de aplicação da rega de colagem (SS60) deve corresponder à

319
temperatura especificada nos projectos ou de acordo com as instruções do Fiscal.
 A temperatura da emulsão deve ser devidamente testada e verificada e deve-se
verificar se todos os jactos da lança de distribuição estão a funcionar adequadamente;
este teste deve ser realizado fora da área da estrada antes da pulverização.
 A altura da lança de distribuição deve ser regulada antes da aplicação do material
betuminoso, de forma a que cada ponto da estrada seja pulverizado com 3 agulhetas,
recebendo assim 3 fluxos separadamente para obtenção da taxa de aplicação
indicada.
 A lança deve ser ajustada de forma a seguir o declive transversal da superfície da base
com vista à obtenção de uma boa distribuição do fog spray.
 Ajustar a largura da pulverização coberta pela barra de distribuição de forma a que
(1/3) o fluxo pulverizado no último jacto atravesse o eixo transversal da estrada para
obtenção de uma boa margem de sobreposição na outra via.
 A segunda distribuição deve ser efectuada no mesmo sentido da primeira.
 Não deve ser permitida a circulação nos troços recém-tratados
 Os rebordos limite da impregnação betuminosa devem ser formados por linhas rectas
com uma tolerância máxima de 25 mm, sendo os rebordos marcados com pequenas
pedras ou pregos e fio colocados de forma a proporcionarem uma recta e uma
curvatura adequadas em conformidade com as exigências apresentadas no projecto
de traçado.
 Não é permitida a circulação nos troços recém-pulverizados.
 O fog spray deve curar totalmente antes da abertura do troço ao tráfego, excepto nos
casos em que seja absolutamente necessário (um período mínimo de cura de 24 a 48
horas poderá ser suficiente, dependendo das condições atmosféricas, mas 3 dias será
o ideal).
 A área de trabalho deve ser devidamente limpa.
 Todos os defeitos devem ser corrigidos de forma a garantir a cobertura adequada de
todas as áreas. Para este efeito, deve ser utilizada uma emulsão betuminosa estável
60 ou SS 60.
 Nenhum material deverá permanecer na faixa de rodagem, bermas, valetas e sanjas,
com vista a prevenir a eventual ocorrência de problemas de drenagem.
 Os resíduos asfálticos devem ser removidos do local para um local indicado pelo
Fiscal. O outro material removido deve ser colocado num local adequado a uma
distância mínima da estrada correspondendo a 10 m, devendo ser espalhado numa
camada com uma espessura máxima de 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal;
 O fog spray é obtido através da diluição da emulsão asfáltica (SS60 – 60% de betume)
com água na proporção de 50/50.
 Para fins de concurso, o fog spray deve ser aplicado numa proporção de 0,6 l/m².
 Água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares e sem concentrações
de metais.
Medição  m²
 Medição da área pulverizada.
 MDE

320
Foto 12.6: Fog spray aplicado num revestimento superficial antigo – renovação de um revestimento
betuminoso

321
Actividade: Aplicação de resselagem
Aplicação fog spray (com diluição de SS60 ou MC30) seguida de Código:
aplicação de camada de revestimento (revestimento superficial
simples) 894
Código de
referência
Utilização Este código destina-se a ser utilizado para a resselagem das estradas com revestimentos
betuminosos envelhecidos. Este código deve ser utilizado apenas nos casos de
envelhecimento do revestimento mas sem apresentar defeitos graves ou nos casos em
que estes defeitos tenham sido reparados através de trabalhos de selagem de juntas,
reparação de buracos e reparação de roturas dos bordos do pavimento.
Um fog spray é utilizado como impregnação para assegurar a adesão entre o revestimento
antigo e o novo. O fog spray à base de emulsões betuminosas deve ser diluído com água
numa proporção de 50:50. Em caso de utilização do MC30, este deve ser aplicado a uma
2
taxa de 0,6 l/m .
Deve ser aplicada uma camada de selagem da forma apresentada nos códigos
respectivos incluídos na Série 400.
Tarefas  Colocação de sinalização de segurança.
incluídas  Assegurar a circulação do tráfego em condições de segurança e sem interrupções
durante a execução dos trabalhos.
 Delimitação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento do material.
 Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
 Limpeza, varrimento e remoção de todos os materiais soltos e resíduos.
 Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
 Aplicação do fog spray.
 Aplicação da camada de selagem (recomenda-se a aplicação de uma única camada).
 Compactação e cura do novo revestimento.
 Tratamento do novo revestimento durante o processo de cura.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Colocação de sinalização para segurança.
 Os trabalhos devem ser planeados de forma a evitar a interrupção do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve deixar-se uma passagem para circulação dos
veículos em condições de segurança e sem sofrerem qualquer dano.
 O Empreiteiro deve notificar o Fiscal um dia antes da aplicação da camada de
impregnação betuminosa para ensaio das taxas de aplicação e respectiva
confirmação por parte do Fiscal.
 O armazenamento do material betuminoso deve ser realizado em tambores bem
fechados ou cisternas devidamente aprovados pelo Fiscal; a emulsão deve ser
agitada uma vez a cada duas semanas para misturar o material e prevenir o
desenvolvimento de grumos que surgem quando a emulsão fica parada por longos
períodos de tempo.
 O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
 O equipamento deve ser testado para controlo das taxas e da uniformidade de
aplicação.
 O fog spray não deve ser aplicado num período superior a 24 horas após a limpeza
da superfície da estrada.
 Devem ser tomadas as precauções adequadas para evitar a interferência das
condições atmosféricas com os trabalhos. A aplicação da impregnação betuminosa
não deve ser realizada quando estiver a chover ou prestes a chover, após o pôr-do-
sol, durante a ocorrência de ventos fortes ou após ter chovido, quando a camada de
base se encontra demasiado húmida.
 Antes da aplicação da impregnação betuminosa, a superfície existente deve ser
pulverizada com água para redução da tensão superficial. Deve evitar-se a aplicação
excessiva de água, uma vez que isto poderá provocar um atraso no início dos
trabalhos de aplicação da impregnação betuminosa.
 A aplicação deve ser feita de modo a permitir a distribuição uniforme do fog spray em
toda a área pulverizada.
 Os trabalhadores envolvidos devem estar devidamente equipados com capacetes,
óculos de protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto dos
produtos com a pele.
 Marcação dos limites da área de trabalho desde o eixo transversal da estrada com

322
larguras de faixa pré-definidas até aos bordos da estrada, em conformidade com o
projecto e as instruções do Fiscal.
 O fog spray é normalmente aplicado numa via de cada vez.
 Se a aplicação for efectuada em várias vias, esta deverá ser feita com uma
sobreposição mínima de 100mm. Deve colocar-se uma tira de papel resistente no
início e no fim de cada pulverização para assegurar que as juntas transversais estão
adequadamente posicionadas.
 A temperatura de aplicação do fog spray deve corresponder à temperatura
especificada nos desenhos ou de acordo com as instruções do Fiscal. Relativamente
à emulsão SS60, esta deve ser armazenada e pulverizada à temperatura ambiente.
 A temperatura do material deve ser devidamente testada e verificada e deve-se
verificar se todos os jactos da lança de distribuição estão a funcionar adequadamente;
este teste deve ser realizado fora da área da estrada antes da pulverização.
 A lança deve ser ajustada de forma a seguir o declive transversal da superfície da
base com vista à obtenção de uma boa distribuição do fog spray.
 Ajustar a largura da pulverização coberta pela barra de distribuição de forma a que
(1/3) o fluxo pulverizado no último jacto atravesse o eixo transversal da estrada para
obtenção de uma boa margem de sobreposição na outra via.
 A segunda distribuição na segunda via deve ser efectuada no mesmo sentido da
primeira.
 Os rebordos limite da impregnação betuminosa devem ser formados por linhas rectas
com uma tolerância máxima de 25 mm. Os rebordos devem ser marcados com
pequenas pedras ou pregos e fio colocados de forma a proporcionarem uma recta e
uma curvatura adequadas em conformidade com as exigências apresentadas no
projecto de traçado.
 Não é permitida a circulação nos troços recém-pulverizados.
 A rega de colagem deve curar totalmente antes da abertura do troço ao tráfego,
excepto nos casos em que seja absolutamente necessário (um período mínimo de
cura de 24 a 48 horas poderá ser suficiente, dependendo das condições atmosféricas,
mas 3 dias será o ideal).
 A área de trabalho deve ser devidamente limpa.
 Todos os defeitos devem ser corrigidos de forma a garantir a cobertura adequada de
todas as áreas. Para este efeito, deve ser utilizada uma emulsão betuminosa estável
60 ou SS 60.
 Após a cura adequada da impregnação betuminosa, deve aplicar-se a camada de
selagem. Esta poderá ser constituída por uma pulverização e cascalho, à semelhança
do que acontece nos revestimentos superficiais, por um revestimento Otta e um
revestimento em areia ou por revestimentos pré-misturados tais como a lama asfáltica
e a mistura betuminosa a frio. Os códigos respectivos devem ser aplicados,
dependendo da escolha do tipo de revestimento para a resselagem (série 400).
 O revestimento deve ser compactado e tratado em conformidade com as normas
apresentadas nos códigos respectivos.
 Nenhum material deverá permanecer na faixa de rodagem, bermas, valetas e sanjas,
com vista a prevenir a eventual ocorrência de problemas de drenagem.
 Os resíduos asfálticos devem ser removidos do local para um local indicado pelo
Fiscal. O outro material removido deve ser colocado num local adequado a uma
distância mínima da estrada correspondendo a 10 m, devendo ser espalhado numa
camada com uma espessura máxima de 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
 O fog spray é obtido através da diluição da emulsão asfáltica (SS60 – 60% de
betume) com água na proporção de 50/50.
 Para fins de concurso, o fog spray deve ser aplicado numa proporção de 0,6 l/m².
Quando MC30 é utilizado no fog spray, a taxa de aplicação deve situar-se entre os
2
0,4-0,6 l/m .
 Revestimento da resselagem: os materiais e proporções devem estar em
conformidade com o projecto, assim como com as especificações e normas indicadas
nos códigos respectivos na Série 400.
 Água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares e sem concentrações
de metais.
Medição  m²
 Medição da área pulverizada.
 MDE

323
Actividade: Reparação e estabilização da (sub) base para efeito de tapamento de Código:
buracos e reparação da rotura dos bordos 899
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar a (sub) base para efeito de tapamento de buracos ou
reparação de rotura de bordos de pavimento.

Esta actividade é para reparação e deve ser realizada sem muita dificuldade e sem
elevado custo. Envolve a remoção do material danificado e a sua substituição.
Tarefas  Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
incluídas  Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
 Delimitação da área de trabalho.
 Fornecimento e armazenamento de materiais para o enchimento do buraco,
nomeadamente material granular e cimento.
 Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
 Marcação das áreas danificadas.
 Corte e remoção de todos os materiais danificados e limpeza do fundo do buraco
(pagos no âmbito do código 660 ou 662).
 Preparação, colocação e compactação do material da (sub) base.
 Controlar o nível da superfície da reparação.
 Limpeza da área de trabalho.
 Retirar a sinalização temporária.
Normas  Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
 As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo.
 O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
 Os materiais a serem utilizados devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
 Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores: fatos-macacos e botas.
 Marcação da área a ser reparada com tinta ou giz.
 Os trabalhos devem ser finalizados numa única jornada de trabalho.
 O seguinte procedimento deve ser adoptado:
a) Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os
bordos durante o trabalho.
b) Se os solos removidos forem de baixa plasticidade (IP<15) para camadas
superiores a 150 mm, o solo deverá ser humedecido previamente e
misturado até se obter uma camada homogénea.
c) O material colocado na escavação deve ser compactado numa camada com
uma espessura máxima de 100 mm e com uma densidade mínima de 93%
do AASHTO Modificado. Contudo, este nível de compactação é muito difícil
de atingir com a utilização do equipamento leve de compactação, tal como o
cilindro vibratório apeado ou o compactador de placa vibratória ou os maços
de calceteiro. Deste modo, é aconselhável proceder à estabilização com
cimento de todos os materiais que se destinam a ser utilizados nos trabalhos
de reparação da camada de (sub) base como parte integrante da reparação
de buracos e da rotura dos bordos do pavimento. A estabilização permite
compensar a carga de compactação reduzida resultante dos compactadores
leves, actuando assim como uma camada de (sub) base com resistência
equivalente à resistência da(s) camada(s) existente(s) que foram
anteriormente compactadas com cilindros pesados. O decréscimo na
resistência dos materiais utilizados na reparação dos buracos é a principal
causa de ruptura prematura das reparações efectuadas.
d) Compactação do fundo da escavação e das camadas de solo colocadas com
o auxílio de um cilindro vibratório apeado de pequenas dimensões ou de um
compactador de placa vibratória ou de maços de calceteiro, de forma a obter
uma compactação adequada.
e) Deve-se iniciar a compactação pelos cantos e bordos, trabalhando para o
centro do buraco.
f) Se a altura a preencher for superior a 100 mm os solos deverão ser
colocados em mais de uma camada e cada camada deve ser compactada
separadamente.
g) A ultima cada deverá ser feita com solos tipo G5 ou melhor e com um
CBR>60%, e IP < 10. Se o solo disponível apresentar CBR´s de 45 a 60%o

324
solo deverá ser misturado com 2 a 2,5 % de cimento OPC, humedecido,
misturado e só após colocado no buraco;
h) A camada superior (base) não deve ter uma espessura superior a 100mm e
deve ser compactada a uma densidade mínima de 98% do AASHTO
Modificado. O nível final desta camada não deve situar-se a uma altura
inferior a 40 mm do nível da superfície existente.
i) A camada estabilizada com cimento deve ficar a curar durante 7 dias com a
aplicação de uma cobertura de areia ou outro método alternativo que permita
manter a humidade da camada durante o período de cura.
j) Após o período de cura a camada de areia deve ser removida.

 Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Quando todas as reparações


tiverem sido concluídas, a superfície acabada da emenda deve ser varrida, de modo a
remover-se todos os materiais soltos. Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas
bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem;
 O material removido deve ser colocado num local conveniente, a pelo menos 10 m da
faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm.
 Retirar a sinalização temporária.
Materiais  Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
 Os materiais granulares da camada de (sub) base utilizados no preenchimento da
escavação para reparação dos buracos ou da rotura dos bordos do pavimento devem
ter uma qualidade similar ou superior aos materiais de composição da camada
existente. O Fiscal deverá aprovar a reutilização do material escavado se este não
estiver contaminado ou demasiado húmido. O material importado deve ser do tipo G5
ou superior, deve ser uniforme e isento de material orgânico, fácil de compactar e em
conformidade com as especificações granulométricas indicadas na Tabela 12.22
(Tabela 3402/1 SATCC). O índice de plasticidade deve situar-se entre 6 e 10.

Tabela 12.22: Especificação de granulometrias aplicáveis a materiais


granulares destinados ao enchimento de buracos e à reparação de fendas
na berma.

Percentagem passando no crivo, em


Aberturas do crivo (mm)
peso
37,5 80 - 100
19 60 - 90
4,75 30 - 65
2,0 20 - 50
0,425 10 - 30
0,075 5 - 15

 O material deve ser misturado com uma percentagem de cimento entre 2,5 e 3%, de
acordo com as instruções do Fiscal.
 O cimento deve ser um cimento Portland Normal em conformidade com a AASHTO
M85, SABS 471 ou equivalente, ou um Cimento Portland de alto-forno em
conformidade com a AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
 A água deve ser limpa e estar isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou
de qualquer material orgânico.
3
Medição  m
 Mede-se o volume escavado da (sub) base reparado. O preço inclui o cimento para a
estabilização de solos.
 MAE

325
13. Padrões Técnicos para Estradas Regionais

13.1 Generalidades
Padrões para os projectos de estradas regionais são necessários tendo em conta os seguintes factores:
 Volume e composição do tráfego
 Tipo de terreno
 Qualidade desejada de serviço a prestar
 Fundos disponíveis para as estradas
Os padrões para estradas estão divididos em projecto geométrico (alinhamentos horizontais e verticais e secção
transversal tipo) e em projecto estrutural (dimensões necessárias para o estabelecimento da capacidade da
carga da estrada).

As seguintes normas de projecto para estradas provinciais são escolhidas com base na funcionalidade ou uso,
contrariamente à sua importância em termos administrativos, por exemplo, uma estrada provincial ou regional
com baixo volume de tráfego.

Estes padrões são considerados como metas a serem alcançados sempre que possível. Está compreendido que
estes poderão ser modificados em locais isolados onde é completamente impraticável manter os padrões devido
aos elevados custos envolvidos.
13.1.1 Volume e composição do tráfego
Foi acordada que esta variável será medida pela expressão do tráfego em termos de Tráfego Médio Diário
(TMD). Devido ao facto das estradas regionais terem um volume baixo/médio de tráfego, os projectos
padronizados deverão ser formulados para atender às três categorias de tráfego, a saber:
 TMD de 0 – 40 veículos
 TMD de 40 – 100 veículos
 TMD de 100 – 200 veículos
13.1.2 Tipo de terreno
Este parâmetro é dado em combinação com o projecto geométrico. Alguns parâmetros geométricos (por
exemplo, a velocidade do projecto) serão definidos consoante o terreno a ser atravessado.

As categorias convencionais dos terrenos são liso, ondulado e montanhoso. Estas são consideradas aceitáveis
para determinação do padrão rodoviário em Moçambique, uma vez que envolvem todos os tipos de terrenos
predominantes no país.
13.1.3 Qualidade de serviço
Este parâmetro inclui os limites máximos de velocidade, os gradientes, a segurança global e o conforto dos
utentes e a relativa economia da operação dos veículos.

13.2 Projecto geométrico


13.2.1 Velocidade de projecto
Esta é definida como a velocidade máxima com que os veículos podem circular em condições normais e com um
grau razoável de segurança. A velocidade de projecto proposta para adopção está indicada somente para as
estradas de terra ou terraplenada.

326
A velocidade do projecto é determinada pelo tipo de terreno, que por sua vez define os parâmetros do projecto
geométrico, Tabela 13.1.

Tabela 13.1: Velocidades de projecto para os diferentes terrenos

Terreno Velocidade de projecto (km/h)

Liso 50
Ondulado 40
Montanhoso 30

13.2.2 Alinhamento horizontal

Os raios mínimos de curvatura são apresentados na Tabela 13.2. Estes deverão, contudo ser usados somente
em conjunção com a máxima sobre elevação (ver secção transversal na Figura 10-5). As curvas na mesma
direcção com raios diferentes sem a intervenção de tangentes devem ser evitadas. As contra-curvas devem ser
evitadas devido ao problema associado à sobre-elevação na entrada dessas curvas.

Tabela 13.2: Raios de curvatura para diferentes velocidades de projecto

Velocidade de projecto (km/h) Raio mínimo da curvatura (m)

40 60
50 90
60 120

13.2.3 Alinhamento vertical

O gradiente máximo para todos os tipos de estradas deve ser de 8 %. O comprimento das curvas verticais e o
controlo dos gradientes verticais não estão definidos, devido ao efeito destas restrições nos custos de
construção. Contudo o alinhamento deve ser escolhido, se possível, quando o comprimento da curva vertical for
suficiente para permitir uma distância de visibilidade de 100 m para efeitos de segurança em caso de travagem.

13.2.4 Distância de visibilidade horizontal

Qualquer obstrução deverá ser removida nas curvas para assegurar uma distância de visibilidade sem restrições
ao longo de 75 m de estrada.

327
13.2.5 Secção transversal da estrada

A secção transversal da Estrada compreende 3 tipos, a saber:


 Tipo A: para TMD superior a 100 veículos por dia
 Tipo B: para TMD de 40 até 100 veículos por dia
 Tipo C: para TMD até 40 veículos por dia

Os tipos de estrada acima referidos são mostrados nos desenhos tipo. A análise das várias dimensões é dada a
seguir. As larguras de vias padrão são apresentadas na Tabela 13.3.

Largura de pavimento

Tabela 13.3: Larguras de vias para os diferentes tipos de estradas

Tipo de estrada Tipo A Tipo B Tipo C


Largura total da faixa 7,0 m 6,0 m 4,5 m
Largura de ensaibramento 6,0 m 5,0 m 4,5 m

Drenagem lateral

Basicamente a secção das valas laterais compreende: um declive lateral do lado da estrada com 1.0 m de
largura, o leito da vala liso com 0.5 m de largura e um declive lateral do lado da margem com 0.5 m de largura. A
profundidade das valas de drenagem é de 0.40 m abaixo do ponto final da berma.

A secção transversal usada é destinada a providenciar uma drenagem adequada do pavimento em situações
normais.

Quando for necessário incrementar as dimensões das valas para proporcionar uma maior capacidade de recolha
de águas ou para ser fonte de material para a plataforma, poder-se-á realizar sempre que possível quer pelo
aumento da largura do leito da vala quer pelo aumento do declive interior da vala.

Abaulamento da plataforma

Este será de 5% para cada lado do eixo da estrada para todos os tipos de estrada (A, B e C).

Percentagem máxima de sobre-elevação

A percentagem máxima a ser usada é de 8%.

Alargamento das curvas

328
A largura da estrada deverá ser de 0,5 para curvas com um raio de curvatura inferior a 150 m. O alargamento
deve ser reduzido (afilado) numa distância de 10 após o fim de cada curva.

Largura de corte de vegetação

Antes da construção da estrada, a vegetação e os solos vegetais deverão ser limpos numa largura de 1,5 m a
partir do talude da valeta de drenagem. Durante a manutenção da estrada, a vegetação deverá ser sempre
cortada até esta posição.

13.3 Projecto estrutural do pavimento


Este inclui a espessura da camada do pavimento, especificações dos materiais a serem usados e a
compactação a ser alcançada.

13.3.1 Espessura de ensaibramento

A espessura do saibro a aplicar é fornecida a seguir (espessura após a compactação)

Tabela 13.4: Espessuras de ensaibramento para os diferentes tipos de estrada

Tipo de estrada Espessura do saibro


Tipo A 12 cm
Tipo B 15 cm
Tipo C 15 cm

13.3.2 Sub-base do pavimento

Esta compreende o material imediatamente abaixo da camada de rodagem em saibro. Deve-se utilizar apenas o
material que pode ser nivelado e, portanto, capaz de ser compactado com cilindro depois de humedecido com
água (e misturado).

Os solos impróprios deverão ser removidos a uma profundidade razoável e substituídos por material
devidamente aprovado.

13.3.3 Camada de rodagem em saibro

Os valores a seguir apresentados são os padrões mínimos requeridos para as camadas de rodagem em saibro e
poderão ser excedidos onde possível. A melhor avaliação do material deve ser feita tendo em conta os recursos
locais e os trabalhos requeridos para a escavação.

329
Tabela 13.5: Normas de traçado e especificações de materiais para estradas não asfaltadas Tipos
A, B e C

PROJECTO PADRÃO

1. Geometria padrão Terreno

Liso Ondulado Montanhoso

Velocidade de projecto (km/h) 50 40 30

Raio mínimo de curvatura 100 75 50

Inclinação máxima no alinhamento vertical (%) 8 8 8

Distância horizontal de visibilidade 75 75 75

2. Dimensões dos pavimentos Tipo de estrada

Tipo A Tipo B Tipo C

Largura total (m) 7,0 6,0 4,5

Largura de ensaibramento (m) 6,0 5,0 4,5

Espessura da camada de saibro (m) 15 15 12

Inclinação transversal (%) 5 5 5

Sobre-elevação máxima (%) 8 8 8

Sobre-largura nas curvas (m) 0,5 0,5 0,5

3. Especificações de materiais

Dimensão máxima de agregado (mm) 37,5 mm

Índice de dimensão máxima < 5%

Produto de retracção 100-365

Coeficiente de granulometria 16-34

Esmagamento de impacto Treton 20-65

CBR 15% com 95% de compactação

Compactação 95% do AASHTO modificado

A humidade óptima será determinada ‘in situ’


Nota
sendo o teste feito à mão

330
14. Glossário de termos

14.1 Termos gerais usados nos trabalhos de estradas


 Construção
 Reabilitação
 Melhoramentos localizados
 Manutenção periódica
 Manutenção de rotina

10.1.1 Construção: O processo através do qual uma estrada nova é construída, de acordo com desenhos e
padrões previamente estabelecidos para o dimensionamento do projecto de construção.

10.1.2 Reabilitação: Actividade ou trabalho de restauração de uma estrada quando esta chegar no fim da sua
vida útil para se atingirem os padrões originais ou melhorados (ampliação da faixa de rodagem, melhoramento e
ampliação de curvas verticais e horizontais).

10.1.3 Melhoramentos localizados: Os trabalhos de melhoramentos localizados deverão ser feitos em estradas
com troços onde existam pequenas secções degradadas e que necessitam de melhoramento para permitir a
transitabilidade em todo o ano, e deverão ser executadas as actividades com padrão e qualidades necessária de
acordo com as normas.
Poderão ser feitos trabalhos de melhoramentos localizados em estradas sob o regime de manutenção mas que
apresentam algum problema localizada de modo a permitir que a estrada volte a ter boas condições de
transitabilidade. Também poderão ser feitos em estradas sem nenhum padrão de engenharia (por exemplo
estradas não classificadas) para estabelecer uma transitabilidade mínima.

10.1.4 Manutenção periódica: Actividade ou trabalho que precisam ser executadas numa estrada ou secções
de estrada, após alguns anos de acordo com o seu ciclo de vida e o nível de desgaste do pavimento. As
operações de manutenção periódica requerem trabalhos de revestimento ou recarga do pavimento e reparações
das secções danificadas, trabalhos nas obras de drenagem e o perfilamento de taludes.

10.1.5 Manutenção de rotina: Os trabalhos de manutenção de rotina normalmente consistem em operações ou


actividades de pequena escala, são de carácter preventivo e são executadas da forma contínua conforme as
necessidades, mas pelo menos uma vez por ano. Normalmente são executados logo após os trabalhos de
manutenção periódica ou reabilitação.

14.2 Termos de acordo com o tipo de estrada


 Estrada revestida
 Estrada ensaibrada
 Estrada de terra natural

331
14.2.1 Estrada Revestida:

As estradas revestidas são estradas que têm uma faixa de rodagem homogénea e firme e são compostas por
uma subrasante ou terreno natural, sub-base, base e uma camada betuminosa de desgaste.

Figura 14.1: Estrutura do pavimento para estradas revestidas

Camada de desgaste: É a superfície superior de um pavimento, por geral de material betuminoso, rígido, de
material homogéneo, que suporta directamente a circulação de viaturas e prevê a entrada de água nas camadas
inferiores.

Base: É uma camada da estrutura do pavimento sobre a qual assenta acamada de desgaste com função de
distribuir e transmitir as cargas originadas pelo tráfego às camadas subjacentes. É constituído por material
seleccionada de elevado padrão de qualidade estabilizado mecanicamente ou com a adição de cimento ou
outros produtos.

Sub-base: É uma camada da estrutura do pavimento sobre a qual assenta a camada de base. É constituído por
material seleccionado de espessura estabelecida de acordo com o valor de suporte, colocado sobre uma
subrasante, para sustentar a base. O padrão de qualidade de material é menos exigente do que para a base.

Subrasante: Camada de terreno natural de uma estrada que suporta a estrutura do pavimento.

14.2.2 Estrada terraplenada:

As estradas terraplenadas (ensaibradas) são estradas feitas com material importado de uma câmara de
empréstimo, (saibro ou solo, de acordo com as especificações), colocado e compactado acima da sub-base e
que suporta directamente as cargas originadas pelo tráfego. O material deve ser previamente testado no
laboratório para definir as suas características e condições físicas e deve ser sempre aprovado pelo Fiscal.

O material de câmara de empréstimo deve cumprir com as especificações e qualidades definidas no caderno de
encargos e deve satisfazer as seguintes condições:

 Para estradas não asfaltadas, as características dos materiais devem estar em conformidade com TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton (AIV) entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no gráfico Produto de
Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a seguir apresentado e devem ficar
representados dentro das áreas E1 e E2, Figura 14.3

332
 Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20, só é válida para a qualidade de circulação em
camadas de desgaste e não para bases em estradas revestidas. Também não indica qualidade no
desempenho em termos de taxa de perda de saibro e de evolução da rugosidade;

 A seguir apresentam-se as especificações baseadas no desempenho (Figura 14.2) para materiais da


camada de desgaste e devem ter precedência sobre as especificações de qualidade de circulação.

Figura 14.2: Especificações baseadas no desempenho para estradas ensaibradas (PP vs GM)

Em que:

Ip0.075 = índice de plasticidade do material passando no peneiro de 0,075mm


Producto de plasticidade (PP) = Ip0.075x %agem de material passando no peneiro de 0,075mm

A gama de variação preferível situa-se entre 280-480

Módulo de granulometria (GM)

 P  P0.425  P0.075 
GM  3   2.36 
 100 
P2.36
Em que: = percentagem passando no peneiro de 2,36 mm

P0.425
= percentagem passando no peneiro de 0,425 mm

P0.075
= percentagem passando no peneiro de 0.075 mm

A gama de variação preferível situa-se entre 1,0-1,9

333
Figura 14.3: Especificações para a camada de desgaste em saibro (SP vs Gc)

Em que:
a. Produto de retracção, SP 100-365
b. Coeficiente de granulometria, GC 16-34
c. Capacidade de suporte, CBR > = 15%
d. A compactação deve ser controlada no local > = 95% AASHTO MOD

14.2.3 Estradas de terra natural

Estrada constituída por terreno natural, com a superfície preparada e melhorada, para receber cargas de tráfego
baixo. Em alguns casos, os solos naturais possuem características próximas das do saibro. Assim torna-se viável
não colocar saibro e utilizar como revestimento o solo natural. O gráfico em baixo mostra as características dos
solos naturais que podem ser aproveitados pelo Fiscal (caso se encontrem dentro de uma profundidade
razoável) como camada de desgaste.

334
Figura 14.4: Especificações para os solos naturais (SP vs Gc)

14.3 Termos do perfil transversal


A Figura 14.5 representa um perfil transversal típico de uma estrada revestida, sendo os vários termos relativos
aos diferentes componentes a seguir descritos.

Figura 14.5: Perfil transversal típico

10.3.1 Largura da formação (1): Largura total do terreno afectado pela construção da estrada iniciando na parte
superior do corte de talude até o pé do aterro incluindo valas, bermas, plataforma e taludes de corte e aterro.

10.3.2 Largura da plataforma (2): Largura da estrada construída para a circulação das viaturas geralmente
constituída pela faixa de rodagem e as bermas.

10.3.3 Largura da faixa de rodagem (3): Largura total de uma ou mais faixas de rodagem de tráfego construída
para a circulação de viaturas, geralmente revestida de asfalto, saibro ou terreno natural.

10.3.4 Bermas (4): Parte da estrada asfaltada ou não asfaltada adjacente ás bordas da faixa de rodagem,
próxima à valeta ou ao talude do aterro.

10.3.5 Abaulamento (5): Pendente transversal de uma estrada, que permite a drenagem das águas pluviais da
faixa de rodagem para as valetas

335
10.3.6 Revestimento em saibro (6): Uma camada de material normalmente constituído por saibro compactado
que forma a superfície da estrada normalmente na faixa de rodagem as bermas.

10.3.7 Aterro (7): Material escavado ‘in situ’ ou material de câmara de empréstimocolocado sobre a superfície do
terreno, regularizado e compactado para construir a subrasante da estrada com objectivo de levantar o nível da
sua superfície.

10.3.8 Corte (8): Escavação de solo natural nos locais com níveis superiores aos da estrada, normalmente em
taludes do borde interior da largura da formação da estrada.

10.3.9 Sub-Base (9): Camada de material especificado de espessura variável, estabelecido de acordo com o
valor de suporte, colocado sobre uma sub-rasante, para sustentar a base, incluindo os taludes do aterro.

10.3.10 Valeta lateral (10): A valeta lateral segue o perfil longitudinal da estrada e escoa as águas da faixa de
rodagem e terrenos circundantes para as transportar para um local apropriado através das sanjas e aquedutos.
Pode ser usado em um ou ambos os lados da estrada dependendo da geografia do terreno.

10.3.11 Terreno natural: Superfície ou material do terreno natural, que existia antes da execução de construção
da estrada.

10.3.12 Nível do terreno natural (11): Surface level of natural terrain, which existed before starting the
construction of the road.

10.3.13 Talude exterior (12): A corte inclinada que cria a talude exterior da valeta ao longo do borde da estrada .
Uma forma de expressar os taludes construídos em função da relação entre a distancia horizontal e o ascendo
ou descenso vertical como por exemplo 1:3 ( 3 m na horizontal por cada 1 m na vertical).

10.3.14 Talude da valeta (13): Talude (inclinação do terreno cortada) da valeta lateral que parte da berma da
estrada até o leito da vala lateral.

10.3.15 Talude do aterro (14): Superfície inclinada acabada do aterro que vai do bordo exterior da berma da
estrada até a parte inferior do aterro.

10.3.16 Talude de corte: A cara artificial ou terreno cortado no comprimento do borde interior da estrada.

10.3.17 Ponto de quebra da berma (16): Ponto de junção da berma da estrada com o talude interior da valeta.

10.3.18 Topo de abaulamento (17): Ponto mais alto do abaulamento e que em geral corresponde ao ponto
localizado no eixo da estrada.

10.3.19 Eixo da estrada: Linha que corre ao longo do centro da faixa de rodagem da estrada importante no
levantamento topográfico e implantação da estrada). Distância da origem quilometragem), é um termo
frequentemente utilizado para descrever distâncias medidas ao longo do eixo central de uma estrada.

10.3.20 Reserva de estrada: Franja ou espaço de terreno sobre a qual se construa a estrada, legalmente
constituída por um terreno que outorga o direito de passagem ou trânsito e utiliza-se para futuras ampliações.

336
10.3.21 Gradiente ou pendente: Inclinação ou abaulamento da estrada ao longo do seu alinhamento. Esta
inclinação ou talude expressa-se em percentagem (relação entre a variação da altura e a largura). A inclinação
longitudinal e transversal é requerida para uma drenagem adequada.

10.3.22 Taludes: Superfícies inclinadas criadas quando for necessário efectuar cortes. Os taludes não
revestidos deverão ser construídos com uma inclinação, não muito forte para evitar que o solo deslize ou sofra
erosão.

10.3.23 Câmara de empréstimo: Local ou zona onde existem materiais de boa qualidade (areia, gravilha,
saibro) para utilização em obras de terraplanagem.

14.4 Termos de Drenagem


 Valetas laterais
 Sanjas
 Valas de crista
 Cascatas
 Aqueduto

10.4.1 Valetas laterais: São estruturas de drenagem paralelas ao comprimento da estrada, podem ser
revestidas em betão, e recolhem as águas da faixa de rodagem e terrenos adjacentes taludes de corte, para as
transportar para um local apropriado (sanjas, terrenos adjacentes ou uma linha de água).

10.4.2 Sanjas: As sanjas encaminham as águas para fora das valetas e evacuam-nas em segurança pelos
terrenos adjacentes. As sanjas devem ser instaladas sempre que possível, para que o volume das águas
acumuladas na valeta não sejam demasiado e não provoquem a erosão nas valetas.

10.4.3 Valas de crista: Escavação da valeta, construída acima de um terreno em corte, que permite a captação
de água que escorra superficialmente antes que entre pelo talude, tendo como objectivo proteger o talude e a
estrada de erosão.

10.4.4 Cascatas: Elementos de drenagem, construídas nas valetas ou sanjas, que permitem a diminuição da
velocidade das águas, evitando provocar danos no talude da valeta por arraste de solos. A maior pendente do
terreno recomenda-se a utilização de cascatas a menos distância de separação.

10.4.5 Aqueduto: Transverse drainage tube usually made of metal, concrete, masonry, and installed below the
road surface to conduct or removing the water from inside the road to the other. The culverts are used to drain the
water from the side drains or to take the water across the road structure in the case of an existing water course or
stream.

14.5 Estruturas principais


• Pontes;
• Drift ou passagem molhada;
• Drift de tubos
• Aqueduto em caixa (Box culvert)

10.5.1 Pontes: Estrutura de betão, metálica, madeira, alvenaria, que permitem a passagem sobre um curso
natural de àgua. (De acordo com o seu comprimento podem classificar-se em pontões com comprimento de 1 a
12 m e pontes > 12 m).

337
10.5.2 Drift ou passagem molhada: drift ou passagens que permitem que cursos de água natural, de natureza
sazonal ou permanente possam ser atravessar por cima da superfície da estrada. A estrutura pode ser em betão,
ou gabiões ou outro tipo de superfície emudecida (pedra arrumada a mão ou betão ciclópico) construído no
fundo do leito do rio ou curso de água.

10.5.3 Drift de tubos: O drift de tubos é uma solução intermédia entre um drift e uma ponte. É uma passagem
de nível médio de um curso de água, através de qual o curso normal de água poderá ser escoado, sendo
dimensionado para estar submerso durante os períodos de chuvas fortes.

10.5.4 Aqueduto em caixa (Box culvert): Abertura de drenagem transversal em caixa feita geralmente em
betão armado e instalada por baixo da superfície da estrada, para conduzir ou retirar a água do interior da
estrada para fora.

10.6 Termos de descrição de solos

10.6.1 Gravilha: Em conformidade com a classificação de solos, a gravilha é definido como sendo o material de
tamanho entre (2 – 60 mm).

10.6.2 Areia: Um solo granulado do tamanho que varia entre os (0.06 – 2 mm), com os grãos distribuídos de
grosso a fino. Areia é normalmente firme, quando húmida.

10.6.3 Silt: Um solo com partículas muito pequenas (0.002 – 0.06 mm), que é poeirento quando seco, mais
muito mole quando molhado.

10.6.4 Argila: Este é um material com partículas muito pequenas (< 0.002 mm). Estas formam pedaços muito
duros quando secas, e a superfície fica rachada. Contudo a argila é pegajosa e escorregadia quando molhada.

10.6.5 Solo orgânico: Este material é sombrio e escuro em cor, e muitas vezes tem um cheiro distinto. Solo de
cima é geralmente orgânico.

10.6.6 Solo bem granulado: Material com uma variada gama de tamanhos de partículas que são bem
distribuídas (note que: uma mistura de tamanho de partículas significa que o solo será fácil de compactar e será
bom como material de terraplanagem).

10.6.7 Solo mal granulado: Material com excesso de partículas do mesmo tamanho, e muito poucas de
tamanhos diferentes. Normalmente é difícil obter-se uma boa compactação deste tipo de solo e as suas
características de resistência são geralmente inferiores ao material bem graduado.

10.6.8 Solo coesivo: As partículas do solo unem-se umas às outras (principalmente a argila, que possui alta
fricção);

10.6.9 Solos granulares: Principalmente a areia e a gravilha (com poucos ou sem finos, pouca areia ou sem
areia);

10.6.10 Solo de grão fino: Principalmente silt, areia fina e argila.

10.6.11 Saibro: A definição mais usual é a mistura de material gravilha, areia e argila em percentagens e
características predefinidas (vide tabela de materiais).

338
15. Referências

1. National Road Administration (ANE), 2012. Normas de Execucao


2. TRL, 2006. Spot Improvement Manual for Basic Access.
3. TRL and ILO, 2006. Guideline for Quality Assurance Procedures for Road Works.
4. TRL, 2013. Consolidated Construction Report. Targeted Interventions on Low Volume Rural
Roads in Mozambique.
5. TRL, 2012. Concise Guideline on Specifications and Work Norms for Low Volume Sealed
Roads. Targeted Interventions on Low Volume Rural Roads in Mozambique.
6. TRL, 2013. Final Report. Back Analysis of Previously Constructed Low Volume Rural Roads in
Mozambique.
7. Ministry of Transport and Public Works, Malawi, 2013. Design Manual for Low Volume Sealed
Roads.
8. Ethiopian Roads Authority, 2013. Geometric Design Manual
9. TRL & Intec Associates, 2006. Final Report SEACAP 1. Rural Road Surfacing Research,
Vietnam.
10. TRL & Intec Associates, 2006. Final Report SEACAP 8. Cambodia Low Cost Surfacing Phase
2.
11. TRL & KACE, 2008. Technical Paper 2.1 SEACAP 19, Behaviour of Engineered Natural
Surfaced Roads: Experimental Evidence in Cambodia
12. TRL & KACE, 2008. Technical Paper 2.2 SEACAP 19, Behaviour of Engineered Natural
Surfaced Roads: Experimental Evidence in Cambodia
13. TRL & KACE, 2009. Technical paper 5, Economic Evaluation of Low Volume Rural Roads
Upgrading, Cambodia
14. CSIR, 1998, SATCC Standard Specifications for Road and Bridge Works, Southern Africa.

339
16. Bibliografia

Endereço para obter mais informações


Instituição Descrição
sobre normas e especificações técnicas

AASHTO Associação Americana de Oficiais de Estradas e http://www.aashto.org


Transportes - American Association of State Highways
and Transport Officials

BS Instituto Britânico das Normas - British Standards http://www.bsi-global.com


Institution

SABS Gabinete das Normas de África do Sul - South Africa http://www.sabs.com.za


Buro of Standards

SADC Comunidade de Desenvolvimento da África Austral - http://www.sadc.int


Southern African Development Community

SATCC Comissão para Transportes e Comunicações na África Não existe endereço electrónica.
Austral - Southern African Transport and Tele Representação em Moçambique:
communication Commission

TRH Recomendações Técnicas para Auto-estradas - http://www.nra.co.za


Technical Recommendations for Highways

340
17. ANEXOS Desenhos de Estruturas

341
Aquedutos

342
343
Especificações dos tubos dos aquedutos (passagens hidráulicas)

D(mm) 900 1200 1500


@ ≥45° ≥45° ≥45°
b ≥400 ≥400 ≥400
T1 250 250 250
H2 ≥500 ≥500 ≥500
H3 ≥675 ≥900 ≥1125
H4 300 300 300
H5 ≥50 ≥50 ≥50
L1 100 100 100
LT 1800 2400 3000
S ≥775 ≥775 ≥775
T1 250 250 250
T2 250 250 250
T3 150 150 150
T4 325 325 325
T5 250 250 250
T6 150 150 150
W2 Variável Variável Variável

344
345
346
Aqueduto rectangular com travessas

W1 (mm) 800 1000 1500


@ ≥45° ≥45° ≥45°
b ≥400 ≥400 ≥400
T1 250 250 250
W2 Variável Variável Variável
H1 Variável Variável Variável
H2 ≥500 ≥500 ≥500
H3 ≥675 ≥900 ≥1125
H4 300 300 300
L1 200 200 200
L3 400 400 400
LT 1800 2400 3000
S ≥775 ≥775 ≥775
T1 250 250 250
T2 250 250 250
T3 150 150 150
T4 325 325 325
T5 250 250 250
T6 150 150 200

347
348
349
Especificações do aqueduto rectangular

W1 (mm) 3000 4000


@ Variável Variável
CW Variável Variável
H1 Variável Variável
H4 300 300
H5 ≥1000 ≥1000
L4 1000 1000
L5 300 300
L6 1000 1000
L7 Variável Variável
T1 300 300
T3 300 300
T6 300 300

350
351
352
Especificações da passagem molhada

H1 1200
H2 600
H3 300
H4 300
H5 550
L2 400
L4 500
L5 300
T6 150

353
Especificações da passagem molhada multi-aquedutos

354
Tabelas das passagens molhadas

355
D (mm) 900 1200 1500
@ ≥45 ≥45 ≥45
H1 1150 1150 1150
H2 1000 1000 1000
H3 300 300 300
H4 300 300 300
H5 550 550 550
H6 500 500 500
L1
L2 400 400 400
L3
L4 500 500 500
L5 300 300 300
S1 2000 2000 2000
S2 5000 5000 5000
S3 250 250 250
S4 4000 4900 5800
T3 150 150 150
T6 150 150 150

356
357
358
359
Especificações da passagem longa multi-aquedutos

D (mm) 900 1500 3000


H1 ≥1500 ≥2100 ≥3600
H3 200 200 200
H4 300 300 300
H5 900 900 900
H6 300 300 300
L1 VARIÁVEL VARIÁVEL VARIÁVEL
Nx900+1000x(n- Nx1500+1000x(n- Nx3000+1000x(n-
L2
1)+4000 1)+4000 1)+4000
L5 300 300 300
S1 2000 2000 2000
S2 1000 1000 1000
S3 1500 1500 1500
S4 4000 4900 5800
T3 150 200 250
T6 250 250 250
W1 VARIÁVEL VARIÁVEL VARIÁVEL
W2 W1+2000 W1+2000 W1+2000
W3 W1+6000 W1+6000 W1+6000

360
Ponte de vão simples

361
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