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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

Adriano Ricardo Kappes

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PROJETOS


HIDROSSANITÁRIOS EM UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA
CIVIL – LOTTE EMPREENDIMENTOS

Santa Maria, RS
2017
Adriano Ricardo Kappes

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PROJETOS


HIDROSSANITÁRIOS EM UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL – LOTTE
EMPREENDIMENTOS

Relatório de estágio supervisionado


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Sanitária e Ambiental, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para obtenção do
grau de Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Orientadora: Profa. Dra. Delmira Beatriz Wolff


Supervisor Local: Eng. Civil Welthon Roberto Lottte

Santa Maria, RS
2017
Adriano Ricardo Kappes

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PROJETOS


HIDROSSANITÁRIOS EM UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL – LOTTE
EMPREENDIMENTOS

Relatório de estágio supervisionado


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Sanitária e Ambiental, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para obtenção do
grau de Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Aprovado em 14 de Julho de 2017:

______________________________________
Delmira Beatriz Wolff, Dra. (UFSM)
(Presidente/Orientador)

________________________________________
Rutinéia Tassi, Dra. (UFSM)

________________________________________
Mário L. Trevisan, Dr. (UFSM)

Santa Maria, RS
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 6
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .............................................................................. 7
4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 8
4.1 PROJETO DE INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA .......................................... 8
4.2 PROJETO DE ESGOTOS SANITÁRIOS ....................................................................... 9
4.3 PROJETO DE COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS .......................................................... 9
4.4 PROJETO ELÉTRICO ................................................................................................... 10
4.5 PROJETO DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA .................................. 11
4.6 PROJETO DE GALERIAS DE DRENAGEM URBANA ............................................ 11
4.7 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................... 13
4.8 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES .................................................... 14
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................................... 16
5.1 BARRACÃO METÁLICO ............................................................................................. 16
5.2 RESIDÊNCIA COM DOIS PAVIMENTOS ................................................................. 19
5.3 DUAS CASAS DE BAIXO PADRÃO .......................................................................... 22
5.4 LOTEAMENTO RECANTO DO PARK ....................................................................... 24
5.4.1 Projeto do sistema de abastecimento de água ...................................................... 25
5.4.2 Projeto do sistema de drenagem urbana .............................................................. 26
5.5 USINA DE EXTRAÇÃO DE ROCHA E BRITAGEM ................................................ 29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 32
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 33
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INTRODUÇÃO

Com este estágio supervisionado pretendeu-se pôr em prática o conhecimento


adquirido no curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSM no âmbito profissional de
um escritório de Engenharia Civil. São relatados neste relatório os diversos projetos
elaborados tais como as peculiaridades de cada um.
Foram abordadas as soluções propostas para cada projeto de acordo com o
conhecimento adquirido na universidade. Isto faz despertar no acadêmico a sensibilidade para
tomar decisões e resolver problemas reais, os quais são muito importantes para o bom
rendimento da empresa.
Os projetos desenvolvidos foram: instalações de água fria, elétrico, esgoto sanitário,
pluvial, aproveitamento da água da chuva, galerias pluviais, sistema de abastecimento de água
e sistemas de tratamento de efluentes. O estágio estendeu-se de 01/03/2017 à 31/05/2017 na
empresa Lotte Empreendimentos, em Toledo – PR.
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever as atividades realizadas no estágio supervisionado.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar uma revisão bibliográfica abordando resumidamente cada projeto realizado


no estágio supervisionado.

Avaliar a experiência e a aplicação dos conteúdos acadêmicos no âmbito profissional e


os benefícios para a formação e inserção do futuro Engenheiro no mercado de trabalho.
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3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A Lotte Empreendimentos está localizada na Rua Vila Lobos, 271, Toledo, PR, e foi
fundada em parceria firmada entre o pai, Corretor de Imóveis, Pedro Norberto Lotte e o filho,
Engenheiro Civil, Welthon Roberto Lotte, sendo estes os únicos funcionários da empresa.

A empresa trabalha elaborando projetos estruturais, projetos arquitetônicos, perícias,


avaliações, manual do proprietário, avaliações pré e pós venda de imóveis, estudo de impacto
de vizinhança (EIV), projetos complementares, projetos de proteção contra incêndio, projetos
de loteamentos urbanos, acompanhamento técnico, venda de imóveis, locação de imóveis,
administração de obras, levantamentos de custos em reformas, laudo para seguro e
levantamento de custos para seguros.

Figura 1: Logotipo da empresa. Fonte: Facebook/Lotte Empreendimentos.


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4. REFERENCIAL TEÓRICO

Aqui serão abordados em uma breve revisão bibliográfica cada tipo de projeto
trabalhado neste estágio acadêmico supervisionado.

4.1 PROJETO DE INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA

Instalações prediais de água fria são consideradas a última extremidade do sistema


público de abastecimento de água, desta forma, torna-se obrigatório que este sistema ofereça
garantias sanitárias. É necessário, também, que este sistema proporcione garantias qualitativas
e quantitativas a fim de satisfazer as exigências dos usuários. Diversos métodos de avaliação
indicam o cumprimento destas garantias: laboratoriais, analíticos, ensaios em protótipos ou
em escala real, etc. (NBR 5626, 1992).

As etapas do projeto de água fria são: tipo e ocupação do prédio; capacidade atual e
futura; tipo do sistema de abastecimento; pontos de utilização; sistema de distribuição,
reservatório, materiais e aparelhos sanitários; tipo de medição; aproveitamento da água da
chuva; sistema de combate a incêndio; traçado da tubulação de distribuição (Tassi, 2015).

A apresentação do projeto ao órgão avaliador deve conter os seguintes produtos, de


acordo com o material de aula da Prof. Rutinéia Tassi (2015):

 Memorial descritivo: justifica a concepção e os cálculos, a norma de execução,


especificações dos materiais e equipamentos a serem utilizados;
 Memorial de cálculo: geralmente composto por planilhas;
 Plantas, detalhamentos hidráulicos, desenhos isométricos e outros elementos gráficos
necessários ao perfeito entendimento dos elementos projetados;
 Pode ser apresentada uma relação de materiais e equipamentos necessários à
instalação.
Em resumo, o projeto deve apresentar a rede de distribuição, que compreende
barriletes, colunas, ramais e sub-ramais além de reservatórios, bombas, tubos, válvulas,
medidores, ligações externas, peças de conexão. Cisternas para reservação e aproveitamento
da água da chuva também estão inclusas (Tassi, 2015).
Os objetivos de um projeto de água fria, de acordo com Reali et. al. (2002), são:
9

 Fornecer água de maneira contínua e em quantidade suficiente, de forma a minimizar


alguma interrupção no fornecimento de água do sistema público;
 Atender os limites de certos valores de pressão e velocidade, de forma a prover um
bom funcionamento da instalação, evitando-se problemas;
 Preservação da qualidade da água utilizando-se de técnicas de armazenamento e
distribuição adequadas a fim de proporcionar aos usuários boas condições de higiene
e saúde.

4.2 PROJETO DE ESGOTOS SANITÁRIOS

O sistema de esgotos sanitários é responsável por coletar e conduzir os despejos


provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado. Este sistema
deve impedir contaminação da água de consumo humano, além de conduzir rapidamente os
despejos evitando vazamentos e formação de depósitos no interior das tubulações. É
necessário também impedir que gases do interior das instalações atinjam áreas de utilização.
(NBR 8160, 1999).

As tubulações de esgoto sanitário necessitam ser estanques com seus componentes


facilmente inspecionáveis, enquanto que os aparelhos sanitários devem ser fixados por
dispositivos que facilitem sua remoção em caso de manutenção. Quando possuir sistema de
ventilação, este não pode ser invadido pelo esgoto. A disposição da tubulação deve ser
preferencialmente de forma retilínea (NBR 8160, 1999).

Tubulações que tem acesso direto aos gases provenientes do coletor público são
chamadas de primárias, enquanto que as que não possuem contato direto com os gases do
coletor público são as secundárias. Todos os aparelhos sanitários devem ser conectados em
tubulações de esgoto primário com uso de desconectores, conforme cita Tassi, 2015.

4.3 PROJETO DE COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS

A água da chuva causa danos à durabilidade e à boa aparência das edificações. Desta
forma necessita-se que esta água seja recolhida e transportada à rede pública pelo trajeto mais
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curto e mais rápido possível (Tassi, 2014). A norma brasileira para projetos de coleta de águas
pluviais é a NBR 10844/1989.

O sistema de coleta de águas pluviais constitui-se de calhas, condutores, grelhas,


caixas de areia e de passagem e suas conexões. Este sistema é fundamental na prevenção de
alagamentos, diminuição da erosão do solo e proteção das edificações da umidade excessiva
(Romfim, 20??).

De acordo com Bohn (20??), as finalidades das instalações de águas pluviais são:

 Recolher e conduzir a água da chuva para um local adequado e permitido;


 Ser estanque;
 Permitir facilmente inspeções de limpeza e desobstrução;
 Absorver variações dimensionais causadas por mudanças bruscas de temperatura;
 Resistir às intempéries e às adversidades do meio;
 Não provocar ruídos excessivos quando escoa água;
 Resistir a esforços mecânicos;
 Ser indeformável quando bem fixada.

4.4 PROJETO ELÉTRICO

Geralmente, um projeto elétrico é constituído de memória; conjunto de plantas,


esquemas e detalhes; especificações e orçamento (Azzini, 2014). Mais detalhadamente, os
componentes são: ART – Anotação de Responsabilidade Técnica; carta com pedido de
aprovação à concessionária; memorial descritivo; memorial de cálculos; manual do usuário;
relação de materiais; planta de situação; planta de pavimentos; prumadas; diagramas; SPDA –
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas; Detalhes (Oliveira, 2013).

O projeto elétrico garante qualidade e segurança aos moradores da residência prevendo


locais pontuais ou futuros de utilização. O dimensionamento de uma instalação elétrica deve
seguir os pré-requisitos e cálculos previstos nas normas: NBR 5410, NBR 5444 e NBR 5419
(Moraes, 2013).
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4.5 PROJETO DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA

Tendo em vista que nem todo o consumo de água de uma residência precisa ser de
água potável, o projeto de aproveitamento de água da chuva traz redução nos custos com água
potável sendo uma alternativa do Programa de Gestão de Recursos Hídricos (Tassi et. al.,
2015).

Os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) estão exigindo que novos


empreendimentos construam um sistema de controle de vazões gerados pela
impermeabilização, sugerindo que sejam instalados reservatórios para aproveitamento da água
da chuva em algumas cidades brasileiras (Tassi et. al., 2015).

O sistema inicia-se com a captação da precipitação que incide sobre uma superfície
impermeável (geralmente telhados) sendo armazenada em reservatórios ou cisternas, gerando
benefícios econômicos e ambientais (Tassi et. al., 2015).

De acordo com Nóbrega (2009), os processos que compõem o aproveitamento de água


pluvial são:

 Captação: interceptação da água da chuva;


 Transporte: disposição da água pluvial em um reservatório;
 Armazenamento: estocagem da água no reservatório;
 Manejo: intervenções que influenciam o armazenamento e a retirada de água do
reservatório;
 Aproveitamento: todo o conjunto de processos anteriores.

Os componentes do sistema de aproveitamento são: superfície de captação; calhas;


condutores horizontais e verticais; dispositivos de descarte; filtro; tratamento; reservatório;
bombeamento e distribuição (Tassi et. al., 2015).
A norma brasileira de projetos de sistemas de aproveitamento da água da chuva é a
NBR 15527/2007.

4.6 PROJETO DE GALERIAS DE DRENAGEM URBANA


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Um sistema de drenagem urbana é caracterizado por ter solicitações não contínuas,


sendo requisitado durante e após tormentas e é composto por dois sistemas distintos: o
sistema inicial de drenagem e o sistema de macrodrenagem. O sistema inicial de drenagem é
composto por ruas, guias, sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e canais
de pequenas dimensões com vazões projetadas para 2 a 10 anos de período de retorno. O
sistema de macrodrenagem é composto por canais (abertos ou fechados) de grandes
dimensões, que suportam vazões de 25 a 100 anos de período de retorno. (Prefeitura do
município de São Paulo, 1999).
De acordo com a Prefeitura do Município de São Paulo (1999), os principais objetivos
do sistema de drenagem urbana são:
 Reduzir a exposição da população e dos imóveis ao risco de inundação;
 Reduzir o dano causado por inundações;
 Preservar várzeas não urbanizadas minimizando as interferências com o escoamento
de vazões de cheias, com sua capacidade de armazenamento, com seus ecossistemas
aquáticos e terrestres e com a interface entre águas superficiais e subterrâneas;
 Assegurar a compatibilização das medidas corretivas com as metas da região;
 Minimizar a erosão e a sedimentação;
 Promover a utilização das várzeas para lazer.

Os projetos de drenagem urbana devem seguir as seguintes etapas, segundo Pita


(2011):
 Levantamento de dados: situação, localização, topografia, intensidade das chuvas,
capacidade de absorção da água, escoamento do excedente, condições estruturais do
local, etc;
 Infraestrutura existente: visando identificar possíveis interferências subterrâneas para
o traçado das galerias é necessário identificar quais estruturas estão instaladas no
subsolo e quais são os planos futuros para o local;
 Solo: determinará como será a escavação para instalação das tubulações;
 Corpo receptor: preocupações com a erosão do corpo d’água exigem instalações de
estruturas de dissipação de energia;
 Galerias circulares: dimensionamento que leva em consideração a seção plena de
serviço, a velocidade máxima permissível, o tipo de material empregado,
declividades, comprimentos e previsão de colocação de estrutura de inspeção;
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 Inspeção e registro da situação dos imóveis: laudos e imagens podem ser utilizados
para verificar uma possível interferência das edificações no entorno das galerias;
 Captações: dimensionamento de bocas de lobo;
 Orçamento: relação de materiais e preços em diversos locais distintos.

4.7 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O serviço de abastecimento de água por meio de uma rede geral caracteriza-se pela
retirada de água bruta da natureza, adequação de sua qualidade aos padrões de potabilidade,
transporte e fornecimento à população através de rede geral de distribuição (Bayer, 2014).

Uma rede de distribuição é o conjunto de peças e acessórios que se destinam a


conduzir água até os pontos de tomada das edificações ou pontos de consumo público, de
forma contínua e segura. A rede de distribuição é a parte mais cara do sistema de
abastecimento de água, representando de 50 a 75% do custo total deste. Ainda, a parte mais
próxima do consumidor é a rede de distribuição que merece atenção especial quanto à
qualidade da água servida e quanto às perdas de água durante seu trajeto (Arantes, 20??).

O projeto de uma rede de abastecimento de água é normatizado pela NBR


12218/1994, que indica os elementos necessários para a elaboração deste:

 Estudo de concepção do sistema de abastecimento;


 Projetos de outras partes do sistema de abastecimento já elaborados;
 Levantamento planialtimétrico da área utilizada para projeto contendo detalhes do
arruamento, tipo de pavimento, obras especiais, interferências e cadastro da rede
existente;
 Plano de urbanização e verificação do uso e ocupação do solo segundo a legislação.

Dentro do projeto as atividades a serem cumpridas, de acordo com a NBR 12218/1994


são:
 Definição das etapas de execução da rede e dimensionamento levando em conta as
vazões de distribuição;
 Delimitação da área de abastecimento levando em conta as densidades demográficas e
as vazões específicas;
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 Delimitação de zonas de pressão;


 Determinação de volumes e níveis operacionais de reservatórios;
 Análise de instalações existentes avaliando reaproveitamentos;
 Traçado da rede: condutos principais e secundários;
 Dimensionamento da rede;
 Projeto de sistema de medição da rede;
 Localização e dimensionamento de acessórios da rede conforme o planejamento do
setor de manobra;
 Elaboração de: memorial descritivo e justificativo; especificações de serviços,
materiais e equipamentos; orçamento; manual de operação, controle e manutenção.

4.8 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Para que sejam lançados efluentes com cargas poluidoras não prejudiciais aos corpos
hídricos, se faz necessária a aplicação de algum tipo de tratamento de efluentes, reduzindo a
demanda bioquímica de oxigênio (DBO) até um nível compatível com as condições do corpo
receptor. Para que isto seja obtido, diversos tipos de tratamento podem ser empregados os
quais são avaliados de acordo com a eficiência de remoção de DBO (Ferreira, 2003).
De acordo com a NBR 12209/2011, os requisitos para um projeto de tratamento de
efluentes são:
 População atendida ou possível de ser atendida nas diversas fases do plano;
 Vazões e demais características dos esgotos afluentes à ETE nas diversas fases do
plano;
 Exigências legais e ambientais;
 Características requeridas para o efluente tratado nas diversas etapas do plano;
 Forma de disposição final do efluente líquido: corpo receptor, ponto de lançamento,
previsão de reuso.
 Forma de armazenamento de subprodutos sólidos e sua disposição final: local de
disposição, possível reuso deste material;
 Área selecionada para implantação da ETE em escala de 1/1000 com seu
levantamento planialtimétrico;
 Sondagens de reconhecimento do subsolo na área;
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 Cota máxima de enchente no local a ser implantada a ETE;


 Avaliação de efluentes não domésticos na rede coletora, para adequação do
tratamento;
 Avaliação de emissão de gases de efeito estufa pela ETE.

Ainda, a mesma norma preconiza todas as atividades de concepção do sistema de


tratamento de efluentes, no que se refere ao projeto hidráulico-sanitário:
 Seleção e interpretação das informações disponíveis;
 Avaliação de opções de tratamento para fase líquida, gasosa e sólida;
 Seleção de parâmetros e valores para dimensionamento;
 Elaboração de planta com os arranjos de diversas opções;
 Avaliação de custo de implantação e operação das opções;
 Comparação da viabilidade técnica, econômica e ambiental para escolha da melhor
opção;
 Dimensionamento de sistemas auxiliares ao tratamento;
 Seleção de equipamentos e acessórios;
 Locação definitiva das unidades, levando em consideração a paisagem, as áreas de
circulação e os aspectos arquitetônicos;
 Elaboração do perfil hidráulico em função da disposição das unidades;
 Elaboração de relatório justificativo do projeto hidráulico-sanitário;
 Estabelecimento das diretrizes de operação, de processo e manutenção do sistema;
 Previsão de projetos de supervisão e controle, arquitetônico, paisagístico, funcional e
de laboratório e manutenção;
 Locação de vias de acesso no entorno da ETE;
 Avaliação do impacto causado à vizinhança no que tange a: odores, ruídos ou
aerossóis.
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5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

5.1 BARRACÃO METÁLICO

O projeto foi elaborado em uma planta com dois barracões metálicos de 982,5m² cada.
No projeto hidrossanitário foi contemplado apenas os banheiros e lavatórios de cada barracão,
que são os únicos pontos de água fria desta edificação. A tubulação utilizada foi de 25mm
para os banheiros e 20mm para os lavatórios, iniciando-se em um reservatório de 1000L. O
dimensionamento da tubulação e do reservatório foi feito conforme escolha do empreendedor
e do setor de engenharia da empresa. O abastecimento do reservatório será feito a partir de
poço artesiano, com aplicação de bomba de recalque que foi dimensionada, obtendo-se o
modelo da KSB Meganorm 40/25/160. A seguir, seguem imagens (figuras 2, 3 e 4) do
esquema isométrico da tubulação de água fria dos barracões e detalhamentos necessários ao
entendimento do projeto.

Figura 2: Esquema isométrico dos sanitários dos barracões. Fonte: Autor.


17

Figura 3: Detalhe genérico da instalação da bomba. Fonte: Autor.

Figura 4: Vista geral dos banheiros e lavatórios do barracão. Fonte: Autor.


18

Para a mesma edificação, elaborou-se o projeto de coleta de esgoto, tendo como base
para o dimensionamento, o método das UHC (Unidades Hunter de Contribuição). Desta
forma, as tubulações de esgoto primário são de 100mm e coletam os despejos das bacias
sanitárias. Quanto às tubulações de esgoto secundário iniciam-se com tubulações de 40mm,
seguidas de um ralo sifonado, de onde partem com diâmetro de 50mm em direção ao ramal de
esgoto. A figura 5 ilustra esta configuração.

Figura 5: Tubulação de esgoto das bacias sanitárias e lavatórios. Fonte: Autor.

Ambos os barracões tem suas tubulações de esgoto se encontrando em uma caixa de


inspeção, de onde segue para um tanque séptico.
No que diz respeito ao projeto de coleta de águas pluviais destes barracões, houve uma
peculiaridade no planejamento, devido ao fato de que estes barracões são grandes e podem
precisar se uma lavagem dos pisos semanalmente. Pensando nisso, surgiu a ideia de fazer o
reaproveitamento da água da chuva para este fim. O projeto foi realizado de forma a receber
águas de metade do telhado de cada barracão. Conforme escolha do proprietário e do setor de
engenharia, escolheu-se um reservatório de 2000L para armazenamento da água pluvial, o que
supre as necessidades de lavagem dos pisos semanalmente. O reservatório foi instalado ao
lado do reservatório de água potável e, dele parte uma tubulação de 32mm, para uma torneira
19

de água não potável, localizada de forma a facilitar a tomada de água. A instalação do


reservatório é ilustrada na figura 6.

Figura 6: Disposição do reservatório de armazenamento de água pluvial. Fonte: Autor.

Ressalta-se que tanto a água não coletada pelo reservatório, quanto a água que sai pelo
extravasor, seguem para caixas de inspeção, sendo lançadas na sarjeta. O dimensionamento
das calhas foi realizado pela formula de Manning. Para cálculo da vazão, utilizou-se
intensidade pluviométrica de 200mm/h. As áreas de contribuição dos telhados bem como os
diâmetros dos tubos horizontais e verticais foram calculadas de acordo com a NBR
10844/1989.

5.2 RESIDÊNCIA COM DOIS PAVIMENTOS

Esta residência foi contemplada com os projetos: água fria, esgoto, pluvial e elétrico.
As maiores dificuldades de elaboração destes projetos foi a diferença arquitetônica de seus
pavimentos, exigindo criatividade na disposição de tubos de queda, eletrodutos, colunas de
água fria, etc.
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O projeto de água fria atendeu quatro banheiros, uma cozinha, uma lavanderia e uma
edícula, os quais receberam tubulações de diâmetro 25mm. Foram utilizadas quatro colunas
de distribuição de água fria. O reservatório escolhido foi de 500L pois a residência foi
considerada de baixo padrão. Para dimensionamento, o ponto mais desfavorável foi
considerado um dos chuveiros do pavimento superior, o qual foi abastecido com pressão
maior do que 1 m.c.a (metro de coluna d’água). A figura 7 exemplifica a distribuição da
tubulação em alguns cômodos da casa.

Figura 7: Amostra da tubulação de água fria do pavimento térreo. Fonte: Autor.

O projeto de esgoto foi baseado no método das UHC, com tubulação primária de
100mm, secundária de 40mm, interposição de desconectores e aumento do diâmetro para
50mm em direção à tubulação primária, conforme o exemplo do banheiro do pavimento
superior, na figura 8. Ressalta-se aqui a necessidade de instalação de caixas sifonadas anti-
espuma na lavanderia, devido à natureza dos despejos, evitando-se desconfortos para o
proprietário da residência. Todos os despejos são encaminhados para caixas de inspeção, com
os despejos da cozinha passando primeiro por uma caixa de gordura. Após as caixas de
inspeção, estes são lançados na rede pública.
21

Figura 8: Amostra da disposição da tubulação de esgoto de banheiro do pavimento superior. Fonte: Autor.

O projeto de coleta de águas pluviais necessitou recolher águas de uma sacada. Foram
dispostos dois ralos secos, com tubulação de 75mm de acordo com a vazão calculada pela
área de contribuição. As calhas foram calculadas pela formula de Manning e o
dimensionamento das tubulações foi realizado conforme a NBR 10844/1989. Também foram
dispostas caixas de inspeção após os tubos de queda, finalizando o percurso até o coletor
público após passagem por uma caixa de areia.

Ressalta-se a grande importância de compatibilizar um projeto com o outro, evitando


conflitos de traçado e também, evitando conflitos com a parte estrutural da edificação, o que
se buscou realizar em todos os projetos deste relatório.

Por fim, foi realizado o projeto elétrico esta residência. Por ser de dois pavimentos,
foram dispostas dois quadros de distribuição em cada pavimento. A potência instalada foi de
14500W no quadro 1 e 20540W no quadro 2. Foram instaladas 3 fases devido às cargas
maiores dos chuveiros e condicionadores de ar. A figura 9 ilustra um cômodo da casa com sua
distribuição de circuitos.
22

Figura 9: Amostra do projeto elétrico da cozinha. Fonte: Autor.

5.3 DUAS CASAS DE BAIXO PADRÃO

Este projeto diz respeito a duas casas de baixo padrão, construídas para
financiamentos do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Cada casa ocupou meio lote e,
assim como a parte arquitetônica, os projetos complementares também foram simplificados.

No projeto de água fria foram utilizadas tubulações de 20mm partindo de um


reservatório de 500L. Os pontos de água se limitaram a uma cozinha, uma área de serviço e
um banheiro. A figura 10 ilustra o detalhamento isométrico do banheiro.

O projeto de esgoto foi simples e sem peculiaridades. O ramal de descarga do tanque


de lavar roupas ficou com diâmetro 40mm e, após passar por um ralo sifonado anti-espuma,
seguiu com diâmetro 50mm até o ramal de esgoto de 100mm que leva os despejos para o
coletor público. Da mesma forma, o ramal de descarga da pia da cozinha teve diâmetro
40mm, seguindo para uma caixa de gordura, de onde seguiu com diâmetro 50mm para o
ramal de esgoto de 100mm que leva os despejos para o coletor público. No banheiro, o ralo
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sifonado do chuveiro têm saída com diâmetro 50mm e a pia têm ramal de esgoto de 40mm
que segue para um ralo sifonado. A figura 11 mostra a tubulação de esgoto do banheiro.

Figura 10: Esquema isométrico do banheiro. Fonte: Autor.

Figura 11: Tubulação de esgoto do banheiro. Fonte: Autor.

O projeto pluvial desta edificação foi elaborado da mesma forma que os projetos
anteriores com a diferença de não haverem caixas de passagem, devido ao pequeno espaço no
24

terreno. Porém, antes de serem lançadas no coletor público, as águas pluviais passam por uma
caixa de areia.

O projeto elétrico destas residências foi elaborado da mesma forma que os projetos
anteriores, com uma potência instalada de 9160W em um sistema bifásico.

5.4 LOTEAMENTO RECANTO DO PARK

Este projeto foi elaborado em parceria com outra empresa de Toledo, a Construmaq.
Esta empresa atua no ramo de loteamentos, pedreira, imobiliária, comércio de produtos como
areia, pedra e pavimentação asfáltica.

O projeto consiste em um loteamento com 104 lotes de tamanhos variados dispostos


conforme mostra a figura 12.

Figura 12: Disposição dos lotes do loteamento recanto do park. Fonte: Autor.

O loteamento será realizado a partir de outro loteamento já existente. Neste projeto, foi
necessário dimensionar a rede de abastecimento de água e a rede de drenagem urbana,
compreendendo galerias subterrâneas, sarjetas e bocas de lobo.
25

5.4.1 Projeto do sistema de abastecimento de água

Para realização deste projeto, inicialmente necessitou-se distribuir a rede ao longo das
ruas, estabelecendo pontas secas de acordo com o sentido do fluxo da água, baseando-se pelo
levantamento planialtimétrico da área. Qualquer projeto de sistema de abastecimento de água
deve atender uma pressão mínima de 10 m.c.a no ponto mais crítico da rede. Levando isto em
conta, elaborou-se uma planilha de cálculos.

Na planilha de cálculos, foram obtidos os comprimentos de cada trecho, bem como as


vazões, calculadas pelo método da vazão em marcha. Com o resultado da vazão, pôde-se
calcular os diâmetros de cada tubulação. Posteriormente, utilizando-se a cota de montante e
jusante de cada terreno, vazão e diâmetro interno dos tubos, obteve-se os valores das perdas
de carga em cada trecho. Ao final, com os valores de perda de carga, chegou-se ao valor da
pressão disponível em cada trecho da rede.

Ressalta-se que este projeto foi diferente do usual, pois é mais comum se ter a pressão
disponível em um reservatório no início da rede e ao final verificar se a altura deste
reservatório satisfaz a pressão mínima requerida no ponto mais desfavorável. Porém, neste
projeto, a rede de água foi uma continuação da rede de água existente na cidade. Então,
calculou-se a rede de jusante para montante, admitindo-se o valor mínimo de pressão no ponto
mais desfavorável da rede e, ao final, encontrou-se o valor necessário de pressão no início da
rede. Foi feita uma recomendação no projeto, para que seja feita uma medição da pressão no
início da rede e, caso esta seja inferior ao calculado, não haverá atendimento da pressão
mínima no ponto mais desfavorável e os responsáveis pela execução do projeto terão que
adequar isto. O mesmo se observa para o caso da vazão que, caso não seja suficiente para
atender toda a rede, deverá ser incrementada. Na figura 13 exibem-se alguns trechos do
sistema de abastecimento do loteamento.
26

Figura 13: Alguns trechos do sistema de abastecimento de água do Loteamento Recanto do Park. Fonte: Autor.

5.4.2 Projeto do sistema de drenagem urbana

Este projeto consistiu em dimensionamento de sarjetas, bocas de lobo e tubulações


subterrâneas para coleta de águas da chuva. Como se verifica na figura 11, existe uma área de
manancial adjacente ao loteamento com demarcação de Área de Preservação Permanente
(APP). Trata-se de uma nascente, dando início a um rio. É até este rio que serão direcionadas
as águas pluviais que escoam pelas ruas do loteamento.

Para dar início ao sistema, inicialmente necessitou-se calcular as vazões máximas pela
sarjeta. Isto se faz necessário para que o projeto seja mais econômico, uma vez que serão
dispostas bocas de lobo apenas quando a capacidade de escoamento pela sarjeta for
extrapolada ao máximo. Desta forma, foram calculadas as vazões que cada porção de área
gera para cada sarjeta e, enquanto a sarjeta suportar esta vazão, ou a soma das vazões de
várias áreas escoantes, o escoamento da água pluvial será superficial. Para calcular a
capacidade de cada sarjeta, utilizou-se a fórmula de Manning Strickler:
27

1
𝑄= . 𝐴. 𝑅ℎ 2/3 . 𝑖 1/2
𝑛

Sendo:

Q = Vazão máxima pela sarjeta (m³/s);

A = Área transversal da sarjeta (m²);

Rh = Raio Hidráulico da sarjeta (m);

i = Declividade da sarjeta (m/m);

n = Coeficiente de rugosidade = 0,014 (Concreto = 0,012 a 0,018, dependendo da


condição do material)

Para calcular a vazão de contribuição de cada área, foi utilizado o método racional.

𝑄 = 2,78. 𝐶. 𝑖. 𝐴

Sendo:

Q = Vazão de cada área de contribuição (L/s);

i = Intensidade da chuva (mm/h);

A = Área de contribuição (ha);

C = Coeficiente de escoamento médio em função do tipo de pavimento (run-off).

Neste caso, os valores foram: C = 0,9 para áreas com 65% de impermeabilização e o
restante coberto por grama, como solo tipo C; i = 150mm/h para tempo de concentração de
10min e tempo de retorno de 5 anos.

Conforme dito anteriormente, quando a capacidade da sarjeta é esgotada, aplica-se


uma boca de lobo. Para dimensionamento das bocas de lobo utilizou-se a vazão de
engolimento, dimensões de seus lados e altura da lâmina d’água. O valor da altura da lâmina
28

d’água foi estipulado em 12cm, visto que a altura do meio fio é de 15cm. As dimensões dos
lados da boca de lobo são escolhidas de acordo com a preferência do projetista. O modelo de
boca de lobo utilizada é com grelha e sem depressão, conforme ilustra a figura 14.

Figura 14: Modelo de boca de lobo utilizado. Fonte: Adaptado de Nakamura, 2011.

Por fim, para enviar subterraneamente toda a água pluvial para o curso d’água, foram
dimensionadas tubulações de concreto armado. Para dimensionar tais estruturas, foi
necessário utilizar a fórmula de Manning Strickler modificada para cálculo do diâmetro:

𝑄
𝐷 = 1,55. ( )3/8
𝐾. 𝑆 1/2

Sendo:

D = Diâmetro da tubulação (m);

K = Constante do material (concreto = 75);

S = Declividade da tubulação (m/m);

Q = Vazão (m³/s).

Complementando-se, instalou-se poços de visita (PV) sempre que houve mudança de


direção, de declividade ou de diâmetro nos tubos da rede. A profundidade adotada para os
PVs foi de 2,3m e o enterramento mínimo das tubulações foi estabelecido como 1m.

A demonstração de um trecho da rede está na figura 15 e o perfil do trecho n.14 está


ilustrado na figura 16.
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Figura 15: Demonstração de um trecho da rede de galerias pluviais. Fonte: Autor.

Figura 16: Perfil da galeria 14. Fonte: Autor.

5.5 USINA DE EXTRAÇÃO DE ROCHA E BRITAGEM

Este projeto consiste de um barracão para garagem e lavagem de caminhões, além de


salas para lavagem de peças, sala de motores, metalúrgica, borracharia, almoxarifado e
banheiro.
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Para o projeto de água fria, foi instalado um reservatório de 5000L para água potável,
captada de poço artesiano. Outro reservatório foi instalado para aproveitamento da água da
chuva, com volume de 1000L, de acordo com a preferência do setor de engenharia da
empresa. As tubulações de distribuição de água fria foram definidas de 32mm devido a vazões
maiores nos processos de lavagem e 20mm para o banheiro. Em cada cômodo do barracão foi
instalada uma torneira de água potável e outra de água pluvial, com exceção do banheiro.

O projeto de coleta de águas pluviais foi elaborado e dimensionado conforme a NBR


10844/1989, havendo apenas a diferença de que um dos lados do telhado contribui para o
enchimento do reservatório de aproveitamento de água, que possui um extravasor, enviando a
água extravasada para uma caixa de inspeção e futuro descarte. As demais tubulações de água
pluvial passam diretamente por caixas de inspeção, sendo descartadas posteriormente. A
figura 17 exibe os dois reservatórios aplicados.

Figura 17: Disposição dos reservatórios do barracão. Fonte: Autor.

Por fim, foi necessário elaborar um projeto de tratamento de efluentes gerados pelas
lavagens de peças e veículos. Para isto, foram dispostas canaletas em todos os cômodos do
barracão para coletar os despejos. A partir destas canaletas, os efluentes passavam por caixas
de inspeção, no interior de uma tubulação de esgoto 100mm, até chegar em uma caixa
separadora água/óleo/sedimentos. Esta caixa foi elaborada segundo o modelo de Fibratec
Engenharia e possui volume de 1000L e capacidade para tratar até 2000L/h. Ressalta-se que o
óleo e os sedimentos separados pela caixa deverão ser coletados por uma empresa
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especializada no tratamento destes resíduos. Para armazenamento do óleo e dos sedimentos,


projetou-se duas caixas ao lado da caixa separadora. A visualização deste sistema está na
figura 18. O corte da caixa separadora é mostrado na figura 19.

Figura 18: Sistema de tratamento do efluente gerado pelo barracão. Fonte: Dimensões: Fibratec Engenharia;
Desenho: Autor.

Figura 19: Visualização em corte da caixa separadora. Fonte: Dimensões: Fibratec Engenharia; Desenho: Autor.
32

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenvolver projetos em uma empresa do ramo de construção civil é uma experiência


enriquecedora, ainda mais para quem quer trabalhar nesta área. Ao atuar profissionalmente,
deve-se levar em conta que, além da teoria, existem particularidades impostas por diversos
aspectos construtivos, econômicos ou pessoais do proprietário do empreendimento. A
universidade mostra o caminho mais adequado, econômico e eficiente, porém, as diversas
partes envolvidas na tomada de decisão a respeito de um projeto podem alterar o rumo do
planejamento.

Durante o estágio também foram realizadas atividades em projetos arquitetônicos de


edificações e planos de prevenção contra incêndio (PPCI), complementando o conhecimento
recebido na faculdade.

A experiência do estágio foi muito satisfatória do ponto de vista do aprendizado


adquirido. Este período foi de grande proveito para aperfeiçoar as habilidades com o software
AutoCAD ®, além de desenvolver no acadêmico a capacidade de tomar decisões e propor
soluções para os problemas encontrados, satisfazendo os profissionais que trabalham juntos
no planejamento e os futuros proprietários dos empreendimentos.

Por fim, todo o conteúdo recebido no âmbito acadêmico pôde ser aproveitado e
aperfeiçoado na prática de projetos, gerando crescimento intelectual e abrindo portas para um
novo território da Engenharia.
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REFERÊNCIAS

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prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, setembro, 1999.
74 p.
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prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, dezembro, 1989. 13 p.
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chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis – Requisitos.
Rio de Janeiro, RJ: ABNT, setembro, 2007. 8 p.
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rede de distribuição de água para abastecimento público. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, julho,
1994. 4 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12209/2011: Elaboração de


projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos sanitários. Rio de Janeiro,
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34

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