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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana
MARINGÁ
2014
2
MARINGÁ
2014
3
4
5
AGRADECIMENTOS
6
(MASLOW)
7
RESUMO
8
ABSTRACT
In Brazil, to ease the housing deficit, estimated at 5.8 million units, federal, state and
municipal governments increasingly encourage the production of these buildings. However,
the production growth is not always accompanied by quality of these houses. Criteria for
designing spaces of high standard and great works are objects of study certifying companies
in order to legalize the title of sustainable building, however, few studies are conducted with a
focus on low-income housing. Thus, sustainability could be incorporated into the production
chain of these houses to add quality to the project. This study aims to assess the
environmental performance of enterprises of low-income. The area studied were the cities of
Maringá/PR, Sarandi/PR and Paiçandu/PR, based on data for the period 2002-2012. The
objects of study were the projects with close to 40,00 m² built-up areas, because these projects
to be used in housing programs in these municipalities. The environmental performance of the
projects was evaluated according to ABNT NBR 15575: 2013 (parts 1, 4 and 5). Adopted the
prescriptive method Procel Edifica (RTQ-R) to assess the energy performance of the
buildings envelope. The tool of the Selo Casa Azul served to assess the environmental
performance at the management level of the enterprise: implementation of projects. As a
result, a framework with recommendations and guidelines to be observed by managers of
housing developments was obtained, was diagnosed similarities to the three municipalities
under study: similarity in architectural projects, with similar physical arrangements; loss of
information within government agencies over the years; projects focused on the needs of the
funding program to which they belong, not users and possibility of readjustment in the
deployment process of the housing projects.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.3 – Modelos dos selos Casa Azul, de acordo com a classificação.......................... 50
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 5.7 – Requisitos dos sistemas de vedações verticais externas e cobertura – zona
bioclimática 3...................................................................................................................... 70
Quadro 5.8 – Variáveis térmicas dos sistemas de cobertura e vedações verticais do
projeto de Maringá/PR (ZEIS – Santa Felicidade).............................................................. 72
Quadro 5.9 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o projeto de Maringá/PR –
ZEIS Santa Felicidade......................................................................................................... 78
Quadro 5.10 – Variáveis térmicas dos sistemas de cobertura e vedações verticais do
projeto de Sarandi/PR (Conjunto Mauá)............................................................................. 82
Quadro 5.11 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o projeto de Sarandi/PR –
Conjunto Mauá.................................................................................................................... 88
Quadro 5.12 – Variáveis térmicas dos sistemas de cobertura e vedações verticais do
projeto de Paiçandu/PR (Conjunto Canadá)........................................................................ 92
Quadro 5.13 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o projeto de Paiçandu/PR –
Conjunto Canadá................................................................................................................. 99
Quadro 5.14 – Quadro resumo dos resultados para os três municípios analisados............. 103
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.3 – Área de aberturas das fachadas para ventilação cruzada (Maringá/PR).. 74
Tabela 5.4 – Percentual de áreas mínimas para iluminação natural em relação à área
útil do ambiente (Maringá/PR)...................................................................................... 75
Tabela 5.5 – Valores obtidos para graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Maringá/PR)........................................................................................... 76
Tabela 5.6 – Pré-requisitos de absortância solar, transmitância térmica e capacidade
térmica para a zona bioclimática 3 (Sarandi/PR).......................................................... 83
Tabela 5.7 – Percentual de áreas para ventilação em relação à área útil do ambiente
(Sarandi/PR).................................................................................................................. 84
Tabela 5.8 – Área de aberturas das fachadas para ventilação cruzada (Sarandi/PR).... 84
Tabela 5.9 – Percentual de áreas mínimas para iluminação natural em relação à área
útil do ambiente (Sarandi/PR)....................................................................................... 85
Tabela 5.10 – Valores obtidos para graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Sarandi/PR)............................................................................................ 86
Tabela 5.11 – Pré-requisitos de absortância solar, transmitância térmica e
capacidade térmica para a zona bioclimática 3 (Paiçandu/PR).................................... 93
Tabela 5.12 – Percentual de áreas para ventilação em relação à área útil do ambiente
(Paiçandu/PR)............................................................................................................... 94
Tabela 5.13 – Área de aberturas das fachadas para ventilação cruzada
(Paiçandu/PR).. ............................................................................................................ 95
Tabela 5.14 – Percentual de áreas mínimas para iluminação natural em relação à
área útil do ambiente (Paiçandu/PR)............................................................................. 95
Tabela 5.15 – Valores obtidos para graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Paiçandu/PR).......................................................................................... 96
12
13
LISTA DE ABREVIATURAS
14
SUMÁRIO
Capítulo 1
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 17
1.1 JUSTIFICATIVAS................................................................................................ 19
Capítulo 2
2 HABITAÇÃO............................................................................................................. 23
2.2 HABITABILIDADE............................................................................................ 25
Capítulo 3
3 SUSTENTABILIDADE........................................................................................... 34
15
Capítulo 4
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................ 52
Capítulo 5
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................. 58
16
Capítulo 6
6 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 107
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 108
17
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
19
1.1 JUSTIFICATIVAS
20
21
22
projetos quanto ao desempenho energético da envoltória. A norma ABNT NBR 15575: 2013
serviu para avaliar os pré-requisitos estabelecidos pelo Procel Edifica (RTQ-R).
Portanto, a pesquisa concentrou-se em duas áreas principais: produção das HIS
e ferramentas de avaliação de desempenho ambiental.
23
Capítulo 2
HABITAÇÃO
visão de burguesia que negligenciou a classe menos favorecida. Nas cidades foram destinadas
áreas distantes e com menor infraestrutura para a classe baixa, o que gerou espaços de
moradias precárias, caracterizados por cortiços. Mumford (1998) trata esse período como a
evolução das cidades em cortiços para qualificar a habitação da maior parte da população.
O meio urbano encontrava-se em deterioramento, com políticas urbanas que
correspondiam aos anseios de uma burguesia que não queria ser vizinha de operários. Os
planos de melhoramento e embelezamento iniciados por Haussmann, na França; e
incorporados por urbanistas no Brasil, consistiram em desmantelamento de áreas ocupadas
irregularmente por cortiços, a fim de criar um ambiente mais sanitarista. Mais uma vez, a
segregação socioespacial ocorreu, com a expulsão da classe baixa para áreas afastadas
(VILLAÇA, 1999).
No Brasil, após a terceira década do século XX, as políticas de habitação
tomaram consistência. Influenciadas pelos movimentos modernistas, que disseminaram um
ideário de habitação social moderno, expressaram uma renovação das tipologias de projeto,
processo construtivo, implantação urbanística, programas habitacionais e modos de morar
(BONDUKI, 1998). Presencia-se a coerência entre a confrontação das ideias com a análise
dos projetos pelos profissionais da área de arquitetura: há um consenso entre discurso e
prática (CAMARGO, 2011). O projeto habitacional passa a ser analisado sob o ponto de vista
científico, como um “derivado de uma compreensão científica da habitação, o projeto como
indutor de uma nova cultura de habitação e de um novo comportamento social” (BRUNA,
2010, p. 102).
Portanto, com o passar do tempo, a habitação adquiriu o caráter de funções que
vão além do simples abrigo:
Para que uma habitação cumpra as suas funções, é necessário que, além de
conter um espaço confortável, seguro e salubre, esteja integrado de forma
adequada ao entorno, ao ambiente que a cerca (ABIKO, 1995, p. 03).
educação, à saúde e ao lazer (OLIVA, 2012). Em síntese, diz respeito à habitabilidade, isto é,
a garantia das condições de bem-estar, que é um direito de todos (BRASIL, 1988).
2.2 HABITABILIDADE
26
27
conta de energia elétrica. Portanto, na fase de projeto deveria haver um estudo de desempenho
ambiental voltado à eficiência energética.
Para Sattler (2002), o entorno das habitações deve ser construído de modo
sustentável e adicionar valor à qualidade de vida do indivíduo e da comunidade ao atender a
esfera social. A implantação de novas construções não pode ser avaliada de forma isolada; o
entorno deve ser levado em consideração. O contexto urbano, vias, quadras, lotes e demais
edificações existentes interferem nos novos projetos implantados (IKERT, 2010), bem como,
os novos projetos, do ponto de vista da sustentabilidade, devem contribuir para melhoria do
meio ambiente onde serão inseridos. A análise deve ser feita a partir da fase de projeto, a qual
atenderá aos critérios urbanísticos, de mobilidade urbana, vitalidade e qualidade do espaço
público (IKERT, 2010).
A vitalidade dos espaços cotidianos dos loteamentos habitacionais, para Lima
(2009), depende do contato com as áreas públicas, com multiplicidade de usos nas áreas de
intervenção. Deve-se partir dos pontos negativos dos loteamentos governamentais de
habitação social para propor novos modelos eficazes, sendo estes: incapacidade de
proporcionar qualidade de vida à maioria dos usuários; desperdício e subutilização do solo
urbano pela tipologia individual térrea; subutilização da infraestrutura instalada; não
contribuição com o desenho qualificado da paisagem; ênfase, na configuração espacial. No
transporte individual com mais vias locais nos espaços internos dos loteamentos em
detrimento de vias para pedestres capazes de promover áreas de convívio coletivo; aumento
no custo de execução do sistema viário pelo excesso de vias locais; não previsão de áreas para
geração de emprego e renda no desenho urbano; nivelamento por baixo das provisões de
equipamentos comunitários, cumprindo pura e simplesmente a legislação hermética vigente; e
reprodução de ambientes urbanos sem identidade, massificados e que contribuem muito
pouco para a autoestima dos moradores.
A oferta de novas moradias não deve se restringir às construções novas, mas
também à adaptação de prédios sem usos em áreas centrais, providos de infraestrutura básica
e sistema de transporte já existente. Deste modo, têm-se maiores ganhos ambientais ao
reciclar edifícios, com redução do consumo de materiais e energia, o que resulta na redução
do valor final da obra.
28
Em 2003, de acordo com Silva e Silva (2010), com a criação do Ministério das
Cidades, houve o tratamento integrado de todas as políticas urbanas com integração das
secretarias de habitação, do saneamento e dos transportes, considerando o uso e ocupação do
solo. Como resultado, em 2004, foi instituída a Política Nacional de Habitação. A partir dela,
o conceito de moradia expande-se para uma totalidade do meio urbano: o direito à moradia
acompanhado do direito à cidade. A habitação passou a ser vista como um elemento
integrador da cidade, com direito de participação dos moradores na escolha de novos
processos habitacionais.
Em 2007, o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS)
promulgou o Plano Nacional de Habitação (PlanHab). Na esfera municipal, o PlanHab atua
por meio do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). O Plano Nacional institui
que o PLHIS deve:
este distanciamento foi se ampliando. Esta segregação deu-se por meio de especulações
imobiliárias, pois os investidores criaram loteamentos em áreas estratégicas, desprovidas de
infraestrutura urbana, a fim de criar vazios urbanos e, futuramente, elevar o valor do solo
desses espaços.
Figura 2.2 – Mapa de renda nos Municípios de Maringá, Sarandi e Paiçandu (Censo
2000)
33
Fonte: Adaptado de Google Earth (2014), dados fornecidos pela Prefeitura do Município de Sarandi (2014),
dados compilados pelo Autor
34
Capítulo 3
SUSTENTABILIDADE
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36
37
38
39
41
2013), segundo critérios como, por exemplo, reciclagem e baixa toxicidade. Em 1988, o
Canadá criou o Eco-logo e, em 1989, o Japão implantou o Ecomark. No ano de 1989, os EUA
tornaram público o Green Seal. Desde 1992, a União Europeia mantém o Ecolabel.
Após a Conferência do Rio, a Eco–92, aumentou a preocupação por
certificações dos produtos, bem como de empresas certificadoras no mundo todo. Nesta
lógica, no início da década de 1990, a Organização Internacional de Normalização (ISO) deu
início ao desenvolvimento da série ISO/TC 207 14000: 1996, que trata de normas voluntárias
para sistemas de gestão ambiental (SGA) (HARRINGTON; KNIGHT, 2001). Em 1993, foi
estabelecido o comitê técnico TC 207, dirigido pelo Conselho de Normas do Canadá (SCC),
que finalizou a primeira série da ISO/ TC 207 14000: 1996, em 1996.
No Brasil, a ABNT NBR ISO 14000: 2004 é caracterizada como “uma
ferramenta abrangente e holística de administrar o meio ambiente que inclui regulamentos,
prevenção de poluição, conservação de recursos e proteção ambiental” (HARRINGTON;
KNIGHT, 2001, p. 21).
A série ABNT NBR ISO14020: 2002 aborda a rotulagem ambiental, dividindo-
a em três tipos: o Tipo I compreende os programas de certificação com base em critérios
múltiplos, como o caso do LEED, AQUA, HQE e BREEAM; o Tipo II engloba as
autodeclarações de atributo ambiental utilizando termos, definições e símbolos comuns; o
Tipo III engloba as certificações por meio de boletins ambientais.
A rotulagem ambiental do Tipo I possui maior credibilidade, visto que o
processo de certificação ocorre por meio de metodologia científica detalhada e “protege os
participantes e os detentores de interesse do uso indevido desse tipo de sistema de rotulagem”
(HARRINGTON; KNIGHT, 2001, p. 55).
A partir das certificações ambientais, o que se espera é criar a consciência para
a importância dos aspectos ambientais de um produto ou serviço e influenciar a escolha do
consumidor por meio de uma mudança de comportamento do fabricante.
Desta forma, as empresas buscaram garantir credibilidade da conformidade
ambiental dos produtos oferecidos através de certificadoras privadas, Tipo I. Cada país
instituiu selos próprios com base em estudos e critérios particulares de avaliação. Neste
âmbito, surgiu em 1990, no Reino Unido, o BREEAM (Building Research Establishment
Environmental Assessment Method) que estabelece padrões para melhores práticas em projeto
sustentável e tornou-se uma ferramenta importante para garantir imóveis com baixo impacto
ambiental. Desde sua criação, o número de certificações desse selo ambiental cresce cada vez
42
mais. De acordo com o site Ciclovivo (2011), até o ano de 2011, foram registradas 110.000
construções no mundo todo com essa certificação. Já o endereço eletrônico do BREEAM traz,
para o ano de 2012, a quantia de 200.000 edifícios. Nota-se, portanto, uma procura de 90.000
empreendimentos por esta certificação no ano de 2012. Essa certificação ambiental chegou ao
Brasil no ano de 2011, tendo como primeira obra o condomínio Movimento Terras, em
Petrópolis/RJ. A desvantagem desse sistema dá-se pelo fato de ser recém-chegado ao país e
estar baseado em estudos e experiências internacionalizados.
A fim de garantirem os termos firmados na conferência Eco-92, EUA, França,
Canadá, Hong Kong e Japão criaram certificações próprias. Atualmente, cada país europeu –
além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong-Kong – possui um sistema de
avaliação do desempenho ambiental de edifícios.
Em 1992, a França lançou o sistema Haute Qualité Environnementale (HQE)
como forma de padronizar modelos de edifícios verdes baseados em sistemas de alta
qualidade ambiental por meio de metodologias sustentáveis. Posteriormente, este sistema
serviu de base para a implantação do sistema Alta Qualidade Ambiental (AQUA) no Brasil,
desenvolvido em parceria entre a Fundação Vanzolini e a Escola Politécnica de São Paulo, em
2008.
No ano de 1994 os Estados Unidos implantam o sistema Leadership in Energy
and Environmental Design (LEED), o qual conseguiu grande destaque no cenário mundial
chegando ao Brasil em 2007 com a implantação do Green Building Council Brasil (GBCBR).
O primeiro edifício a obter esse selo foi o Rochaverá Tower, em São Paulo/SP.
De acordo com Carlo e Lamberts (2010), a certificação do desempenho
ambiental de edifícios está sendo realizada mundialmente por meio de códigos e normas
desenvolvidos por diversos países. Assim, percebe-se que o Brasil também está em busca de
um selo nacional, por meio de incentivos de instituições públicas, como foi o caso do selo
Procel Edifica (2003), organizado pela Eletrobrás em parceria com a Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC) e do Selo Casa Azul (2008) implantado pela Caixa Econômica
Federal.
No Brasil, certificações ambientais com base em padrões internacionais - como
AQUA e LEED - são empregadas em grandes empreendimentos imobiliários tendo
investidores de sedes de grandes corporações multinacionais, como é o caso do edifício
Rochaverá Tower, em São Paulo. Já os selos nacionais como o Procel Edifica e Selo Casa
Azul vêm como alternativa para atribuir valores ambientais ecologicamente corretos às
43
1 Lei nº 14.018, de 28 de junho de 2005: lei do Município de São Paulo que cria o Programa Municipal de
Conservação e Uso Racional da Água e Reuso em Edificações.
2 Lei nº 14.459, de 03 de julho de 2007: lei do Município de São Paulo que torna obrigatória a instalação de
aquecimento de água por meio de uso de energia solar.
44
Federal oferece assessoria para certificação gratuita, quando se trata do Selo Casa Azul. Este
selo é específico para edificações habitacionais, no entanto, não é específico para habitação de
interesse social.
Entender os processos de certificação existentes no Brasil é de extrema
importância para identificar os critérios que são válidos e quais são as falhas. O comparativo
entre os pontos positivos e negativos de aplicabilidade dos principais sistemas de certificação
existentes é fundamental ao desenvolver diretrizes para criação de uma certificação de
desempenho ambiental de edifícios voltada ao contexto nacional, afirmam Bueno e
Rossignolo (2010, p.50).
Na busca pela melhoria dos processos de produção, deve haver participação de
todos os agentes: Poder Público, agentes privados e consumidores. O Poder Público tem o
papel importante na elaboração de leis para promover a conscientização ambiental e
incentivar a melhoria tecnológica, voltada para a prevenção da poluição (MOREIRA, 2001).
Portanto, o Poder Público pode estimular as empresas a adotarem certos critérios de
certificação (CONCEIÇÃO; BARROS, 2005), que favorecerão as condições de
competitividade entre as empresas e promoverão o avanço tecnológico. Por parte das
empresas, é necessário um esforço para adoção de um sistema de gestão ambiental e de
qualidade do produto, fundamentado em políticas, metas progressivas e formação de recursos
humanos, garantindo uma evolução contínua dos processos (AGOPYAN; JOHN, 2011). As
empresas devem adotar um sistema de certificação voluntariamente, para atender aos critérios
econômicos, ambientais e sociais. Assim, elevar seus controles a fim de fornecer melhor
qualidade de produtos e serviços aos seus clientes/consumidores. Quanto aos consumidores,
cabe dar preferência por produtos certificados ambientalmente, de forma a estimular a
redução do mercado de produtos que não estejam em conformidade com as normas de
qualidade ambiental.
No Brasil, os processos de certificação, tais como LEED, AQUA e Selo Casa
Azul, juntamente com o processo de Etiquetagem Procel Edifica, configuram ferramentas de
auxílio às empresas na obtenção de produtos com melhor desempenho ambiental. Ademais,
dão credibilidade à certificação dos empreendimentos do setor da construção civil.
45
47
48
Indicador de Consumo referente à envoltória do edifício proposto deve ser calculado com
uma equação que considera:
• Área de janelas;
• Existência e dimensões de proteções solares;
• Tipo de vidro;
• Dimensões da edificação; e
• Zoneamento bioclimático.
Para que uma unidade habitacional autônoma (unifamiliar) atinja o nível A, é
necessário atender aos seguintes pré-requisitos:
• Atender aos requisitos das normas ABNT NBR 15220:2005 e ABNT NBR
15575:2013;
• Permitir resfriamento natural da envoltória para as condições de verão;
• Permitir aquecimento natural da envoltória para as condições de inverno;
• Os ambientes de permanência prolongada devem ser iluminados naturalmente;
• Possuir sistema de medição individualizada de água;
• Possuir sistema de medição individualizada de energia; e
• Possuir sistema alternativo de aquecimento de água.
50
demonstrar interesse perante o banco que concederá o Guia do Proponente com as diretrizes
do projeto a ser elaborado e encaminhado para análise (JOHN; PRADO, 2010). A graduação
da classificação é dividida em três categorias: Bronze, prata e ouro. Durante o processo de
avaliação são considerados 53 critérios divididos em seis categorias, conforme Quadro 3.1.
51
Figura 3.3 – Modelos dos selos de acordo com a classificação do Selo Casa Azul
52
Capítulo 4
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
53
A pesquisa iniciou-se com a coleta de dados nas prefeituras dos três municípios
que constituem o estudo (Maringá/PR, Sarandi/PR e Paiçandu/PR. Foram coletados dados a
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55
56
classificação da etiqueta Procel Edifica. O manual está disponível para baixar pelo endereço
eletrônico
<http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/files/projetos/etiquetagem/residencial/downloads
/Manual_de_aplicacao_do_%20RTQ-R-v02-2013.pdf.>
Conforme recomendação do manual RTQ-R, para auxiliar na quantificação do
desempenho da envoltória dos ambientes do projeto, foi utilizada a planilha de cálculo
formatada no software Excel e disponível para baixar no endereço eletrônico
http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/residencial/planilhas-catalogos. A planilha
permite quantificar os valores para o equivalente numérico da envoltória para resfriamento
(EqNumEnvResf) e o equivalente numérico da envoltória para aquecimento (EqNumEnvA).
Com estes dois valores conhecidos, foi possível calcular o equivalente numérico do
desempenho térmico da envoltória dos projetos, de acordo com a Equação 1.
Em que:
pelo Selo Casa Azul. Entrevistaram-se funcionários públicos e privados que participaram do
processo de implantação dos projetos.
Optou-se pelo Selo Casa Azul devido ao fato de ser gratuito e fornecido pela
Instituição financiadora de programas habitacionais no País.
58
Capítulo 5
RESULTADOS E DISCUSSÕES
59
Pé-direito 2,60 m __
Cor da Parede
Variável em tom claro __
Externa
Sistema de Cobertura
Parede em alvenaria
Sistema de Vedações
convencional composta
Verticais
de argamassa interna,
bloco cerâmico de seis
furos, argamassa externa
(espessura de 14 cm)
Continua...
61
e 2 móveis) em ferro
com vidro translúcido
(1,20 x 0,90 m)
Janela basculante em
Janela BWC
62
com a assessora do Secretário de Habitação de Sarandi, serão realizados pela Prefeitura uma
creche e uma unidade básica de saúde (UBS) na área destinada a equipamentos comunitários,
além da praça. O Centro de Educação Infantil Beatriz Pacheco foi inaugurado no início de
2014 com recursos do governo federal, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE).
privada. A empresa que executou o empreendimento possuía o terreno onde foi implantado o
Conjunto Mauá. Também coube mesma empresa o parcelamento do solo e o projeto
arquitetônico das habitações. A Prefeitura ficou responsável apenas pela confecção do projeto
social. Nem a Prefeitura nem os moradores participaram do processo de elaboração do projeto
arquitetônico. A Figura 5.2 permite a visualização da planta baixa do projeto padrão utilizado
neste empreendimento e o Quadro 5.2 contém os dados do projeto.
Pé-direito 2,40 m __
Cor da Parede
Variável em tom claro __
Externa
Sistema de Cobertura
Parede em alvenaria
Sistema de Vedações
convencional composta de
Verticais
Continua...
64
65
66
Parede em alvenaria
Sistema de Vedações
convencional composta
Verticais
de argamassa interna,
bloco cerâmico de seis
furos, argamassa externa
(espessura de 14 cm)
Continua...
67
e 2 móveis) em ferro
com vidro translúcido
(1,20 x 1,00 m)
Janela basculante em
Janela BWC
Com a compilação dos dados constantes na ABNT NBR 15220: 2005 e ABNT
NBR 15575: 2013, foi possível caracterizar estratégias bioclimáticas para a cidade de
Maringá e regiões próximas. A região onde se insere a cidade de Maringá, segundo ABNT
68
NBR 15220: 2005, está caracterizada por zona bioclimática 1, porém, em nota técnica emitida
pelo Laboratório de Eficiência Energética de Edificações (Labeee) da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), a zona bioclimática para a cidade de Maringá/PR deverá ser
considerada como zona bioclimática 3 (a mesma que contempla a cidade de Londrina/PR).
Trata-se de uma zona de conforto em dias de umidade baixa. Essas normas trazem
recomendações e estratégias para este bioclima com premissas de projeto que auxiliam na
redução do consumo de energia durante a fase de uso e manutenção dos edifícios, ao evitar
aquecimento e resfriamento por equipamentos elétricos.
O Quadro 5.4 expõe o detalhamento das estratégias de condicionamento
térmico da zona bioclimática 3, na qual se insere a região da cidade de Maringá/PR.
69
desempenho nos períodos de inverno e verão, assim garantirmos o melhor conforto térmico
aos usuários, com o menor consumo de energia pela edificação.
Verão Inverno
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013 e ABNT NBR 15220-3: 2005, organizado pelo autor
Fonte: ABNT NBR 15220-3: 2005; ABNT NBR 15575-4: 2013, dados organizados pelo autor
70
ABNT NBR 15220: ABNT NBR 15575: ABNT NBR 15220: ABNT NBR
2005 2013 2005 15575: 2013
≤ 3,70 e α ≤ 2,00
≤ 3,60 ≤ ≤
≤4,3 ≤4,0 ≤ 0,60 ≥ 130 (leve ≤ 2,30 ≤ 0,60
(leve) 3,3 6,5
isolada)
Fonte: ABNT NBR 15220-3: 2005; ABNT NBR 15575-4: 2013; ABNT NBR 15575-5: 2013, dados organizados
pelo autor
Nesta fase, o projeto de Maringá /PR (ZEIS – Santa Felicidade) foi avaliado
quanto aos resultados de desempenho ambiental frente aos requisitos dispostos na norma
ABNT NBR 15220: 2003 e ABNT NBR 15575: 2013 (Partes 1, 4 e 5), para verificar os pré-
requisitos dispostos no RTQ-R e após avaliar o desempenho energético da envoltória -
Etiquetagem Procel Edifica. Por fim, apresenta-se uma análise do desempenho ambiental do
empreendimento frente aos requisitos do Selo Casa Azul.
71
72
5.3.1.2 Desempenho: ABNT NBR 15220: 2003, ABNT NBR 15575: 2013 e RTQ-R (Procel
Edifica) – Maringá/PR
73
74
relação ao somatório das áreas de aberturas para ventilação das demais fachadas, conforme a
Tabela 5.3.
Tabela 5.3 – Área de aberturas das fachadas para ventilação
cruzada (Maringá/PR)
Área Aberturas Projeto
Fachada
Maringá/PR(m²)
1 0,98
2 0,49
3 0,61
4 0,34
Proporção de Aberturas (AAb) 1,47
Atende a AAb ≥ 0,25? Sim
Fonte: O autor
75
Tabela 5.5 – Valores obtidos para Graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Maringá/PR)
Pontua- Nível
Indicadores
Orientação
Ponderação
Dorm. 1 Dorm. 2 Sala/Coz. ção Eficiência
pelas áreas
Final** da UH
2,76 C
13,971 12,123* 13,156 3
CA
C C C C
2910 2646 2469 2
GHR
D D D D
2,76 C
Sul
2,63 C
13,642 10,448* 14,767 3
CA
C C C C
2921 3169 2693 2
GHR
D D D D
Oeste
2,76 C
12,101* 11,996* 14,661 3
CA
C C C C
GHR= Graus-hora resfriamento (°C.h), CA= Consumo relativo para aquecimento (kWh/m².ano), UH= Unidade
Habitacional
*Valor que enquadraria no nível B
**Valor acrescido da bonificação
Fonte: O autor
Uma das soluções seria a adoção de janela que possibilite uma área de
ventilação efetiva maior e equipada de mecanismo de controle da entrada da incidência solar.
Essa solução também ajudaria no atendimento ao pré-requisito quanto à iluminação natural, o
77
que permitiria atingir uma melhor qualificação. Outra solução seria reduzir o valor da
absortância solar da cobertura, com adoção de uma telha de cor clara ou, simplesmente,
pintando o telhado na cor branca. Isto reduziria o valor da absortância solar (α) de 0,6 para
0,2, o que resultaria numa redução do fator solar da cobertura (FCS) de 4,2 H para 1,4 H.
Esse conjunto de soluções ajudaria o projeto de Maringá/PR a elevar suas
pontuações finais, visto que os resultados para o consumo relativo para aquecimento (CA),
para as quatro orientações, sofreram um decréscimo na qualificação final, devido ao não
atendimento aos pré-requisitos quanto à ventilação e iluminação natural. Isto ocorreu no caso
dos ambientes dormitório 1 e dormitório 2, os quais atingiram níveis de eficiência energética
B. Porém, devido ao não atendimento aos pré-requisitos mencionados, foram qualificados
como nível C. Caso os pré-requisitos fossem solucionados, o valor para o consumo relativo
para aquecimento da envoltória subiria para o nível B, para as quatro orientações.
O projeto atendeu aos pré-requisitos da unidade habitacional quanto à medição
individualizada de água, medição individualizada de energia, ventilação cruzada e banheiro
com iluminação natural.
Quanto às bonificações, atendeu ao requisito de profundidade dos ambientes
em relação às áreas de abertura para ventilação e à refletância do teto da cozinha ser maior
que 0,6, o que, juntos, somaram uma bonificação de 0,3 pontos acrescidos no cálculo para se
obter a pontuação final. Outras bonificações poderiam ser somadas caso a unidade
habitacional fosse provida de refrigeradores e lâmpadas com selo Procel A.
No quesito aquecimento de água, o projeto classifica-se entre os níveis D e E,
pois não possui sistema de aquecimento solar. Caso a unidade habitacional possua chuveiro
elétrico com potência de até 4500 W, a classificação se enquadra-se no nível D caso a
potência seja maior que 4500 W, a classificação seria o nível E.
78
resíduos de construção civil. Se estes critérios tivessem sido atendidos, a pontuação passaria
para 34, a qual garantiria o selo Ouro. Contudo, por não atender aos critérios obrigatórios, ele
não poderia ser classificado.
A categoria que mais teve critérios atendidos foi a Qualidade Urbana, com os
cinco critérios solucionados: qualidade do entorno – infraestrutura, qualidade do entorno –
impactos, melhoria do entorno, recuperação de áreas degradadas e reabilitação de imóveis.
Quadro 5.9 – Resultados do processo Selo Casa Azul para Projeto de Maringá/PR -
ZEIS Santa Felicidade
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
1. Qualidade Urbana
Qualidade do entorno -
1.1 obrigatório Sim
Infraestrutura
1.2 Qualidade do entorno - Impactos obrigatório Sim
1.3 Melhorias do entorno livre escolha Sim
1.4 Recuperação de áreas degradadas livre escolha Sim
1.5 Reabilitação de imóveis livre escolha Sim
2. Projeto e Conforto
2.1 Paisagismo obrigatório Não
2.2 Flexibilidade de projeto livre escolha Não
2.3 Relação com a vizinhança livre escolha Sim
2.4 Solução alternativa de transporte livre escolha Sim
2.5 Local para coleta seletiva obrigatório Não
Equipamentos de lazer, sociais e
2.6 obrigatório Sim
esportivos
2.7 Desempenho térmico - vedações obrigatório Não
Desempenho térmico - orientação
2.8 obrigatório Não
ao sol e ventos
Iluminação natural de áreas
2.9 livre escolha Sim
comuns
Ventilação e iluminação natural
2.10 livre escolha Sim
de banheiros
Adequação às condições físicas
2.11 livre escolha Não
do terreno
Continua...
79
Quadro 5.9 – Resultados do processo Selo Casa Azul para Projeto de Maringá/PR -
ZEIS Santa Felicidade (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/ Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
3. Eficiência Energética
Lâmpadas de baixo consumo - obrigatório p/ HIS - 0 a
3.1 Sim
áreas privativas 3 s.m.
Dispositivos economizadores -
3.2 obrigatório Não
áreas comuns
3.3 Sistema de aquecimento solar livre escolha Não
3.4 Sistema de aquecimento a gás livre escolha Não
3.5 Medição individualizada - Gás obrigatório Sim
3.6 Elevadores eficientes livre escolha -
3.7 Eletrodomésticos eficientes livre escolha Não
3.8 Fontes alternativas de energia livre escolha Não
4. Conservação de recursos materiais
4.1 Modulação de projeto livre escolha Sim
Qualidade de materiais e
4.2 obrigatório Não
componentes
Componentes industrializados ou
4.3 livre escolha Não
pré-fabricados
4.4 Fôrmas e escoras reutilizáveis Obrigatório Sim
Gestão de resíduos de construção
4.5 obrigatório Não
de demolição RCD
4.6 Concreto com dosagem otimizada livre escolha Não
Cimento de alto-forno (CP III) e
4.7 livre escolha Sim
pozolânico (CP IV)
4.8 Pavimentação com RCD livre escolha Não
4.9 Madeira plantada ou certificada livre escolha Não
Facilidade de manutenção da
4.10 livre escolha Sim
fachada
5. Gestão da água
5.1 Medição individualizada - água obrigatório Sim
Dispositivos economizadores -
5.2 Obrigatório Não
sistema de descarga
Dispositivos economizadores -
5.3 livre escolha Não
arejadores
Dispositivos economizadores -
5.4 livre escolha Não
outros reguladores de vazão
5.5 Aproveitamento de águas pluviais livre escolha Não
5.6 Retenção de águas pluviais livre escolha Não
5.7 Infiltração de águas pluviais livre escolha Sim
5.8 Áreas permeáveis obrigatório Sim
Continua...
80
Quadro 5.9 – Resultados do processo Selo Casa Azul para Projeto de Maringá/PR -
ZEIS Santa Felicidade (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/ Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
6. Práticas Sociais
6.1 Educação para a gestão de RCD obrigatório Não
Educação ambiental dos
6.2 obrigatório Não
empregados
Desenvolvimento pessoal dos
6.3 livre escolha Não
empregados
Capacitação profissional dos
6.4 livre escolha Não
empregados
6.5 Inclusão de trabalhadores locais livre escolha Sim
Participação da comunidade na
6.6 livre escolha Não
elaboração do projeto
6.7 Orientação aos moradores obrigatório Sim
Educação ambiental dos
6.8 livre escolha Sim
moradores
Capacitação para gestão do
6.9 livre escolha Sim
empreendimento
Ações para mitigação de riscos
6.10 livre escolha Não
sociais
Ações para a geração de emprego
6.11 livre escolha Sim
e renda
TOTAL 24
Fonte: O autor, dados das entrevistas com os gestores dos projetos
81
Nesta fase, o projeto habitacional de Sarandi /PR (Conjunto Mauá) foi avaliado
quanto aos resultados de desempenho ambiental frente aos requisitos dispostos na norma
ABNT NBR 15220: 2003 e ABNT NBR 15575: 2013 (Partes 1, 4 e 5), para verificar os pré-
requisitos dispostos no RTQ-R e após avaliar o desempenho energético da envoltória -
etiquetagem Procel Edifica; Por fim, apresenta-se uma análise do desempenho ambiental do
empreendimento frente aos requisitos do Selo Casa Azul.
82
5.4.1.2 Desempenho: ABNT NBR 15220: 2003, ABNT NBR 15575: 2013 e RTQ-R (Procel
Edifica) – Sarandi/PR
84
das aberturas efetivas de ventilação das janelas ou adotar modelos de janelas que permitam
maior ventilação, por exemplo, o modelo basculante.
Tabela 5.7 - Percentual de áreas para ventilação em relação à área útil do ambiente –
Sarandi/PR
Área Ambiente Área Aberturas Área Abertura
Ambiente Atende?
(m²) NBR 15575 (m²) Projeto (m²)
Dorm. 01 8,63 0,69 0,49 Não
Dorm. 02 7,68 0,61 0,49 Não
Sala/Coz. 17,22 1,38 1,09 Não
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013, dados organizados pelo autor
85
orientação da fachada principal voltada para o leste (2,53) e o maior para a orientação norte
(3,17).
Tabela 5.10 – Valores obtidos para Graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Sarandi/PR)
Pontua- Nível
Indicadores
Orientação
Ponderação
Dorm. 1 Dorm. 2 Sala/Coz. ção Eficiência
pelas áreas
Final** da UH
3,17 C
14,113 13,596 13,085 3
CA
C C C C
2584 2725 2726 2
GHR
D D D D
2,86 C
Sul
2,53 C
13,802 11,874* 15,503 3
CA
C C C C
3108 2694 3024 2
GHR
D D D D
Oeste
2,86 C
12,260* 13,421 15,590 3
CA
C C C C
GHR= Graus-hora resfriamento (°C.h), CA= Consumo relativo para aquecimento (kWh/m².ano), UH= Unidade
Habitacional
*Valor que enquadraria no nível B **Valor acrescido da bonificação
Fonte: O autor (2014)
87
88
Outras bonificações poderiam ser somadas caso a unidade habitacional fosse provida de
refrigeradores e lâmpadas com selo Procel A.
Quadro 5.11 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o Projeto de Sarandi/PR –
Conjunto Mauá
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
1. Qualidade Urbana
Qualidade do entorno -
1.1 obrigatório Sim
Infraestrutura
1.2 Qualidade do entorno - Impactos obrigatório Sim
1.3 Melhorias do entorno livre escolha Sim
1.4 Recuperação de áreas degradadas livre escolha Não
1.5 Reabilitação de imóveis livre escolha Não
2. Projeto e Conforto
2.1 Paisagismo obrigatório Não
2.2 Flexibilidade de projeto livre escolha Sim
2.3 Relação com a vizinhança livre escolha Sim
2.4 Solução alternativa de transporte livre escolha Sim
2.5 Local para coleta seletiva obrigatório Não
Equipamentos de lazer, sociais e
2.6 obrigatório Sim
esportivos
2.7 Desempenho térmico - vedações obrigatório Não
Continua...
89
Quadro 5.11 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o Projeto de Sarandi/PR –
Conjunto Mauá (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
Desempenho térmico - orientação
2.8 obrigatório Não
ao sol e ventos
Iluminação natural de áreas
2.9 livre escolha Sim
comuns
Ventilação e iluminação natural
2.10 livre escolha Sim
de banheiros
Adequação às condições físicas
2.11 livre escolha Não
do terreno
3. Eficiência Energética
Lâmpadas de baixo consumo - obrigatório p/ HIS - 0 a
3.1 Sim
áreas privativas 3 s.m.
Dispositivos economizadores -
3.2 obrigatório Não
áreas comuns
3.3 Sistema de aquecimento solar livre escolha Sim
3.4 Sistema de aquecimento a gás livre escolha Não
3.5 Medição individualizada - Gás obrigatório Sim
3.6 Elevadores eficientes livre escolha -
3.7 Eletrodomésticos eficientes livre escolha Não
3.8 Fontes alternativas de energia livre escolha Não
4. Conservação de recursos materiais
4.1 Modulação de projeto livre escolha Sim
Qualidade de materiais e
4.2 obrigatório Não
componentes
Componentes industrializados ou
4.3 livre escolha Não
pré-fabricados
4.4 Fôrmas e escoras reutilizáveis Obrigatório Sim
Gestão de resíduos de construção
4.5 obrigatório Não
de demolição RCD
4.6 Concreto com dosagem otimizada livre escolha Não
Cimento de alto-forno (CP III) e
4.7 livre escolha Não
pozolânico (CP IV)
4.8 Pavimentação com RCD livre escolha Não
4.9 Madeira plantada ou certificada livre escolha Não
Facilidade de manutenção da
4.10 livre escolha Sim
fachada
5. Gestão da água
5.1 Medição individualizada - água obrigatório Sim
Dispositivos economizadores -
5.2 obrigatório Não
sistema de descarga
Dispositivos economizadores -
5.3 livre escolha Não
arejadores
Dispositivos economizadores -
5.4 livre escolha Não
outros reguladores de vazão
Continua...
90
Quadro 5.11 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o Projeto de Sarandi/PR
– Conjunto Mauá (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/ Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
5.5 Aproveitamento de águas pluviais livre escolha Não
5.6 Retenção de águas pluviais livre escolha Não
5.7 Infiltração de águas pluviais livre escolha Sim
5.8 Áreas permeáveis obrigatório Sim
6. Práticas Sociais
6.1 Educação para a gestão de RCD obrigatório Não
Educação ambiental dos
6.2 obrigatório Não
empregados
Desenvolvimento pessoal dos
6.3 livre escolha Não
empregados
Capacitação profissional dos
6.4 livre escolha Não
empregados
6.5 Inclusão de trabalhadores locais livre escolha Sim
Participação da comunidade na
6.6 livre escolha Não
elaboração do projeto
6.7 Orientação aos moradores obrigatório Sim
Educação ambiental dos
6.8 livre escolha Sim
moradores
Capacitação para gestão do
6.9 livre escolha Sim
empreendimento
Ações para mitigação de riscos
6.10 livre escolha Não
sociais
Ações para a geração de emprego
6.11 livre escolha Sim
e renda
TOTAL 23
Fonte: O autor, dados das entrevistas com os gestores dos projetos
91
92
93
Sistema de Vedações
Verticais
5.5.1.2 Desempenho: ABNT NBR 15220: 2003, ABNT NBR 15575: 2013 e RTQ-R (Procel
Edifica) – Paiçandu/PR
94
95
aquecimento interior dos ambientes em dias frios e, para os meses de verão, há um ganho
térmico devido à entrada direta dos raios solares no interior dos ambientes.
Tabela 5.14 - Percentual de áreas mínimas para iluminação natural em relação à área
útil do ambiente (Paiçandu/PR)
Área Ambiente Área Aberturas ABNT Área Abertura
Ambiente Atende
(m²) NBR 15220: 2005 (m²) Projeto (m²)
96
Tabela 5.15 – Valores obtidos para Graus-hora resfriamento e consumo relativo para
aquecimento (Paiçandu/PR)
Pontua- Nível
Indicadores
Orientação
Ponderação
Dorm. 1 Dorm. 2 Sala/Coz. ção Eficiência
pelas áreas
Final** da UH
2,53 C
14,064 13,293 13,258 3
CA
C C C C
2744 2690 2875 2
GHR
D D D D
2,46 C
Sul
2,53 C
13,258 13,224 14,787 3
CA
C C C C
2704 3202 2655 2
GHR
D D D D
Oeste
2,36 C
13,802 11,592 14,835 3
CA
C C C C
GHR= Graus-hora resfriamento (°C.h), CA= Consumo relativo para aquecimento (kWh/m².ano), UH= Unidade
Habitacional
*Valor que enquadraria no nível B
**Valor acrescido da bonificação
orientação da fachada principal voltada para o oeste (2,36) e o maior valor para as orientações
norte e leste (2,53).
No quesito de graus-hora resfriamento (GHR), para as quatro orientações da
fachada principal, o projeto de Paiçandu/PR atingiu o nível D em eficiência energética. O
nível de eficiência energética mais baixo foi encontrado para o ambiente sala/cozinha (nível
E) quando o projeto foi posicionado com a fachada principal voltada para o leste. Isto ocorreu
devido ao dormitório 2 possuir uma maior quantidade de paredes externas voltada para o
oeste, o que influenciou no nível E para o resfriamento da envoltória desse ambiente. Ou seja,
para o período de verão, este ambiente possui um desempenho térmico muito baixo. Portanto,
há necessidade de condicionamento de ar para garantir o conforto térmico no interior desse
ambiente.
Quando a fachada principal foi posicionada nas orientações leste, oeste e sul,
os dormitórios apresentaram possibilidade de obter uma classificação no nível B. No entanto,
por não cumprirem aos pré-requisitos de abertura efetiva para iluminação e ventilação natural,
tiveram que ser classificados como nível C. Uma das soluções seria a adoção de janela que
possibilite uma área de ventilação efetiva maior e equipada de mecanismo de controle da
entrada da incidência solar. Outra solução seria reduzir o valor da absortância solar da
cobertura, com adoção de uma telha de cor clara ou, simplesmente, pintando o telhado na cor
branca.
O consumo relativo para aquecimento (CA) foi classificado no nível de
eficiência energética C, independente da orientação da fachada principal. Contudo, quando a
fachada principal foi posicionada nas orientações leste, oeste e sul, os dormitórios
apresentaram possibilidade de obter uma classificação no nível B. No entanto, por não
cumprirem aos pré-requisitos de abertura efetiva para iluminação e ventilação natural, tiveram
que ser classificados como nível C. Uma das soluções seria a adoção de janela que possibilite
uma área de ventilação efetiva maior e equipada de mecanismo de controle da entrada da
incidência solar. Outra solução seria reduzir o valor da absortância solar da cobertura, com
adoção de uma telha de cor clara ou, simplesmente, pintando o telhado na cor branca. Esse
conjunto de medidas também influenciaria em uma melhor classificação do graus-hora
resfriamento.
Portanto, o projeto de Paiçandu/PR, quando voltado para a orientação sul, leste
ou oeste, possui possibilidades de se obter um melhor desempenho térmico se solucionadas as
ineficiências de projetos identificadas.
98
99
Quadro 5.13 – Resultados do processo Selo Casa Azul para o Projeto de Paiçandu/PR
- Conjunto Canadá
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS
CATEGORIAS/Critérios
AVALIAÇÃO ATENDIDOS
1. Qualidade Urbana
Qualidade do entorno -
1.1 obrigatório Sim
Infraestrutura
1.2 Qualidade do entorno - Impactos obrigatório Sim
1.3 Melhorias do entorno livre escolha Sim
1.4 Recuperação de áreas degradadas livre escolha Não
1.5 Reabilitação de imóveis livre escolha Não
2. Projeto e Conforto
2.1 Paisagismo obrigatório Não
2.2 Flexibilidade de projeto livre escolha Sim
2.3 Relação com a vizinhança livre escolha Sim
2.4 Solução alternativa de transporte livre escolha Sim
2.5 Local para coleta seletiva obrigatório Não
Equipamentos de lazer, sociais e
2.6 obrigatório Sim
esportivos
2.7 Desempenho térmico - vedações obrigatório Não
Desempenho térmico - orientação
2.8 obrigatório Não
ao sol e ventos
Iluminação natural de áreas
2.9 livre escolha Sim
comuns
Ventilação e iluminação natural de
2.10 livre escolha Sim
banheiros
Adequação às condições físicas do
2.11 livre escolha Não
terreno
3. Eficiência Energética
Lâmpadas de baixo consumo - obrigatório p/ HIS - 0
3.1 Sim
áreas privativas a 3 s.m.
Dispositivos economizadores -
3.2 obrigatório Não
áreas comuns
3.3 Sistema de aquecimento solar livre escolha Não
3.4 Sistema de aquecimento a gás livre escolha Não
3.5 Medição individualizada - Gás obrigatório Sim
3.6 Elevadores eficientes livre escolha -
3.7 Eletrodomésticos eficientes livre escolha Não
3.8 Fontes alternativas de energia livre escolha Não
4. Conservação de recursos materiais
4.1 Modulação de projeto livre escolha Sim
Qualidade de materiais e
4.2 obrigatório Sim
componentes
Componentes industrializados ou
4.3 livre escolha Não
pré-fabricados
Continua...
100
102
Quadro 5.14 – Quadro resumo dos resultados para os três municípios analisados
Classificação
Método de Avaliação Projeto Projeto Projeto
Maringá/PR Sarandi/PR Paiçandu/PR
Sist. Vedações Atende
NBR ABNT 15575: 2013
Atende Atende
Verticais
(Pré-requisitos)
104
Continua...
105
106
bonificação se houver o sistema referido. Portanto, mesmo que os projetos fossem equipados
com dispositivos economizadores de água, também necessitaria a instalação de um sistema de
captação e reutilização de águas pluviais.
Quando analisado o desempenho ambiental frente aos requisitos do Selo Casa
Azul, os projetos demostraram baixo desempenho ambiental, principalmente, quanto à
utilização de resíduos de construção civil. Tais resíduos poderiam servir para pavimentação
de calçadas internas e externas ao lote.
Apesar dos programas preverem cooperativas de reciclagem e geração de
emprego e renda, dentro dos lotes, e mesmo nos espaços públicos abertos, não são
implantados sistemas de coleta seletiva do lixo. O estímulo deveria partir de dentro dos
domicílios para o exterior, assim desenvolver o espírito de uma comunidade mais sustentável.
O paisagismo não é visto como parte integrante do projeto, cumprindo apenas a
função de arborização viária. Não apresenta caráter estético funcional, sendo ausente dentro
dos lotes o que não colabora no desempenho ambiental das unidades habitacionais.
As áreas recreativas são caracterizadas por espaços desprovidos de paisagismo
contemplativo, com equipamentos pouco convidativos e de pouca diversidade de usos
(normalmente se trata de uma praça com uma academia da terceira idade e/ou campo de
futebol). Há necessidade da implantação de equipamentos distribuídos por setor de acordo
com as faixas etárias e dispostas ao longo do bairro todo. Assim, evitaria o destino de áreas
recreativas por porcentagens quantitativas, daria lugar para espaços de usos coletivos com
base em estudos de valores qualitativos.
Os projetos arquitetônicos estudados são adaptados para portadores de
necessidades especiais apenas nos casos em que um morador estiver nesta condição. No
entanto, não é proporcionada a mobilidade destes usuários ao longo do bairro nem a
comunicabilidade entre um vizinho e outro, caso um deles seja portador de alguma
necessidade especial.
107
Capítulo 6
CONCLUSÕES
108
REFERÊNCIAS
ABIKO, Alex Kenia. Introdução à gestão habitacional. São Paulo: EPUSP, 1995.
ACIOLY JÚNIOR, Cláudio; DAVIDSON, Fobes. Densidade urbana e gestão urbana. Rio
de Janeiro: Mauad, 1998.
109
BERR, Letícia Ramos; FORMOSO, Carlos Torres. Método para avaliação da qualidade de
processos construtivos em empreendimentos habitacionais de interesse social. Ambiente
Construído, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 77-96, abr./jun. 2012.
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20, p. 55 – 60, jun. 2010. Disponível em <http://www.ideiasustentavel.com.br>. Acesso em
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vida é tema de apresentação do ministro Aguinaldo Ribeiro em Barcelona. Brasília, DF,
2013a. Disponível em: <
http://www.cidades.gov.br/index.php/o-ministerio/noticias/2744-
9minha-casa-minha-vida-e-tema-de-apresentacao-do-ministro-aguinaldo-ribeiro-em-
barcelona.html>. Acesso em 25 jul. 2013.
______. Presidência da República. Casa Civil. Sub-chefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, DF,
110
______. Presidência da República. Casa Civil. Sub-chefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
10.295, de 17 de outubro de 2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso
Racional de Energia e dá outras providências. Brasília, DF, 2001b. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/L10295.htm>. Acesso em 25 set. 2013.
______. Presidência da República. Casa Civil. Sub-chefia para Assuntos Jurídicos. Decreto
N. 4.059, de 19 de dezembro de 2001, que regulamenta a Lei n. 10.295, de 17 de outubro de
2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.
Brasília, DF, 2001c. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D4059.htm>. Acesso em 25 set. 2013.
BRIBIÁN, Ignacio Zabalza; CAPILLA, Antonio Valero; USÓN, Alfonso Aranda. Life cycle
assessment of building materials: Comparative analysis of energy and environmental impacts
and evaluation of the eco-efficiency improvement potential. Building and Environment, v.
46, n. 5, p.1133-1140, mai. 2011. Disponível em <http: www.elsevier.com/locate/buildenv>
Acesso em 19 jun. 2012.
BUTLER, Colleen; ORIANS, Colin M. Sedum cools soil and can improve neighboring plant
performance during water deficit on a green roof. Ecological Engineering, v.37, n. 11,
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117
118
APÊNDICE
119
Pergunta 05 – Se sim para a pergunta 03, qual a sua percepção quanto ao uso dessas tecnologias
(foram bem sucedidas, recomendaria)?
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________.
120
Pergunta 11 – A Prefeitura possui um sistema integrado do banco de dados, que envolva todas as
secretarias envolvidas em um programa de HIS?
( ) Sim ( ) Não
CATEGORIAS/Critérios ATENDE?
121
122
Continuação...
CATEGORIAS/Critérios ATENDE?
2.9 Iluminação natural de áreas comuns
2.10 Ventilação e iluminação natural de banheiros
2.11 Adequação às condições físicas do terreno
3.1 Lâmpadas de baixo consumo - áreas privativas
3.2 Dispositivos economizadores - áreas comuns
3.3 Sistema de aquecimento solar
3.4 Sistema de aquecimento a gás
3.5 Medição individualizada - Gás
3.6 Elevadores eficientes
3.7 Eletrodomésticos eficientes
3.8 Fontes alternativas de energia
4.1 Modulação de projeto
4.2 Qualidade de materiais e componentes
4.3 Componentes industrializados ou pré-fabricados
4.4 Fôrmas e escoras reutilizáveis
4.5 Gestão de resíduos de construção de demolição RCD
4.6 Concreto com dosagem otimizada
4.7 Cimento de alto-forno (CP III) e pozolânico (CP IV)
4.8 Pavimentação com RCD
4.9 Madeira plantada ou certificada
4.10 Facilidade de manutenção da fachada
5.1 Medição individualizada - água
5.2 Dispositivos economizadores - sistema de descarga
5.3 Dispositivos economizadores - arejadores
Dispositivos economizadores - outros reguladores de
5.4
vazão
5.5 Aproveitamento de águas pluviais
5.6 Retenção de águas pluviais
5.7 Infiltração de águas pluviais
5.8 Áreas permeáveis
6.1 Educação para a gestão de RCD
6.2 Educação ambiental dos empregados
6.3 Desenvolvimento pessoal dos empregados
6.4 Capacitação profissional dos empregados
6.5 Inclusão de trabalhadores locais
6.6 Participação da comunidade na elaboração do projeto
6.7 Orientação aos moradores
6.8 Educação ambiental dos moradores
6.9 Capacitação para gestão do empreendimento
6.10 Ações para mitigação de riscos sociais
6.11 Ações para a geração de emprego e renda
123