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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PL.SHH.001 - Página 1/53
PLANO
Documento
Título do GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE Emissão: 28/06/2021 Próxima revisão:
Documento SAÚDE (PGRSS) Versão: 3 28/06/2023
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 3
RESPONSABILIDADES....................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO HC ............................................................................... 6
3. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA SAÚDE (PGRSS) ................................. 9
4. METODOLOGIA DE TRABALHO .................................................................................................. 22
5. COMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS GERADOS NOS SETORES ............................................................. 24
6. TAXA DE GERAÇÃO .................................................................................................................... 29
7. CUIDADOS COM O MANUSEIO.................................................................................................. 29
8. CUIDADOS - MINIMIZAÇÃO NA GERAÇÃO DE RESÍDUOS ......................................................... 35
9. SEGREGAÇÃO NA ORIGEM ........................................................................................................ 37
10. TRATAMENTO PRÉVIO ............................................................................................................. 37
11. ACONDICIONAMENTO............................................................................................................. 38
12. CRITÉRIOS PARA ACONDICIONAMENTO DE RSS: .................................................................... 41
13. COLETA INTERNA DO PONTO DE GERAÇÃO ATÉ O ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO ..... 42
14. ARMAZENAMENTO EXTERNO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS)....................................................... 43
15. FLUXO DE COLETA INTERNA DOS RESÍDUOS........................................................................... 43
16. COLETA E TRANSPORTE EXTERNO........................................................................................... 44
17. TRANSBORDO DOS RESÍDUOS ................................................................................................. 45
18. TRATAMENTO DE RESÍDUOS...................................................................................................45
19. DISPOSIÇÃO FINAL................................................................................................................... 46
20. PROGRAMAS ........................................................................................................................... 46
21. INDICADORES – SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................... 49
22. PLANO DE MONITORAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS........................................ 50
23. PLANO DE AÇÃO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 2021/2022 ................................. 50
24. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 51
25. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 52
26. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ..................................................................................53
APRESENTAÇÃO
Por volta de 1967, iniciou-se a ideia da incorporação da Santa Casa de Misericórdia
pela então Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, sendo concretizada em abril de 1968. Em
1973 lança-se a pedra fundamental visando à construção daquele que seria de fato o Hospital Escola
da UFTM, inaugurado em agosto de 1982, em modernas e amplas instalações. Atualmente,
ampliado e renomeado como Hospital de Clínicas (HC), a partir da transformação da Faculdade em
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Com localização estratégica, confere ampla abertura regional envolvendo os 27
municípios que compõem a Macrorregião do Triângulo Sul, abrangendo também outras
macrorregiões de Minas Gerais e também de outros estados da federação.
Atualmente possui 298 leitos de internação, sendo 20 de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) infantil, 10 UTI Adulto Geral, 10 UTI Coronariano, além de oito leitos de Hospital Dia.
Certificado como Hospital de Ensino, disponibiliza campo de estágio para os cursos técnicos, em
especial os de saúde, de graduação da UFTM, além de atender às demandas de formação
profissional no tocante a residência médica e pós-graduação (lato sensu e stricto sensu).
A pesquisa acadêmica encontra no HC favorável campo de investigação científica,
pela densidade de casos implicados e face à infraestrutura operacional e tecnológica disponível. O
corpo clínico é composto por médicos com diferentes especializações que atuam tanto na área
acadêmica quanto assistencial, bem como por médicos residentes em diversas especialidades.
A área física do HC, constantemente em evolução, tanto na sua estrutura quanto na
aquisição de equipamentos de última geração, compreende o prédio do HC, os anexos assistenciais
e administrativos (unidades de internação hospitalar, ambulatorial, pronto socorro (PS), serviços de
diagnóstico, tratamentos especializados, prédios de recursos humanos, almoxarifado e divisão
administrativa).
Figura 1 – Mapa
Estratégico do HC-
UFTM na Rede Ebserh
RESPONSABILIDADES
As responsabilidades sobre o correto manejo e descarte dos resíduos gerados no HC
é compartilhada com todos os envolvidos nos processos, desde a direção, médicos, residentes,
equipes de enfermagem, passando pelos responsáveis pelas áreas, por facilitadores, pesquisadores,
funcionários em geral, alunos e estagiários, além, das empresas terceirizadas que prestam serviços
na instituição.
1. INTRODUÇÃO
Para um gerenciamento adequado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é
fundamental que exista um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS)
vigente e atualizado, que contemple questões relativas aos resíduos gerados, a partir de sua geração
(fonte), o manejo para cada tipo de resíduos e a sua destinação e disposição final, atendendo
sempre a política de gerenciamento de resíduos em todo o Hospital e anexos.
O PGRSS é um documento, baseado nos princípios da não geração e da minimização
da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, propondo medidas
de adequação para que o empreendimento esteja em conformidade com a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305/2010) e demais legislações vigentes.
Com relação aos RSS, é importante salientar que a implantação de processos de
segregação dos diferentes tipos de resíduos em sua fonte e no momento de sua geração conduz à
minimização de resíduos, em especial àqueles que requerem um tratamento prévio à disposição
final. Nos resíduos onde predominam os riscos biológicos, deve-se considerar o conceito de cadeia
de transmissibilidade de doenças, que envolve características do agente agressor, tais como
capacidade de sobrevivência, virulência, concentração e resistência, da porta de entrada do agente
às condições de defesas naturais do receptor (Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
2018).
2.1. Identificação
2.2 Localização
Localização geográfica do HC-UFTM, de acordo com os dados abaixo:
DATUM: WGS 84 (Fig. 1)
Latitude: 19°75’57, 52”S
Longitude: 47°93’27,63”O
Fuso ou Meridiano para formato UTM: 22
Meridiano central: 45º
O HC-UFTM possui profissionais com vínculo direto e com vínculo terceirizado, colaborando
para um quantitativo de atendimentos, conforme tabela abaixo:
176.619
5 26.539
148.060
2020
225.447
4 41.988
183.459
2019
240.686
3 46.237
194.449
2018
235.712
44.437
2 191.275
2017
181.526
40.751
1 140.775
2016
pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente
inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
De acordo com a Resolução do CONAMA, nº 358, de 29 de abril de 2005 e Resolução
RDC da Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018, resíduos de saúde, são todos resíduos gerados
relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência
domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios,
funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses;
distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais
e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de
acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.
O gerenciamento de resíduos deve basear-se em ações preventivas,
preferencialmente, às ações corretivas, e ter uma abordagem multidisciplinar, considerando que os
problemas ambientais e suas soluções são determinados não apenas por fatores tecnológicos, mas
também por questões econômicas, físicas, sociais, culturais e políticas. Um PGRSS deve utilizar o
princípio da responsabilidade objetiva, na qual o gerador dos resíduos é o responsável pelo seu
correto tratamento e descarte (individual ou coletivo), mesmo após sua saída do local onde é
gerado.
Após a obtenção e sistematização de dados e informações, é possível realizar um
diagnóstico em que sejam identificados os problemas, as deficiências e as lacunas existentes e suas
prováveis causas. Esta primeira fase subsidia a elaboração do diagnóstico, que contém a concepção
e o desenvolvimento do plano de gerenciamento, de acordo com a legislação vigente, atendendo
todas as etapas do gerenciamento.
No entanto, não é necessário que ocorra uma revolução nos procedimentos e
processos do HC-UFTM, para obter a qualidade da prestação de serviços e garantir a proteção do
meio ambiente, e sim, melhorias dos resultados que advêm de processos evolutivos contínuos,
envolvendo todos os colaboradores, sendo fundamental para maximizar as oportunidades e reduzir
custos e riscos associados à gestão de resíduos, o que significa adotar os passos apresentados na
figura 3.
Sacos Recipientes
Devem ser constituídos de material Devem ser resistentes o suficiente às
resistente a ruptura e vazamento, impermeável, ações de punctura, ruptura e para evitar
respeitando a capacidade de armazenamento de vazamentos, e compatíveis com a geração diária
cada saco. de cada tipo de resíduo.
Sob hipótese alguma os sacos devem ser Os resíduos líquidos devem ser
reaproveitados ou esvaziados. acondicionados em recipientes resistentes,
Quanto a cor do saco para os resíduos rígidos e estanques, com tampa rosqueada,
infectantes (Grupo A), o uso deve estar embasado vedante e compatível com o líquido armaze
nos art. 15 e 16 da RDC 222/2018.
Coleta, transporte, destinação e disposição final: são etapas que requerem muita atenção
no processo de gerenciamento por apresentarem riscos quanto à alteração da qualidade dos
resíduos gerados, podendo ser alterada a classe, caso os resíduos sejam misturados. É preciso
estabelecer mecanismos de controle para permitir a rastreabilidade e monitoramento das
quantidades geradas, podendo influenciar nos custos para tratamento e disposição final.
3.2. Objetivos
O PGRSS tem como objetivos minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar à
segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto
manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação vigente.
Resíduos classe I, denominados perigosos, são aqueles que, em função de suas propriedades
físicas, químicas ou biológicas, podem apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente. São
caracterizados por possuírem uma ou mais das seguintes propriedades: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Resíduos classe II denominados não perigosos são subdivididos em duas classes: classe II-A
e classe II-B.
o Os resíduos classe II-A-não inertes podem ter as seguintes propriedades:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, enquanto que os resíduos
classe II-B-inertes não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com exceção dos aspectos
cor, turbidez, dureza e sabor.
Quanto à origem e natureza, os resíduos sólidos são classificados em: domiciliar, comercial,
varrição e feiras livres, serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários e
ferroviários, industriais, agrícolas e resíduos de construção civil.
Entretanto, de acordo com a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos, pode-se
agrupá-los em dois grandes grupos. O primeiro grupo refere-se aos resíduos sólidos urbanos,
compreendido pelos resíduos domésticos ou residenciais; resíduos comerciais; resíduos públicos.
O segundo grupo, dos resíduos de fontes especiais, abrange: resíduos industriais; resíduos
da construção civil; rejeitos radioativos; resíduos de portos, aeroportos e terminais
rodoferroviários; resíduos agrícolas; resíduos de serviços de saúde.
Além disso, os resíduos podem ser classificados ainda por sua natureza física (seco ou
molhado) e por sua composição química (matéria orgânica e inorgânica).
Resíduos Classe
Resíduos de serviços de saúde (infectante, químico e perfurocortantes) I
Pilhas e baterias I
Cartuchos de impressoras I
Lâmpadas fluorescentes I
Miscelâneas contaminadas (estopas, EPI´s, latas de tintas, filtros de óleo, etc) I
Óleo lubrificante (queimado) I
Recipientes de produtos químicos I
Resíduo oleoso I
Resíduos de tintas I
Telhas de amianto I
Restos de alimentos IIA
Resíduos Sanitários IIA
Óleo vegetal usado (cozinha) IIA
Gorduras IIA
Papel e papelão IIA
Orgânico/varrição (restos de comida, papel com gordura) IIA
Tijolos IIB
Vidros IIB
Metais ferrosos IIB
Produtos têxteis IIB
Entulho de construção civil IIB
Polímeros IIB
Madeira IIB
Sucata de metais ferrosos IIB
Sucata de metais não ferrosos IIB
Quadro 3 – Exemplos de Resíduos
A classificação dos RSS objetiva destacar a composição desses resíduos segundo as suas
características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem para seu manejo seguro.
A classificação adotada é baseada na Resolução RDC da Anvisa, nº 222, de 28 de março de 2018
e Resolução CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005.
A1:
Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos,
exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos vivos,
atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
micro-organismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas
de coleta incompleta.
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
A2:
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como
suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de micro-
organismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anatomopatológico ou a confirmação diagnóstica.
Resíduos contendo micro-organismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial
de letalidade.
Observação: A geração desse resíduo é decorrente da atividade de ensino e pesquisa.
A3:
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais,
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal, e não tenha havido
requisição pelo pacienta ou por familiares.
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TRIÂNGULO MINEIRO
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Título do GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE Emissão: 28/06/2021 Próxima revisão:
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A4:
Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
Filtros de ar ou gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes
classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
micro-organismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de
contaminação com príons.
Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes
de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação
diagnóstica.
Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos.
Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
A5:
Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos
ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos
ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de
alta infectividade para príons.
Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos
oficiais pelos órgãos sanitários competentes.
Observações extras
Além dos RSS, o HC gera outros resíduos os quais também requerem cuidados e métodos diferenciados
de coleta, transporte, recuperação, tratamento e disposição final. São eles:
Lâmpadas fluorescentes Possuem em seu interior merúrio, sódio ou outros vapores
matálicos. Podem ser tubulares, circulares ou compactas,
devendo ter extremo cuidado no manuseio para evitar a
quebra. Devendo ser armazenada separadamente dos
coletores de vidro, acondicionadas na caixa especifica com
carvão ativado. Para o transporte, devem ser acondicionadas
em bomonas, para evitar a quebra.
Eletroeletrônicos Seus componentes internos podem possuir materiais de
caráter tóxico. Caso esteja visivel, remova baterias e pilhas dos
equipamentos, e o descarte conforme orientação específica.
Não devem ser armazenados a céu aberto ou em contato com
água e ou outros líquidos. Devem ser encaminhaos ao setor de
patrimonio do HC, para o correto desfazimento do
equipamento.
Pilhas e baterias Possuem em seu interior chumbo metálico, peróxido de
chumbo e ácido sulfúrico. Tendo em vista o significativo
impacto à saúde humana. No seu manuseio as baterias devem
estar inclinadas para que não ocorra vazamentos, fora da
exposição ao calor, e devidos cuidos para que a movimentação
não ocorra pelo polos. As baterias que apresentarem
vazamento, devem ser acondicionadas em recipientes
4. METODOLOGIA DE TRABALHO
A elaboração do PGRSS foi precedida de duas fases fundamentais para conhecimento
dos aspectos ambientais relacionados ao gerenciamento dos resíduos do HC-UFTM. Na primeira
fase buscou-se conhecer as atividades desenvolvidas em cada setor, bem como as pessoas
vinculadas a cada um deles, sendo realizados questionamentos e observações sobre os
procedimentos de geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento temporário e
destinação final dos resíduos.
A obtenção dos dados nos setores foi realizada através da observação dos coletores
de resíduos para identificação da geração, segregação e acondicionamento dos resíduos. A
observação da coleta e do armazenamento temporário foi realizada apenas para os setores que
atuam neste aspecto do gerenciamento.
Nesta fase do diagnóstico foi realizada paralelamente junto aos setores, a
orientação/treinamento dos colaboradores sobre as práticas e os atos adequados de
gerenciamento que permitirão a não geração, redução na fonte, reutilização e reciclagem no caso
dos resíduos comuns (Projeto rHeCicla).
Além desta abordagem foram esclarecidos alguns aspectos que fazem com que o
gerenciamento de resíduos seja importante para a economia de recursos naturais e financeiros e
para tornar o trabalho dos colegas, que atuam diretamente ou indiretamente na higienização da
estrutura física do HC, um trabalho menos insalubre se a segregação for realizada na fonte, além
também de ser fator importante na redução de acidentes de trabalho e infecção hospitalar vertical.
Após o diagnóstico inicial, foi realizada a segunda etapa de trabalho, que constitui na
elaboração de relatórios que contemplaram as informações sobre o gerenciamento de resíduos,
desde a geração, levantamento de conformidades e não conformidades até a destinação final.
Os resultados dos relatórios foram avaliados, gerando as informações apresentadas
tanto no diagnóstico quanto do prognóstico de cada setor.
Através deste estudo, foi verificado a geração de resíduos nos setores, conforme
apresentado na tabela abaixo (Tabela 2):
GRUPO A1 SETORES
1. Resíduos sólidos contendo sangue e líquidos PS Adulto e Infantil, UTR, neurologia, ortopedia, UTI
corpóreos na forma livre. adulto, UTI coronariana, UTI neonatal/pediátrica,
hemodinâmica, pediatria, clínica médica, clínica
cirúrgica, UDIP, Hospital da Mulher, berçário,
hospital dia, bloco cirúrgico e central de materiais.
2. Bolsas transfusionais contendo sangue com Todas as unidades acima exceto central de
volume superior a 50 ml. materiais
3. Sobras de amostras de laboratório contendo
sangue e líquido corpóreo na forma livre.
4. Resíduos resultantes de atividades de vacinação Berçário, Sala de vacina e Hospital da Mulher
com micro-organismos vivos ou atenuados, ou
frascos vencidos, com conteúdo inutilizado, vazio
ou com restos do produto.
GRUPO A3 SETORES
1. Fetos humanos sem sinais vitais com menos de PS e infantil, bloco cirúrgico, Hospital da Mulher
20 semanas ou menos de 500 gramas ou menos de
25 cm de estatura.
2. Membros humanos. Bloco Cirúrgico e Patologia Cirúrgica
GRUPO A4 SETORES
1. Recipientes e materiais resultantes do processo PS adulto e infantil, UTR, neurologia, ortopedia, UTI
de assistência à saúde, que não contenham sangue adulto, UTI coronariana, UTI neonatal/pediátrica,
e líquidos corpóreos na forma livre. hemodinâmica, pediatria, clínica médica, clínica
cirúrgica, UDIP, Hospital da Mulher, berçário, bloco
cirúrgico, central de materiais, hospital dia.
2. Kits de linhas arteriais, endovenosas e Todas as unidades
dialisadores com presença ou ausência de sangue.
3. Sobras de amostras de laboratório e seus Todas as unidades, exceto central de materiais
recipientes contendo fezes, urina e secreções.
4. Bolsas transfusionais vazias ou com volume Todas as unidades, exceto central de materiais
residual pós-transfusão.
5. Resíduos provenientes de cirurgia plástica e Bloco cirúrgico
peças anatômicas (órgãos e tecidos) quando não
enviados para estudo anátomo-patológico.
6. Os filtros de ar e gases.
GRUPO B SETORES
1. Produtos hormonais, antimicrobianos, Todas as unidades exceto central de materiais
imunossupressores, imunomoduladores,
digitálicos, antirretrovirais e medicamentos
controlados pela portaria MS 344/98.
2. Resíduos de citostáticos e antineoplásicos. Pediatria, Hospital da mulher, ambulatório, hospital
dia, unidade de oncologia e neurologia.
3. Recipientes contaminados por resíduos químicos Central de materiais e central de equipamentos.
líquidos (recipientes de glutaraldeído).
4. Resíduos contendo metais pesados (termômetro) Todas as unidades
5. Resíduos de saneantes, desinfetantes e Central de materiais e central de equipamentos.
desinfestantes (glutaraldeído).
6. Lâmpada fluorescente e cartucho de impressora Todas as unidades
7. Pilhas e baterias alcalinas. Todas as unidades, exceto central de materiais
GRUPO D SETORES
Resíduos que não apresentem risco biológico, Todas as unidades
químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente.
Resíduos provenientes das áreas administrativas Todas as unidades
Fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis, Todas as unidades, exceto central de materiais
resto alimentar de pacientes, material utilizados em
antissepsia, e equipo de soro e outros similares
classificados como A1.
Sobras de alimentos. Todas as unidades
Resíduos de gesso provenientes de assistência à Todas as unidades, exceto central de materiais
saúde
GRUPO E SETORES
Resíduos perfurocortantes- agulha de sutura (inox), Todas as unidades
agulhas e vacuteiner, agulha descartável (gengival),
agulha para irrigação, ampola de vidro, aparelho de
tricotomia descartável / lâmina de barbear, artigos
de vidro, quebrados (com presença de material
infectante), cateter intravenoso agulhado,
dispositivo para infusão intravenosa.
GRUPO A1 SETORES
1. Resíduos sólidos contendo sangue e líquidos Ambulatórios de Pediatria, Maria da Glória,
corpóreos na forma livre Especialidades, Centro de Reabilitação, Sala de
Vacina e Setor de Imagenologia.
2. Resíduos resultantes de atividades de vacinação Sala de vacina
com micro-organismos vivos ou atenuados, ou
frascos vencidos, com conteúdo inutilizado, vazio
ou com restos do produto.
GRUPO A4 SETORES
1. Recipientes e materiais resultantes do processo Todas as unidades
de assistência à saúde, que não contenham sangue
e líquidos corpóreos na forma livre.
GRUPO B SETORES
1. Medicamentos antirretrovirais. Ambulatório de Especialidades (farmácia satélite)
2. Recipientes contaminados por resíduos químicos Setor de Imagenologia
líquidos.
3. Efluentes de processadores de imagem, de Setor de Imagenologia
equipamentos automatizados utilizados em análise
clínica e demais resíduos perigosos.
4. Lâmpada fluorescente e cartucho de impressora. Todas as unidades
GRUPO D SETORES
Resíduos que não apresentem risco biológico, Todas as unidades
químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente.
Resíduos provenientes das áreas administrativas. Todas as unidades
Papel, absorventes higiênicos, peças descartáveis, Todas as unidades
resto alimentar de pacientes, material utilizados em
antissepsia, e equipo de soro e outros similares
classificados como A1.
Sobras de alimentos. Todas as unidades
Resíduos de varrição. Ambulatórios (área externa)
GRUPO E SETORES
Resíduos perfurocortantes. Todas as unidades
Farmácia:
GRUPO B
1. Produtos hormonais, antimicrobianos, imunossupressores, imunomoduladores, digitálicos,
antirretrovirais e medicamentos controlados pela portaria MS 344/98.
2. Resíduos de citostáticos e antineoplásicos.
3. Recipientes contaminados por resíduos químicos líquidos (recipientes de manipulação dos
antineoplásicos).
4. Resíduos contendo metais pesados (termômetro).
5. Resíduos químicos líquidos (fenol).
6. Lâmpada fluorescente e cartucho de impressora.
7. Pilhas e baterias alcalinas.
GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente.
Resíduos provenientes das áreas administrativas.
Papel, absorventes higiênicos, peças descartáveis.
Sobras de alimentos.
GRUPO E
Resíduos perfurocortantes.
GRUPO A1 SETORES
1. Resíduos sólidos contendo sangue e líquidos Laboratório clínico, laboratórios de pesquisa e
corpóreos na forma livre patologia cirúrgica.
2. Sobras de amostras de laboratório contendo Todas as unidades
sangue e líquido corpóreo na forma livre.
GRUPO A2 SETORES
1. Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros Laboratórios de pesquisa
resíduos provenientes de animais submetidos a
processos de experimentação com inoculação de
micro-organismos de relevância epidemiológica e
com risco de disseminação, bem como suas
forrações.
GRUPO A4 SETORES
1. Recipientes e materiais resultantes do processo Todas as unidades
de assistência à saúde, que não contenham sangue
e líquidos corpóreos na forma livre.
GRUPO B SETORES
1. Recipientes contaminados por resíduos químicos Todas as unidades
líquidos.
2. Efluentes de processadores de imagem, de Laboratórios clínicos e de pesquisa
equipamentos automatizados utilizados em análise
clínica e demais resíduos perigosos.
3. Reagentes para laboratório. Laboratórios clínicos e de pesquisa
4. Resíduos químicos líquidos (formol, ácido Todas as unidades
sulfúrico, ácido clorídrico, Xilol).
5. Resíduos químicos sólidos (Xilol) Todas as unidades
6. Lâmpada fluorescente e cartucho de impressora. Todas as unidades
GRUPO D SETORES
Resíduos que não apresentem risco biológico, Todas as unidades
químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente.
Resíduos provenientes das áreas administrativas. Todas as unidades
Sobras de alimentos. Todas as unidades
GRUPO E SETORES
Resíduos perfurocortantes Todas as unidades
GRUPO B SETORES
1. Resíduos contendo metais pesados Engenharia e Manutenção Clínica
(lâmpadas e baterias não alcalinas)
4. Lâmpada fluorescente e cartucho de impressora. Todas as unidades
5. Óleo usado Nutrição
GRUPO D SETORES
Resíduos que não apresentem risco biológico, Todas as unidades
químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente.
Resíduos provenientes das áreas administrativas. Todas as unidades
Sobras de alimentos. Todas as unidades
6. TAXA DE GERAÇÃO
A taxa de geração de resíduos no HC é variável, pois sofre influência direta do número
de atendimentos e procedimentos realizados, sendo uma média aproximada de 200 a 300 kg/dia
de resíduos infectantes, 1.300 kg/dia de resíduos comuns, 200 a 300 litros/semana de resíduos
líquidos (tóxico químico) e uma média de 400 lâmpadas fluorescentes por mês.
Volume de RSS
Objetivo: verificar o montante de RSS gerado pela instituição.
Frequência de medição: diário/mensal/anual.
A tabela abaixo demonstra o volume de resíduos gerados em 2016 a 2020 de acordo com
cada classe:
INCOMPATÍVEL COM:
SUBSTÂNCIA
(Não devem ser armazenadas ou misturadas com)
Acetona Ácido nítrico (concentrado); Ácido sulfúrico (concentrado); Peróxido de
hidrogênio;
Acetonitrila Oxidantes, ácidos
Ácido Acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico; Peróxido de hidrogênio;
Permanganatos
Ácido clorídrico Metais mais comuns; Aminas; Óxidos metálicos; Anidrido acético;
Acetato de vinila; Sulfato de mercúrio; Fosfato de cálcio; Formaldeído;
Carbonatos; Bases fortes; Ácido sulfúrico; Ácido clorossulfônico;
Ácido Clorossulfônico Materiais orgânicos; Água; Metais na forma de pó
Ácido crômico Ácido acético; Naftaleno; Cânfora; Glicerina; Alcoóis; Papel;
Ácido fluorídrico (anidro) Amônia (anidra ou aquosa);
Ácido nítrico (concentrado) Ácido acético; Acetona; Alcoóis; Anilina; Ácido crômico;
Ácido oxálico Prata e seus sais; Mercúrio e seus sais; Peróxidos orgânicos;
Ácido Perclórico Anidrido acético; Alcoóis; Papel; Madeira;
Ácido sulfúrico Cloratos; Percloratos; Permanganatos; Peróxidos orgânicos;
Metais alcalinos e alcalino- Dióxido de carbono; Tetracloreto de carbono e outros hidrocarbonetos
terrosos clorados; quaisquer ácidos livres; quaisquer halogênios; Aldeídos;
(sódio, potássio, lítio, Cetonas;
magnésio, cálcio) NÃO USAR ÁGUA, ESPUMA, NEM EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO EM
INCÊNDIO QUE ENVOLVAM ESTES METAIS. USAR AREIA SECA.
Álcool amílico, etílico e metílico Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico;
Álquil alumínio Hidrocarbonetos halogenados; água;
Amideto de sódio Ar; água;
Amônia anidra Mercúrio; Cloro; Hipoclorito de cálcio; Íodo, Bromo, Ácido luorídrico,
Prata;
Anidrido acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico; compostos hidroxilados;
Etileno glicol; Peróxidos; Permanganatos; Soda cáustica; Potassa
cáustica; Aminas;
Anidrido maleico Hidróxido de sódio; Piridina e outras aminas terciárias;
Anilina Ácido nítrico; Peróxido de hidrogênio;
Azidas Ácidos;
Benzeno Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico; Ácido nítrico
concentrado; Peróxidos;
Bromo Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Metano; Propano; outros
gases derivados do petróleo; Carbonato de sódio; Benzeno; Metais na
forma de pó; Hidrogênio;
Carvão ativo Hipoclorito de cálcio; Todos os agentes oxidantes;
Cianetos Ácidos;
Cloratos Sais de amônio; Ácidos; Metais na forma de pó; Enxofre; Materiais
orgânicos combustíveis finamente -divididos;
Cloreto de mercúrio Ácidos fortes; Amoníaco; Carbonatos; Sais metálicos; Álcalis fosfatados;
Sulfitos; Sulfatos; Bromo; Antimônio;
Peróxido de hidrogênio Cobre; Crômio; Ferro; maioria dos metais e seus sais; materiais
combustíveis; materiais orgânicos; qualquer líquido inflamável; Anilina;
Nitrometano; Alcoóis; Acetona;
Peróxido de sódio Qualquer substância oxidável, como Etanol, Metanol, Ácido acético
glaciar, Anidrido acético, Benzaldeído, dissulfito de carbono, glicerina,
Etileno glicol, Acetato de etíla, Acetato de metila, Furfural, álcool etílico,
Álcool metílico;
Potássio Tetracloreto de carbono; Dióxido de carbono; Água;
Prata e seus sais Acetileno; Ácido oxálico; Ácido tartárico; Ácido fulmínico; Compostos de
amônio;
Sódio Tetracloreto de carbono; Dióxido de carbono; Água; ver também em
metais alcalinos;
Sulfetos Ácidos;
Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante; Gases oxidantes;
Teluretos Agentes redutores;
Tetracloreto de carbono Sódio;
Zinco Enxofre;
Zircônio Água; Tetracloreto de carbono; não usar espuma ou extintor de pó
químico em fogos que envolvam este elemento;
Tabela 4: Incompatibilidade Química.
9. SEGREGAÇÃO NA ORIGEM
Capacitar os funcionários que atuem diretamente na geração dos resíduos, para segregar,
conforme classificação vigente no momento e local de sua geração, acondicionando-os de acordo
com as instruções da RDC ANVISA nº 222 e do CONAMA, nº 358;
Classificar e separar em recipientes ou embalagens recomendadas pelas normas técnicas,
cada grupo de RSS gerados;
Considerar como resíduos infectantes na sua totalidade os resíduos sólidos que contenham
sangue e líquidos corpóreos, assegurando a sua devida segregação;
“Separar os resíduos infectantes em recipientes identificados como resíduos infectantes”;
Separar os resíduos químicos, identificando cada embalagem como “resíduos tóxicos”, e
outros RSS que necessitem de tratamentos diferenciados;
Separar na origem os componentes inertes de resíduos comuns com possibilidade de
reciclagem, em recipientes apropriados e identificados, transportando-os de forma segura e
estocando-os corretamente no abrigo de recicláveis;
Capacitar os funcionários responsáveis pela limpeza e higienização quanto aos
procedimentos de identificação, classificação e manuseio dos RSS, bem como o uso de EPIs ao
manusearem qualquer grupo de RSS, conforme especificações da RDC ANVISA nº 222, da Resolução
nº 358 do CONAMA e NBR ABNT 12010.
que o tratamento dos resíduos infectantes gerados nas dependências do HC-UFTM, é realizado por
empresa terceirizada, devidamente licenciada para essa atividade, que emite ao final de todas as
etapas (tratamento e disposição final), o certificado de comprovação;
Os resíduos do subgrupo A1 devem ser tratados antes da disposição final, de acordo com o
Art. 49, § 2° Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora ou do serviço, estes
RSS devem ser acondicionados em saco vermelho e transportados em recipiente rígido,
impermeável, resistente à punctura, ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
fechamento e identificado;
No Parágrafo único da RDC 222, descreve que: o saco vermelho pode ser substituído pelo
saco branco leitoso sempre que as regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito Federal
exigirem o tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, exceto para acondicionamento
dos RSS do subgrupo A5;
Os resíduos do subgrupo A2, de acordo com a RDC 222, Art. 50 devem ser tratados antes da
disposição final ambientalmente adequada. Em seu §1º os RSS referidos no caput devem ser
acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento. § 4º Após o tratamento, os
rejeitos devem ser acondicionados em saco branco leitoso e identificados com a inscrição "PEÇAS
ANATÔMICAS DE ANIMAIS";
Os resíduos do subgrupo A3, devem ser destinados para sepultamento, cremação,
incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão ambiental competente;
Os resíduos do subgrupo A4 , não necessitam de tratamento prévio (RDC 222) – Art 53,
Parágrafo único. Os RSS do Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco branco leitoso e
encaminhados para a disposição final ambientalmente adequada;
O manejo dos resíduos do Grupo B, para tratamento, devem observar a periculosidade das
substâncias presentes, decorrentes das características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade;
Os resíduos do Grupo D, quando não encaminhados para reutilização, recuperação,
reciclagem, compostagem, logística reversa ou aproveitamento energético, devem ser classificados
como rejeitos;
Os resíduos do Grupo E, de acordo com RDC 222, Art. 86 Os materiais perfurocortantes
devem ser descartados em recipientes identificados, rígidos, providos com tampa, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento e encaminhados para autoclaclavagem;
Os resíduos do grupo E, quando contaminados por agentes biológicos, químicos e
substâncias radioativas, devem ter seu manejo de acordo com cada classe de risco associada.
11. ACONDICIONAMENTO
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que
evitem vazamentos e resista às ações de punctura e ruptura e vazamento, impermeável, baseado
na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu
esvaziamento ou reaproveitamento. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os recipientes de acondicionamento
existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam de tampa para vedação. Os
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Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PL.SHH.001 - Página 39/53
PLANO
Documento
Título do GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE Emissão: 28/06/2021 Próxima revisão:
Documento SAÚDE (PGRSS) Versão: 3 28/06/2023
Grupo de resíduos
A1 A2 A3 A4 A5 B C D D E
Saco de lixo branco leitoso x x x
Saco de lixo vermelho x x x
Saco de lixo preto x
Saco de lixo laranja x
Coletor perfurocortante x
Coletor plástico para resíduos químico x
Containers 120l/bombonas de 200l, Container 1000l x x x x x x x x
Lixeira comum x x
Coletor Reciclagem de Papel x
Coletor Reciclagem de Plástico x
Coletor Reciclagem de Vidro x
Coletor Reciclagem de Metal x
Coletor Rejeitos x
Não se aplica x
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA,
BERÇÁRIO, CLÍNICA MÉDICA,
CLÍNICA CIRÚRGICA, CENTRAL
DE MATERIAIS E 3° ANDAR
ESTERELIZAÇÃO, BLOCO
CIRÚRGICO, UIH.
NEUROLOGIA, ORTOPEDIA,
HEMODINÂMICA, PEDIATRIA, 2°ANDAR
ADMINISTRAÇÃO, UTI ADULTO,
CORONARIANO, NEONATAL,
LABORATÓRIO E AMBULATÓRIO.
UTR, PS INFANTIL, PS
ADULTO, RAIO X, 1°ANDAR
FARMÁCIA, NUTRIÇÃO.
A coleta, transporte externo e destinação final, são realizados com definição de itinerários,
frequência, horário de coleta, jornada de trabalho, equipe de coleta, tipo de veículo e containers
necessários, conforme acordado em contrato com cada empresa;
Ressalta-se que, para todos os resíduos quando do momento de coleta, é realizado emissão
do MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos);
No momento da coleta para destinação final, os resíduos são pesados.
20. PROGRAMAS
particularidade das ocorrências e exigências, o que não invalida as normas, apenas exige maior
atenção para observar, escutar, imaginar e antecipar ajustamentos e adaptações.
Assim, o diagnóstico dos resíduos gerados, o correto gerenciamento, juntamente com os
outros programas a serem implantados no HC, integra o processo educativo trabalhado, visando
o desenvolvimento dos profissionais por uma série de atividades genericamente denominadas
de capacitações pontuais, estruturadas e contínuas.
Um dos fatores importantes dessas capacitações no processo de gestão dos Resíduos Sólidos
de Serviço de Saúde (RSSS) são os treinamentos dos profissionais para uma segregação correta
(Imagens abaixo). De acordo com a RDC nº 306/2004 da Anvisa, é obrigatório treinar os
funcionários dos estabelecimentos de serviços de saúde para uma correta manipulação e gestão
desses resíduos. Um gerenciamento adequado dos RSSS é fundamental para a manutenção da
saúde dos trabalhadores, assim como para evitar contaminação ambiental gerada por
substâncias perigosas bem como o processo de infecção hospitalar.
Nessa direção e, em busca de processos educativos contínuos, é preciso pensar em
interação, não apenas entre campos de saberes técnicos, mas entre os profissionais das diversas
áreas de conhecimento, com uma visão multidisciplinar, com práticas usuais de descarte de
resíduos que objetivam mudanças pontuais nos modelos de formação e atenção à saúde,
proporcionando ao indivíduo a aquisição de conhecimentos, para que ele atinja um
desenvolvimento pessoal, considerando a realidade institucional e “demandas ambientais
vigentes”, empregando os acontecimentos do trabalho, o ambiente normal das atividades e suas
particularidades quanto ao manejo dos resíduos (comuns e infectantes), os estudos dos
problemas reais e situações mais apropriadas para atingir uma aprendizagem significativa e
participativa.
Os treinamentos apresentados abaixo (tabela 6) foram realizados entre os anos 2016 a 2020,
conforme descrito na tabela abaixo:
TREINAMENTOS
Ano N° de
Participantes
2016 292
2017 135
2018 1.041
2019 402
2020 302
Tabela 6: Treinamentos Realizados entre 2016 a 2020.
25. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10004:2004. Resíduos Sólidos –
Classificação. 71 p.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera
a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
FONSECA, J. C. L.; MARCHY, M. R. R. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. São Paulo:
Cultura Acadêmica, 2009. 92 p.
PIVA, H. L.; FILHO, A. A. Coleta seletiva e reciclagem de excedentes industriais. São Paulo:
FIESP/CIESP, 2003.
OLIVEIRA, M. L. B., GIANI, R. A.. Relatório estatístico acidentário trimestral - referência ao ano de
2017. SOST HCUFTM, 2017.
SISTEMA FIRJAN. Manual de Gerenciamento de Resíduos: guia de procedimento passo a passo. Rio
de Janeiro: GMA, 2006. 27 p.