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Instituto Superior Politécnico de Gaza

Curso de Engenharia Hidráulica Agrícola e


Água Rural
Componentes e Processos do Ciclo Hidrológico na
Gestão na GIRH
Por Paulo Sérgio L. Saveca
Ciclo hidrológico
Conceito . . . !

Importância/relevância na GIRH . . . !

Componentes . . . !

Factores condicionantes . . . !

Equação geral . . . !

Aplicação prática na GIRH . . . !


Ciclo hidrológico
Movimento continuo da água . . . !

Representação de diversos caminhos através dos quais a água na natureza circula e se


transforma, constituindo um sistema de enorme complexidade.

O ciclo hidrológico não tem início ou fim mas é habitual partir-se da evaporação da água dos
oceanos e sua incorporação na atmosfera
Ciclo hidrológico
Oceanos
+
Rios & Lagos Rios & Lagos

Vapor de Acúmulo na atmosfera


Oceanos Condesação Precipitação
H2O Transportado por Nuvens
massas de ar em movimento
Superficie do solo Superficie do solo

A energia solar é a força motora do ciclo hidrológico. . . !


Ciclo hidrológico
Componentes
Os componentes do ciclo hidrológico são elementos(parâmetros) que caracterizam o balanço hídrico

Balanço hídrico – Equação de continuidade aplicada a uma certa região e escrita em função das variáveis do
ciclo hidrológico

ds
I O  na sua forma continua I= entrada de água no sistema
dt O= saida de água no sistema
Δs = variação do volume armazenado no sistema
I  Ot  s na sua forma discreta
Ciclo hidrológico
Componentes da equação

ΔS = I - O
P = Precipitação;
Ro = Escoamento superficial;
Ru = Escoamento subterrâneo;
S = Volume armazenado (água subterrânea);
E = Evaporação;
T = Transpiração das plantas;
I = Infiltração (no solo)
Ru Ge = Ascensão capilar
Pe = Percolação
ET = Evapotranspiração
Perfil de água subterrânea
Factores que influenciam o ciclo hidrológico
Climáticos

Biogénicos

Litológico
Interacção entre recursos hídricos
 Ephemeral Streams: O fluxo da água é apenas resultado da precipitação. Não há
contribuição da água subterrânea para o fluxo da água no rio.

 Intermittent Streams: Fluxo de água consistente, mas apenas uma parte do ano (Quando
o NLF é elevado – A descarga da água para o rio alimenta o fluxo

 Perennial Streams: Fluxo “permanente”, por todo o ano – Contribuição significativa da


água subterrânea.
Descarga natural da água subterrânea
Nascentes

 Pode ocorrer em áreas “baixas” da superficie ou em áreas com


discontinuidade topográfica – NFL vs intersecção com a superfície terrestre

Ground surface Spring

Water table
Interacção entre recursos hídricos

Água da chuva

Água superficial
Vs
Água subterrânea
Avaliação da interacção entre recursos hídricos
Método(s)

 Físico
 Dois métodos serão apresentados nesta secção.
(1) Chloride Mass Balance (CMB)
 Químico (2) Water Level Fluctuation (WLF)

 Isotópico
WLF
 Estima a recarga através da subida do nível do lençol freático tendo em conta o

rendimento específico do aquífero (Rasmussen and Andreasen, 1959).

 O método mede a influência da recarga no nível do lençol freático (NLF)

 Baseia-se em dois pressupostos: (i) A subida do NLF e causada pela recarga (ii) O

Rendimento específico do aquífero é constante.

Onde: R é recarga da agua subterrânea, Sy (%) é o rendimento específico do


aquífero, Δh é a mudança do NLF (m)
Limitações do método WLF

 A conectividade hidráulica dos PZ’s tem variação espacial . . . !

. . . Influência no NLF– principalmente em aquíferos com fracturas

 O método requer estimação de SY, o que é difícil de determinar.

 O método assume que o valor de SY ‘e constante, o que não é real


para o.
CMB
Pressupostos:

 Fonte de [Cl] é precipitação, e não de outra fonte

 O Cl é concentrado por evaporação antes da recarga.

 Cl é conservativo no sistema

 Runoff depois da chuva é neglegível (Toda a água da chuva é fonte

de recarga do aquífero)
CMB
Mecanismos de interacção entre recursos hídricos
Recharge Mechanisms
Porosidade primária Porosidade secundária

Unsaturated
Diffusive flow zone
Preferential flow paths
Preferential flow
Diffusive flow
WL

Saturated zone
Recarga por difusão
 Infiltração da água superficial através
da zona não saturada e posterior

Infiltração percolação ate ao lençol freático.

 O processo é geralmente lento e a


Unsaturated
soil zone
taxa depende das Propriedades
Percolação
hidráulicas da zona não saturada

Saturated zone  A composição mineralógica da zona


Groundwater (Saturated)
não saturada pode afectar a qualidade
da agua que “alimenta” o aquífero.
Fluxo preferencial

 Ocorre em areas/zonas com predominância de fracturas, faults, cavidades, etc.

 O processo é rápido comparado com a a recarga por difusão.

Example de fluxo preferencial durante


a recarga da água subterrânea
Exercício de aplicação
Numa zona com clima semi-árido pretende-se quantificar a percentagem de
recarga da água subterrânea. Entretanto, dos estudos hidrogeoquímicos
concluiu-se que a fonte de recarga da água subterrânea é apenas pela chuva.
Usando o método de balanço de cloro determine a percentagem de recarga
da agua subterrânea.

Concentração do cloro
Piezómetro de
monitoramento Unidade Subterrânea Chuva
PZ1 mg/L 7
PZ2 mg/L 50
PZ3 mg/L 20
0,5
PZ4 mg/L 0,1
PZ5 mg/L 119
PZ6 mg/L 17
Resolução
1. Validade da concentração de Cl na agua subterrânea

1. Determinar a “média” de Cl nos piezómetros

1. Calcular q
Resolução
1. Validade da concentração de Cl na agua subterrânea

Cl água subterrânea < Cl precipitação


1. Determinar a “média” de Cl nos piezómetros

n
H
1 1 1 1 1
2. Média de Cl na água subterrânea     ... 
x1 x2 x3 x4 xn
5 5
  17.85
1 1 1 1 1 0.2080084033
   
7 50 20 119 17
Resolução
3. Cálculo de q
QUESTÕES

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