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UNIFAVIP

Curso de Engenharia Civil


Disciplina de Hidrologia

Prof. Eduardo Cabral


Bacia hidrográfica
A bacia hidrográfica corresponde à área drenada por um rio principal, seus
afluentes e sub-afluentes, os quais formam uma rede hidrográfica.

Os limites entre as bacias encontram-se nas partes mais altas do relevo e são
denominados de divisores de água.

As águas são depositadas no leito do rio, que em época de cheia pode


transbordar para as margens baixas planas que o acompanham, chamadas
de várzeas do rio.
Elementos da bacia hidrográfica
Divisor de águas: ponto mais alta da bacia hidrográfica. Define o limite da
bacia hidrográfica.

Rio principal: rio coletor que faz a drenagem de todos os afluentes (rios
secundários), e também do escoamento de sub-superfície.

Afluentes: coletor do
escoamento superficial e
de rios subafluentes.
despeja água no rio
principal.

Sub-afluentes: coleta o
escoamento superficial e
despeja água em um rio
Afluente.
Bacia hidrográfica

O divisor de águas,
sendo a parte mais alta
da bacia e portanto o seu
limite, define se a água
recebida por toda a
precipitação na bacia
permanecerá nela e será
escoada, ou se será
drenada por uma bacia
hidrográfica de fronteira.
Regiões hidrográficas do Brasil
Região
hidrográfica é o
conjunto de bacias
hidrográficas de
uma região, as
quais estão ligadas
a uma bacia
principal.

http://brasildasaguas.com.br/
Precipitação
Precipitação

• Formas:

Neblina Chuva Granizo (d>5 mm) Saraiva (d<5)

Orvalho Geada Neve


Precipitação
• Tipos
Observações mistas de precipitação
Rede de pluviômetros, estimativas por radares e satélites meteorológicos podem ser utilizados
em conjunto para levantar a precipitação em uma área.

Os pluviômetros são instrumentos de


observação direta e, portanto, fornecem
medidas mas realistas da precipitação em
superfície. Porém, a rede de pluviômetros
geralmente não tem uma densidade de
pluviômetros adequada e, portanto, tem
baixa representatividade espacial.

Dados de radar e satélites, apesar de


estimarem a precipitação usando métodos
indiretos, possuem uma boa representativi-
dade espacial.

Com isso, a rede de pluviômetros é


frequentemente usada para verificar a
incerteza dos dados de radar e satélites.
O hidroestimador do CPTEC
Combinação de dados de
Satélite do GOES, radar
e das Estações
Automáticas de Santa
Catarina.

Links:
http://ciram.epagri.sc.gov
.br/portal/website/index.j
sp?url=jsp/monitorament
o/monitoraChuva.jsp&tip
o=monitoramento

http://sigma.cptec.inpe.br/prec_sat/
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas
http://www.apac.pe.gov.br/sighpe/
Sistema de Radares Meteorológicos
Aquisição de dados – Relação Alcance x Altura

Em uma atmosfera padrão o índice de refração normalmente decresce com a


altura em uma taxa quase linear dada por dn/dh, e que para efeitos práticos
é igual a -4*10-8 m-1.
Evaporação
Passagem da água do estado líquido para o gasoso, sendo o oposto da
precipitação.

A evaporação pode ser medida por diferentes métodos. Um dos mais


comuns é através do tanque de evaporação (Tanque Classe A), o
qual mede a variação diária do nível da água devido à evaporação
que ocorre na superfície livre da água, a qual fica exposta ao tempo
neste instrumento
(vento, radiação, temperatura,
umidade do ar).
Evapotranspiração
A umidade do solo retirada pela raiz da planta eventualmente evapora ao ser
liberada pelas folhas. O efeito conjunto da evaporação e da transpiração é dado
o nome de evapotranspiração e geralmente constitui a maior perda de
componente da água no solo.

O tipo, a densidade e a
cobertura das plantas
influenciam diretamente
na quantidade da água no
solo que á removida através
da transpiração.
4. Água da superfície
A água superficial faz parte do ciclo onde a água flui na superfície da
Terra.

Sempre que a água muda de local na superfície ela pode ser


classificada como água superficial.

A água superficial é encontrada em rios, córregos, lagos e reservatórios


ou qualquer outro tipo de água localizada na superfície.

Nesta seção veremos:


• Os principais processos da água superficial: infiltração, umidade do
solo, escoamento;
• Os fatores que influenciam a infiltração;
• Os elementos da composição do solo;
• As possíveis condições do solo e como elas afetam a infiltração;
• Os elementos do escoamento.
Infiltração
A infiltração é o escoamento da água superficial
pelo perfil do solo.

A infiltração é o meio com o qual a reserva da


água subterrânea é reabastecida, tornando-se
disponível para a vegetação.

A percolação é o movimento da água dentro do


solo, enquanto a infiltração é a passagem da
água superficial para dentro do solo.
Composição do solo
O solo é composto por
partículas minerais, matéria
orgânica e espaço poroso, que
é o espaço vazio entre as
partículas do solo.

Os espaços porosos podem


ser preenchidos por ar ou
água, o que depende da
disponibilidade de água. O
grau de preenchimento dos
poros com água é o que
determina as condições de
umidade do solo.

A figura ao lado mostra do


que é composto o solo, de
uma forma generalizada.
Taxa de infiltração
Assim como para a precipitação e a evaporação, existe a taxa de
infiltração, sendo esta taxa a quantidade de água que penetra no solo
por um período de
tempo.

A taxa de infiltração está


diretamente ligada à textura e
cobertura, umidade,
temperatura do solo,
intensidade e tipo de
precipitação.

Quando a taxa de precipitação


é maior que a taxa de
infiltração, ocorre o
escoamento superficial.
http://www.meted.ucar.edu/hydro/basic/HydrologicCycle_bp/media/flash/soil_textures.swf
Umidade do solo
Da mesma forma que para a
umidade relativa na atmosfera,
quando os poros do solo estão
completamente preenchidos
com água, diz-se que o solo
está saturado.

Também neste
caso, a água não irá infiltrar no
solo e dará inicio à formação de
escoamento superficial.

Portanto, existem dois casos em que pode ser formado o escoamento


superficial: 1-quando a taxa de precipitação é maior que a taxa de
infiltração no solo; 2 – quando o solo se encontra saturado.
Escoamento superficial
O escoamento superficial é a parte da chuva que não é
absorvida pelo solo.

Em uma área pavimentada, o escoamento previsto


normalmente é igual à quantidade de chuva menos a
evaporação e qualquer pequena quantidade armazenada
na superfície.

Á medida que o solo se torna saturado, menor é a


infiltração.
Componentes do escoamento
Pode ocorrer também de haver pouca infiltração no solo devido a uma chuva que
ocorreu anteriormente e modificou a umidade no solo. Logo, o solo estará menos
suscetível à infiltração de uma precipitação que poderá ocorrer em breve.

Parte do escoamento é feito


superficialmente.
Porém, parte da água infil-
trada é escoada por baixo da
superfície, o chamado
escoamento subsuperficial,
outra parte é percolada e
flui para os aquíferos.

Enquanto o escoamento
superficial pode ser facil-
ente quantificado
medindo-se constantemen-
te o nível e a vazão do rio
principal de uma bacia hidrográfica, o escoamento subsuperficial é mais
complicado de ser quantificado.
5.Neve e degelo
A neve e o gelo são partes vitais do ciclo hidrológico em regiões de
maiores altitudes e locais montanhosos. A água armazenada em
estado congelado é liberada durante a primavera e é disponibilizada
para consumo durante o resto do ano.

Nesta seção veremos:


• O papel da neve e do gelo no ciclo hidrológico;
• As principais etapas do processo de degelo.
Características da neve
A neve é uma mistura de cristais de gelo, ar,
impurezas e, quando derretida, água líqüida.

O degelo proporciona um grande volume de água


para os rios.

O volume e taxa de degelo da neve dependem das


várias características da neve, da topografia
local, e das condições meteorológicas.
Fatores que afetam a taxa de degelo
Os fatores que afetam a taxa de degelo são:

Fatores relacionados com a própria neve


• temperatura da neve
• albedo
• densidade da neve
• volume da neve

Fatores meteorológicos
• vento
• umidade relativa
• temperatura do ar
• radiação
• insolação.
Envelhecimento da neve
A neve acumulada passa por mudanças desde a primeira nevasca até o
degelo.

As partículas da neve mudam de um floco de neve cristalino que cai


durante uma tempestade, até o gelo de forma mais granulosa devido
aos fatores meteorológicos e a água.
O processo de degelo
1. Inicialmente, a neve dentro de uma camada se assenta, aumentando a
densidade da camada de neve.
2. Com o degelo e o derretimento na superfície da neve acumulada, pode
haver a formação de lentes de gelo.
3. Durante a primavera e o verão, a temperatura do ar aumenta e a neve
acumulada se aquece.
4. A temperatura máxima da neve acumulada não pode exceder o ponto de
derretimento do gelo.
5. Quando a neve se aproxima desta
temperatura, ela fica "pronta", ou
isotérmica (com mesma temperatura).
6. Quando isto acontece, qualquer
energia extra acrescentada à neve causa
o degelo, que nada mais é que o derretimento
da neve.
7. A água líqüida normalmente é liberada a
partir da parte inferior da neve acumulada.
8. Com a liberação da água da neve, os fatores
de escoamento passam a ser importantes.
http://www.meted.ucar.edu/hydro/basic/HydrologicCycle_bp/media/flash/snowmelt_sequence.swf
Referências
• Caderno 5 de Climatologia - Material do Curso Técnico
de Meteorologia.
• Curso básico de ciência hidrológica – Estudo do ciclo
hidrológico – Programa COMET, MetEd.
Link:
http://www.meted.ucar.edu/hydro/basic/HydrologicCy
cle_bp/print_version/print_index.htm

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