Você está na página 1de 15

LICENCIATURA EM

GEOGRAFIA
HIDROGRAFIA
REGIÃO HIDROGRÁFICA
TEMA: REGIÃO HIDROGRÁFICA ATLÂNTICO NORDESTE ORIENTAL

DOCENTE: MALCO JEIEL DE OLIVEIRA


ATLÂNTICO
DISCENTES: AJOSENILDO NUNES DA SILVA
EDUARDO ROSA DE OLIVEIRA
JOÃO JOSÉ ALVES
NORDESTE
MARCOS ANTÔNIO SILVA
ORIENTAL 1
INTRODUÇÃO
Segundo a Divisão Hidrográfica Nacional, a Região Hidrográfica Atlântico Nordeste
Oriental constitui-se de seis Bacias (a Sub-divisão 1) e 23 Subbacias (a Sub-divisão 2).

2
MORFOMETRIA DO PRINCIPAL RIO E AFLUENTES

RIO JUAGUARIBE (do tupi rio das onças)


 É o maior curso d’água do Ceará com 610 km desde sua
nascente na Serra da Joaninha (Tauá – CE) até sua foz em
Fortim - CE.
RIO PIRANHAS–AÇU (do peixe “Piranha-Vermelha” e do tupi
“açu” )
 O rio Piranhas – Açu tem sua nascente na Serra de Piancó
(PB) e desemboca próximo à cidade de Macau (RN). Com
447 km, banha 147 municípios.
 A BHRPA é a maior bacia do Atlântico Nordeste Oriental,
correspondendo a 15% de sua área total, o que equivale a
uma área de drenagem de 43.681,50 km² (MMA, 2006).

3
RIO GRANDE DO NORTE
Rio Piranhas–Açu

Rede de Drenagem Altimétrico

 Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açú – BHRPA no estado do Rio Grande do Norte apresenta uma área
de 17.432 km2, com perímetro total de 817 km e 90 segmentos de rios, formando uma rede de drenagem de
1.450 km e o seu rio principal possui uma extensão de 245 km. Corresponde a 40% da BHRP.
 A bacia apresentou uma forma mais alongada, com densidade de drenagem inferior a 0,2 km/km2, assim
como baixa densidade hidrográfica.
4
RIO GRANDE DO NORTE

Declividade da Bacia Uso e Ocupação Pedológico


A classe de declividade predominante é do tipo plano a suave ondulada representado cerca de 40% da área
total da bacia de drenagem.
As classes de coberturas compostas por pastagem natural, caatinga arbustiva com áreas agrícolas que
dominam a paisagem ocupando uma área de 9.540 e 5.650 km², respectivamente, o que representa mais de
80% da cobertura do solo da área de estudo.
Bacia de drenagem, em condições normais de precipitação, ou seja, excluindo-se eventos de intensidades
anormais, é pouco susceptível a enchentes.
5
AS CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DA REGIÃO
HIDROGRÁFICA ATLÂNTICO NORDESTE ORIENTAL

 Equivale a 3% do território brasileiro e se encontra submetida à intensa radiação solar,


resultando em temperatura anual média elevada (24,5 ºC) e variação térmica anual baixa (5° a
2°), comum às regiões inter-tropicais.
 Apresenta uma vazão média do conjunto das unidades hidrográficas da ordem de 813 m3/s, ou
0,5% da vazão do país.
 A precipitação média anual na RH é de 1.052 mm, abaixo da média nacional, de 1.761 mm. A
disponibilidade hídrica superficial é de 91,5 m3/s, o que corresponde a 0,1% da disponibilidade
superficial do país (91.071 m³/s).
 Nas bacias litorâneas de Alagoas ao Ceará, a elevada evapotranspiração determina grandes
perdas para os reservatórios de acumulação, com valores que atingem índices de 3.000
mm/ano em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

6
AS CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DA REGIÃO
HIDROGRÁFICA ATLÂNTICO NORDESTE ORIENTAL

 O Ceará possui o maior número de


reservatórios. Na bacia do rio Jaguaribe,
a capacidade de acumulação é superior
a 10 hm3, e são destaques os açudes
Orós, Banabuiú e Castanhão.

 A principal obra para superar a escassez


de mananciais na RH Atlântico Nordeste
Oriental é o PISF - Projeto de Integração
do Rio São Francisco - com as Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional,

7
CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DA
REGIÃO HIDROGRÁFICA
 Clima varia de tropical-úmido próximo ao litoral a semiárido
no sertão.

 Precipitações médias variam de 600 mm/ano a 1.700


mm/ano.

 Destaca-se no semiárido processos de desertificação.

 Semiárido apresentar temperaturas elevadas durante todo


ano, forte insolação e altas taxas de evapotranspiração.

 Os elevados índices de evapotranspiração normalmente


superam os totais pluviométricos irregulares, configurando
taxas negativas no balanço hídrico da região.
8
Balanço qualitativo: capacidade de
assimilação de cargas orgânicas

DISPONIBILIDADES HÍDRICAS domésticas pelos corpos d'água.

Balanço quantitativo é a relação


entre as demandas estimadas
(vazões de retirada) e a
disponibilidade hídrica.
 As Unidades Hidrográficas da região apresentam uma vazão média da ordem de 779 m3/s,
ou 0,43 % da vazão do país. A disponibilidade hídrica total é 179 m3/s.

 A região apresenta uma insolação de 3 mil horas de sol por ano.

 O Semiárido possui uma evaporação potencial (3.000 mm/ano) maior do que a precipitação,
superando em quase 3 vezes a precipitação média anual.

 A disponibilidade hídrica por habitante, tem média inferior a 1200 m3/hab.ano sendo que, em
algumas Unidades Hidrográficas, são registrados valores inferiores a 500 m3/hab.ano.

9
RIO GRANDE DO NORTE

 No RN ocorrência de três tipologias climáticas distintas em cada região:

 Clima tropical úmido, tropical semi-úmido e semiárido.


 O Rio Grande do Norte é o único Estado a apresentar em seu litoral o clima semiárido.

 Além da contribuição das águas superficiais, o RN apresenta importantes aquíferos que


abastecem a população:

 Sistema Aquífero Jandaíra,


 Sistema Aquífero Açu,

 Sistema Aquífero Barreiras.

10
RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E ABASTECIMENTO

 As reservas hídricas superficiais totais do RN, acumulam 1.857.506.562 m³, 42,44% da sua
capacidade total que é de 4.376.444.842 m³ (12/04/2021 - IGARN).
 A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, acumula 1.229.922.154
m³, 51,83% da sua capacidade total, que é de 2.373.066.510 m³.
 A lagoa de Extremoz, acumula 10.801.106 m³, 98,02% da sua capacidade total, que é de
11.019.525 m³.

1
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
CONFLITOS PELO USO DA ÁGUA
USO DA ÁGUA Atividades
Turismo:
industriais:
Atividades agrícolas:
Quatro pontos iniciais:
• Escassez Sub-unidades
Sub-unidades
Práticasdos recursosinapropriadas;
agrícolas hídricos; Percentual flutuante
Hidrográficas
Hidrográficas
da procura de
do
por
 Acarretando em processos erosivos, salinização e áreas desertificas.
Jaguaribe
Capibaribe e(Litoral
Norte
 Forte
destinos.
 Usoconcentração
da água em humana em
atividades determinadas
agropecuárias partes AL-PE-PB)
da região:
e agricultura. Ceará e Paraíba.
 Especialmente nas regiões metropolitanas.
• Crescente desmatamento em áreas de Caatinga;
 As variações sazonais da disponibilidade hídrica potencializada pela ocupação do
• solo;
Ocupação desenfreada dos Ecossistemas Costeiros;

• Indústria e Mineração. Zona Forte


Ex: da
Complexo
Mata das
 Destaque: desenvolvimento
portuário de
Sub-unidades
 Em 1983, o governo do Ceará e Secretaria de Planejamentodo Ecoturismo
e Coordenação
Suape.
Hidrográficas de (Seplan)
elaborou o Plano Zero, visando estabelecer uma políticasem toda
das região.
águas.
AL-PE-PB
12
RIO GRANDE DO NORTE
• A Secretaria de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, responsável pela gestão
dos reservatórios com volume acima de cinco milhões de metros cúbicos.
• Corpos d’água voltados para:
 Abastecimento de sedes Municipais e comunidades rurais;
 Perenização de trechos de rios;
 Dessedentação animal;;
 Piscicultura;
 Irrigação;
 Indústrias;
 Culturas de subsistência;
 Proprietários ribeirinhos.

13
CONCLUSÃO

Como vimos, a Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental está


diretamente ligada à dinâmica física e social de cinco importantes capitais
brasileiras: Natal, Fortaleza, João Pessoa, Recife e Maceió. Logo, por ser uma
das regiões hidrográficas mais populosas do país, esse fator somado ao clima
semiárido predominante, se faz necessário uma gerência adequada de proteção
ambiental, de uso do solo e da própria preservação dos corpos d’agua para o
contínuo desenvolvimento que vem acontecendo.

14
REFERÊNCIAS
Rafaela Alves de Melo; Djane Fonseca da Silva . AVALIAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO
RIO JAGUARIBE (CE). Disponivel em: < https://encontros.ufca.edu.br › paper › download >. Visto em: 15/04/2021.
Mapa de conflitos envolvendo a injustiça ambiental e saúde no Brasil. Disponivel em :
<http://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/conflito/rn-rio-estrategico-para-o-abastecimento-e-desenvolvimento-do-rio-grande-do-
norte-o-piranha-acu-vem-sendo-poluido-por-companhias-de-saneamento-industrias-atividades-agricolas-e-pela-ocupacao-
ilega/>Visto em: 15/04/2021.
Pedro Vieira de Azevedo; Madson Tavares Silva; Edivaldo Afonso de Oliveira Serrão; Mariana da Silva Siqueira; Kamila Souza
Santos; Lorena Conceição Paiva de Ataide; Leydson Galvíncio Dantas. Análise morfométrica da bacia hidrográfica do rio
Piranhas-Açú: trecho do estado do Rio Grande do Norte. Disponível em: <https://www.sinageo.org.br/2018/trabalhos/8/8-251-
1686.html > Visto em: 15/04/2021
Instituto de Gestões de Águas. Disponivel em : < http://www.igarn.rn.gov.br/> Visto em: 15/04/2021
ANA. Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental. Disponível em: < https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-
aguas/panorama-das-aguas/regioes-hidrograficas/regiao-hidrografica-atlantico-nordeste-oriental > Visto em: 15/04/2021

15

Você também pode gostar