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Bacia Hidrográfica

Atlântico Sudeste

Gabriela Cordeiro
Otávio Dayo
SUMÁRIO

• 1. Características Regionais: 3. Gestão


1.1 Localização 3.1 Panorama federal de gestão dos RH
1.2 Hidrografia 3.2 Panorama da gestão dos RH nos Estados
1.3 Clima e Topografia
1.4 Biomas e Ecossistemas

• 2. Características Socioambientais:
2.1 Área, população e municípios
2.2 Caracterização da disponibilidade hídrica
1.1 LOCALIZAÇÃO
• É formada pelas Bacias Hidrográficas dos rios que deságuam no litoral do
sudeste brasileiro, do norte do Espírito Santo, ao norte do Paraná.

• Possui uma área equivalente a 2,7% do território nacional, com população


equivalente a 14,7% da população brasileira.
1.2 HIDROGRAFIA

• A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste foi dividida em:


• Sub 1: 6 sub-regiões
• Sub 2: 26 sub-regiões

• As regiões hidrográficas do nível Sub 2 compõem as regiões do nível Sub 1


1.2 HIDROGRAFIA

• Sub 1 Doce: formada principalmente pela Bacia Hidrográfica do rio Doce, que deságua no norte do
Estado do Espírito Santo. Ainda inclui a Bacia Barra Seca, que deságua ao norte da foz do Rio Doce.

• Sub 1 Litoral ES: abrange toda a área de drenagem dos demais rios que deságuam ao sul do Rio Doce
no litoral capixaba, envolve parte do território dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

• Sub 1 Ribeira do Iguape: drena áreas do Estado do Paraná e do litoral Sul paulista, com as
contribuições para o Rio Ribeira do Iguape e Una da Aldeia.
1.2 HIDROGRAFIA
• Sub 1 Litoral RJ: abrange todo o litoral carioca da região da foz do Rio Paraíba do Sul até
a divisa com São Paulo. Abrange também as áreas de drenagem dos diversos rios que
nascem principalmente nas encostas orientais da Serra do Mar.

• Sub 1 Paraíba do Sul: Engloba toda a Bacia do rio Paraiba do Sul. Abrange os Estados de
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

• Sub 1 Litoral SP: é formada pelo litoral paulista, incluindo a Baixada Santista.
1.2 HIDROGRAFIA
1.2 HIDROGRAFIA
1.2 HIDROGRAFIA
1.2 HIDROGRAFIA
1.2 HIDROGRAFIA
1.2 HIDROGRAFIA

• Principais Rios da Região Hidrográfica:


• Rio Paraíba do Sul
• Rio Doce
• Rio Itapemirim
• Rio Itabapoana
• Rio Santa Maria
• Rio Benevente
• Rio Reis Magos
• Rio Jacu
• Rio Ribeira
1.3 CLIMA E TOPOGRAFIA
• Os climas predominantes nesta bacia hidrográfica são:
litoral úmido (faixa litorânea norte), subtropical úmido
(área norte da bacia) e tropical de altitude (área da
Serra da Mantiqueira em Minas Gerais).

• A topografia da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste


é caracteristicamente acidentada, o que favorece as
precipitações.

• O relevo pode ser resumidamente descrito pelas Serras


do Mar, Serra da Mantiqueira e Serra do Espinhaço.
1.3 CLIMA E TOPOGRAFIA

• Caracterizado por quatro domínios climáticos:


clima quente, clima subquente, clima
mesotérmico brando e clima mesotérmico
médio, por sua vez divididos em sub domínios,
marcados pela duração da época seca no ano.

• O clima quente ocorre praticamente em toda a


Bacia do Rio Doce, variando de úmido, na
região da foz, a semi-úmido, desde o médio ao
alto curso.
As cabeceiras encontram-se sob a influência do
clima subquente semi-úmido.
1.3 CLIMA E TOPOGRAFIA

• A região do médio e baixo curso do rio


Paraíba do Sul e a maior parte da Bacia
do Rio Pomba são também marcadas
pelos climas quente a subquente.

• A diversidade climática marca seu


apogeu na região das Serras do Mar e
Mantiqueira. Variando entre quente
úmido, passando a quente super úmido
e a subquente úmido nas partes mais
altas.
1.3 CLIMA E TOPOGRAFIA

• Nas regiões de picos, como na Serra de


Castelo, o clima característico é o
mesotérmico brando superúmido,
podendo chegar ao clima mesotérmico
médio nos picos da Serra da Mantiqueira,
na região da divisa dos três Estados.

• Na região litorânea, desde o norte do Rio


de Janeiro ao norte paranaense, o clima
varia de quente úmido a sub quente super
úmido.
1.4 BIOMAS E ECOSSISTEMAS

• Nas áreas desta região hidrográfica predomina o bioma da Mata


Atlântica (vegetação remanescente), acompanhando a costa até a
divisa entre RJ e ES e abrigando uma grande diversidade de
fauna e flora - sendo considerada como área de extrema
importância biológica.

• Campos de altitude, floresta submontana, floresta montana,


afloramentos calcários, restingas, manguezais, floresta ombrófila
densa, ombrófila mista e estacional semidecidual são alguns dos
ecossistemas presentes.
1.4 BIOMAS E ECOSSISTEMAS

• Os principais problemas registrados são a ocupação irregular do solo e de


encostas, retirada da mata ciliar, além da intensa poluição hídrica, causada
pelo lançamento de efluentes sem o devido tratamento.

• As Zonas Costeiras apresentam-se bastante alteradas e submetidas a


consequências decorrentes da ocupação desordenada do espaço regional.
2.1 ÁREA, POPULAÇÃO E MUNICÍPIOS

• Em uma área total de 213.171,63 Km², a Região Hidrográfica Atlântico Sudeste abriga total ou
parcialmente 589 Municípios. Destes, 507 têm a sede em sua área de drenagem e 82 têm parte
da área do Município na Região e sede fora, em regiões hidrográficas vizinhas. Internamente,
299 Municípios participam de mais de uma Sub 2, ou seja, têm a sede em uma determinada Sub
2 e parte de seu território em outra ou outras Sub 2.

• A população total em 1991 era de 22.236.049 habitantes, sendo 19.470.511 habitantes nas áreas
urbanas e 2.765.538 na zona rural, o que configurava uma taxa de urbanização de 87,56%.
2.1 ÁREA, POPULAÇÃO E MUNICÍPIOS

• Em 2000, a Região abrigava 24.939.130 habitantes, distribuídos nas cidades


inseridas na Região e nas zonas rurais, aí somados os habitantes que residem na
porção dos demais Municípios que drenam águas para a Região Hidrográfica
Atlântico Sudeste, mas cujas sedes pertencem a bacias vizinhas.

• Deste total, 22.626.325 habitantes residiam nas áreas urbanas e 2.312.805 na


zona rural, o que resulta em uma taxa de urbanização de 90,72%, um aumento de
3,16% em relação a 1991. Entre 1991 e 2000, a taxa de crescimento foi de 11%.
2.1 ÁREA, POPULAÇÃO E MUNICÍPIOS
2.1 ÁREA, POPULAÇÃO E MUNICÍPIOS
2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS
DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

• Disponibilidade Hídrica Superficial:


• A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta uma das maiores demandas hídricas
nacionais, bem como uma das menores disponibilidades hídricas relativas.

• A disponibilidade de água superficial é de 3.178 m³/s (vazão média – SRH/MMA,


2006), o que representa 2,0% do total de água doce disponível no País, que é de 160.067
m3 /s.
2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS
DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

• Como principal fator que compõe a disponibilidade, a precipitação


média anual na Região Hidrográfica é de 1.436 mm, com destaque
para a Sub 1 Litoral SP, que possui o maior índice pluviométrico
(1.823mm), seguida pelas Sub 1 Litoral SP PR (1.559mm), Paraíba
do Sul (1.453mm) e Litoral do Rio de Janeiro (1.344mm).

• As menores precipitações são observadas na Sub 1 Doce


(1.238mm).
2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS
DISPONIBILIDADES HÍDRICAS
2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS
DISPONIBILIDADES HÍDRICAS
2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS
DISPONIBILIDADES HÍDRICAS
2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

• Foi uma das primeiras a serem ocupadas no Brasil Colônia, e sua história é marcada por ciclos
econômicos - como o do Pau-Brasil, açúcar, pecuária, ouro e café.

• Mudança da capital para o Rio de Janeiro em 1763 -> mudou o mapa de ocupação do território brasileiro.

• Meados do séc. XX -> intenso processo de industrialização e urbanização.

• Hoje o uso o uso e ocupação do solo pode ser estudado através dos fragmentos de vegetação,
aglomerados urbanos, agricultura, agropecuária e silvicultura.
2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
3.1 PANORAMA FEDERAL DA GESTÃO DOS
RH
• Lei 9.433/1993 - “Lei das Águas” : Instituiu a Política Nacional de Recursos
Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos .

• Criada pois houve o reconhecimento da necessidade de proteger as águas dentro da


estrutura global ambiental, a partir da gestão que se preocupasse em integrar os
recursos hídricos ao meio ambiente, para garantir o desenvolvimento sustentável e
à manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
3.2 PANORAMA DA GESTÃO DOS RH NOS
ESTADOS
• São Paulo: foi o Estado pioneiro na implementação de programas de gestão de águas no
país, com a criação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH, criado em 1987,
pelo Decreto nº 27.576.

• Desde 1993, o Estado instalou os 22 Comitês de Bacias, nas 22 UGRHIs.

• Na área de abrangência da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste, o Estado conta com


quatro Comitês de Bacias : CBH Paraíba do Sul, CBH Litoral Norte, CBH Baixada
Santista e CBH Ribeira do Iguape.
3.2 PANORAMA DA GESTÃO DOS RH NOS
ESTADOS
• Em 1999, o Estado do Rio de Janeiro teve instituída a sua Política Estadual de Recursos
Hídricos, por meio da Lei nº 3.239, que criou também o Sistema Estadual de
Gerenciamento de Recursos Hídricos. A Fundação Superintendência Estadual de Rios e
Lagoas - SERLA é o órgão gestor da política carioca de recursos hídricos.

• Comitês de Bacias Hidrográficas em atividade no Estado segundo SERLA : CBH


Guandu, CBH Lagos-São João, CBH Macaé, CBH do Leste da Baía do Guanabara e
CBH Rio Piabanha.
3.2 PANORAMA DA GESTÃO DOS RH NOS
ESTADOS
• A lei capixaba que dispõe sobre a Política de Recursos Hídricos e cria o Sistema Estadual
de Gerenciamento e Monitoramento de Recursos Hídricos, Lei nº 5.818, foi sancionada no
ano de 1998. Cabe a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos do
Espírito Santos - SEAMA a gestão central e coordenação do sistema.

• A gestão de RH capixaba é marcada por uma iniciativa da sociedade, pela criação de


consórcios intermunicipais. Os consórcios operantes são: Rio Guandu, Rio Piraquê-Açu,
Santa Maria-Jucu, Rio Itapemirim, Rio Itabapoana, Rio Castelo, Rio Santa Joana e a CBH
Benevente.
3.2 PANORAMA DA GESTÃO DOS RH NOS
ESTADOS
• Em 1994 foi aprovada a Lei nº 11.504, instituindo a Política Estadual de Recursos Hídricos,
sendo revogada em 1999 pela Lei 13.199 de modo a adaptar a lei anterior a legislação
Federal. Em 1999 o Departamento de Recursos Hídricos de Minas Gerais - DRH, passa a
se chamar Instituto Mineiro de Gestão das Águas - Igam, sendo este vinculado à Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad.

• Minas possuí 5 CBHs em funcionamento, todas na bacia do Rio Doce, são elas: CBH
Piranga, CBH Piracicaba, CBH Santo Antônio, CBH Caratinga e CBH Manhuaçu, com a
criação aprovada pelo CERH o CBH Suassui.
3.2 PANORAMA DA GESTÃO DOS RH NOS
ESTADOS
• A Política de Recursos Hídricos do Estado do Paraná foi instituída pela Lei nº 12.726 de
1999.
O Estado possui como órgão deliberativo e normativo central o Conselho de Recursos
Hídricos do Paraná - CERH/PR e órgãos regionais, os comitês de bacia.

• Segundo dados de maio de 2004 (SEMA), das 18 grandes bacias paranaenses, quatro têm
seus CBHs instalados, inclusive o Alto Iguaçu e Alto Ribeira; duas estão em processo de
instalação dos Comitês, quatro com a instalação solicitada e duas têm a criação de seus
Comitês em análise junto ao CERH/PR.
REFERÊNCIAS

• Caderno da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste / Ministério do Meio


Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos. – Brasília: MMA, 2006

• Poleto, Cristiano. Hidrografia brasileira, Bacias Hidrográficas, Geografia do


Brasil, Rios. Disponível em:
suapesquisa.com/geografia_do_brasil/bacia_atlantico_sudeste.htm. Acesso
em 02/05/2019

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