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Geografia

Professor João Felipe


Módulo Esparta – Aula 01
Recursos hídricos
Balanço hídrico mundial
Hidrogeopolítica
Etiópia diz que o segundo enchimento da Barragem
Renascença foi concluído
A Etiópia completou o enchimento de uma enorme e polêmica barragem no rio
Nilo Azul pelo segundo ano, informou a mídia estatal, uma medida que
provavelmente irritará o Egito e o Sudão, que há muito se opõem ao projeto.
Addis Abeba disse que a Grande Barragem da Renascença Etíope (GERD), um
projeto hidrelétrico de US $ 4 bilhões, é crucial para seu desenvolvimento
econômico e para fornecer energia. Mas o projeto causou preocupação com a
falta de água e segurança no Egito e no Sudão, que também dependem das
águas do Nilo. Ambos os países pediram um acordo legal obrigatório antes do
início das operações da barragem, mas as tentativas de mediação falharam,
levantando preocupações de que as tensões poderiam aumentar após o
anúncio mais recente. “O segundo enchimento da barragem do Renascimento
foi concluído e a água está transbordando”, disse Seleshi Bekele, ministro da
Água, Irrigação e Energia da Etiópia, na segunda-feira (19/07).
https://www.ufrgs.br/cebrafrica/2021/07/19/etiopia-diz-que-o-segundo-enchimento-da-barragem-renascenca-foi-
concluido/
Fonte:Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil- 2009
REGIÕESHIDROGRÁFICAS
Região hidrográfica é considerada o “[...] espaço
territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo
de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com
características naturais, sociais e econômicas
homogêneas ou similares, com vistas a orientar o
planejamentoe gerenciamentodosrecursos hídricos”
(ANA, 2007).
PROJEÇÃO DAMATRIZ DETRANSPORTES- PNLT
Bacia hidrográfica
Entende-se por bacia hidrográfica toda a área de
captação natural da água da chuva que escoa
superficialmente para um corpo de água ou seu contribuinte.
Os limites da bacia hidrográfica são definidos pelo relevo,
considerando-se como divisores de águas as áreas mais
elevadas. Ocorpo de água principal, que dá o nome à bacia,
recebe contribuição dos seus afluentes, sendo que cada um
deles pode apresentar vários contribuintes menores,
alimentados direta ou indiretamente por nascentes.
MINISTÉRIO DOMEIOAMBIENTE CONSELHONACIONAL DERECURSOS HÍDRICOS
RESOLUÇÃONo 32, de 15 de outubro de 2003 (Publicado no DOUem17/12/2003)

OCONSELHO NACIONALDE RECURSOSHÍDRICOS-CNRH, no uso de suas


atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei no 9.433, de 8 de janeiro de
1997, regulamentada pelo Decreto no 4.613, de 11 de março de 2003, e pela Lei no 9.984,
de 17 de julho de 2000:
Considerando a importância de se estabelecer uma base organizacional que contemple
bacias hidrográficas comounidade dogerenciamentoderecursos hídricos para a
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos;
Considerandoa necessidadede se implementarbasede dados referenciada por bacia,
em âmbito nacional, visando a integração das informações em recursos hídricos; e
Considerandoa ResoluçãoCNRHno 30, de11dedezembrode 2002, quedefine
metodologia de codificação e procedimentos de subdivisões em agrupamentos de bacias e
regiões hidrográficas, no âmbito nacional, resolve:
• Art. 1o Fica instituída a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões
hidrográficas, nostermos dosAnexosI e II desta Resolução, coma
finalidade de orientar, fundamentar e implementar o Plano Nacional de
Recursos Hídricos.
• Parágrafo único. Considera-se comoregião hidrográfica oespaço
territorial brasileiro compreendidopor umabacia, grupo debacias ou
sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais
e econômicas homogêneas ou similares, comvistas a orientar o
planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos.
• Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
BACIAS EMICROBACIAS
HIDROGRÁFICAS NAMATA
ATLÂNTICA
1.Rios Litorâneos do Extremo Sul da MataAtlântica(Araranguá,
Mapituba eTramandaí)
2.Rios Litorâneos de Santa Catarina
3.Rios Litorâneos do Paraná
4.Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape
5.Rios Litorâneos do Norte de São Paulo e Baía de Ilha Grande
6.Rios Litorâneos do Rio de Janeiro
7.Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
8.Rios Litorâneos do E. Santo entre a Foz do Rio Paraíba do Sul e
Rio Doce
9.Bacia Hidrográfica do Rio Doce
10.Rios Litorâneos entre a Foz do Rio Doce e do Rio Jequitinhonha
11.Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha
12.Bacia Hidrográfica do Rio Pardo
13.Bacia Hidrográfica do Rio de Contas eAdjacentes
14.Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu
15.Rios Litorâneos entre a Foz do Rio Paraguaçu e do Rio São
Francisco
16.Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
17.Rios Litorâneos do Nordeste Oriental
18.Bacia Hidrográfica do Rio Paraná Superior (Alto Paraná)
19.Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu
20.Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai Superior
21.Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai Médio
22.Bacia Hidrográfica da Laguna dos Patos
Belo Monte
TOCANTINS-ARAGUAIA
São Francisco e Parnaíba
Bacia do São Francisco
Bacia Platina no território
brasileiro
Bacia do Uruguai
Bacia do Uruguai
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRODE 1997.
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
• Art. 1ºAPolítica Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos
seguintes fundamentos:
• I - a água é umbemde domínio público;
• II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico;
• III - emsituações deescassez, ouso prioritário dos recursos
hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
• IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar
o uso múltiplo das águas;
AQUÍFEROS
3ª Fase- 2012
Estudos encomendados pela UNESCO indicam que, no ano
de 2025, diversos países deverão sofrer severa escassez de
água doce. Enquanto isso, no Brasil, descobriu-se
recentemente a existência de um aquífero ainda mais extenso
que o conhecido Guarani.
Reflita sobre a “questão da água” como problema geopolítico
deste início de século XXI e procure situar o Brasil diante de
processos que poderiam tornar a água doce uma commodity
global.
Apesar da aparente abundância da água no planeta no planeta, pois ¾ da terra
são recursos hídricos, há uma tendência de escassez, que aumentam a tendência
de conflitos, criando uma hidrogeopolítica e transformação da água em
mercadoria.
Entre os aspectos a serem destacados na sua reflexão, temos:
• O balanço hídrico mundial que aponta cerca de 97 % em oceanos e mares,
portanto, água salgada e, mais de 2% em altas latitudes e montanhas, sendo
assim, congelada.
• Além da pequena quantidade a que temos acesso, a ampliação do consumo,
destacando a agropecuária, responsável por 70 % do total.
• A poluição e o desperdício agravam a tendência de escassez.
• A distribuição dos recursos hídricos pelo planeta é muito irregular devido em
grande parte a fatores climáticos além de estrutura pedológica (solo) e
geomorfológica.
Com relação a posição brasileira podemos destacar:
• A grande riqueza hídrica superficial devido a exuberância de nossas
bacias associadas à extensão territorial e predomínio de climas
úmidos.Vale lembrar que a Bacia Amazônica possui 20% das águas em
rios do planeta.
• A grande riqueza do subsolo destacando o aquífero Alter do Chão na
Amazônia e o Guarani, no Centro-Sul do país.
• O fato do país possuir grande parte da água do planeta nos coloca em
posição privilegiada e para otimizar a gestão dos recursos foi criada, em
1997, a Lei Nacional dos Recursos Hídricos, que define a água como
sendo de domínio público e dotada de valor econômico.

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