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GESTÃO DE AQUÍFEROS
Nesse contexto se faz necessário o uso de instrumentos e mecanismos de gestão que contemple os seguintes aspectos:
✓ O conhecimento e a compreensão dos horizontes passados, presentes e futuros em relação aos aspectos quantitativos
como: demandas, ofertas e disponibilidades e aos aspectos qualitativos como a compreensão da evolução da qualidade
físico-química e biológica das águas subterrâneas.
✓ Conhecimentos científicos e técnicos relacionados às relações águas subterrâneas e superficiais;
✓ O conhecimento do uso e ocupação do solo e os impactos na qualidade e quantidade das águas subterrâneas
✓ Atenção à superexploração das águas subterrâneas, tendo em vista que esta situação incide sobre o avanço da cunha
salina, interferências entre poços, rebaixamento dos níveis de água e subsidência do solo, dentre outros problemas;
✓ Conhecimento das normas de locação e construção de poços tubulares
✓ Atenção a situações de emergência e estratégias;
✓ Multidisciplinaridade para a gestão;
✓ Aparato Tecnológico;
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CÓDIGO DE ÁGUAS - instituído pelo Decreto 24.643, de 10/07/1934 - Especificamente para água subterrânea, foi dedicado
um capítulo no Código, entre os Artigos 96 e 101 e especifica que seu uso deve ser controlado de forma a não prejudicar o
sistema aquífero ou afetar o curso ou o desvie de forma a prejudicar o seu aproveitamento público.
QUANTO AOS ESTADOS
São Paulo - primeiro estado que providenciou normas para a preservação das águas subterrâneas. O Decreto 32.955/91 que
regulamenta a Lei 6.134/88 traz à conceituação de aquíferos e seus tipos, incluindo a recarga artificial (Art. 6°).
Paraná - Portaria 05/96 – SUDERHSA – Dispõe sobre o controle de águas subterrâneas profundas para fins de uso e consumo
humano.
Pernambuco - a Lei 11.427, de 17 de janeiro de 1997, dispõe sobre a conservação e a proteção das águas subterrâneas.
Prevê a instalação de áreas de proteção ambiental e contempla o conceito de integração com os Estados vizinhos em caso de
aquíferos comuns.
Pará - a Lei 6.105, de 14 de janeiro de 1998, dispõe sobre a conservação e proteção das águas subterrâneas
Goiás - a Lei 13.583, de 11 de janeiro de 2000, trata da conservação e proteção ambiental das águas subterrânea.
Breve Histórico que Antecede a Política Nacional dos Recursos Hídricos e dos Estados que
instituíram alguma norma para as águas subterrâneas
Mato Grosso Decreto 1291, de 14 de abril de 2000 especificamente para poços tubulares, que implica na
proteção dos aquíferos. Dispõe sobre o licenciamento de poços tubulares de acordo com a Lei 6945/97
(Política Estadual de Recursos Hídricos).
Minas Gerais – através da Lei 13771, de 11 de dezembro de 2000, dispõe sobre a administração, a proteção e
a conservação das águas subterrâneas.
Mato Grosso do Sul A Lei 3.183, de 21 de fevereiro de 2006, dispõe sobre a administração, a proteção e a
conservação das águas subterrâneas.
Rio Grande do Norte:
Art.3º. São diretrizes gerais da Política Estadual de Recursos Hídricos: III - o desenvolvimento de programas permanentes de
conservação e proteção das águas subterrâneas, contra a poluição e a exploração excessiva ou não controlada;
Art. 7º. É dispensável a outorga para captação de água subterrânea, cuja vazão de exploração recomendada não exceda de 1.000 l/h (mil
litros por hora). Parágrafo único - A inexigibilidade de outorga prevista no caput deste artigo não se aplica aos casos de captações de
água subterrânea em zonas de formação sedimentar que venha a ser considerada como aquífero estratégico, assim definidos em
Art. 8º. Não se concederá outorga para o uso de água que se destine à: II. lançamento de contaminantes nas águas subterrâneas
Rio Grande do Norte:
Art. 13. A disponibilidade hídrica será avaliada em função das características hidrológicas ou hidrogeológicas da bacia superficial ou
subterrânea onde incide a outorga, observando-se, ainda, o seguinte:
II. quando se trata de água subterrânea, o referencial quantitativo deverá levar em conta: a) a capacidade de recarga do aquífero,
prevista em portaria, fundamentada em estudo hidrogeológico específico;
Art. 18. A base quantitativa para outorga do direito de uso sobre águas subterrâneas será considerada para aqueles poços cuja vazão
de exploração recomendada seja superior a 1.000 l/h (mil litros por hora).
Art. 27. O pedido de licença para perfuração de poço de iniciativa do poder público, federal e municipal, deverá ser instruído com as
exigências do artigo 29, além dos estudos hidrogeológicos, quando se situe em zonas de formação sedimentar ou naquelas
consideradas como aquíferos estratégicos.
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A Política Nacional dos Recursos Hídricos tem como premissa de que a bacia hidrográfica é a unidade territorial
de gestão das águas, no entanto as configurações dos aquíferos não coincidem com os limites contornos das
BH, de forma que realizar uma gestão das águas superficiais e subterrâneas tendo como unidade de gestão a
bacia hidrográfica, se constitui em um grande desafio.
OBS: Verifiquem as configurações e disposição espaciais das bacias hidrográficas e dos aquíferos em qualquer lugar.
Exemplo: Brasil e Estado do RN.
Mapas
AQUÍFEROS DO BRASIL BACIAS HIDROGRÁFICAS
A Política Nacional dos Recursos Hídricos tem como premissa de que a bacia hidrográfica é a unidade territorial
de gestão das águas, no entanto as configurações dos aquíferos não coincidem com os limites contornos das
BH, de forma que realizar uma gestão das águas superficiais e subterrâneas tendo como unidade de gestão a
bacia hidrográfica, se constitui em um grande desafio.
A RELAÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS
• A disponibilidade de água
superficial, apesar da relevante
influência da regularização do
fluxo de água dos rios pelos
reservatórios, é garantida pela
contribuição de água dos
aquíferos, que representam o
fluxo de base da maior parte
dos rios em território nacional.
Estima-se que a disponibilidade de água subterrânea no Brasil seja em torno de 14.650 m³/s e, da mesma forma como
ocorre com as águas superficiais, sua distribuição pelo território nacional não é uniforme e as características
hidrogeológicas e produtividade dos aquíferos são variáveis, ocorrendo regiões de escassez e outras com relativa
abundância.
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Brasil). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2020: informe anual / Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico. -- Brasília : ANA, 2020.
A GESTÃO DE AQUÍFEROS E O ABASTECIMENTO URBANO
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Brasil). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2020: informe anual / Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico. -- Brasília : ANA, 2020.
MONITORAMENTO NA GESTÃO DOS AQUÍFEROS
Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas - RIMAS
As águas subterrâneas são monitoradas de forma ainda muito incipiente no Brasil. A Rede Integrada de
Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS) da CPRM é uma rede quantitativa com alertas qualitativos. Alguns
estados também fazem o monitoramento qualitativo das águas subterrâneas, ou na forma de uma rede integrada ou
em diferentes redes. Em São Paulo, por exemplo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) possui
uma rede de qualidade com 313 poços (2019) e uma Rede Integrada com monitoramento de qualidade e quantidade,
operada em conjunto com o Departamento de Aguas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), com 64 poços.
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Brasil). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2020: informe anual / Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico. -- Brasília : ANA, 2020.
Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos
Instrumentos
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Brasil). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2020: informe anual / Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico. -- Brasília : ANA, 2020.
Resoluções Elaboradas no Âmbito do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que Contribuem na Gestão das Águas Subterrâneas no Brasil
Em conformidade com a Política Nacional dos Recursos Hídricos - LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997
• Resolução nº 153, de 17 de dezembro de 2013 - Estabelece critérios e diretrizes para implantação de Recarga Artificial de
Aquíferos no território Brasileiro.
• Resolução nº 107, de 13 de abril de 2010 - Estabelece diretrizes e critérios a serem adotados para o planejamento, a
implantação e a operação de Rede Nacional de Monitoramento Integrado Qualitativo, Quantitativo de Águas
Subterrâneas.
• Proposta de Resolução N° 92, de 05 de Novembro De 2008 (Publicada no D.O.U em 04/02/2009) Estabelece critérios e
procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro
• Resolução nº 22, de 24 de maio de 2002 Estabelece diretrizes para inserção das águas subterrâneas no instrumento Planos
de Recursos Hídricos.
•
Resolução nº 15, de 11 de janeiro de 2001 Estabelece diretrizes gerais para a gestão de águas subterrâneas.
Resoluções elaboradas no âmbito do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que contribuem na gestão de águas subterrâneas
no Brasil Em conformidade com a Política Nacional do Meio Ambiente - LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981
• RESOLUÇÃO CONAMA nº 396 de 2008 RESOLUÇÃO CONAMA no 396, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7
de abril de 2008, Seção 1, páginas 64-68 Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e dá outras providências.
ESTUDOS DE CASO
O Conhecimento técnico-científico em vários aspectos subsidiando
a gestão dos aquíferos
Campanhas para
Elaboração de Decreto Cadastro dos Poços
a Regularização do Uso
Suspensão das licenças p/ Tubulares e dos Usuários
(Outorgas)
construção de poços
Relatórios
Realização de
Seminários
PRIMEIROS ESTUDOS - 2003
Diagnóstico Prévio em 2003
2.900
3000 3000
2500
N° de Irrigantes
2000
Área Irrigada
1500
0
Pequeno (1 a 5 ha) Médio (5 a 20 ha) Grande(acima de 20 ha)
Porte do Irrigante
4% 2%
15% 29%
71%
79%
Poços Instalados Poços Desativados Poços Para irrigação em Operação
Poços abandonados Poço Secos Poços para consumo Humano/animal em
Operação
Comportamento dos 602 poços cadastrados
RESUMO DA CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A PARTIR DO DIAGNÓSTICO PRÉVIO EM
2003
Informações RIO GRANDE DO NORTE CEARÁ
Poços com Outorgas 48% dos poços instalados = 228 poços 140
Altas concentrações
De Nitrato
Pico Estreito
9450000
2 Lajeiro
1000
950 Vila Nova
MAISA
900
9445000 300
Formigueiro
850 Furna de Pedra
R e si s tiv id a d e A p a r en te ( o h m .m )
750
In d ic e d e C a r sti fica çã o ( IC )
200 9430000
60
150
100
50
60 Iso-Resistividade e seu Valor
Barreira Vermelha
0 em ohm.m (AB200/MN20) Canaã 0
9425000
Estrada de Terra
Estrada Asfaltada
500
450
SE NW
Resistividade Aparente (ohm.m)
400
Baraunas
350
300
Vertentes
Juremal
250
200
150
100
50
Currais
Moinho Novo
0
2500 5000 7500 12500 15000 17500 22500 25000 27500 32500
0 10000 20000 30000
Distância (metros)
Cotas (metros)
150
100
50
0
-50
-100
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
NE Velame