Você está na página 1de 4

DIREITO DA ÁGUA

Água,
bem econômico
e de domínio público* Aser Cortines Peixoto Filho
Sandra Helena Bondarovsky

RESUMO

Discorre sobre a crescente importância conferida à água como bem de valor econômico, uma vez que a disponibilidade de água doce no planeta diminui na mesma proporção
em que o seu consumo aumenta. Tece comentários a respeito da Lei n. 9.433/97 (Lei das Águas), sobretudo no que concerne à gestão das bacias hidrográficas, a encargo
do Plano Nacional de Recursos Hídricos. Destaca ser essa gestão compatível com o desenvolvimento local sustentável. Explica como se delineará o papel das empresas de
saneamento, a participação dos setores público e privado nessas empresas, bem como o papel dos organismos que atuarão como financiadores do sistema de gestão das
bacias.

PALAVRAS-CHAVE
Meio ambiente; Direito Ambiental; Direito da Água; recursos hídricos; Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; Política Nacional de Recursos Hídricos;
Agência Nacional de Águas; Lei n. 9.433/97; Lei das Águas; comitê de bacias hidrográficas; Caixa Econômica Federal.

ABSTRACT

This article looks at the growing importance given to water as an asset of economic value given that the availability of potable water on the
Planet is dropping in proportion to the increase in its consumption. It discusses Law n. 9.433/97 (Water Bill) regarding specifically hyrdrographic basin
management that falls under the National Water Resource Plan. It considers this management as being compatible with local sustainable development.
Further, this paper explains how the role of water treatment companies and the participation of the public and private sectors in these companies will
be. It also explains the role of the organisations that will act as funding agents for the basin management system.

KEYWORDS – Environment; Environmental Law; Water Law; water resources; National Water Resource Management System;
National Policy for Water Resources; National Water Agency; Law n. 9.433/97; Water Bill; Hydrographic Basin Commission; Federal
government savings bank.

Aser Cortines Peixoto Filho é Diretor de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal.
Sandra Helena Bondarovsky é Economista e Assistente Técnica da Caixa Econômica Federal.
__________________________________________________________________________________________________________________
*
Texto produzido pelos autores, baseado em conferência proferida por Aser Cortines Peixoto Filho, na qualidade de Presidente do Painel I – Água,
bem econômico e de domínio público – do Seminário Internacional “Água, bem mais precioso do milênio”, promovido pelo Centro de Estudos
Judiciários do Conselho da Justiça Federal, de 17 a 19 de maio de 2000, no auditório do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília-DF.

R. CEJ, Brasília, n. 12, p. 13-16, set./dez. 2000 13


1 A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
COMO MERCADORIA A América Latina e o Caribe constituem a região mais bem provida,
enquanto o Oriente Médio e o Norte da África se constituem na região onde a

C
resce cada vez mais a cons- água é mais escassa, conforme mostra a tabela abaixo.
ciência de que a água vem-se
tornando um bem escasso em TABELA 01. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA POR REGIÃO
nível mundial. Embora pareça abun- Percentagem de
dante, menos de 3% da água do pla- população vivendo em
neta é constituída de água doce. A Recursos internos anuais países com escassos
renováveis de água recursos per capita
potável mais pura da natureza está nas anuais
calotas polares e nas geleiras, que ar- Total Per capita, Menos de Entre
mazenam 2% da água do planeta. Len- (1.000 m 3 ) (1.000 m 3) 1.000 m 3 1000
e 2000 m 3
çóis subterrâneos, lagos, rios e a atmos- Região
fera guardam o 1% restante. Mais de África Sub-Saara 3.8 7.1 8.0 16.0
97% da água do planeta é salgada, não Leste da Ásia e Sul da Ásia do Pacífico 9.3 5.3 <1.0 6.0
Europa do Leste e Antiga URSS 4.7 4.2 0.0 0.0
serve nem para uso industrial. Ainda Resto da Europa 2.0 4.6 6.0 15.0
que o consumo de água seja uma pe- Oriente Médio e Norte da África 0.3 1.0 53.0 18.0
quena, embora crescente, proporção América Latina e Caribe 10.6 23.9 <1.0 4.0
Canadá e Estados Unidos 5.4 19.4 0.0 0.0
da água disponível, a distribuição dos Mundo 40.9 7.7 4.0 8.0
recursos de água é bastante desigual
entre países e regiões, o que, combi- Fonte: Banco Mundial 1992
Citado em Toward Sustainable Management of Water Resources, p. 2, Ismail
nado com a precária administração Serageldin – Banco Mundial, 1995.
ambiental e o desperdício no uso, tem
levado a que esse bem seja cada vez
mais escasso até em áreas bem provi- Nações Unidas ligadas ao gerencia- leira incorpora os instrumentos mais
das de água doce. As águas de origem mento de recursos hídricos. adequados de gestão, tendo se bene-
subterrânea não são eternas; são como O Brasil possui cerca de 14% da ficiado das experiências internacionais
jazidas de petróleo, não-renováveis. A água doce disponível no mundo. Ape- na administração dos recursos hídri-
água neste século é reconhecidamen- sar dessa posição privilegiada, o País cos. Considera-se que a legislação exis-
te um recurso vulnerável, finito e já es- ainda não conseguiu uma racionali- tente é mais do que suficiente para o
casso em quantidade e qualidade. dade na exploração dos mananciais, desenvolvimento da gestão. É de se
Portanto, é um bem econômico. nem investir o suficiente para atender esperar que, como nos outros países,
Nesse contexto, a água vai se com qualidade a toda a população. leve um tempo para implementá-la.
constituir numa estratégia de negóci- Contribui para isso a distribuição re- A Lei estabelece que a unidade
os neste século. A conta de água, pos- gional dos recursos hídricos, pela qual de planejamento e gerenciamento de
sivelmente na próxima geração, vai a região Norte concentra 70% desses recursos hídricos é a bacia hidrográfica,
estar bem maior do que a de luz. Em recursos. A escassez de água no Brasil que pode abranger vários Estados da
alguns países, o custo da água já su- está associada a baixas disponibilida- Federação, no caso dos rios contidos
pera o do petróleo. Algumas empresas des no Nordeste e a altas densidades nas grandes bacias hidrográficas. Nes-
estão convencidas de que, num futuro demográficas nas regiões Sul e Sudes- ses casos, a Lei prevê a criação de um
próximo, quem detiver o controle da te. Mas a escassez também pode ser sistema nacional de outorga pelo di-
água do planeta vai ditar as regras do vista como oportunidade para negóci- reito de uso de água, tanto para consu-
produto. os, que começa agora a ser vislumbra- mo, como para a diluição de efluentes.
De forma geral, um país ou re- da. O primeiro passo foi dado com a Nos casos em que os rios não fluem
gião terá falta de água quando o abas- promulgação da Lei das Águas, que para outros Estados, a Lei considera
tecimento cair abaixo dos 1.000 me- introduz o princípio da cobrança pelo suficiente a existência do sistema es-
tros cúbicos por pessoa, por ano. uso do recurso hídrico. Na visão dos tadual de outorga.
No entanto, 22 países têm recur- empresários da área de prestação de Dois instrumentos de gestão são
sos renováveis de água abaixo de 1.000 serviços em saneamento, basta atacar previstos na Lei: os comitês de bacia,
metros cúbicos por pessoa, e 18 paí- a má gestão do setor público para ga- que funcionam como um parlamento,
ses têm mais de 2.000. rantir rentabilidade. O retorno do inves- com a participação de governos, de
Considere-se ainda que a qua- timento em prestação de serviços pode usuários e da sociedade civil, não ten-
se totalidade da água acessível é im- ocorrer em 5 anos, e a margem é de, no do figura jurídica; e as agências de
própria para o consumo humano. Indús- mínimo, 12%. água, executoras das decisões dos
trias, atividades agrícolas e mesmo as comitês, que poderão adquirir a per-
empresas de saneamento devolvem- sonalidade jurídica que melhor se
na aos cursos de água quase sempre 2 A LEI DAS ÁGUAS adaptem às condições locais.
em condições piores que as da água A cobrança pelo uso do recurso
que foi captada. A Lei n. 9.433/97, de 8 de janeiro hídrico, tanto para captação quanto
Nos últimos anos, ao lado de de 1997 – Lei das Águas, permite um para diluição de efluentes, é um dos
uma maior consciência das inúmeras preço para a água que é hoje captada principais instrumentos de gestão cria-
funções que a água representa, apare- de graça dos corpos d’água. Atual- dos pela Lei. Visa estabelecer a água
ce também uma maior consciência das mente, o usuário paga apenas o custo como um bem econômico, uma mer-
falhas na administração desse recurso. do tratamento e da distribuição. Em- cadoria, bem como criar um fundo fi-
O Banco Mundial tem realizado diver- bora com um atraso de 30 anos em re- nanceiro que sustente as próprias
sos estudos a respeito, bem como co- lação aos países mais avançados, ações de gestão e os investimentos de
laborado com muitas organizações das como a França, a Lei das Águas brasi- interesse coletivo na bacia.

14 R. CEJ, Brasília, n. 12, p. 13-16, set./dez. 2000


3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS Convém lembrar algumas ca- cializado, irão atrair os capitais priva-
racterísticas do mercado de água, para dos, que optarão naturalmente por sis-
Para a realização da gestão tem se ter clareza do papel das empresas temas que apresentem melhores pers-
de existir plano. O Plano Nacional de públicas e privadas nesse segmento. pectivas de rentabilidade, especial-
Recursos Hídricos se constitui em um O produto vendido nesse mercado, a mente nos grandes centros urbanos.
diagnóstico. O Plano Diretor de Recur- água, não foi objeto de nenhuma mo- No Brasil, é provável que o setor
sos Hídricos – PDRH – é por bacia e dificação tecnológica significativa e privado vá aumentar sua cota de parti-
por Estado. O papel de cada Estado é tem utilizações que não apresentam cipação mediante soluções, tais como:
ter uma legislação aprovada e incenti- grandes variações ao longo do tempo; concessões, gestões delegadas, BOT
var as organizações, pois, de forma é um mercado tipicamente interno; e outros tipos de arranjo. Mas existem
geral, não existem organizações espon- exige investimentos pesados, irreversí- empresas públicas com capacidade
tâneas por bacia. Para desenvolver um veis e com grande período de amorti- de investimento e com inegável capa-
plano, despende-se cerca de R$ 1,5 zação, portanto tem de ser gerido sob cidade técnica. Essas empresas po-
milhão por bacia. A Secretaria de Re- a ótica de longo prazo; o fator preço dem apresentar vantagens competiti-
cursos Hídricos – SRH, do Ministério do está limitado por razões de ordem po- vas em relação ao setor privado. Uma
Meio Ambiente – MMA, tem facilitado lítica e, portanto, tem de ser controla- dessas vantagens é assumir-se como
esses recursos, bem como as agênci- do por entidades públicas; tem uma instrumento de uma política de meio
as multilaterais de crédito, que têm forte dimensão ambiental e sobretudo ambiente com grande influência na
também prestado assistência técnica. é um monopólio natural. Com essas ca- qualidade de vida das populações e
A Secretaria de Recursos Hídricos con- racterísticas, ressalta Bau2, é de se es- também como instrumento na gestão
tratou a Fundação Centro Tecnológico perar que o setor público mantenha sua de recursos hídricos, com uma política
de Minas Gerais – CETEC – para ela- posição dominante na maioria dos paí- de promover o uso eficiente da água
boração de orientações para o Termo ses desenvolvidos, tais como Estados que privilegie a conservação dos recur-
de Referência para Planos Diretores de Unidos, Canadá, Japão e países euro- sos existentes, racionalizando e otimi-
Bacias Hidrográficas. peus, sobretudo porque as áreas rurais zando a utilização da água. A lógica
Faz parte da elaboração dos e as áreas não-rentáveis não deverão da conservação contraria a lógica da
planos diretores uma estratégia de atrair capitais privados. Mas mesmo maximização do lucro, que implica o
envolvimento da sociedade para que nesses países desenvolvidos, é prová- aumento das vendas e conseqüente-
haja uma gestão participativa, englo- vel uma maior participação do setor mente do consumo. Assim, essas em-
bando os vários atores sociais da ba- privado. Os países em desenvolvimen- presas devem assumir-se como fatores
cia hidrográfica, sobretudo os maiores to, com baixos níveis de atendimento, de desenvolvimento regional e local,
usuários das águas, durante toda a ela- com necessidade de fortes investimen- articulando suas estratégias com a es-
boração do plano, identificando e sis- tos, carentes de pessoal técnico espe- tratégia de desenvolvimento das baci-
tematizando os interesses múltiplos, as hidrográficas.
muitas vezes conflitantes. A sociedade
deverá estar envolvida para comple- 5 O PAPEL DOS ORGANISMOS
mentar o levantamento técnico do dia- Faz parte da elaboração dos DE FINANCIAMENTO, EM ESPECIAL,
gnóstico, para discussão das poten- planos diretores uma DA CAIXA
cialidades e dos problemas hídricos e
suas implicações e para sensibilização estratégia de envolvimento Como visto anteriormente, a ex-
da sociedade sobre a responsabilida- da sociedade para que haja periência internacional demonstra que
de coletiva na preservação e conser- se leva alguns anos para implementar a
vação dos recursos hídricos. uma gestão participativa, Lei das Águas. Sua implementação se
englobando os vários atores dá primeiramente pelos planos direto-
res de bacias, que no Brasil estão se de-
4 O DESENVOLVIMENTO LOCAL sociais da bacia senvolvendo com o apoio da Secretaria
INTEGRADO E SUSTENTÁVEL E O hidrográfica, sobretudo os de Recursos Hídricos e das agências
PAPEL DAS EMPRESAS DE multilaterais de crédito. Se o plano é in-
SANEAMENTO maiores usuários das águas dispensável, ele é só o primeiro passo
(...). A sociedade deverá para a gestão. Segue-se a gestão pro-
A gestão das águas por meio priamente dita. Pela Lei, o plano diretor
das bacias hidrográficas se coaduna
estar envolvida (...) para é sustentado pela cobrança, mas esta
com a nova visão de desenvolvimento discussão das cobrança ainda não existe quando da
local sustentável, que, como ressalta potencialidades e dos elaboração do plano. O comitê de ba-
Franco1, no plano teórico, estão traba- cia não tem figura jurídica, quem tem é
lhando com a perspectiva de um de- problemas hídricos e suas a agência de águas. A tendência tem
senvolvimento ambientalmente segu- implicações e para sido o estabelecimento de consórcio de
ro e eco-socialmente sustentável, não municípios, tais como o Consórcio de
apenas os ambientalistas, mas toda sensibilização da sociedade Piracicaba e o Consórcio de Campinas.
uma geração de economistas e outros sobre a responsabilidade Qualquer que seja a forma jurídica que
teóricos, que estão buscando uma assumam os gestores das bacias, será
mudança na visão da economia, que coletiva na preservação e necessário o financiamento a esses
adote como critérios, para além da conservação dos recursos gestores para a implementação do sis-
qualidade produtiva, a qualidade de tema gestor e a realização dos investi-
vida e indicadores não somente ba- hídricos. mentos necessários.
seados no crescimento material da A implantação do sistema de
produção. gestão de bacias hidrográficas e suas

R. CEJ, Brasília, n. 12, p. 13-16, set./dez. 2000 15


respectivas agências de água, nos paí- muneração também destinada a inves-
ses em que foram implantados, contou timentos nas bacias. Graças à capila-
com o apoio do Estado principalmen- ridade da instituição, é possível ter re-
te como agente financeiro. presentantes da Caixa participando,
O sistema BNDES contempla em cada plano de bacia ou onde o pla-
primordialmente as empresas priva- no foi concluído, do comitê de bacia.
das, pois, desde que foi criado, a fun- Para desenvolver essa nova
ção daquele banco foi de fomento à atuação, foi criado um grupo de traba-
iniciativa privada, ampliando-se essa lho para simular o fluxo de investimen-
função com a crise fiscal do Estado, em tos, tendo como projeto piloto a Bacia
que o banco passou a ser o agente do do Paraíba do Sul por meio de uma
programa de desestatização. Agência de Águas. Dentre as tarefas
A Caixa, desde que assumiu os do grupo, destacam-se o estudo do
programas do BNH, teve como função arranjo jurídico e financeiro da agência
financiar o setor público e deverá con- de bacia para que possa receber re-
tinuar a fazê-lo, uma vez que, como vi- cursos de várias fontes a fundo perdi-
mos, a probabilidade é de que muitas do, cobrança por uso e poluição, fis-
dessas empresas permaneçam como cais e financiamento do FGTS, por meio
tal. Independente da forma de gestão da Caixa, bem como recursos de orga-
que assumam as empresas, pública ou nismos internacionais.
privada, no plano político-estratégico,
as ações da Caixa, como banco de fo-
mento federal do saneamento, devem
estar integradas ao novo sistema de NOTAS
recursos hídricos no País.

6 CONCLUSÕES
1 FRANCO, 1999.
No mês de março, houve uma 2 BAU, 1998.
reunião internacional, Fórum das
Águas, na Holanda, em que partici-
pou uma delegação brasileira. Nesse
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fórum, foi discutido o documento
Frameworks for Action, preparado por
duas ONGs representativas da área
de recursos hídricos em nível interna- BAU, João. Globalização da Economia e o
cional – Global Water Paternership Abastecimento de Água: contribuição para
(www.gwp.org) e World Water Council. um debate sobre o futuro do setor público.
A orientação global desse Fórum pode In: POLÍTICAS de Saneamento Ambiental:
inovações na perspectiva do controle soci-
assim ser resumida: al. Rio de Janeiro : IPUR/UFRJ, FASE, 1998.
a) a gestão dos recursos hídricos é pú- FRANCO, Augusto de. Por Que Precisamos
blica, é um problema de governo, de Desenvolvimento Local Integrado e Sus-
não havendo espaço para a inicia- tentável? Draft paper, outubro de 1999.
tiva privada;
b) quanto aos serviços, há espaço pa-
ra a iniciativa privada (capital e efi-
ciência), podendo ser públicos ou
privados e com subsídios orienta-
dos para as camadas mais pobres;
c) a regulação deve ser fortalecida.
A Caixa está empenhada em
participar da implantação do novo sis-
tema, já que, do ponto de vista da ges-
tão dos recursos hídricos, é evidente a
interface entre a prestação do serviço
de tratamento de esgoto e a gestão
hídrica. As bacias hidrográficas terão
duas principais fontes de recursos: a
cobrança pelo uso da água e a co-
brança pela poluição dos recursos
hídricos. Além disso, o setor elétrico já
paga a Estados e Municípios envolvi-
dos no processo 90% dos recursos e
aos cofres da União 10%, a título de
compensação, um percentual da recei-
ta de geração de energia. A Agência
Reguladora Federal (ANA) terá uma re-

16 R. CEJ, Brasília, n. 12, p. 13-16, set./dez. 2000

Você também pode gostar