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INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA

ENGENHARIA CIVIL
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
PROF. MONQUEIRO
INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA
• Hidrologia é a ciência que trata da água na terra,
sua ocorrência, circulação e distribuição, suas
propriedades físicas e químicas, e suas reações
com o meio ambiente, incluindo suas relações
com a vida.
• Engenharia hidrológica é uma ciência aplicada.
Ela usa princípios hidrológicos na solução de
problemas de engenharia provenientes da
exploração dos recursos hídricos.
Usos Múltiplos da Água
• Em função de suas qualidades e quantidades, a
água propicia vários tipos de uso, isto é, múltiplos
usos. O uso dos recursos hídricos por cada setor
pode ser classificado como consuntivo e não
consuntivo.
Uso Consuntivo.
• É quando, durante o uso, é retirada uma
determinada quantidade de água dos mananciais
e depois de utilizada, uma quantidade menor
e/ou com qualidade inferior é devolvida, ou seja,
parte da água retirada é consumida durante seu
uso. Exemplos: abastecimento, irrigação, etc.
Uso Não Consuntivo
• É aquele uso em que é retirada uma parte de
água dos mananciais e depois de utilizada, é
devolvida a esses mananciais a mesma
quantidade e com a mesma qualidade, ou ainda
nos usos em que a água serve apenas como
veículo para uma certa atividade, ou seja, a água
não é consumida durante seu uso. Exemplos:
pesca, navegação, etc.
Importância e Aplicação da
Hidrologia
• Hidrometeorologia: é a parte da hidrologia que trata da
água na atmosfera.
• Geomorfologia: trata da análise quantitativa das
características do relevo de bacias hidrográficas e sua
associação com o escoamento.
• Escoamento Superficial: trata do escoamento sobre a
superfície da bacia.
• Interceptação Vegetal: avalia a interceptação pela
cobertura vegetal da bacia hidrográfica.
• Infiltração e Escoamento em Meio Não-Saturado:
observação e previsão da infiltração e escoamento da
água no solo.
Importância e Aplicação da Hidrologia
• Escoamento em Rios, Canais e Reservatórios:
observação da vazão dos canais e cursos de água, e do
nível dos reservatórios.
• Evaporação e Evapotranspiração: perda de água pelas
superfícies livres de rios, lagos e reservatórios, e da
evapotranspiração das culturas.
• Produção e Transporte de Sedimentos: quantificação
da erosão do solo.
• Qualidade da Água e Meio Ambiente: trata da
quantificação de parâmetros físicos, químicos e biológicos
da água e sua interação com os seus usos na avaliação do
meio ambiente aquático.
Áreas de atuação da Hidrologia:
• Planejamento e Gerenciamento da Bacia Hidrográfica:
planejamento e controle do uso dos recursos naturais.
• Abastecimento de Água: limitação nas regiões áridas e
semi-áridas do país.
• Drenagem Urbana: cerca de 75% da população vive em
área urbana. Enchentes, produção de sedimentos e
problemas de qualidade da água.
• Aproveitamento Hidrelétrico: a energia hidrelétrica
constitui 92% de toda energia produzida no país. Depende
da disponibilidade de água, da sua regularização por obras
hidráulicas e o impacto das mesmas sobre o meio
ambiente.
Áreas de atuação da Hidrologia:

• Uso do Solo Rural: produção de sedimentos e


nutrientes, resultando em perda do solo fértil e
assoreamento dos rios.
• Controle de Erosão: medidas de combate à erosão
do solo.
• Controle da Poluição e Qualidade da Água:
tratamento dos despejos domésticos e industriais e
de cargas de pesticidas de uso agrícola.
• Irrigação: a produção agrícola em algumas áreas
depende essencialmente da disponibilidade de água.
Áreas de atuação da Hidrologia:

• Navegação.
• Recreação e Preservação do Meio Ambiente.
• Preservação dos Ecossistemas Aquáticos.
Disponibilidade Hídrica
• Total de água no planeta..1400 x 1015m3 (100%)
• Oceanos............................ 1350x1015 (96,4%)
• Geleiras............................. 25 x 1015 (1,8%)
• Águas subterrâneas............. 8.4 x 1015 (0,6%)
• Rios e lagos......................... 0.2 x 1015 (0,01%)
• Atmosfera.......................... 0.01 x 1015 (0,0007%)
Importância da água
• Elemento essencial à vida seres vivos: maior
parte em peso é água (homem 67%) portanto:
disponibilidade de água condiciona a biomassa.
• Regulador térmico condiciona o clima
• Produção de alimentos suprimento: natural e/ou
irrigação animais e vegetais aquáticos.
• Essencial à saúde: abastecimento doméstico;
moléstias de veiculação hídrica
Importância da água
• Produção de energia:
no Brasil: 50 x 106 KW instalados (90% hidro)
150 x 106 KW potenciais (a desenvolver)
• Insumo industrial: resfriamento, lavagem,
processo produtivo, incorporação ao produto
• Meio de transporte: navegações, minerodutos,
afastamento de dejetos (autodepuração).
• Recreação, paisagismo
Ciclo Hidrológico
• O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao
movimento e à troca de água nos seus diferentes
estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre
os oceanos, as calotas de gelo, as águas
superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera.
Ciclo Hidrológico
• Este movimento permanente deve-se ao Sol, que
fornece a energia para elevar a água da superfície
terrestre para a atmosfera (evaporação), e à
gravidade, que faz com que a água condensada
se caia (precipitação) e que, uma vez na
superfície, circule através de linhas de água que
se reúnem em rios até atingir os oceanos
(escoamento superficial) ou se infiltre nos solos
e nas rochas, através dos seus poros, fissuras e
fraturas (escoamento subterrâneo).
Ciclo Hidrológico
• A água que continua a infiltrar-se e atinge a zona
saturada, entra na circulação subterrânea e
contribui para um aumento da água armazenada
(recarga dos aquíferos).
Ciclo Hidrológico
• Nem toda a água precipitada alcança a superfície
terrestre, já que uma parte, na sua queda, pode
ser interceptada pela vegetação e volta a
evaporar-se.
• A água que se infiltra no solo é sujeita a
evaporação direta para a atmosfera e é absorvida
pela vegetação, que através da transpiração, a
devolve à atmosfera. Este processo chamado
evapotranspiração ocorre no topo da zona não
saturada, ou seja, na zona onde os espaços entre
as partículas de solo contêm tanto ar como água.
CICLO HIDROLÓGICO
• De uma maneira ou de outra, a água existe em toda parte.
• Pode ser considerada ilimitada nos oceanos (relativo ao
homem) e de magnitude quase nula nas regiões desérticas.
• Na atmosfera, a água está presente em forma de vapor,
nuvens e precipitação.
• Sob a superfície da Terra ocorre em forma de cursos d´água
e lagos.
• Maior porção de água do planeta está contida nos oceanos,
mesmo assim há permanente circulação de água em todo
o corpo da natureza
• A evaporação na superfície dos oceanos é permanente
CICLO HIDROLÓGICO
• A água evaporada dos oceanos:
a) condensa-se e precipita-se sobre os mesmos;
b) é levada pelos ventos para áreas continentais e
precipita-se sob forma de chuva, granizo, neve ou
condensa-se sob a forma de orvalho ou geada nas áreas de
vegetação.
• Umidade sob forma de orvalho ou geada: é diretamente
evaporada ou absorvida pela vegetação.
• Água precipitada sob a forma de chuva:
a) uma parte transforma-se em vapor;
b) outra parte é interceptada pela vegetação, pelas
construções e objetos e é parcialmente reevaporada;
CICLO HIDROLÓGICO
c) outra parte escoa superficialmente até alcançar os
cursos d´água, retornando aos oceanos.
d) outra parte infiltra-se pelo solo, onde:
I - parte é retida por capilaridade nas proximidades da
superfície e dali evaporada;
II- outra parte é utilizada pela vegetação retornando à
atmosfera pelo processo de transpiração;
III- outra parte infiltra-se mais profundamente (subsolo)
dando origem ao escoamento subterrâneo;
IV- uma pequena parte infiltra-se até grandes
profundidades e, após longos períodos de tempo, surge sob
a forma de nascentes ou gêiseres.
CICLO HIDROLÓGICO
• Água que alcança os cursos d´água: somente uma parte
escoa diretamente para o rio.
• O restante:
a) evaporado diretamente da superfície líquida;
b) absorvido pela vegetação ribeirinha;
c) penetra nos solos marginais quando o nível freático é
inferior ao nível do curso d´água; esta parcela pode
retornar ao curso d´água em pontos mais a jusante; ou
pode encontrar saídas em nascentes distantes em outras
bacias, lagos ou mesmo no mar; pode ainda ser alcançada
por vegetais de raízes profundas ou então agregar-se às
águas subterrâneas.
CICLO HIDROLÓGICO
CICLO HIDROLÓGICO
CICLO HIDROLÓGICO
Tipos de escoamento bacia
• Superficial
• Sub-superficial ??
• Subterrâneo
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial,
escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Escoamento
sub-superficial
• Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e
escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem muito longa = rio seco
Rios intermitentes

Camada saturada
HIDROGRAMAa:

• Representação gráfica da vazão ao longo


do tempo
Formação do Hidrograma
pico

ção
ascen

Superficial
e recessão
Sub-superficial

Escoamento subterrâneo
Hidrograma
Exemplo: Hidrograma Rio Paraguai em Porto Estrela (1974-1975)

Período chuvoso Período chuvoso


Hidrograma
Curva de Recessão:
CICLO HIDROLÓGICO

precipitação

transpiração evaporação (interceptação)

evaporação infiltração escoamento


superficial

zona de aeração
ou percolação
fluxo
zona não saturada
ascendente

lençol freático
escoamento
zona saturada
sub-superficial

rocha de origem
CICLO HIDROLÓGICO
• O ciclo hidrológico pode ser representado pela chamada
Equação do Balanço Hídrico, que em geral está associada a
uma bacia hidrográfica. Essa equação é dada por:

• onde:
• P – total precipitado sobre a bacia em forma de chuva, neve,
etc., expressa em mm;
• EVT – esperadas por evapotranspiração, expressa em mm;
• Q – escoamento superficial que sai da bacia. É normalmente
dado em vazão média ao longo do intervalo (por exemplo m3/s
ao longo do ano);
• R – variação de todos os armazenamentos, superficiais e
subterrâneas. É expresso em m3 ou em mm.
PRECIPITAÇÃO
• Entende-se por precipitação a água proveniente do vapor
de água da atmosfera depositada na superfície terrestre
sob qualquer forma: chuva, granizo, neblina, neve, orvalho
ou geada.
• Representa o elo de ligação entre os demais fenômenos
hidrológicos e fenômeno do escoamento superficial, sendo
este último o que mais interessa ao engenheiro.
• Para as condições climáticas do Brasil, a chuva é a mais
significativa em termos de volume.
Formação das chuvas
• A umidade atmosférica é o elemento básico para
a formação das precipitações. A formação da
precipitação segue o seguinte processo: o ar
úmido das camadas baixas da atmosfera é
aquecido por condução, torna-se mais leve que o
ar das vizinhanças e sofre uma ascensão
adiabática. Essa ascensão do ar provoca um
resfriamento que pode fazê-lo atingir o seu ponto
de saturação.
Formação das chuvas
• A partir desse nível, há condensação do vapor
d’água em forma de minúsculas gotas que são
mantidas em suspensão, como nuvens ou
nevoeiros. Essas gotas não possuem ainda massa
suficiente para vencer a resistência do ar, sendo,
portanto, mantidas em suspensão, até que, por
um processo de crescimento, ela atinja tamanho
suficiente para precipitar.
Tipos de chuva
• As chuvas são classificadas de acordo com as
condições em que ocorre a ascensão da massa de
ar.
Chuvas frontais
• Provocadas por “frentes”; no Brasil predominam
as frentes frias provindas do sul;
• É de fácil previsão (é só acompanhar o avanço da
frente);
• É de longa duração, intensidade baixa ou
moderada, podendo causar abaixamento da
temperatura;
• Interessam em projetos de obras hidrelétricas,
controle de cheias regionais e navegação.
Chuvas frontais
Precipitações Convectivas
(“chuvas de verão”)

• Resultantes de convecções térmicas, que é um


fenômeno provocado pelo forte aquecimento de
camadas próximas à superfície terrestre,
resultando numa rápida subida do ar aquecido. A
brusca ascensão promove um forte resfriamento
das massas de ar que se condensam quase que
instantaneamente.
• Ocorrem em dias quentes, geralmente no fim da
tarde ou começo da noite;
Precipitações Convectivas
• Podem iniciar com granizo;
• Podem ser acompanhada de descargas elétricas e de rajadas
de vento;
• Interessam às obras em pequenas bacias, como para cálculo
de bueiros, galerias de águas pluviais, etc.
Precipitações Orográficas
• São provocadas por grandes barreira de
montanhas (ex.: Serra do Mar);
• As chuvas são localizadas e intermitentes;
• Possuem intensidade bastante elevada;
• Geralmente são acompanhadas de neblina.
Medidas de precipitação
• Quantifica-se a chuva pela altura de água caída e
acumulada sobre uma superfície plana.
• A quantidade da chuva é avaliada por meio de
aparelhos chamados pluviômetros e pluviógrafos.
Altura pluviométrica:
• São mediadas realizadas nos pluviômetros e
expressas em mm.
• Significado: lâmina d’água que se formaria sobre
o solo como resultado de uma certa chuva, caso
não houvesse escoamento, infiltração ou
evaporação da água precipitada. A leitura dos
pluviômetros é feita normalmente uma vez por
dia às 7 horas da manhã.
Duração:
• É o período de tempo contado desde o início até
o fim da precipitação, expresso geralmente em
horas ou minutos.
Intensidade da precipitação:
• É a relação entre a altura pluviométrica e a
duração da chuva expressa em mm/h ou
mm/min. Uma chuva de 1mm/ min corresponde
a uma vazão de 1 litro/min afluindo a uma área
de 1 m2.
Pluviômetros
• O pluviômetro consiste em um cilindro receptor
de água com medidas padronizadas, com um
receptor adaptado ao topo. A base do receptor é
formada por um funil com uma tela obturando
sua abertura menor. No fim do período
considerado, a água coletada no corpo do
pluviômetro é despejada, através de uma
torneira, para uma proveta graduada, na qual se
faz leitura. Essa leitura representa, em mm, a
chuva ocorrida nas últimas 24 horas.
Pluviômetros
Pluviômetros
Pluviômetros
Pluviógrafos
• Os pluviógrafos possuem uma superfície receptora
padrão de 200 cm2. O modelo mais utilizado no
Brasil é o de sifão. Existe um sifão conectado ao
recipiente que verte toda a água armazenado
quando o volume retido equivale à 10 cm de
chuva.
• Os registros dos pluviógrafos são indispensáveis
para o estudo de chuvas de curta duração, que é
necessário para os projetos de galerias pluviais.
• Existem vários tipos de pluviógrafos, porém
somente três têm sido mais utilizados.
Pluviógrafo de caçambas
basculantes
• Consiste em uma caçamba dividida em dois
compartimentos, arranjados de tal maneira que,
quando um deles se enche, a caçamba bascula,
esvaziando-o e deixando outro em posição de
enchimento. A caçamba é conectada
eletricamente a um registrador, sendo que uma
basculada equivale a 0,25 mm de chuva.
Pluviógrafo de caçambas basculantes
Pluviógrafo de peso
• Neste instrumento, o receptor repousa sobre
uma escala de pesagem que aciona a pena e esta
traça um gráfico de precipitação sob a forma de
um diagrama (altura de precipitação acumulada x
tempo).
Pluviógrafo de peso
Pluviógrafo de flutuador
• Este aparelho é muito semelhante ao pluviógrafo
de peso. Nele a pena é acionada por um
flutuador situado na superfície da água contida
no receptor. O gráfico de precipitação é
semelhante ao do pluviógrafo descrito
anteriormente.
Pluviógrafo de flutuador
Organização de redes
• Rede básica recolhe permanentemente os
elementos necessários ao conhecimento do
regime pluviométrico de um País (ou Estado);
• Redes regionais fornece informações para
estudos específicos de uma região.
• Densidade da rede admitida no Brasil, possui
uma média de um posto por 400 a 500 km2.
• França à um posto a cada 200 km2;
• Inglaterra à um posto a cada 50 km2;
• Estados Unidos à um posto a cada 310 km2;
Redes de pluviómetros e pluviógrafos

• No Estado de São Paulo, o DAEE/ CTH opera uma


rede básica com cerca de 1000 pluviômetros e
130 pluviógrafos, com uma densidade de
aproximadamente um posto a cada 250 km2.

• DAEE  Departamento de Águas e Energia


Elétrica

• CTH  Centro Tecnológico de Hidráulica e


Recursos Hídricos
Pluviogramas
• Os gráficos produzidos pelos pluviógrafos de
peso e de flutuador são chamados de
pluviogramas.
• Os pluviogramas são gráficos nos quais a abscissa
corresponde às horas do dia e a ordenada
corresponde à altura de precipitação acumulada
até aquele instante.
Pluviogramas
Ietogramas
• Os ietogramas são gráficos de barras, nos quais a
abscissa representa a escala de tempo e a
ordenada a altura de precipitação. A leitura de
um ietograma é feita da seguinte forma:
- a altura de precipitação corresponde a cada
barra é a precipitação total que ocorreu durante
aquele intervalo de tempo.
Ietogramas
Manipulação e processamento dos dados pluviométricos

• Os postos pluviométricos são identificados pelo


prefixo e nome e seus dados são analisados e
arquivados individualmente.
• Os dados lidos nos pluviômetros são lançados
diariamente pelo observador na folhinha própria,
que remete-a no fim de cada mês para a
entidade encarregada.
• Antes do processamento dos dados observados
nos postos, são feitas três análises de
consistência dos dados.
1 - Detecção de erros grosseiros
• Como os dados são lidos pelos observadores, podem
haver alguns erros grosseiros do tipo:
- observações marcadas em dias que não existem
(ex.: 31 de abril);
- quantidades absurdas (ex.: 500 mm em um dia);
- erro de transcrição (ex.: 0,36 mm em vez de 3,6
mm).
• No caso de pluviógrafos, para verificar se não houve
defeito na sifonagem, acumula-se a quantidade
precipitada em 24 horas e compara-se com a altura
lida no pluviômetro que fica ao lado destes.
2 - Preenchimento de falhas
• Pode haver dias sem observação ou mesmo
intervalo de tempo maiores, por impedimento do
observador ou o por estar o aparelho danificado.
• Nestes casos, os dados falhos, são preenchidos
com os dados de 3 postos vizinhos, localizados o
mais próximo possível, da seguinte forma:
2 - Preenchimento de falhas

• onde Px é o valor de chuva que se deseja


determinar;
• Nx é a precipitação média anual do posto x;
• NA, NB e NC são, respectivamente, as
precipitações médias anuais do postos vizinhos A,
B e C;
• PA, PB e PC são, respectivamente, as
precipitações observadas no instante que o posto
x falhou.
Exercício – Exemplo 1
• Uma determinada rede de pluviómetros e
pluviógrafos foi montada em uma determinada
bacia hidrográfica. No dia 17 de fevereiro de
2014 o instrumento número 2 falhou conforme
representado no desenho abaixo desenho abaixo:
Exercício – Exemplo 1
• Sabendo-se que a média de precipitações anual
no posto 2 é de 205 mm e que a média de
precipitações anual nos postos 1, 3 e 4 são,
respectivamente 197 mm, 200 mm e 195 mm,
determine a precipitação do posto 1, naquele
dia.
Exercício – Exemplo 1
• Solução:
3 - Verificação da homogeneidade dos dados

• Mudanças na locação ou exposição de um


pluviômetro podem causar um efeito significativo
na quantidade de precipitação que ele mede,
conduzindo a dados inconsistentes (dados de
natureza diferente dentro do mesmo registro).
• A verificação da homogeneidade dos dados é feita
através da análise de dupla-massa. Este método
compara os valores acumulados anuais (ou
sazonais) da estação X com os valores da estação
de referência, que é usualmente a média de
diversos postos vizinhos.
3 - Verificação da homogeneidade dos dados

• A figura abaixo mostra um exemplo de aplicação


desse método, no qual a curva obtida apresenta
uma mudança na declividade, o que significa que
houve uma anormalidade.
3 - Verificação da homogeneidade dos dados

• A correção dos dados inconsistentes podem ser


feitas da seguinte forma:

• onde Pa são os valores corrigidos;


• P0 são dados a serem corrigidos;
• Ma é o coeficiente angular da reta considerada
correta;
• M0 é coeficiente angular da reta que se quer
corrigir..
Exercício – Exemplo 2
• Em uma determinada rede de pluviômetros o
posicionamento do pluviômetro 4 foi alterado e
esta alteração provocou um efeito significativo na
quantidade de precipitação que ele mede,
conduzindo a dados inconsistentes. Tal
inconsistência pode ser observada através do
gráfico plotado com os dados coletados, conforme
mostrado a seguir.
Exercício – Exemplo 2
Exercício – Exemplo 2
• Percebe-se que a partir da sexta leitura no
pluviômetro 4 houve um desvio da linha de
tendência. Determine qual deveria ser a
precipitação obtida pelo pluviômetro 4 na oitava
leitura, sabendo-se que a oitava leitura na reta
correta indica y = 395 e x = 399 e a indicação na
reta a ser corrigida indica y = 365 e x = 400.
Exercício – Exemplo 2
Variação geográfica e temporal das precipitações

• A precipitação varia geográfica, temporal e


sazonalmente. O conhecimento da distribuição e
variação da precipitação, tanto no tempo como
no espaço, é imprescindível para estudos
hidrológicos.
Variação geográfica

• Em geral, a precipitação é máxima no Equador e


decresce com a latitude. Entretanto, existem
outros fatores que afetam mais efetivamente a
distribuição geográfica da precipitação do que a
distância ao Equador.
Variação temporal
• Embora os registros de precipitações possam
sugerir uma tendência de aumentar ou diminuir,
existe na realidade uma tendência de voltar à
média. Isso significa que os períodos úmidos,
mesmo que irregularmente, são sempre
contrabalançados por períodos secos.
• Em virtude das variações estacionais, define-se o
Ano hidrológico, que é dividido em duas
“estações”, o semestre úmido e semestre seco.
Variação temporal

Define-se como semestre úmido os meses de outubro a


março e semestre seco os meses abril a setembro
BACIA HIDROGRÁFICA (B.H.)
• É a área geográfica na qual toda água de chuva
precipitada escoa pela superfície do solo e atinge
a seção considerada.
• Sinônimo: bacia de contribuição, bacia de
drenagem.
Definição de bacia hidrográfica
• Uma área definida topograficamente, drenada
por um curso de água ou por um sistema
conectado de cursos de água, tal que toda a vazão
afluente é descarregada através de uma simples
saída [1]
• Uma determinada área de terreno que drena
água, partículas de solo e material dissolvido para
um ponto de saída comum, situado ao longo de um
rio, riacho ou ribeirão [2]
Definição de bacia hidrográfica
Definição de bacia hidrográfica
Definição de bacia hidrográfica
Partes do Rio
Definição de bacia hidrográfica
Definição de bacia hidrográfica
Talvegue: exemplo
Traçado de uma bacia
Traçado de uma bacia
Exutório
• É um ponto de um curso d'água onde se dá todo
o escoamento superficial gerando no interior
uma bacia hidrográfica banhada por este curso.
Precipitações médias sobre uma bacia hidrográfica

• Para calcular a precipitação média de uma


superfície qualquer, é necessário utilizar as
observações dos postos dentro dessa superfície e
nas suas vizinhanças.
• Existem três métodos para o cálculo da chuva
média: método da Média Aritmética, método de
Thiessen e método das Isoietas.
Método da Média Aritmética
• Consiste simplesmente em se somarem as
precipitações observadas nos postos que estão
dentro da bacia e dividir o resultado pelo número
deles.

• onde é precipitação média na bacia;


• hi é a altura pluviométrica registrada em cada
posto;
• n é o número de postos na bacia hidrográfica.
Método da Média Aritmética
• Este método só é recomendado para bacias
menores que 5.000 km2, com postos
pluviométricos uniformemente distribuídos e a
área for plana ou de relevo suave. Em geral, este
método é usado apenas para comparações.
Exercício – Exemplo 3
• Numa determina bacia hidrográfica encontram-se
instalados cinco pluviômetros. Num determinado dia
foram registradas, pelos cincos pluviômetros, cinco
alturas pluviométricas conforme ilustrado no desenho
abaixo.
Exercício – Exemplo 3
• Sabendo-se que a área da bacia hidrográfica é
inferior a 5.000 km2, determine a precipitação
média desta bacia.
• Solução: bacia hidrográfica é inferior a 5.000 km2
• Método da Média Aritmética
Métodos dos Polígonos de Thiessen

• Polígonos de Thiessen são áreas de “domínio” de


um posto pluviométrico. Considera-se que no
interior dessas áreas a altura pluviométrica é a
mesma do respectivo posto.
• Os polígonos são traçados da seguinte forma;
• 1º. Dois postos adjacentes são ligados por um
segmento de reta;
• 2º. Traça-se a mediatriz deste segmento de reta.
Esta mediatriz divide para um lado e para outro,
as regiões de “domínio”.
A
D

B
Polígono de B

3º. Este procedimento é realizado, inicialmente, para um


posto qualquer (ex.: posto B), ligando-o aos adjacentes.
Define-se, desta forma, o polígono daquele posto.
Métodos dos Polígonos de Thiessen
• 4º. Repete-se o mesmo procedimento para todos
os postos.
• 5º. Desconsidera-se as áreas dos polígonos que
estão fora da bacia.
• 6º. A precipitação média na bacia é calculada
pela expressão:
Métodos dos Polígonos de Thiessen

• onde é a precipitação média na bacia (mm);


• hi é a precipitação no posto i (mm);
• Ai é a área do respectivo polígono, dentro da
bacia (km2);
• A é a área total da bacia (km2).
Exercício-exemplo 4
• A figura mostra a bacia hidrográfica do Ribeirão
Vermelho e 10 postos pluviométricos, instalados no seu
interior e nas áreas adjacentes. Os totais anuais de
chuva dos referidos postos estão apresentados na tabela
a seguir
Com base nestes dados, pede-se:
a) traçar o polígono de Thiessen;
b) Indicar o procedimento de cálculo para determinar a
chuva média na bacia.
Exercício-exemplo 4
• Solução:
a) Traçado dos polígonos de Thiessen
Exercício-exemplo 4
• c) Estimativa da precipitação média na bacia


𝑖=1
𝐴 𝑖 . h𝑖 Para completar o cálculo, é necessário
𝑃=
𝐴 determinar as áreas Ai e A.
Método das Isoietas
• Isoietas são linhas indicativas de mesma altura
pluviométrica. Podem ser consideradas como
“curvas de nível de chuva”. O espaçamento entre
eles depende do tipo de estudo, podendo ser de
5 em 5 mm, 10 em 10 mm, etc.
• O traçado das isoietas é feito da mesma maneira
que se procede em topografia para desenhar as
curvas de nível, a partir das cotas de alguns
pontos levantados.
Método das Isoietas
• Descreve-se a seguir o procedimento de traçado
das isoietas:
• 1º. Definir qual o espaçamento desejado entre as
isoietas.
• 2º. Liga-se por uma semi-reta, dois postos
adjacentes, colocando suas respectivas alturas
pluviométricas.
Método das Isoietas
• 3º. Interpola-se linearmente determinando os
pontos onde vão passar as curvas de nível,
dentro do intervalo das duas alturas
pluviométricas.
Método das Isoietas
• 4º. Procede-se dessa forma com todos os postos
pluviométricos adjacentes.
• 5º. Ligam-se os pontos de mesma altura
pluviométrica, determinando cada isoieta.
• 6º. A precipitação média é obtida por:
Método das Isoietas

• onde é a precipitação média na bacia (mm);


• é a média aritmética das duas isoietas seguidas i
e i + 1;
• Ai é a área da bacia compreendida entre as duas
respectivas isoietas (km2);
• A é a área total da bacia (km2).
Exercício-exemplo 5
• Determine a precipitação média da bacia
hidrográfica representada pela figura abaixo.
Exercício-exemplo 5
BACIA HIDROGRÁFICA (B.H.)
• É a área geográfica na qual toda água de chuva
precipitada escoa pela superfície do solo e atinge
a seção considerada.
• Sinônimo: bacia de contribuição, bacia de
drenagem.
BACIA HIDROGRÁFICA (B.H.)
BACIA HIDROGRÁFICA (B.H.)
• Uma B.H. é necessariamente definida por um
divisor de águas que a separa das bacias
adjacentes.
BACIA HIDROGRÁFICA (B.H.)
• Todos os problemas práticos de hidrologia se
referem a uma determinada bacia hidrográfica.
• É comum também se estudar apenas uma parte
de um curso d´água. Nestes casos, a B.H. a ser
considerada é a que se situa à montante (para
cima) do ponto considerado.
Delimitação de uma B.H.
• É necessário dispor de uma planta plani-altimétrica para
se delimitar corretamente uma bacia hidrográfica.
Procura-se traçar uma linha divisora de águas que separa
a bacia hidrográfica considerada das vizinhas.
• Ao se traçar o divisor de água (D.A) deve-se considerar:
- O D.A. não corta nenhum curso d´água;
- Os pontos mais altos (“pontos cotados) geralmente
fazem parte do D.A;
- O D.A deve passar igualmente afastados quando estiver
entre duas curvas de mesmo nível;
- O D.A deve cortar as curvas de nível o mais
perpendicular possível.
Delimitação de uma B.H.
Delimitação de uma B.H.
Características de uma Bacia Hidrográfica

• Área de drenagem
• É a área plana (projeção horizontal) inclusa entre
seus divisores topográficos. A área é o elemento
básico para o cálculo das outras características
físicas. A área de uma B.H. é geralmente expressa
em km2. Na prática, determina-se a área de
drenagem com o uso de um aparelho
denominado planímetro, porém pode-se obter a
área com uma boa precisão, utilizando-se o
“método dos quadradinhos”.
Forma da Bacia
• A forma da bacia influencia o escoamento
superficial e, consequentemente, o hidrograma
resultante de uma determinada chuva.
• Dois índices são mais usados para caracterizar a
bacia: índices de compacidade e conformação.
Índice de Compacidade (kc)
• É a relação entre o perímetro da bacia e a
circunferência de um círculo de área igual à da
bacia.

• onde:
• P – perímetro da bacia; A – área da bacia.
• Caso não existam fatores que interfiram, os
menores valores de kc indicam maior
potencialidade de produção de picos de
enchentes elevados.
Exercício-exemplo 6
• Dadas as duas bacias ilustradas abaixo, determine
qual das duas possui maior probabilidade de
sofrer com as enchentes.
Exercício-exemplo 6
• Os menores valores de kc indicam maior
probabilidade de sofrer com as enchentes.
Índice de Conformação
(Fator de forma)

• É a relação entre a área da bacia e o quadrado de


seu comprimento axial medido ao longo do curso
d´água desde a desembocadura até a cabeceira
mais distante do divisor de água.

• onde: A – área da bacia; L – comprimento axial.


Exercício-exemplo 7
• Determine o fator de forma da bacia hidrográfica
representada abaixo.
Rede de drenagem (Rd)
• É o conjunto de todos os cursos d´água de uma
bacia hidrográfica, sendo expressa em km.

• onde: li – comprimento dos cursos d´água.


Exercício-exemplo 8
• Qual é a dimensão da rede de drenagem da bacia
hidrográfica representada no desenho abaixo?

15 + 3 + 2,8 + 3,2
Densidade de drenagem (Dd)

• A densidade de drenagem indica eficiência da


drenagem na bacia. Ela é definida como a relação
entre o comprimento total dos cursos d´água e a
área de drenagem e é expressa em km/ km2. A
bacia tem a maior eficiência de drenagem quanto
maior for essa relação.
Exercício-exemplo 9
• Qual das bacias hidrográficas representadas
abaixo, possui maior eficiência de drenagem?
Exercício-exemplo 9

A bacia hidrográfica 2 possui maior eficiência de


drenagem.
Número de ordem
• A classificação dos rios quanto à ordem reflete o
grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma
bacia.
• Os cursos d´água maiores possuem seus
tributários que por sua vez possuem outros até
que chegue aos minúsculos cursos d´água da
extremidade.
• Geralmente, quanto maior o número de
bifurcação maior serão os cursos d´água; dessa
forma, pode-se classificar os cursos d´água de
acordo com o número de bifurcações.
Número de ordem
Número de ordem
• Numa bacia hidrográfica, calcula-se o número de
ordem da seguinte forma: começa-se a numerar
todos os cursos d´água, a partir da nascente, de
montante para jusante, colocando ordem 1 nos
trechos antes de qualquer confluência.
• Adota-se a seguinte sistemática: quando ocorrer
uma união de dois afluentes de ordens iguais,
soma-se 1 ao rio resultante e caso os cursos
forem de números diferentes, dá-se o número
maior ao trecho seguinte.
Número de ordem
Declividade do álveo
• A velocidade de um rio depende da declividade
dos canais fluviais. Quanto maior a declividade,
maior será a velocidade de escoamento; neste
caso, os hidrogramas de enchente terão ascensão
mais rápida e picos mais elevados.
Determinação da declividade equivalente (ou média)

1. Pelo quociente entre a diferença de suas cotas e


sua extensão horizontal:

onde: H – diferença entre as cotas do ponto mais distante e da


seção considerada; L – comprimento do talvegue principal.
Determinação da declividade equivalente (ou média)

2. Pelo método de “compensação de área”: traça-


se no gráfico do perfil longitudinal, uma linha reta,
tal que, a área compreendida entre ela e o eixo das
abcissas (extensão horizontal) seja igual à
compreendida entre a curva do perfil e a abcissa.
Determinação da declividade equivalente (ou média)
Determinação da declividade equivalente (ou média)

• Como a área do triângulo retângulo é igual à área


abaixo do perfil longitudinal do talvegue, pode-se
escrever a equação de Ieq da seguinte forma:

2 𝑥 á 𝑟𝑒𝑎 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙


𝐼 𝑒𝑞= 2
𝐿
Determinação da declividade equivalente (ou média)

3. Pela média harmônica (mais utilizada)


• A declividade equivalente é determinada pela
seguinte fórmula:

• onde L é a extensão horizontal do perfil, que é


dividido em n trechos, sendo Li e Ii,
respectivamente, a extensão horizontal e a
declividade média em cada trecho.
Determinação da declividade equivalente (ou média)

3. Pela média harmônica


Tempo de concentração (tc)
• É o tempo necessário para que toda a água
precipitada na bacia hidrográfica passe a
contribuir na seção considerada.
Perfil típico:
Altitude do leito

alto médio baixo


Fórmulas para o cálculo de tc
1. Fórmula de Kirpich

• onde: Ieq – declividade equivalente em m/km;


• L – comprimento do curso d´água em km.
2. Fórmula de Picking

• onde: L – comprimento do talvegue em km;


Ieq – declividade equivalente em m/m.
Exercício-exemplo 10
• Desenhar o perfil longitudinal do talvegue
principal da bacia abaixo e determinar a
declividade equivalente, utilizando o método de
“compensação de área” e da média harmônica.
Determinar também o tempo de concentração
para duas declividades.
• Utilizar os dados obtidos com o curvímetro, que
são fornecidos a seguir
Bacia Hidrográfica
Dados obtidos com o curvímetro

• Com auxílio de um curvímetro (aparelho que


mede o comprimento de linhas), mediu-se, a
partir do exutório (ponto L), para montante, as
distâncias dele até os pontos onde o curso d´água
“corta” as curvas de nível. Com os dados obtidos,
construiu-se a seguinte tabela:
Dados do curvímetro
a) Perfil longitudinal
Cálculo da declividade equivalente pelo
método de “compensação de área”
método de “compensação de área”
• A1 = área do triângulo

• A2 = área do trapézio
método de “compensação de área”

• A3 = área do trapézio

• A4 = área do trapézio
método de “compensação de área”

• A5 = área do trapézio

• A6 = área do trapézio
método de “compensação de área”

• Atotal = 173.600 + 943.400 + 1.112.400 + 3.473.100


+ 2.090.900 + 2.194.200 = 9.987.600 m2.

2,9 m/km
Cálculo da declividade equivalente pelo método da média
harmônica.
método da média harmônica
método da média harmônica
método da média harmônica
perfil longitudinal do talvegue
Tempo de Concentração
• Fórmula de Kirpich
Tempo de Concentração
• Fórmula de Picking

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