Você está na página 1de 29

INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS GLÓRIA

PROFESSOR: THIAGO LIMA DA SILVA


IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

INTEGRANTES:
Eduardo José dos Santos
Sávio Canuto
Débora Evellyn
Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da
Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas
sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das rochas
compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de
gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da
umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos.
Fatores para formação de aquiferos

• Porosidade do subsolo;

• Cobertura vegetal;

• Inclinação do terreno;

• Tipo de chuva.
Durante a infiltração, uma parcela da
água sob a ação da força de adesão ou de
capilaridade fica retida nas regiões mais
próximas da superfície do solo,
constituindo a zona não saturada. Outra
parcela, sob a ação da gravidade, atinge
as zonas mais profundas do subsolo,
constituindo a zona saturada.
• ZONA SATURADA;

• ZONA NÃO SATURADA;

• ZONA DE UMIDADE DO

SOLO;

• ZONA INTERMEDIÁRIA.
Assim como a distribuição das águas superficiais é muito variável, a das águas
subterrâneas também é, uma vez que elas se inter-relacionam no ciclo hidrológico
e dependem das condições climatológicas. Entretanto, as águas subterrâneas são
aproximadamente 100 vezes mais abundantes que as águas superficiais dos rios e
lagos. Embora elas encontrem-se armazenadas nos poros e fissuras milimétricas
das rochas, estas ocorrem em grandes extensões, gerando grandes volumes de
águas subterrâneas na ordem de, aproximadamente, 23.400 km3, distribuídas em
uma área aproximada de 134,8 milhões de km 2 (SHIKWMANOV, 1998),
constituindo-se em importantes reservas de água doce.
No Brasil, as reservas de água subterrânea são
estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a
contribuição multianual média à descarga dos rios é
da ordem de 2.400 km 3 /ano (REBOUÇAS, 1988
citado em MMA, 2003)
Nem todas as formações geológicas possuem características
hidrodinâmicas que possibilitem a extração econômica de
água subterrânea para atendimento de médias e grandes
vazões pontuais. As vazões já obtidas por poços variam, no
Brasil, desde menos de 1 m 3 /h até mais de 1.000 m 3 /h
(FUNDAJ, 2003).
Na África do Norte, China, Índia, Estados Unidos e Arábia
Saudita, cerca de 160 bilhões de toneladas de água são retirados
por ano e não se renovam. Essa água daria para produzir comida
suficiente para 480 milhões de pessoas por ano (RODRIGUES,
2000).
Durante o percurso no qual a água percola entre os poros do
subsolo e das rochas, ocorre a depuração da mesma através de
uma série de processos físico-químicos (troca iônica, decaimento
radioativo, remoção de sólidos em suspensão, neutralização de pH
em meio poroso, entre outros) e bacteriológicos (eliminação de
microorganismos devido à ausência de nutrientes e oxigênio que
os viabilizem) que agindo sobre a água, modificam as suas
características adquiridas anteriormente, tornando-a
particularmente mais adequada ao consumo humano (SILVA,
2003).
Sendo assim, a composição química da água subterrânea é o
resultado combinado da composição da água que adentra o
solo e da evolução química influenciada diretamente pelas
litologias atravessadas, sendo que o teor de substâncias
dissolvidas nas águas subterrâneas vai aumentando à
medida que prossegue no seu movimento (SMA, 2003).
Segundo Leal (1999), a exploração de água subterrânea está condicionada a
fatores quantitativos, qualitativos e econômicos:

• Quantidade: intimamente ligada à condutividade hidráulica e ao


coeficiente de armazenamento dos terrenos. Os aqüíferos têm diferentes
taxas de recarga, alguns deles se recuperam lentamente e em outros a
recuperação é mais regular;
• Qualidade: influenciada pela composição das rochas e condições
climáticas e de renovação das águas;
• Econômico: depende da profundidade do aqüífero e das condições de
bombeamento.
• Função de produção;
• Função de estocagem e regularização;
• Função de filtro;
• Função ambiental;
• Função transporte;
• Função estratégica;
• Função energética;
• Função mantenedora.
• Países como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França,
Holanda, Hungria, Itália, Marrocos, Rússia e Suíça atendem de
70 a 90% da demanda para o abastecimento público (OECD,
1989 citado por REBOUÇAS et al., 2002).
• A UNESCO estimava, em 1992, que mais de 50% da população
mundial poderia estar sendo abastecida pelo manancial
subterrâneo (REBOUÇAS et al., 2002).
A expansão das terras agrícolas vem provocando também o uso
intensivo das águas subterrâneas, além do uso habitual das fontes
superfi ci ai s. Exi st em di versos exem p l o s n o m u n d o d e
esgotamento de aqüíferos por sobrexploração para uso em
irrigação (CEPIS, 2000). Avalia-se que existam no mundo 270
milhões de hectares irrigados com água subterrânea, 13 milhões
desses nos Estados Unidos e 31 milhões na Índia (PROASNE,
2003).
a) Nível estático do poço: é o nível de equilíbrio da água no poço quando
este não está sob a ação de bombeamento, nem sob a influência de
bombeamento anterior, e nem sob a influência da ação de bombeamento
que se processa (ou se processou) nas suas imediações.

Observações:
i) nos poços freáticos, o nível estático corresponde ao nível do lençol.
ii) nos poços artesianos, o nível estático situa-se sempre acima do nível do lençol e,
mesmo, acima do nível do terreno quando o poço é jorrante
b) Nível dinâmico do poço: é o nível da água no poço quando este
está sendo bombeado, ou sofrendo a ação de um bombeamento
anterior ou de um bombeamento nas suas imediações.

Observações:
i) Em qualquer poço (freático ou artesiano), o nível dinâmico fica abaixo do nível
estático, tanto mais quanto maior for a vazão de bombeamento.
ii) O nível dinâmico de maior importância é o que corresponde à vazão de projeto (vazão
a ser fornecida pelo poço). Sua determinação constitui um dos aspectos importantes a
considerar na hidráulica de poços
c) Regime de equilíbrio: é aquele em que o nível dinâmico fica
estacionário depois de determinado tempo de bombeamento, por
tornar-se a vazão do poço igual à da bomba.
d) Regime não-equilibrado: é o que se inicia com o bombeamento,
prosseguindo com o abaixamento do nível dinâmico até ser
atingido o regime de equilíbrio. Cessado o bombeamento, reinicia
um novo regime não-equilibrado, que dura até a recuperação total
do poço, quando é novamente atingido o nível estático.
e) Tempo de recuperação: é o tempo decorrido, desde que é
cessado o bombeamento, até o instante em que o nível dinâmico,
que vai sempre subindo, atinge a posição do nível estático.
f) Profundidade do nível estático: é a distância medida a partir da
superfície do terreno até o nível estático do poço.
g) Profundidade do nível dinâmico: é a distância que se mede do
nível do terreno até o nível dinâmico do poço.
h) Depressão, abaixamento ou rebaixamento de nível: é a
diferença de cota entre o nível estático e o nível dinâmico do poço.
i) Superfície de depressão: nos poços freáticos, é a superfície que
resulta da depressão de nível do lençol em decorrência de
bombeamento. Sua forma aproximada é a da superfície lateral de
um tronco de cone invertido, cuja base menor é a seção do poço
na posição do nível dinâmico.
j) Curva de depressão: é a curva que se obtém da interseção da superfície
de depressão com um plano vertical que passa pelo eixo do poço. Os dois
ramos da curva de depressão são geralmente assimétricos, assimetria que é
mais acentuada no plano vertical paralelo ao deslocamento da água
subterrânea, sobretudo em lençóis freáticos.
k) Zona de influência: é a zona abrangida pela superfície de depressão de
um poço. É tanto maior quanto maior for a vazão de bombeamento.

Observação: Qualquer outro poço que seja aberto nesta zona de influência ficará com seu nível
deprimido, em decorrência do bombeamento do primeiro, depressão essa tanto maior quanto
mais próximo ficar um poço do outro.
• A Caatinga e um bioma exclusivamente brasileiro. Abrange
uma área significativa da região Nordeste e se estende até o
extremo norte de MG, com aproximadamente 844.000 km2,
representando 9,9% do território nacional.
• Clima semiárido caracterizado pela baixa umidade, pouco
volume pluviométrico precipitação média de aproximadamente
750 mm por ano e temperaturas elevadas, apresenta duas
estações bem efinidas: o curto e irregular periodo de chuvas,
concentradas em poucos meses do ano e o longo periodo de
estiagem.
• Cerca de 70% do território nordestino é formado por rochas
cristalinas, onde não há grandes possibilidades de reservas
hidricas subterrâneas. No entanto, há que se considerar que
existem também áreas de formações sedimentares na região que
viabilizam o acúmulo de água no subsolo.
• Embora essa água subterrânea
a p r e s e nt e e m g e r a l , a l t o t e or d e
salinidade, ela tem muita importância
do ponto de vista social, pois é a partir
de sua extração por meio de poços que
muitas demandas das familias que
vivem no semiárido são atendidas:
desde o consumo humano e animal até
a produção de alimentos. Desta forma,
entende-se que a água subterrânea do
bioma Caatinga é um recurso
estratégico para o desenvolvimento
dessa região.
• ABAS. Águas subterrâneas, o que são?.
<http://www.abas.org/educacao.php> Acessado em 07/12/2017.
• JÚNIOR, A. R. B. Elementos de Hidrologia Aplicada. 11. ÁGUA
SUBTERRÂNEA / HIDRÁULICA DE POÇOS. p 208-241.
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb144
0/Aula%208/Hidraulica%20de%20Pocos_Anteor%20R%20Barbosa%20
Jr.pdf> acessado em 07/12/2017.

Você também pode gostar