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LAUDO TÉCNICO

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PRESIDENTE DA
2ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA - GO.

Referências:
Processo nº: 0011199-94.2017.5.18.0002
Reclamante: RONALD GOMES DA ROCHA
Reclamado(a): QUALY TERCEIRIZACAO DE SERVICOS EMPRESARIAIS LTDA e
outros

JORGE SALEM BARBAR, Brasileiro, Engenheiro Mecânico e Engenheiro de Segurança


do Trabalho, CREA 12952/D-GO, residente à Rua 1025, nº 443, Apartamento 301, Setor Pedro
Ludovico, CEP. 74823-100, Goiânia-GO, Tel. (62) 3255-3890, agradece a confiança e deferência do
(a) MM. Juiz (a) de sua nomeação como perito nestes autos, e tendo concluído a perícia do referido
processo, vem solicitar perante Vossa Excelência, o arbitramento dos honorários periciais em R$
3000,00 (Três mil Reais).

Justificativa:
Grau de especialização do profissional (perito): 3º Grau acompanhado de especialização
“latu sensu” na área de engenharia de segurança do trabalho, com inclusão de atribuições
profissionais, além de cursos capacitantes na área de perícias judiciais;
Complexidade: O laudo somente pode ser realizado por profissional pós-graduado e que,
além disso, detenha um mínimo de conhecimentos jurídicos;
Duração dos trabalhos, Aproximadamente 36 horas trabalhadas:
o Resposta aos quesitos;
o Local da perícia: Necessidade de atividade de campo, na qual o Perito tem que
se deslocar em veículo próprio até o local da perícia, com ônus do
combustível e desgaste do veículo.

Também vem requerer que no eventual levantamento do crédito trabalhista, mediante acordo
ou execução de sentença, seja reservado o valor relativo aos honorários periciais supracitados,
acrescidos das devidas correções, atualizações monetárias e juros legais, até a data do efetivo
pagamento. Que o mesmo seja depositado na Caixa Econômica Federal, posto da Justiça do
Trabalho e que este perito seja avisado da concretização do referido depósito ou na conta do Banco
Itaú disponibilizada no cadastro do Perito.

Nestes Termos.
Pede Deferimento.

Goiânia - GO, 24 de Janeiro de 2018.

Jorge Salem Barbar


Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA: 12952/D-GO
Fone: (62)36243536 | (62)999011984
E-mail: salem@jmengenharias.com.br
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PRESIDENTE DA


2ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA - GO.

Referências:
Processo nº: 0011199-94.2017.5.18.0002
Reclamante: RONALD GOMES DA ROCHA
Reclamado(a): QUALY TERCEIRIZACAO DE SERVICOS EMPRESARIAIS LTDA e
outros

JORGE SALEM BARBAR, Brasileiro, Engenheiro Mecânico e Engenheiro de Segurança


do Trabalho, CREA 12952/D-GO, residente à Rua 1025, nº 443, Apartamento 301, Setor Pedro
Ludovico, CEP. 74823-100, Goiânia-GO, Tel. (62) 3255-3890, agradece a confiança e deferência
do(a) MM. Juiz(a) de sua nomeação como perito nestes autos e tendo concluído a perícia do referido
processo, vem apresentar perante Vossa Excelência, o “Laudo Pericial Técnico em Periculosidade e
Insalubridade”, com respostas a todos os quesitos formulados pelas partes.

01. DADOS DA PERICIA

Ambas as partes foram avisadas da data e hora da perícia, conforme documento juntado aos
autos do processo, páginas 307 a 311 onde constam as confirmações de recebimento e respostas.

Data da comunicação: 30/11/2017 (Quinta-Feira)


Data da perícia: 12/12/2017 (Terça-Feira)
Horário inicial: 09h20 min. Término: 12h00min
Local: Dependências da empresa reclamada: Avenida Manchester, n.º 2.389, Jardim Novo
Mundo, CEP 74.703-010, Goiânia – GO.

Participaram da perícia:

Sr. Jorge Salem Barbar, Perito nomeado;


Dr. Junio Alves Pereira (OAB 15819), Advogado do reclamante;
o (62) 981333295 junioadv@hotmail.com
Sra. Julliana da Silva Teixeira, Supervisora de Recursos Humanos da Segunda reclamada
(Itambé);
o (62) 40121855 julliana.teixeira@itambé.com.br
Sr. Ronald Gomes da Rocha, Reclamante;
Sr. Lazonirio Alves de Freitas, Técnico em Segurança do Trabalho da segunda reclamada
(Itambé);
Sr. Diego De Almeida de Oliveira, promotor de vendas, funcionário da segunda reclamada
(Itambé) há dois meses. Mesma função do reclamante – paradigma;
Sr. Diogenes Sanches da Cruz, Encarregado de loja (Leve – Anhanguera, setor universitário).

A diligência iniciou-se no endereço da segunda reclamada, conforme agendado. Estiveram


presentes o advogado do reclamante Sr. Junio, a Supervisora de R.H. da segunda reclamada, Sra.
Julliana, o reclamante e o Técnico em Segurança do trabalho Sr. Lazonirio.
Como ocorreram algumas divergências de informações nos dirigimos a uma loja onde estava
presente um funcionário da Itambé, Sr. Diego, com a mesma função do reclamante (paradigma).
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02. OBJETO DA PERÍCIA

O objeto desta perícia é a verificação se as atividades ou operações desenvolvidas pelo


reclamante se enquadram como insalubres ou periculosas.

03. METODOLOGIA APLICADA

- Visita ao local de trabalho do reclamante;


- Informações obtidas diretamente com o reclamante e paradigmas;
- Análise das informações baseada na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR e
Legislações Complementares.

04. IDENTIFICAÇÃO DO RECLAMANTE E SETOR DE TRABALHO

Nome: Ronald Gomes da Rocha

Empresa: Qualy Terceirização de Serviços Empresariais Ltda.


Data de admissão: 09/09/2014 Data de demissão: 06/06/2015
Função: Promotor de Vendas Setor: Vendas

Empresa: Itambé Alimentos S/A.


Data de admissão: 09/06/2015 Data de demissão: 05/05/2017
Função: Promotor de Vendas Setor: Vendas

05. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO

O reclamante trabalhou no setor de vendas de ambas as reclamadas.

Empresa: Qualy Terceirização de Serviços Empresariais Ltda.


Atividade da empresa: Seleção e agenciamento de mão-de-obra. Locação de mão de obra
temporária.

Empresa: Itambé Alimentos S/A.


Atividade da empresa: Fabricação de laticínios.

Durante o período laboral de ambas as empresas, respondia sempre ao departamento de


vendas da empresa ITAMBÉ.
Construção: Alvenaria, paredes rebocadas.
Iluminação: Artificial e natural.
Ventilação: Artificial e natural.

06. LEVANTAMENTO DOS RISCOS, CONDIÇOES E AMBIENTE DE TRABALHO

6.1 - Descrição das atividades / Depoimentos dos participantes

Depoimento do reclamante.

Descrição da atividade principal: A atividade principal do reclamante era repositor.


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Horário de trabalho do reclamante:
Segunda a Sexta: 8h 00 min às 17h 00 min
Sábado: 8h 00 min às 11h 00 min.
Intervalo para almoço: de 40 minutos a uma hora.

Visita 3 a 4 lojas por dia.


Gasta em torno de 2 horas em cada.
A primeira ação do dia era se deslocar até a primeira loja (cliente) determinada em sua rota
para aquele dia.
A primeira atividade quando chegava na loja era verificar os produtos do balcão de
refrigerados e a linha seca.

Linha seca: Leite, Leite condensado, Creme de leite, achocolatado, leite em pó


Linha refrigerada: Iogurte, manteiga, requeijão, laticínios, polpas de frutas

Verificava no balcão de refrigerados o que estava faltando e a data de validade de cada


produto.
Recolhia os produtos que estavam próximos de vencer. Este recolhimento era definido por cada
cliente. Algumas lojas determinavam a data de recolhimento: Os produtos são recolhidos quando a
data de vencimento está próxima de 5 dias, em outras lojas recolhia-se com data de 10 dias e outras
ainda com 3 dias antes do vencimento.
Organizava os produtos no balcão de acordo com as datas de vencimento, quanto mais
próximo de vencer mais perto de ser retirado pelo consumidor.
Enquanto verificava os produtos anotava em um caderno as datas que deveria voltar para retirar.
Quando acontecia de chegar caminhão com carga, retirava os produtos na doca de
descarregamento e levava para a câmara fria.

Atividade na câmara fria: Organizava os produtos que chegavam por data de vencimento.
Para que quando algum funcionário da loja for retirar para repor no balcão, retira-se o mais próximo
de vencer.
Retirava produtos da câmara fria e levava para reposição no balcão, usando carrinho.
Gastava em torno de 20 a 30 minutos em média em cada câmara fria.
Entrava com a roupa com que estava.
Dependendo da loja, havia o blusão de uso coletivo.
Os produtos refrigerados possuem uma data de validade mais curta que os produtos da linha
seca, por isso, estes tinham prioridade. Os produtos refrigerados possuem data de validade de 40 dias
aproximadamente.

Depoimento do paradigma Sr. Diego.

Função de promotor de vendas, trabalha a dois meses na ITAMBÉ.


Realiza as mesmas atividades que o reclamante.
Verifica os frios e a linha seca.
Anota o que falta.
Vai a câmara fria, retira e coloca no carrinho o que precisa.
Confere as datas e faz o rodizio dos produtos.
Visita 3 a 4 lojas por dia.
Gasta em torno de 2 horas em cada.
Na câmara fria gasta em torno de 10 minutos em média.
Existem lojas que não permitem a entrada nas câmaras frias. Existe um funcionário da própria loja
(repositor) que realiza a função de buscar o que precisa.
Tem loja em que o próprio pessoal guarda os produtos.
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São orientados a não pegar muito produto de uma vez só , pois os produtos perdem a refrigeração.
Também nos treinamentos são orientados a não carregar uma grande quantidade pois pode acontecer
dos produtos caírem.
A fiscalização de segurança é feita pela própria loja.
Recebe vale transporte para andar de ônibus, mas prefere fazer os deslocamentos com seu próprio
carro. Afirma que se fosse de ônibus não conseguiria concluir suas tarefas.

Depoimento da Sra. Julliana.

Os produtos utilizados hoje pela ITAMBÉ correspondem a 80 % na linha seca e 20 % linha


fria ou refrigerados.
O tempo gasto dentro de uma câmara fria não é possível ser mais que 10 minutos.
Afirmou que na contratação os funcionários permaneciam em torno de dois dias apenas para
integração, onde participam de treinamentos, exames e palestras.
Nestes dois dias recebiam orientações sobre segurança do trabalho, meio ambiente e
qualidade.
Os funcionários são orientados em relação a acidentes.

Depoimento do Sr. Lázaro.

Afirma que para o reclamante atender de 3 a 4 lojas por dia e ficar na câmara fria por 20
minutos, o tempo não bate conforme o tempo gasto em cada loja.
Se o promotor ficar duas horas em cada loja, não poderia fazer 4 lojas em um dia.
Afirma que o tempo gasto dentro de uma câmara fria não é mais que 10 minutos.

6.2 – Registros fotográficos

Foto 01. O paradigma Sr. Diego e o Foto 02. Entrada da camara fria, na loja
reclamante. visitada.

Foto 03. Um dos registros de temperatura na Foto 04. Interior da camara fria.
camara. 4° C.
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Foto 05. Paradigma no interior da camara Foto 06. Paradigma e o encarregado da loja
durante seu depoimento. visitada, apontando onde fica a japona
frigorífica de uso coletivo.

6.3 – Rotas realizadas pelo reclamante.

ROTAS – QUALY

Rotas Nos primeiros 06 (seis) meses: Setembro de 2014 a Março de 2015

Segunda, Quarta e Sexta


• Goiabão Supermercado – Goiânia
• Store Supermercados / Plaza D´oro Shopping – Goiânia
• Supermercado Barão / Cidade Jardim – Goiânia

Terça, Quinta e Sábado


• Rede Store Supermercados – Trindade
• Supermercado Imperial – Trindade
• Raio de Sol Supermercados – Trindade

Após os primeiros 06 (seis) meses:

• Barão supermercados / Jardim Curitiba – Goiânia


• Supermercado Bretas / Av. Mangalô – Goiânia
• Store Supermercado / Av. Bernardo Sayão – Goiânia

ROTAS – ITAMBÉ

09/06/2015 a 05/05/2017

• Supermercado Bretas / Vila pedroso – Goiânia


• Supermercado Leve / Avenida Anhanguera – Goiânia
• Assaí Atacadista / Avenida Perimetral – Goiânia
• Supermercado Bretas / Av. Mangalô – Goiânia
• Barão supermercados / Jardim Curitiba – Goiânia
• Store Supermercado / Fama – Goiânia
• Super Barão / Setor Triunfo – Goianira
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6.4 - EPI’s / EPC’s / Treinamentos / Fiscalização.

Segundo o reclamante:
A fiscalização acontecia vez ou outra pelo supervisor de vendas. E em muitos casos a
fiscalização se dava mais por conta da própria loja (supermercado).
Pela QUALY recebeu apenas camisa de uniforme.
Pela ITAMBÉ eram realizadas reuniões constantes com supervisores da ITAMBÉ. Teve período
que as reuniões aconteciam a cada 15 dias e outros períodos aconteciam uma vez por semana.

Segundo o paradigma:
EPIS: Touca, japona, luva, bota, uniformes, jalecos e camisas.
Recebe treinamentos com frequência e a fiscalização do uso de EPI´s é feita pela loja.

6.5 – Deslocamentos.

O reclamante se deslocava sempre utilizando sua própria moto ( Yamaha Factor 125 cc).
Rodava em torno de 100 km por dia.
Afirma que na contratação já era exigido possuir moto.

6.6 – Riscos ocupacionais a observar a possibilidade de insalubridade.

Com base na identificação do local de trabalho e relatos do reclamante, verificou-se a


possibilidade de identificar possível insalubridade em relação aos seguintes riscos ambientais:

Risco Agente / fonte EPI / medidas necessárias Tempo de exposição


geradora
Botas, roupas térmicas (blusão,
Físico Frio Habitual / Intermitente
calças, meias), toucas

Risco Físico - Frio:


O reclamante afirmou que entra nas câmaras frias das lojas para retirar ou colocar produtos.

6.7 – Riscos ocupacionais a observar a possibilidade de periculosidade.

Com base nos relatos do reclamante e participantes, verificou-se a possibilidade de identificar


possível periculosidade devido ao uso de motocicleta.

Risco Agente/Nível Tempo de exposição


Risco de vida Uso de Motocicleta Habitual / Intermitente
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07. FUNDAMENTOS

7.1 Fundamentos Científicos

Frio ⇒ O homem é um ser homotérmico, isto é, pode manter dentro de certos limites a
temperatura corporal interna relativamente constante (37ºC), independente da temperatura ambiente.
A sobrecarga por frio é chamada hipotermia, que é a queda da temperatura interna do corpo.
Os sintomas clínicos apresentados pelas vítimas da hipotermia são: redução da atividade
mental, tremores, perda progressiva da consciência, redução da freqüência respiratória, edema
pulmonar e risco de parada cardíaca.

EPI indicado para trabalhos em locais frios ⇒


Segue foto da vestimenta apropriada (japona térmica, calça térmica, botas forradas, etc.) para
trabalhos em baixas temperaturas, inclusive deve possuir CA (certificado de aprovação) do
Ministério do Trabalho.

A capacidade do corpo humano em resistir ao frio depende de fatores físicos, ou seja, raça,
tipo de alimentação, idade, tipo físico, sexo e de fatores ocupacionais tais como, vestimenta
apropriada, atividades e ritmos desenvolvidos no trabalho. Cada pessoa sente o frio com mais ou
menos intensidade que as outras.
O frio favorece o surgimento de inúmeras doenças reumáticas e respiratórias. A utilização de
japonas e calçados revestidos minimizam a sensação de frio na pele, mas são insuficientes na
neutralização dos efeitos do frio nos pulmões pela inalação do ar ambiente (refrigerado). A redução
da temperatura corporal abaixo de 35ºC provoca tremores de máxima intensidade (hipotermia).
Após uma exposição prolongada do corpo a temperaturas extremas (excesso de calor ou frio),
ocorrem alterações no sistema termo-regulador do corpo humano. Este fenômeno é chamado de
aclimatação. Portanto são importantes os intervalos para repouso conforme é descrito na C.L.T.,
Título III, Seção VII – Dos Serviços Frigoríficos; Artigo 253 - Para os empregados que trabalham no
interior das câmaras frigoríficas e para os que se movimentam do ambiente quente ou normal para o
frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será assegurado um
período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Além da hipotermia, existem outros estados patológicos, conhecidos como lesões do frio,
entre estes está o enregelamento dos membros. Que é o endurecimento dos dedos devido a
diminuição da circulação periférica. Portanto, favorecendo ainda mais os acidentes quando se
trabalha com facas ou elementos perfurantes.
Ao se trabalhar em ambiente frio é inevitável respirar o ar frio, o que pode causar problemas
de saúde (inclusive sinusite).
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Na exposição ao frio a manutenção da temperatura do núcleo do corpo ocorre através da
diminuição da perda de calor (vasoconstricção periférica), aumento da produção de calor (tremores)
ou aumento da atividade física; no caso de exposição prolongada ao frio, ocorre a vasodilatação
induzida pelo frio para preservar as funções nas extremidades do corpo.
Definimos como temperatura do núcleo do corpo, aquela a que estão submetidos os órgãos
internos do corpo, medida com uso de termômetro retal, em hospitais, o termômetro esofageal é mais
usado para monitorar a temperatura interna.
Para que as características funcionais orgânicas sejam preservadas esta temperatura deve ser
mantida em torno de 37ºC, que corresponde à soma do calor produzido internamente, mais o ganho
ou perda de calor do ambiente, sendo que no caso de perda de calor por um corpo deveremos
chamá-la de taxa de resfriamento, e que se dá geralmente com a imersão em água fria ou com a
exposição a baixas temperaturas do ar com ventos fortes e usando vestimenta úmida, como a
condutividade térmica da água é cerca de 20 vezes maior do que a do ar, ocorre mais rápido em água
fria. Devemos considerar ainda a temperatura equivalente de resfriamento, que resulta da
combinação da temperatura do ar e velocidade do vento.

7.2 Fundamentos Legais

Riscos ambientais: De acordo com a NR-9 item 9.1.5. – consideram-se Riscos Ambientais
os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.

7.2.1 – Insalubridade.

*Portaria nº. 3.214/78, NR 15 – Atividades e Operações Insalubres

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:


15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7,
8, 9 e 10. 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração
ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente,
que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item
anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da
região, equivalente a:
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau
mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
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15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do
adicional respectivo.
15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador,
comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico
do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação
pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem
ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.

15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a
insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.
15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-
officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

Artigo 191 da CLT:


Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância;
Il - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Portanto o EPI pode eliminar a insalubridade, desde que atenda ao descrito no Art. 191 da
CLT e não bastando o fornecimento, mas sim atendendo aos parâmetros da NR 6.

7.2.1.1 – Frio

Anexo 9 (NR-15) – Frio (Insalubridade grau médio).


As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que
apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada,
serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

C.L.T., Título III, Seção VII – Dos Serviços Frigoríficos. Artigo 253 - Para os empregados
que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que se movimentam do ambiente
quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho
contínuo será assegurado um período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como
de trabalho efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior
na primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho a 15ºC,
na quarta zona a 12ºC, nas quinta, sexta e sétima zonas a 10ºC.
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O critério adotado pela Fundacentro embasado em estudos e pesquisas bastante


diversificados, tanto de âmbito nacional como internacional, é aquele que considera insalubre uma
atividade ou operação quando esta for executada em desacordo com a tabela que segue. Esta tabela
relaciona as faixas de temperaturas com tempos máximos de exposição.
A tabela fixa o tempo máximo de trabalho permitido a cada faixa de temperatura, desde que
alternado com recuperação térmica em local fora do ambiente considerado frio.
Limites de tempo para exposição a baixas temperaturas para pessoas adequadamente vestidas para
exposição ao frio.
Para a certeza da importância do fator quantitativo na avaliação, será utilizado, por analogia, o
conteúdo da NR-29, que disciplina as condições de saúde e segurança no trabalho portuário,
estabelecendo, no seu item 29.3.16.2 a seguinte tabela de exposição máxima diária a condições de frio:

Tabela 1: NR-29

Faixa de Temperatura de Bulbo Seco (° C) Máxima Exposição Diária Permissível para Pessoas
Adequadamente Vestidas para Exposição ao Frio.
+15,0 a -17,9 (*) Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 horas e 40
+12,0 a -17,9 (**) minutos, sendo quatro períodos de 1 hora e 40 minutos
+10,0 a -17,9 (***) alternados com 20 minutos de repouso e recuperação
térmica fora do ambiente de trabalho.
-18,0 a –33,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 horas
alternando-se 1 hora de trabalho com 1 hora para
recuperação térmica fora do ambiente frio.
-34,0 a –56,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 1 hora,
sendo dois períodos de 30 minutos com separação
mínima de 4 horas para recuperação térmica fora do
ambiente frio.
-57,0 a –73,0 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 5 minutos
sendo o restante da jornada cumprida obrigatoriamente
fora de ambiente frio.
Abaixo de -73,0 Não é permitida

(*) Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(**) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática subquente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(***) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do IBGE.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção


de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
40% para insalubridade grau máximo;
20% para insalubridade grau médio;
10% insalubridade grau mínimo.
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de
grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do


adicional respectivo.
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7.2.2 – Periculosidade.

*Portaria nº. 3.214/78, NR 16 – Atividades e Operações Perigosas

São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta Norma
Regulamentadora - NR.

Anexo 1 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS


Anexo 2 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
Anexo 3 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU
OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE
SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL
Anexo 4 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA
Anexo 5 – ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA
Anexo 6 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES
OU SUBSTÂNCIAS

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção


de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

ANEXO 5
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.565, de 13 e outubro de 2014)
ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA

1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador


em vias públicas são consideradas perigosas.

2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:


a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o
local de trabalho ou deste para aquela;
b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira
nacional de habilitação para conduzi-los;
c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.
d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

08. ANALISE E CONSIDERAÇÕES FINAIS

8.1 Analise da insalubridade devido ao Frio.

A avaliação de insalubridade ao frio é uma Avaliação qualitativa: Laudo de Inspeção


realizada no local de trabalho. Portaria n.º 3214/78 do MTb / NR-15 / Anexo 9, Limites de tolerância
para exposição ao frio.
Portanto, esta portaria não fixa temperaturas limites para a caracterização da insalubridade,
deixando a critério técnico do perito, quando da sua inspeção no local de trabalho.
Conforme critério adotado pela Fundacentro que faz analogia a tabela-1 da NR 29 considera
insalubre uma atividade ou operação quando esta for executada em desacordo com esta tabela.
LAUDO TÉCNICO
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Esta tabela relaciona as faixas de temperaturas com tempos máximos de exposição.


A tabela fixa o tempo máximo de trabalho permitido a cada faixa de temperatura, desde que
alternado com recuperação térmica em local fora do ambiente considerado frio. Limites de tempo
para exposição a baixas temperaturas para pessoas adequadamente vestidas para exposição ao frio.
A tabela descreve um período de exposição de 1 hora e 40 minutos alternados para ser
exigido um repouso de 20 minutos de repouso e recuperação térmica.
Como verificado durante a diligência pericial e afirmado pelo reclamante, o tempo de
exposição ao frio é extremamente reduzido em relação ao período de trabalho e também em algumas
lojas a japona frigorifica ficava a disposição.
A afirmação do paradigma, da supervisora e o técnico de segurança é que o tempo máximo
de exposição ao frio é em torno de 10 minutos a cada visita. O reclamante afirma que ficava em
torno de 20 minutos em cada visita que durava até duas horas.
Portanto devido ao tempo extremamente reduzido de exposição, há convicção técnica
de que o período de trabalho do reclamante não houve exposição ao agente frio de forma
insalubre.

8.2 Analise de periculosidade devido ao uso de motocicleta.

O reclamante afirma que utilizava a motocicleta para se deslocar ao trabalho todos os dias,
portanto de forma habitual.
Ele se deslocava inicialmente ao primeiro cliente que constava na lista e assim que encerrava
o serviço naquela loja, se deslocava para a próxima.

Em analise ao anexo 5 da NR-16, Item 2:


“Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:
a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o
local de trabalho ou deste para aquela;
d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

Se observado o primeiro deslocamento do reclamante ao local de trabalho, não se caracteriza


atividade de periculosidade.
E após ter realizado as atividades na primeira loja do dia, os deslocamentos das demais serão
considerados habituais por tempo extremamente reduzido.
O reclamante não utiliza a motocicleta para exercer suas atividades laborais, utiliza para o
deslocamento.
Desta maneira há convicção técnica de que o reclamante não laborou em ambiente
considerado periculoso.

09. CONCLUSÃO

Conforme as análises e considerações realizadas no item 08 deste documento, há convicção


técnica que as atividades e operações desenvolvidas pelo reclamante não são enquadradas como
insalubres, devido a não estar exposto a agentes agressivos, definidos pela NR-15, considerando-se
intensidade, tempo e forma de exposição.

Também conclui-se o presente laudo que o reclamante laborou em ambiente e atividades não
consideradas de periculosidade, conforme os moldes da NR-16 do Ministério do Trabalho e
Emprego.
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10. QUESITOS

10.1 Resposta aos quesitos formulados pelo reclamante.

Não foram apresentados quesitos por parte do reclamante.

10.2 Resposta aos quesitos formulados pela reclamada (Itambé).

QUESITOS INSALUBRIDADE

1 - Senhor Perito, descreva detalhadamente a função do reclamante na empresa-reclamada.

Descrição da atividade principal: A atividade principal do reclamante era repositor.

Visita 3 a 4 lojas por dia.


Gasta em torno de 2 horas em cada.
Verificava no balcão de refrigerados o que estava faltando e a data de validade de cada
produto.
Recolhia os produtos que estavam próximos de vencer.
Organizava os produtos no balcão de acordo com as datas de vencimento.
Atividade na câmara fria: Organizava os produtos que chegavam por data de vencimento.
Para que quando algum funcionário da loja for retirar para repor no balcão, retira-se o mais próximo
de vencer.
Retirava produtos da câmara fria e levava para reposição no balcão, usando carrinho.

2 - Como o reclamante executava suas funções na empresa Reclamada? Quais atividades o


reclamante realizava?
Visita 3 a 4 lojas por dia.
Gasta em torno de 2 horas em cada.
Verificava no balcão de refrigerados o que estava faltando e a data de validade de cada
produto.
Recolhia os produtos que estavam próximos de vencer.
Organizava os produtos no balcão de acordo com as datas de vencimento.
Utilizava uma motocicleta para realizar os deslocamentos.

3 - Consta na defesa "ficha de entrega de EPI's", discriminando os EPI's fornecidos para o


reclamante? se positivo, consta ainda a assinatura do reclamante pelo recebimento de cada
EPI?
Sim. Sim. Páginas 224 a 229 do processo.

4 - O reclamante usou os EPI's fornecidos e recebidos por ele?


Sim.
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5 - Quais os EPI's necessários para o desempenho da função do Reclamante?
Botas, roupas térmicas (blusão, calças, meias), toucas.

6 - O reclamante recebeu orientação sobre segurança do trabalho, para que usasse


corretamente e diariamente durante o labor, os equipamentos de proteção?
Sim.

7 - Reclamante usava corretamente os EPI's fornecidos?


Sim.

8 - Queira o Sr. Perito informar junto aos paradigmas e também aos técnicos de segurança se
a reclamada, concedia 03 intervalos de 20 minutos a cada 01h40min de trabalho e
exposição ao frio? Se não, qual o motivo ?
Não.

9 - Os EPI's fornecidos e usados comprovadamente pelo reclamante atendem o que dispõe a


NR-15 e NR-06?
Sim.

10 - Reclamante laborou exclusivamente em ambientes frios?


Não.

11 - Quanto tempo o reclamante alega ter contato com o FRIO?


De 20 a 30 minutos em cada loja visitada.

12 - Quantas vezes ao dia o reclamante entrava em câmara fria?


De 03 a 04 vezes.

13 - Qual o tamanho da câmara Fria?


Tamanhos variados. Cada loja possuía uma câmara diferente da outra.

14 - Quantos clientes o reclamante visitava por dia? Qual o tempo de deslocamento entre um
cliente e outro?
Visitava de 3 a 4 clientes por dia. Gastava em torno de duas horas em cada loja.

15 - Qual o tempo de atendimento a cada cliente?


Duas horas em cada cliente.

16 - O que fazia o reclamante em sua suposta alegação de entrar na câmara fria?


Atividade na câmara fria: Organizava os produtos que chegavam por data de vencimento. Para que
quando algum funcionário da loja for retirar para repor no balcão, retira-se o mais próximo de
vencer.
Retirava produtos da câmara fria e levava para reposição no balcão, usando carrinho.

17 - Pode o i. Perito, com apoio de um paradigma simular o tempo de execução das atividades
desempenhadas pelo reclamante em contato com o FRIO?
Sim.

18 - Exposição ao agente frio da o direito em ganhos de 40%?


Não. Caso ocorra é em grau médio (20 %).
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19 - Reclamante recebeu treinamentos sobre os riscos de suas atividades?
Apenas pela Segunda reclamada (Itambé)

20 - Por favor transcrever o item 16.2.1 da NR-16 e dizer se é possível pelos conceitos das
Normas Regulamentadoras o ganho dos adicionais periculosidade e insalubridade
comitantemente?
16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
Não, Conforme parágrafo 2° do Art. 193 da CLT.

21 - Queira o i. Perito informar se o risco da atividade era eventual ou, habitual? No último
caso, favor informar se ocorria por tempo extremamente reduzido, considerando o tempo
de atividade diária, deslocamentos em trânsito e realização de outras funções/atividades?
Habitual. Sim, Tempo extremamente reduzido.

22 - Queira o i. Perito informar se as atividades desempenhadas pelo Autor poderiam por em


risco a sua saúde e/ou integridade física mediante os conceitos da NR-36 , no que diz
respeito aos tempos de trabalhos e pausas ?
Não, Conforme NR-36.

23 - Queira o Sr. Perito fornecer quaisquer outras informações e/ou esclarecimentos que por
ventura entender necessários e relevantes ao caso vertente.
Todas as informações relevantes ao caso foram levantadas durante a perícia e constam no Laudo.

PERICULOSIDADE

1 - Favor descrever as funções desempenhadas pelo Reclamante e quais atividades


desempenhava?
Descrição da atividade principal: A atividade principal do reclamante era repositor.

Visita 3 a 4 lojas por dia.


Gasta em torno de 2 horas em cada.
Verificava no balcão de refrigerados o que estava faltando e a data de validade de cada
produto.
Recolhia os produtos que estavam próximos de vencer.
Organizava os produtos no balcão de acordo com as datas de vencimento.
Atividade na câmara fria: Organizava os produtos que chegavam por data de vencimento.
Para que quando algum funcionário da loja for retirar para repor no balcão, retira-se o mais próximo
de vencer.
Retirava produtos da câmara fria e levava para reposição no balcão, usando carrinho.

2 - Queira o Sr. Perito informar em qual ou quais locais o Reclamante mais laborou, durante
todo contrato de trabalho? Fineza especificar local e atribuições desempenhadas.
Trabalhava em supermercados. Conforme quesito anterior.

3 - Queira o i. Perito informar as formas que o reclamante fazia para executar suas atividades,
o que era utilizado para seu deslocamento?
Visita 3 a 4 lojas por dia.
Gasta em torno de 2 horas em cada.
Verificava no balcão de refrigerados o que estava faltando e a data de validade de cada
produto.
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Recolhia os produtos que estavam próximos de vencer.
Organizava os produtos no balcão de acordo com as datas de vencimento.
Utilizava uma motocicleta para realizar os deslocamentos.

4 - Existe algum contrato determinando o meio de transporte a ser utilizado pelo reclamante
ou poderia o reclamante escolher o que lhe fosse melhor?
Não foi apresentado contrato.

5 - Reclamada impôs o uso de motocicletas para o reclamante se deslocar aos clientes e


desempenhar suas atividades ou o reclamante tinha o livre arbítrio de escolher o que lhe fosse
mais conveniente?
Prejudicado, Não é objeto da perícia.

6 - Reclamante dependia da motocicleta para realizar suas atividades ou poderia utilizar outro
meio de transporte?
O reclamante afirmou que se não realizasse suas atividades utilizando a moto não conseguiria
concluir a tarefa. O paradigma Sr. Diego faz os deslocamentos de carro.

7 - Reclamante recebia vale transporte para lhe ajudar financeiramente nos deslocamentos aos
clientes? Se sim, o que era feito com os vales?
Prejudicado, Não é objeto da perícia.

8 - Atividades em motocicletas foi incluída no rol de atividades perigosas da Norma


Regulamentadora n. 16, em 13 de outubro de 2014, por meio da Portaria 1.565 do MTE?
Sim.

9 - A Portaria 1.565 do MTE, foi anulada?


Não.

10 - Queira o Sr. Perito informar se, diante do ambiente vivido pelo Autor, se este faz jus ao
recebimento do adicional de periculosidade, durante todo pacto laboral?
Não.

Goiânia - GO, 24 Janeiro de 2018.

Jorge Salem Barbar


Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA: 12952/D-GO
Fone: (62)36243536 | (62)999011984
E-mail: salem@jmengenharias.com.br

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