Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2006
Controladores
Programáveis
Controladores Programáveis
SENAI-SP, 2006
Equipe responsável
Versão Preliminar
Sumário
Controladores Programáveis 5
Estrutura Básica 9
Princípio de Funcionamento do CP 21
Programação 25
Anexos
Sistemas Automáticos de Controle 31
Computadores 45
Memórias 51
Microprocessador 57
Lógica Digital 61
Referências Bibliográficas 79
SENAI
Controladores Programáveis
Controladores programáveis
Informações gerais
Este equipamento foi batizado nos Estados Unidos como PLC (Programable Logic
Control ), em português CLP (Controlador Lógico Programável ) e este termo é
registrado pela Allen Bradley (fabricante de CP’s). Por esta razão usaremos o termo
CP, Controlador Programável.
Características
SENAI 5
Controladores Programáveis
Histórico
6 SENAI
Controladores Programáveis
Evolução
Desde o seu aparecimento até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos.
Esta evolução está ligada diretamente ao desenvolvimento tecnológico da
informática em suas características de software e de hardware.
O que no seu surgimento era executado com componentes discretos, hoje se utiliza
de microprocessadores e microcontroladores de última geração, usando técnicas de
processamento paralelo, inteligência artificial, redes de comunicação, fieldbus, etc.
Vantagens
As vantagens da utilização dos CP's, comparados a outros dispositivos de controle
industrial, são:
• menor espaço ocupado;
• menor potência elétrica requerida;
• reutilização;
• programável:
• maior confiabilidade;
• fácil manutenção;
• maior flexibilidade;
• permite interface através de rede de comunicação com outros CP’s e
microcomputadores;
• projeto mais rápido.
SENAI 7
Controladores Programáveis
Aplicações
Praticamente não existem ramos de aplicações industriais onde não se possa aplicar
os CP’s. Por exemplo:
• máquinas industriais (operatrizes, injetoras de plástico, têxteis, calçados);
• equipamentos industriais para processos (siderurgia, papel e celulose,
petroquímica, química, alimentação, mineração, etc);
• equipamentos para controle de energia (demanda, fator de carga);
• controle de processos com realização de sinalização, intertravamento e controle
PID;
• aquisição de dados de supervisão em: fábricas, prédios inteligentes, etc;
• bancadas de teste automático de componentes industriais.
Com a tendência dos CP’s terem baixo custo, muita inteligência, facilidade de uso e
massificação das aplicações, este equipamento pode ser utilizado nos processos e nos
produtos. Poderemos encontrá-lo em produtos eletrodomésticos, eletrônicos,
residências e veículos.
8 SENAI
Controladores Programáveis
Estrutura básica do CP
Estrutura básica
UCP
Terminal Processador
de
Programação Memória de programa E/S
Entradas
Memória de dados
Saídas
Fonte de Alimentação
Interna Fonte de
Alimentação
Externa
SENAI 9
Controladores Programáveis
Processamento cíclico
É a forma mais comum de execução que predomina em todas as UCP’s conhecidas.
Delas advém o conceito de varredura, ou seja, as instruções de programa, contidas na
memória, são lidas uma após a outra, seqüencialmente, do início ao fim, daí
retornando ao início, ciclicamente.
Início
Fim
10 SENAI
Controladores Programáveis
Um dado importante de uma UCP é o seu tempo de ciclo, ou seja, o tempo gasto para
a execução de uma varredura. Este tempo está relacionado com o tamanho do
programa do usuário (em média 1ms a cada 1.000 instruções).
Início
Fim
Interrupção
Rotina de interrupção
Esse tipo de processamento também pode ser encarado como um tipo de interrupção,
porém, ocorre com intervalos regulares de tempo dentro do ciclo normal de programa.
SENAI 11
Controladores Programáveis
Neste último caso temos o chamado Watch Dog Time (WD), que normalmente ocorre
ao se detectar condição de estouro de tempo de ciclo da UCP, parando o
processamento numa condição de falha, indicando-a ao operador através de sinal
visual e às vezes, sonoro.
Memória
12 SENAI
Controladores Programáveis
Mapa de memória
A capacidade de memória de um CP pode ser representada por um mapa, chamado
mapa de memória.
ENDEREÇO DAS PALAVRAS DE MEMÓRIA
8, 16, ou 32 bits
Decimal Octal Hexadecimal
25 377 FF
51 777 1FF
SENAI 13
Controladores Programáveis
Tipos de memória de um CP
A arquitetura de memória de um controlador programável pode ser constituída por
diferentes tipos de memória.
Quadro: Tipos de memória
Estrutura
Independente dos tipos de memórias utilizadas, o mapa de memória de um controlador
programável pode ser dividido em cinco áreas principais:
• memória executiva;
• memória do sistema;
• memória de status dos cartões de E/S;
• memória de dados;
• memória do usuário.
Memória do Sistema - Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá o seu
conteúdo constantemente alterado pelo sistema operacional.
14 SENAI
Controladores Programáveis
Memória de Status de E/S - A memória de status dos módulos de E/S são do tipo
RAM. A UCP, após efetuar a leitura dos estados de todas as entradas, armazena essas
informações na área denominada status das entradas ou imagem das entradas.
SENAI 15
Controladores Programáveis
Módulos de entrada
16 SENAI
Controladores Programáveis
Elementos discretos
Este tipo de entrada trabalha com dois níveis definidos: ligado e desligado (0 ou 1).
BOTÃO
CHAVE
PRESSOSTATO
FLUXOSTATO CARTÕES
TERMOSTATO
FIM DE CURSO DISCRETOS UCP
TECLADO
CHAVE BCD
FOTOCÉLULA
OUTROS
Elementos analógicos
Este tipo de entrada trabalha numa faixa de valores conhecidos.
TRANSMISSORES C.A.
C.A.
OUTROS C.A.
Módulos de saída
SENAI 17
Controladores Programáveis
Atuadores discretos
Este tipo de saída pode assumir dois estados definidos: ligado e desligado (0 ou 1).
São usados para acionar atuadores, como solenóides, sinalizadores, etc.
Atuadores analógicos
Este tipo de saída atua numa faixa de valores conhecidos. São usados para acionar
dispositivos, como posicionadores, atuadores, indicadores, etc.
Terminal de programação
Por meio de linguagem de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das
informações vindas do usuário numa informação que possa ser entendida pelo
processador de um CP.
18 SENAI
Controladores Programáveis
Com o advento dos computadores pessoais portáteis (Lap-Top), esses terminais estão
perdendo sua função, já que se pode executar todas as funções de programação em
ambiente mais amigável, com todas as vantagens de equipamento portátil.
SENAI 19
Controladores Programáveis
Princípio de funcionamento
de um CP
Estados de operação
A UCP pode assumir, também, o estado de erro, que aponta falhas de operação e
execução do programa.
Programação
Neste estado o CP não executa programa, não assumindo nenhuma lógica de controle.
Ficando preparado para ser configurado, receber novos programas ou modificações de
programas já instalados. Este tipo de programação é chamado off-line (fora de linha).
Execução
Estado em que o CP assume a função de execução do programa do usuário. Neste
estado, alguns controladores podem sofrer modificações de programa. Este tipo de
programação é chamado on-line (em linha).
Funcionamento
SENAI 21
Controladores Programáveis
Após a execução desta rotina, a UCP passa a fazer uma varredura (ciclo) constante,
isto é, uma leitura seqüencial das instruções em loop (laço).
Entrando no loop, o primeiro passo a ser executado é a leitura dos pontos de entrada.
Com a leitura do último ponto ocorre a transferência de todos os valores para a
chamada memória ou tabela imagem das entradas.
O termo varredura ou scan, é usado para dar nome a um ciclo completo de operação
(loop).
22 SENAI
Controladores Programáveis
START
PARTIDA
Limpeza de memória
Teste de RAM
Teste de execução
Não
OK?
Sim
Leitura das
entradas
Atualização da
tabela imagem
das entradas
Execução do
programa do
usuário
Atualização da
tabela imagem
das saídas
Transferência da
tabela para
a saída
Tempo Não
de varredura
OK?
Sim STOP
PARADA
SENAI 23
Controladores Programáveis
Cartão de Entrada
o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07
IN
1 0
E
N
T
R
A
OUT 04 D
A
Memória S
Imagem
IN 00 IN 04
S
A
Í
D
A
S
Cartão de Saída
1
o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07
OUT
24 SENAI
Controladores Programáveis
Programação
Linguagem de programação
Classificação
• linguagem de baixo nível
• linguagem de alto nível
SENAI 25
Controladores Programáveis
1111
COMPILADORES 0000
PROGRAMA OU 0101
INTERPRETADORES 0100
Diagrama de contatos
Também conhecida como:
• diagrama de relés;
• diagrama escada;
• diagrama Ladder.
Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima à forma normalmente usada
em diagramas elétricos.
26 SENAI
Controladores Programáveis
Lista de instrução
Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas para computadores.
Forma de programação
É a maneira pela qual o programa se estrutura. Esta forma pode ser linear ou
estruturada.
Forma de representação
SENAI 27
Controladores Programáveis
Estas três formas são mais usuais e permitem que o usuário se adapte a uma forma
de programar mais próxima do ambiente de projeto usado para desenvolver projetos
de diagramas elétricos.
Documentação
A documentação é mais um recurso de editor de programa que de linguagem de
programação. De qualquer forma, uma abordagem neste sentido torna-se cada vez
mais importante, tendo em vista que um grande número de profissionais está envolvido
no projeto de um sistema de automação que se utiliza de CP’s, desde sua concepção
até a manutenção.
Conjunto de instruções
É o conjunto de funções que definem o funcionamento e aplicações de um CP.
Podem ter funções mais complexas como comunicação de dados, conexão com
interfaces homem-máquina (IHM), controle analógico, seqüenciamento, etc:
• saltos controlados;
• indexação de instruções;
• conversão de dados;
• PID;
28 SENAI
Controladores Programáveis
• seqüenciadores;
• aritmética com ponto flutuante.
Normalização
Essa padronização está de acordo com a norma IEC 1131-3. Este tipo de
padronização é viável, utilizando-se o conceito de linguagem de alto nível. Através de
um chamado compilador pode-se adaptar um programa à linguagem de máquina de
qualquer tipo de microprocessador. Isto é, um programa padrão pode servir tanto para
o CP de um fabricante A como de um fabricante B.
As linguagens são:
• Ladder Diagram - programação como esquemas de relés;
• Boolean Blocks - blocos lógicos representando portas “E”, “OU”, “Negação”, “Ou
exclusivo”, etc;
• Structured Control Language (SCL) - vem a substituir todas as linguagens
declarativas como linguagem de instruções, BASIC estruturado e inglês estruturado.
Esta linguagem, novidade no mercado internacional, é baseada no Pascal.
SENAI 29
Controladores Programáveis
Sistemas automáticos de
controle
A cada dia que passa, os sistemas manuais de controle, ou seja, aqueles comandados
por um operário, vem sendo mais e mais substituídos por sistemas de controle
automáticos.
Estes, por sua vez, vêm apresentando um desenvolvimento que torna necessário seu
estudo pormenorizado, pois são encontrados nos mais diversos setores da indústria
como por exemplo, em controle de máquinas operatrizes, linhas de montagem
automáticas, controle de temperatura e qualidade, robótica e até mesmo em controle
de tráfico urbano.
Sistema
Um sistema comporta vários subsistemas que podem ser, por exemplo mecânico,
hidráulico, pneumático, eletrônico.
Subsistema eletrônico
Um sistema eletrônico é composto por blocos funcionais que, por sua vez, são
formados por agrupamentos de componentes eletrônicos. Ele pode ser analógico,
digital ou híbrido.
Computador
(micro/mini) ↔ Interface
Conversores AD/DA ↔ Controle
do Processo
Bloco funcional
Bloco funcional é uma das subdivisões do subsistema eletrônico. Ele representa uma
função a ser executada por conjuntos de componentes discretos e pode ser uma porta
lógica, um temporizador, um multivibrador, um oscilador etc.
32 SENAI
Controladores Programáveis
Apresentação
do
Problema
↓
Esclarecimento
e
análise
↓
Descrição do
funcionamento
desejado
“algoritmo”
Diagrama Fluxograma
de blocos de controle
lógicos de processos
SENAI 33
Controladores Programáveis
34 SENAI
Controladores Programáveis
O motor não deverá entrar em funcionamento se pelo menos uma dessas condições
estiver presente:
• O desligamento de emergência foi acionado;
• A pressão do óleo lubrificante nos mancais do motor for igual a zero;
• A temperatura da carcaça for superior a 70ºC.
Observação
A ocorrência de uma dessas condições deve levar o motor a se desligar, se ele estiver
em funcionamento.
Solução
O problema pode ser representado em diagrama funcional de blocos dividido em duas
partes: comando e proteção.
Operações de comando:
• Ligar o motor para girar em sentido horário.
• Ligar o motor para girar no sentido anti-horário.
• Desligar o motor.
SENAI 35
Controladores Programáveis
A ação de ligar o motor deve se dar através de sinal momentâneo que, adequado ao
estágio memorizador, transforma-se em sinal contínuo. Da mesma forma, o
desligamento deve provocar a desmemorização da ordem de ligação.
36 SENAI
Controladores Programáveis
Restrições:
• Acionada por um dos interruptores, a iluminação não deverá ter seu tempo de
permanência prolongado pelo acionamento do próprio interruptor ou por outro,
antes de esgotado o tempo de três minutos, decorrentes do primeiro acionamento.
• A iluminação só deverá funcionar à noite ou no caso de a iluminação natural cair a
um nível compatível ao da noite.
Solução
O processo proposto é relativamente simples e pode ser representado
satisfatoriamente pelo seguinte diagrama funcional de blocos:
Fluxograma de processo
SENAI 37
Controladores Programáveis
À direita estão numeradas as ordens de saída que serão solicitadas pelo passo
seguinte.
38 SENAI
Controladores Programáveis
mesmos números. Essa regra só é válida para as ordens usadas nos passos
subsequentes. Quando se quer utilizar a mesma ordem em outro passo qualquer,
deve-se acrescentar a esse número de ordem o número do passo ao qual pertence.
Quando essas ordens não são numeradas, é porque elas não condicionam a liberação
de outros passos. Portanto, na figura acima, a realização do passo 5 independe da
realização da operação zerar contador T2 do passo 4.
Caso seja necessário colocar alguma condição adicional às entradas dos passos da
seqüência, pode-se usar os mesmos símbolos usados em diagramas de blocos
lógicos.
c) Quando a água atingir o nível Nmin, o motor M1 do agitador deve ser ligado. O
tempo entre a ordem de iniciar o processo e a ligação do motor M1 não deve ser
superior a quinze minutos.
40 SENAI
Controladores Programáveis
d) Quando o volume pré-fixado da água for atingido, a válvula VA deve ser fechada. O
tempo tQA é necessário para se alcançar o volume Q. Caso ele seja ultrapassado,
deve ser dado alarme.
SENAI 41
Controladores Programáveis
Solução
O exemplo apresentado é complexo e sua solução corresponde ao diagrama funcional
por fluxograma de processo mostrado a seguir.
42 SENAI
Controladores Programáveis
SENAI 43
Controladores Programáveis
Por isso, o técnico deve ter uma visão geral do sistema e ser capaz de identificar qual
subsistema está danificado. Para isso, é necessário que ele conheça o funcionamento
da máquina e analise o sistema como um todo. O fluxograma a seguir mostra as
etapas que devem ser seguidas pelo profissional para detectação e eliminação do
defeito.
44 SENAI
Controladores Programáveis
SENAI 45
Controladores Programáveis
Computadores
O que é um computador
SENAI 45
Controladores Programáveis
Origens do computador
46 SENAI
Controladores Programáveis
O microprocessador, apesar de seu tamanho (que justifica seu prefixo micro), é muito
mais rápido e possante que os mais populares computadores da geração anterior.
SENAI 47
Controladores Programáveis
Tipos de computadores
Microcomputadores
Os microcomputadores são capazes de resolver problemas similares aos que os
computadores de grande porte resolvem, porém os problemas devem ser menos
complexos, com menor quantidade de dados e com velocidade maior de
processamento.
48 SENAI
Controladores Programáveis
SENAI 49
Controladores Programáveis
Megabyte corresponde a 1Kb de 1Kb (1024 x 1024), ou mais exatamente, 1048 576
bytes.
50 SENAI
Controladores Programáveis
Memórias
Armazenamento de dados
SENAI 51
Controladores Programáveis
Obsevação
Não são todos os tipos de memória que permitem a escrita de novas palavras como
veremos mais adiante
Endereçamento
Para que o dado que está sendo lido seja encontrado, é preciso que ele tenha um
endereço. Esse endereço tem a forma de um número e cada registrador recebe um
número. Esse número especifica a exata localização do registrador e,
conseqüentemente, da palavra armazenada.
52 SENAI
Controladores Programáveis
Seleção da memória
A maioria das memórias têm uma entrada chamada “chip-select” (CS)que é utilizada
para habilitar ou desabilitar as entradas e saídas do CI.
Observação
Para economizar pinos nos CIs, os fabricantes combinam as funções de entrada e
saída de dados em pinos de entrada e saída comuns.
Observe a figura a seguir que mostra os pinos sendo usados como entrada/saída (I/O,
do inglês “input/output”).
SENAI 53
Controladores Programáveis
Tipos de memória
Na verdade, o termo RAM define qualquer memória capaz de ter qualquer de seus
registradores acessados sem ter que passar antes por outros registradores.
A RAM estática usa flip-flops internos para armazenar os dados. Cada flip-flop
corresponde a um bit de dado, o que limita a capacidade de armazenamento a 64
kbytes por CI.
54 SENAI
Controladores Programáveis
Além das RAMs, existem também as ROMs (do inglês “read only memory”) que são
memórias utilizadas apenas para terem seus dados lidos. Sua principal característica é
ser não-volátil, isto é, ela não perde o dado armazenado mesmo depois de
desenergizada.
Em operação normal, nenhum dado pode ser escrito em uma ROM. O processo de
escrita não é simples e dependendo do tipo de ROM usado, os dados podem ser
escritos apenas uma vez ou quantas vezes for necessário.
As ROMs podem ser classificadas de acordo com o processo de escrita de dados que
é empregado:
• ROM programável por máscara - a escrita é feita pelo fabricante sob encomenda
do usuário. Durante o processo de fabricação, o fabricante confecciona uma
máscara (ou gabarito fotográfico do circuito) que permite a produção das
memórias. Esse processo, porém tem custo elevado e sua produção só se torna
economicamente viável quando feito em larga escala. Essas ROMs estão
disponíveis pré-programadas com dados que são utilizados comumente como
tabelas matemáticas e códigos geradores de caracteres.
• ROM programável - (PROM do inglês “programmable read only memory” ) permite
que o próprio usuário armazene os dados ou programas desejados. Isso é feito
com o auxílio do programador PROM. A memória contém elos fusíveis que se
queimam à medida que os bits são gravados com os níveis lógicos desejados. Uma
vez completada a gravação, esta não pode mais ser alterada.
• ROM apagável -(EPROM, do inglês “erasable programmable read only memory”)
pode ser apagada e reprogramada um número indefinido de vezes. Uma vez
programada, ela é uma memória não volátil e mantém os dados armazenados
indefinidamente.
Existem dois tipos de EPROMs que são diferenciadas pelo processo de apagamento.
SENAI 55
Controladores Programáveis
56 SENAI
Controladores Programáveis
Microprocessador
SENAI 57
Controladores Programáveis
Barramentos
58 SENAI
Controladores Programáveis
O barramento de dados é uma via bidirecional pela qual os dados podem entrar ou
sair, dependendo da operação que está sendo realizada (leitura ou escrita). Ele envia
ou recebe informações das posições de memória ou dos dispositivos de entrada e
saída que são selecionados pelas informações geradas pela UCP e enviadas pelo
barramento de endereços.
SENAI 59
Controladores Programáveis
Lógica Digital
Sistemas de Numeração
Através dos tempos foram criados vários sistemas de numeração para atender
variadas aplicações, dentre os quais se destacam :
• Sistema Decimal;
• Sistema Binário;
• Sistema Octal;
• Sistema Hexadecimal.
Sistema Decimal
O sistema decimal é o mais conhecido e utilizado em nosso dia-a-dia. É formado por
dez símbolos (0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) que através de suas posições terão um
determinado valor. Por possuir dez símbolos possíveis, é chamado sistema de
numeração na base 10.
Representação
Algarismos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9
Base: 10
n
Posição do algarismo no número: potências de 10 ( 10 )
Símbolo: dec
SENAI 61
Controladores Programáveis
Exemplo: 1.99510
1.000
900 +
90
5
1.995
Sistema Binário
O sistema binário representado por apenas dois símbolos (0 e 1), que representam
dois estados possíveis em um sistema: aberto/fechado, ligado/desligado, sim/não, etc.
Representação
Algarismos: 0 e 1
Base: 2
n
Posição do algarismo no número: potências de 2 ( 2 )
Símbolo: bin
Exemplo: 11012
3 2 1 0
2 2 2 2
1 1 0 1
1x8 1x4 0x2 1x1
(1 x 8) + (1 x 4) + (0 x 2) + (1 x 1) = 8 + 4 + 1 = 13
Logo : 11012 = 1310
62 SENAI
Controladores Programáveis
Sistema Octal
O sistema octal é representado por oito símbolos ( 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 ) e é chamado
de sistema na base 8.
3 2 1 0
8 8 8 8
5 0 2 7
5 x 512 0 x 64 2x8 7x1
Sistema hexadecimal
O sistema hexadecimal é representado por dezesseis símbolos ( 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9, A, B, C, D, E e F ) e é chamado de sistema na base 16.
Representação
Algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F
Base: 16
n
Posição do algarismo no número: potências de 16 ( 16 )
Símbolo: hex
SENAI 63
Controladores Programáveis
Exemplo: 19FA16
3 2 1 0
16 16 16 16
1 9 F A
1 x 4096 9 x 256 F(15) x 16 A(10) x 1
* *
3 2 1 0
2 2 2 2
1 0 1 0
1x8 0x4 1x2 0x1
(1 x 8) + (0 x 4) + (1 x 2) + (0 x 1) = 8 + 2 = 10
Logo : 10102 = 1010
3 2 1 0
8 8 8 8
1 7 5 0
1 x 512 7 x 64 5x8 0x1
3 2 1 0
16 16 16 16
0 A F E
0 x 4096 A(10) x 256 F(15) x 16 E(14) x 1
SENAI 65
Controladores Programáveis
1 2
0 6 2
0 3 2
1 1 2
1 0
100 8
4 1 8
4 1 8
1 0
254 16
14 1 16
1 0
66 SENAI
Controladores Programáveis
15 = F
14 = E
Representação binária
Bit
É o nome dado a um dígito binário, e pode assumir o valor 0 ou 1.
A palavra Bit vem do inglês Binary digit (dígito binário).
Exemplo:
1 0 1
é um número binário formado por três bits
Nibble ou Tétrada
É um número binário formado pela combinação de 4 bits consecutivos.
Exemplo :
1 0 1 0
Byte
Byte a palavra utilizada para denominar a combinação de 8 bits consecutivos.
Exemplo :
BYTE
1 1 0 1 1 0 0 1
NIBBLE NIBBLE
SENAI 67
Controladores Programáveis
Palavra (Word )
Uma palavra é um conjunto de 2 bytes consecutivos, isto é, 16 bits.
PALAVRA
1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1
BYTE BYTE
Números Números
Decimais Binários
0 0000
1 0001
2 0010
3 0011
4 0100
5 0101
6 0110
7 0111
8 1000
9 1001
Exemplo :
68 SENAI
Controladores Programáveis
O sistema binário tem uma grande aplicação em técnicas digitais e computação, sendo
a base de operações de dispositivos digitais.
Obs.: Deve-se notar que a definição de 1 como sendo a condição de ligado e 0 como
desligado, é arbitrária. Em algumas aplicações pode ser conveniente definir 1 como
desligado e 0 como ligado.
Operações lógicas
SENAI 69
Controladores Programáveis
Para realizar uma operação lógica é necessário um arranjo físico que é chamado de
porta lógica.
Dentro da lógica digital pode se fazer arranjos para se obter as seguintes funções:
Todos os arranjos para se conseguir as funções, terão sempre duas ou mais entradas
e uma saída, com exceção das funções “NÃO” e “SIM” que sempre terão apenas
uma entrada.
Tabela verdade
Para uma melhor análise e compreensão de uma função lógica, se utiliza a tabela
verdade, onde são retratadas as possíveis condições dos elementos de entrada, e
como conseqüência a condição de cada elemento de saída.
Exemplo:
Tabela Verdade da função lógica “E” de duas entradas.
Convenção:
1 - Botão acionado
0 - Botão desacionado
1- Lâmpada acesa
0 - Lâmpada apagada
Tabela Verdade
Entradas Saída
A B Y
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
70 SENAI
Controladores Programáveis
Exemplo:
2
2 =4
As entradas podem assumir 4 combinações possíveis entre elas.
Simbologia
SÍMBOLO
Norma ASA
A
Y
B
Norma ABNT
A &
Y
SENAI 71
Controladores Programáveis
Equivalente Elétrico
A B
A
Y
B
Norma ABNT
A >
=
Equivalente Elétrico
72 SENAI
Controladores Programáveis
Equação : Y = A . B
SÍMBOLO
Norma ASA
A
Y
B
Norma ABNT
&
A
Equivalente Elétrico
SENAI 73
Controladores Programáveis
Norma ASA
A
Y
B
Norma ABNT
A >
=
Equivalente Elétrico
A B
74 SENAI
Controladores Programáveis
A
Y
B
Norma ABNT
=1
A
Equivalente Elétrico
A B
A B
SENAI 75
Controladores Programáveis
Norma ASA
A Y
Norma ABNT
A Y
Equivalente Elétrico
76 SENAI
Controladores Programáveis
Norma ASA
A Y
Norma ABNT
A Y
Equivalente Elétrico
SENAI 77
Controladores Programáveis
Referências Bibliográficas
SENAI 79