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Controladores Lógicos Programáveis

Introdução à CLP
Introdução à CLP

Plano de aulas:

1. História do CLP
2. Conceitos gerais
3. Morfologia de CLP
4. Exercícios propostos

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História do CLP
Controlador Lógico Programável (CLP) é um aparelho eletrônico digital que
contém uma memória programável para armazenamento de instruções utilizadas
para implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento,
temporização, contagem e aritmética, com o objetivo de controlar máquinas e
processos (NEMA – National Electrical Manufacturing Association – USA – 1978).

Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é um


equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com
aplicações industriais.

Os controladores lógicos programáveis também são chamados de CPs


(Controladores programáveis) ou PC (Programmable Controller) e ainda PLC
(Programmable Logical Controller).

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História do CLP

A evolução histórica

Até 1960, dispositivos eletromecânicos eram utilizados para controle e


intertravamento em máquinas e linhas de produção. O primeiro Controlador
Lógico Programável – CLP – foi criado dentro da GM (General Motors
Company), em 1968. Surgiu da grande dificuldade de mudar a lógica de
controle dos painéis de comando eletromecânicos a cada mudança na linha de
montagem de veículos, mudanças que implicavam altos gastos de tempo e
dinheiro.

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História do CLP

Por meio do comando do Engenheiro Richard Morley, especificou-se um


equipamento bastante versátil e de fácil utilização que pudesse substituir os
circuitos à reles, para a indústria em geral. Inicialmente foi utilizado para a
indústria automobilística, alterando definitivamente os processos industriais.
Em 1969 o primeiro CLP foi comercializado.

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História do CLP
Pode-se dividir essa evolução de acordo com o sistema de programação
utilizado pelo CLP em 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª gerações e continua em evolução.

Na 1ª geração, os equipamentos necessitavam que o usuário dominasse o


projeto eletrônico para poder programar, pois a programação era em
Assembly, e variava de acordo com o processador do equipamento. O
programa era gravado em EPROM pelo fabricante e qualquer alteração
deveria lhe ser solicitada.

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História do CLP
Na 2ª geração, aparecem as primeiras formas de se programar os
equipamentos através de “Linguagens de Programação”, chamados programas
monitores ou compiladores, que convertem comandos mais fáceis de o usuário
programar para linguagem de máquina e, ainda, verificam o estado das
entradas, comparam com as instruções do programa e alteram os
estados das saídas.

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História do CLP
Na 3ª geração, os CLPs passam a ter uma Entrada de Programação, onde um
teclado ou programador portátil é conectado, podendo alterar, apagar, gravar
o programa do usuário, além de realizar testes (Debug) no equipamento e no
programa (Figura 1). A estrutura física também sofre alterações, tendendo para
os Sistemas Modulares com Bastidores (Racks).

Figura 1: Disposição em blocos das conexões de um CLP

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História do CLP
Na 4ª geração, os microcomputadores se popularizam e, com a diminuição dos
preços, os CLPs passaram a incluir uma entrada para a comunicação serial,
permitindo a programação por computadores de pequeno porte.

As vantagens eram a utilização de várias representações das linguagens,


possibilidade de simulações e testes, treinamento e ajuda por parte de
programa específico de programação (Softwares), com a possibilidade, por
exemplo, de armazenamento das programações efetuadas nos clientes
(Backup).

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História do CLP
Na 5ª geração, houve, por parte de organismos e fabricantes, a preocupação
em padronizar protocolos de comunicação para os CLPs, de modo a
proporcionar que o equipamento de um fabricante “converse” com o
equipamento de outro fabricante, não só CLPs, como controladores de
processos, sistemas supervisórios, redes internas de comunicação, etc.,
proporcionando integração, a fim de facilitar a automação, gerenciamento e
desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e normalizadas.

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História do CLP

Fonte: www.automation.siemens.com, 2014.

Figura 1: Controlador lógico programável em configuração básica (S7-300)

Controladores lógicos programáveis possuem elementos de entrada (Inputs)


e saída (outputs) que podem ser comandados através de lógica de
programação interna, permitindo flexibilidade, confiabilidade e rapidez nas
alterações dos processos industriais.

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História do CLP

Um PLC pode ser representado basicamente por 3 partes que são: os


módulos de entradas, a unidade de processamento (CPU) e os módulo de
saída.

Figura 2: Esquema básico do PLC

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CLP
CLP E A AUTOMAÇÃO CIRCUITOS INTEGRADOS

ELETRICIDADE

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CLP

Arquitectura dos autómatos programáveis

Fig. 3: Arquitectura de um Controlador programável

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CLP

Aplicação do CLP

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CLP

Vantagens do PLC em relação à circuitos de comandos


eletromagnéticos.
1. Menor espaço:
2. Menor consumo de energia elétrica;
3. Reutilizáveis;
4. Programáveis;
5. Maior confiabilidade;
6. Maior flexibilidade;
7. Maior rapidez na elaboração dos projetos;
8. Interfaces de comunicação com outros PLC’s e computadores.

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CLP

Menor espaço

CLP
Painel de Relés
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CLP

CLASSIFICAÇÃO
Uma classificação possível é por capacidade:

 Nano e micro: 16 pontos de I/O; módulo único; 512 passos de memória.


 Médio porte: até 256 pontos de I/O, digitais e analógicos; módulo único; até
2048 passos de memória.
 Grande porte: quantidade de pontos de I/O escalável; construção modular
ou em racks, apresentam uma ou mais CPUs; quantidade de memória
escalável.

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CLP

CLASSIFICAÇÃO

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CLP

COMPONENTES
 Módulos de entrada/saída (I/O);
 Processador;
 Memória de programa supervisor;
 Memória de usuário;
 Memória de dados;
 Fonte de alimentação;
 Luzes indicadoras (dependendo do tipo do CLP);
 Terminal de programação.

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CLP

PROGRAMAÇÃO
 Linguagens de Baixo Nível:
 Linguagem de máquina;
 Assembley

 Linguagens de Alto Nível:


 BASIC;
 COBOL;
 Fortran;
 LADDER.

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Conceitos gerais

CPU
A Unidade Central de Processamento é responsável pela execução do
programa, controlando todas as operações dentro do autómato, através
de instruções armazenadas na memória de programa.

Um barramento de dados transporta a informação da memória e do sistema


de entradas saídas para o CPU e vice versa.

Na maioria dos autómatos o CPU é baseado em um ou mais


microprocessadores e outros circuitos que permitem realizar as funções de
controlo e cálculo necessárias à execução de programas.

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Conceitos gerais

Sistema de entradas e saídas

O sistema de entradas/saídas fornece a ligação física entre o CPU e o


processo a controlar.

O CLP, através de sensores apropriados, pode medir quantidades físicas


como velocidade, temperatura, pressão, corrente, etc.. Baseando-se nos
valores medidos, e no programa de controlo, o CPU controla as saídas
que poderão actuar em dispositivos como, por exemplo: válvulas, motores,
alarmes etc.

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Conceitos gerais

Sistema de saídas
• É cada sinal produzido pelo CLP para acionar dispositivos ou componentes
do sistema de controle (atuadores).
• Podem ser digitais (discretos) ou analógicos;
• Pontos de saída digitais são usadas no acionamento de lâmpadas, relés,
transistores, contatores, entre outros;
• Pontos de saída analógicos são usados no acionamento e controle de
lâmpadas (dimmers), motores, solenóides, válvulas, entre outros.

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Conceitos gerais

Sistema de entradas
• É cada sinal recebido pelo CLP a partir de dispositivos ou componentes
externos;
• Podem ser digitais (discretos) ou analógicos;
• Os pontos de entrada digitais reconhecem dois estados: ligado ou
desligado;
• Os pontos de entrada analógicos reconhecem vários estados, dependendo
do número de bits usado pelo conversor A/D da entrada.

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Conceitos gerais

Memória
A memória é usada para armazenar o programa de controlo (memória de
programa) e possibilitar o armazenamento e a transferência de dados.

Geralmente os autómatos utilizam memória do tipo RAM, EPROM ou


EEPROM.

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Conceitos gerais

Memória
• Memória do Programa Supervisor: armazena o programa supervisor do
CLP, não podendo ser modificada pelo usuário. É do tipo PROM, EPROM,
EEPROM;
• Memória do Usuário: armazena o programa do usuário com a lógica de
operação do CLP, sendo do tipo RAM, EEPROM ou FLASH-EPROM;
• Memória de Dados: armazena valores do programa do usuário, tais como
valores de temporizadores, contadores, códigos de erros e senhas, bem
como a imagem das entradas e saídas do CLP.

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Bibliografia
• Manual Siemens – S7-300 Automation System Module Data.
• Apostila Siemens – Basics of PLC´s – training courses.

• JACK, Hugh. Automation Manufacturing Systems with PLCs. 2007.

• BRYAN, L. A.; Bryan E. A. Programmable Controllers. Theory and implementation.


2nd. Edition. 1988.

• BECKER, Lidomar. Controladores Lógicos Programáveis (CLP). Edição 01 – 2014.

• PRUDENTE, Francesco. Automação industrial PLC. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

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Obrigado

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