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PARTE I – HARDWARE
Esta apostila tem como objetivo prover uma visão geral das características e
recursos hoje disponíveis no mercado de controladores lógicos programáveis, bem como,
a sua aplicação nos diversos campos da automação industrial e controle de processos,
onde as necessidades de flexibilidade, versatilidade, disponibilidade, alta confiabilidade,
modularidade, robustez e baixos custos, o tornam uma excelente opção.
1.1 HISTÓRICO
A divisão Hydramatic da General Motors especificou os critérios de projeto para o
primeiro controlador programável, em 1968. O seu principal objetivo foi o de eliminar os
elevados custos associados com painéis de controle feitos com relés eletromecânicos. As
especificações exigiam um sistema de estado sólido com flexibilidade similar a de um
computador, mas com capacidade de sobreviver em um ambiente industrial, ser
facilmente programado e mantido por engenheiros e técnicos, e ser reutilizável. Este tipo
de sistema de controle reduziria o tempo de paralisação no caso de manutenções e
● O processador (Processor).
Sistemas de controle industrial são sistemas de tempo real, o que significa que
alterações nos sinais de entradas exigem uma imediata ação no sinal de saída
correspondente. Ou seja, o tempo de reação do sistema de controle deve ser condizente
com as necessidades do processo controlado. Um exemplo pode ser uma máquina onde
algum movimento deve ser interrompido quando um limite de posição é excedido. Se o
controlador não reagir no tempo necessário, o resultado poderá ser a quebra da máquina
ou o ferimento do operador. As conseqüências de uma reação atrasada são inaceitáveis.
2.1 PROCESSADOR
A principal função do processador é comandar e administrar as atividades de todo
o controlador lógico programável. Ele realiza esta função interpretando e executando uma
coleção de programas básicos do sistema chamado executivo. O executivo está
permanentemente armazenado no CLP e normalmente não pode ser modificado. Pode-se
considerar que o executivo é o sistema operacional do CLP. Todas as tarefas de controle
interno, processamento de programas do usuário e processamento de comunicações são
realizadas com a execução do executivo.
O tempo gasto para que um ciclo completo de varredura seja feito é chamado de
tempo de varredura. O tempo de varredura é o tempo total que o CLP leva para completar
as varreduras de programa e de atualização de E/S. O tempo da varredura de programa
geralmente depende de dois fatores: a quantidade de memória ocupada pelo programa de
2.3 MEMÓRIAS
A característica mais importante de um controlador lógico programável é a
possibilidade do usuário mudar o programa de controle de forma rápida e fácil. A
arquitetura do CLP é que torna o recurso da programação possível. A memória é a área
do CLP onde as seqüências de instruções, ou programas, são armazenadas e
executadas pelo processador. A seção de memória que contém o programa de controle
pode ser modificada, ou reprogramada, para adaptar o programa de controle a mudanças
de procedimentos de linhas de produção, ou para controlar novos sistemas.
● Memória do sistema.
● Memória de aplicação.
● Tabela de entradas.
● Tabela de saídas.
● Área de armazenamento.
Tabela 6: Tipos mais comuns de sinais de saída das interfaces dos CLPs
Sinais de saída
12–48 V CA/CC (transistor)
120 V CA/CC (transistor)
230 V CA/CC (transistor)
Contato de relé (a mais comum)
Saída isolada (transistor)
Nível TTL (transistor)
Diferente dos sinais discretos, que possuem somente dois estados (ON e OFF),
os sinais analógicos apresentam um número infinito de estados. A temperatura, por
exemplo, é um sinal analógico já que ela varia de forma contínua em quantidades
infinitesimais. Assim, em uma mudança de 30° C para 31° C não ocorreu apenas a
mudança de 1° C, mas ocorram infinitas pequenas mudanças de pequenos valores de
temperatura.
Tabela 10: Padrão de sinais utilizados por dispositivos controláveis por sinais
analógicos
Características
Corrente de 4–20 mA
Corrente de 10–50 mA
Tensão de 0 a +5 V
Tensão de 0 to +10 V
Tensão entre ± 2.5 V
Tensão entre ± 5 V
Tensão entre ± 10 V
2.5.1 MINI-PROGRAMADORES
Mini-programadores, também conhecidos como handhelds ou programadores
manuais, são equipamentos baratos e portáteis usados para programar normalmente
pequenos CLPs (até 128 E/S). Fisicamente, estes dispositivos lembram calculadores
portáteis, mas geralmente com um visor de LCD grande, e um teclado com teclas
numéricas, teclas de instruções e teclas de funções especiais. Em alguns modelos de
CLPs mais modernos, o mini-programador pode vir embutido no próprio CLP.