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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

COTIL - COLÉGIO TÉCNICO DE LIMEIRA


CURSO – MECÂNICA - MECATRÔNICA

CONTROLADORES LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS

CLP

CONCEITOS E APLICAÇÕES

Elaborado por :
Prof.Eng. Marcelo Corbini
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CURSO – MECÂNICA - MECATRÔNICA

Aspéctos físcicos dos Controladores Lógicos Programáveis


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1- Introdução
O que é um CLP ?

O controlador lógico programável, conhecido comumente pela sigla CLP, é um


dispositivo eletrônico dotado de um microprocessador capaz de controlar e gerenciar
máquinas, sistemas e processos industriais, ou seja, equipamento desenvolvido
especificamente para aplicações em automatização industrial, conforme definição
ABNT.
Cumpre salientar que neste momento não estudaremos a linguagem de perogramação,
ficando este assunto para disciplina de Automação, onde veremos aplicaçõs práticas
em laboratório.

2- Histórico
O termo CLP surgiu em meados da década de sessenta nos Estados Unidos em razão
da dificuldade de se atualizar sistemas elétricos convencionais baseados em relés.

Foi desenvolvido para aplicação em unidades fabris da General Motors, a empresa


montadora de automóveis tinha uma grande dificuldade de atualizar seus sistemas
automáticos de montagem sempre que mudava ou alterava um modelo de automóvel
ou método de produção, seus técnicos passavam horas ou até mesmo semanas
fazendo alterações em painéis de controle, mudando fiação, relés, temporizadores ,
que demandavam tempo e exigia muito conhecimento técnico dos profissionais.

Utiliza em sua memória um programa capaz de executar tarefas específicas, operações


lógicas, operações matemáticas, energização e desenergização de relés, temporização,
contagem e manipulação de variáveis de oito, dezesseis e até tinta e dois bits, etc.

3- Arquitetura de um Controlador Lógico Programável


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3.1 – Terminal de Programação ( TP )

Equipamento conectado temporariamente ao CLP para fins de desenvolvimento de


software aplicativo. Também pode ser utilizado para monitoramento das variáveis
contidas no software e também dos pontos de entrada e saídas físicas, podendo realizar
forçamentos de estado independente das condições do processo. Exemplo de terminal
de programação:
NOTEBOOK, PC’S.

3.2 – IHM ( Interface Homem Máquina )

Também conhecido como ‘’ Interface Homem Máquina’’, é um equipamento que


possibilita a visualização de variáveis de processo, criação de telas de operação,
imputar dados e pode ser opcional em um sistema de controle.
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Variáveis de Processo : Qualquer grandeza física ou dispositivo controlado pelo CLP. Exemplo:
Válvulas / cilindros pneumáticos, motores, sinalizadores, pressão, temperatura, posição, etc.
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3.3 – Fonte Interna

Fonte de alimentação CA/CC para CPU e periféricos.

3.4 – CPU

Unidade Central de Processamento.

CPU é a sigla para Central Process Unit, ou Unidade Central de Processamento. Ele é
o principal item de hardware de um equipamento digital programável, que também é
conhecido como processador. A CPU é responsável por calcular e realizar tarefas
determinadas pelo usuário e é considerado o cérebro do sistema.
Exemplos ilustrativos :
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3.5 – Memória de Programa

Memória utilizada para o desenvolvimento do software aplicativo, também chamado de


programa do usuário.
Nesses progamas é introduzido as lógicas de contrôle que irão atuar nas variáveis de
processo.

3.6 – Memória Imagem de Entrada

Armazena os valor binário relacionado com uma entrada física que será utilizado na
lógica do programa aplicativo. Os valores armazenados nessa memória são atualizados
a cada ciclo de varredura do programa.

Ciclo de varredura: O funcionamento dos CLPs é um processo contínuo chamado


de varredura. Em cada ciclo de varredura, o equipamento realiza as seguintes atividades:
Leitura das entradas. Execução das instruções do programa.
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3.7 – Memória Imagem de Saida

Armazena os valor binário relacionado com uma saída física que será utilizado na lógica
do programa aplicativo. Os valores armazenados nessa memória são atualizados a cada
ciclo de varredura do programa.

3.8 – Módulos de Entradas Digitais ou Analógias.

São módulos de interface entre a máquina ou processo industrial que tem como
finalidade principal adequar o nível de tensão ao um valor compatível com os circuitos
digitais do CLP, que serão devidamente armazenados em posições de memória, no
caso, memória imagem de entrada.
Esse sinal armazenado poderá ser um acionamento de um botão, sensores, etc.
No caso de um sinal analógico, podemos tem a leitura de uma temperatura, pressão,
medida de uma peça, etc.
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3.9 - Módulos de Saídas Digitais ou Analógias.

São módulos de interface entre o CLP e a máquina ou processo industrial que tem como
finalidade principal acionar dispositivos de comando localizados na máquina ou
processo industrial de acordo com a execução da lógica contida no programa do
usuário.
Os dispositivos podem ser : reles, válvulas solenóides, lâmpadas, motores, etc.

3.10 – Fonte Externa

Fonte de alimentação destinada a alimentação dos módulos de entradas e saídas.


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4 – Considerações gerais
4.1 - Definição de Pontos de Entradas

São definidos como pontos de entrada os elementos que serão interligados nas
entradas digitais ou analógicas do controlador lógico programável ( CLP ). O número de
pontos de entradas é definido conforme o equipamento ou processo a ser automatizado,
sendo que este parâmetro define o hardware do equipamento.
O Ponto de Entrada gera uma informação que será enviada a uma posição da memória
imagem de entrada e posteriormente processada de acordo com a lógica programada.
Exemplos de pontos de entrada :
Sensores de proximidade, botões de comando, sinal analógico de sensores de
temperatura, pressão, encoders, etc..

4.2 - Definição de Pontos de Saídas

São definidos como pontos de saídas os elementos que serão interligados nas saídas
digitais ou analógicas do controlador lógico programável ( CLP ). O número de pontos
de saída é definido conforme o equipamento ou processo a ser automatizado, sendo
que este parâmetro define o hardware do equipamento.
O Ponto de Saída aciona o dispositivo que realizará ações no sistema automatizado.
Exemplos de pontos de saída :
Reles, lâmpadas de sinalização, bobinas solenoides de eletroválvulas, pequemos
motores, conversores de corrente/pressão, inversores de frequência( controla
velocidade de motores ), etc.
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5 – Funcionamento
O funcionamento dos CLPs é um processo contínuo chamado de varredura. Em
cada ciclo de varredura, o equipamento realiza as seguintes atividades: Leitura das
entradas, executa as instruções do programa e atualiza as saídas.
O diagrama abaixo ilustra como é o funcionamento.
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6 - Exemplo de Aplicação
Vamos utilizar ilustrar a utilização deste equipamento tão importante na área da
automação.
Utilizando um exemplo de acionamento de um motor elétrico de indução trifásico, com
partida direta. A figura abaixo ilustra um comando de partida direta de maneira
convencional, conforme visto na Eletrotécnica.

De acordo com o diagrama, podemos definir os pontos de entradas e pontos de


saídas:
Pontos de entradas:
RT1 ( relé de proteção contra sobre cargas no motor )
b0 ( botão de partida )
b1 ( botão de parada )
Pontos de saídas:
K1 ( relé contator trifásico )
Utilizando um CLP para executar a função deste comando elétrico, teremos a seguinte
situação:
Uilizando esses pontos de entradas e saídas em um CLP, o acionamento teria essa
configuração ( considerando um CLP genérico ):
Podemos notar que a parte do COMANDO do diagrama elétrico convencional foi
substituído pelo CLP e a lógica de comando substituída por um software aplicativo.
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Notamos que cada ponto de entrada e saída digitais tem um endereço físico no CLP:
E0.0 , E0.1, E0.2 .... S2.0
A linguagem de programação LADDER será vista na disciplina de Automação.

MC 10/2020

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