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TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Técnicas de Representação Gráfica

Os gráficos se encontram presentes em nosso dia a dia, seja em jornais, revistas, artigos, manuais
escolares, apresentações públicas, etc. Uma grande vantagem da representação gráfica está na sua
capacidade de facilitar a compreensão de fenômenos estudados. Existem vários tipos de gráficos. A
história da criação dos gráficos é antiga. Jean Heinrichi Lambert, físico e matemático alemão, foi
quem primeiro criou o diagrama estatístico, outros como Playfair construiu o gráfico de pizza, o grá-
fico de barras, entre outros.

Para generalizar, as representações gráficas significam uma melhor forma de visualizar os aconteci-
mentos e/ou fenômenos. E no estudo de Física isso não é diferente, o gráfico serve para melhor visu-
alizar o comportamento de grandezas físicas de uma maneira fácil e rápida. Através de um gráfico
podemos verificar como uma determinada grandeza varia em função de outra. Exemplo: gráfico do
espaço em função do tempo.

O gráfico utilizado no estudo da Física é o de sistema de eixos cartesianos (figura 1), do qual a mate-
mática também faz uso. Esse gráfico tem este nome em homenagem a seu criador René Descartes.
Também conhecido como Renatus Cartesius, foi filósofo, físico e matemático francês, foi revolucioná-
rio na área da filosofia e na ciência, além de obter reconhecimento matemático por sugerir fusão da
álgebra com a geometria. Por muitas vezes chamado de “o fundador da Filosofia moderna” e “pai da
matemática moderna”, Descartes é considerado um dos maiores pensadores e mais influentes da
História do Pensamento Ocidental.

Figura 1

Acima temos uma representação de um plano cartesiano, onde por convenção o eixo x é chamado de
eixo das abscissas e o eixo y chamado de eixo das ordenadas.

Em Física, como veremos em outros assuntos relacionados à representação gráfica, os gráficos são
utilizados no estudo e compreensão de funções da velocidade, posição, aceleração, estudo de resis-
tências e muito mais.

As relações envolvendo grandezas são analisadas do ponto de vista das funções matemáticas. As
funções possuem inúmeras características e detalham desde cálculos cotidianos até situações de
maior complexidade. No caso da Matemática Financeira, as funções são relacionadas às aplicações
de capitais nos regimes de juros simples e compostos, os quais utilizamos as funções do 1º grau e
exponencial respectivamente.

Os gráficos representativos das funções citadas servem de análise sobre o andamento do montante
formado mês a mês, observando qual aplicação é mais vantajosa dentro de um determinado período.
Observe os gráficos das situações a seguir, eles representarão o andamento da aplicação de acordo
com o tipo de capitalização escolhida.

Suponhamos que o capital de R$ 500,00 foi aplicado a uma taxa de 2% ao mês nos regimes de juros
simples e compostos. Vamos representar a função de cada aplicação e os gráficos correspondentes
aos primeiros meses.

Juros Simples

M=C+j
J=C*i*t

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Montante ao final do quarto mês será igual a R$ 540,00.

Juros compostos

M = C * (1 + i)t

Montante ao final do quarto mês será igual a R$ 541,22

Gráficos

Juros simples

Juro Composto

Ao compararmos os dados e os gráficos percebemos que na capitalização simples os juros crescem


de forma linear, enquanto na capitalização composta os juros crescem de forma exponencial.

De acordo com os gráficos percebemos que a aplicação utilizando juros compostos é mais rentável
que a capitalização simples, pois no regime simples os juros são fixos, isto é, calculados somente so-
bre o montante inicial. No caso dos compostos, são aplicados juros sobre juros, dessa forma, o valor
de cada juro mensal é sempre maior que o do mês anterior.

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Significado Fluxo de Caixa na Matemática Financeira e Como Utilizar para Juros Compostos de Única
Entrada e Única Saída

Ao tratarmos do assunto dinheiro e o seu valor no tempo, existe uma forma de representação do fluxo
de caixa em uma linha do tempo convencionado que se chama diagrama de fluxo de caixa. Por con-
venção dize-se que esse é a representação gráfica de entradas e saídas de recursos. Veja a seguir
um exemplo:

No gráfico de fluxo de caixa as setas para cima são entradas de caixa e as setas para baixo são saí-
das de caixa. Portanto, em nosso eemplo possuimos duas entradas de caixa que referen-se a hoje e
outra daqui a três períodos que podem ser dias, meses, anos ou qualquer outro intervalo de tempo
e duas saídas de caixa, uma que será feita em sete períodos e outra daqui a doze períodos.

Os diagramas de fluxo de caixa são conceitos muitos úteis para a compreensão de diversos concei-
tos na Matemática Financeira.

Fluxo de Caixa Simples (com única entrada e única saída) para Juros Compostos

Vamos agora verificar como ficaria o fluxo de caixa de uma operação com juros compostos em que
há somente uma entrada de recursos e uma saída de recursos. Vejamos o gráfico:

Veja que a montagem do gráfico é simples e não exige muitas setas seja de saída ou entrada. Já
para calcular os juros compostos basta utilizar a fórmula pertinente que esta representada abaixo:

Onde:

VF = Valor Futuro que trata-se do montante ao final;

VP = Valor Presente trata-se do valor atual;

i = Taxa de juros utilizada;

N1 = período do investimento realizado;

N2 = período no qual a taxa está expressa;

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Vejamos um exemplo: Qual o valor de uma aplicação no valor de 100.000,00 em um CDB que
será aplicado por 155 dias úteis à taxa de 10% ao ano (na base de 252 dias úteis/ano) ?

VF = 100.000 x (1+0,1)^155/252 = 106.037,57

Obs: 0,1 = 10/100 e para elevar ao expoente utilizamos o símbolo “^” que foi aplicado “^155/252”.

Fluxograma

Fluxograma é a Representação Gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma analítica,


caracterizando as operações, os responsáveis e ou unidades organizacionais no processo.

Esta Técnica de Representação Gráfica, apresenta-se com racionalidade, lógica, clareza e síntese,
as rotinas ou procedimentos em que estejam envolvidas informações, documentos recebidos, emiti-
dos, processados e seus responsáveis e ou unidades organizacionais.

O Fluxograma mostra de forma dinâmica o fluxo ou a sequência de um trabalho, utilizando-se de sim-


bologia pertinente. Mostra como se faz um trabalho e analisa problemas cuja solução objetiva a racio-
nalização de tarefas porque visualiza a circulação de papéis e formulários entre os diversos setores
da Empresa ou entre pessoas.

Pode ser usado para análise de problemas na distribuição de cargos e funções, relações funcionais,
delegação de autoridade, atribuição de responsabilidade ou outros aspetos do funcionamento do pro-
cesso administrativo.

O Fluxograma pode ser denominado, carta de fluxo de processo, gráfico de sequência ou gráfico de
processamento.

Objetivos:

 Representação e padronização dos métodos e procedimentos administrativos; Rapidez na descri-


ção dos métodos administrativos;

 Facilitar a leitura e entendimento;

 Facilitar a localização e a identificação dos aspetos mais importantes;

 Melhor grau de análise dos processos administrativos;

 Mostrar a sequência de um ou mais trabalhos, para permitir a visualização dos movimentos ilógicos
e a dispersão dos recursos materiais e humanos;

 Descobrir as falhas na execução dos processos administrativos;

 Mostrar como as coisas são feitas.

Vantagens:

 Apresentação do real funcionamento dos processos administrativos;

 Facilita a análise da eficiência do sistema administrativo;

 Visualização integrada dos métodos e processos administrativos;

 Propicia levantamentos e análises de qualquer método ou processo administrativo;

 Possibilita tanto para especialistas ou usuários, leitura simples da lógica dos processos administrati-
vos em função do uso de simbologia padronizada;

 Identificação fácil e rápida dos pontos fracos e fortes dos métodos e processos administrativos.

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Informações básicas de um fluxograma:

 Tipos de operações ou trâmites que integram o circuito de informações;

 Unidades organizacionais onde se realizam as operações;

 Fluxos de informações;

 Níveis hierárquicos que intervêm nas operações do método ou processo administrativo.

Análise de um Fluxograma:

Perguntas feitas antes da elaboração de um fluxograma:

 O que é feito?

 Para que serve esta fase?

 Porque esta fase é importante?

 Esta fase tem alguma influência no resultado final da rotina analisada?

 Onde esta fase deve ser feita?

 Esta rotina pode ser simplificada?

 A mudança de local é viável?

 A mudança de local economizará tempo?

 Quando a fase deverá ser feita?

 Quem deve executar esta fase?

 A sequência é correta?

 Outras pessoas são habilitadas para executar a fase?

 É possível outra pessoa executar esta fase?

 Como a fase está sendo executada?

Simbologia

Tipos de Fluxogramas

 Fluxograma Vertical;

 Fluxograma Parcial ou Descritivo;

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 Fluxograma Global ou de Coluna;

 Fluxograma de Processo.

Fluxograma Vertical:

É mais utilizado no estudo de processos produtivos, do tipo linha de produção, no qual se pode dividir
um grande processo em vários outros, mais simples, com poucas áreas envolvidas e com número
restrito de operações que se encaixam nos símbolos previamente estabelecidos pelo fluxograma.
Pode-se, também, utilizá-lo em processos administrativos, desde que feitas as devidas adequações.

O Fluxograma Vertical tem as seguintes características:

 Pode ser também chamado de folha de análise, folha de simplificação do trabalho ou diagrama de
processo;

 É usado para representação de rotinas simples no processo específico de uma unidade da Em-
presa.

As Vantagens do Fluxograma Vertical são:

 Pode ser impresso como formulário padronizado;

 Rapidez do preenchimento, os símbolos já se encontram no formulário;

 Maior clareza de apresentação;

 Facilidade de leitura por parte dos usuários.

Exemplo:

Fluxograma Parcial ou Descritivo:

Fluxograma que descreve o fluxo de atividades, dos documentos e das informações que circulam em
um processo, por meio de símbolos padronizados.

A elaboração é feita como se estivesse escrevendo, só que, no lugar de somente palavras, são utili-
zados símbolos e palavras, que permitem a descrição do fluxo do processo de maneira clara e pre-
cisa.

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O Fluxograma Parcial ou Descritivo tem as seguintes características:

 Descreve os fluxos e os trâmites dos Documentos;

 É o mais utilizado para levantamentos;

 De elaboração mais difícil que o Fluxograma Vertical;

 Operacionalização por meio de interligação da simbologia.

As vantagens do Fluxograma Parcial ou Descritivo são:

 Mais utilizado para rotinas que envolvem poucas unidades organizacionais.

Exemplo:

Fluxograma Global ou de Coluna:

As Características de um Fluxograma Global ou de Coluna são as seguintes:

 É o mais utilizado nas Empresas;

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 Utilizado na descrição das novas Rotinas e Procedimentos Administrativos;

 Permite a demonstração com maior clareza dos fluxos de documentos e informações, dentro e fora
do setor estudado.

Exemplo:

Fluxograma de Processo:

Fluxograma de Processo é bastante útil para representar o fluxo de processos de produção nas in-
dústrias.

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Exemplo:

Lotacionograma

Lotacionograma é a Técnica de Representação Gráfica que tem por objetivo fornecer uma visão
exata da disposição dos Recursos Humanos na organização, facilitando a coordenação e alocação
destes pelos diversos órgãos e favorecendo possíveis trabalhos de remanejamento ou de reorganiza-
ção.

Os lotacionogramas devem ser utilizados sempre que ocorrerem alterações estruturais em um órgão
ou mudança no quadro de pessoal. O nível de detalhamento do lotacionograma varia de acordo com
a complexidade do estudo realizado.

Exemplo:

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Gráfico

Gráfico é a Técnica de Representação Gráfica em uma superfície plana de um objeto ou de um racio-


cínio esquematizado, objetivando visualizar uma ideia e facilitar a transmissão precisa de uma ima-
gem.

Os gráficos devem demonstrar com simplicidade, clareza e precisão, o resultado de uma pesquisa ou
análise, mostrando a situação, por exemplo, de desempenho de um produto ou serviço.

Os gráficos ajudam muito no acompanhamento e na interpretação de situações dentro da Organiza-


ção.

A clareza e o rigor da linguagem se constituem na condição primordial para uma comunicação exata
de informações na instituição e em função disso, o seu bom funcionamento.

Exemplo:

Requisitos indispensáveis a um gráfico:

 Simplicidade: Significa que deve ser evitado um excessivo número de informações;

 Clareza: Um gráfico deve “falar por si só”, sem apresentar a necessidade de se estudar seu signifi-
cado, por conseguinte, uma única interpretação.

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