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Intuitivamente, sabemos que R$ 4.000,00 hoje "valem" mais que esses mesmos R$ 4.000,00 daqui a um ano,
por exemplo. A princípio, isso nos parece muito simples, porém, poucas pessoas conseguem explicar porque isso
ocorre.
É aí que entram os juros. Os R$ 4.000,00, hoje, valem mais do que os R$ 4.000,00 daqui a um ano porque esse
capital poderia ficar aplicado em um banco, por exemplo, e me render juros que seriam somados aos R$
4.000,00, resultando numa quantia, obviamente, maior que esse capital.
Por exemplo: suponha que um banco me pague R$ 400,00 de juros ao ano caso eu aplique esses R$ 4.000,00
hoje. Isso quer dizer que, daqui a um ano, quando esse capital for resgatado, o valor recebido será de R$
4.400,00, e não somente os R$ 4.000,00 iniciais.
Isso mostra que receber os R$ 4.000,00 hoje seria equivalente a receber R$ 4.400,00 daqui a um ano, e não os
mesmos R$ 4.000,00, já que esses, daqui a um ano, já terão perdido parte de seu valor. Os juros de R$ 400,00
referentes ao prazo de um ano funcionariam como uma recompensa por termos de esperar todo esse tempo
para ter o dinheiro em vez de tê-lo hoje.
É esse o valor do dinheiro no tempo. Os juros fazem com que uma determinada quantia, hoje, seja equivalente
a outra no futuro. Apesar de diferentes nos números, os valores R$ 4.000,00 hoje e R$ 4.400,00 daqui a um
ano seriam equivalentes para juros de R$ 400,00.
Um capital de R$ 4.000,00 só será equivalente a R$ 4.000,00 daqui a um ano na hipótese absurda de a taxa de
juros ser considerada igual a 0.
A Matemática Financeira, portanto, está diretamente ligada ao valor do dinheiro no tempo, que por sua vez está
ligado à existência da taxa de juros.
Capital ou Valor Presente (VP) é o Capital Inicial (Principal) em uma transação financeira, referenciado,
geralmente, na escala horizontal do tempo, na data inicial (n=0). É, ainda, o valor a vista quando nos referimos,
nos termos comerciais, àquele valor "com desconto" dado como opção às compras a prazo.
JUROS (J)
Os juros (J) representam a remuneração pela utilização de capitais de terceiros, ou por prazos
concedidos. Podem ser, também, a remuneração por capital aplicado nas instituições financeiras. São
considerados rendimento se você os recebe, e são considerados despesa se você os paga.
Taxa de juros (i) é o valor do juro em determinado tempo, expresso como porcentagem do capital inicial. Pode
ser expresso da forma unitária ou percentual (0,15 ou 15%, respectivamente). Veja:
Se um banco me paga R$ 400,00 de juros sobre um capital de R$ 4.000,00 aplicado durante um ano, a taxa de
juros nada mais é do que:
Isso significa que esse banco está pagando uma taxa de juros de 10% ao ano.
As transações financeiras são feitas tendo-se como referência uma unidade de tempo (como um dia, um mês,
um semestre e etc.) e a taxa de juros cobrada nesse determinado tempo.
O período de uma transação é o tempo de aplicação de cada modalidade financeira. Pode ser unitário ou
fracionário.
Por exemplo, uma aplicação em CDB de 33 dias. O prazo dessa aplicação é unitário se o banco utilizar uma taxa
específica para 33 dias. Isso quer dizer que n=1 (1 período), pois 33 dias foi o período considerado para a taxa
de juros como sendo uma unidade de tempo.
O banco pode, ainda, considerar para essa aplicação uma taxa que corresponda a um período de um ano, por
exemplo.
Já nessa situação, o prazo da aplicação (n) será de 33/360, o que significa a proporção de tempo em relação a
um ano, que foi considerado como unidade de tempo (tendo em vista que a taxa de juros é anual). Daí temos
um período fracionário, pois n=33/360. Então, o prazo ou período considerado só pode ser definido se levarmos
em consideração a taxa de juros, que pode ser definida para qualquer período.
No caso de seqüência de capitais ou série de pagamentos, o “n” expressa o número de pagamentos ou
recebimentos efetuados do começo ao fim da operação. Todos nós, obviamente, já nos deparamos com uma
situação como, por exemplo, comprar um televisor em 5 prestações mensais. Essas 5 prestações representam o
"n", ou seja, o número de pagamentos que serão efetuados durante toda a operação.
Montante ou Valor Futuro (VF) é o valor obtido no final da transação, somando-se ao capital inicial os juros
incorridos no período de aplicação.
Serão dadas as três principais fórmulas: do Montante (M), dos Juros (J) e da Taxa de Juros (i). Com
estas três fórmulas é possível resolver diversos problemas que pareciam complicados.
Montante
Montante
Juros
Juros
Taxa de Juros
Taxa de Juros
EXEMPLO:
Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado a uma taxa de 12 % a.m. Acompanhe como é realizado o cálculo dos
juros e do Montante ao final do primeiro mês.
Exemplo:
Suponhamos que você aplicou R$ 1.500,00 a uma taxa de juros de 25% a.a. Veja como é calculado, no Excel, o
rendimento de juros e quanto seria resgatado em 1 ano.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 1.500,00
3 Taxa de Juros 25%
4 Juros R$ 375,00 J=C*i
5 Valor Futuro (Montante) R$ 1.875,00 M=C+J
Se você tem uma calculadora HP 12C, também pode utilizá-la para efetuar esse cálculo.
Valores de Entrada Tecla função Saída
1500 ENTER 1500 :: > Valor do Capital
25 % 375 :: > Usando a tecla indicada, a calculadora efetuará 25% dos
+ 1875 1.500 do Capital. Depois é só somar os dois valores para
encontrar o Montante
Exemplo:
Você tem R$ 2.346,00 hoje, mas daqui a três meses terá que pagar uma dívida de R$ 3.123,00. Para honrar a
sua dívida, alguém sugere que você aplique seu dinheiro para que, no futuro, tenha o que precisa. A qual taxa
de juros você precisaria aplicar esse capital?
Nesse caso, você já tem os Valores Presente e Futuro, e precisa da taxa de juros que renderia os R$ 777,00 de
juros para a formação do Montante de R$ 3.123,00 objetivado.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$2.346,00
3 Valor Futuro R$3.123,00
4 Taxa de Juros 33,12% i = (M/C)-1
5 Juros R$777,00 J=C*i
Na HP 12C você poderia fazer esse exercício usando a tecla de variação percentual.
Mais um conceito fundamental da matemática financeira é o de fluxo de caixa. Ele é definido como o conjunto
de entradas e saídas monetárias (pagamentos e recebimentos) referentes a uma transação financeira de uma
empresa, projeto de investimento e etc.
Nesse contexto, o diagrama de fluxo de caixa é a representação gráfica desse indispensável instrumento de
análise de rentabilidade, custos, viabilidade econômica e financeira de projetos de investimento. O diagrama
torna mais fácil a visualização da movimentação monetária, facilitando o processo de análise.
Exemplo:
Um investidor compra um título hoje por R$ 1.000,00. Esse título lhe dá o direito de receber, durante 5 anos, a
quantia de 10 % a.a (ao ano) sobre o valor inicial pago (denominado valor nominal ou de face), mais o capital
inicial de volta no final do quinto ano.
O diagrama ficaria assim:
No EXCEL, observe a Memória de Cálculo do Valor Futuro.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 1,000,00
3 Taxa de Juros (ao período) 10%
4 Juros (ao período) R$ 100,00 J=C*i
5 Valor Futuro (Montante) R$ 1.500,00 M = C + 5*J
Tecla
Valores de Entrada função Saída
1000 ENTER 1000 ::> Insere capital
10 % 100 ::> Calcula juros sobre o capital
5 X 500 ::> Multiplica juros por período
+ 1500 ::> Encontra o valor futuro
Capitalização é o ato de incluir os juros incorridos durante um período no capital inicial, resultando em um
montante "capitalizado" (acrescido dos juros).
Quando um capital é aplicado à determinada taxa, o montante resultante dessa aplicação pode "crescer" de
duas formas: pela capitalização simples ou pela capitalização composta.
Capitalização Simples
Em um regime de capitalização simples os juros são sempre iguais e incidem somente sobre o capital inicial
durante todo o período. O montante, dessa forma, cresce de maneira linear. Nessa forma de capitalização,
geralmente os juros são pagos no final da operação.
Exemplo:
Aplica-se um capital de R$ 2.000,00 no início do primeiro ano e espera-se resgatá-lo daqui a 3 anos. Sabendo
que o regime é de capitalização simples e que os juros são de 17% a.a., é fácil calcular o montante. Veja:
Você pode fazer o cálculo dos juros e montante usando o EXCEL. Verifique os passos abaixo:
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 2,000,00
3 Taxa de Juros 17%
4 Juros (ao período) J=C*i
5 Número de Períodos (n) 3
6 Valor Futuro (Montante) M = C + (J * n)
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 2,000,00
3 Taxa de Juros 17%
4 Juros (ao período) = B2 * B3 J=C*i
5 Número de Períodos (n) 3
6 Valor Futuro (Montante) = B2 + (B4 * B5) M = C + (J * n)
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 2,000,00
3 Taxa de Juros 17%
4 Juros (ao período) R$ 340,00 J=C*i
5 Número de Períodos (n) 3
6 Valor Futuro (Montante) R$ 3.020,00 M = C + (J * n)
Capitalização Composta
Nesse regime de capitalização, o capital é remunerado a cada período, e os juros incidem sobre o capital inicial,
acrescido dos juros acumulados até a referida data. Sendo assim, o montante, ao final da data 1(n = 1), por
exemplo, é o capital inicial da data 2 (n = 2) e sobre ele incidirão juros novamente.
Vejamos o mesmo caso do exemplo anterior, mas agora usando o regime de capitalização composta, à mesma
taxa de 17%. Os cálculos no EXCEL seriam feitos da seguinte forma:
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 2,000,00
3 Taxa de Juros ( i ) 17%
4 Juros 1 (J1) R$ 340,00 J1 = C x i
5 Montante 1 (M1) R$ 2.340,00 M1 = C + J
6 Juros 2 (J2) R$ 397,80 J2 = M1 x i
7 Montante 2 (M2) R$ 2.737,80 M2 = M1+J2
8 Juros 3 (J3) R$ 465,43 J3 = M2 x i
9 Montante 3 (M3) R$ 3.203,23 M3 = M2+J3
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 2,000,00
3 Taxa de Juros ( i ) 17%
4 Juros 1 (J1) = B2 * B3 J1 = C x i
5 Montante 1 (M1) = B2 + B4 M1 = C + J1
6 Juros 2 (J2) = B5 * B3 J2 = M1 x i
7 Montante 2 (M2) = B5 + B6 M2 = M1+J2
8 Juros 3 (J3) = B7 * B3 J3 = M2 x i
9 Montante 3 (M3) = B7+ B8 M3 = M2+J3
Representando essa aplicação no diagrama de fluxo de caixa, podemos ver mais facilmente.
.
Na HP 12C, os cálculos podem ser executados da seguinte forma:
Função VFPLANO
Existe, ainda, uma terceira forma de se resolver esse e outros problemas com capitalização composta. Trata-se
da função VFPLANO oferecida pelo EXCEL, que ajuda a calcular o montante resultante de uma aplicação
composta de taxas de juros sobre um determinado capital.
Para a função VFPLANO estar disponível no EXCEL, entre na Barra de Ferramentas, clique sobre o item
Suplementos e habilite Ferramentas de Análise.
Essas funções oferecidas pelo EXCEL geralmente estão agrupadas no Assistente de Função. Esse Assistente
pode ser acionado pela Barra de Ferramentas, com um clique no ícone fx . Clicando aí, aparecerá uma caixa
de diálogo do Assistente de Funções, onde deve ser selecionada a categoria "Financeira".
Feito isso, escolhe-se a função "VFPLANO". Aparecerá outra caixa de diálogo, da função, onde deverão ser
inseridas as referências das células indicadas, apenas clicando com o mouse e selecionando as células com os
valores pedidos.
No espaço para o Capital: deve-se inserir a referência da célula que armazena o valor do capital da
operação.
No espaço para o Plano: deve-se inserir o intervalo que contém os valores da taxa de juros a cada
período. Nesse caso, serão inseridos os valores 17%, 17% e 17%, porque a taxa é igual para os três
períodos.
A B
1 Dados Valores
2 Valor Presente (Capital) R$ 2.000,00
3 Taxa de Juros 1 17%
4 Taxa de Juros 2 17%
5 Taxa de Juros 3 17%
6 Montante R$ 3.203,23
=VFPLANO(B2; B3:B5)
Os juros simples têm seu fundamento no regime de capitalização simples, no qual o crescimento do capital se
dá linearmente (por isso, o cálculo dos juros simples também é chamado de cálculo linear). Trata-se de juros
simples toda transação em que os juros incidem sempre sobre o capital inicial e são, então, iguais em todos os
períodos.
Exemplo:
Veja como é fácil realizar operações de cálculos com juros simples. Suponhamos que você tenha uma aplicação
de R$ 120.000,00, que rende, a juros simples, 15% a.t. Quanto esperaria ter no final do ano, se aplicou seu
dinheiro no primeiro dia do ano?
Daí:
Além disso, o Excel calcula datas corridas, o que facilita bastante as operações envolvendo prazos não inteiros
ou de difícil cálculo mental.
Veja:
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Presente (Capital) R$ 120.000,00
3 Taxa de Juros 15%
4 Juros (trimestrais) R$ 18.000,00 J=C*i*n
5 Períodos 4 n = 12/3
6 R$
Valor Futuro (Montante) 192.000,00 M = C*(1+ i * n)
Uma outra aplicação muito útil sobre juros simples usando o Excel é o cálculo dos juros a pagar se um título é
pago em atraso. Por exemplo, vamos imaginar que você tem dois boletos bancários vencidos e não pagos.
O primeiro é para pagamento de um fornecedor seu, que venceu dia 7 de abril e cobra 3% a.m. em caso de
atraso. O segundo é a fatura do cartão de crédito, que venceu dia 5 de abril, e cobra 10% a.m. por atraso no
pagamento. Quais seriam os juros incorridos se você só pudesse pagá-los no dia 25 do mesmo mês? Os valores
estão abaixo;
A B C D E F G
1 Taxa de
Títulos Valor Vencimento PGTO Juros Juros Valor Pago
2 R$
Boleto R$ 2.650,00 07/Abr 25/Abr 3% 47,70 R$ 2.697,70
3 R$
Fatura R$ 1.478,00 05/Abr 25/Abr 10% 98,53 R$ 1.576,53
É importante ressaltar que o cálculo efetuado foi feito em cima do total de dias corridos entre uma data e outra,
para uma simplificação dos cálculos a serem executados. Em uma operação real, no mercado, teriam que ser
descontados os sábados, domingos e feriados, deixando somente os dias úteis nos cálculos.
A calculadora HP12C também permite o cálculo de dias entre duas datas, função que pode ser usada para esse
tipo de problema apresentado. Veja quais são os passos a seguir.
Calculando os juros de atraso no caso da fatura do cartão:
Vimos no exemplo anterior que tivemos que transformar a taxa de juros ao mês para uma taxa de juros diária.
Esse cálculo é muito usado em transações financeiras em geral e as taxas que procuramos são denominadas
taxas equivalentes, isto é, que produzem o mesmo montante se aplicadas sobre um mesmo capital em um
mesmo intervalo de tempo.
No caso dos juros simples, o cálculo é muito fácil e simplificado pelo caráter linear desse tipo de capitalização.
Pode sempre ser feito por meio da proporcionalidade (usando regra de três simples, por exemplo).
Para efeito demonstrativo, vamos colocar a fórmula que pode ser usada para o cálculo dessas taxas.
C . i1 . n1 = C . i2 . n2 i1 . n1 . = i2 . n2
i1 = i2 . n2 ou
i2 = i1
n2
Se quisermos calcular, por exemplo, a taxa anual em juros simples, equivalente à taxa mensal de 2,5 % a.m.,
teremos:
O cálculo de taxas equivalentes diárias é muito comum no nosso dia-a-dia, como visto anteriormente. Porém, o
cálculo das taxas equivalentes tem como pressuposto o cálculo dos dias corridos da operação. Essa conta, por
sua vez, pode ser feita de duas maneiras distintas, aplicáveis de acordo com a operação.
Quando usamos como base o ano civil, com 365 dias (ou 366) e meses com números variáveis de dias, os juros
calculados são os juros exatos.
Quando usamos como base o ano comercial de 360 dias e meses com 30 dias, os juros obtidos são os juros
comerciais.
Exemplo:
Um capital de R$ 5.000,00 foi aplicado à taxa de 20% a.a. pelo prazo de 53 dias. Verifique os juros comerciais e
os juros exatos dessa aplicação.
A B
1 Dados Valores
2 Valor presente (Capital) R$ 5.000,00
3 Período 53
4 Taxa de juros 20%
5 Taxa de juros exatos ao dia 0,05479%
6 Taxa de juros comerciais ao dia 0,05556%
7 Juros exatos R$ 145,21
8 Juros comerciais R$ 147,22
A taxa de juros exatos por dia é calculada dividindo-se a taxa nominal anual dada por 365.
A taxa de juros comerciais por dia é calculada dividindo-se a taxa nominal anual por 360.
Para o cálculo de ambos os juros, simplesmente multiplique cada uma das taxas diárias equivalentes pelo
período de aplicação.
As aplicações para cada um dos casos dependem dos parâmetros adotados no mercado para cada caso. Um
exemplo típico de aplicações de curtíssimo prazo, onde as taxas equivalentes diárias precisam ser calculadas,
são as operações com HOT MONEY (empréstimos de curtíssimo prazo das instituições financeiras para
empresas).
Nesse tipo de operação, as taxas dadas são mensais, os juros são contabilizados no padrão comercial e o
critério utilizado é o de juros simples. Normalmente os empréstimos são tomados por um dia e renovados a
cada dia, se necessário.
A B
1 Dados Valores
2 Capital Emprestado R$ 25.000,00
3 Período (dias) 2
4 Taxa disponível no mercado para empréstimos de Hot Money - 1º
::>
Tx. Juros 1º dia (mês) 31 % dia
5 Tx. Diária 1º dia 1,03 % ::> Taxa equivalente diária da taxa mensal do Hot Money - 1º dia
6 Juros 1º dia R$ 258,33
7 Montante 1º dia R$ 25.258,33
8 Taxa disponível no mercado para empréstimos de Hot Money - 2º
::>
Tx. Juros 2º dia (mês) 33 % dia
9 Tx. Diária 2º dia 1,10 % ::> Taxa equivalente diária da taxa mensal do Hot Money - 2º dia
10 Juros 2º dia R$ 277,84 ::> Note que os juros incidem sobre o montante resultante do 1º dia,
11 Montante 2º dia R$ 25.536,18 quando da renovação do empréstimo por mais um dia (total = 2)
Visualize as fórmulas.
A B
1 Dados Valores
2 Capital emprestado R$ 25.000,00
3 Período (dias) 2
4 Tx. juros 1º dia (mês) 31 %
5 Tx. diária 1º dia =B4/30
6 Juros 1º dia =B2*1*B5
7 Montante 1º dia R$ 25.258,33
8 Tx. juros 2º dia (mês) 33 %
9 Tx. diária 2º dia =B8/30
10 Juros 2º dia =B7*1*B9
11 Montante 2º dia R$ 25.536,18
A calculadora HP 12C também permite este cálculo. Para demonstrar observe o cálculo do montante acumulado
(juros 1º e 2ª dia + capital).
Na matemática financeira, denomina-se valor atual o valor presente de uma operação, um título, uma
transação financeira, uma dívida, ou ainda o preço à vista de certo produto.
Na outra ponta de todos esses casos está o valor nominal, que geralmente é empregado para valores de
títulos na data de seu vencimento, mas também pode ser estendido para todos esses outros casos citados. O
valor nominal é o valor final da operação, que, se tirados os juros incorridos ou embutidos, torna-se igual ao
valor presente.
V+V.i.n=N V= N
1+i.n
Exemplo:
Suponhamos que você tenha que pagar R$ 4.000,00 a um fornecedor em 120 dias. Como você tem um pouco
de dinheiro em caixa, que ficaria parado, você vai até o banco e procura saber com o gerente quanto precisaria
aplicar hoje para ter os R$ 4.000,00 em 120 dias, já que o banco dispõe de uma aplicação que paga 10% a.m.
de juros.
A B
1 Dados Valores
2 Valor nominal R$ 4.000,00
3 Taxa de juros 10%
4 Período 4 ::> Taxa em meses, período em meses.
5 Valor presente R$ 2.857,14 ::> Esse é o valor que tem que ser aplicado
na data 0, para que no final dos 120 dias
se tenha os R$ 4.000,00
Esse nome pode nos parecer estranho, a princípio. Entretanto, ele está diretamente ligado a nosso dia-a-dia. É o
método utilizado na cobrança dos juros de cheques especiais. Tal cálculo, por muitas vezes, causa certa
insegurança aos usuários desse tipo de cheque. Veremos, então, como ele procede.
Os juros são calculados sobre os saldos devedores. Supondo, por exemplo, que o Sr. Alberto apresente um
saldo devedor de R$ 400,00 do dia 02/07/00 ao dia 10/07/00. Os juros são calculados sobre esse saldo devedor,
levando-se em consideração o número de dias nos quais ele permaneceu nessa situação (no caso, 8 dias).
Como estamos tratando de dias, a taxa de juros utilizada deve ser a taxa diária.
Então, se a taxa de juros mensal for de 12 % a.m., a taxa diária será de:
Essa taxa diária deve, então, incidir sobre o saldo devedor pelo número de dias que ele permaneceu nessa
situação.
Teremos então:
J
Juros = 400,00 * 0,4 * 8
O método em questão permite o cálculo dos juros incorridos em diferentes aplicações. Essas aplicações podem
estar em períodos diversos, porém com a mesma taxa incidente. É um método simplificado que facilita a
contabilização de aplicações de investidores que movimentam bastante seus investimentos.
A fórmula do cálculo dos juros vem da somatória de cada capital, multiplicado pelo período no qual os juros
incidiram sobre ele, tudo multiplicado pela taxa comum.
Veja abaixo:
J = J1 + J2 + J3 +........+Jp
p
J=i .
k=1
Ck . n k
Assim, o saldo devedor é agora nosso capital e é sobre ele que irão incidir os juros em determinado período. Se
somarmos cada saldo devedor multiplicado pelo período que o saldo permaneceu em conta e multiplicarmos
tudo isso pela taxa mensal, saberemos de quanto foi a despesa com juros.
O período de permanência de cada saldo em conta pode ser obtido no Excel subtraindo-se uma data de início de
um novo saldo (o próximo) menos a data de início do saldo do qual se deseja calcular o prazo de permanência
Exemplo:
A B C D
1 Dias- n.º dias X saldo
Data Saldo C/C devedor dev
2 01/Dez R$ 800,00 R$0,00
3 05/Dez (R$ 50,00) 9 (R$ 450,00)
4 14/Dez (R$ 250,00) 5 (R$ 1.250,00)
5 19/Dez R$ 80,00 R$ 0,00
6 23/Dez (R$ 120,00) 5 (R$ 600,00)
7 28/Dez R$ 200,00 R$ 0,00
8 31/Dez R$ 160,00 R$ 0,00
9 Total (dias x saldo) (R$ 2.300,00)
10 Taxa de juros (a.m.) 9,8%
11 Total de juros a pagar no mês (R$ 225,40)
Os valores em vermelho, entre parênteses, são valores negativos, por convenção
Já que estamos vendo como calcular os juros do cheque especial cobrados pelos bancos, veremos agora mais
um conceito amplamente utilizado por eles. O método do saldo médio é geralmente usado como um dos
critérios para conceder renovação do cheque especial, novos empréstimos e vantagens preferenciais a clientes.
Além de outras utilidades nas quais o cálculo do saldo médio é necessário, saber como se faz o cálculo é
interessante porque permite uma melhor administração de suas contas para conseguir, em seu banco,
vantagens, empréstimos e a própria renovação do cheque especial.
A fórmula do saldo médio é a seguinte:
SM = C1 . n1 + C2 . n2 + ...... + Cp . np
n1 + n2 + ...... + np
Veja como a fórmula anterior pode ser aplicada no Excel.
Exemplo:
Tomemos como exemplo o caso anterior. Qual é o saldo médio de uma conta que apresenta tal movimentação?
A B C D
1 Data Saldo C/C Dias/ocorrência Saldo x dias ocorrência
2 01/Dez R$ 800,00 4 R$ 3200,00
3 05/Dez (R$ 50,00) 9 (R$ 450,00)
4 (R$
14/Dez 250,00) 5 (R$ 1250,00)
5 19/Dez R$ 80,00 4 R$ 320,00
6 (R$
23/Dez 120,00) 5 (R$ 600,00)
7 28/Dez R$ 200,00 3 R$ 600,00
8 31/Dez R$ 160,00 0 R$ 0,00
9 Total 30 R$ 1820,00
10 Saldo médio do mês R$ 60,67
3.1 Conceito
A didática do desconto pode ser facilmente entendida como sendo o inverso dos juros. Isso porque, se os
juros incidem sobre o Valor Presente de um capital, o desconto incide sobre o Valor Nominal desse capital.
Enquanto os juros somam ao Valor Presente um valor porcentual (denominado taxa de juros) transformando-o
em um Valor Nominal (futuro) no final da operação, o desconto faz o caminho inverso. Ele incide sobre o Valor
Nominal, decrescendo deste um valor porcentual (denominado taxa de desconto), transformando-o em um Valor
Presente na data da operação.
Na prática, o desconto pode ser usado para o cálculo do Valor "Descontado" (e daí o nome) de um título que
precisa ser resgatado antes do vencimento. O desconto, nesse caso, seria simplesmente a diferença entre o
Valor Nominal que seria resgatado no vencimento e o Valor Presente conseguido pelo título liquidado
antecipadamente.
Valor nominal
Desconto
Valor
descontado
Se quisermos calcular o Valor de Venda de um título hoje (isto é, seu Valor Presente), devemos subtrair do Valor
de resgate desse título (que é seu Valor Nominal) o valor referente ao desconto.
Existem duas metodologias para o cálculo dos descontos: o Desconto Racional Simples ou "Por Dentro" e o
Desconto Comercial Simples ou "Por Fora".
O desconto racional pode ser entendido como a diferença entre o Valor Nominal (N) de um título ou transação e
o seu Valor Presente, atual ou inicial.
A taxa utilizada não é uma taxa de desconto e sim a própria taxa de juros. Esse tipo de desconto raramente tem
sido utilizado pelo mercado brasileiro.
Entretanto, ele consiste numa importante fonte de comparação com o Desconto Comercial. Dito isso, temos o
desconto racional como:
V= N .
1 + in
Logo, podemos calcular o desconto racional simplesmente subtraindo do Valor Nominal o Valor presente (que
será calculado como já havíamos visto anteriormente). Nos exemplos seguintes você verá como fazer.
Um título, com Valor Nominal de R$ 7.000,00, foi descontado três meses antes do seu vencimento. Se a taxa de
juros do mercado é de 7 % a.m., qual o valor do desconto e o valor recebido antecipadamente por tal título?
Forma decimal
para taxa de juros
( 7/100)
No EXCEL, os cálculos podem ser feitos, simplificadamente, da seguinte forma:
A B C
1 Memória de
Dados Valores Cálculo
2 Valor nominal R$ 7.000,00
3 Taxa de juros 7%
4 Período antecipado 3
5 Valor atual R$ 5.785,12 V = N / 1 + i*n
6 Desconto R$ 1.214,88 DR = N - V
Verifique as fórmulas:
B5 =B2/(1+(B3*B4))
B6 =B2-B5
Repare que, no desconto racional, o desconto em si é calculado pela incidência da taxa sobre o Valor Atual ou
Presente de um capital, até a data de antecipação do título ou transação, e o desconto é obtido pela diferença
entre o Valor Nominal e o Valor Atual "ajustado" encontrado.
Para uma melhor visualização desse argumento lembre que a fórmula usada para o cálculo do Valor Atual veio
de:
Desconto Comercial ou por Fora é a modalidade de desconto freqüentemente usada no mercado. No Desconto
Comercial há uma taxa antecipada, denominada taxa de desconto, que incide sobre o Valor Nominal de um
título ou transação trazendo-o ao Valor Presente na data antecipada. Esse método difere-se do Desconto
Racional pois, nesse último, utilizávamos a própria taxa de juros para calcular o Valor Presente.
Nesse caso, o Valor Presente é o "montante" procurado, pela incidência de uma taxa de desconto, por tantos
períodos quanto forem especificados, sobre um Valor Base, nesse caso, o Valor Nominal. Trata-se, literalmente,
da operação inversa à da capitalização do Capital Inicial. Essa é uma operação de descapitalização.
J=C.i.n Dc = N . d . n
Taxa de Desconto
Comercial
J = C × i. × n
i = taxa de juros no período (constante)
VC = N DC
Para entendermos melhor o cálculo do Desconto Comercial, vamos fazer o mesmo exercício do exemplo
anterior.
No primeiro exemplo, o que incidiu sobre o Valor Nominal foi a taxa de juros. Já no segundo caso,
foi a taxa de desconto. Note que essas taxas incidem de maneiras diferentes.
Por isso que a taxa de juros e a taxa de desconto, apesar de iguais em valor no exemplo acima, não
são equivalentes.
Verifique no EXCEL como isso fica ainda mais claro e fácil de resolver:
A B C
1 Dados Valores Memória
2 Valor nominal R$ 7.000,00
3 Taxa de desconto 7%
4 Período antecipado 3
5 Desconto comercial R$ 1.470,00 DC = N * d * n
6 Valor atual R$ 5.530,00 VC = N - D C
Visualize as fórmulas.
B5 =B2*B3*B4
B6 =B2-B5
Isso também acontece em virtude da diferença de base de incidência de cada uma das taxas.
Os cálculos de Descontos Comerciais também podem ser realizados na HP 12C. Veja como fazê-los:
Neste exemplo testamos a equivalência das duas taxas utilizadas em cada um dos métodos.
Se, por exemplo, pegássemos o Valor Recebido pela antecipação do exercício anterior. Será que, se
reinvestíssemos esse dinheiro a uma taxa de juros de 7 % a.m., conseguiríamos de novo os R$ 7.000,00 que
iríamos receber?
Isso é muito fácil de verificar com a ajuda do EXCEL. Vamos verificar essa aplicação dos R$ 5.530,00 por três
meses e ver o resultado.
A B C
1 Memória de
Dados Valores Cálculo
2 Valor presente R$ 5.530,00
3 Taxa de juros 7%
4 Período de aplicação 3
5 Juros R$ 1.161,30 J=C*i*n
6 Valor final R$ 6.691,30 M=C+J
Visualize as fórmulas.
B5 =B2*B3*B4
B6 =B2+B5
E como faríamos se quiséssemos reaplicar o dinheiro recebido na antecipação e resgatar R$ 7.000,00 daqui a
três meses? Esse procedimento, de achar taxas equivalentes, pode ser feito de 2 formas:
A primeira delas é pela aplicação das fórmulas de equivalência entre a taxa de juros e a taxa de
desconto.
Calculando manualmente, ou inserindo as fórmulas no EXCEL, você acha taxas equivalentes.
As fórmulas são as seguintes:
d i
i= e d=
1 d × n 1 i × n
Desta forma, sabendo que foi usada uma taxa de desconto de 7 % para o desconto do título, e que o Valor
recebido pela liquidação foi de R$ 5.530,00, podemos facilmente agora achar a taxa correspondente e verificar a
eficácia do método.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor presente R$ 5.530,00
3 Taxa de desconto comercial 7,00 %
4 Taxa de juros equivalentes 8,86 % i = d / 1-d*n
5 Período de aplicação. 3
6 Juros R$ 1.470,00 J=C*i*n
7 Valor final R$ 7.000,00 M=C+J
B4 =B3/(1-B3*B5)
B6 =B2*B4*B5
B7 =B2+B6
Esse recurso, o Atingir Meta, é muito útil na resolução de problemas mais complexos de matemática
financeira, e permite que você veja instantaneamente qual o impacto de uma mudança na célula variável,
neste caso, a taxa de juros.
Isso pode ser muito útil na resolução de problemas de matemática financeira mais complexos.
Veja o exercício abaixo que utiliza a função Atingir Meta, como indicado na caixa abaixo da tabela.
Confira no EXCEL como foi realizado o cálculo com uma taxa de 8,86 % a.m. que você necessitaria para atingir
o seu objetivo de R$ 7.000,00.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor presente
3 Taxa de juros
4 Período de aplicação
5 Juros J=C*i*n
6 Valor final R$ 7.000,00 M=C+J
Exemplo resolvido:
A B C
1 Memória de
Dados Valores Cálculo
2 Valor presente R$ 5.530,00
3 Taxa de juros 8,86 %
4 Período de aplicação 3
5 Juros R$ 1.470,00 J=C*i*n
6 Valor final R$ 7.000,00 M=C+J
Desta forma, qualquer que fosse o método utilizado para o cálculo da taxa de juros simples da operação, sua
visualização seria a seguinte:
As operações de desconto de um conjunto de títulos são idênticas às operações de desconto de um título só. No
caso de um conjunto de duplicatas (chamado borderô) a serem descontadas, o seu valor líquido recebido pela
antecipação do resgate é simplesmente a soma dos valores líquidos de todas as duplicatas que compõe o
borderô.
Suponhamos o seguinte borderô ilustrativo de uma empresa, a ser descontado nas datas indicadas. O seu valor
líquido será:
Dica : Como estamos tratando de prazos em dias, a fórmula utilizada deve ser a diária!!!
A B C D E
Não se esqueça que:
1 Dados Taxa
2 Taxa desconto
D=N*d*n
mensal 8%
3 Taxa desconto diária 0,27 %
4 Duplicata Vencimento Valor nominal Desconto Valor líquido
5 X 30 R$ 15.000,00 R$ 1.200 R$ 13.800,00
6 Y 60 R$ 22.000,00 R$ 3.520 R$ 18.480,00
7 Z 90 R$ 35.000,00 R$ 8.400 R$ 26.600,00
8 Valor líquido total R$ 58.880,00
Visualize as fórmulas.
D5 =C5*B3*B5 E5 =C5-D5
D6 =C6*B3*B6 E6 =C6-D6
D7 = C7*B3*B7 E7 =C7-D7
E8 =SOMA(E5:E7)
Na HP 12C o cálculo seria desta forma:
18480 + 45.080,00 ::> Inicia o cálculo da soma do valor líquido total das
duplicatas
13800 + 58.880,00 ::> Valor líquido total das duplicatas
O prazo médio de um conjunto de títulos é útil por permitir que calculemos o Valor Líquido Total de um conjunto
de duplicatas, por exemplo, sem ter que calcular os descontos de todos os títulos para depois somá-los. Com o
prazo médio, pode-se descontar o Valor Nominal Total pelo prazo médio e se obter o Valor Líquido Total direto
(com a mesma taxa, é claro).
O prazo médio é calculado levando-se em conta os pesos de cada título no conjunto, e por isso baseia-se no
conceito de média ponderada. Veja na fórmula a seguir:
Nesse caso, efetuando o cálculo do prazo médio do exemplo anterior em uma tabela do EXCEL, teríamos o
seguinte:
A B C D
1 DADOS Taxas
2 Taxa de desconto mensal 8%
3 Taxa de desconto diária 0,27 %
4 Duplicata Vencimento Valor nominal " N x n"
5 X 30 R$ 15.000,00 R$ 450.000,00
6 Y 60 R$ 22.000,00 R$ 1.320.000,00
7 Z 90 R$ 35.000,00 R$ 3.150.000,00
8 Totais 180 R$ 72.000,00 R$ 4.920.000,00
9
10 Prazo médio (em dias) 68,33
11 R$13.120,
Desconto total (N * d *nédio) R$ 13.120,00 00
Verifique as fórmulas.
D6 =C6*B6 B9 =SOMA(B6:B8)
D7 =C7*B7 C9 =SOMA(C6:B8)
O último tópico desse módulo mostra como algumas taxas cobradas principalmente pelos bancos e alguns
impostos afetam o Valor Atual, Presente ou "Descontado" de títulos e operações descontados (desconto
comercial).
O banco que descontará o título, com 90 dias de antecedência, cobra taxa de 1,5% por despesas
administrativas.
Efeito do IOF (0,0041% a.d.), que é cobrado por transações financeiras, sobre o valor do título.
A B C
1 Dados Valores Memória
2 Valor nominal R$ 7.000,00
3 Taxa de desconto 7%
4 Período antecipado 3
5 Desconto comercial R$ 1.470,00 DC = N * d * n
6 Valor atual R$ 5.530,00 VC = N - D C
Na HP 12C o cálculo seria desta forma. Veja com fazê-lo:
Entrada Tecla Saída
função
f
X Y ::> Limpa toda a memória financeira da calculadora
f
CLX 0,00 ::> Limpa toda a memória da calculadora
7000 ENTER 7.000,00 ::> Input do valor nominal
7 % 490,00 ::> Calcula o desconto mensal
3 x 1.470,00 ::> Calcula o desconto trimestral
- 5.530,00 ::> Calcula o Valor Líquido da operação
Até agora tudo fica como antes, porém, neste caso, as deduções são feitas decrescendo o Valor Líquido que
seria recebido.
Vejamos:
A B
1 Dados Alíquotas
2 Taxa de
administração 1,5 %
3 IOF 0,0041 %
4 Dados Valores
5 Valor nominal R$ 7.000,00 O Valor do IOF é igual ao valor do
6 Desconto comercial R$ 1.470,00 título vezes a alíquota do imposto
vezes o prazo.
7 Taxa administrativa R$ 105,00 A célula deve apresentar a fórmula:
8 IOF R$ 25,83 =B5*B3*B10
9 Desconto total R$ 1.600,83
10 Prazo p/ vencimento 90
11 Valor recebido R$ 5.399,17
Você sabe que um banco cobra uma taxa de desconto de 9% e taxa administrativa de 2%. Você quer saber os
juros simples efetivos cobrados pelo banco em uma operação de resgate de título com dois meses de
antecedência.
O problema aqui é somente definir a taxa de desconto que você inserirá na fórmula para a equivalência de taxas
de modo que consiga a taxa de juros efetiva, já que existe, no final do desconto, a cobrança da taxa
administrativa pelo banco. Como você não tem o valor nominal, a princípio, como agregar as duas taxas
cobradas em uma só, para efeito de cálculo do desconto real (desconto comercial mais a taxa
administrativa) que será abatido do Valor Nominal, qualquer que seja ele?
Para problemas de antecipações de um período unitário (por exemplo: um mês para taxa de desconto
contabilizada mensalmente; um ano para taxas de desconto contabilizadas anualmente etc.) esse problema é
invisível, porque a taxa de desconto só incide uma única vez sobre o Valor Nominal, bem como a taxa
administrativa, que sempre é cobrada uma única vez, no final da transação.
Porém, como as antecipações unitárias não são maioria, quase sempre você tem que agregar a taxa de
desconto, que incide "n" vezes sobre o Valor Nominal, e a taxa administrativa, que sempre incide uma única
vez. Por esse motivo elas não podem ser somadas, pois isso significaria incidir a taxa administrativa várias
vezes, tantos períodos quanto a própria antecipação.
Você sabe que um banco cobra uma taxa de desconto de 9% e taxa administrativa de 2%. Você quer saber os
juros simples efetivos cobrados pelo banco em uma operação de resgate de título com dois meses de
antecedência.
1º) Dividir a taxa administrativa pelo prazo de antecipação da operação.
2º) Daí então somar a taxa administrativa fracionada à taxa de desconto comercial.
3º) Usar a nova taxa de desconto real (que embute a taxa administrativa) para descontar o Valor Nominal pelo
prazo estipulado.
Veja como ficaria, na prática (vamos demonstrar também como seria se você somente somasse as taxas -
Valores 1). Compare as duas formas, o certo e o errado, para sentir a diferença dos dois métodos.
A B C
1 Dados Valores 1 Valores 2
2 TDC* 9,00 % 9,00 %
3 Taxa administrativa 2,00 % 2,00 %
4 Prazo de antecipação 2 2 Observe que pelo método certo
5 TDC – REAL 11,00 % 10,00 % a taxa administrativa é dividida
pelo número de períodos da
6 Taxa de Juros Efetiva 14,10 % 12,50 % operação, para que possa ser
*TDC - Taxa de Desconto Comercial englobada à taxa de desconto
comercial e incidir mais de uma
vez sobre o Valor Nominal,
Do jeito errado, fracionadamente.
a TDC - Real é =C2+(C3/C4)
simplesmente a Veja que o Valor da
soma das duas Taxa de Juros
taxas cobradas engloba também a
pelo banco. taxa administrativa, A diferença para o outro
=B2+B3 só que pelos dois método é visivelmente
períodos de considerável. Assim, pode-
desconto. É como se calcular a taxa efetiva de
se fosse cobrada a juros englobando taxas de
taxa administrativa escalas e incidências
por mês, o que não diferenciadas.
é verdade. =C5/(1-(C5*C4))
=B5/(1-(B5*B4))
Na HP 12C o cálculo seria desta forma. Vejamos como fazê-lo:
Entrad Tecla Saída
a função
f
X Y ::> Limpa toda a memória financeira da calculadora
f
CLX 0,00 ::> Limpa toda a memória da calculadora
0,09 ENTER 0,09 ::> Input da taxa de desconto comercial
::> Soma-se a taxa administrativa para se apurar a Taxa de Desconto
0,02 + 0,11
Comercial Real
2 x 0,22 ::> Multiplica-se pelo prazo de dois meses
CHS -0,2200 ::> Inverte-se o sinal
1 + 0,78 ::> Transforma-se em número índice
Divide-se pela Taxa de Desconto Comercial Real para calcular a Taxa de
0,11 X Y 0,1410 ::>
Juros Efetiva
0,02 ENTER 0,02 ::> Input da taxa administrativa
2,00 0,01 ::> Calcula-se a taxa administrativa equivalente ao mês
0,09 + 0,10 ::> Somando-se a taxa de desconto comercial calcula-se a Taxa de Desconto
Comercial Real
2 X 0,20 ::> Multiplica-se pelo prazo de dois meses
CHS -0,2000 ::> Inverte-se o sinal
1 + 0,80 ::> Transforma-se em número índice
0,1 X Y 0,1250 ::> Divide-se pela Taxa de Desconto Comercial Real para calcular a Taxa de
Juros Efetiva
4.1 Conceito
Os juros compostos têm seu fundamento no regime de capitalização composta, vista no primeiro módulo, no
qual o crescimento do capital se dá exponencialmente (por isso, o cálculo dos juros compostos também é
chamado de cálculo exponencial). Trata-se de juros compostos toda transação na qual os juros incidem sempre
sobre o capital inicial e os juros acumulados até a referida data são, então, diferentes em todos os períodos.
Lembre-se do diagrama para o regime de juros compostos:
Como já foi dito, os juros compostos incidem sobre o capital de maneira exponencial. Demonstrando,
simplificadamente, o caminho para a fórmula do montante, esse fato fica evidente. Partindo do que já sabemos
a respeito de capitalização composta, temos:
M1 = C + C * i ::> M1 = C(1 + i )
M2 = M1 + M1 * i M2 = M1 (1+ i ) M2 = C(1+i)2
M3 = M2 + M2 * i M3 = M2 (1 + i ) M3 = C(1+ i )3
= C × (1 i )
n
M n
Montante na Fator de
data "n" Acumulação de
Capital
Essa fórmula, que só é válida para operações com taxas de juros constantes durante todo o período de
aplicação e pagamento único, é a mais importante fórmula para a matemática financeira, já que é dela
que se derivam as fórmulas de Valor Presente, Valor Futuro, Taxa de Juros e Prazo, que serão todas
vistas adiante. A seguir, veremos, em um exemplo, como fazemos o cálculo do montante.
Por motivo de comparação, pegaremos o primeiro exemplo do módulo de juros simples. Suponhamos que você
tenha uma aplicação de R$ 120.000,00, que rende, a juros compostos, 15% a.t. Quanto esperaria ter no final
do ano, se aplicou seu dinheiro no primeiro dia do ano?
120.000,00
M n = C × (1 i ) M n = 209.880,75
n
15% 4
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor presente ( C ) R$120.000,00
3 Taxa de juros (a.t.) 15%
4 Período aplicado 4,00 1 ano = 4 trimestres
5 Valor futuro (VF) R$209.880,75 M = C * (1 + i )^n
Importante: é sempre necessário respeitar a convenção de fluxo de caixa presente nas calculadoras
financeiras, onde o VP e VF devem ser inseridos com sinais opostos, indicando as saídas e entradas de caixa.
Lembre-se disso sempre!
Assim, o cálculo do valor futuro, ou montante, dessa operação é feito da seguinte forma:
M n
VP =
(1 i) n
Capital ou Valor
Presente
Um empréstimo deve ser pago em 60 dias. O valor a ser pago é de R$ 15.000,00. Os juros (compostos) do
empréstimo são de 12% a.m. Qual o valor desse empréstimo se ele fosse pago hoje?
No EXCEL, o cálculo, sem usar nenhum assistente de função, seria:
A B C
1
Veja a fórmula
B5=B2/(1+B3)^B4
A fórmula da taxa de juros de uma operação financeira também é deduzida da fórmula do montante. Isolando o
"i" da fórmula inicial, temos o seguinte:
1
M n
Taxa de Juros Compostos i= 1
C
Qual a taxa de juros compostos que está embutida em um produto que tem preço à vista de R$ 1.500,00 e a
prazo, para pagamento daqui a 90 dias, de R$ 1.900,00?
1900
3
1
M
i = 8,2%
n
i= 1
C
1500
No EXCEL, o cálculo, sem usar nenhum assistente de função, seria:
A B C
1 Memória de
Dados Valores cálculo
2 Valor Futuro (VF) R$1.900,00
3 Valor Presente (VP) R$1.500,00
4 Período Aplicado 3,00 em meses
5 i = ((M/C)^(1/n))-
Taxa de Juros ( i ) 8,20% 1
B5=((B2/B3)^(1/B4))-1
4.5 Prazo
A fórmula do prazo, também proveniente da fórmula do montante, nos permite calcular o prazo de aplicação
entre dois valores para determinada taxa.
Isolando-se o "n", teremos: o isolamento do "n", como é fator de radiciação, traz a necessidade de uso de
logaritmo neperiano, porém, como os cálculos são feitos todos ou no EXCEL ou nas calculadoras financeiras, não
nos traz problema algum. Você nem precisa se preocupar com a resolução de logaritmos, caso você não se
lembre.
logaritmo neperiano do VF
LnM LnC
n=
Ln × (1 i )
logaritmo neperiano do VP
7.000,00
3.500,00
A B C
1
B5=(LN(B2)-LN(B3))/LN(1+B4)
B6=B5*30
Na HP 12C, o cálculo é feito assim:
Agora que você já está habituado às fórmulas, vamos ver um pequeno treinamento de como utilizar as funções
financeiras do EXCEL.
Como alternativa ao método de cálculo das variáveis descritas acima (VF, VP, i, n ), o EXCEL oferece essas
fórmulas prontas para uso. Utilizando o Assistente de Função do EXCEL você consegue fazer todos os cálculos
demonstrados com muito mais facilidade, sem precisar inserir as fórmulas em cada um dos casos.
O menu Assistente de Função pode ser ativado pela barra de ferramentas, clicando com o mouse no botão fx.
Esse botão abrirá a caixa de diálogo "Colar Função", conforme a da figura abaixo, onde se deve escolher a
categoria da função que será utilizada.
Nesse caso, escolheremos as funções na categoria financeira, que agregam todas as funções da matemática
financeira. Se estivermos calculando o valor futuro, por exemplo, escolheremos VF no nome da função e
clicamos em OK.
A próxima caixa de diálogo será onde você deverá inserir os dados das outras variáveis, clicando no espaço
destinado ao número e no respectivo valor na própria planilha (repare que nesse caso você verá que nos
espaços reservados para os valores constarão as referências correspondentes).
Você já deve ter notado que o EXCEL tem uma notação para as variáveis que foram dadas acima no módulo.
São elas:
No caso dos cálculos dessas variáveis que iremos fazer agora, só usamos valores para três das quatro variáveis
indicadas por setas vermelhas (a quarta variável é a calculada!)
Suponhamos que você tenha uma aplicação de R$ 120.000,00, que rende, a juros compostos, 15% a.t. Quanto
esperaria ter no final do ano, se aplicou seu dinheiro no primeiro dia do ano?
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor Presente ( C ) R$120.000,00 inserir em VP
3 Taxa de Juros (a.t.) 15% inserir em taxa
4 Período Aplicado 4,00 inserir em nper
5 Valor Futuro (VF) -R$209.880,75 nome de função: VF
Um empréstimo deve ser pago em 60 dias. O valor a ser pago é de R$ 15.000,00. Os juros (compostos) do
empréstimo são de 12% a.m. Qual o valor desse empréstimo se ele fosse pago hoje.
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor Futuro (VF) R$15.000,00 inserir em VF
3 Taxa de Juros (a.t.) 12% inserir em taxa
4 Período Aplicado 2,00 inserir em nper
5 Valor Presente (VP) -R$11.957,91 nome da função: VP
VP: = VP(B3;B4;;B2)
Qual a taxa de juros compostos que está embutida em um produto que tem preço à vista de R$ 1.400,00 e a
prazo, para pagamento daqui a 90 dias, de R$ 1.550,00?
No EXCEL, o cálculo, usando o assistente de função, seria:
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor Futuro (VF) R$ 1.550,00 inserir em VF
3 Valor Presente (VP) -R$ 1.400,00 inserir em VP
4 Período Aplicado 3,00 inserir em nper
5 Taxa de Juros ( i ) 3,45 % Nome da função: taxa
=TAXA(B4;;B3;B2)
Veja agora quanto tempo você precisaria para duplicar um capital de R$ 4.000,00 à taxa de juros compostos de
10% a.m.
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Valor Futuro (VF) R$ 8.000,00 insira em VF
3 Valor Presente (VP) -R$ 4.000,00 insira em VP
4 Taxa de Juros ( i ) 10 % insira em taxa
5 Prazo de Aplicação 7,27 nome da função: Nper
6 Prazo (dias) 218,18 i diário = i * 30
B5= NPER(B4;;B3;B2)
B6=B5*30
Na HP 12C, este cálculo é feito da seguinte forma:
O conceito de taxas equivalentes a juros compostos é igual ao módulo de juros simples: duas taxas são
consideradas equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital, por um período equivalente de tempo, para
produzirem o mesmo montante.
Como os montantes são iguais, podemos simplesmente igualar as fórmulas de cálculo do montante.
Visualmente, temos que:
C × (1 i1 ) 1 = C × (1 i2 ) 2
n n
(1 i1 )n 1
= (1 i2 )
n2
Qual seria a taxa mensal de juros compostos de uma aplicação que remunera o capital à taxa de 42 % a.a.?
0,42 1 (mês)
As taxas têm que estar na
mesma escala de tempo
12 (meses)
i1 = (1 i2 )
n1
n2
1
i1 = 2,97%
No EXCEL, sem usar o Assistente de função, pode-se resolver o problema inserindo-se a fórmula dada:
A B C
1 Dados Valores Memória de Cálculo
2 Taxa de juros ( ano ) 42,00 %
3 Prazo requerido 1 Equivalente em 1 mês
4 Prazo dado 12 1 ano
5 =(( 1+i )^( n1/n2 ))
Taxa Eq. Mensal 2,97 % -1
B5=((1+B2)^(B3/B4))-1
Como existem diversas maneiras diferentes de cálculo das taxas equivalentes, tanto no EXCEL, quanto na HP
12C, listamos algumas delas em um apêndice, chamado Taxas Equivalentes.
Até agora, vimos somente a aplicação da fórmula do Montante em casos em que a taxa de juros era constante
no período todo da aplicação. Porém, pode acontecer de você vir a ter várias taxas diferentes em uma mesma
aplicação financeira. Como, então, calcular o Montante e a taxa de juros resultante de todas as diferentes taxas
que remuneraram o Capital?
Para esses casos, a fórmula do Montante, como a conhecemos, pode ser facilmente ajustada para agregar
várias taxas. Veja:
iacumulada =
M
C
1 iacumulada = (1 i1 )(1 i2 )(1 i3 )(1 in ) 1
e ainda temos, se for o caso, a fórmula da taxa média (média geométrica) em dado período:
Você tem R$ 3.000,00 aplicados em um fundo de renda fixa. Nos últimos 4 meses as taxas de rendimento
foram, respectivamente, de 7%, 6%, 6,8% e 7,1%.
Qual o seu Montante aplicado hoje, qual a taxa acumulada de juros nesse meses e qual a taxa média mensal?
Veja como esse cálculo pode ser feito:
3.000
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Capital ou VP R$3.000,00
3 Taxa do 1º mês 7,00% i1
4 Taxa do 2º mês 6,00% i2
5 Taxa do 3º mês 6,80% i3
6 Taxa do 4º mês 7,10% i4
7 Mn = C*(1+ i1)*(1+ i2)*....*(1+
Montante ( 4º mês) R$3.891,99 in)
8 iac = (1+i1)*(1+i2)*(1+i3)*(1+i4)
Taxa acumulada 29,73% -1
9 Taxa Média 6,72% i med = ((iac+1)^(1/4)) -1
Para facilitar a inserção da fórmula de cálculo da taxa média, ao invés de digitarmos todo o produto de (1+ in),
somamos "1" ao resultado da taxa acumulada para obter esse valor que já tinha sido digitado. Fazendo isso,
economiza-se tempo e facilita-se a fórmula a ser inserida!
B7 =B2*((1+B3)*(1+B4)*(1+B5)*(1+B6))
B8 =((1+B3)*(1+B4)*(1+B5)*(1+B6))-1
B9 =((B8+1)^(1/4))-1
Na HP 12C, este cálculo é feito da seguinte forma:
O EXCEL oferece, como sabemos, um Assistente de funções que ajuda a resolver esses tipos de problemas,
pois já tem a fórmula necessária inserida. Para casos de juros compostos com taxas de juros variáveis, existe a
função VFPlano.
Clique no Botão do Assistente de Função (fx) na Barra de Ferramentas. Abrindo a Caixa de Diálogo Colar
Função, escolha a categoria financeira e a função VFPlano. clique em OK!
Abrindo a segunda Caixa de Diálogo da função, clique nos respectivos valores na tabela de Capital e Plano (este
é definido pelo intervalo de todas as taxas incorridas no período). Clique em OK!
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Capital ou VP R$3.000,00 Capital
3 Taxa do 1º mês 7,00%
4 Taxa do 2º mês 6,00% Plano
5 Taxa do 3º mês 6,80%
6 Taxa do 4º mês 7,10%
7 Nome da função:
Montante ( 4º mês) 3.891,98 VFPLANO
=VFPLANO(B2;B3:B4)
Como visto no módulo de Juros Simples, os empréstimos de Hot Money são realizados normalmente com
operações ao dia, e renováveis por sucessivos dias. Sendo assim, pode-se calcular as taxas acumuladas para
esse tipo de empréstimo no final de determinado período com a ajuda da fórmula das taxas acumuladas.
Porém, como as taxas das operações são obtidas por meio de juros simples, com base na taxa mensal, temos
que adaptar a fórmula para abrigar tal característica. Teremos então:
No 1º dia
i i i i
iacumulada = 1 1 1 2 1 3 1 n 1 No 2º dia
30 30 30 30
No 3º dia
No n-ésimo dia
Uma empresa tomou empréstimo de Hot Money de R$ 100.000,00 diário e renovou esse empréstimo por três
vezes. As taxas praticadas, ou cobradas pelo banco, foram as seguintes:
1º dia 30%
2º dia 33%
3º dia 32%
4º dia 29%
Nesse caso, veja qual a taxa acumulada incorrida pela empresa, qual a taxa acumulada de juros e qual o
Montante pago.
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 R$100.000,0
Capital 0
3 Taxa do 1º mês 30,0%
4 Taxa do 2º mês 33,0%
5 Taxa do 3º mês 32,0%
6 Taxa do 4º mês 29,0%
7 Taxa diária 1º dia 1,00%
8 Taxa diária 2º dia 1,10% Plano
9 Taxa diária 3º dia 1,07%
10 Taxa diária 4º dia 0,97%
11 iac =
Taxa Acumulada 4,20% (1+i1)(1+i2)(1+i3)(1+i4) -1
12 Taxa Média 1,03% i med = ((iac+1)^(1/4)) -1
13 Montante R$104.197,79 VFPLANO(Capital; Plano)
B11 =((1+B7)*(1+B8)*(1+B9)*(1+B10))-1
B12 =((B11+1)^(1/4))-1
B13 =VFPLANO(B2;B7:B10)
Na HP 12C, o exemplo é resolvido da seguinte forma:
Normalmente, os empréstimos de Hot Money são captados em operações de CDI e, portanto, suas taxas
refletem a taxa do CDI mais uma outra taxa adicional, o chamado "spread" no mercado financeiro, que é de
onde os bancos tiram sua remuneração nas transações.
i HOT i
1 = 1 CDI (1 S )
30 30
A taxa over nada mais é do que a taxa ao mês por dia útil. Muito utilizada como expressão de taxa de juros no
mercado financeiro, é convencionada para ser a taxa diária útil multiplicada por 30 (mesmo sabendo que um
mês só pode ter 23 dias úteis).
Sua importância é derivada do fato de muitos índices de produtos do mercado financeiro usarem sua linguagem
para expressar suas taxas de rentabilidade (ou custo, dependendo do caso). Um exemplo importante é o CDI
(certificado de depósito interbancário) de curto-prazo, o CDI Over.
Essa taxa diária representa para aplicadores a maior taxa que um banco estará disposto a pagar por um
empréstimo feito, ou seja, uma aplicação sua no banco, digamos um CDB. Isso porque por meio dessa taxa o
banco pode captar dinheiro no mercado interbancário e ter o mesmo custo, com muito mais facilidade.
Porém, a maior utilidade para a taxa over é, sem dúvida, a capacidade de comparar investimento em aplicações
com prazos e retornos diferentes, entre os bancos. O cálculo da taxa Over possibilita a comparação pois
traz as aplicações em parâmetros iguais, isto é, taxa ao mês por dia útil.
(%)
n
Taxa Over = (1 ia ) 360
1
d .u
1 30
Para conversão em taxa mensal
1º- Transforma-se a taxa anual em taxa do período de dias corridos dados na aplicação.
2º- Acha-se então a taxa por dia útil, partindo da taxa do período.
3º- Multiplica por 30 para ter a taxa Over, ou seja, a taxa mensal por dia útil do período da aplicação.
Qual das aplicações é mais rentável: aplicar em CDB do banco A, que paga 150 % a.a por 30 dias corridos,
correspondentes a 22 dias úteis, ou o CDB do banco B, que paga 160 % a.a, por 33 dias corridos,
correspondentes a 23 dias úteis.
Resolvendo, temos:
No EXCEL, temos:
A B C D
1 Dados Valores A Valores B Lembrete
2 Taxa Anual do CDB 150,00 % 160,00 %
3 Dias corridos 30 33
4 Taxa do Período 7,93 % 9,15 % ((1+Tx. Anual)^(33/360))-1
5 Dias úteis no período 22 23
6 Taxa por dia Útil 0,35 % 0,38 % ((1+tx.per.)^(1/d.úteis))-1
7 Taxa Over 10,43 % 11,45 % Tx. dia útil *30
B7 =B6*30
Resposta:
Como visto, o investimento no Banco B é melhor negócio pois o retorno é maior na taxa Over. Pode-se já ver
isso no maior retorno por dia útil, também.
Um importante recurso do EXCEL que pode ser usado nesse caso, e em diversos outros, é o cálculo do número
de dias úteis entre duas datas. Enquanto o cálculo de dias corridos pode ser feito apenas subtraindo as duas
células de início e fim do período, o cálculo de dias úteis necessita da ajuda do Assistente de função.
A função que realiza essa conta chama-se DIATRABALHOTOTAL. Essa função é calculada da seguinte forma
pelo EXCEL:
= DIATRABALHOTOTAL(data-inicial;data-final;feriados)-1
Note que:
São levados em conta os números de feriados existentes entre as duas datas indicadas. Esses feriados
devem ser indicados por um intervalo na planilha da fonte de dados, onde constam seus respectivos dias,
meses e ano.
Do resultado da função subtrai-se 1, pois a função faz a contagem dos dois números extremos do período.
Para efetuar o cálculo da função, clique no botão do Assistente de Função fx e selecione a categoria Data e
Hora.
Selecione então a função DIATRABALHOTOTAL e clique em OK:
Insira as referências correspondentes clicando com o mouse na planilha de origem dos dados. No caso dos
feriados, eles devem ser inseridos como intervalo, selecionando todas as células com as datas na planilha de
origem dos dados. Clique em OK.
O número resultante deve então ter seu valor reduzido em uma unidade, para que ambos os extremos não
sejam contabilizados no resultado final.
No exemplo a seguir você verá como é fácil. Pegaremos como referência o mês de maio, pois ele tem um
feriado consagrado em nosso calendário, o Dia do Trabalho.
Calcule o número de dias corridos e dias úteis no mês de maio de 2000, e imagine que haverá um feriado
regional no dia 20 de maio.
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Data Inicial 1-Mai
3 Data Final 31-Mai
4 Feriados 1-Mai
5 20-Mai
6 Dias Corridos 30,00 apenas subtrai duas datas
7 Dias Úteis-Função 22,00 resultado da função
8 Dias Úteis Total 21,00 Resultado da função -1
B8=DIATRABALHOTOTAL(B2;B3;B4:B5)
As taxas nominais são as taxas aparentes de juros em uma transação, e a taxa efetiva é a taxa que realmente
onera o tomador e remunera o aplicador.
Existe diferença entre essas duas taxas sempre que houver na transação alguma condição de cobrança ou
despesas que modificam a taxa que realmente incide na operação.
É o caso, por exemplo, das taxas de IOF e taxas de administração cobradas nas operações de desconto, como
visto no módulo de desconto simples.
Lembre-se que, naqueles casos, as taxas cobradas reduziam o valor a ser resgatado, aumentando a taxa de
desconto efetiva, enquanto a taxa de desconto nominal permanecia inalterada.
4.12 Taxa nominal e efetiva quando o período da taxa não coincide com o período da capitalização
Já vimos no primeiro módulo deste curso que "capitalização é o ato de incluir os juros incorridos durante um
período no capital inicial, resultando em um montante "capitalizado".
Entretanto, o que ocorre quando possuímos, por exemplo, uma taxa de juros ao ano capitalizada
semestralmente?
O primeiro passo é transformar essa taxa ao ano, em uma taxa semestral, pelo regime de juros
simples. Esse valor encontrado representa a taxa efetiva da operação e a primeiro taxa, dada ao ano,
representa a taxa nominal da operação. A taxa efetiva é a que realmente incide sobre o capital
aplicado e não a taxa nominal.
O que acabamos de fazer foi calcular a taxa efetiva por proporção à taxa comum, prática muito comum no
mercado.
Veja um exemplo disso: considere uma taxa de 24 % a.a., capitalizada mensalmente. A taxa de 24 % é
considerada a taxa nominal. Para calcularmos a taxa efetiva (que deve ser mensal, uma vez que os juros serão
capitalizados mensalmente) devemos efetuar os seguintes cálculos:
Como conseqüência do que foi apresentado acima, a taxa que realmente incide sobre o capital geralmente é
maior do que a taxa nominal dada, porque a capitalização, à taxa proporcional, é exponencial.
Exemplo disso pode ser visto na caderneta de poupança. Embora seja dito que o rendimento anual é de,
digamos, 19 % a.a, sabemos que com a capitalização mensal ela rende 20,74 % a.a. Neste caso a primeira
taxa é a nominal e a segunda é a efetiva.
O cálculo dessa taxa efetiva pode ser feito achando-se a taxa proporcional à nominal no período de
capitalização.
Taxa Efetiva para Taxa Nominal (com taxa nominal anual e capitalizações mensais)
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Taxa nominal anual 19 % DADA
3 Taxa efetiva (período) 1,58 % Taxa Nominal anual/12
4 Taxa efetiva anual 20,75 % ((Tx. Efetiva Período)^12)-1
B3 =B2/12
B4=((B3)^12)-1
EXCEL oferece, no Assistente de Função, duas funções já prontas para o cálculo das taxas nominais e
efetivas. As sintaxes para essas duas funções estão a seguir:
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Taxa nominal anual 19 % DADA
3 Período 12 Períodos de capitalização/ano
4 Taxa efetiva anual 20,75 % Função: EFETIVA
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Taxa efetiva anual 20,75 % DADA
3 Período 12 Períodos de capitalização/ano
4 Taxa nominal anual 20,75 % Função: NOMINAL
Os conceitos de valor atual ou presente e valor nominal, futuro ou final são os mesmos que os vistos em juros
simples, só que o cálculo é diferenciado, pelo regime de capitalização composta. Nesse caso, o diagrama seria:
N
V × (1 i ) = N V =
n ou
(1 i )n
O cálculo para esse tipo de problema pode ser encontrado de diversas maneiras. Nesse momento, no entanto,
nos interessa saber somente alguns.
Vejamos um exemplo:
Um título tem valor nominal de R$ 3.000,00. Sabe-se que a taxa de juros ao mês é de 5%. Qual seria o valor
atual se fosse liquidado dois meses antes do vencimento?
Pela fórmula
R$ 3.000,00
V =
N
V = 2.721 ,09
(1 i )n 2
0,05
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor Futuro R$ 3.000,00
3 Taxa de Juros (a.m.) 5,00 %
4 Período Antecipado 2
5 Valor Presente R$ 2.721,09 N=V/((1+i)^n)
B5=B2/((1+B3)^B4)
Pelo EXCEL (Assistente de Função)
Como visto anteriormente (no item Assistente de Função) o cálculo poderia ser feito da seguinte forma:
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor Futuro R$ 3.000,00 Insira em VF
3 Taxa de Juros (Am) 5,00 % Insira em TAXA
4 Período Antecipado 2 Insira em NPER
5 Valor Presente -R$ 2.721,09 Nome da função: VP
B5=VP(B3;B4;;B2)
A maioria dos cálculos de juros no mercado hoje em dia é calculada segundo o regime de capitalização
composta.
Porém, normalmente os juros de mora (aqueles que são pagos em caso de atraso no pagamento de alguma
obrigação) são calculados por juros simples. Seria uma mera simplificação?
A resposta para tal pergunta é não. A principal causa dessa peculiaridade no cálculo é devida ao fato de que,
em períodos de capitalização inferiores ao período da taxa dada, os juros obtidos pelo regime de juros simples
excede os juros obtidos pelo regime de capitalização composta.
Um título foi pago com 20 dias de atraso. Os juros de mora cobrados são de 10% a.m. Se você pudesse
escolher segundo qual regime os juros seriam calculados, qual escolheria? (Suponha o valor nominal de R$
1.000,00)
Dica: calcule os juros sob o regime de capitalização simples e composta. Em seguida, compare os resultados.
A B C
1 Dados Valores Lembrete
2 Valor do título 1.000,00
3 Juros de Mora (A.m.) 10 %
4 Juros Simples (a.) 0,333 % Taxa mensal / 30
5 Juros Compostos (a.) 0,318 % (1+Taxa Mensal)^(1/30)-1
6 Período atrasado (dias) 20
7 Montante (J.S.) 1.066,67 M = C * ( 1 + i * n)
8 Montante (J.C.) 1.065,60 M = C * (1+ i )n
B4 =B3/30
B5 =((1+B3)^(1/30))-1
B7 =(B2*B4*B6)+1000
B8 =B2*((1+B5)^B6)
10 ENTER 10,0000
100 0,1000
1 + 1,1000
30 1/x 0,0333
Yx 1,0032
1 - 0,0032
STO 2 0,0032
100 x 0,3182 ::> Juros Compostos (a.d.)
20 ENTER 20,0000
RCL 1 x 0,0667
1 + 1,0667
1000 x 1.066,6667 ::> Montante: Juros Simples
RCL 2 0,0032
1 + 1,0032
20 Yx 1,0656
1000 X 1.065,6022 ::> Montante: Juros Compostos
Módulo 5 - Desconto Composto
5.1 Conceito
O Desconto Composto pode ser entendido da mesma forma que o Desconto Simples. Entretanto, a taxa de
desconto é composta, e o processo é o inverso da capitalização com taxa de juros compostos. Aqui também a
taxa incide sobre o Valor Nominal, do qual é retirada a parcela correspondente à taxa de desconto, resultando
no Valor Atual, Presente ou Capital, dependendo de cada caso.
Esse tipo de desconto também é muito utilizado no mercado, principalmente nas áreas comercial e de análise de
investimentos, onde os fluxos são descontados e trazidos ao seu Valor Presente para ver quanto de caixa esse
fluxo futuro "vale" hoje.
Valor Nominal
Desconto Composto
Valor Descontado
Analogamente ao Desconto Simples, existem o Desconto Racional (Por Dentro) e Comercial (Por Fora)
Compostos.
A principal diferença entre os dois métodos de desconto acima citados está na metodologia de cálculo.
No cálculo por dentro, adotado no desconto racional, não se trabalha com a taxa de desconto, e sim com a taxa
de juros objetivada na operação do desconto. Desta maneira, o desconto pode ser calculado descontando-se o
valor final pela taxa de juros, da maneira convencional. Veja fórmula abaixo:
V × (1 i )n = N DR = N V
N
V =
(1 i )n
ou
Essa é a maneira mais convencional de desconto utilizada para análise de investimentos e fluxos de caixa
futuros, pois se trata exatamente da fórmula do Valor Presente e Valor Futuro.
No cálculo por fora, utiliza-se a taxa de desconto para o cálculo do desconto comercial. Nessa metodologia a
taxa de desconto incide sobre o valor final.
N =
V
(1 d )n
ou V = N × (1 d )
n
DC = N N × (1 d )n
Em uma linguagem comercial, diríamos que o cálculo por fora é semelhante ao cálculo da margem bruta por
meio da relação lucro bruto e preço de custo, enquanto que o cálculo por dentro é semelhante ao cálculo da
margem bruta pela relação de lucro bruto e preço de venda.
Exemplo:
Um título tem Valor Nominal de R$ 5.000,00 e será resgatado com três meses de antecedência. Calcule o seu
Valor Atual ou Presente, pelo método de Desconto Racional (i = 2,5 % a.m.) e pelo método do Desconto
Comercial (d = 2,44 %). Verifique também a taxa de juros do processo do desconto comercial e comparando
com a taxa do Desconto Racional (inclusive os resultados obtidos).
A B C
1 Dados Desconto Racional Desconto Comercial
2 Valor Nominal R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
3 Per. Antecipado 3 3
4 Tx. Juros (D. Racional) 2,50 %
5 Tx. Desc. Comercial 2,44 %
6 Valor Atual R$ 4.643,00 R$ 4.642,86
7 Tx. Juros no Período Eq. 7,69 %
8 Tx. Juros Eq. Comercial 2,50 %
B
=B2/(1+B4)^B3
6
C
=C2*(1-C5)^C3
6
C
=C2/C6-1
7
C
=(1+C7)^(1/C3)-1
8
Na HP 12C, o cálculo é feito assim:
5.000 X Y 1,0769
1 - 0,0769
STO 1 0,0769
100 x 7,6923 ::> Taxa de Juros do Período Equivalente
RCL 1 0,0769
1 + 1,0769
3 1/x Yx 1,0250
1 - 0,0250
100 x 2,5010 ::> Taxa de Juros Equivalente Comercial
Repare que os dois métodos, cada um com a sua metodologia de cálculo, obtêm os mesmos resultados no Valor
Presente. Isso pode ser evidenciado pela igualdade entre a taxa de juros usada no Desconto Racional e a taxa
de juros equivalente encontrada no Desconto Comercial.
É importante notar que as taxas utilizadas são diferentes, e equivalentes. As duas metodologias dariam
resultados diferentes se a mesma taxa fosse usada para ambas. Por isso convém saber bem qual a metodologia
utilizada antes de fazer o cálculo.
As taxas de Juros cobradas pelos bancos são calculadas com base em uma taxa de juros efetiva objetivada.
Sabendo disso e como visto no exercício anterior, as taxas de desconto são equivalentes à determinada taxa de
juros quando o "Valor Descontado" obtido com o desconto for reaplicado a uma taxa de juros que recupere o
valor original ou Nominal da operação.
Desta forma, como incidem sobre bases diferentes, essas taxas nunca serão iguais (em termos absolutos). Isso
é, você nunca irá reaver um Valor Nominal reaplicando o Valor Descontado a uma taxa de juros igual à taxa de
desconto.
Assim:
As fórmulas para a conversão das taxas equivalentes podem ser vistas abaixo:
1
d = 1
1 d n
i= 1
(1 i )n ou
1 d
Exemplo:
A B C D
1 Dados Tx. Dada Resultados Tx. Equivalente
2 Taxa de Juros mensal 3,00 % Tx. Desconto Equivalente 2,91 %
3 Período unitário
4 Tx. Desconto mensal 2,5 % Tx. Juros Equivalente 2,56 %
5 Período unitário
6 Tx. Desconto Eq. - 3
Tx. Juros (c/ n = 3) 4% meses 11,10 %
7 Período Antecipação 3 Tx. Desconto Equivalente 3,85 %
8 Tx. Juros Anual (n = 12) 19 % Tx. Efetiva de Juros 20,75%
9 Capitalizações 12 Tx. Efetiva mensal 1,58%
10 Tx. Desconto Equivalente 17,18%
11 Tx. Desconto Eq. Mensal 1,56%
12 Tx. Desconto mensal 20 % Tx. Desconto Eq. Diária 0,74 %
13 Capitalizações da Taxa Tx. Juros Eq. Diária 0,75 %
14 Equivalente 30 Tx. Juros Equivalente 25,00 %
15 Tx. Nominal por Mês 22,40 %
i = 3% a.m.
d = 2,5% a.m.
Nestes primeiros dois casos, o procedimento é simples. Como se trata de um cálculo de equivalência de taxas
com períodos unitários, ignoram-se os expoentes de ambas as fórmulas e faz-se, então, a conversão:
=1-1/(1+B2)
=(1/(1-B4)) -1
No terceiro caso, o período de antecipação no desconto do título é de três meses. Assim, temos duas taxas
de desconto equivalentes. Pela ordem, a primeira é a taxa de desconto equivalente à aplicação de uma taxa de
juros por três meses, iguais aos da antecipação.
Essa taxa de desconto é para o período completo. A segunda taxa é a equivalente mensal de desconto. Repare
que a taxa mensal é nada mais do que a equivalente da taxa de desconto no período de 3 meses dentro do
próprio mês.
Essa é provavelmente a forma nominal que a taxa será encontrada em um banco, por exemplo. As fórmulas
para esse caso são, na ordem:
=1-1/(1+B6)^B7
=1-1/(1+B6)
No quarto caso, a taxa dada é uma taxa de juros nominal de um ano, que tem, porém, capitalizações
mensais. Isso faz com que tenhamos, primeiramente, que calcular a taxa efetiva no ano para que então
possamos saber qual o parâmetro para o cálculo da taxa de desconto equivalente.
Feito isso, achamos a taxa mensal efetiva de juros e a partir desta, calculamos a taxa de desconto anual
equivalente. Com a taxa de desconto anual equivalente podemos, se necessário, calcular a taxa de desconto
mensal equivalente cobrada. As fórmulas para esse caso são, na ordem:
=EFETIVA(B8;12)
=(1+D8)^(1/B9)-1
=1-1/(1+D9)^B9
=1-(1-D10)^(1/B9)
d = 20% a.m. (a taxa de juros equivalente será reinvestida com capitalização diária).
No último caso, pede-se a taxa de juros mensal, com capitalização diária, que seria equivalente a uma taxa de
desconto mensal dada. Neste caso, convém encontrar a taxa de desconto diária, para calcular a taxa de juros
equivalente diária e compô-la para os 30 dias de capitalização.
Assim, acha-se a taxa efetiva mensal (c/ capitalização diária). Para achar a taxa de juros dita nominal, aquela
que seria dada em um banco, por exemplo, é só compor a taxa de juros diária com base em capitalização
simples, multiplicando por 30, no caso. As fórmulas para esse caso são, na ordem:
=1-(1-B12)^(1/B14)
=1/(1-D12)-1
=((1+D13)^B14)-1
=D13*B14
Exemplo:
Passando na rua, você vê uma faixa na frente de uma loja que diz:
Você então entra na loja querendo comprar um computador. O preço na etiqueta é de R$ 1.500,00. No
momento, porém, você só tem R$ 1.300,00.
Conversando com o vendedor, você descobre que os juros cobrados no crediário são de 7,3% a.m. Aplicando os
conceitos da Matemática Financeira, qual o desconto que você pode pedir ao vendedor para pagar a vista?
A B
1 Dados Resolução
2 Preço a Prazo R$ 1.500,00
3 Taxa de Juros (a.m.) 7,3 %
4 Período 2
5 Taxa de Desconto
EQ. 13,14 %
6 Valor Descontado R$ 1.302,84
7 Desconto R$ 197,16
B
=1-1/(1+B3)^B4
5
B
=B2*(1-B5)
6
B
=B2-B6
7
Como a loja coloca juros implícitos no prazo concedido para o cliente pagar (lembre-se, em todo adiamento de
pagamentos, juros são cobrados sobre capital) esses juros podem ser retirados se o cliente pagar a vista. Por
esse motivo, o desconto a ser pedido ao vendedor é de 13,14%, para que você consiga comprar o computador
com R$ 1.302,84.
Entrada Tecla função Saída
f 0,000
X Y 0,000
f 0,000
CLX 0,000
RCL 1 0,1314
1 - 0,8686
1.500 x CHS 1.302,8422 Valor Líquido Descontado
Nesse tipo de problema, quando a opção a ser escolhida envolve séries de pagamentos em prazos concedidos, o
cálculo da equivalência das taxas não poderá ser feito da maneira usual. Neste caso, como ainda não vimos
séries uniformes, o cálculo deve ser feito para que tenhamos um parâmetro a julgar. Veja o exemplo da próxima
tela.
Exemplo:
Do ponto de vista do comprador, o que é mais vantajoso: um desconto de 12% ou um prazo de 30, 60 e 90
dias no pagamento de um produto, se os juros embutidos na operação do crédito ao cliente são de 4,5% a.m.?
À primeira vista parece mais um caso no qual se pode, facilmente, achar a taxa equivalente de desconto da taxa
dada de juros, ou a taxa equivalente de juros da taxa dada de desconto e comparar.
A B
1 Dados Resolução
2 Taxa de Juros (a.m.) 4,50 %
3 Período 3,0
4 Tx. Desconto Equiv. 12,37 %
Porém, como os prazos concedidos incluem os pagamentos parciais de 1/3 do valor total em 30, 60 e 90 dias,
ao invés de um só pagamento em 90 dias, há uma diferença fundamental na incidência dos juros e no cálculo
do desconto equivalente.
Para facilitar a visualização e os cálculos, vamos arbitrar um valor final ao produto (de preferência
divisível por 3, para facilitar) e faremos então as contas. Veja:
A B
1 Dados Resolução
2 Valor Arbitrado R$ 9,00
3 Tx. Juros mensais 4,5 %
4 1º Pagamento R$ 3,00
5 Período Concedido 1
6 1º Pgto. Descontado R$ 2,87
7 2º Pagamento R$ 3,00
8 Período Concedido 2
9 2º Pgto. Descontado R$ 2,75
10 3º Pagamento R$ 3,00
11 Período Concedido 3
12 3º Pgto. Descontado R$ 2,63
13 Valor Presente série R$ 8,25
14 Tx. Desconto Equiv. 8,37 %
Descontando cada um dos desembolsos que serão feitos em 30, 60 e 90 dias, referentes a um terço do
pagamento total, vemos que o valor presente total desses desembolsos resulta em um valor menor do que se
fizéssemos a composição dos 4,5% pelos três meses.
Desta forma, o desconto equivalente também será menor, como demonstrado na tabela.
Desta forma, percebe-se que o desconto de 12 % é muito mais vantajoso para o comprador.
Na HP 12C, o cálculo é feito desta forma:
RCL 1 2,8708
RCL 2 + 5,6180
RLC 3 + 8,2469 ::> Valor Presente da Série