É certo que todas as empresas possuem uma série de procedimentos, cada
um para atender a uma determinada atividade. Vão dos simples aos mais complexos e, quando se referem à atividade-fim do negócio, a probabilidade de que estejam bem estruturados é grande. No entanto, quando falamos das finanças, essa padronização, em muitos casos, deixa a desejar e o setor, que é um dos pilares de sustentação do empreendimento, acaba sofrendo. Para resolver isso, a solução para os profissionais responsáveis por este setor pode ser o uso de um fluxograma para o departamento financeiro.
Fluxograma é uma representação gráfica de um determinado processo,
feita por meio de símbolos que ilustram de forma sequencial as etapas, os elementos ou mesmo os módulos. Sabe aquela história do “quer que eu desenhe”? Então, esse método pode ser encarado como a materialização dela, claro que de forma muito menos rude e sem o tom de ironia que a expressão carrega. Esse gráfico ou desenho contém uma espécie de passo a passo de todas as etapas ou atividades de um processo, seja ele qual for, como a fabricação de um produto, a execução de um serviço ou o preenchimento do fluxo de caixa. Como consequência, o fluxograma apresenta a sequência ou o fluxo das etapas do processo, indicando, mesmo que de forma indireta, os responsáveis e as unidades ou setores da empresa envolvidos no trabalho. É possível dizer ainda que esse método descreve a movimentação e a transição das informações entre as partes. Pensando em outra definição para o fluxograma, também podemos pensar nele como a representação do caminho que precisamos percorrer para alcançar determinado objetivo. Aí pode ser a entrega do produto, do serviço e ainda o controle preciso das finanças da empresa por meio do processo organizado do fluxo de caixa.
Tipos de fluxograma de processo
A ferramenta de fluxograma mais utilizada é o fluxograma de Ansi, que tem esse nome porque segue a padronização do American National Standards Institute (Instituto Nacional Americano de Padronização). Dessa forma, os fluxogramas que atendem essa orientação utilizam os mesmo símbolos para identificar as tarefas.
Porém, mesmo dentro dessa padronização, há dois tipos diferentes de
fluxogramas: o linear e o funcional. A única diferença entre eles é que o fluxograma funcional também identifica os setores ou pessoas responsáveis por cada processo. Assim, em vez de apenas registrar uma tarefa, como “embala o produto”, o que já seria o bastante no fluxograma linear, no fluxograma funcional essa atividade seria atribuída a alguém, como a área de expedição. Essa distribuição de tarefas no fluxograma funcional é importante, pois permite identificar a necessidade de contratação de empresas terceirizadas ou mesmo de melhorar a distribuição de atividades entre as equipes internas. Veja um exemplo do mesmo processo estruturado de forma linear e funcional: Como fazer um fluxograma Um passo é fundamental na montagem de um fluxograma: pensar na atividade como um todo e fazer um levantamento de cada fase que será executada, dos documentos necessários, das áreas envolvidas e do objetivo final do trabalho. São essas informações que serão jogadas no fluxograma para montar o desenho de todo o procedimento. Para facilitar essa tarefa, uma solução é consultar ou fazer uma reunião com todos os profissionais envolvidos. Cada um pode ter algo diferente a acrescentar. Outra alternativa é montar o fluxograma durante a execução da atividade. Como realizamos muitas coisas no automático, fica difícil lembrar de tudo. Então, fazer anotações ao longo do dia pode ajudar. Depois, basta fazer as ligações entre cada item e formar o desenho final do processo. Como falamos anteriormente, o fluxograma utiliza alguns símbolos para representar os elementos e as etapas. Interligados, eles compõem uma sequência lógica. Veja quais são os principais símbolos: Agora, vamos a um exemplo de um fluxograma linear de processos financeiros criado dentro dos padrões da Ansi para a atividade de fluxo de caixa. O processo se refere ao levantamento de receitas, anotação e pagamento de despesas e custos do negócio. Na imagem, podemos ver exatamente o passo a passo do que deve ser feito, começando pela checagem das contas bancárias e terminando com a quitação dos débitos. Nesse caso, ainda há uma variável para o caso de o dinheiro não ser suficiente para sanar o que precisa ser pago no dia. Vantagens de montar o fluxograma de uma empresa Vamos começar a falar das vantagens do fluxograma pelo fato de que ele consegue simplificar o processo e racionalizar as etapas. Ele proporciona uma visão ampla do fluxo de trabalho, permitindo a observação minuciosa e crítica de cada detalhe que compõe o quadro geral. O fluxograma para a área financeira pode dar clareza a um procedimento que sempre foi feito com o piloto automático ligado, sem que os profissionais responsáveis tivessem a real dimensão de como o processo se desenvolve. É o caso, por exemplo, do gerenciamento dos recursos recebidos. Com isso, abre-se uma possibilidade para que, uma vez observado o passo a passo, esses processos sejam aperfeiçoados e otimizados. Algo que esteja atrapalhando ou que não seja muito importante pode ser retirado, assim como alguma atividade redundante, que faria mais sentido se fosse anexada a outra. Da mesma forma, é possível identificar a necessidade de realocação de profissionais, de contratação ou mesmo outros colaboradores para a equipe interna.
Enfim, a questão mais importante aqui é que os processos podem, a partir de
uma visão geral, ser melhorados. As empresas conseguem, assim, reduzir custos, agilizar algumas entregas, otimizar a mão de obra e o uso de recursos e tornar todo o trabalho mais dinâmico.