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Análise de Ferramentas de Gestão

Mateus Steinhorst

Prof. Douglas Junior Scherer

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Gestão da Qualidade (CGQ100) Análise de Ferramentas de Gestão

01/07/2022

RESUMO

Este artigo busca identificar lógicas que integrem os diferentes modelos, metodologias,
processos e técnicas para a análise de ferramentas de gestão sendo assim o controle e
organização é um fator fundamental para a eficiência de uma organização, pois atualmente as
empresas estão inseridas em ambientes complexos e dinâmicos e para lidar com tudo isso, é
preciso desenvolver diversos sistemas flexíveis para o controle e a gestão das suas operações e é
aí que a análise das ferramentas de gestão entra.

Palavras-chave: Ferramentas, gestão, controle, análise.

ABSTRACT

This article seeks to identify logics that integrate the different models, methodologies, processes
and techniques for the analysis of management tools therefore, the control and organization is a
fundamental factor for the efficiency of an organization, because nowadays companies are
inserted in complex environments and dynamic to deal with all this, you need to develop several
flexible systems for the control and management of your operations and this is where the analysis
of management tools comes in.
Key words: Tools, management, control, analysis.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente trabalho tem o objetivo de evidenciar a análise de ferramentas de gestão na


indústria, é certo afirmar que existem diversas ferramentas de gestão para diversos gostos e
processos, mas no estudo em questão iremos analisar o fluxograma e o emprego dessa ferramenta
na maior fabricante brasileira de armas a Taurus S.A

Atualmente cada vez mais empresas vem buscando a melhoria na gestão e nos processos e
com isso a área da qualidade vem sendo cada vez mais importante e dentro de diversas
ferramentas de gestão uma em específico é de suma importância para o controle de processos o
fluxograma.

2 CONTROLE E FERRAMENTAS DE ANALISE

O controle faz parte da gestão segundo Stoner (1999), a gestão compreende o processo de
planejar, organizar, liderar, controlar e direcionar os esforços realizados pelos membros da
organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos
estabelecidos.

Dessa forma pode entender que a gestão é um caminho para se atingir os objetivos da
empresa e para isso tudo acontecer são usados diversas ferramentas, diagramas, indicadores, etc...
Uma dessas ferramentas é o fluxograma.

2.1 Fluxograma

Para Machado (2012, p.46) “O fluxograma tem como finalidade identificar o caminho
real e ideal para um produto ou serviço com o objetivo de reconhecer os desvios. É uma
ilustração sequencial de todas as etapas de um processo, mostrando como cada etapa é
relacionada.
Cury (2015) menciona a definição de fluxograma como um gráfico universal de
processamento, que representa o fluxo ou a sequência normal de qualquer produto, trabalho ou
documento. Cury (2015) ainda cita que os símbolos utilizados no fluxograma possuem como
objetivo identificar e evidenciar a origem, o processamento e o destino da informação e, que
apesar de alguns símbolos ainda serem incertos e não convencionais, já existe um entendimento
pacífico sobre os mesmos

Cruz (2013, p. 115) entende por fluxograma uma técnica que pode assumir diversas
nomenclaturas, formas e pequenos detalhes distintos, mas que não invalidam a ideia geral de
‘desenhar o fluxo’ de processos, que consiste no significado etimológico da palavra fluxograma.
Para Cruz (2013), fluxograma é a representação da sequência de operações de um processo.

Maranhão e Macieira (2010, p. 251) definem como sendo fluxograma uma figura feita
com símbolos padronizados e textos devidamente arrumados a fim de mostrar sequência lógica
de passos de realização dos processos ou atividades. Completam dizendo que a visualização
gráfica é sempre um poderoso canal de comunicação, por ser melhor absorvida e de maior
compreensão do que os textos escritos, que exigem esforço mental e são mais subjetivos

Chinelato Filho (1993) propõe sobre a definição e as características de um fluxograma,


que o mesmo evidencia de forma nítida e lógica as etapas com problemas e atividades
desnecessárias, podendo, assim, propor soluções racionais sobre a melhor maneira de utilização
de recursos, a racionalização e a simplificação do trabalho. Além de auxiliar nos processos
gerenciais da organização

Segundo Oliveira (2013), o fluxograma consiste na representação gráfica que, utilizando


de diferentes formas geométricas representativas, apresenta a sequência de um trabalho de forma
analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais envolvidas.
Ainda elucida as várias etapas de processos, facilitando o entendimento, a identificação de
gargalos e de pontos de melhoria.

Figura - 01
Fonte: Elaborado pelo autor

Na figura 01 as peças passam por uma inspeção na 3D para a correta medição das
medidas conforme estabelecido no desenho da peça logo após isso ela vai para a inspeção visual
para verificar marcas, batidas e/ou erros de gravação, a seguir caso a peça não esteja conforme
ela é transferida ao deposito 21, na próxima etapa do processo é verificado se ela possui aceite
via e-mail do AQF (Analista qualidade Fornecedor) a seguir é informado ao AQF a chegada das
peças, então ele se dirige ao deposito e faz a análise das peças caso as peças possuam retrabalho é
definido um método de medição, esse método é validado e logo após isso são treinados os
operadores para a inspeção e o retrabalho em 100% (todos os lotes entrantes da não
conformidade), caso a peças não possui retrabalho é solicitado aceite do fornecedor responsável,
na etapa seguinte o fornecedor emite o aceite e é verificado se é sucata, caso seja deve seguir o
fluxograma de sucata do contrário é separado o material e emitido SENF (nota fiscal de
devolução) e por fim a devolução das peças ao fornecedor.

Pode-se notar que o fluxograma tem diversos símbolos diferentes para cada etapa do
processo para a definição de qual medida está sendo realizada conforme a figura a seguir
Machado (2012).
Figura - 02

Fonte: Machado (2012, p.47)

Pode se perceber que o fluxograma é uma feramente que coordena os processos na ordem
especifica que devem ser feitos, ele nos uma direção para seguirmos, nesse sentido o nota-se que
controle e organização de processos estão todos ligados em um ciclo de gestão onde cada etapa
possui uma função específica. Para definir a medida a ser tomada indo na direção correta deve-se
observar esse ciclo assim elaborando uma estratégia. De acordo com Slack & Lewis (2009, p.
57).

[...] estratégia normalmente é considerada como o ‘padrão de decisões’ que caminho


global da empresa”. Diante disso, “estratégia de operações é o padrão geral das decisões
que determina as competências em longo prazo e suas contribuições para a estratégia
global, de qualquer tipo de operação, através da conciliação dos requisitos de mercado
com os recursos de operações. (SLACK & LEWIS 2009, p. 57).

Fernandes e Berton (2004) afirmam que estabelecer uma estratégia é importante, pois a
partir dela que se é possível assumir o controle sobre o destino, enxergar as oportunidades,
transformar ameaças em oportunidades, definir novos rumos para a organização, introduzir a
disciplina de pensar a longo prazo, desenvolver um processo educacional além de incentivar a
interação e a negociação.

2.2 Elaboração de um fluxograma


Na construção de um fluxograma existem diversos objetivos assim como processos a se
seguir segundo Seleme e Stadler, (2010, p.47) padronização na representação dos procedimentos,
maior rapidez na descrição dos métodos, facilitação da leitura e do entendimento, facilitação da
localização da informação e identificação dos aspectos mais importantes a serem observados,
maior flexibilidade e melhoria do grau de análise realizada pelo gestor(...)o fluxograma deve ser
elaborado de cima para baixo e da esquerda para a direita. Cada operação deve ser numerada de
forma sequencial, a fim de possibilitar a identificação de cada uma delas. Outro cuidado
necessário diz respeito ao cruzamento de linhas.

Figura - 03

Fonte: Exemplo de transposição de linhas em fluxograma

A transposição de linhas deve ser feita dessa forma fazendo uma leve curvatura
sobrepondo a linha abaixo para não haver confusões durante o decorrer do processo conforme
orientado no fluxograma.

2.3 Simbologia de um fluxograma


Dentro de um fluxograma podem haver diversos símbolos, pois o fluxograma não é uma
ferramenta limitada a indústria diversos químicos, engenheiros, arquitetos, físicos e muitos outros
mais utilizam destes elementos pela facilidade de interpretação visual em seus respectivos
processos dessa forma podemos ter diversos símbolos dentro de um fluxograma mas existem
alguns que são mais utilizados segundo Seleme e Stadler, (2010) o registro de um processo
industrial em um fluxograma acontece com o uso de alguns símbolos e seus significados.

Figura - 04

Fonte: Oliveira (2005)

Na imagem acima pode-se no notar o significado e o conceito de cada um dos símbolos


dessa forma com os conceitos citados a cima podemos ter uma noção básica de como é criado um
fluxograma passo a passo.

2.4 Tipos de fluxograma


Os fluxogramas podem ser classificados de formas diferentes a dependendo do seu uso e
também dos setores onde é aplicado. Alguns mais comuns, estão: fluxograma de processo,
diagrama de blocos, fluxograma de documentos ou fluxograma de trabalho, mapeamento de fluxo
de valor, modelagem e notação de processos de negócios e fluxograma de dados.

Cruz (2013), afirma que o fluxograma sintético expressa um processo de uma maneira
mais superficial, ou seja, com informações genéricas é um fluxograma que não contém títulos,
cargos, nem localização da atividade nele consta apenas informação, sobre o que faz cada uma
das atividades.

No fluxograma de bloco, Cruz (2013) diz que este é um instrumento de análise um pouco
diferente do anterior por que nele é mostrado o processo de análise maneira um pouco mais
resumida.

Já Oliveira (2013), acredita que existem três tipos de fluxogramas, que são nomeados
como fluxograma vertical, parcial e de coluna que é um dos fluxogramas que mais utilizamos nas
empresas.

O fluxograma vertical é caracterizado por colunas verticais nas quais são mostrados os
símbolos de operação, transporte, arquivo, demora e inspeção; descrição dos passos e qual a
unidade organizacional responsável pela realização (OLIVEIRA, 2013).

Já fluxograma parcial Oliveira (2013), diz que ele tem como finalidade de relatar o
percurso e os trâmites dos documentos, também é utilizado para alguns tipos de levantamentos e
em rotinas que com poucas unidades organizacionais

O fluxograma de colunas, considerando Oliveira (2013), fala que ele é utilizado para levantar e
também descrever novas rotinas e procedimentos, tem por característica de demonstrar com
nitidez o fluxo de informações e documentos externos e internos para organização, também
apresenta maior versatilidade, considerando a variedade de símbolos.

3 DIFERENCIAL COMPETITIVO
Ao contrário de que muitos pensam diferencial competitivo de uma empresa não está
apenas na inovação as ferramentas de gestão também estão inclusas nesse meio Porter (1990) in
Leitão, Ferreira & Azevedo (2008) a competitividade tem origem em fatores como a
diferenciação, ou seja, as organizações tornam-se mais competitivas e têm mais sucesso se se
conseguirem diferenciar da concorrência segundo Rodrigues (1997) o diferencial pode ser um
bom padrão de qualidade representa alguma coisa bem feita, bem projetada, elaborada,
organizada e administrada satisfazendo assim não só o consumidor final como o prestador do
serviço.

As ferramentas de gestão fazem parte de todo esse processo não só da qualidade, mas
também logística, marketing, recursos humanos, etc... As ferramentas de gestão compreendem
toda a parte da organização, processos e atitudes para a resolução da não conformidade no dentro
da organização. Sobre a organização Caravantes afirma que “Organizar uma empresa é dotá-la de
tudo o que é útil a seu funcionamento: matérias-primas, utensílios, capitais e pessoal”
(CARAVANTES, 1998, p. 46).

Assim podemos perceber que as ferramentas de gestão fazem parte de todo processo
organizacional não só da qualidade, mas também logística, marketing, recursos humanos, etc...
Englobando todos os setores da empresa tanto gestão como operacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho evidenciou uma das principais ferramentas de gestão que visam organizar
todo tipo de processo dentro da organização para que empresas consigam atingir seu diferencial
competitivo através da sua utilização de forma inteligente

Constatou-se as ferramentas de gestão são de extrema importância nas organizações pois


através delas que conseguimos identificar diversos fatores que podem ser aproveitados pela
empresa e dessa forma ter uma visão mais abrangente e clara dos pontos fortes e fracos da
empresa assim como as oportunidades e riscos do ambiente externo e interno.
Conclui-se que com o uso do fluxograma a empresa tem uma grande mudança para
melhor das mais várias formas como no controle de custos e qualidade dessa forma permitindo
que a empresa continue no mercado se modernizando, melhorando e criam seus diferenciais
competitivos acompanhando as inovações e superando obstáculos como concorrentes.

REFERÊNCIAS

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: Prentice
Hall do Brasil, 1999.

MACHADO, Simone Silva. GESTÃO DA QUALIDADE. Instituto federal de educação,


Ciência e Tecnologia. Goiânia, 2012.

SLACK, N., & LEWIS, M. (2009). Estratégia de operações (2nd ed.). Porto Alegre: Bookmann.

FERNANDES, B. H. R.; BERTON, L. H. Administração estratégica: da competência


empreendedora à avaliação de desempenho. Curitiba: PROSIGRAF, 2004

SALEME, Robson; STADLER, Humberto. Controle da Qualidade: AS FERRAMENTAS


ESSENCIAIS. 1 edição. Editora Intersaberes. Paraná, 2013

OLIVEIRA, Djalma P. Rebouças. Sistemas, Organização e Métodos: Uma Abordagem


Gerencial. 15ª. Edição, São Paulo: Atlas, 2005.

RORIGUES, Francisco Flavio de A.; LEAL, Maria Leonor de M. S.; Hargreaves, Lourdes.
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LEITÃO, J. C. C. FERREIRA, J. M. & AZEVEDO, S. G. (2008). Dimensões Competitivas de


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WHEELWRIGHT, S. C. (1984). Manufacturing strategy: defining the missing link. Strategic


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MARANHÃO, M.; MACIEIRA, B. E. M. O processo nosso de cada dia, modelagem de


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CHINELATO FILHO, João. Arte de organizar para informatizar. Rio de Janeiro: LTC, 1993.

OLIVEIRA, R. P. D. Sistemas, organização e métodos. São Paulo: Atlas, 2013

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