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RESUMO
As mudanças advindas de um mercado cada vez mais competitivo impulsionaram a adoção de técnicas
para a representação de processos. Processos podem ser definidos como uma sequência de passos bem
determinados que originam um resultado. Existem diferentes notações apoiadas pela tecnologia que
possuem a função de representar esta sequência de passos. Contudo, ao analisar a execução de um
processo observamos a presença de diferentes variáveis como pessoas, processos, sistemas e
estratégias. A estratégia assume um papel fundamental, possibilitando que empresas enfrentem o
ambiente competitivo utilizando como base as competências, qualificações e recursos internos da
organização de maneira sistematizada e objetiva. Entretanto, o conhecimento tácito, competências,
habilidades, atitudes dos colaboradores são fundamentais no processo de tomada de decisão. Este
conhecimento é parte integrante dos processos de negócios e não algo a ser gerido separadamente. A
maioria das metodologias e notações para representar os processos de negócios não consideram este
conhecimento no processo de modelagem, trabalhando apenas com o conhecimento explícito. O
objetivo deste artigo é apresentar algumas notações existentes para representação de processos e
também para realizar a representação de conhecimento. Para tanto, se realizou uma revisão
bibliográfica para elucidar as principais formas de representação. Existem múltiplas alternativas para
modelagem de processos e de conhecimento e ambas podem ser trabalhadas de forma complementar.
Observou-se que o conhecimento tácito é um dos fatores críticos de sucesso no processo de decisão e
metodologias que não consideram este conhecimento estão sujeitas a falhas.
1. INTRODUÇÃO
reiteram que o conhecimento é parte integrante dos processos de negócios e não algo a ser
gerenciado separadamente (Seethamraju & Marjanovic, 2009).
Dentre os problemas apresentados pelas metodologias de gestão de processos de
negócios e de melhoria, segundo os autores, está o fato de não considerarem o conhecimento
no processo de modelagem, focando apenas no conhecimento explícito (Seethamraju &
Marjanovic, 2009), acarretando em falhas e fatores críticos de sucesso.
O objetivo do presente trabalho é apresentar algumas notações existentes para realizar
a representação de processos e para a representação de conhecimento. Visto que as formas de
representações são um desafio para as organizações e possuem características diferentes
quanto a modelagem.
O trabalho está estruturado em cinco seções: a primeira seção apresenta a introdução
com a contextualização do tema; a segunda seção expõe o referencial teórico; a terceira seção
expõe os procedimentos metodológicos; a quarta seção apresenta algumas notações para
realizar a representação de processos e a representação de conhecimento; e por fim são
apresentadas as considerações finais do estudo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
do presente estudo, foi realizada uma pesquisa exploratória, buscando fundamentação em uma
revisão de literatura, tendo como um dos referenciais o BPM CBOK V3.0 (ABPMP, 2013). O
propósito do trabalho consiste na descrição e apresentação das principais notações para a
representação de processos e para a representação de conhecimento.
O desenvolvimento foi realizado por meio da aplicação de quatro etapas: 1) coleta de
dados; 2) pré-processamento dos dados; 3) seleção e classificação dos trabalhos para análise
descritiva; e 4) análise descritiva das principais notações.
4.1.2 Fluxograma
Segundo Harrington (1991) o fluxograma é uma das ferramentas mais comuns para o
mapeamento de processos, descrevendo graficamente um processo que já existe ou que será
criado. Ele possibilita identificar os eventos da sequência de atividades por meio de símbolos,
linhas e palavras.
Para Harrington (1991) esta representação gráfica da sequência de passos de um
processo facilita o entendimento do funcionamento das atividades e permite o
aperfeiçoamento deste mesmo processo. A Figura 2 apresenta o esboço de um fluxograma,
onde segundo o padrão ANSI, o triângulo corresponde a um ponto de decisão. O retângulo a
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operação a ser executada e as setas ao sentido do fluxo. O padrão apresenta ainda outras
simbologias.
Figura 2 – Notação em formato de fluxograma
4.1.3 EPC
4.1.4 UML
4.1.5 IDEF
4.1.6 VSM
4.1.7 SPEM
Segundo Kingston e Macintosh (2000) tanto UML quanto o IDEF podem ser
enquadrados como forma de representação de processos de negócio e forma de representação
de processos intensivos em conhecimento. Para mais detalhes destes formatos de notação ver
seção 4.1 do presente estudo.
4.2.2 Ontologia
4.3.2 DECOR
4.3.3 KMDL
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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