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Em 1944, um aluno de Mogenses, Art Spinager levou esta ferramenta para a Procter Gamble,
difundindo seu uso em um dos seus programas de melhoria. Outro aluno, Bem S. Graham,
diretor da Formcraft Engenharia, adaptou o fluxograma para que ele também informasse o
fluxo de informação, desenvolvendo um fluxograma multi-fluxo, mostrando os vários
documentos utilizados ao longo do processo e suas interações. Em 1947, ASME adotou um
conjunto de símbolos derivados do trabalho do Gilberth.
Já no universo dos programas de computadores, onde ficaram tão famosos, os fluxogramas
chegaram em 1947. Goldstein e von Neumann utilizaram vários fluxograma de programação
em seu trabalho “Planning and coding of problems for an electronic computing instrument,
Part II, Volume 1”. Foi no campo dos algoritmos de computadores que os fluxogramas
atingiram seu apogeu.
Dica1: Há muitos outros símbolos que podem ser utilizados no fluxograma. Entretanto, deve-
se lembrar que um dos usos mais importantes do fluxograma é a comunicação. Se você for
utilizar símbolos muito diferentes que somente parte de sua audiência entende, há uma grande
chance de que você falhe na comunicação. Por isto, a dica é: mantenha sempre as coisas
simples.
Como construir um fluxograma?
Para construir seu fluxograma, comece definindo as fronteiras do seu processo. Uma
ferramenta muito útil para definir as fronteiras de um processo é o SIPOC. Determine o tipo
de fluxograma a ser utilizado e o seu nível de detalhes. Pense em todas as atividades de um
processo e liste-as na ordem em que ocorrem. Faça perguntas como: O que realmente
acontece no próximo processo? Há alguma decisão que precisa ser tomada antes do próximo
passo? ou Quais aprovações são necessárias antes da próxima tarefa? Para ajudá-lo na tarefa
de elaboração do fluxograma, é fundamental que esteja acompanhado por pessoas que
conheçam o processo e que consigam lhe ajudar à cria-lo.
Comece o fluxograma desenhando um círculo alongado e escreva “início” dentro. Então vá
para a primeira atividade ou pergunta, utilizando um retângulo ou o losango para representá-
los. Escreva a atividade ou a pergunta dentro do retângulo ou do losango e ligue a forma até
a próxima atividade.
1. Defina as fronteiras do processo. A ferramenta SIPOC é de grande ajuda para esta tarefa.
2. Determine qual tipo de fluxograma será utilizado (por exemplo, Cima/Baixo,
Matriz/Grupo, Complexidade ou Tradicional) para alcançar o objetivo de melhoria.
Descrições mais detalhadas dos diferentes tipos de fluxogramas serão apresentadas nos
próximos artigos.
3. Ilustre as etapas do processo de cima para baixo e/ou da esquerda para a direita. Colar
“Post-Its” num quadro branco ou num “flipchart” poderá, ser útil para o desenvolvimento
do fluxograma inicial, pois a equipe poderá movimentá-los ao adicionar novas etapas. Não
comece a fazê-lo no computador. Computador é para guardar a versão final.
4. Use palavras de ação ou verbos para descrever as atividades importantes do processo.
Por exemplo, em lugar de “conta do frete” use “preparar conta do frete”. Isto ajudará a
equipe a visualizar a atividade como um processo, ao invés de um resultado.
5. Use os símbolos de fluxograma que façam sentido para a sua equipe. Utilize os
símbolos de modo que contribuem para a comunicação. Geralmente os símbolos básicos de
um diagrama de bloco são os mais indicados.
6. Ao se deparar com um ponto de decisão ou uma divisão do processo, siga um caminho por
vez, até completá-lo. Este procedimento deverá ser usado para todos os pontos de decisão
durante a realização do fluxograma.
7. Se a equipe não possuir os conhecimentos necessários sobre o processo, para completar
uma das seções do fluxograma, anote este ponto para poder completá-lo mais tarde.
8. Revise o fluxograma acabado sobre os seguintes pontos de vista:
1. O fluxograma reflete o processo do modo como ele realmente funciona?
2. Todas as etapas foram definidas? Faltam etapas?
3. O fluxograma contribuirá para o objetivo de melhoria?
4. Existem áreas que demonstram uma necessidade óbvia de melhoria?
5. Os pontos úteis de coleta de dados podem ser identificados?
6. Há oportunidades para reduzir atividades de inspeção/avaliação múltiplas e outras
etapas redundantes? Liste estes e outros assuntos relacionados para ação pela equipe de
melhoria.
9. Use o diagrama em conjunto com o Modelo para Melhorias para facilitar a colocação de
perguntas e fazer previsões relacionadas aos ciclos de melhoria.
10. Atualize o fluxograma para refletir as mudanças ou melhorias do processo. O
fluxograma deverá ser exibido durante todas as reuniões de equipe para facilitar a
comunicação e documentar os conhecimentos atuais sobre o processo.
Agora que você já sabe os benefícios, vamos explicar quais são as diretrizes para aproveitar
ao máximo a ferramenta: