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METAS E INTERPRETAÇÕES DE RESULTADOS DE


INDICADORES
95 minutos

 Aula 1 - Usando gráficos de indicadores


 Aula 2 - Usando tabelas de indicadores

 Aula 3 - Usando dados de fontes externas

 Aula 4 - Apresentação de indicadores

 Referências

Aula 1

USANDO GRÁFICOS DE INDICADORES


Nesta aula você conhecerá mais sobre a construção de indicadores, verá seus diversos modelos, gráficos
e tabelas, além de aprender a decidir qual modelo utilizar.
24 minutos

INTRODUÇÃO

Nesta aula você conhecerá mais sobre a construção de indicadores, verá os diversos modelos de indicadores,
gráficos e tabelas, também saberá tomar a decisão de qual modelo usar no seu indicador com base na
informação que está sendo trabalhada.

Ao final desta aula você também deverá saber como combinar indicadores distintos para obter os resultados
desejados, terá ainda a compreensão sobre a atualização dos dados e seus motivos.

Por fim, nesta aula também iremos compreender sobre as planilhas eletrônicas, sabendo de recursos
agregados que podem otimizar a apresentação do seu indicador, com aplicação de filtros e segmentação e
linha do tempo, tudo diretamente na planilha e refletindo nos gráficos.

QUAL GRÁFICO USAR E COMO USAR DE ACORDO COM O OBJETIVO E DADO DISPONÍVEL
Vamos compreender como podemos decidir pelo gráfico correto a ser usado em seu indicador, é importante
entender que um dos principais fatores para escolha do modelo da apresentação está diretamente
relacionado a complexidade de leitura do indicador, conforme já falamos em outras aulas, o tempo gasto na
apresentação dos indicadores deve ser otimizado e uma leitura simplificada favorece para que o tempo seja
otimizado.

Vejamos alguns exemplos de indicadores que podem ser usados, observe que veremos informações como
uma fotografia do momento, teremos um exemplo de indicador com visão temporal e outros.

Figura 1 | Valor de mercado na bolsa de valores

Fonte: Suno (2021, [s. p.)].

Na Figura 1 temos um exemplo de indicador estático, aquele indicador do momento atual, nesta imagem
estão dispostas informações de valor da empresa na bolsa de valores, este indicador apresenta variação ao
longo do dia, mas em uma apresentação para investidores a empresa pode apresentar sua fotografia de
fechamento do dia anterior e mostrar que seu valor no mercado naquele momento é favorável para uma
operação de investimento.

Figura 2 | Indicador em velocímetro

Fonte: Lorem ipsum dolor sit amet.

Na apresentação da Figura 2 temos uma ilustração de indicador em formato de velocímetro, neste caso
também temos a apresentação do momento atual do indicador com uma diferença significativa que é poder
visualizar os ponteiros se posicionarem na cor indicativa de positividades ou não, neste tipo de indicador
normalmente se trabalha com as cores vermelha, amarela e verde, nas quais são indicativas de negativo,
alerta e positivo, respectivamente, a principal vantagem deste modelo é poder ser percebido o estado do
indicador com um simples olhar para o gráfico.

Figura 3 | Modelo de gráfico de área


Fonte: Lorem ipsum dolor sit amet.

Figura 4 | Modelo gráfico de barras

Fonte: Lorem ipsum dolor sit amet.

Nas Figuras 3 e 4 temos modelos de indicadores que demonstram variações do indicador na linha do tempo,
veja que na imagem 3 são apresentados dados em uma linha do tempo em que as variações são visualmente
perceptíveis, neste modelo de gráfico o que se busca é evidenciar as oscilações do indicador dentro de um
período, com ele é possível identificar visualmente em que momento ocorreu a maior baixa ou a maior alta no
gráfico indicado.

Na Figura 4 temos a ilustração do indicador temporal, mas com marcos comparativos, este tipo de gráfico é
comumente usado para colocar em paralelo, períodos a serem comparados, assim fica mais fácil comparar o
desempenho do indicador entre meses ou anos, neste indicador a leitura também poderá ser visual.

Figura 5 | Múltiplos gráficos


Fonte: Camões (2018, [s. p.]).

Na Figura 5 temos a demonstração de diversos modelos e gráficos, assim como o já visto no gráfico em
velocímetro, também temos gráfico de pontos, gráfico de bullet, gráfico de dispersão e mapa de NUTS3.

Todos os modelos apresentados na Figura 5 podem ser aplicados conforme a necessidade do indicador,
portanto analise seu indicador e escolha o melhor gráfico.

Segundo Jorge Camões (2018, p. 9), “há estratégias específicas da visualização. Sendo a descoberta das
relações entre os dados a sua principal característica, ela deve ser otimizada através da escolha, e do design
das representações gráficas”.

COMBINANDO INDICADORES DISTINTOS EM UM MESMO OBJETIVO

Depois da imersão feita nos modelos de indicadores é importante também sabermos como usar indicadores
combinados, ou complementares. Antes precisamos compreender por qual motivo se utiliza mais de um
indicador para um mesmo propósito, esta ação deve-se em razão da complementação ou do detalhamento da
informação, um exemplo disto é quando uma organização apresenta uma variação significativa no indicador
de um ano, os indicadores complementares trarão as informações dos meses ofensores do indicador, nesta
mesma análise pode ser apresentada a visão do produto ou serviço ofensor.

Estes gráficos devem ser apresentados de forma complementar, às vezes com a mesma forma gráfica ou com
modelos diferentes, o mais importante nestes casos é que as informações sejam complementares no sentido
de trazer a compreensão dos números e as razões dos números, e sempre respeitando a proposta de fácil
leitura e compreensão.

Como forma de entendermos a combinação dos indicadores analisaremos as ilustrações a seguir, lembrando
que as imagens são elementos de apoio e não dados reais.
Figura 6 | Dashboard de indicadores

Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 6 temos alguns gráficos que mostram faturamento, custo com peças e envio de insumos, temos
também a vigência do contrato e Yield, para nosso estudo, vamos olhar três gráficos deste dashboard,
trabalharemos com faturamento (INVOICING), custo de peças (CMC) e Yield.

Partindo da análise do faturamento, observamos que o valor faturado é constante, apresentando uma queda
no último mês certamente porque o indicador foi extraído antes do fechamento do faturamento daquele mês,
mas de qualquer forma é importante termos o acompanhamento do faturamento, pois ele representa a
capacidade da organização honrar seus compromissos.

Ao analisarmos o indicador de custo de peças (CMC), podemos observar que tivemos uma elevação
significativa em determinado mês, neste caso é importante entender onde ocorreu esta necessidade de elevar
o custo.

E por fim temos um Yield, que se apresenta satisfatório já que seu ponteiro está apontando no verde, de toda
forma também é importante acompanhar, só para esclarecer o que é o termo Yield. O Yield é um termo em
inglês usado no mercado financeiro, que significa retorno do investimento, e no dicionário Cambridge a
tradução é “dar, render, fornecer”.

Entendido este conceito, vamos à associação de indicador complementar ao dashboard anterior.

Figura 7 | Resumo complementar a dashboard


Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 7 temos detalhado as informações da nossa dashboard. Veja que na planilha superior temos
colunas de mês, produção, faturamento, CMC, que é o custo de peças e Yield, Uma observação importante é
que na dashboard trabalhamos com gráficos de barra, linha e velocímetro, já no indicador complementar
estamos trabalhando com uma planilha, como falamos anteriormente, podemos trabalhar com modelos
distintos desde que sejam de fato complementares e de fácil leitura.

Fazendo nossa análise do faturamento, podemos observar que todo mês o valor se mantém e realmente não
existe faturamento para o último mês, ao analisarmos o CMC observamos que todo mês o custo é estável com
pouca variação, no entanto, no último mês houve uma variação significativa, neste caso do custo, descemos
para a análise das planilhas inferiores e observamos os modelos de equipamentos com custo elevado, assim
podemos atuar na causa raiz, o mesmo acontece para o Yield, temos detalhes nas planilhas inferiores que
podem indicar o modelo de equipamento que está afetando o indicador.

A ATUALIZAÇÃO DOS DADOS E SUA FINALIDADE

Até aqui vimos como escolher o modelo do indicador, aprendemos como combinar indicadores para serem
complementares, vimos que mesmo que tragam informações correlatas não precisamos manter o mesmo
modelo nos indicadores, entendemos que para cada padrão de dados existe um modelo mais adequado, e
que devemos sempre explorar a facilidade de leitura do indicador nos modelos possíveis.

Agora é hora de falarmos sobre a manutenção dos dados, afinal um indicador só tem efetividade se ele for
vivo, precisa haver uma recorrência de atualização, caso contrário os números estarão estáticos e sem sentido
para despendermos esforços e recursos.

Como já falamos em aulas anteriores, a atualização dos dados pode ser feita de diversas formas, dentre elas
estão os sistemas corporativos, censitárias e coletas para lançamentos manuais. Apesar da forma que os
dados são atualizados, o importante é que exista uma recorrência e esta deve ser alinhada com a frequência
que o indicador será gerado, caso contrário os dados consultados estarão com informações divergentes do
cenário que se deseja analisar ou apresentar. Neste sentido, a definição da origem e do local de
armazenamento da base de dados se faz primordial para a construção do seu indicador, e caso este seja
gerado a partir de dados já existentes na organização é importante ter a informação da frequência que os
dados são atualizados, no caso de dados vindos dos sistemas da organização é necessário conhecer a sua
estrutura na base de dados, para conseguir usar a informação correta, por isso é fundamental uma
comunicação com os profissionais de TI, para que eles passem detalhes da estrutura ou se é possível exportar
os dados que você trabalhará, dependendo do sistema usado é possível que exista a funcionalidade de envio
recorrente de relatórios em formatos aceitáveis nos editores de planilhas, assim você já pode solicitar para
estes profissionais que coloquem o envio para você e possa trabalhar com estas informações em planilhas
eletrônicas.

Caso seu indicador seja com dados levantados e lançados de forma manual, você precisa tomar alguns
cuidados que vão lhe garantir afetividade no indicador, assim como segurança para o indicador e até para
você e sua organização. Os cuidados são: ter dupla checagem da coleta para garantir que a informação está
correta, caso sejam coletados dados pessoais é necessário ter o cuidado de obter a autorização do titular dos
dados para armazenar e publicá-los, a autorização não pode ser verbal, mas sim escrita, ou então que se
utilize algum recurso de anonimização, em que podem ser feitas alterações na relação nome versus dados ou
mesmo suprimir o nome do titular do dado durante a coleta, o que significa, armazenar todos os dados
necessários e não armazenar os nomes, desta forma você terá contabilizadas as informações tidas como
sensíveis, mas não terá a identificação das pessoas. De acordo com o art. 12 da Lei nº 13.709, de 14 de agosto
de 2018, “os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais para os fins desta Lei, salvo quando
o processo de anonimização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando exclusivamente meios
próprios, ou quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido” (BRASIL, 2018).

Adotados os cuidados de rechecagem dos dados e optar por trabalhar a anonimização, seu indicador estará
adequado, restando, portanto, a alimentação dos dados.

VIDEOAULA

Em nosso vídeo falaremos mais sobre as questões abordadas, dos modelos preditivos de gráficos versus
dados e buscaremos o entendimento do melhor gráfico para nosso indicador, falaremos ainda do uso de
múltiplos gráficos ou indicador auxiliar e por fim trataremos da atualização dos dados e entenderemos por
que a LGPD traz restrições de captura e armazenamento dos dados.

Videoaula

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Segue algumas dicas para seu o aprofundamento na construção dos indicadores e dashboards.

Livros:

CHAMON, J. E. Dashboard em Excel. v. I.

CAMÕES, J. Dashboards eficazes em Excel. Wisevis Unipessoal, 2018.

Materiais sobre Excel e Dashboard:


CHAMON, J. E. Ensinando Excel – Cursos, apostilas, videoaulas.

Aula 2

USANDO TABELAS DE INDICADORES


Nesta aula falaremos sobre indicadores em tabelas simples e tabelas dinâmicas, e aprender como e
quando devemos utilizar tabelas dinâmicas e optar por indicadores nos formatos de gráfico, tabela
simples ou tabela dinâmica.
23 minutos

INTRODUÇÃO

Nesta aula falaremos sobre indicadores em tabelas simples e tabelas dinâmicas, você verá como e quando
usar tabelas dinâmicas e com estes conhecimentos, será possível uma melhor compreensão para seu
indicador, podendo decidir entre gráfico, tabela simples ou tabela dinâmica.

Você verá ainda sobre formatação de tabelas para a melhor apresentação, a formatação lhe ajudará a
estruturar a formatação dos dados a serem utilizados.

Com estes conhecimentos você terá condições de construir seu indicador em planilha com total detalhamento
da informação que se deseja, tendo inclusive a utilização de recursos para segmentação de dados, linha do
tempo e filtro de dados.

QUANDO USAR TABELA SIMPLES OU TABELA DINÂMICA

Olá, estudante! Nesta aula falaremos sobre o uso de planilhas para nossos indicadores, vamos entender um
pouco sobre as planilhas simples, somente com os elementos básicos de título e informações, também
veremos tabelas dinâmicas que nos auxiliarão na construção de indicadores.

Antes de começarmos com os nossos estudos é importante entendermos a diferença entre os tipos de
planilha, assim, quando observarmos uma planilha saberemos distingui-la. Então vejamos, planilha simples
terá o título e os dados dispostos em linhas e nos permite a manipulação dos dados, tais como: alterar,
excluir, entre outros, e no caso da tabela dinâmica, trata-se de uma planilha com agrupamento de dados
advindos de uma planilha simples; com a tabela dinâmica é possível realizar agrupamentos por segmento de
dados, baseado no título da planilha. A seguir temos exemplos de tabela simples e dinâmica.

Figura 1 | Modelo de tabela simples


Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 1 temos a apresentação de uma tabela simples, observe que nesta tabela temos diversos dados
agrupados, em que na primeira linha temos o cabeçalho e nas linhas a seguir temos os dados que compõem a
base de dados. Na tabela apresentada na figura temos ainda algumas formatações que são possíveis e
bastante úteis na visualização dos dados, as formatações aplicadas na planilha são da cor da linha, filtro por
tipo de dado e formatação de título na primeira linha, ou seja, no cabeçalho.

Figura 2 | Modelo de tabela dinâmica

Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 2 temos a apresentação de uma tabela dinâmica, nesta tabela trabalhamos os mesmos dados
existentes na tabela anterior, observe que na tabela dinâmica os dados estão agrupados e podem ser
facilmente filtrados por meio do menu lateral, também conhecido como segmentação de dados, a tabela
dinâmica é muito eficiente quando se deseja apresentar informações agrupadas, tal como vimos na Figura 2.

Conhecidas as diferenças entre tabelas simples e dinâmicas vamos entender quando podemos usar cada uma
delas.
Tabela simples – deve ser usada sempre que os dados a serem apresentados não necessitem de
agrupamentos, segmentação ou se deseja trabalhar com fórmulas do editor de planilhas que se repliquem
para os dados sequenciais.

Tabela dinâmica – deve ser usada sempre que se fizer necessário algum tipo de segmentação ou
agrupamento, na tabela dinâmica é possível agrupar informações de um contrato, como na Figura 2, para
refletir o que ocorreu ao longo de um período, na tabela dinâmica ainda é possível criar recursos de
segmentação para facilitar a interação do usuário com as informações contidas na tabela, é importante saber
que a tabela dinâmica é gerada a partir de uma tabela simples, em que estejam contidos os dados a serem
trabalhados. Um ponto importante para se destacar é que o uso de fórmulas em tabelas dinâmicas é mais
restrito do que nas tabelas simples.

Em suma, saber quais dados e como se deseja apresentar seu conteúdo é o primeiro passo antes de se
decidir por qual tabela usar, outro ponto importante é que os gráficos também podem ser gerados por meio
de tabelas dinâmicas, neste caso os elementos de segmentação que aplicar-se na tabela dinâmica podem se
refletir no gráfico, permitindo criar gráficos com segmentação de dados.

A TEMPORALIDADE DA TABELA

A tabela pode ser viva, ou seja, ela pode estar em constante atualização, para tanto deve-se definir como e
com qual frequência ela será atualizada.

Precisamos entender que em tabelas de planilhas eletrônicas temos que ter o cuidado de saber se os dados
contidos estão passando por atualizações com a inserção de novos dados ou alterações no dado existente,
diferente das bases de dados em SGBDs, em que normalmente existe um novo registro de informação sem
que se perca a informação anterior, mesmo quando os sistemas não tiverem o recurso de guardar o histórico,
o SGBD cria um armazenamento chamado LOG, o que permite ter esta visão de temporalidade. Nas planilhas,
para garantir a temporalidade é necessário criar sempre uma linha de registro nova, toda vez que precisar
alterar o dado, caso contrário a informação que você terá para apresentar será sempre a do momento atual.

Veja no exemplo da Figura 1, temos um mesmo número de contrato com registros de lançamentos para cada
mês, desta forma está mantida a temporalidade da informação na planilha, se a qualquer tempo se desejar
olhar como estavam as informações referentes a um mês ou ano será possível, inclusive também poderá ser
feita a comparação entre meses ou anos distintos, visto que os dados estão mantidos e de forma temporal.

Para melhor entendimento faremos mais um exercício com a Figura 1, observe que temos na coluna “A”
diversos contratos com alguns lançamentos em linhas distintas, cada linha tem suas informações que são
únicas, podemos observar que no geral estão listados os meses de janeiro a março, e cada contrato tem os
seus dados específicos, permitindo assim que se tenha uma temporalidade na planilha e permitindo ainda
realizar algumas aferições, podemos realizar a comparação entre meses do mesmo contrato, meses de
contratos distintos, somatória de todos os meses de cada contrato, entre outras combinações.
Quando temos esta temporalidade, podemos aplicar a tabela dinâmica ou mesmo gráficos para representar
as visões desejadas, fazendo desta forma que o indicador seja capaz de transmitir a mensagem que se
propõe.

Figura 3 | Visão de gráfico dinâmico

Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 2 temos a apresentação do gráfico de produção por mês, este gráfico é gerado a partir da tabela
dinâmica que está à esquerda da imagem, entre a tabela dinâmica e o gráfico temos um quadro com os
contratos, este é o elemento de segmentação de dados, uma vez que seja selecionado um contrato, a tabela e
o gráfico são alterados para apresentar os dados relacionados àquele contrato, isto só é possível porque na
tabela de origem existem registros temporais de cada contrato.

Em resumo, para termos informações para os indicadores, precisamos trabalhar de maneira a garantir a
manutenção dos dados de forma que os registros não sejam perdidos, mas sim acrescentados na planilha,
caso não se tenha esta disciplina, o indicador poderá trazer informações que não retratam a realidade,
portanto, um trabalho de revisão periódica na planilha é fundamental, assim é possível corrigir qualquer
inconformidade em tempo hábil.

A FORMATAÇÃO CORRETA DOS DADOS PARA A CORRETA EXTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Agora que vimos mais sobre as planilhas e tabelas dinâmicas, é hora de entendermos um pouco sobre as
formatações, caso a formatação dos dados na planilha não esteja adequada, é possível que seu indicador não
apresente as informações da maneira que se deseja.

Um dos principais dados que requer uma formatação adequada é o dado chamado de “Datas”, as datas se
preenchidas nas colunas indicadas não estejam com a formatação correta, certamente seu gráfico ou sua
tabela dinâmica não refletirá a informação na linha do tempo, inclusive é possível que você não consiga
agrupar os dados pelo campo chamado data de sua planilha.

Figura 4 | Tabela dinâmica com data formatada


Fonte: Ipea ([s. d., s. p.]).

Na Figura 4 temos um gráfico feito a partir de tabela dinâmica e com o campo de data devidamente
formatado, podemos observar nesta imagem, que além da segmentação de Ano temos uma linha do tempo
com meses, que é disponibilizada nas ferramentas da tabela dinâmica quando temos o campo Data
formatado corretamente, além da linha do tempo que fica disponível, temos ainda a criação automática de
duas referências de data, são elas “Ano” e “Trimestre”, se observarmos veremos que no gráfico logo abaixo
das barras existe a informação “Trim1. Trim2, Trim3 e Trim4”, com isso é possível ter a visão por períodos de
três meses, além do ano e do mês.

É importante saber que a formatação deve ser feita na tabela de origem, desta forma os dados irão para a
tabela dinâmica já estruturados e permitindo efetuar a montagem dos agrupamentos desejados, sem que
haja erros na visualização.

De acordo com Camões (2018, p. 4), “o pré-processamento dos dados é a principal tarefa de uma
representação gráfica, e a nossa preocupação deve ser formatá-la para facilitar a tarefa”. Neste sentido, toda a
formatação que se identifique como importante e/ou necessária, deve ser feita em tempo para que seu
indicador possa ser o mais representativo possível, além de tornar a tarefa de construção mais facilitada,
lembre-se que se a formatação estiver correta na origem dos dados, não será necessário reformatar a
apresentação a cada vez que esta for atualizada, diferente de quando as formatações acontecem na
apresentação, tabela dinâmica ou gráfico, se as formatações forem realizadas já na tabela dinâmica ou no
gráfico ao atualizar os dados, a formatação se perderá em razão do dado que virá da base, então tenha em
mente que formatar na base é otimizar tempo no seu trabalho além de permitir maior qualidade.

Por conclusão, podemos ter em mente que as tabelas simples nos trarão representações mais analíticas e a
tabela dinâmica nos permite ter uma visão sistemática com agrupamentos e segmentos de dados, mas para
termos uma apresentação de tabela dinâmica ou mesmo um gráfico, precisamos tratar os dados existentes na
tabela simples fazendo as formatações necessárias, só assim teremos um trabalho coerente e com
otimizações para construção e atualização.
VIDEOAULA

Nesta aula vamos explorar um pouco mais das tabelas, discorrer sobre as diferenças entre a tabela simples e
a tabela dinâmica, falar sobre as escolhas entre estes tipos de tabelas na hora de apresentar o indicador, e
ainda, sobre as formatações dos campos e dados para melhor resultado do indicador e otimização de tempo
na construção e atualização.

Videoaula

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
A seguir, uma dica para seu aprofundamento sobre painéis dashboards é a leitura do capítulo
relacionado ao assunto no livro indicado a seguir, disponível na Biblioteca Virtual.

FERREIRA, M. C. Tabela dinâmica relacionada com Dashboard: aprenda de forma rápida. São Paulo:
Expressa, 2021.

Aula 3

USANDO DADOS DE FONTES EXTERNAS


Nesta aula falaremos sobre conexões a bases externas, abordando as diferentes redes existentes
(intranet, internet e extranet) e o papel de cada uma delas.
24 minutos

INTRODUÇÃO

Nesta aula falaremos sobre conexões a bases externas. E em aulas anteriores já estudamos que é possível
realizarmos conexões com bases em SGBDs ou planilhas eletrônicas para gerarmos nossos indicadores, nesta
aula veremos como estas conexões ocorrem e para que servem.

Ainda nesta aula veremos também as diferentes redes existentes (intranet, internet e extranet) e o papel de
cada uma delas, como são as conexões através destas redes e como podemos extrair o melhor de cada uma
delas, conheceremos ainda as formas de conexões, as bases de dados por meio de cada uma das arquiteturas
de redes apresentadas nesta aula.

CONEXÕES ENTRE BASES


Olá, estudante! Nesta aula falaremos sobre as conexões entre bases, recurso que nos permite extrair o
máximo de informação das mais diversas bases. É importante relembrarmos que para acessarmos bases em
SGBDs é necessário termos permissões dos nossos usuários, portanto, o primeiro passo é identificar as bases
e obter os acessos necessários junto ao time de TI ou quem seja responsável pela gestão das bases de dados.

Compreendidas as necessidades iniciais vejamos as diferentes formas de conexões existentes, porém é


necessário compreendermos outro elemento importante para que as conexões ocorram, são os protocolos de
comunicações, estes protocolos são responsáveis pela comunicação e transporte das informações entre dois
ou mais pontos, os protocolos mais comuns nas comunicações são TCP, UDP, HTTP, HTTPS, SMTP, FTP e IMAP.

Cada um dos protocolos citados tem papel específico na relação de comunicação e meio de comunicação,
como exemplo o HTTP e o HTTPS que são protocolos de acesso à internet, sendo que no caso do HTTPS é o
acesso por meio de site seguro, são aqueles sites com área restrita no qual se apresenta o cadeado na janela
do navegador, o SMTP e o IMAP são protocolos de transferências de e-mails, e TCP e UDP são protocolos de
transporte que recebem dados de camadas anteriores para que realizem entregas ao seu destino.

Visto que cada protocolo tem sua função ou seu papel específico é importante ter em mente que em uma
comunicação diversos protocolos podem estar envolvidos, cada um realizando seu papel. “Em uma rede de
computadores, utilizamos os protocolos de comunicação para definir como os dados serão transmitidos.
Podemos utilizar diversos protocolos no estabelecimento de uma única comunicação […]” (SCHMITT; PERES;
LOUREIRO, 2013, p. 5).

Compreendidas as definições de protocolos vamos às formas de conexões existentes, podemos considerar


que as conexões possíveis, vão desde simples arquivos até grandes bancos de dados em SGBDs. Vamos listar
algumas formas para compreensão:

Arquivos – planilhas eletrônicas, textos em CSV, PDFs, entre outros.

Bancos de dados – SQL Server, Access, Oracle, PostgreSQL, MySQL, entre outros.

Serviços Online – SharePoint, Dynamics, Azure, GoogleAnalytics, entre outros.

Outros – Página Web, OLE DB, ODBC, entre outros.

Figura 1 | Tipos de conexões possíveis

Fonte: elaborada pelo autor.


Na Figura 1 temos a demonstração das opções de conexões existentes por meio do Power BI, destas temos
diversos tipos de dados possíveis, conforme listamos anteriormente, é importante entendermos que para
termos acesso aos dados e realizarmos as conexões é necessário estarmos com acesso autorizado e no
mesmo meio de rede, como exemplo os arquivos precisam estar no mesmo equipamento ou em
equipamento acessível por meio da rede, no caso dos bancos de dados eles precisam estar em mesma rede
ou redes interconectadas, o que falaremos mais à frente.

Figura 2 | Conexão a banco de dados

Fonte: elaborada pelo autor.

Na Figura 2 demonstramos a conexão a um banco de dados SQL Server, o mesmo modelo se aplica para os
bancos de dados: Oracle, PostgreSQL, MySQL, entre outros, observe que é necessário ter o nome do servidor
ao qual se deseja conectar, ao avançar nesta tela serão necessárias as permissões de acesso como log in e
senha, será necessário também saber a(s) tabela(s) que se deseja conectar, lembre-se que nos bancos mais
elaborados existem múltiplas tabelas que se relacionam para extração das informações e dos indicadores.

BASES LOCAIS, INTRANET, EXTRANET E INTERNET

Neste ponto, precisamos compreender as diferentes redes existentes para que se consigamos nos comunicar
e extrair os dados, as informações e os indicadores, falaremos das redes locais, das intranets, também
conhecidas como redes corporativas, falaremos das extranets, que são redes interconectadas e por fim
falaremos da internet, que conhecemos como a rede mundial dos computadores, neste ponto trataremos as
bases como redes, pois sua tipificação conforme este tópico está associada com a rede na qual a base deverá
ser acessada.
As redes locais (intranets) ou redes físicas são aquelas que se limitam a locais específicos e estão conectadas
por meio de cabos ou dispositivos wi-fi, nestas redes o usuário que desejar acessar um banco de dados ou
arquivo precisa estar dentro dos limites destas redes e devidamente conectado, seja por meio do cabo ou
pela rede wi-fi, existem casos excepcionais em que se obtém o acesso sem estar dentro do ambiente físico,
mas são acessos realizados por outros meios de redes interconectadas, o que pode ser feito de com recursos
predefinidos pela organização, em casos excepcionais podem haver acessos não autorizados feito por
hackers, o que configura crime de violação da privacidade, passível de penalidades previstas em lei.

As extranets são aquelas redes que permitem os usuários de uma organização acessarem informações e
recursos existentes dentro da sua empresa mesmo que estes não estejam fisicamente em suas organizações,
para se ter acesso às intranets, a TI da empresa deve criar as contas de acessos e configurar os protocolos
adequados que permitam a comunicação segura aos dados, entre os recursos configurados pela TI podem
estar os endereços IPs que terão acesso à rede, o MAC Address (endereço físico) dos dispositivos que tem
permissão de acesso, além de outros recursos existentes, este acesso pode garantir ao usuário os acessos
conforme a limitação imposta pela política de segurança adotada na organização. Neste tipo de rede também
podemos ter riscos inerentes a invasões, portanto quanto maior a política de segurança aplicada, maior será a
segurança da rede.

Por fim vamos entender a internet e seus recursos. Como todos sabemos a internet é a rede mundial de
computadores, na qual podemos realizar diversas ações e operações, a internet é o meio de comunicação que
mais cresce e se dissemina nos últimos anos, em que podemos realizar diversas ações como contatos em
redes sociais, transações bancárias e muito mais, na internet existem diversos além das transações básicas,
como sites de conteúdos que nos permitem realizar conexões com bancos de dados e softwares de
dashboards e a partir destes conteúdos podemos construir indicadores específicos, temos ainda sites de
institutos de pesquisas como o IBGE ou organizações com atividades específicas em que os indicadores já
estão acessíveis sem a necessidade de construção por quem efetua o acesso, como a ANP, pois estes dados já
estão devidamente construídos e disponíveis para consultas.

Figura 3 | Censo agropecuário


Fonte: IBGE (2017, [s. p.]).

Figura 4 | Painel preço do combustível

Fonte: ANP ([s. d., s. p.]).

Nas Figuras 3 e 4 são apresentados exemplos de conteúdos publicados em formato de indicador, conforme
citado no texto, a Figura 3 nos mostra um indicador construído pelo IBGE e na Figura 4 temos um indicador
construído pela ANP, ambos os indicadores estão disponíveis para acesso público. Da mesma forma podemos
criar conexões com sites em que só permitem acesso a tabelas de dados e a partir desta conexão construímos
nossos indicadores. Assim sendo, são diversas as formas de se obter os dados, que podem ser públicos ou
privados, basta ter o devido acesso que seu indicador poderá ser construído e trabalhado.
CONECTIVIDADE É PRECISO

Enfim chegamos ao conceito que talvez seja o mais comentado nos tempos atuais. Saber o que é
conectividade, é fundamental para se ter as ferramentas necessárias para a coleta de dados e informações e a
partir deste ponto poder construir indicadores cada vez mais eficientes e estruturados.

De maneira geral entende-se por conectividade como a capacidade de interligar dispositivos eletrônicos entre
si e fazer com que estes se comuniquem e emitam resultados, como exemplo podemos citar uma impressora
ligada a um computador que permite extrair do computador algum conteúdo em forma impressa.

Neste sentido, podemos afirmar que a capacidade do indivíduo de se conectar com outras pessoas, seja por
meio de redes sociais ou pessoalmente, está sendo construída uma conectividade entre os indivíduos, este
tipo de conectividade é fundamental para que se possa captar informações fundamentais para seu indicador,
caso este não seja oriundo de dado armazenado, é na conexão inter-relacional que você poderá identificar os
meios e as informações que deverão estar contempladas no seu indicador.

Compreendido os cenários de conectividade pessoal e entre dispositivos, vamos entender um pouco melhor
porque cada um dos tipos é fundamental, iniciando pela conectividade entre dispositivos. Como falamos
anteriormente, temos diversos tipos de redes que nos permitem realizar a nossa coleta de dados e também a
apresentação do resultado do nosso indicador, contudo se trabalharmos em dispositivos isolados ou se não
tivermos usuários com permissão de acesso aos ambientes da organização, seja intranet, extranet ou internet,
nosso trabalho estará restrito ao nosso dispositivo, dessa forma não poderemos ter acessos aos dados e às
informações que desejamos trabalhar, e mesmo que tenhamos acesso autorizado aos recursos da rede e das
bases de dados, necessitaremos da conexão aos ambientes de armazenamento, de nada adianta termos o
acesso garantido, se nosso dispositivo estiver fora do ambiente, como exemplo, se estivermos em uma rede
cabeada, mas nosso dispositivo, PC ou notebook, estiver desconectado da rede, sem esta conexão não
conseguiremos avançar nos trabalhos.

Figura 5 | Tipos de rede

Fonte: Dalton (2019).

Na Figura 5 temos a ilustração das conexões entre redes, veja que tudo nasce na intranet. E é a partir dela que
são feitas as conexões de extranet, para que os parceiros, clientes, fornecedores e mesmo colaboradores
possam ter acesso aos dados e sistemas predefinidos, da mesma forma é a partir da intranet que os
membros de uma organização conseguem realizar seus acessos à internet, permitindo que sejam feitas
consultas, negociações e até transações com fornecedores e com o mercado como um todo.

Da mesma forma que a conectividade entre dispositivos é importante, também precisamos dar importância à
conectividade interpessoal, na conectividade interpessoal podemos ter as nossas redes sociais, no qual
conseguimos realizar conexão com pessoas de qualquer parte do mundo e dependendo do trabalho a ser
desenvolvido, podemos através destas redes realizar análises prévias que embasarão o indicador a ser
construído, um exemplo disso: é mapear nas redes sociais o número de pessoas do sexo masculino e do sexo
feminino, da mesma forma podemos trabalhar a análise por região, com estas informações é possível
construir algumas visões de indicador, que podem embasar a construção do seu trabalho, logo, ter
conectividade no campo tecnológico é tão importante quanto no campo interpessoal.

VIDEOAULA

Neste vídeo entraremos na compreensão dos temas abordados, vamos explorar mais as possibilidades de
conexões entre bancos de dados, de igual forma falaremos mais sobre as diversas redes existentes e por fim
complementaremos nosso entendimento sobre a necessidade de termos conectividade no campo
tecnológico, assim como no campo interpessoal.

Videoaula

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 Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre fontes externas, leia o artigo a seguir.

GOMES, C. M.; KRUGLIANSKAS, I. Indicadores e características da gestão de fontes externas de


informação tecnológica e do desempenho inovador de empresas brasileiras. RAC, Curitiba, v. 13, n.2,
art.1, p. 172-188, abr/jun. 2009.

Aula 4

APRESENTAÇÃO DE INDICADORES
Nesta aula falaremos mais sobre a apresentação do seu indicador e veremos as melhores formas destes
serem apresentados e interpretados pelos stakeholders.
22 minutos
INTRODUÇÃO

Nesta aula falaremos mais sobre a apresentação do seu indicador, veremos as melhores formas destes serem
apresentados e interpretados pelos stakeholders, veremos também como analisar os dados contidos no
indicador, para termos a melhor apresentação oral que o indicador possa ter, veremos ainda como colher o
melhor dos feedbacks e transformá-lo em melhorias para seu indicador.

A aula será um apanhado de tudo que já vimos, mas de forma direcionada, teremos a oportunidade de falar
especificamente da apresentação do indicador, assim como da melhoria por meio dos feedbacks, vamos ainda
ter a oportunidade de compreender como analisar os dados e saber responder aos questionamentos.

MELHOR FORMA DE APRESENTAR SEUS INDICADORES

Como já falamos em aulas anteriores, a apresentação do seu indicador deve ser levada a sério, ela será o
divisor de águas entre um trabalho conceituado e apoiado por toda a organização e um trabalho que
fatalmente será descontinuado, é importante ter em mente que muitas vezes o que mais conta é a
apresentação que se tem, os dados e as informações acabam por serem secundários, depois que a atenção é
conquistada com um visual e uma introdução bem-feita, é o momento em que os dados e as informações são
analisados por quem acompanha a apresentação.

Então vamos entender como fazer a parte visual do trabalho. É extremamente importante que a apresentação
traga uma introdução que você relate as razões que te levaram a desenvolver este trabalho, deve dizer os
objetivos que existiam no início do projeto e quais são os resultados alcançados, indique os envolvidos no
trabalho, dando a cada um os seus créditos e então inicie a apresentação.

Por mais que seu indicador trate de um ponto específico, é importante que você tenha visões por diversos
ângulos, ou seja, não traga apenas o indicador principal, mas sim as análises realizadas apontando os
ofensores, assim como as oportunidades identificadas, desta forma você demonstrará aos stakeholders seu
domínio sobre o assunto, o que te dará mais crédito na apresentação.

Conforme já dito, é preciso ter uma apresentação visualmente atrativa, e portanto, você deve ampliar os
domínios no uso das ferramentas que falamos ao longo das aulas, assim você poderá criar uma apresentação
interativa e que poderá responder eventuais questionamentos, tendo sido criado um conjunto de indicadores
complementares ao indicador em destaque na apresentação busque trabalhar com a construção de
dashboards. Estas conseguem trazer de forma unificada e clara todas as informações necessárias para a
compreensão do indicador, importante que se trabalhar com dashboards e que também contenha elementos
de interação na apresentação, tais como segmentação de dados ou linha do tempo, estes elementos devem
ser capazes de atualizar todos os gráficos e as tabelas existentes na dashboard, caso contrário algum dos
espectadores poderá efetuar questionamentos indesejados.

Figura 1 | Dashboard em Excel


Fonte: Biz infograph (2022, [s. p]).

Figura 2 | Dashboard em Power BI

Fonte: Innovate (2022, s.p).


Veja nas figuras os modelos de dashboards construídos em Excel e Power BI respectivamente, analisando as
duas imagens podemos ver que em ambas as aplicações temos condições de construir dashboards interativas
e que carreguem todos os elementos de análise do indicador principal, com apresentações elaboradas nestes
padrões, seus stakeholders estarão acompanhando sua apresentação com atenção e dedicação.

A construção da sua apresentação em dashboard deve ser bem pensada para que não seja cansativa, então
escolha bem os tipos de gráficos e as cores que serão utilizadas, evite tons que possam ser cansativos e
também os tons pastéis, que podem ser mais amigáveis no tocante e não serem cansativos, no entanto eles
se fazem pouco perceptivos e não prendem a atenção de todos os interessados.

Por fim, esteja preparado para explicar cada um dos gráficos da sua dashboard, tenha também domínio
completo das informações para eventuais questionamentos, lembre-se, se houver algum questionamento é
porque as atenções foram conquistadas, então esteja preparado.

RECORRÊNCIA DE APRESENTAÇÃO

Agora que já tem a compreensão de como estruturar sua apresentação, é hora de definir a recorrência em
que as apresentações devem ocorrer. É de suma importância entender que o próprio indicador falará para
você a frequência em que ele deve ser apresentado, conforme falamos em aulas anteriores, para termos
apresentações efetivas é importante que os dados do indicador estejam devidamente atualizados, lembrando
que a temporalidade do indicador é o que demonstrará a sua evolução, seja em decorrência das ações
adotadas ou mesmo da natureza do indicador.

O indicador deve ser tratado como uma receita financeira, e da mesma forma que se trata a receita recorrente
da empresa deve se tratar a recorrência do indicador, portanto, acompanhar a regularidade em que os dados
são atualizados e sua consistência são fundamentais, contudo, o acompanhamento não deve ser feito na
mesma recorrência que a apresentação, o acompanhamento deve ser frequente e a apresentação respeitará
a temporalidade da atualização dos dados, em resumo, se você trabalhar com um indicador financeiro, com
as receitas recorrentes você trabalhará com apresentações mensais, contudo pode ser que o objetivo seja
avaliar a variação das receitas recorrentes por períodos, neste caso você deve trabalhar com períodos que
podem ser bimestral, trimestral, semestral ou até anual, dependerá dos objetivos definidos para o indicador.

Da mesma forma que os indicadores financeiros, existem outros que dependerão das definições e dos
objetivos, vejamos no caso de indicadores de RH, estes estarão alinhados com a estratégia do departamento
para captar, reter, desenvolver ou promover colaboradores. Considere um departamento de recursos
humanos que deseja evidenciar para a alta direção que um projeto de Universidade Corporativa é essencial
para que se consiga desenvolver e promover colaboradores, neste caso se faz necessário captar informações
de admissão, formação inicial, promoções dos colaboradores e as janelas de atualizações curriculares, neste
caso as janelas de apresentações certamente serão maiores que as financeiras, devem ser observadas as
janelas semestrais e anuais, da mesma forma, se o RH desejar trabalhar seu turnover, a janela de
apresentações deverá respeitar um espaçamento que possa apresentar uma média, portanto serão
apresentados indicadores com ciclos bimestrais, semestrais e anuais, novamente, a definição deste tempo
dar-se-á conforme os objetivos definidos na elaboração do indicador.
Figura 3 | Dashboard de RH

Fonte: adaptada de Empreendedorcurioso [(s. d., s. p.)].

A figura ilustra a concepção de um indicador de RH, neste caso específico o indicador de absenteísmo, que
demonstra a taxa de ausências que a empresa tem dentro de um período, na dashboard apresentada o
indicador ilustra a periodicidade anual, no entanto pode se considerar periodicidade menor ou maior, a
depender da intenção ou estratégia da empresa.

Figura 4 | Indicador de gravidade no RH

Fonte: adaptada de Empreendedorcurioso ([s. d., s. p.]).


Na figura temos a análise da gravidade do absenteísmo para a empresa, este indicador que compõe o
dashboard demostra o impacto que o absenteísmo está tendo para os negócios e em razão disso a empresa
pode requisitar ao RH ações efetivas, bem como intervalos menores na apresentação do indicador,
demonstrando assim resultados práticos e efetivos na adoção de medidas.

Veja que a definição do período de apresentação estará diretamente ligada ao objetivo organizacional e os
impactos, positivos ou não, que o indicador possa ter, por fim, analise e avalie os impactos para então definir
a recorrência do seu indicador.

ENTENDER OS NÚMEROS, FEEDBACKS E APLICAR MELHORIAS

Agora que entendemos a melhor forma de apresentar o indicador, também já compreendemos como
estabelecer a recorrência das apresentações, vamos compreender como interpretar os números e tirar o
melhor dos feedbacks recebidos.

Afinal, o feedback deve ser usado como uma excelente ferramenta de evolução e amadurecimento, segundo
Rizzi (2020, p. 7) “é necessário compreender que feedback é uma ótima ferramenta, porém faz parte de um
olhar a partir de uma percepção, ou da soma de várias percepções”.

Antes de falarmos sobre a análise das informações, vamos entender o ponto do feedback, de acordo com Rizzi
(2020, p. 7) “entenda o processo de diálogo, feedback em si, como vistas ao desenvolvimento e não como
sendo um julgamento final. Pense que o foco é aprimoramento para uso no presente e futuro […]”, o feedback
é uma ferramenta que nos permite ter percepções distintas de um mesmo fato ou uma informação, dar a
devida atenção aos feedbacks é se dar a oportunidade de fazer melhor cada etapa do seu trabalho e
enriquecer seu indicador, bem como a si mesmo.

Diante deste prisma é bastante relevante que você possa ouvir os feedbacks dos stakeholders e sendo
possível tome nota, desta forma você será capaz de analisar e ponderar sobre cada abordagem feita pelos
envolvidos nos feedbacks recebidos, é fato que alguns dos feedbacks já tenham sido tratados por você na
elaboração do indicador e da apresentação, mas mesmo assim é importante ouvir, pois problemas iguais
observados sobre outra ótica podem ter soluções e resultados distintos, então nunca se deve desprezar
qualquer que seja o feedback, trate todos como se fossem ideias apresentadas em uma brainstorming
(tempestade de ideias), na brainstorming toda ideia deve ser colocada na mesa, independente do seu teor e
da relevância, da mesma forma deve ser feito com o feedback, todas as abordagens devem ser acolhidas e
consideradas, após as devidas análises podem ser acatadas ou não, as ideias e sugestões.

Enfim, está compreendida a necessidade de reconhecer e aceitar os feedbacks, agora é hora de compreender
como se analisar os dados e as informações do indicador. Conforme já falado em aulas anteriores, o gestor do
indicador deve ter compreensão dos dados e do processo gerador do dado e da informação, portanto é
imprescindível que você transite pelos departamentos e converse com as pessoas responsáveis por alimentar
as bases de dados que trabalharão no seu indicador, não só isso, é necessário conhecer o processo no qual o
dado nasce e o seu uso se encerra, assim você será capaz de conhecer o tempo de vida do processo e o
tempo de vida do dado e da informação, a partir deste ponto você terá plenas condições de olhar para as
informações no seu indicador e identificar eventuais desvios, caso necessário você também poderá usar
relatórios de apoio para certificar das informações que estão sendo apresentadas no seu indicador, logo você
terá condições de realizar a contraprova das informações antes de apresentar as partes interessadas e correr
riscos de apresentar dados incompletos ou irreais.

Outro ponto de relevância é saber aproveitar cada oportunidade para melhorar seu indicador, receba os
feedbacks e aplique os conceitos do PDCA, para ter a melhoria contínua do seu indicador, desta forma você
estará fazendo uma apresentação nova a cada vez, não fazendo do seu trabalho algo cansativo e
desagradável aos interessados.

VIDEOAULA

Olá, estudante!l Neste vídeo falaremos sobre os conceitos da melhor forma de apresentar seu indicador,
sobre a importância do feedback, como saber aproveitar as oportunidades dadas pelos feedbacks, e também
da melhoria contínua, que deve ser considerada no seu trabalho que pode vir dos feedbacks recebidos e
coletados nas apresentações.

Videoaula

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

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Segue uma dica para o seu aprofundamento na construção dos indicadores e dashboards, leia o livro
indicado a seguir disponível na Biblioteca Virtual.

FERREIRA, M. C. Power BI 2019: aprenda de forma rápida. São Paulo: Érica, 2021.

REFERÊNCIAS
2 minutos

Aula 1

CAMÕES, J. Dashboards eficazes em Excel. Ed. Wisevis Unipessoal, Versão 1.1, 2018.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 30 de junho 2022.

SUNO. Analítica. Ações. 2021. Disponível em: https://www.suno.com.br/acoes/. Acesso em: 1 jul. 2022.
Aula 2

CAMÕES, J. Dashboards eficazes em Excel. Ed. Wisevis Unipessoal, Versão 1.1, 2018.

IPEA. Carta de Conjuntura. Brasília: IPEA/Dimac. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?


option=com_alphacontent&view=alphacontent&Itemid=59 . Acesso em: 27 jul. 2022.

Aula 3

ANP – Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural Painel Dinâmico. Preço de revenda e
distribuição de combustível. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?
r=eyJrIjoiMGM0NDhhMTUtMjQwZi00N2RlLTk1M2UtYjkxZTlkNzM1YzE5IiwidCI6IjQ0OTlmNGZmLTI0YTYtNGI0Mi
1iN2VmLTEyNGFmY2FkYzkxMyJ9. Acesso em: 11 jul. 2022.

CARVALHO, D. Intranet, extranet e internet: você sabe a diferença? 2016. Disponível em:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/intranet-extranet-e-internet-saiba-a-diferenca/. Acesso em: 27
jul. 2022.

DALTON, V. Internet, extranet, rede local: não erre mais. Direção Concursos. 2019. Disponível em:
https://www.direcaoconcursos.com.br/artigos/internet-intranet-extranet-rede-local/. Acesso em 28 jul. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário. Séries históricas –


Número de estabelecimentos agropecuários por área, 1920 – 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/21814-2017-censo-agropecuario.html?
=&t=series-historicas. Acesso em: 11 jul. 2022.

SCHMITT, M.; PERES, A.; LOUREIRO, C. Redes de computadores nível de aplicação e instalação de serviços.
Bookman, 2013.

Aula 4

BIZ INFOGRAPH. Dashboard Templates. 2022. Disponível em: https://www.bizinfograph.com/dashboard-


templates/sales-dashboard. Acesso em: 27 jul. 2022.

Innovate. Dashboard e ferramentas para Power BI. 2022. Disponível


em: https://static.wixstatic.com/media/033ce9_69bd32def7ea4d469b9288e925680567~mv2.png. Acesso em
27 jul. 2022.

EMPREENDEDORCURIOSO. Planilhas Indicadores de RH em Excel. Disponível


em: https://www.empreendedorcurioso.com/planilha-indicadores-de-rh-em-excel/. Acesso em: 12 jul. 2022.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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