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Manual de Formação

Criar e integrar conteúdos digitais em


diferentes formatos

Formador: Data:
Luís Oliveira Soares Barbosa 06/2023

CÓDIGO DA UC: CD_A_3 N.º Horas:


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Índice
Índice ............................................................................................................................................................................................................ 2
Introdução .................................................................................................................................................................................................... 5
1. Aplicações e programas digitais ............................................................................................................................................................. 6
2. Edição de imagem .................................................................................................................................................................................10
3. Edição de Vídeo .....................................................................................................................................................................................17
4. Criação de Páginas WEB………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….24
5. Regras para os direitos de autor - Licenças e instrumentos de direitos de autor e de direitos conexos…………………………………..33

Ficha Técnica

1.1. Curso / Módulo:

Criar e integrar conteúdos digitais em diferentes formatos

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1 .2 . Ob j e t i vo s

Pretende-se apoiar os formandos a produzir os seguintes conteúdos:

 Aplicações e programas digitais

 Cálculo e representação gráfica

 Edição de imagem

 Edição de vídeo

 Criação de páginas web

 Regras para os direitos de autor

 Licenças e instrumentos de direitos de autor e de direitos conexos

1.3. Formas e vantagens de utilização

Este documento foi concebido pelo(a) Formador(a) da UC referenciada. Pretende -se que seja usado como elemento
de estudo e de apoio ao tema abordado. É um complemento da formação, não substitui os objetivos das sessões de
formação, mas sim complementa-as.
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1.4. Condições de utilização

Este Manual não pode ser reproduzido, sob qualquer forma, sem a autorização do CEFOSAP.

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Introdução

A utilização das TIC está presente em qualquer instituição de ensino, desde o pré-escolar ao pós-graduado. Seja em contexto
administrativo ou em sala de aula, a disponibilização de conteúdos digitais no seio da comunidade escolar e universitária é
uma prática comum.
Neste módulo vamos aprender a criar e modificar conteúdos multimédia avançados que podem ser relevantes em múltiplas
áreas da tua vida, tanto profissional, como pessoal.

Este módulo é para todos aqueles que já sabem criar conteúdos digitais, produzir textos e folhas de cálculo, mas querem elevar
as suas competências para um nível mais avançado, aprendendo a integrar os seus conteúdos com conteúdos de terceiros,
aprofundando conhecimentos desde o desenvolvimento web, passando pelo vídeo, até às folhas de cálculo.

Através destes novos conhecimentos, vamos conseguir melhorar a vida profissional, a produtividade e, também, a qualidade
do trabalho através de oportunidades práticas para ganhar maior autonomia ao criar e integrar conteúdos digitais relevantes
ao contexto e realidade.

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1. Aplicações e programas digitais

1.1. Cálculo e representação gráfica

O Microsoft Excel, tal como o LibreOffice Calc são programas de software que lhe permitem criar tabelas e calcular e analisar
dados. Este tipo de software é denominado software de folha de cálculo.

Estes programas permitem-lhe criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos introduzidos,
imprimir tabelas em esquemas atrativos e criar gráficos simples.

Formatação de linhas e colunas


Inserir e Eliminar Linhas e Colunas

Imagine que, durante a digitação de uma sequência de dados, alguns dados foram esquecidos, ficando a tabela incompleta.
Os dados podem ser introduzidos posteriormente nos locais corretos, bastando para isso fazer a escolha adequada entre
as opções de inserção, encontradas no separador base:
Selecione o local adequado e clique na ferramenta Inserir, Inserir Linhas na Folha ou Inserir Colunas na Folha.
De modo semelhante é possível fazer a exclusão de colunas ou linhas que tenham sido introduzidas equivocadamente ou
que não sejam mais necessárias.

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O comando de exclusão de linhas ou colunas pode ser encontrado no separador base, na ferramenta Eliminar, Eliminar
Linhas da Folha ou Eliminar Colunas da Folha.

Alterar a Altura e Largura de Linhas e Colunas

A definição do tamanho é extremamente comum para as linhas e colunas.


Porém, no Microsoft Office Excel 2007, as linhas e colunas da folha que contêm títulos ou aquelas que contêm células de
conteúdo formatado com um tipo de letra diferente podem ter a altura aumentada ou diminuída.
Para alterar a altura de uma linha ou largura de uma coluna, faça o seguinte: aponte o rato entre as linhas 1 e 2, clique e
arraste para alterar a altura da linha ou aponte o rato entre as colunas A e B, clique e arraste para alterar a largura da
coluna.
Fórmulas

A possibilidade de usar fórmulas é o que diferencia um programa de folha de cálculo de uma calculadora. Quando
colocamos uma fórmula numa célula, dizemos que o conteúdo dessa célula deve ser calculado em função dos valores
contidos em outras células.

Na imagem abaixo, o preço total de uma venda é calculado multiplicando- se o preço unitário pela quantidade vendida de
produtos do mesmo tipo.
No nosso exemplo, a coluna A registra a quantidade de produtos e a coluna C traz o preço unitário do produto. A coluna D
mostra o preço total.

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O conteúdo de cada célula é calculado multiplicando-se os valores da coluna A pelos valores da coluna C. Para que esse
cálculo seja feito automaticamente, devemos digitar a fórmula =A4*C4 na célula D4.
Quando modificamos o valor de A4, o valor de D4 é recalculado automaticamente de acordo com a fórmula registrada na
célula.

Normalmente, um cálculo é criado em duas etapas.


Primeiro determinam-se os itens que se desejam calcular e as fórmulas a serem usadas para fazer esse cálculo.
Depois, na fase de utilização das fórmulas, é preciso digitar ou clicar sobre os valores correspondentes a cada item; os
resultados serão calculados automaticamente.

Aqui mostraremos como criar uma folha, usando o programa Microsoft Office Excel 2007, mas o procedimento descrito
aplica-se a qualquer programa de folha de cálculo.
Como exemplo, vamos fazer uma folha de cálculo para controlar o facturamento de uma empresa que vende apenas quatro
produtos. Embora as fórmulas sejam diferentes para cada folha, o procedimento será sempre o mesmo.

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Quando abrimos o Microsoft Office Excel 2007, já aparece um desenho básico de folha no ecrã. Precisamos, então, de
organizar as informações em linhas e colunas e determinar uma região para cada tipo de informação. No layout (aspeto
gráfico), apenas definimos onde cada informação será colocada, mas ainda não a digitamos.
No nosso exemplo, vamos registrar o facturamento de cada um dos quatro produtos, mês a mês. A partir dessas
informações, calcularemos:
O facturamento mensal de cada produto.
O facturamento anual de cada produto.
A folha tem espaços reservados tanto para as informações que serão digitadas quanto para as que serão
calculadas automaticamente.
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2. Edição de imagem

A Edição de imagens não precisa ser um assunto complicado.

Maneiras simples de editar uma foto

A edição de fotos é uma área frequentemente assustadora para os mais novatos. Photoshop, layers, brilho, contraste,
todos esses termos podem ser assustadores, mas, se o que deseja é simples, usar um editor de fotos amador não é tão
complicado!

Hoje em dia, as técnicas evoluíram muito e nos permitem editar fotos de maneira simples e intuitiva. Seja no foco, criar
colagens ou uma pequena correção, tudo (ou quase) é viável com alguns toques ou cliques.

Algumas ideias e funcionalidades são simples e serão úteis para levar em conta nos seus disparos e torná-los ainda mais
bonitos.

Mas como aprender a editar imagens? Quais são os melhores softwares nessa área? E como corrigir um detalhe e m
alguns cliques?

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Passe suas fotografias para o computador com facilidade

Como transferir fotos para um computador?

Seja de uma pendrive USB, um disco rígido externo ou do seu smartphone, é completamente possível levar as fotos para
nosso computador antes de retocar! Sim, importar imagens na sua estação de trabalho, é o primeiro passo para fazer
ajustes! Para isso, tudo dependerá dos dispositivos que você tem: Mac, PC, iPhone, Android, etc. Porque algumas
pequenas diferenças existem.

De um iPhone, tem a escolha entre várias soluções para transferir seus arquivos:

Se tem um computador também Mac, o Icloud é a maneira mais fácil e fácil de fazer upload de suas fotos. Graças a um
sistema de sincronização regular do telefone, o iCloud (que significa "nuvem" em inglês) é atualizado automaticamente,
qualquer que seja o dispositivo utilizado. Você só precisa usar suas credenciais do iCloud para encontrar suas fotos
favoritas em qualquer lugar.

Se tem um PC com Windows , basta importar as fotos conectando o seu iPhone ao computador via cabo USB . Note que
agora, o Windows 10 oferece uma versão próxima do Icloud, chamada "Photos", que segue o mesmo princípio de
compartilhamento,

Observe também a solução Airdrop que, se tiver dois dispositivos Apple, funciona como o Bluetooth. Conecte seu
telefone ao seu computador, ativando o recurso em cada dispositivo e em poucos segundos as fotos poderão s er
transferidas.

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De um telefone Android , as coisas são um pouco podem ser menos virtuais, caso não use serviços de nuvem como
Dropbox, OneDrive ou Google Drive, mas igualmente simples. De fato, a técnica de cabo USB é uma das mais eficazes
aqui. Basta conectar o telefone ao computador, seja o que for, e arrastar as fotos desejadas para uma pasta ou área de
trabalho.

A partir de câmaras ou de um dispositivo externo, é novamente o cabo que ajudará a usar os recursos. Além disso,
algumas fotos digitais vêm de um cartão de memória. Neste caso, basta removê-lo da câmara, inseri-lo na porta
compatível e transferir as fotos para um computador.

Alguns computadores não têm uma entrada para o cartão de memória, neste caso, certifique-se de obter um adaptador
que lerá suas fotos sem problemas. E você está pronto para atacar os primeiros momentos de edição de imagens! Recorra
se necessário a cursos de fotografia.

Cortar fotografias e mudar ponto de foco são tarefas simples

Como alterar o tamanho, peso e tamanho da sua foto?

Na frente de uma imagem muito grande ou uma foto muito pesada, não desista, apenas saiba como editar isso em uma
foto!

Entre as configurações mais populares na fotografia, tamanho e peso são elementos que constantemente buscamos
mudar. Porque sim, tentar mandar um e-mail com uma foto muito pesada pode ser um impedimento para o envio.

Mas qual é a solução? Simplesmente modifique a foto para que ela se adapte aos desejos e necessidades. Quando se fala
em edição de fotos online, existem muitas técnicas e programas disponíveis, resta saber qual o melhor para o seu caso.

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Alterar o tamanho de uma imagem

Para redimensionar uma foto, um software de edição parece ser a melhor solução. O Photoshop é a plataforma que todo
mundo conhece, considerado um dos melhores softwares e consegue muito bem tornar uma imagem menor ou maior.

Alterando o número de pixels, sempre tomando cuidado para "manter as proporções", a foto estará no tamanho certo.

O mesmo para o Lightroom, que, graças a uma alta resolução e parâmetros avançados, nos permitirá obter um resultado
satisfatório. É claro que, como não estamos em um mundo perfeito, como o Photoshop, esse não é um software livre.

Caso use um Mac, alterar o tamanho de uma imagem pode ser feito diretamente com o software de visualização, clicando
na opção "ferramenta" e "ajustar tamanho".

Alterar o peso de um arquivo

Porque tamanho não é tudo, o peso de uma foto também é um critério importante. E para fazer isso, a técnica mais
simples, e provavelmente a melhor, é a compactação.

A compactação é, logicamente, a ação de compactar um arquivo ou pasta (o mais comum é o formato zip), para que o
último seja mais leve. E em um computador, os passos são simples:

No Mac, basta clicar com o botão direito, selecionar "compactar" e uma nova pasta, mais leve, aparece ao lado dela

No Windows, vá para o Office, clique em "formato das ferramentas de imagem", depois em "compactar imagens".

Além dessas duas soluções, há também muitos aplicativos e softwares online de edição de imagens, que, quando
carregamos nossos arquivos, os torna mais leves em poucos cliques.
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Então, alterar o tamanho e o peso de uma foto, não é complicado e muito útil enviar fotos por email ou upload em uma
rede sociais.

Redimensionar uma foto

Quando tira uma foto, escolhe um determinado quadro. No momento da edição, não poderá obter mais do que tirou
uma foto. Por exemplo, se decidiu se encaixar apenas nos pés de uma pessoa, não poderá ter todo o seu corpo na edição.
Lógica, a câmara não é uma varinha mágica e o processamento da imagem não fará com que você apareça o que não foi
fotografado .

No entanto, pode decidir cortar a foto existente mantendo apenas parte da imagem. Muito útil em caso de
enquadramento ruim com uma placa ou o braço de uma pessoa que não queria na foto. Para isso, várias possibilidades
estão disponíveis:

No Mac, com a ferramenta Visualizar basta selecionar a parte que você deseja manter. Um quadro aparece. Em seguida,
clique na aba "ferramenta" e, em seguida, "recortar", também pode usar o Word para cortar sua imagem clicando em
"tamanho da imagem" e, em seguida, "cortar" para revelar os marcadores da imagem que pode mover como quiser.
Clique novamente em "crop", clique com o botão direito e "salvar imagem",

No Photoshop , basta clicar na ferramenta "crop", selecionar a área para continuar usando as marcas e clicar em "enter".

Se nunca tem nenhum desses softwares e ou não é usuário do Mac, pode sempre cortar sua imagem online usando uma
ferramenta pesquisando na Internet "cortar uma imagem".

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Como desfocar uma imagem?

O desfoque é um dos recursos favoritos dos usuários de software de edição de fotos. Entre contrastes, balanço de branco,
nitidez ou recorte, o filtro de desfoque é uma ferramenta de processamento obrigatória que um editor de fotos deve
propor.

Assim, uma placa indesejada pode ser borrada se o processamento da imagem for bem feito. Mas então como proceder
para alcançar tal resultado com esta ferramenta de edição?

Com um dispositivo da Apple (iPhone ou Ipad), o aplicativo Skitch pode se tornar nosso melhor aliado. Basta fazer o
download para o dispositivo e editar a foto em questão. O ícone do aplicativo deve aparecer ao clicar nas configurações.
Selecione a área a ser tratada e é isso.

O mesmo vale para o Windows, que oferece no Evernote, um suporte desenvolvido no mesmo princípio do Skitch. Ao
selecionar uma imagem que você deseja desfocar, um pequeno símbolo de quadradinhos será exibido. Basta clicar em
"pixelizar a imagem" para tornar as visível o efeito desejado.

É importante citar também softwares específicos de edição de fotos, como Photoshop (software pago) ou Gimp (software
livre, muito completo e fácil de usar), que oferecem possibilidades de desfoque em todas as suas versões.

Esse mesmo efeito borrado será chamado de "Gaussian Blur" e consiste simplesmente em uma harmonia do desfoque
na imagem inteira, com os pixels da foto geral.

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E, claro, ter uma boa câmara é uma base interessante para desfocar uma foto. Mas ainda é necessário entender e
assimilar como obter um bom desfoque apenas com seu equipamento, sem ferramenta adicional de edição. Aqui estão
algumas dicas de configurações:

 Chegue o mais perto possível de seu objeto,

 Escolha um fundo distante, pelo menos 2 metros,

 Use uma lente objetiva, com um zoom de 200-500 mm,

 E, para reduzir a profundidade de campo, use uma grande angular (mínimo f / 1.8 ou f / 2).

Editar uma foto que não ficou do seu agrado pode ser simples

Como mudar o formato de uma foto?

Simples de usar, um software de edição de fotos pode mudar rapidamente o seu formato. Isto é o que irá definir sua
extensão e alguns detalhes de configuração. Gif, Jpeg, pdf, png, todas essas abreviaturas são a extensão definida pelo
próprio formato. Um básico na edição de fotos digitais saber essa informação.

Assim, um formato pode ser mais ou menos pesado, mais ou menos suportado por determinadas plataformas, o que
tornará mais ou menos difícil enviar e-mails, carregar uma apresentação de slides ou a velocidade do carregamento
online.

Embora cada extensão corresponda a um formato de foto específico, é possível converter uma imagem para outra
finalidade. Para isso, existem algumas técnicas básicas.

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No Windows , basta clicar em "editar" na foto que deseja transformar. Clique em "salvar como" escolhendo o formato
desejado disponível e de seu interesse e pronto.

No Mac, a edição de imagens também é simples. Selecione uma imagem, clique com o botão direito do mouse e escolha
"exportar imagens selecionadas". Será questionado em que formato deseja exportá-lo e cabe a você escolher aqui.

Além dos recursos básicos fornecidos pelos computadores, algumas ferramentas online podem ser úteis. Nós não
mencionaremos um site específico, mas é enorme quantidade de sites que, quando você digita "conversor de imagem"
ou "alterar o formato de foto" numa busca.

Uma dica é o Gimp, famoso software de edição inspirado no Adobe Photoshop, mas na versão gratuita, oferece muitos
serviços. Além de olhos vermelhos, contraste, preto e branco ou corte, o Gimp permite que altere o formato de uma foto
com apenas alguns cliques. Ao abrir o arquivo em questão e clicar em "exportar", você terá mais uma vez a opção de
converter sua foto, além da versatilidade de um aplicativo intuitivo!

Usando filtros, editando fotos on-line, recortando uma imagem, recortando ou desfocando um item, tudo isso estará
acessível a você assim que você dominar os fundamentos da edição de imagens.

3. Edição de Vídeo
O que é, e para que serve a edição de vídeo (caraterísticas e funcionalidades):
A edição de vídeo é o processo de montagem e design de vídeos para criação de conteúdo online, através da manipulação dos
cortes de imagens gravadas e áudio.

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Todas as bandas sonoras são acrescentadas aos filmes nas edições de vídeo.
A edição de vídeo é uma arte invisível. Os primeiros “operadores de montagem” eram considerados apenas mão de obra ao invés
de criadores no processo.
Quando falamos de conteúdo digital, uma boa edição de vídeo pode garantir um material ainda mais profissional.
Com ela, é possível remover excessos de linguagem, adequar a narrativa e deixá -la mais clara, além de também ser possível
inserir elementos gráficos que facilitam a compreensão do que está a ser apresentado.
O poder da montagem é justamente pegar uma cena e juntar outra para dar um terceiro significado.

O início da edição de vídeo


A invenção da montagem foi o que permitiu que o cinema se desenvolvesse. Edwin Porter, um dos funcionários de Thomas
Edison, descobriu que cortar cenas diferentes e juntá-las podia criar uma história. Entrecortar cenas em que ocorrem ações
paralelas, mas que não acontecem em um mesmo local, gerava um impacto emocional no público. Foi aí que se deu origem a
uma nova arte e a uma nova linguagem por meio da edição de vídeo.
Esse corte pode nos transportar, num piscar de olhos, a milhões de anos atrás, ligando a pré-história a um futuro imaginário,
como na famosa cena de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”.
A edição é uma ferramenta tão poderosa, que ela pode desacelerar e, em seguida, acelerar o tempo para dar ênfase a um
sentimento. A precisão do corte pode assustar a plateia em um filme de terror ou diverti-lo na comédia. A escolha e a duração
da cena feita pelo editor influenciam a forma como respondemos ao que estamos a ver.

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Como começar a aprender edição de vídeo

A edição de vídeo é uma arte difícil, mas que pode muito bem ser aprendida. Hoje já existem vários cursos disponíveis para
facilitar esse processo. Esse vasto mercado permite que você já possa começar a editar mesmo com pouco conhecimento na
área. Assim, você pode ir desenvolvendo seu material enquanto aprimora seus conhecimentos.

Veja algumas dicas importantes para começar a aprender edição de vídeo:

Entenda os objetivos
Como primeiro passo, é interessante entender onde quer chegar com os seus conhecimentos sobre edição de vídeo. Para
algumas pessoas, é importante saber conteúdos mais avançados pelo tipo de trabalho que querem desenvolver.
Procure aprender
Estudar e se desenvolver em determinada área não é uma tarefa simples. É importante ter dedicação e persistência para ter
sucesso. Na edição de vídeo, o aprendizado constante é fundamental para desenvolver uma boa técnica e fazer vídeos cada vez
mais profissionais.
Pratique sempre
A edição de vídeo é uma atividade que precisa de prática para que seja bem fixada. A maior parte dos comandos e ferramentas
só vai entender quando começar a usá-los. Existem diversos tutoriais gratuitos no YouTube que podem ajudar nisso.
Não espere ser o melhor no início
Um erro que muitas pessoas cometem é esperar obter todo o conhecimento de uma área. Não cometa esse erro na edição de
vídeo! Pode ir treinando a edição em seus próprios materiais. Com o passar do tempo, irá tornar -se cada vez melhor e vai
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perceber a sua evolução.
Já ouviu falar que feito é melhor do que perfeito? A ideia é essa! No futuro, quando seu material já estiver bastante profissional,
pode arquivar ou substituir o seu conteúdo com uma edição mais amadora.

Como produzir um bom conteúdo para editar

Para fazer um bom material, a edição de vídeo é um passo importante – mas não é o único! Existem outras etapas a serem
desenvolvidas até o momento da edição. É importante se organizar e tentar seguir esse caminho para que a finalização seja mai s
rápida e capaz de atender as necessidades do conteúdo que você está produzindo.
Veja o passo a passo de como produzir conteúdo audiovisual de qualidade!

Faça um planeamento de conteúdo


Planear quais conteúdos serão produzidos é uma das partes mais importantes da sua organização. Nesse momento, devem ser
escolhidos os temas e as abordagens que serão trabalhados nos materiais de vídeo. Essa escolha deve ser feita considerando os
seus objetivos e a preferência do seu público-alvo.
Liste os temas e desenvolva um resumo curto de até dois parágrafos para cada um.

Desenvolva roteiros
O roteiro é um documento mais detalhado que será desenvolvido sobre cada um dos temas abordados. Dessa forma, no
momento de gravar o vídeo, você já terá estruturando o que deve ser dito em cada um deles.
Pode seguir dois caminhos no momento de fazer os roteiros: fazer todos eles de uma vez ou fazer cada roteiro à medida que
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grava os vídeos. Com todos os roteiros prontos, você terá menos trabalho no futuro. Além disso, será possível também gravar
todos os vídeos em um único dia. Depois, só fica faltando a edição.

Grave os vídeos
Com o roteiro pronto, chega o momento de gravação do vídeo. Para isso, é importante ter os equipamentos corretos, como uma
boa câmera, tripé e um microfone adequado.
Nessa etapa, é importante ter atenção à qualidade do vídeo, do áudio, ao cenário e, também, à caracterização de quem aparecerá
no vídeo. Tenha atenção também à iluminação e verifique se o foco está correto.
Uma dica interessante é ter mais de uma câmera durante a gravação para conseguir fazer cortes no momento da edição. Assim,
é possível criar mais movimento na fala, deixando explicações longas mais fluidas e interessantes.

Edite o material
Chegou o momento da edição! Aqui você poderá colocar em prática seus conhecimentos e desenvolver um bom material com
as imagens que você já captou.
O roteiro que foi produzido na segunda etapa pode ser usado como um guia para organizar os cortes das cenas, e existem algumas
boas práticas que vão ajudar na montagem de um material de qualidade.

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5 dicas para editar vídeos profissionalmente

Tempo de pausa entre os cortes


Não é interessante cortar as cenas muito em cima da fala, pois isso pode gerar uma sensação estranha. Procure fazer cortes mais
suaves, deixando um segundo de pausa entre o momento em que a pessoa parou de falar e o corte.
Ter cuidado com o momento e precisão dos cortes de um vídeo é essencial, principalmente em materiais mais dinâmicos e que
precisam capturar e manter a atenção do espectador, como um teaser, por exemplo.

Faça cortes em momentos de ação


Caso você tenha usado duas câmaras na captação das imagens, é interessante fazer cortes no momento em que a pessoa que
está falando executa alguma ação. Pode ser movimentando os braços, ou apontando para alguma coisa no quadro.
Nesse caso, quem assiste verá o início do movimento em um plano, e o final em outro. Isso ajuda a deixar uma cena mais
interessante.

Remova erros e vícios de linguagem


A edição é um momento mágico que permite cortar trechos incorretos e remover vícios de linguagem como aquele ‘é…” ou
pausas indevidas durante uma frase. Esse tipo de correção pode parecer boba, mas faz toda a diferença na construção de um
conteúdo mais objetivo e profissional.
Além disso, é essencial levar em consideração o nível de acessibilidade do conteúdo, para se certificar de que a mensagem do
material será entendida com clareza por todos os públicos.

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Aposte em imagens e efeitos gráficos
A edição é o momento de usar a imaginação para desenvolver a explicação apresentada. Para isso, é interessante usar efeitos
gráficos, imagens, e ilustrações.

Não se esqueça da banda sonora


É no momento da edição também que a banda sonora deve ser acrescentada. Procure não exagerar demais para que o vídeo
não se torne incômodo. Em materiais mais longos, a trilha pode ser usada para criar ambientações específicas, como a abertura
ou uma chamada para um pequeno intervalo.
Lembre-se que você só deve usar conteúdo de licença gratuita ou precisará conseguir autorização expressa dos autores da
música.

Qual é o melhor programa de edição de vídeo?

Existem muitos programas de edição de vídeo disponíveis, cada um com suas próprias características e recursos. O melhor
programa de edição de vídeo para você dependerá das suas necessidades e habilidades.
O Adobe Premiere Pro é uma excelente escolha, pois oferece uma ampla variedade de ferramentas avançadas para edição de
vídeo. Já o Final Cut Pro X é uma boa opção para usuários Mac.
Se é iniciante ou procura uma opção mais fácil de usar, o iMovie é uma boa escolha, pois é intuitivo e possui uma variedade de
recursos básicos para edição de vídeo. Outra opção é o Filmora, que é fácil de usar e possui uma interface amigável.
Em resumo, o melhor programa de edição de vídeo para você dependerá do seu nível de habilidade e das suas necessidades
específicas. É importante pesquisar e testar vários programas antes de tomar uma decisão.
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4. Criação de páginas web

Para que serve um site?


Um site pode ter vários objetivos que variam desde visibilidade online até vendas. No caso de empresas, ele pode ser usado co m
essas duas finalidades: tanto para fazer o alcance na internet ser maior a ponto de deixar a marca mais forte e, assim, aumentar
as oportunidades de vender mais.
Como funciona?
Toda vez que uma pessoa visita um site, ela acesa pela URL, ou seja o endereço do site que vem após o HTTP.
Como é feito um site?
Um site é composto basicamente de: domínio para atribuir o endereço dele, servidor para armazenar todos os seus arquivos.
Porque é que a sua empresa precisa de um site?
O site é o principal canal de uma estratégia de Marketing Digital, portanto, a sua empresa precisa de um se o objetivo for fa zer
negócios na internet.
Afinal, ainda que ela esteja presente em outros meios – como blogs, redes sociais, vídeos, entre outros – todos eles conduzem o
público a um canal no momento em que as pessoas querem saber mais sobre o seu produto ou serviço antes de comprar: o site.
É possível criar um site sozinho?
Sim, você consegue criar um site sozinho, desde que conte com a ajuda de quem forneça as ferramentas certas para isso.
Geralmente, as empresas contratam um programador para fazer o desenvolvimento do site tanto a nível funcional quanto de
design.

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Qual é a diferença entre site, blog e perfil nas redes sociais?
Na realidade, se possível, tenha os 3.
Blog Marketing de Conteúdo
Um blog é caracterizado por funcionar como uma revista virtual, permitindo engajar os visitantes com o conteúdo publicado
continuamente.
Ele é altamente dinâmico e pode conter dicas, guias, artigos, infográficos e conteúdos disponíveis abertamente para todos os
visitantes.
Também pode ser usado para divulgar materiais ricos, que são disponibilizados de forma gratuita a partir do preenchimento de
um formulário de inscrição.
Site
Os sites funcionam de maneira mais similar a uma vitrine, pois não são renovados com tanta frequência.
Além disso, especialmente no caso de sites de empresas, o site serve principalmente para trazer informações essenciais — como
preços, produtos e canais de contato.
Perfil
Os perfis e as fanpages, por sua vez, servem para atrair o público nas redes sociais.
Tendo em vista essas diferenças, o blog serve melhor ao propósito de gerar demanda, enquanto o site é mais eficiente para
atender e direcionar a demanda já existente. Já as redes sociais servem para se relacionar em tempo real com o público e pode m
ajudar a viralizar a marca.
Por esse motivo, é válido manter os 3, se possível.
A maioria das empresas de sucesso integra muito bem os 3 em uma estratégia de Marketing Digital:
• no site, com links para o blog e perfis nas redes sociais;
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• no blog, promovendo o engajamento dos visitantes nas redes sociais e usando o site como complemento de conteúdos
institucionais;
• e, nas redes sociais, promovendo conteúdos do blog e do site.
Essa é uma forma prática de trabalhar o Marketing de Conteúdo para atrair pessoas interessadas, relacionar -se com elas e
transformá-las em clientes.
Quais são os tipos de site que existem?
Site institucional
Um site institucional serve como o cartão de visita de uma empresa, marca ou produto dentro do ambiente digital. A ideia é
reunir todas as informações mais relevantes sobre o negócio, sempre de forma rápida e objetiva. O layout deve priorizar esses
detalhes, sempre priorizando um visual limpo. Esse formato deve reunir também os canais de contato para que o visitante
escolha a melhor forma de comunicar.
Site dinâmico
Já um site dinâmico se trata de uma opção avançada de um site institucional. Os princípios seguem os mesmos: reunir as
informações mais relevantes de forma prática e eficiente. A diferença? A partir de recursos de programação avançada, a página
vai ser mais funcional, proporcionando uma experiência completa para os usuários.
E-commerce
O e-commerce é uma loja virtual, ou seja, um site que tem como principal objetivo vender produtos e/ou serviços. Nas páginas,
o usuário vai encontrar o que faz parte do portfólio de uma empresa, assim como os valores e detalhes sobre cada um dos itens.
Além disso, é preciso criar uma página de pagamento, em que o usuário vai poder finalizar a compra do que colocou em seu
carrinho.

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Redes sociais
As redes sociais são páginas em que uma marca pode se relacionar com a sua audiência e elas estão em constante atualização.
Por isso, é preciso pensar em publicações frequentes e com conteúdos relevantes para aumentar o engajamento e a interação
com os usuários. Atualmente, são canais essenciais para que uma marca tenha relevância no ambiente online, como Facebook,
Instagram, LinkedIn e Twitter.
Blogs
Os blogs servem como uma revista virtual, ou seja, uma marca pode publicar regularmente conteúdos do interesse da sua
audiência. A plataforma é ideal para iniciar uma estratégia de Marketing de Conteúdo, por exemplo. Seja para esclarecer dores
da sua persona, seja para aumentar a relevância da marca dentro da internet, os blogs são excelentes plataformas para estreitar
relações com o público.

Como criar um site do zero: conheça o passo a passo

Para isso, é necessário seguir estes passos:

1. Registre um domínio
A 1ª coisa a fazer é registrar o domínio do seu site e garantir que você poderá usá-lo.
O domínio, também conhecido como URL, é o endereço do seu site.
Existem várias categorias de domínio. As mais comuns são .com
Porém, também pode usar categorias mais específicas. Por exemplo: .edu são os domínios de sites relacionados à educação, e
.gov, dos sites relacionados ao governo.
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Para ter um domínio, é preciso registrá-lo e pagar por ele.
Não se preocupe: se o seu domínio não for concorrido e ainda não foi registrado por ninguém, o custo geralmente é baixo.
Se ele já estiver registrado, você tem 2 opções:
• localizar o proprietário e fazer uma oferta para comprar o domínio;
• ou, o mais indicado, pensar em um nome alternativo que ainda esteja livre.
2. Hospede o seu site
Se o domínio é o endereço do seu site, a hospedagem é o “terreno” que está nesse endereço.
Ali ficam todas as páginas, imagens e arquivos do seu site, para que os visitantes possam aceder.
Existem diversos planos de hospedagem, sendo que os 3 tipos mais comuns são:
• hospedagem compartilhada;
• hospedagem dedicada;
• e hospedagem na nuvem.
A diferença entre hospedagem compartilhada e hospedagem dedicada é que, na 1ª, apesar de pagar um valor mais acessível,
você vai dividir o espaço disponível do servidor com outros sites — o que reduz o desempenho. Enquanto isso, a 2ª garante que
cada site tenha o seu próprio servidor.
Na hospedagem na nuvem, por sua vez, o seu site não fica em uma máquina física, com processador e memória próprios. Em vez
disso, a nuvem se torna uma rede de máquinas que compartilham esses recursos entre si.
Ao optar por essa modalidade, o seu site ficará nessa rede de máquinas, em uma parte isolada e dedicada apenas a ele.
A principal vantagem é que, por não ser uma máquina física, o seu site não está sujeito a defeitos de hardware. Além disso, uma
vez hospedado na nuvem, é mais fácil aumentar a capacidade do seu site de receber visitantes, pois a co ntratação de recursos
adicionais é simples.
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Para escolher a melhor hospedagem, o ideal é avaliar o tamanho do seu site, a previsão de acessos por dia e, claro, o seu
orçamento disponível.
Vale lembrar que muitas empresas trabalham com os serviços de registro e hospedagem. Assim, se ainda não registrou o seu
domínio, pode fazer isso ao contratar a hospedagem.
3. Escolha um construtor de sites
Lembra-se do que nós dissemos que você não precisa de profundos conhecimentos em programação nem em design para criar
um site?
O motivo é que hoje existem os construtores de sites. Eles trazem temas prontos e funcionalidades extras, que você pode
combinar e personalizar para criar algo com a cara da sua marca.
O construtor de sites mais usado é o WordPress.org. Tenha apenas cuidado para não o confundir com o WordPress.com que,
embora seja um pouco mais fácil de usar, é bem mais limitado em termos de opções e de autonomia.

1. baixe a versão mais recente do WordPress e descompacte o arquivo .zip recebido em uma pasta;
2. crie um banco de dados para o seu site. A maioria dos servidores atualmente utiliza o cPanel como painel administrativo e,
para ele, você pode usar o MySQL Database Wizard;
1. clique em “create a database”, depois em “create database users” e, por fim, em “add user to database”. Lembre-se de
anotar tudo o que você preencheu, para consultar depois;
2. se você não possui cPanel, pode usar o phpMyAdmin ou MySQL Client para fazer isso — mas é trabalhoso! Por isso considere
o uso de uma hospedagem que tenha o cPanel.
3. faça o upload dos arquivos. Sabe aqueles arquivos que você baixou do WordPress e descompactou no seu computador? Use
o cPanel para fazer upload deles para o diretório onde seu site vai funcionar;
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4. instale o WordPress. Com os arquivos e com o banco de dados acertados, basta ir ao endereço do install.php. Será algo como
“www.seudominio.com.br/wp-admin/install.php”;
5. pronto! Quando o setup terminar de rodar, você será recebido por uma tela de “bem-vindo”, onde vai preencher o título do
blog, o usuário, a senha e o email. Feito isto, você será direcionado a definir o seu projeto:/li>
4. Defina o seu objetivo

Agora é hora de pensar no objetivo do seu site (considerando que seu objetivo não é efetuar vendas diretamente pelo site, já
que estaríamos falando de um e-commerce, que segue outras práticas).
Algumas funções são bem comuns a quase todos os sites:
• apresentar uma linha de produtos e serviços;
• auxiliar as pessoas a encontrarem a sua localização, ou seja, o endereço físico da sua empresa;
• reforçar a confiabilidade da sua marca por meio de depoimentos de clientes, cases de sucesso ou apresentações da sua
equipe;
• divulgar materiais educativos e outras ofertas para gerar leads;
• abrir um canal de contato com a sua empresa;
• entre outros.
Todas essas funções podem estar bem distribuídas em seu site, mas recomendamos que você defina um objetivo principal para
evitar que a sua página inicial fique poluída por excesso de informações.
O seu objetivo tem muito a ver com a sua estratégia de marketing digital: tornar a sua empresa mais conhecida, gerar leads para
o seu time de vendas, entre outros.
Por isso, nessa etapa, separe um tempo para pensar em quem é o seu público, qual conteúdo ele espera encontrar no seu site (e
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no seu blog também!) e como organizar as suas páginas para que ele fique satisfeito e queira explorar outros conteúdos.

5. Liste as seções do seu site


A maioria dos sites acaba contendo as seções mais comuns:
• página inicial, com uma boa imagem de abertura ou um carrossel de imagens e frases impactantes;
• quem somos, contando um pouco da história e, às vezes, da equipe de trabalho;
• produtos ou serviços, com uma lista do que a empresa oferece;
• clientes, geralmente destacando os maiores e mais conhecidos;
• portfólio ou principais cases de sucesso como forma de demonstrar que a empresa é confiável e entrega o que promete;
• contato via formulário, além dos endereços e dos telefones.
O motivo para os sites serem formados por essas páginas é um só: costuma funcionar.
Se pensar bem, esses itens reúnem o que a maioria dos clientes e potenciais clientes querem saber a respeito de quase toda
empresa.
6. Produza o conteúdo
Primeiro, crie as páginas correspondentes a cada seção do site:
Defina o tema central, que, no caso de sites, é aquilo que o usuário está buscando quando clicou no link que levará até essa
página;
• crie uma lista de tópicos;
• divida os tópicos em subtópicos. Nesse caso, os subtópicos já podem ser o conteúdo de cada parágrafo, se o conteúdo da
sua página não for tão grande quanto um post de blog;
• reveja os tópicos para garantir que fazem sentido;
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• mãos à obra: transforme os seus tópicos em textos;
• revise o seu conteúdo, de preferência com a ajuda de alguém que não o havia lido até então.
Em todo esse processo, leve muito em conta o seu público-alvo.
Por exemplo: será que, para explicar os produtos ou os serviços da sua empresa, você utiliza siglas e termos que o seu públic o
ainda não conhece? Se isso acontece, é essencial explicar os significados.
Lembre-se de que, para o Marketing de Conteúdo, não existe escritor sem leitor. Então, entregue um conteúdo relevante e de
fácil leitura para os seus visitantes.
7. Crie as imagens
Em outros artigos, já explicamos o quanto é importante usar imagens atraentes e de qualidade. Elas dão credibilidade ao seu
conteúdo, além de ajudarem na conversão dos visitantes em leads.
Se tem dúvidas sobre como fazer imagens incríveis, vamos resumir algumas das nossas principais dicas:
• veja tutoriais e dicas (há bastante material em nosso blog e no youtube sobre como elaborar imagens profissionais);
• Procure referências de imagens profissionais, não apenas em sites concorrentes, mas em sites e em blogs que você costuma
visitar. Salve essas imagens como inspiração e jamais as copie sem autorização;
• crie ou utilize uma paleta de cores (mais adiante, vamos indicar uma ferramenta para ajudar com essa parte);
• adote um estilo que passe consistência ao seu site. Fotos e ilustrações devem “falar a mesma língua”;
• crie as imagens respeitando o seu próprio conhecimento. Se você não consegue contratar um Designer no momento, procure
“fazer o simples” para evitar os erros mais comuns.

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5. Regras para os direitos de autor e Licenças e instrumentos de direitos de
autor e de direitos conexos
O que são os direitos de autor?

Existem vários termos comuns quando falamos de proteger conteúdo: direitos de autor (ou copyright), marca registada ou patent e.
Os direitos de autor diferem da marca registada e da patente, no sentido que apenas protegem a propriedade intelectual,
enquanto a marca registada protege a identidade comercial da marca e as patentes protegem as invenções.
À semelhança da criação da marca registada para proteger o uso indevido de marcas associadas à comercialização de produtos e
serviços, os direitos de autor foram criados para proteger a propriedade intelectual.
Estes traduzem-se num conjunto de autorizações de utilização de obras e pertencem, regra geral, ao autor da obra. Entende-se
por autor aquele que imaginou, desenvolveu e materializou uma ideia (no formato de texto escrito, música, filme, pintura, etc.).
Em caso de falecimento do autor, os direitos são transferidos para os herdeiros legais.

Como funciona a proteção da propriedade intelectual?

Os direitos de autor são considerados um dos direitos fundamentais na Constituição da República Portuguesa e são reconhecidos
por todos os países da União Europeia e pelos países que assinaram o tratado da Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Estão incluídas obras como livros (dos mais variados géneros, desde ficção a ensaio), música, filmes, programas informáticos,
ilustrações e fotografias, entre outros.
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Para que a propriedade intelectual se encontre protegida pelos direitos de autor, não é necessário registo. A obra publicada carece
apenas de originalidade, não podendo ser confundida com outra obra já publicada, do mesmo género e de autor diferente. O uso
indevido de conteúdo protegido é punido com pena de prisão e/ou multa.
Embora a determinação dos direitos de autor tenha sido pensada, inicialmente, para obras físicas (livros, álbuns de música, etc.),
a crescente produção de conteúdos digitais obrigou a uma extensão da abrangência destes direitos.

Artigo 11.º, Artigo 13.º e a Diretiva Aprovada

Em 2018, o Parlamento Europeu lançou uma proposta de alteração aos direitos de autor, determinando que as plataformas e os
prestadores de serviços de criação e partilha de conteúdos digitais (Youtubers, Instagramers, entre outros) passariam a estar
abrangidos pelos direitos de autor.
A proposta criou polémica, especialmente no que diz respeito ao Artigo 11.º e Artigo 13.º. O primeiro artigo visava taxar as
plataformas, como a Google News, pelo uso dos conteúdos produzidos por jornais online e agências noticiosas. O segundo artigo
previa que plataformas de redes sociais (como o Facebook, o Instagram e o Youtube) passassem a ter um maior controlo sobre o
conteúdo protegido publicado pelos utilizadores.
Com vários países a oporem-se a ambos os artigos, a proposta demorou algum tempo a ser aprovada e acabou por sofrer algumas
alterações. Assim, segundo a diretiva aprovada no Parlamento Europeu em março de 2019:
• Os conteúdos noticiosos continuam a poder ser publicados em plataformas, desde que em formato curto (os chamados
“snippets”);
• A utilização de conteúdos em repositórios de ensino (sem objetivos comerciais), em plataformas de desenvolvimento open
source e em prestadores de serviços de comunicação eletrónica (como o WhatsApp) estão excluídos;

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• As plataformas de redes sociais que disponibilizem aos utilizadores conteúdo protegido por direitos de autor devem fazer
o pagamento devido pelo uso.
A diretiva vem colocar uma grande responsabilidade de respeito pelos direitos de autor sobre as próprias plataformas geradoras
de conteúdo. No entanto, o utilizador continua a ser responsável pelo uso indevido de conteúdo protegido.

É possível fazer referência ao trabalho de terceiros sem violar os direitos de autor?

Sim. A maioria dos autores publica as suas obras exatamente com o intuito de a partilhar com a restante comunidade. No entant o,
se, ao ler um livro ou ouvir um álbum no conforto e privacidade do nosso lar, não necessitamos de qualquer precaução, o mesmo
já não acontece quando utilizamos a Internet ou outro meio para divulgar parcial ou totalmente uma obra.
Assim, para garantir que protege os direitos de autor, deve:
• Dar crédito ao autor ou detentor dos direitos;
• Negar qualquer tipo de lucro pessoal relacionado com o conteúdo em questão;
• Adquirir o conteúdo de forma legal e autorizada.

ORIENTAÇÕES SOBRE DIREITO DE AUTOR E DIREITOS CONEXOS


Com o advento das novas tecnologias, e em especial com a Internet, a problemática do exclusivo do direito de autor e da proteção
dos direitos conexos ganhou uma nova dimensão uma vez que, grande parte dos trabalhos protegidos por tais direitos podem ser
disponibilizados na Internet, facilitando, assim, o seu acesso e a sua utilização, nomeadamente a sua reprodução, modificação e
difusão. Nasce assim a necessidade da Universidade de Lisboa esclarecer e orientar os seus docentes, investigadores, estudant es

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e outros colaboradores sobre esta temática.
AVISO LEGAL
Estas orientações sobre direito de autor e direitos conexos apresentam-se como uma mera sistematização de pontos considerados
relevantes para docentes, investigadores e estudantes, utilizando, tanto quanto possível, linguagem acessível ao público em g eral.
O objetivo é fornecer informações básicas sobre direito de autor e direitos conexos, e não discutir este tema de forma detalhada
nem resolver casos concretos. A sua leitura não dispensa, pois, o aconselhamento jurídico por um profissional habilitado nem a
leitura dos relevantes diplomas legais.

DEFINIÇÃO DE DIREITO DE AUTOR E DE DIREITOS CONEXOS

O Direito de Autor e os Direitos Conexos regulam a atribuição de direitos exclusivos sobre:


Criações intelectuais por qualquer modo exteriorizadas, tais como textos, imagens, vídeos e sons (direito de autor);
Prestações de artistas, de produtores de fonogramas, de videogramas e de primeiras fixações de filmes, e de organismos de
radiodifusão (direitos conexos).

O direito de autor é distinto do direito de propriedade que recai sobre um objeto. O comprador de um exemplar de “Memorial do
Convento” de José Saramago não adquire a titularidade do direito de autor que protege a obra literária enquanto realidade
incorpórea. Apenas adquire o direito de propriedade que recai sobre o exemplar onde a obra está materializada, pelo que o
comprador apenas terá o direito de utilizar tal exemplar para ler o texto. De igual modo, o titular do direito de autor não tem
quaisquer direitos reais (de propriedade ou outros) sobre o suporte material da obra.

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Nas obras de exemplar único (e.g. a obra de pintura “Guernica” de Pablo Picasso), a obra e o exemplar tendem a confundir-se. Não
obstante, o objeto imediato do direito de autor continua a ser a obra enquanto realidade incorpórea – a obra de pintura “Guernica”
– e não o suporte material da mesma – a tela.
O direito de autor não protege as ideias, os processos, os sistemas, os métodos operacionais, os conceitos, os princípios e a s
descobertas. O direito de autor protege a forma de expressão individual da criação intelectual, isto é, a sua forma em sentido
estrito (e.g. o conjunto de palavras que forma o texto literário) e a sua composição (e.g. a estrutura e apresentação do enre do,
incluindo a caracterização das personagens, a definição das ações, a descrição dos lugares), mas já não protege a ideia subjacente
à criação intelectual (e.g. o tema de ficção retratado).

O direito de autor não exige, em regra, que se faça qualquer valoração do mérito da obra. A obra tem de ter individualidade
própria, isto é, tem de ser única na sua forma de expressão, mas não tem de obedecer a qualquer critério de qualidade,
originalidade ou criatividade. São, então, de igual modo protegidas tanto, por exemplo, uma lição que revele originalidade como,
por exemplo, uma publicação científica que não seja minimamente inovadora.

Em Portugal, a proteção conferida pelo direito de autor resulta da mera exteriorização da criação intelectual. O direito de autor é
reconhecido automaticamente no momento da exteriorização da criação intelectual mediante qualquer forma que seja
apreensível pelos sentidos (e.g. texto, imagem, som).

Os direitos conexos são atribuídos aos artistas cuja interpretação ou execução de uma obra artística fica registada numa gravação
de áudio ou de vídeo (por exemplo: os cantores e músicos que gravem um disco, e os bailarinos e atores que entrem num filme).
Direitos conexos são os direitos paralelos aos do autor de uma obra. Para deixar bem claro, vamos ao exemplo de um filme. A

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pessoa que escreveu a história do filme tem os direitos de autor da obra. Mas ela não consegue fazer essa produção sem um
diretor, sem produtores, sem atores….
Então, essas pessoas que contribuem para a realização do filme, têm os direitos conexos da obra e devem ser remuneradas sempre
que houver uma reprodução dela em qualquer mídia.

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Bibliografia e Webgrafia

 CANnect http://projectone.cannect.org/advice/non-html-static.php
 CATEA – Projecto GRADE http://www.catea.gatech.edu/grade/guides/
 Falkofske, J. (2008). Making Your Word Documents Accessible. Minnesota State Colleges and Universities System – St.
Cloud Technical College.
https://sctc.ims.mnscu.edu/shared/FacultyTutorials/TutorialVideos/MakingYourWordDocumentsAccessible.pdf 
 Francisco, M. (2009). Contributos para uma Educação Online Inclusiva: Estudo aplicado a casos de Cegueira e Baixa
Visão. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Aberta. Lisboa, 22 de Dezembro de 2008.
http://hdl.handle.net/10400.2/1273
 IMS http://www.imsglobal.org/accessibility/accessiblevers/sec5.html
 Turró, M. R. (2008). Are PDF documents accessible?. Information Technology and Libraries, v.27 (3) p. 25-43
http://bd.ub.es/pub/ribera/materials/PDFAccessibleI TAL.doc
 WebAIM http://webaim.org/articles/
 WCAG 2.0 (PT) http://www.acesso.umic.pt/w3/TR/WCAG20/
 www.portugal.gov.pt



O Formador: Luís Barbosa

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