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Bem-Vindo Contemporâneo
e Transversal -
Gestão de
Indicadores
PROFESSORA
Me. Giuliani Facco
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
“Graduação - EaD”.
1. Estudo 2. Contemporâneo 3. Transversal. 4. Gestão
5. Indicadores 6. Giuliani Facco I. Título.
CDD - 658.4013
Impresso por:
RECURSOS DE
IMERSÃO
PENSANDO JUNTOS
EXPLORANDO IDEIAS
NOVAS DESCOBERTAS
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A IMPORTÂNCIA DA INDICADORES: O QUE É
INTER-RELAÇÃO ENTRE PRECISO SABER
OS OBJETIVOS DA
ORGANIZAÇÃO E A
FORMA DE MEDIÇÃO
DO DESEMPENHO
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CONSTRUÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE
INDICADORES INDICADORES
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DA TEORIA PARA A
PRÁTICA: INDICADORES
DE DESEMPENHO NAS
EMPRESAS
UNIDADE 1
MINHAS METAS
• compreender a importância do inter-relacionamento entre
os objetivos da organização e a forma de medição.
• aprender o que é um indicador.
• identificar os diversos aspectos relacionados aos indicadores.
• relacionar teoria e prática a partir de estudos de caso em
empresas.
Olá! As pessoas se deparam com situações nas quais precisam tomar deci-
sões: abasteço ou não o meu veículo? Compro um pote de margarina? Faço a
iluminação de determinado ambiente? São decisões que, conceitualmente, não
são diferentes da decisão de comprar nova máquina para a linha de produção,
aumentar o esforço promocional, contratar mais funcionários ou alterar o layout
de determinada área. Reservadas as devidas proporções, a decisão sobre o que
fazer, em casa ou na empresa, está pautada nas informações que chegam até
a pessoa que decide. Com base nessas informações é que se definem os rumos
para a vida pessoal ou, de outra forma, para o destino de um negócio. Sem infor-
mação, não há o que fazer, não há decisão a ser tomada, e é aqui que está a
importância dos indicadores de desempenho nas organizações.
Nesta disciplina, você compreenderá a importância do inter-relacionamento
entre os objetivos da organização e a forma de medição. Também, aprenderá o que
é um indicador e identificará os diversos aspectos relacionados aos indicadores,
além de relacionar teoria e prática a partir de estudos de caso em empresas.
EM FOCO
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UNIDADE 1
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
Opção 2
Definir a
periodicidade
Fazer a e forma
de apresentação. Definir os dados
comoaração Elaborar e testar
entre a medição as fórmulas.
e o podrão. Definir os
Estabelecer o responsáveis
padrão comparativo. pela coleta.
INTERVENÇÃO
Diante dessa lista, você utilizaria toda ou apenas parte para realizar a
avaliação de desempenho relacionada às redes sociais da empresa? Qual
sua justificativa para a decisão?
Caso entenda que o apropriado é trabalhar com parte da lista, quais
itens você selecionaria e por quê?
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
Pode-se dizer que as organizações são sistemas de recursos diversos que perseguem
objetivos. Para tal, é preciso tomar decisões. Para tomar decisões, é preciso ter in-
formações que devem ser preparadas e difundidas para todos os interessados.
Um sistema de informação construído por indicadores fidedignos contribui para uma
gestão do desempenho organizacional eficaz e impulsiona a empresa a ser uma boa
competidora no mercado. A elaboração dessas informações pode seguir caminhos
formais ou informais. Há empresas que documentam todo o processo e os resultados,
outras trabalham de maneira informal, sem estabelecer um histórico das experiências
e aprendizados para respaldar o gerenciamento futuro. Com caminhos informais, a
tomada de decisão pode ser bastante prejudicada pela baixa qualidade da informa-
ção, já que o processo de elaboração desta pode ser falho, sem critérios claros. Uma
informação errada pode levar a uma decisão, também, errada.
Pois bem, está claro que a empresa precisa de informações para tomar de-
cisões. Ao tratarmos disso, estamos falando de ações que levam a organização
a realizar a estratégia estabelecida. Por isso, é importante entender que, com a
seleção de indicadores, estamos organizando a medição de desempenho,
que, por sua vez, relaciona-se ao processo de avaliação e gestão do desem-
penho organizacional, o que liga a estratégia a sua execução. A avaliação de
desempenho organizacional é fundamental para se compreender se as ações e
os resultados da empresa estão em sintonia com a estratégia estabelecida corpo-
rativamente (LAVIERI; CUNHA, 2009).
A mensuração do desempenho, por meio da gestão de indicadores, é impor-
tante para verificar se os objetivos estabelecidos pela empresa, a partir da es-
tratégia, estão sendo alcançados, o que ajuda na melhor aplicação dos recursos
e na identificação dos ajustes necessários.
Definir indicadores e fazer a medição sem relacioná-los com os objetivos tra-
çados a partir da estratégia englobam fazer um mero controle e perder a oportu-
nidade de propor melhorias, recompensar o que está indo bem e, assim, engajar as
pessoas na gestão de desempenho da organização. Por isso, antes de definir qual
indicador deve ser medido, é preciso identificar no que esse indicador reflete a
estratégia da empresa (CHAVES; ALCÂNTARA; ASSUMPÇÃO, 2008).
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Por outro lado, a conotação negativa dos indicadores, que trata, por exem-
plo, do número de clientes não atendidos, traz, como vantagem, a opor-
tunidade de melhoria (podemos contemplar mais clientes), já que as pessoas
percebem que algo, ainda, pode ser feito, com o propósito de diminuir o que sai
errado. O grupo passa a ter a consciência de que o erro zero pode ser conquistado.
A desvantagem é produzir ênfase, apenas, no lado negativo, assim, desmotiva
as pessoas ao apresentar altos índices negativos (por exemplo, número elevado de
clientes não atendidos), o que leva as pessoas a aceitarem o processo como algo
que não se consegue mudar positivamente, apesar dos esforços despendidos.
PENSANDO JUNTOS
A decisão precisa ser tomada com base na cultura da empresa, nos valores e na
estratégia, e, em todos os casos, a elaboração de informações com base em in-
dicadores precisa ser, rotineiramente, verificada, dado o impacto que causa na
empresa (MAXIMIANO, 2012).
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UNIDADE 1
Petri (2005, p. 39) aponta que os gestores devem “buscar formas de me-
dir e avaliar a eficiência, a eficácia, a efetividade, a qualidade, a produtividade, a
inovação, a lucratividade, dentre outras características”. Para essa tarefa, faz-se uso
dos indicadores, que, segundo Tocchetto e Pereira (2004, p. 1),“são medidas utiliza-
das para avaliar, mostrar a situação e as tendências das condições de um dado
ambiente”. Os indicadores sinalizam como se encontra um determinado processo
e mostram como as tarefas estão sendo desenvolvidas. Assim, os indicadores são
medidores de uma atividade.
Van Bellen (2005, p. 5) afirma que o objetivo principal dos indicadores
“
é o de agregar e quantificar informações de uma maneira que sua
significância fique mais aparente. Os indicadores simplificam as in-
formações sobre fenômenos complexos, tentando melhorar, com isso,
o processo de comunicação.
EXPLORANDO IDEIAS
Nesse sentido, Caldeira (2013) aponta que os indicadores devem ter relevância como ins-
trumento de gestão e, para tal, precisam: ser pertinentes; ter credibilidade em relação ao
resultado; demandar esforço aceitável para sua apuração; ser de fácil interpretação; ter
um algoritmo simples; ter, como fonte de dados, bases internas; ser possível seu cálculo
de forma automática; ter fontes de dados passíveis de uma auditoria eficiente; ter alinha-
mento com a frequência de monitoramento; ser passíveis de cálculo em momento de
emergência; estar protegidos de eventualidades externas; não gerar efeitos inadequados;
servir como referência; e se manter, sempre, atualizados.
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UNIDADE 1
CONSTRUÇÃO DE INDICADORES
EXPLORANDO IDEIAS
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Por fim, um sistema de indicadores deve gerar tabelas e gráficos que agregam
à gestão da empresa. Assim, algumas situações devem ser evitadas, como: me-
dir características sem associação com as estratégias globais da organização ou
sem importância, ou, ainda, estabelecer punições para as áreas responsáveis por
determinado processo, apenas, em função dos erros ou dos baixos resultados
encontrados pelos indicadores.
CLASSIFICAÇÃO DE INDICADORES
Produtos e/ou
Insumos Atividades
serviços
INDICADORES
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
EXPLORANDO IDEIAS
A escolha das métricas mais importantes e da classificação a ser seguida depende do mer-
cado no qual a empresa está inserida, da sua realidade, do tamanho e da estrutura para
realizar as medições e do momento do negócio. Uma startup, por exemplo, pode dar pre-
ferência às métricas de atração de novos clientes (como taxa de conversão de visitantes
para potenciais clientes), já que está em fase de crescimento acelerado. De outro modo,
uma empresa madura, consolidada no mercado, pode estar mais atenta à retenção dos
clientes (como % de clientes ativos) do que a novas aquisições.
NOVAS DESCOBERTAS
Caro(a) aluno(a), separamos alguns vídeos para você, os quais o auxiliarão a entender o
que é uma gestão por indicadores e como fazer.Acesse os links:
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Quantidade de
18.903 17.324 17.751 17.760 17.203 16.717
entregas/mês
Quantidade de
vendedores/ 24 24 24 24 23 21
mês
Volume total
19.443 18.668 15.837 19.381 16.937 16.909
entregue
Quadro 1- Resumo dos dados relativos ao primeiro semestre de 2016 / Fonte: o autor
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem é referente a uma fórmula, onde está escrito índice de
produtividade em vendas (IPV) 2016 = número de entregas de pedidos (), dividido por
número de vendedores (). FIM DESCRIÇÃO.
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
EXPLORANDO IDEIAS
O coeficiente de correlação (R) serve para indicar o grau de relacionamento entre duas va-
riáveis. Assim, valores de R, ao tender (iguais ou próximos) a “um” ou “menos um”, indicam
que existe uma forte relação entre as variáveis, sendo que, no primeiro caso, a relação é
direta (por exemplo, se aumenta uma variável, aumenta a outra variável), enquanto que,
no segundo, a relação é inversa (por exemplo, se aumenta uma variável, a outra diminui).
Valores de R que tendem (iguais ou próximos) a “zero” significam que existe pouco rela-
cionamento entre essas variáveis (BRAULE, 2001).
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem se refere a uma fórmula, onde está escrito índice de
produtividade em vendas (IPV) 2017 = número de entregas (mês), dividido por número de
visitas realizadas (mês). FIM DESCRIÇÃO.
UNIDADE 1
Quantidade de
15.598 13.660 14.881 16.754 16.263 14.913
entregas/mês
Quantidade de
29.731 26.133 28.182 19.179 28.542 28.182
visitas/mês
Volume total
18.257 15.324 16.014 21.515 18.696 17.397
entregue
Quadro 2- Resumo dos dados relativos ao primeiro semestre de 2017 / Fonte: o autor
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
IPV: 53%.
Volume total entregue: 17.397. FIM DESCRIÇÃO.
UNIDADE 1
IPV, em 2016, fez com que os vendedores focassem, somente, nos indicadores
de tendência. A partir de tais condições, a equipe de vendas procurava visitar
um maior número de PDV possível (cobertura) e, ainda, realizar a venda de,
pelo menos, um produto da cervejaria (positivação). Tudo isso sem a preocu-
pação com o volume, efetivamente, vendido a cada visita, já que o indicador de
resultado (IPV) não contemplava aquilo que poderia se chamar de “qualidade
nas visitas de vendas”. Essa qualidade poderia ser traduzida por um maior
volume (hectolitros) vendido por cliente visitado.
Em 2017, depois de corrigida a falha, a situação se modificou drastica-
mente, ou seja, realizado o cálculo do coeficiente de correlação (R) entre o
volume vendido e o IPV de cada mês, constatou-se que essa nova formulação
manteve um alto grau de relacionamento entre controle e objeto do controle
(R = 0,817643). Aqui, ao invés de se calcular uma espécie de média de entregas
por vendedor da revenda, o indicador de desempenho passou a refletir o
percentual de visitas a partir do qual se realizaram vendas e, consequen-
temente, entregas. Dessa forma, tanto os indicadores de tendência (cobertura
e positivação) quanto o indicador de resultado estão, devidamente, alinhados
com o volume vendido e entregue mensalmente.
Enfim, apesar de o volume total, efetivamente, vendido ser quase idên-
tico nos dois semestres analisados (107.175 hectolitros em 2016 e 107.203
hectolitros em 2017), percebe-se que a “qualidade das vendas realizadas” se
encontra traduzida, de forma mais clara, na segunda fórmula de cálculo do
IPV (2017), pois toda venda realizada gera uma entrega no respectivo PDV,
independentemente do volume vendido, contudo, uma maior quantidade
vendida por PDV torna as visitas, tanto da equipe de vendas quanto da equipe
de entregas, mais produtivas.
Caro(a) aluno(a), com grande satisfação e sensação de dever cumprido,
chegamos ao fim da disciplina de Estudo Contemporâneo e Transversal –
Gestão de Indicadores.
Esta disciplina teve, como objetivo, auxiliá-lo(a) a compreender a im-
portância do inter-relacionamento entre os objetivos da organização e a sua
forma de medição, a aprender o que é um indicador e identificar os diversos
aspectos relacionados aos indicadores, e a relacionar teoria e prática a partir
de estudos de caso em empresas.
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UNIDADE 1
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BRAULE, R. Estatística aplicada com Excel: para cursos de Administração e Economia. Rio de
Janeiro: Campus, 2001.
CALDEIRA, J. 100 indicadores da gestão: key performance indicators. Coimbra: Actual Editora,
2013.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Cam-
pus, 1997.
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PARMENTER, D. Key performance indicators: developing, implementing, and using winning
KPIs. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2007.
SIMONS, R; DÁVILA, A.; KAPLAN, R. S. Performance measurement & control systems for
implementing strategy: text & cases. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 2000.
TOCCHETTO, M. R. L.; PEREIRA, L. C. Seleção de indicadores ambientais para indústria com ativi-
dade galvânica. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS--GRADUAÇÃO E PESQUISA
EM ADMINISTRAÇÃO, 28.,
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