Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CATARINA
2º semestre de 2014
1.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Nesta etapa é feita uma análise simplificada em seções críticas, para que se
tenha ideia das ordens de grandeza envolvidas. Depois de definidas as dimensões dos
elementos estruturais, é feito um cálculo detalhado da estrutura envolvendo muitas vezes
programas computacionais. Aconselha-se não prosseguir o cálculo se houver muita discrepância
entre o pré-dimensionamento e o definitivo, pois é nesta fase que muitos engenheiros se
sentem confiantes demais por disporem de um programa teoricamente muito eficaz, podendo
acontecer muitos erros.
Lembrando-se que projetar não é calcular, e sim prever e resolver problemas, seguem
alguns “conselhos”:
- entender o projeto como um todo (arquitetura, implantação, estrutura, distribuição elétrica e
de ar condicionado, tubulações referentes ao projeto hidráulico, etc);
- prever os problemas ao longo de todas as etapas construtivas, ou seja, procurar uma solução
de fácil execução;
2
- entender a distribuição das vagas nas garagens, bem como será feita a circulação dos
veículos;
- verificar possíveis diferenças de níveis;
- separar o principal do secundário;
- pensar! Pensar no problema, levantar todos os aspectos possíveis, gerar um modelo
simplificado levando em conta os aspectos essenciais, etc.
3
vida útil das construções e da segurança, não apenas imediata das estruturas, mas também a
longo prazo, evitando-se acidentes desnecessários. O projeto deve ser compatível desde o
atendimento ao projeto arquitetônico até o ajuste com as instalações, apresentando uma
garantia de uma execução correta daquilo que foi projetado.
Visando procurar estruturas cada vez com mais qualidade, a versão da NBR 6118/2014
inclui o item que diz que a avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada por
profissional habilitado, independente e diferente do projetista, requerida e contratada pelo
contratante, e registrada em documento específico que acompanhará a documentação do
projeto.
Entende-se que o contratante, pode ser o proprietário da obra, desde que este tenha
condições de compreender o que está se propondo e acertado neste contrato, cujo conteúdo
pode versar sobre termos técnicos, específicos da linguagem do engenheiro. Nesse caso,
entende-se que o proprietário tenha conhecimentos técnicos suficientes e compreenda todo o
teor técnico do contrato e o autorize. O contratante pode ser também um representante ou
preposto do proprietário, respondendo tecnicamente pelo que há de cunho técnico neste
contrato, substituindo este último nas questões exigidas, ou seja, nas responsabilidades
próprias e definidas pela norma.
O contratante também definirá em comum acordo com o projetista, as demais
prerrogativas, exigências e necessidades para atendimentos da norma, sempre que alguma
tomada de decisão resulte em responsabilidades presentes e futuras de ambas as partes.
A avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada antes da fase de construção
e, de preferência, simultaneamente com a fase de projeto.
Para os critérios de aceitação do projeto, do recebimento do concreto e aço e da
confecção do manual de utilização, inspeção e manutenção, deve-se consultar a seção 25 da
NBR 6118/2014.
Ainda dentro dos conceitos de qualidade de um projeto estrutural, evitando
envelhecimento prematuro da estrutura e garantindo sua durabilidade, devem ser observados:
a) drenagem eficiente;
b) formas arquitetônicas e estruturais adequadas;
c) garantia de concreto com qualidade apropriada, com um período adequado de cura após a
concretagem (para estruturas correntes ver ABNT NBR 14931);
d) garantia de cobrimentos de concreto apropriados para proteção da armadura;
e) detalhamento adequado das armaduras;
f) controle de fissuração;
g) uso de revestimentos protetores nas peças sob condições ambientais agressivas;
h) definição de um plano de inspeção e manutenção preventiva;
i) análise cuidadosa e atenta do projeto arquitetônico;
j) contatos com os proprietários para saber dos objetivos da obra, durabilidade
estimada, padrão de revestimentos e acabamentos;
k) conhecimento do construtor e suas obras anteriores;
l) lançamento de um sistema estrutural compatível com a arquitetura, com o projeto de
instalações, com a tecnologia executiva disponível, etc;
m) pré-dimensionamento da estrutura com verificação da compatibilidade dos esforços e
deformações do sistema criado;
4
n) desenvolvimento do projeto propriamente dito, incluindo detalhamento de cada
elemento da estrutura, combinando os resultados obtidos das análises e dos programas
utilizados com a experiência profissional;
o) desenhos claros e detalhados;
p) implementação nos desenhos de informações complementares (resistência dos
materiais utilizados, módulos de elasticidade, hipóteses consideradas, etc);
q) supervisão da execução da obra pelo projetista, com visitas eventuais à obra nas
fases críticas da execução dos projetos, como por exemplo antes das concretagens;
o) garantia de uma sondagem bem feita (SPT, CPT, rotativa em rocha, etc);
r) projetos planialtimétricos bem elaborados (por exemplo no caso de pontes);
s) utilização de barreiras protetoras em pilares (viadutos, pontes, garagens e outros) sujeitos
a choques mecânicos;
t) utilização de juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações volumétricas;
u) utilização de isolamentos isotérmicos, em casos específicos, para prevenir patologias
devidas a variações térmicas.
v) utilização cuidadosa de aditivos à base de cloreto em estruturas de concreto, que devem
ter seus limites estabelecidos pela ABNT NBR 12655. Ressalta-se que a versão anterior da
norma proibia a utilização deste tipo de aditivo.
5
2. INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO
6
NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – procedimento;
NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações – procedimento;
NBR 6123 – Forças devido ao vento em edificações – procedimento;
NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – procedimento;
NBR 7187 – Cálculo e execução de pontes de concreto armado;
NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto – procedimento.
7
NBR 12142 – Concreto – determinação da resistência à tração na flexão em corpos de prova
prismáticos método de ensaio;
NBR 12519 – Símbolos gráficos de elementos de símbolos, símbolos qualitativos e outros
símbolos de aplicação geral;
NBR 12654 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – procedimento;
NBR 12655– Concreto: preparo, controle e recebimento – procedimento;
Observações:
- como toda norma está sujeita a revisões, deve-se verificar qual é norma vigente e se houve
atualização (vide www.abnt.gov.br);
- a NBR 6118/2014 não inclui requisitos exigíveis para evitar os estados limites gerados por
certos tipos de ação, como sismos, impactos, explosões e fogo. Para ações sísmicas, deve-se
consultar a NBR 15421, e para ações em situação de incêndio deve-se consultar a NBR 15200;
- no caso de estruturas especiais, tais como de elementos pré-moldados, pontes, obras
hidráulicas, estruturas off-shore, ou em que se utilizam técnicas construtivas não
convencionais, as condições da NBR 6118/2014 ainda são aplicáveis, devendo no entanto ser
complementadas por outras normas brasileiras específicas;
- desde que seja devidamente justificado, pode-se também utilizar alguns regulamentos
internacionais, sendo os principais:
• Builiding Code Requirements for Reinforced Concrete (ACI – American
Concrete Institute);
• CEB-FIP Model Code (Comitê Euro-Internacional du Beton);
• EUROCODE.
- como sugestão para consulta nesta disciplina, indica-se o site
www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu.
2.5 UNIDADES
1 N = 0,1 kgf
1 kN = 100 kgf = 0,1tf
1 kN.m = 100 kgf.m = 0,1 tf.m
1 Mpa = 10 kgf/cm2 = 1000kN/m2 = 100 tf/m2 = 0,1 kN/cm2
8
3 PROPRIEDADES DO CONCRETO
O concreto armado é obtido por meio da associação entre concreto simples e uma
armadura convenientemente posicionada, chamada de armadura passiva, de tal modo que os
dois materiais resistam de forma solidária aos esforços solicitantes. Por sua vez, o concreto
protendido é obtido por meio da associação entre o concreto simples e a armadura ativa, para a
qual é aplicada uma força de protensão com a finalidade principal de neutralizar as tensões de
tração. A armadura neste caso é composta de cabos (armadura ativa) e barras (armadura
passiva).
9
Viga de concreto protendido.
Para concretos simples pode-se adotar para massa específica o valor de 2400
kg/m3 e para o concreto armado o valor de 2500 kg/m3. Para concretos leves (que utilizam
argila expandida, escórias, EPS, vermiculita, etc) pode-se adotar valores entre 1200 e
1600 kg/m3 e para concretos pesados (usados por exemplo para blindagens de material de
radiação) o valor de 3300 a 4000 kg/m3.
10
3.5.1 RETRAÇÃO - é a diminuição de volume que ocorre na peça de concreto, mesmo
que não estejam atuando solicitações ou efeitos de temperatura, provocando fissuras e
esforços adicionais. As deformações impostas uniformes nas peças, como aquelas decorrentes
de retração, bem com temperatura e fluência do concreto, devem ser verificadas. No caso de
peças com partes com espessuras muito diferentes, a consideração de deformações impostas
diferenciais deve ser sempre considerada.
Basicamente, a retração pode ser de três tipos:
- retração química – quando ocorre evaporação da água quimicamente não associada durante o
processo de endurecimento do concreto;
- retração capilar – ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda da água adsorvida,
fazendo com que apareçam tensões superficiais e fluxos de água nos capilares;
- retração por carbonatação: é o tipo de retração que ocorre quando há diminuição de
volume com o processo
A retração será tanto maior quanto mais seco for o ambiente, menos espessa for a
peça em questão, e maior for o fator água-cimento. Para proteger quanto aos danos
devido à retração deve-se proceder uma boa “cura”, evitando peças de grande
comprimento e usando juntas de dilatação ou de concretagem apropriadas. Para casos
correntes das obras de concreto armado, com peças de dimensões usuais entre 10 cm e 100 cm
e umidade ambiente não inferior a 75%, pode-se adotar o valor de deformação específica axial
devido à retração como sendo
ε cs = 15 x 10-5
ε cc = ϕ .ε co
11
onde ϕ é o coeficiente de fluência.
A deformação lenta é parcialmente reversível, sendo que parte desta deformação
é eliminada quando do descarregamento. Os fatores que mais influenciam a deformação
lenta são:
- condições ambientais (maior umidade relativa do ar, então menor deformação lenta);
- espessura da peça (maior espessura, então menor deformação lenta);
- fator água cimento (maior a/c, maior deformação lenta);
- idade do concreto quando do carregamento (idade menor, então deformação lenta maior).
A partir destes fatores é possível calcular o coeficiente de fluência “ ϕ ”, para
casos em que não é necessária muita precisão:
Sendo:
Ac - área da seção transversal da peça em contato com a atmosfera;
u - perímetro da seção transversal da peça em contato com a atmosfera;
t o - tempo antes do primeiro carregamento.
Na prática, para casos de estruturas “simples” em que o número de pavimentos é
menor ou igual a 4 (quatro), o valor da sobrecarga de utilização é de no máximo 3 KN/m2, o
pé direito não excede 4 m, os vão são no máximo de 6m e os balanços são de no máximo 2 m,
pode-se usar para concreto armado ao ar livre o valor médio do coeficiente de fluência de
ϕ = 2,5 .
12
usar juntas de dilatação ou de concretagem, minimizar a inércia dos pilares na direção da
deformação imposta ou aumentar o comprimento livre dos pilares nos níveis inferiores.
As juntas de dilatação são utilizadas principalmente quando as dimensões em planta são
muito grandes (ordem de 20 a 30 metros) separando a estrutura em duas partes, podendo ter
dimensão da ordem de alguns centímetros. Por outro lado, as juntas de concretagem delimitam
volumes de concreto que serão lançados de uma só vez, sem que haja interrupção. Este tipo de
junta é utilizado por exemplo em blocos de fundação com dimensões muito grandes, e devem
ter um tratamento adequado, incluindo limpeza, remoção de nata e proteção por material
“veda-junta”.
Tem-se que:
13
idade, esta resistência se refere à idade de 28 dias. Para o dimensionamento pode-se admitir
uma relação linear entre tensões e deformações, adotando-se o módulo de elasticidade
secante, e podendo-se empregar no estado limite último o diagrama simplificado tensão-
deformação específica, conforme figura a seguir e válido para concretos até C90:
Para concretos de classes até C50 fica valendo o já tradicional diagrama com
ε c 2 = 2,0 % 0
ε c u = 3,5 % 0
Ou seja:
0,85f
2% 3,5%
14
ε c 2 = 2,0 % 0 + 0,085% 0.( f ck − 50) 0,53
ε c u = 2,6 % 0 + 35% 0.[(90 − f ck ) / 100]4
Observações gerais:
f ck
f cd =
γc
onde γc é o coeficiente de segurança do concreto tomado normalmente como 1,4, podendo ser
utilizado com o valor de 1,2 em condições especiais de construção. Estes coeficientes devem
ser multiplicados por 1,1 em obras de pequena importância, em que seja empregado o aço CA 25
e onde não é realizado um controle de qualidade rigoroso. Na disciplina de CAR I o valor a ser
utilizado será 1,4 em todas as situações.
Quando a verificação se faz em data t inferior a 28 dias, a expressão de f cd deve
ser modificada (consultar norma).
15
c) a resistência medida no concreto depende de modo geral da forma dos corpos de
prova e duração da solicitação;
d) o coeficiente 0,85, estudado pelo eng. Hubert Rüsch, que reduz a resistência de cálculo
do concreto, leva em conta a superposição de três fatores:
- perda de resistência sob carga mantida igual a 0,72;
- ganho de resistência com o tempo entre 28 dias e o final de vida da estrutura (para
cimento CPI) igual a 1,23;
- coeficiente que corrige a influência da forma do corpo de prova padrão
(15x30) e a resistência na estrutura, igual a 0,96.
Assim, como 0,72 x 1,23 x 0,96 = 0,85, justifica-se o valor anteriormente mencionado.
O exposto acima também implica que a resistência do concreto para fins de segurança
deve ser tomada na idade de referência de 28 dias, não cabendo a consideração do ganho de
resistência após esta data, mesmo que existam teorias de que após um período de dois anos e
meio, haja um ganho de 23%.
Para melhor entendimento deste item, torna-se necessário a descrição dos dois
métodos de cálculo do módulo de elasticidade, relativos aos diagramas tensão x
deformação:
- módulo de elasticidade tangente ou inicial: é dado pela declividade de uma reta tangente à
curva em sua origem, sendo que sua obtenção é fornecida pela NBR 8522:
16
concreto, a ser especificado em projeto e controlado na obra, pode ser estimado usando-se
as seguintes expressões (valores em Mpa):
E cs = α i .Eci (Mpa)
fck
Com α i = 0,8 + 0,2. ≤ 1,0
80
Obs.: a NBR 6118/2007 usava a expressão era E cs = 0,85.Eci para qualquer concreto até C50.
17
Para módulos de elasticidade a serem determinados numa idade menor que 28 dias,
deve-se usar as seguintes expressões:
0, 5
fckj
Eci (t ) = .Eci para concretos C20 a C45
fck
0 ,3
fckj
Eci (t ) = .Eci para concretos C50 a C90.
fck
Onde:
Eci(t) é a estimativa do módulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 e 28 dias
(Mpa);
fckj é a resistência característica compressão do concreto na idade em que se pretende
estimar o módulo de elasticidade (MPa).
G c = 0,4 E cs (Mpa)
18
A partir de ensaios apropriados (NBR 7222) pode-se medir a resistência à tração
indireta ( f ct , sp ) e a resistência à tração na flexão ( f ct , f ). A resistência à tração direta ( f ct ,m )
pode ser considerada igual a 0,9 f ct , sp , e na falta de ensaios apropriados, pode-se utilizar o
valor da resistência à tração direta média ( f ctn ), na unidade de Mpa, que pode ser
calculada por meio das expressões:
19
3.7 OBSERVAÇÕES QUANTO À COMPOSICÃO DO CONCRETO
20
4. PROPRIEDADES DO AÇO
4.1 DENOMINAÇÃO
21
Classificam-se como barras os produtos de diâmetro nominal igual ou superior a 6,3 mm
obtidos por laminação a quente, sem posterior deformação a frio, e como fios os produtos com
dimensão nominal igual ou inferior a 10,0 mm obtidos por trefilação ou outro processo
equivalente, como por exemplo estiramento.
As barras são classificadas nas categorias CA-25 e CA-50, e os fios na categoria CA-
60. É importante salientar que a revisão da normalização NBR 7480 omite a classificação dos
aços em classe “A” (barras obtidas por laminação à quente sem posterior deformação à frio) e
“B” (barras e fios obtidos por deformação à frio), mas realça a existência de duas classes de
aços.
A nomenclatura dos aços usados em estruturas de concreto armado é dada em função
da sua tensão de escoamento f yk dada em kgf/mm2. Assim, para um aço CA-50, a tensão de
escoamento é de 50 kgf/mm2.
Deve-se lembrar que o aço mais utilizado nas obras correntes é o CA-50, cujas
barras são obtidas por laminação a quente de tarugos de lingotamento contínuo.
As barras de aço (CA-50) são fornecidas normalmente com comprimentos de
12m, em feixes amarrados de 1000 kg ou 2000 kg, e devem ser fabricadas segundo
especificações da NBR 7480, sendo considerados diâmetros nominais maiores ou iguais a
6,3 mm e obtidos exclusivamente por laminação a quente.
O aço CA-60 é obtido por trefilação de máquina, e se caracteriza pela alta
resistência, o que proporciona estruturas de concreto armado mais leves, e pelos
entalhes, que aumentam ligeiramente a aderência do aço ao concreto. Estes aços são
normalmente empregados para fabricação de lajes, tubos de concreto, lajes treliçadas,
estribos de vigas e pilares, estruturas pré-moldadas de pequena espessura, etc.. São
fornecidos em bitolas finas e em rolos com peso aproximado de 170 kg, barras de 120 m de
comprimento, em feixes amarrados de 1000 kg, em estocadores e bobinas de 1500 kg para uso
industrial, sendo mais utilizado em lajes e estribos de vigas e pilares.
O aço CA-25, por ser bastante dúctil, é normalmente usado quando se requer grandes
diâmetros ou quando o detalhamento exige dobramentos sucessivos.
As barras CA-50 devem ter nervuras transversais e as barras CA-25 devem ser lisas.
Os fios (CA-60) podem ser lisos, entalhados ou nervurados.
Sempre que houver perigo de confusão no canteiro de obras, é proibido o emprego
simultâneo de diferentes categorias de aço. Entretanto, esse emprego é permitido desde
que uma das categorias seja empregada exclusivamente na armadura longitudinal e a outra
exclusivamente na armadura transversal das vigas e pilares. A armadura deve ser identificada
quanto ao produtor, à categoria do material e quanto ao seu respectivo diâmetro nominal,
através de marcas em relevo ou etiquetas.
Os fios e barras de aço devem atender as especificações da NBR 7480 (Aço destinado
a armaduras para estruturas de concreto armado – especificação).
Para efeito da escolha da bitola para dimensionamento em CAR-I, serão consideradas
as seguintes bitolas e respectivas áreas:
22
AREA AREA
BITOLA (MM) TIPO DE AÇO PADRONIZADA “SIMPLIFICADA”
2 2
( cm ) ( cm )
4,2 CA-60 0,139 0,14
5,0 CA-60 0,196 0,2
6,3 CA-50 0,312 0,315
8,0 CA-50 0,503 0,5
10,0 CA-50 0,785 0,8
12,5 CA-50 1,23 1,25
16,0 CA-50 2,01 2,0
20,0 CA-50 3,14 3,15
25,0 CA-50 4,91 5,0
32,0 CA-50 8,04 8,0
40,0 CA-50 12,57 12,5
A armadura também pode ser fornecida em forma de telas soldadas, muito utilizadas
no detalhamento de lajes, sendo seu uso regulamentado pela NBR 7481.
4.3.1 TIPOS DE SUPERFÍCIE – os fios e as barras podem ser lisos ou providos de saliências
ou mossas. As barras lisas não possuem saliências suficientes em sua superfície, portanto
elas têm pouca aderência ao concreto quando comparadas com as nervuradas. As
propriedades mecânicas exigidas para barras e fios de aço destinados para as armaduras de
concreto armado são especificadas na tabela a seguir:
Obs.: na tabela anterior, define-se limite de resistência (LR) como sendo a força máxima
suportada pelo material na qual ele se rompe, ou seja, é o ponto máximo da resistência de uma
barra, valor este que é obtido pela leitura direta na máquina de tração.
Para ensaios de dobramento, os corpos de prova são submetidos a um dobramento de
180º em pino de diâmetro padronizado, sendo considerado aprovado quando não apresenta
quebra ou fissura na região dobrada. Este ensaio tenta reproduzir as condições em que os
23
materiais serão utilizados nas obras. Os diâmetros dos pinos exigidos pelo ensaio são indicados
na tabela abaixo, conforme Anexo B da NBR 7480 e são:
24
4.3.2 MASSA ESPECÍFICA – a massa real das barras deve ser igual a sua massa nominal com
as tolerâncias conforme tabela que segue, considerando-se a massa específica do aço com
3
valor de 7850 kg/m .
25
4.3.3 COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA – para o coeficiente de dilatação térmica
−5 o −1
do aço pode-se utilizar o mesmo valor utilizado para o concreto, que é de α = 10 C
considerando-se intervalos de temperatura entre –20 graus a 150 graus.
4.3.4 MÓDULO DE ELASTICIDADE – para qualquer tipo de aço admite-se que o módulo de
elasticidade vale E s = 210 Gpa = 210.000 Mpa.
-3,5%
10%
-3,5%
10%
f
26
São definidos:
f yk = resistência característica de escoamento do aço à tração;
Tem-se então:
f yd = f yk / γ s
ε yk = f yk / E s .
ε yd = f yd / Es
f yk = f yck
f yd = f ycd
27
mínimo de ∆c a ser considerado nas obras correntes. No caso de haver em obra um
adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da variabilidade das medidas
durante a execução, pode ser adotado um valor ∆c = 5mm, mas esta exigência deve
estar bem explicitada nos desenhos de projeto.
c nom ≥ φ feixe = φn = φ n
28
CLASSE DE
AGRESSIVIDADE AGRESSIVIDADE RISCO DE DETERIORAÇÃO
AMBIENTAL (CAA) DA ESTRUTURA
I Fraca Insignificante
II Média Pequeno
III Forte Grande
IV Muito forte Elevado
Micro clima
Ambientes internos Ambientes externos e obras em geral
Macro clima Seco (1) Úmido ou ciclos Seco (3) com Úmido ou ciclos (4)
com (2) de molhagem UR ≤ 65% de molhagem e
UR ≤ 65% e secagem secagem
Rural I I I II
Urbana I II I II
Marinha II III III III
Industrial II III II III
Especial (5) II III ou IV III III ou IV
Respingos de IV IV IV IV
Maré
Submersa ≥ 3m I I I I
Solo - - Não agressivo Úmido e agressivo
II, III ou IV
Obs.:
(1) salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos,
residências e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e
pintura;
(2) vestiários, banheiros, cozinhas, lavanderias industriais e garagens;
(3) obras em regiões secas, como o nordeste do país, partes protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos;
(4) ambientes com produtos quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,
branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias
químicas;
(5) macro clima especial significa ambiente com agressividades bem conhecida, que
permitirá definir a classe de agressividade III ou IV nos ambientes úmidos. Se o ambiente
for seco, a classe de agressividade será sempre II nos ambientes internos e III nos externos.
Obs.: no caso de alta contaminação por cloretos, a estrutura deve ser enquadrada na
classe IV. Para projetos no litoral, pode-se de maneira geral utilizar CAA = II para peças no
interior, e CAA = III para peças expostas às intempéries.
Para garantir a qualidade dos componentes e elementos estruturais de concreto
armado segundo a classe de agressividade, deve-se utilizar o fator água/cimento e classe de
concreto abaixo relacionado:
29
Concreto tipo CA Classe de agressividade
I II III IV
Fator água/cimento em
massa ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
Classe de concreto ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
Consumo de cimento por
metro cúbico de ≥ 260 ≥ 280 ≥ 320 ≥ 360
concreto (kg/m3)
Uma outra observação muito importante é que se pode especificar dois recobrimentos
diferentes para uma peça estrutural, dependendo se esta peça é interna ou externa, ou seja,
menos ou mais sujeita à agressividade.
30
5. COMPORTAMENTO CONJUNTO DO AÇO E DO CONCRETO
5.1 ADERÊNCIA
- aderência por atrito: quando se tenta arrancar uma barra de um bloco de concreto, a força
de arrancamento Fb 2 é maior que a força mobilizada pela aderência à adesão ( Fb1 ). Isto ocorre
devido ao atrito entre a barra e o concreto, surgindo também tensões de aderência ( τ b )
distribuídas ao longo da barra, em oposição à força Fb 2 .
- aderência mecânica: esta aderência surge devido à conformação superficial que existe nas
barras. Nas barras de alta aderência, por exemplo, as saliências mobilizam forças localizadas,
aumentando significativamente a aderência.
31
5.2 TENSÃO DE ADERÊNCIA
Rs
f bd =
π .φ .lb
sendo:
R s - força atuante na barra;
φ - diâmetro da barra ;
l b - comprimento de ancoragem.
De acordo com a posição das barras durante a concretagem pode-se dizer que existem
regiões favoráveis ou desfavoráveis quanto à aderência:
a) para o caso de concretagens sobre formas fixas considerar-se-á em região de boa
aderência os trechos onde o concreto é cuidadosamente vibrado e adensado. Segundo a
norma, consideram-se as seguintes posições das barras:
- com inclinação maior que 45 graus sobre a horizontal (figura a);
- horizontais ou com inclinação menor que 45 graus sobre a horizontal, desde que para peças
com h < 60 cm, localizados no máximo 30 cm acima da face inferior da peça ou da junta de
concretagem mais próxima (figuras b e c), e para peças com h ≥ 60 cm, localizadas no
32
mínimo 30 cm abaixo da face superior da peça ou da junta de concretagem mais próxima
(figura d);
- são consideradas regiões de má aderência os trechos das barras em posições diferentes
das citadas.
f bd = η1 .η 2 .η 3 . f ctd
onde:
- f ctd = valor de cálculo da resistência à tração do concreto (igual a f ctk ,inf / γ c )
- η1 = 1,0 para barras lisas (CA 25);
- η1 = 1,4 para barras dentadas ou barras entalhadas (CA-60);
- η1 = 2,25 para barras nervuradas de alta aderência (CA-50);
- η 2 = 1,0 para situação de boa aderência e η 2 = 0,7 para má aderência;
- η 3 = (132 - φ )/100 onde φ é dado em mm para φ > 32 mm e η 3 = 1,0 para φ ≤ 32 mm.
33
5.5 ANCORAGEM DAS ARMADURAS
l b .π .φ . f bd = As . f yd
Como
As = π .φ 2 / 4
obtém-se então:
φ f yd
lb =
4 f bd
Pela versão 2014 da NBR 6118, o valor anterior deve ser maior ou igual a 25 vezes o
diâmetro da barra utilizada, ou seja:
φ f yd
lb = ≥ 25φ
4 f bd
As , calc
l b , nec = α 1 . lb . ≥ lb ,min
As , eft
34
onde:
α1 = 1,0 para barras sem gancho;
α1 = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho
≥ 3φ ;
A s,calc = área de armadura calculada para resistir ao esforço solicitante;
As ,eft = área de armadura existente (efetiva).
O valor mínimo da ancoragem ( l b , min ) deve ser o maior valor entre 0,3 l b , 10 φ e 10 cm.
O valor de l b , nec pode ser calculado simplificadamente para diversos tipos de concreto.
Assim, considerando aço CA-50, barras nervuradas ( η1 =2,25), sem gancho ( α 1 = 1) , diâmetros
não superiores a 32 mm ( η 3 =1) tem-se:
As , cal
l b , nec = K .φ . ≥ l b , min
As , efet
35
φ f ycd
lb´ =
4 f bd
0,6lb
As' ,cal As' ,cal
l ´
b , nec =l ´
b = Kφ ≥l ´
b , min ≥ 15φ
As' ,usado As' ,usado
20 cm
5.5.4 ANCORAGEM NOS APOIOS – este item será melhor estudado no capítulo referente
ao detalhamento da armadura longitudinal de vigas.
36
O diâmetro dos pinos de dobramento deve ser pelo menos igual aos valores da tabela a
seguir:
BITOLA DO
ESTRIBO φt (mm) CA-25 CA-50 CA-60
≤ 10 3φt 3φt 3φt
10< φ < 20 4φt 5φt -
≥ 20 5φt 8φt -
Obs.:
- com exceção das regiões situadas sobre apoios diretos, as ancoragens por aderência devem
ser confinadas por armaduras transversais ou pelo próprio concreto, considerando-se este
caso quando o cobrimento da barra ancorada for maior ou igual a 3 φ e a distância entre as
barras ancoradas também for maior ou igual a 3 φ ;
- nas regiões situadas sobre apoios diretos, a armadura de confinamento não é necessária
devido ao aumento da aderência por atrito com a pressão do concreto sobre a barra;
- a NBR 6118 permite também a ancoragem de estribos através de barras transversais
soldadas (vide norma);
- na disciplina de CAR-I o detalhamento dos estribos será feito com gancho semi-circular, com
5 cm para cada lado.
Como as barras de armadura são fornecidas em comprimentos entre 10m e 12m, muitas
vezes torna-se necessário emendá-las. Estas emendas podem ser de diversos tipos:
- por traspasse (transferência indireta);
- por luvas com preenchimento metálico ou rosqueadas (transferência direta, sem
participação do concreto);
- por solda (idem);
- por outros dispositivos devidamente justificados.
37
Na disciplina de CAR-I serão somente apresentadas as prescrições referentes às emendas
de barras tracionadas e comprimidas por traspasse, devendo-se recorrer à norma para as
outras situações.
Segundo a NBR 6118/2014, a emenda por traspasse não é permitido para barras isoladas
de bitola maior que 32 mm e cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem e na
armadura de costura dos tirantes e pendurais (elementos estruturais lineares de seção
inteiramente tracionada). Deve-se destacar que a versão anterior da norma proibia o uso de
emendas por traspasse no caso de tirantes e pendurais!!! No caso de feixes, o diâmetro do
círculo de mesma área, para cada feixe, não poderá ser superior a 45 mm.
As emendas são supostas na mesma seção transversal de acordo com a figura abaixo:
A proporção máxima de barras tracionadas emendadas numa mesma seção está indicada
na tabela a seguir:
0,3.α ot .l b
lot = α ot . lb ,nec ≥ 15φ
20 cm
38
Porcentagem de barras emendadas na mesma seção –
valor de α ot
≤ 20 % 25% 33% 50% >50%
1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Quando a distância livre entre barras emendadas for maior que 4 φ , ao comprimento
calculado anteriormente deve ser acrescida a distância livre entre barras emendadas. A
armadura transversal na emenda deve ser justificada, considerando o comportamento conjunto
concreto-aço.
0,6lb'
lo' = lb' ,nec ≥ 15φ
20 cm
l o,const ≥ 15 φ ou 20 cm.
Obs.:
- barras exclusivamente comprimidas ou de distribuição (construtivas), podem ser todas
emendadas na mesma seção;
- como exemplo de barras construtivas, tem-se barras de armadura de pele, barras
superiores de vigas bi-apoiadas sem armadura de compressão (função somente de porta-
estribos) etc;
- pilares que estão eventualmente sujeitos a esforços de tração (por exemplo, devido ao
vento), não podem ter armadura emendada por traspasse.
39
a) com duas malhas ou três fios no caso de armadura principal;
b) uma malha ou dois fios no caso de armadura secundária.
Nas emendas de telas retangulares (em L ou T), a emenda na direção da maior dimensão
da malha pode ser reduzida em relação ao estabelecido acima se respeitar ao menos os
critérios de emenda de barras isoladas para o caso.
40
6. ESTADOS LIMITES
Diz-se que uma estrutura ou parte dela atinge um estado limite quando, de modo
efetivo ou convencional, se torna inutilizável ou quando deixa de satisfazer às condições
previstas para sua utilização. Os critérios de segurança a serem verificados no projeto
estrutural são os indicados na NBR 8681 (Ações e Segurança em Estruturas). O método dos
estados limites é fundamentado em análises estatísticas com relação às ações e às
resistências.
O estado limite último (ELU) está relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de
ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. Trata-se de uma situação na
qual espera-se que uma estrutura nunca atinja, tanto é que se faz o uso de diversos
coeficientes de segurança, sendo as resistências dos materiais minoradas e os esforços
solicitantes majorados.
A segurança das estruturas de concreto deve ser verificada em relação aos seguintes
estados limites últimos:
- estado limite último de perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido;
- estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou
em parte, devido às solicitações normais e tangenciais;
- estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou
em parte, considerando os efeitos de segunda ordem (flambagem);
- estado limite último provocado por solicitações dinâmicas;
- estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou
em parte, considerando exposição ao fogo, conforme a ABNT NBR 15200;
- estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, considerando
ações sísmicas, de acordo com a ABNT NBR 15421.
41
7 AÇÕES
São as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da
construção, podendo crescer no tempo tendendo a um valor limite constante. Estas ações
devem ser consideradas com seus valores representativos mais desfavoráveis para a segurança
da estrutura, e podem ser:
- ações permanentes diretas – constituídas pelo peso próprio da estrutura, dos elementos
construtivos fixos (paredes, esquadrias, etc) e das instalações permanentes. Os empuxos de
terra e outros materiais granulosos quando considerados não removíveis, também devem ser
considerados como uma ação permanente.
- ações permanentes indiretas – são constituídas pelas deformações impostas por retração do
concreto, fluência do concreto, deslocamentos de apoio (para estruturas hiperestáticas e
muito rígidas), imperfeições geométricas (globais ou locais) ou protensão.
Simplificadamente, pode-se definir uma ação variável com sendo aquela que não é
constante durante a vida da construção. Os valores característicos das ações variáveis, Fqk,
correspondem a valores que têm de 25% a 35% de probabilidade de serem ultrapassados no
sentido desfavorável, durante um período de 50 anos. Isso significa que o valor característico
Fqk é o valor com período médio de retorno de 174 anos a 117 anos respectivamente.
- ações variáveis diretas - são as ações acidentais previstas para o uso da construção (peso
de equipamentos, depósitos provisórios, de pessoal, etc), pela ação do vento (obrigatório
segundo a NBR 6123) e da água (chuva). As ações acidentais correspondem a ações verticais
de uso da construção, ações móveis considerando inclusive o impacto vertical, impacto lateral,
força longitudinal de frenagem ou aceleração e força centrífuga. Estas forças devem estar
dispostas nas posições mais desfavoráveis, sem que se esqueça de levar em conta o processo
42
construtivo. Nas estruturas em que houver possibilidade de acúmulo/retenção de água, deve
ser considerada a presença de uma lâmina de água correspondente ao nível de drenagem
efetivamente garantido pela construção.
- ações variáveis indiretas – são aquelas relativas à variação da temperatura (uniforme ou não
uniforme), ações dinâmicas.
Observações:
- as ações dinâmicas devem ser verificadas quando a estrutura está sujeita a choques ou
vibrações, verificando-se a possibilidade de ressonância e/ou fadiga;
- para estruturas de edifícios em que a carga variável é de até 5 kN/m2 e que seja no máximo
igual a 50% da carga total, a análise estrutural pode ser realizada sem a consideração de
alternância de cargas.
São as ações que tem duração extremamente curta e uma probabilidade muito baixa de
ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas em algumas
situações, como por exemplo a ocorrência de um terremoto junto à construção de uma represa.
Onde:
43
Fd – valor de cálculo das ações para combinação última;
Fgk – ações permanentes diretas;
Fek - ações indiretas permanentes (pode ser a retração ou uma carga permanente como a
temperatura);
Fqk – ações variáveis diretas, das quais Fq1k é escolhida como principal (pode ser por exemplo
uma carga acidental ou a carga devido ao vento);
γ ,ψ - definidos no item a seguir.
Fd = γ g .Fgk + γ q .Fqk
Obs.: quando for o caso, deverão ser consideradas combinações onde o efeito favorável das
cargas permanentes seja reduzido pela consideração de um fator apropriado, conforme será
visto no próximo item.
- combinações últimas excepcionais – neste caso, também ψo pode ser substituído por ψ2,
quando a atuação da ação principal Fq1exc tiver duração muito curta. Da mesma maneira, sempre
devem figurar as ações permanentes e a ação variável excepcional, quando existir, com seus
valores representativos, e as demais ações variáveis, com probabilidade não desprezível de
ocorrência simultânea, com seus valores reduzidos de combinação. Nesse caso, se enquadram,
entre outros, sismo, incêndio e colapso progressivo. A combinação é dada por:
44
Fd , ser = ∑ Fgi ,k + ∑ψ 2 j .Fqj ,k
- combinações raras – neste caso, as ações podem atuar no máximo algumas vezes durante o
período de vida da estrutura, e são mais utilizadas na verificação dos estados limites de
formação de fissuras e descompressão. Nestas combinações, a ação variável principal Fq1 é
tomada com seu valor característico Fq1, k e todas as demais ações são tomadas com seus
valores frequentes ψ 1 .Fqk :
7.5 SOLICITAÇÕES
Define-se solicitação como sendo qualquer esforço (momento fletor, força normal, força
cortante, torção) ou um conjunto de esforços decorrente das ações e aplicado a uma ou mais
seções de um elemento de estrutura. As solicitações de cálculo são obtidas para a combinação
de ações considerada, de acordo com a análise estrutural e para cada estado-limite a ser
considerado, ou seja, as ações é que são majoradas, para então serem determinadas as
solicitações.
S d = γ F .S k
45
onde:
S d = esforço de cálculo (momento fletor, esforço cortante, esforço normal, etc);
γF = coeficiente de ponderação (segurança) das solicitações ;
S k = esforço característico (real) atuante na peça (momento fletor, esforço cortante, esforço
normal, torção, etc)
γF = γ F1 . γ F 2 . γ F 3
onde:
γ F1 - considera a variabilidade das ações;
γ F 2 - considera a simultaneidade de atuação das ações;
γ F 3 - considera os desvios gerados nas construções e as aproximações feitas em projeto do
ponto de vista das solicitações.
Os valores de γF = γ F1 . γ F 3 , podem ser obtidos pela tabela:
Valores do coeficiente γ F = γ F1 . γ F 3
Recalque de
Permanentes Variáveis Protensão apoio e
Ações diretas diretas retração –
permanente
indireta
D F G T D F D F
Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou de 1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
D – ação desfavorável;
F – ação favorável;
T – ação devida à temperatura;
G – ação variável em geral.
Por outro lado, o valor de γ F 2 é tomado como:
γ F 2 =ψ 0 , ψ 1 ou ψ2
46
ψ 0 - fator de redução de combinação para estado limite último;
ψ 1 - fator de redução de combinação frequente para estado limite de serviço;
ψ 2 - fator de redução de combinação quase permanente para estado limite de serviço.
Ações ψ0 ψ1 ψ2
Cargas acidentais de edifícios:
-Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que 0,5 0,4 0,3
permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas
concentrações de pessoas (edifícios residenciais);
- Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que
permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevada 0,7 0,6 0,4
concentração de pessoas (edifícios comerciais e de escritórios);
- Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens; 0,8 0,7 0,6
Vento:
- Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Temperatura:
- Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
γF =1x γ F2
Devendo-se adotar:
fk
fd =
γm
47
onde f k é a resistência característica inferior e γ m é o coeficiente de ponderação (minoração)
da resistência do material, definido como
γm = γ m1 .γ m 2 . γ m3
Onde:
γ m1 – considera a variabilidade da resistência efetiva dos materiais envolvidos;
γ m 2 – considera a diferença entre a resistência do material no corpo de prova e na estrutura;
γ m 3 – considera os desvios gerados na construção e as aproximações feitas em projeto do
ponto de vista das resistências.
No caso da resistência de cálculo do concreto, quando a verificação se faz em data t
igual ou superior a 28 dias, adota-se:
f cd = f ck / γ c
Obs.: quando o concreto é verificado antes dos 28 dias, cuidados especiais devem ser tomados
(vide norma).
No caso da resistência de cálculo do aço (tensão de escoamento), deve-se utilizar:
f yd = f yk / γ s
48
Fd = 1,4 Fgk + 1,4 Fqk
Fd = Fgk + Fqk
Diz-se que uma estrutura é segura quando ela atende as condições construtivas e
analíticas de segurança, ou seja, quando existem condições para que a estrutura suporte todas
as ações possíveis de ocorrer na sua vida útil, e sem que se atinja algum estado limite
anteriormente descrito. Desta forma, a estrutura deve obedecer aos critérios de
detalhamento, controle de materiais e execução da obra conforme normas específicas.
Também se deve estabelecer que as resistências não podem ser menores que as solicitações
(para todos os estados limites). Assim:
Rd ≥ S d
49
8 INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS (FLEXÃO
SIMPLES)
8.1 DENOMINAÇÃO
A seção transversal de uma viga não deve apresentar largura ( b w ) menor que 12 cm
(15 cm para vigas parede), podendo-se utilizar 10 cm no caso em se verificar adequadamente as
condições de alojamento das armaduras, interferência com as armaduras de outros elementos
estruturais e um correto lançamento e vibração do concreto. De preferência, a base da viga
deve ser definida de modo que fique embutida na parede, considerando-se também o
revestimento (0,5cm a 1,5cm). Cuidados também devem ser tomados com relação às aberturas
(janelas, portas) e com a posição das vigas invertidas (para cima da laje). Para vigas em contato
com o solo (vigas baldrame), sugere-se que a largura das mesmas não seja menor que 15 cm.
As paredes podem ser de tijolos cerâmicos ou de blocos de concreto, sendo que
estes possuem normalmente espessuras de 9 cm, 14 cm ou 19 cm, devendo-se sempre
consultar o construtor para saber qual o tipo de vedação que vai ser realmente utilizado.
Com relação à fixação da altura da viga, pode-se adotar um critério para anteprojeto
supondo que no caso de vãos internos a altura seja da ordem de L/13 a L/11 do vão livre, e no
caso de vãos externos L/11 a L/9 do vão livre. Nas vigas contínuas de vãos comparáveis
(relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2), costuma-se adotar uma altura única estimada
através de 1/10 do vão médio, e no caso de haver somente cargas distribuídas pode-se utilizar
1/15 do vão médio. No caso de vãos muito diferentes entre si, pode-se adotar altura própria
para cada vão como se fossem independentes, tomando-se o cuidado de não se adotar alturas
muito pequenas para os momentos negativos. No caso de apoios indiretos (viga apoiada em
outra viga), recomenda-se que a viga apoiada tenha altura menor ou igual ao da viga de apoio.
Caso contrário, deve-se utilizar uma armadura de suspensão (será visto na disciplina de ESE).
50
Aconselha-se usar valores de alturas múltiplas de 5 cm, com um mínimo usual de 25 cm.
Esta altura mínima induz a utilização de vãos maiores ou iguais a 2,5 m. Em geral, não devem
ser utilizados vãos superiores a 6m, face aos valores usuais de pé direito (em torno de 2,8 m)
que permitem espaço disponível, para a altura da viga, em torno de 60 cm.
Por causa de problemas de cimbramento, também não se recomenda a utilização de
valores muito diferentes para a altura das vigas de um determinado pavimento, procurando
manter as vigas de fachada com uma altura constante. Em vigas com vãos muito grandes ou com
carregamentos excessivos, recomenda-se a verificação das suas flechas.
Com relação às ações que ocorrem nas vigas, pode-se citar o peso próprio, as reações
de apoio das lajes e as ações permanentes de alvenarias que eventualmente nelas se apoiam,
todas consideradas como sendo uniformemente distribuídas. Em alguns casos, quando ocorrer
viga apoiada em viga ou pilar nascendo em viga, deve-se considerar uma carga concentrada.
q = pp + Rlaje + q par
pp = bw .h.γ conc
q par = bw par .h par .γ alv
Observações:
- no caso das reações devido às lajes que se apoiam nas vigas, deve-se lembrar que
normalmente o carregamento deve ser separado entre permanente e variável;
- na consideração da carga devido às paredes, normalmente não se considera nenhum desconto
quando se tem portas e janelas de pequena dimensão. Porém, quando a área destes “vazios” for
maior que 1/3 da área total, deve-se fazer o desconto da abertura, porém incluindo-se o peso
dos caixilhos, vidros, etc;
- para peso específico das paredes deve-se sempre consultar o fornecedor, podendo-se
considerar:
- alvenaria de tijolo furado e blocos de concreto: γ alv = 13 kN / m 3
- alvenaria de tijolo maciço: γ alv = 18 kN / m 3
- blocos de alvenaria estrutural (depende do fabricante): γ alv = 16 kN / m 3 ;
- para carregamentos aplicados “fora do eixo” da viga deve-se considerar os efeitos de torção.
Para se fazer uma análise simplificada linear de uma viga de concreto armado,
admite-se que os materiais tenham comportamento elástico-linear, sendo que as
características geométricas podem ser determinadas pelas seções brutas de concreto. O
módulo de elasticidade secante e o coeficiente de Poisson devem ser tomados conforme visto
em capítulos anteriores.
51
8.5 VÃO EFETIVO DE UMA VIGA
O vão efetivo (vão de cálculo, vão teórico) de uma viga pode ser calculado entre eixos
de apoio, podendo-se no cálculo da viga em si usar os valores abaixo:
l ef = l 0 + a 1 + a 2
t1 / 2 t2 / 2
a1 ≤ a2 ≤
0,3h 0,3h
As vigas contínuas podem ser consideradas simplesmente apoiadas nos pilares, para o
estudo das cargas verticais, com os seguintes cuidados:
52
a) não considerar momento fletor positivo menor do que aquele obtido se houvesse
engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do apoio, medida na direção
do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, não pode ser considerado
momento negativo de valor absoluto menor do que o de engastamento perfeito nesse apoio;
c) quando não se fizer o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares com a viga,
deve ser considerado, nos apoios externos, momento fletor igual ao momento de engastamento
perfeito multiplicado por:
rinf + rsup
- na viga:
rviga + rinf + rsup
rsup
- no tramo superior do pilar:
rviga + rinf + rsup
rinf
- no tramo inferior do pilar:
rviga + rinf + rsup
Quando for o caso, o engastamento perfeito da viga deve ser substituído por uma
articulação, devendo-se utilizar as fórmulas vistas na disciplina de TES-II, conforme as
tabelas 28 e 28A.
I inf
rinf - índice de rigidez do pilar inferior: rinf =
Linf / 2
53
I sup
rsup - índice de rigidez do pilar superior: rsup =
Lsup / 2
I vig
rvig - índice de rigidez da viga: rvig =
Lvig
I sup , I inf - momento de inércia, na direção considerada, dos pilares superior e inferior;
I vig - momento de inércia da viga;
Lsup , Linf - altura do pilar superior e inferior;
Lvig - vão da viga.
NIVEL i+1
NIVEL i
L
H
NIVEL i-1
Observa-se por esta figura que deve haver um “engastamento parcial” tanto na viga
como no pilar, uma vez que o concreto do nível “i” tem idade diferente do concreto do nível
“i+1” ou do nível “i-1”, não havendo portanto um engastamento total no nó considerado.
54
8.7 ESTÁDIOS NO CONCRETO ARMADO
Considerando que uma determinada viga pode estar mais ou menos solicitada, a
mesma pode apresentar seções que estejam na fase elástica sem fissuras, ou então,
apresentar seções que já estejam fissuradas. Seja então um trecho de viga biapoiada,
considerada em seções próximas ao apoio, e próximas ao centro do vão. Dependendo do
comportamento elástico ou plástico que a seção transversal apresenta, diz-se que foi atingido
um determinado estádio. Assim, as fases (ou estádios) que uma seção transversal pode
apresentar são:
55
8.7.3 ESTÁDIO III – esta fase é considerada a fase final de ruptura do concreto, quando
tanto a parte comprimida como a parte tracionada da peça se encontram na fase plástica,
sendo que o atual dimensionamento de peças de concreto armado é realizado nestas
considerações (“cálculo na ruptura” ou “cálculo no estádio III”). No estádio III a ruptura é por
compressão com desagregação do concreto. Em seções adequadamente dimensionadas, a
ruptura é precedida por um quadro de deformações que permite detectar a iminência de sua
ocorrência. Diz-se que a ruptura é dúctil ou com aviso (quando a ruptura é brusca tem-se a
ruptura frágil ou “sem aviso”).
56
f) a tensão constante atuante até a profundidade y para f ck ≤ 50 Mpa , pode ser tomada
como:
- 0,85 f cd no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não
diminuir a partir desta para a borda comprimida.
- 0,90 f cd no caso contrário.
Para casos em que f ck > 50 Mpa , a tensão deve ser tomada como:
[
- 0,90. [ 0,85. 1,0 − ( f ck − 50) / 200]. f cd ] em caso contrário.
57
g) a tensão nas armaduras é obtida a partir dos diagramas tensão deformação, com valores de
cálculo, definidos no item 4.3.5;
h) o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na seção
transversal pertencer a um dos domínios definidos na figura a seguir, válida para concretos
de classe até C90:
Para concretos de classe até C50, continua válido o diagrama da versão anterior da
norma (NBR 6118/2007):
58
- o aço atinge o alongamento último e a ruína é por deformação plástica excessiva (
ε s = 10‰ ). Isto pode ocorrer em casos de tração (uniforme ou não uniforme) e em
casos de flexão (simples ou composta);
- o concreto atinge o encurtamento último e a ruína é por ruptura do concreto ( 3,5‰
na flexão ou 2,0‰ na compressão simples).
Pela figura anterior, observa-se que da reta a para os domínios 1 e 2, o diagrama de
deformações gira em torno do ponto A, o qual corresponde à ruína por deformação plástica
excessiva da armadura de tração. Nos domínios 3, 4 e 4a, o diagrama de deformações gira em
torno do ponto B, relativo à ruptura do concreto na borda comprimida, com encurtamento de
3,5‰ . Finalmente, verifica-se que do domínio 5 para a reta b, o diagrama gira em torno do
ponto C, correspondente à deformação de 2,0‰ e distante 3/7 h da borda mais comprimida.
Com relação a concretos com f ck ≤ 50 Mpa , definem-se as retas e os domínios
apresentados na figura anterior como:
a) Reta “a” - correspondente ao alongamento constante e igual a 1%, o que pode acontecer em
casos de tração simples com armaduras simétricas, ou em casos de tração excêntrica com
diferenças de armaduras, mas com alongamentos uniformes da seção.
59
c) Domínio 2 (flexão simples ou composta):
• ε s = 10% o e ε c = 0 , e com x=0;
o início se dá com
• o término acontece com ε s = 10% o e ε c = 3,5% o , com x = x2 = 0,259d
• a linha neutra corta a seção transversal (tração e compressão);
• o estado limite último é caracterizado pela deformação plástica excessiva da armadura
tracionada ( ε s = 10% o );
• a reta de deformação gira em torno do ponto A ( ε s= 10% o );
• o concreto não atinge a ruptura na região comprimida ( ε c < 3,5% o );
• a seção resistente é composta pela armadura tracionada e pelo concreto comprimido;
• casos de flexão simples e flexão composta.
60
e) Domínio 4 (flexão simples ou composta):
• ε s = ε yd e ε c = 3,5% o , e com x = x3 = 0,628d ;
o início se dá com
• o término acontece com ε s = 0 e ε c = 3,5% o ;
• a linha neutra corta a seção transversal (tração e compressão) com x variável entre
x3 e x 4 = d ;
• o estado limite último é caracterizado pela ruptura do concreto comprimido, sem que
haja escoamento da armadura ( ε s < ε yd ), caracterizando uma ruptura frágil, sem
aviso;
• a reta de deformação gira em torno do ponto B ( ε c = 3,5% o );
• a seção resistente é composta pela armadura tracionada, pela armadura comprimida e
pelo concreto comprimido;
• as peças que chegam ao ELU são chamadas de “superarmadas” e são anti-econômicas,
pois o aço não é utilizado com a sua capacidade resistente;
• casos de flexão simples (seção “superarmada”) e flexão composta.
61
• casos de flexão composta com pequena excentricidade;
• a ruptura é frágil, sem aviso, pois o concreto se rompe com encurtamento da armadura.
h) reta “b” - esta reta define uma deformação uniforme de compressão, onde o encurtamento
atinge 0,2%, e a profundidade da linha neutra tende ao infinito.
62
9 DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA LONGITUDINAL DE VIGAS
O dimensionamento da armadura longitudinal pode ser feito através das tabelas tipo
“k”, partindo-se do conhecimento dos valores dos momentos fletores calculados, das dimensões
das vigas e da resistência dos materiais utilizados (concreto e aço). Neste capítulo será
abordado somente o dimensionamento de peças com f ck ≤ 50 Mpa , sendo que o
dimensionamento de peças com f ck > 50 Mpa será visto em anexo a esta apostila.
A armadura longitudinal, além de absorver as tensões normais de tração oriundas da
ação do momento fletor, tem também a função de servir de armadura de montagem para os
estribos, contribuindo para evitar o surgimento de fissuras nas dobras dos mesmos, pois estes
pontos apresentam altas concentrações de tensão.
Quando o concreto resiste aos esforços de compressão, diz-se que a viga apresenta
armadura simples (somente armadura longitudinal de tração A s ), mas quando esta compressão
é excessiva e o concreto não resiste sozinho, deve-se usar uma armadura longitudinal
'
suplementar de compressão ( As ) e para este caso tem-se armadura dupla.
A ’
A
A
d = h−d"
d " = c + φt + φl / 2
onde:
c – recobrimento da viga;
φ t - diâmetro da armadura transversal (estribo);
φ l - diâmetro longitudinal.
63
Obs.: no caso de existirem duas camadas ou mais, deve-se cuidar para tomar a distância em
relação ao centro de gravidade desta composição de armadura.
Como a princípio não se tem o valor da armadura longitudinal de tração, e
consequentemente sua posição dentro da viga, sugere-se que para o dimensionamento sejam
considerados os seguintes valores, baseados basicamente na classe de agressividade ambiental
(considerando estribo de 5,0 mm):
Uma vez que o concreto tem sua resistência à tração desprezada e este esforço é
resistido pela armadura, para o dimensionamento à flexão deve-se garantir que a posição da
linha neutra deve estar entre 0 e d, ou seja, o dimensionamento é feito nos domínios 2, 3 e 4,
uma vez que no domínio 1 tem-se uma seção totalmente tracionada, e nos domínios 4a e 5 tem-
se uma seção totalmente comprimida, o que não é o caso de uma flexão.
Seja a figura:
64
%
x d−x x d
= → =
εcd εs ε cd ε cd + ε s
ε cd ε cd
x= .d ∴ x = k x .d sendo k x =
ε cd + ε s ε cd + ε s
0,8ε cd
y = 0,8.x ∴ y = 0,8.k x .d ∴ y = k y .d sendo k y = = 0,8 k x
ε cd + ε s
y kyd ky ky 0,8 k X
z=d − =d − = 1 − .d = k z .d sendo k z = 1 − =1−
2 2 2 2 2
Rcc = 0,85. f cd .b w . y
R st = As . f yd
ΣM = 0 → M d = Rcc .z → M d = R st .z
ΣF = 0 → Rcc = R st
1
Sendo km =
0,85. f cd .k y .k z
65
bw .d 2
Sendo M d = então:
km
bw .d 2
km =
Md
M d .k m
e d= .
bw
M d = R st .z
R st = As . f yd
Md k a .M d
M d = As . f yd .z ∴ As = ou As =
z f yd d
onde
1
ka =
k z . f yd
e) Deformações:
Observações:
ε cd = 3,5‰
ε s = 10‰
3,5
kx = = 0,259
3,5 + 10
66
2) Para kx ≤ 0,259 (peças subarmadas) a ruptura se iniciará pelo aço (Domínio 2);
3) Para 0,259 ≤ kx ≤0,625, aço CA50, a peça será normalmente armada (Domínio 3);
4) O Domínio 4 (peças superarmadas) corresponde a ruptura sem aviso prévio (ruptura pelo
concreto) e temos neste caso um dimensionamento bastante antieconômico, uma vez que o aço
estará trabalhando aquém de seu limite de cálculo (fyd). Nestes casos, é muito mais
conveniente, não somente sob o prisma teórico como pelo prático, adotar uma armadura na
zona comprimida e passar a trabalhar no domínio 3.
67
Quando for efetuada uma redistribuição, reduzindo-se um momento fletor de M para δM,
em uma seção transversal, a profundidade da linha neutra, para o momento reduzido δM, deve
ser limitada a:
Seja a figura:
68
%
b) Posição da LN:
Da tabela: k x lim , k y lim , k z lim , correspondendo aos limites dos domínios 3 e 4 (momentos
positivos) ou ao limite x/d = 0,5 ou 0,4 para momentos negativos:
Logo : x = k xl .d
y = k yl .d
z = k zl .d
c) Momentos:
M d = M d1 + M d 2
bw .d 2
M d1 = → momento máximo que a peça resiste com armadura simples (“o concreto
k ml
resiste sozinho”), observando a relação máxima de x/d prescrita na norma;
1 k yl
k ml = e k zl = 1 −
0,85 f cd k yl k zl 2
69
Logo,
Armadura tracionada:
R st = R st1 + R st 2
As . f yd = As1 . f yd + As 2 . f yd As = As1 + As 2
b w .d 2
M d1 =
k ml
k al .M d 1
As1 =
d
M d2
M d 2 = R sc .(d − d ' ) = As 2 . f yd .(d − d ' ) As 2 =
f yd .( d − d ' )
Armadura Comprimida :
M d2
A' s =
σ ' s .(d − d ' )
x − d'
ε s, = .ε cd
x
e com
x = K xl .d
70
Se ε s' < ε ycd ⇒ σ s' = E s .ε s'
f ycd = f yd
Obs.: considerando que o valor de As' é menor do que o valor de As , os valores de d’ podem ser
tomados como sendo iguais aos de d” na condição de vigas “pouco solicitadas”.
Fck (Mpa) 20 25 30 35 40 45 50
ρ min (%) 0,150 0,15 0,15 0,164 0,179 0,194 0,208
Fck (Mpa) 55 60 65 70 75 80 85 90
ρ min (%) 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
Obs.: considerando-se os valores para concretos convencionais, estes valores são menores
daqueles estipulados na versão da NBR 6118/2007, sendo que a tabela não contempla mais
seções de formato T ou circular.
'
- a NBR 6118 não prevê a consideração de armadura mínima de compressão ( As ), devendo-
se tomar o cuidado de verificar a quantidade mínima de armadura para servir de porta-
71
estribo (no mínimo duas barras quando se tem estribo simples, e no mínimo quatro barras
quando se tem estribo duplo, com diâmetro pelo menos igual ao do estribo);
- como consideração para armadura principal é aconselhável que se use pelo menos duas
barras de 8,0 mm.
Asmax ≤ 4%.bw .d
O espaçamento mínimo entre faces de barras longitudinais deve ser garantido para
atender boas condições de execução do concreto (lançamento, adensamento, vibração, etc), e
seus valores são:
- espaçamento horizontal (e h ): o maior valor entre 2 cm, diâmetro da barra, do feixe ou da
luva ou 1,2 vezes o diâmetro máximo do agregado;
- espaçamento vertical (e v ): o maior valor entre 20 mm, diâmetro da barra, do feixe ou da
luva ou 0,5 vezes o diâmetro máximo do agregado.
Observações:
a) para feixes de n barras deve-se considerar o diâmetro do feixe ( φ n = φ n ), e no caso
de emendas por traspasse pode-se também aplicar os valores acima, garantindo o
espaçamento mínimo ao longo de todo o trecho;
BRITA 0 1 2 3
d max,agre (mm) 4,8 a 9.5 9,5 a 19 19 a 25 25 a 38
d) os valores mínimos de espaçamentos devem ser obedecidos também nas regiões em que
houver emendas por transpasse de barras.
72
9.4.4 NÚMERO DE BARRAS POR CAMADA: conhecidos os valores mínimos exigidos para o
espaçamento vertical e horizontal entre as barras que compõem a armadura, pode-se estipular
o número máximo de ferros por camada:
( a + eh )
n≤
(φ + eh )
onde a representa a distância interna entre os ramos dos estribos, φ o diâmetro da armadura
longitudinal usada, c o recobrimento (da armadura da viga, e φt o diâmetro da armadura
transversal (estribo simples), devendo-se analisar convenientemente no caso de se usar estribo
duplo ou triplo:
a = b w – 2.(c + φt )
73
No cálculo da largura colaborante b f é necessário também definir os limites b 1 e b 3
, conforme figura a seguir:
Onde:
b w - largura real da nervura da viga;
b a - largura fictícia da nervura (se tiver mísula);
b 2 - largura entre duas nervuras fictícias sucessivas;
b 1 - largura de contribuição da laje quando existir uma outra viga com a mesma laje
contribuindo;
b 3 - largura de contribuição da laje quando a mesma termina em balanço;
b 4 - comprimento do balanço.
Obs.: cuidados especiais devem ser tomados quando a laje apresentar aberturas ou
interrupções na região da mesa colaborante.
74
hf
M dl = 0,85. fcd .b f .h f .(d − )
2
• caso em a LN corta a alma (y > h f ): neste caso, o momento atuante M d é maior que o
momento limite anteriormente calculado ( M dl ), e deve-se calcular separadamente a
contribuição da mesa e da alma da seção T. Ou seja, é possível utilizar as tabelas tipo
“k” para seções retangulares calculando-se inicialmente o momento resistido pela mesa,
e o restante do momento sendo resistido pela alma.
75
+
M d = M d1 + M d 2
As = As1 + As 2
76
Desta forma:
M d1
As1 = , que é a armadura referente às abas da mesa comprimida.
f yd .(d − h f / 2)
M d 2 = M d − M d1
As = As1 + As 2
podendo-se ainda assim determinar uma armadura dupla, com certeza muito menor do que
aquela calculada somente para a seção retangular original.
9.4.2 OBSERVAÇÕES PARA VIGA T: nas vigas de seção T ou seção caixão, as partes das
mesas tracionadas ou comprimidas situadas fora da alma devem ser ligadas a ela através de
uma armadura de costura para garantir o cisalhamento e uma maior solidariedade entre a mesa
e a nervura. Esta armadura horizontal é determinada com o auxílio da analogia de treliça,
admitindo-se bielas de compressão inclinadas a 45 graus devendo se constituir em armadura
com área mínima de 1,5 cm2/m. Quando a armadura da laje for posicionada na face inferior e
superior da mesa, esta substitui o fechamento do estribo, na região de momentos negativos. A
armadura de costura é distribuída uniformemente na parte superior e inferior da laje. Caso
exista uma armadura de tração na laje, superior a 50% da armadura de costura necessária, ela
é suficiente como armadura de costura, na zona tracionada, bastando colocar na zona
comprimida da laje, a parcela restante da armadura de costura.
No caso da mesa estar tracionada, caso frequente em momentos negativos, não se
considera a colaboração da mesa e calcula-se a viga como retangular bw xh .
77
10 ARMADURA TRANSVERSAL DE VIGAS
Obs.: o dimensionamento da armadura transversal de vigas será visto somente para concretos
com f ck ≤ 50 Mpa . Para concretos de alto desempenho, o dimensionamento será visto em
capítulo a ser anexado a esta apostila.
78
e) ruptura do banzo comprimido devido ao cisalhamento – este tipo de ruptura acontece
por ineficiência da armadura transversal, fazendo com que ela entre em escoamento
provocando fissuras inclinadas, que podem invadir a região que está sujeita à
compressão por flexão. Com o surgimento destas fissuras, há uma diminuição da altura
comprimida e consequentemente da seção a ser resistida pelo concreto, a qual pode
então sofrer esmagamento;
79
10.2 MODELOS DE TRELIÇA
Seja um trecho de viga fissurada, onde é mostrada uma seção através de fissura:
80
α - ângulo de inclinação das barras transversais de aço, em relação ao eixo longitudinal da
peça ( 45 ≤ α ≤ 90 );
o o
z
Vs = (cot gθ + cot gα ) Aα σ α sen α
s
Vsd ≤ V Rd 2
e
V sd ≤ V Rd 3 = Vc + V sw
onde:
V sd - força cortante solicitante de cálculo, na seção considerada;
V Rd 2 - força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de
concreto, de acordo com o modelo adotado (I ou II);
V Rd 3 - é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal;
V c - é a parcela correspondente aos mecanismos internos resistentes, ou seja, é a parcela da
força cortante absorvida por mecanismos complementares ao de treliça sem consideração da
armadura transversal. Esta parcela é considerada devido ao fato de que regiões onde as
fissuras não existem podem contribuir na resistência ao esforço cortante, aliviando os
esforços a serem resistidos pela armadura transversa.
V sw - é a parcela absorvida exclusivamente pela armadura transversal (não resistida pelo
mecanismo complementar de treliça), de acordo com o modelo adotado (I ou II).
81
- modelo de cálculo I – adota o modelo da treliça clássica, com bielas comprimidas a 45
graus, e a parcela da força cortante resistida pelos mecanismos complementares da treliça
( Vc ) é tomada constante e independente de V sd ;
- modelo de cálculo II – adota o modelo de treliça generalizada, com bielas comprimidas
variando entre 30 e 45 graus, e a parcela de força cortante resistida pelos mecanismos
complementares da treliça ( Vc ) sofrendo redução com o aumento de Vsd .
V Rd 2 = 0,27.α V . f cd .bw .d
e
f ck
αV = 1− , com f ck dado em Mpa.
250
Sendo
f ck (Mpa) 20 25 30 35 40 45 50
αV 0,92 0,90 0,88 0,86 0,84 0,82 0,80
f ctd (Mpa) 1,11 1,29 1,47 1,62 1,78 1,92 2,06
Obs.: para concretos de alto desempenho, deve-se montar tabela segundo as fórmulas vistas
em capítulo anterior.
82
Asw
Vsw = ( ).0,9d . f ywd .(sen α + cos α )
s
Para combater as tensões inclinadas de tração que surgem numa viga devido à parcela
que não pode ser resistida pelos mecanismos complementares de treliça (fissura inclinada),
deve-se usar uma armadura transversal, composta por estribos retos e/ou inclinados,
combinados ou não com barras dobradas.
Ase V sw
=
s 0,9d . f ywd
o
Para barras dobradas com ângulo de inclinação de 45 , a armadura transversal é
dada por
Asd Vsw
=
s 0,9d . f ywd . 2
83
aproximadamente à distância entre o banzo superior e inferior da treliça generalizada e Vsw
corresponde à parcela (de cálculo) a ser combatida pela armadura transversal.
Na escolha entre estribos verticais e barras dobradas, deve-se ainda levar em
conta:
a) barras dobradas:
- a execução é mais difícil;
- não podem ser utilizados sem a presença de estribos verticais;
- o controle de fissuração fica prejudicado, porque os diâmetros das barras normalmente são
grandes.
b) estribos verticais:
- a execução e a montagem são mais fáceis;
- a aderência e o controle de fissuração são mais favorecidos, por causa da melhor distribuição
e dos menores diâmetros envolvidos;
- os estribos auxiliam na montagem da armadura longitudinal;
- os estribos podem reduzir sozinhos a todo o esforço cortante.
Asw f
ρ sw = ≥ 0,2 ctm
s.b w . sen α f ywk
onde:
Asw - representa a área da seção transversal dos estribos;
S - espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal da peça;
α - inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural
(45o ≤ α ≤ 90 o ) ;
b w - largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção;
f ctm - resistência do concreto à tração direta média:
Asemin f
≥ 0,2 ctm .b w
s f ywk
84
Considerando-se ainda que a expressão acima pode ser escrita em função de um
termo constante K, pode-se utilizar a seguinte tabela:
Asemin
≥ K .bw ( cm 2 / m )
s
fck (Mpa) 15 20 25 30 35 40 45 50
K 0,073 0,088 0,103 0,116 0,128 0,14 0,152 0,163
Obs.: para concretos de alto desempenho, deve-se montar a tabela segundo as fórmulas vistas
em capítulo anterior.
Como existe uma variação de esforço cortante ao longo do vão de uma viga, pode-se
também variar a armadura transversal no vão de acordo com a intensidade destes esforços.
Depois de se localizar no diagrama o esforço Vkmin correspondente à armadura transversal
mínima e a V c (cuidado que este valor é de cálculo, e o diagrama de esforço cortante é
característico !!), pode-se dividir o “restante” do vão da viga em trechos de comprimento ai
entre 50 cm a 100 cm (ou L/10, onde L é comprimento do trecho considerado), e calcular para
cada trecho um cortante Vki médio e uma armadura transversal correspondente.
Usando-se somente estribos retos, tem-se que o esforço cortante último capaz de
ser absorvido pela armadura transversal mínima é
Asemin
V dmin = .0,9d . f ywd
s
Este último valor calculado corresponde ao cortante mínimo de cálculo, portanto, para
localizar o valor correspondente característico, deve-se dividir pelo coeficiente de segurança.
Assim:
Obs.: deve-se observar ainda o esforço Vc , capaz de ser resistido pelos mecanismos
internos, e localizar este esforço no diagrama quando necessário.
A armadura correspondente a cada esforço cortante médio dos trechos (para
esforços cortantes majorados) pode ser calculada como
Asei Vswi
=
s 0,9d . f ywd
85
Observa-se que o trecho “s” é considerado como um trecho unitário (1m = 100 cm),
2
fornecendo assim uma armadura transversal dada em cm /m.
Obs.: nas regiões dos apoios, deve-se considerar as forças cortantes atuantes nas faces, mas a
favor da segurança e para simplificar os cálculos, serão utilizados os valores relativos aos
eixos dos apoios.
No arranjo das armaduras, não se deve esquecer que a armadura, além de atender a
sua função estrutural, deve também ser verificada quanto às condições de execução,
principalmente quanto ao lançamento e adensamento do concreto, evitando-se o acúmulo de
armadura, e consequentemente evitando a segregação dos agregados e ocorrência de vazios no
interior da peça.
Os aspectos a serem verificados são:
φ e ≥ 5mm (barras)
φ e ≤ bw / 10
Obs.: estribos de barras lisas não poderão ter diâmetro superior a 12 mm.
86
10.7.2 ESPAÇAMENTO LONGITUDINAL ENTRE OS ESTRIBOS: o espaçamento
longitudinal entre estribos deve permitir a penetração do vibrador para um adequado
adensamento do concreto, obedecendo-se aos seguintes limites máximos, tendo-se em conta a
magnitude da força cortante V d comparada a 0,67 V Rd 2 :
0,6d
- se V d ≤ 0,67V Rd 2 s max ≤
30 cm
0,3d
- se V d > 0,67V Rd 2 s max ≤
20 cm
d
- se V d ≤ 0,2V Rd 2 s t , max ≤
80 cm
0,6d
- se V d > 0,2V Rd 2 s t ,max ≤
35 cm
Obs.: pela NBR 6118:1980 utilizava-se estribo duplo para bw ≥ 40cm , estribo triplo para
bw ≥ 60cm , e assim por diante, independentemente do valor do esforço cortante na seção em
questão.
Como exemplo de detalhamento de estribo duplo, para uma viga com dimensões
45x70cm, recobrimento de 3 cm, tem-se:
(2x)N23(190)
64
26
87
10.7.4 OBSERVAÇÕES GERAIS PARA O DETALHAMENTO – quando se faz o detalhamento
da armadura transversal, deve-se observar que para não haver sobreposição de armadura os
estribos devem estar dispostos entre faces (internas) de apoios, e que no caso de aplicação de
uma carga concentrada, esta posição deve estar conveniente armada com estribos, pelo lado do
diagrama de esforço cortante que possui maior valor.
88
a
= V k − (1 −
red
Vk ).V rk
2h
d/2
89
10.10 CONSIDERAÇÃO DE ESTRIBOS E BARRAS DOBRADAS
Já vimos que a armadura transversal (A sw ) pode ser constituída por estribos (retos
ou inclinados, com ângulo maior ou igual a 45 graus, envolvendo a armadura longitudinal) ou pela
composição de estribos e barras dobradas. No caso de se utilizar uma composição de estribos
e barras dobradas, estas últimas não poderão absorver mais do que 60% do esforço total
resistido pela armadura.
Vde = Vsw − Vdd ⇒ esforço transversal (cortante) de cálculo resistido por estribos.
90
11 DETALHAMENTO DA ARMADURA LONGITUDINAL DE VIGAS
Segundo o modelo I de cálculo, a NBR 6118 indica que quando a armadura longitudinal
de tração for obtida considerando o equilíbrio de forças na seção normal ao eixo do elemento
estrutural, os efeitos provocados pela fissuração oblíqua podem ser substituídos no cálculo
pela decalagem do diagrama de força no banzo tracionado, e que pode ser substituída
aproximadamente pela decalagem do diagrama de momentos fletores:
Vsd ,max
al = d (1 + cot gα ) − cot gα ≤ d
2.(Vsd ,max − Vc )
E também:
a l ≥ 0,5d nos casos gerais;
al ≥ 0,2d nos casos de se usar estribos inclinados a 45 graus.
Vsd ,max
al = d ≥d
2.(Vsd ,max − Vc )
91
estribos. Nesse modelo há um acréscimo de esforço na armadura longitudinal de tração, que é
considerado através de um deslocamento a l do diagrama de momentos fletores de cálculo.
92
Em outras palavras, o trecho da extremidade da barra de tração, considerado como de
ancoragem, tem início na seção teórica onde sua tensão σ s começa a diminuir, ou seja, o
esforço da armadura começa a ser transferido para o concreto. A barra deve prolongar-se pelo
menos 10 φ além do ponto teórico de tensão σ s nula, não podendo em nenhum caso ser inferior
ao comprimento de ancoragem necessário.
Assim, na armadura longitudinal de tração das peças fletidas, o trecho de ancoragem
R sT = M d d deslocado. Se a barra não
da barra terá início no ponto A do diagrama de forças
for dobrada, o trecho de ancoragem deve prolongar-se além de B, no mínimo 10 φ . Se a barra
for dobrada, o início do dobramento poderá coincidir com o ponto B da figura anterior.
Observações:
- em vigas de um só vão, em que L/d ≥ 8, isto é, vigas de grandes vãos e pequena altura,
submetidas a cargas uniformemente distribuídas, em geral não compensa o escalonamento da
armadura longitudinal, pois praticamente todas as barras estão muito próximas do apoio, não
havendo então necessidade de escalonamento, pois neste caso não há economia significativa de
aço. A armadura longitudinal deve ser distribuída uniformemente ao longo do comprimento da
viga.
- o uso de barras dobradas não é viável economicamente, devendo ser utilizadas somente
quando o espaçamento entre os estribos for muito pequeno (e ≤ 7 cm). Por outro lado, sua
utilização é uma boa alternativa no caso de vigas bastante solicitadas, como é o caso de vigas
de pontes de concreto armado:
93
11.3 ANCORAGEM NOS APOIOS EXTREMOS
De acordo com a NBR 6118, a armadura longitudinal de tração junto aos apoios deve ser
calculada para satisfazer a mais severa das seguintes condições:
a) no caso de ocorrência de momentos positivos, a armadura obtida através do
dimensionamento da seção;
b) em apoios extremos, para garantir ancoragem da diagonal de compressão, deve-se ter uma
armadura capaz de resistir a uma força de tração R st dada por:
a l .V d
R st =
d
94
Rst
As , nec =
f yd
As ,nec
lb , nec = α 1 .lb .
As ,ef
A s , apoio ≥ 1 / 3 As ,vao se M apoio for nulo ou negativo e de valor absoluto M apoio ≤ 0,5M vao
As ,apoio ≥ 1 / 4 As ,vao se M apoio for negativo e de valor absoluto M apoio > 0,5M vao .
De modo geral, isto significa que obrigatoriamente deve-se levar 1/3 da armadura
calculada no vão para os apoios externos, e 1/4 da armadura calculada no vão para os apoios
internos.
Além de se verificar a armadura mínima que se deve levar até o apoio, deve-se cuidar
para que se leve o número mínimo de “ferros porta-estribos”. Assim, para estribo simples
deve-se ter no mínimo dois ferros em todo o comprimento da viga. Para estribo duplo, deve-se
ter pelo menos quatro ferros servindo de porta-estribo em todo o comprimento considerado.
As barras de armadura calculadas segundo a equação anterior, e verificando os
valores de taxa mínima (lembrando-se que no caso de estribos simples deve-se levar até o
apoio pelo menos duas barras para servirem de porta-estribos, no caso de estribos duplos pelo
menos quatro barras, e assim por diante), devem ser ancoradas a partir da face do apoio, com
comprimentos iguais ou superiores ao maior dos seguintes valores:
- lb,nec ≥ lbmin
- ( r + 5,5φ ) (r é o raio de curvatura interno do gancho)
- 6 cm.
95
Quando existir uma ligação viga-pilar de extremidade, o momento existente deve ser
resistido por uma armadura devidamente ancorada:
Asnec
lbnec = α 1 .lb . efet
As
96
Também conforme visto anteriormente, o diâmetro dos pinos de dobramento deve
obedecer:
97
Também se deve tomar muito cuidado no caso de existir armadura dupla (fibras
inferiores excessivamente comprimidas), situação em que a armadura não pode apresentar
nenhuma descontinuidade, preferindo-se então passar barras de forma contínua neste apoio.
Na prática, em edifícios residenciais é comum que se faça o detalhamento abaixo,
suficiente para a maioria dos casos de ancoragem no meio do vão (medidas em cm):
10 10
Deve-se usar uma armadura de pele para todas as vigas com altura superior a 60 cm.
A armadura de pele evita a formação de fissuras ao longo da altura da viga, o desprendimento
do cobrimento de concreto e minimiza os problemas decorrentes da retração e da variação da
temperatura. Em cada face da alma da viga deve-se usar uma armadura lateral de
98
Esta armadura deve ser composta por barras de aço CA-50 ou CA-60 (a versão
anterior da norma considerava somente barras de aço CA-50), com espaçamentos não maiores
que 20 cm e devidamente ancorada nos apoios. As armaduras principais de tração e de
compressão não podem ser computadas no cálculo da armadura de pele, e na disciplina de CAR-
I será considerada a obrigatoriedade de se usar armadura de pele para alturas de vigas de 60
cm inclusive!
Em geral, as vigas devem ser desenhadas numa escala horizontal 1:50 e numa escala
vertical adequada (1:20 ou 1:25), num traço 0,4. As linhas de chamada podem ser desenhadas
num traço 0,2 e a armadura num traço 0,6. A armadura deve ser desenhada dentro da viga, e
“tirada” para que se possa detalhá-la adequadamente.
Obs.:
- alguns escritórios de cálculo “preferem” desenhar tanto os ferros superiores quanto
inferiores numa posição logo abaixo do desenho da viga. Outros escritórios costumam
desenhar os ferros superiores acima da viga, e os ferros inferiores abaixo da viga;
- não é necessário colocar as cotas horizontais, uma vez que as mesmas são redundantes,
por já terem sido apresentadas na folha de forma;
- é comum que se comece a numeração pelos estribos das vigas, para depois se numerar
sequencialmente a armadura longitudinal (para cada viga, da esquerda para a direita, de
cima para baixo).
99
11.8 CONSIDERAÇÃO DE FUROS E ABERTURAS EM VIGAS
100
quantidade de concreto não haverá influência, pois o concreto em si não contribui para os
esforços de tração. Também não será necessário verificar os furos quando forem respeitadas
simultaneamente as seguintes condições:
- a abertura em zona de tração deve ficar a uma distância da face do apoio de no mínimo
2h, onde h é a altura da viga;
- a dimensão da abertura deve ser no máximo 12 cm e h/3;
- a distância entre as faces de aberturas, em um mesmo tramo, deve ser no mínimo 2h;
- os cobrimentos devem ser suficientes e não deve haver seccionamentos das armaduras.
Deve-se lembrar que as aberturas circulares são mais favoráveis que as retangulares,
sendo que os vértices dessas devem ser o mais arredondado possível para evitar efeitos de
concentração de tensões. Para o dimensionamento de vigas com aberturas maiores que as
estipuladas por norma, e para canalizações embutidas segundo o eixo longitudinal de um
elemento linear, deve-se verificar literatura apropriada.
No caso de aberturas em vigas, contidas no seu plano principal, como furos para
passagem de tubulação vertical nas edificações, estes não devem ser superiores a 1/3 da
largura dessas vigas nas regiões desses furos. l
101
12 LAJES
12.1 DENOMINAÇÃO
Classificação quanto à natureza: quanto à natureza, os tipos mais comuns de lajes são:
a) lajes maciças - são constituídas por uma placa maciça de concreto armado ou de concreto
protendido, sendo as mais utilizadas nas edificações e pontes. São recomendadas para vãos de
até 5m ou 6m, sendo que para vãos maiores elas se tornam antieconômicas devido ao aumento
da espessura e consequentemente aumento do peso próprio. Quando é possível usar o mesmo
jogo de formas e escoramentos várias vezes, a utilização deste tipo de laje se torna bastante
viável, e será o principal escopo deste capítulo, juntamente com as lajes nervuradas.
102
b) lajes nervuradas moldadas no local – são formadas por nervuras que concentram as
armaduras para resistir à tração, e por um material inerte colocado entre as nervuras,
possuindo também uma mesa de concreto na região comprimida. É utilizada para vencer vãos
relativamente grandes.
103
c) lajes com nervuras pré-fabricadas – nesta alternativa, as nervuras são compostas de
vigotas pré-moldadas, que dispensam o uso do tabuleiro da fôrma tradicional. Essas vigotas são
capazes de suportar seu peso próprio e as ações de construção, necessitando apenas de
cimbramentos intermediários. Além das vigotas, essas lajes são constituídas de elementos de
enchimento, que são colocados sobre os elementos pré-moldados, e também de concreto
moldado no local. Há três tipos de vigotas, a saber:
104
Dentre as lajes citadas, pode-se afirmar que as lajes treliçadas estão sendo
bastante utilizadas atualmente. Pelo fato das armaduras em treliça não possuírem barras
transversais, como no caso de telas soldadas, suas extremidades podem ser facilmente
encaixadas dentro da armadura das vigas de suporte das lajes, obtendo-se assim condições
eficientes de ancoragem. As normas brasileiras que fazem referência às lajes treliçadas são
NBR 14859-1, NBR 14859-2, NBR 14860-1, NBR 14860-2, NBR 14861-1 e NBR 14862-2.
Programas de dimensionamento e especificação de lajes treliçadas podem ser encontrados nos
sites de empresas como Gerdau, Belgo Mineira, Puma, etc.
d) lajes nervuradas com capitéis e vigas-faixa - nas regiões de apoio tem-se normalmente
uma concentração de tensões transversais bastante significativa, podendo então ocorrer ruína
por punção ou por cisalhamento, e que por serem ruínas bastante frágeis devem ser evitadas,
garantindo-se que a ruína, caso ocorra, seja por flexão. Além disso, de acordo com o esquema
estático adotado, pode ser que apareçam esforços solicitantes elevados, que necessitem de
uma estrutura mais robusta. Nesses casos, entre as alternativas possíveis, pode-se adotar uma
região maciça em volta do pilar, formando um capitel ou usar faixas maciças em uma ou em duas
direções, constituindo vigas-faixa.
e) lajes mistas – as lajes mistas são semelhantes às lajes nervuradas, sem a necessidade de
mesa de concreto de compressão, mas com a obrigatoriedade de material de enchimento
cerâmico capaz de resistir aos esforços de flexão. Pelas exigências quanto ao material de
105
enchimento (resistência à compressão adequada), este tipo de laje acaba não sendo muito
utilizado.
f) lajes em grelha – estas lajes também são semelhantes às lajes nervuradas moldadas no
local, mas com espaçamento entre nervuras superior a 1,10m. Este vigamento formado pelas
nervuras é calculado como grelha, e a parte superior calculada como laje maciça contínua.
g) lajes em painéis – muito utilizadas em obras industriais, sendo as mais conhecidas as lajes
planas alveolares e as lajes tipo π .
106
Observação: as lajes pré-moldadas devem ser calculadas conforme a NBR 9062, e no caso do
uso de lajes alveolares protendidas, deve ser obedecido o que estabelece a NBR 14861.
a) lajes armadas em uma só direção: as solicitações são predominantes segundo o menor vão,
e esta situação acontece quando a relação entre o maior e o menor vão é superior a 2 (dois).
Estas lajes são então calculadas como vigas, para uma largura de contribuição unitária (1m).
Excepcionalmente, nos casos em que não houver apoios na direção menor, podem também ser
armadas na direção maior.
maior vão
λ=
menor vão
107
12.3 CONDIÇÕES DE APOIO EM LAJES
108
12.4 VÃOS EFETIVOS DAS LAJES
Vãos efetivos, também conhecidos como vãos teóricos ou de cálculo, são aqueles que
efetivamente vão ser considerados para a análise da laje, e são obtidos através dos vãos livres
( l 0 ). Quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos quanto à translação
vertical, o vão efetivo (aquele que vai ser usado nos cálculos) deve ser calculado pela
expressão:
l ef = l o + a1 + a 2
sendo:
t1 / 2 t2 / 2
a1 ≤ e a2 ≤
0,3h 0,3h
109
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l / 42 para lajes de piso
biapoiadas e l / 50 para lajes de piso contínuas.
Obs.: apesar de serem estes os valores estipulados pela norma, deve-se tomar cuidados
principalmente com relação aos itens “a” e “b” fornecidos anteriormente, basicamente por não
se levar em conta a grandeza do carregamento aplicado e a classe de agressividade ambiental
a ser considerada, o que poderia levar a grandes recobrimentos da armadura. Outro fator que
deve ser levado em conta é o fato de se não ser desejável que se tenha armadura dupla numa
laje, preferindo-se então aumentar a espessura da mesma.
Define-se altura útil (d) como sendo a distância do centro de gravidade da armadura
tracionada até o bordo comprimido:
d h
Assim:
d = h − c −φ / 2
∑ Leng
d = L.(0,028 − 0,006. )
u
onde:
L – menor valor entre o menor vão e 0,67 do maior vão;
∑ Leng - somatória dos comprimentos dos lados engastados;
u – perímetro da laje.
( 2,5 − 0,1n).L *
d=
100
onde n é o número de bordos engastados e .L * é o menor valor entre o menor vão e 0,7 do
maior vão.
110
No caso de lajes em balanço, pode-se usar:
d = (2 Lbal ).0,028
e no caso de lajes nervuradas, pode-se usar as mesmas fórmulas anteriores, mas multiplicadas
por 1,5.
Um outro critério prático considera tomar a espessura da laje como
aproximadamente 2,5% do menor vão.
lx
d=
ω 2 .ω 3
pp = γ conc .h
onde γ conc 3
representa o peso específico do concreto (25 kN/ m ), e h representa a espessura
da laje.
onde:
γ enc - peso próprio do enchimento;
111
henc - espessura do enchimento.
O peso específico de diversos materiais de construção que podem ser utilizados como
revestimento ou enchimento de uma laje pode ser obtido pela tabela do anexo IV.
- parede isolada em laje armada em cruz – a carga pode ser disposta uniformemente
distribuída, e calculada como
Va γ a
q par = x1,2 ≥ 1 kN / m 2 (sugestão!)
l xl y
onde:
Va - volume da alvenaria;
γ a - peso específico da alvenaria;
l x , l y - vãos teóricos da laje nas direções x e y;
1,2 - coeficiente majorador para efeitos desfavoráveis de concentração de esforços na região
da parede.
Va γ a
q par = ≥ 1 kN / m 2 (sugestão!)
lxl y
112
A largura útil ( b w ) onde a parede “exerce influência” pode ser considerada como
sendo igual à largura b da carga se b não for menor que o vão teórico L ou que o comprimento
teórico (balanço) e, em caso contrário, igual a b acrescido de ∆b :
2a1 ( L − a1 ) b
- para momentos fletores positivos: ∆b = (1 − )
L L
a1 ( 2 L − a1 ) b
- para momentos fletores negativos: ∆b = (1 − )
L L
b
- para forças cortantes: ∆b = a1 (1 − )
L
b
- para momentos fletores em lajes em balanço: ∆b = 1,5a1 (1 − )
L
b
- para forças cortantes em lajes em balanço: ∆b = 0,5a1 (1 − )
L
- paredes dispostas segundo a maior dimensão em laje armada numa só direção – neste
caso a carga é suposta concentrada no trecho onde a parede exerce influência.
Resumidamente:
113
w
b
onde:
e par - espessura da parede;
γ par - peso específico do material da parede;
h par - altura da parede (descontada a espessura da laje).
Obs.:
- deve-se tomar cuidado com a compatibilização das unidades, uma vez que a carga q é dada
para uma faixa unitária, e a carga devido às paredes é dada para uma faixa qualquer ( b w ) a
ser calculada;
- cuidados também devem ser verificados com relação à espessura efetiva da parede e a
espessura do revestimento (argamassa de cal, cimento e areia), que possui peso específico de
19kN / m 3 .
Exemplo:
- parede de alvenaria de tijolo furado com espessura de 10 cm e revestimento de 5 cm:
2
0,10 x 13 + 0,05 x 19 = 2,25 kN / m
114
f) CARGAS ESPECIAIS
- casa de máquinas e poço dos elevadores: a carga a ser utilizada depende da velocidade dos
elevadores, sendo que o fabricante deve ser sempre consultado com relação às especificações.
A NBR 6120 estipula uma carga mínima de 7,5 kN/mn2Como sugestão, podem ser utilizados os
seguintes valores:
2
forro da casa de máquinas: sc = 10 kN/m
2
poço de molas dos elevadores (laje inferior): sc = 20 kN/m
- heliponto: segundo a norma alemã DIN 1055, deve-se considerar uma carga uniformemente
2
variável, em toda a área de pouso de pelo menos 5 kN/m . Também, na posição mais
desfavorável, deve-se considerar uma carga concentrada com intensidade entre 20 kN e
60 kN, distribuída em uma área quadrada de 0,2 a 0,3 m de lado, respectivamente. Esta
carga deve ser aplicada com um coeficiente de impacto igual a 1,4, lembrando que os dois
carregamentos não são superpostos, devendo-se considerar o caso mais desfavorável;
- equipamentos em obras industriais: a carga deve ser posicionada na posição mais
desfavorável e o fabricante deve ser sempre consultado;
- cargas móveis em pontes rodoviárias e passarelas de pedestres: vide NBR 7188;
- cargas móveis em pontes ferroviárias: vide NBR 7189;
- terremotos: consultar a NBR 15421;
- para previsão de cargas devido a estruturas metálicas pode-se considerar 1 kN/m2 para
estruturas “pesadas” e 0,4 kN/m2 para estruturas “leves”.
g) CARGA TOTAL
A carga total atuante nas lajes de uma edificação, é a soma das cargas permanentes
e da sobrecarga, podendo-se escrever
q = pp + rev + sc
115
13. DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS EM LAJES
As lajes armadas em uma só direção são aquelas em que a relação entre o maior e o
menor vão é maior que 2, ou quando se tem uma laje em balanço (o apoio é um engaste). Para as
diversas situações de apoio, as lajes armadas em uma só direção são calculadas para uma faixa
de largura unitária, como sendo uma viga. Assim, tem-se como calcular as reações de apoio
(kN/m) ou os momentos fletores (kNm/m) para cada faixa:
² ²
² ²
²
²
Observação: na realidade, as lajes armadas em uma só direção possuem armaduras nas duas
direções. A armadura principal, na direção do menor vão, é calculada para resistir o momento
fletor através de vigas-faixa, sendo que na outra direção (maior vão) utiliza-se somente uma
armadura construtiva (ou de distribuição), com o objetivo de solidarizar as faixas de laje da
116
direção principal, prevendo-se uma eventual concentração de esforços. O dimensionamento e o
detalhamento destas armaduras serão visto nos próximos capítulos.
Como já foi visto no item anterior, uma laje é armada em cruz quando:
maior vão
≤2
menor vão
Nestes casos as armaduras das duas direções são calculadas para resistir aos
momentos fletores atuantes nestas direções.
117
Laje tipo 5 – possui cinco bordos engastados:
Nas figuras anteriores, é importante definir o que vem a ser o lado l x . Inicialmente
l x é definido como sendo o lado que contém o maior número de engastes. Caso o número de
engastes seja igual nas duas direções, l x é definido como sendo o lado de menor dimensão.
13.2.2 PROCESSO DAS GRELHAS – é o processo mais antigo e simples servindo de base
para o processo de Marcus. Este método considera que se pode isolar duas faixas, na direção x
e na direção y, e calcular a flecha no seu centro geométrico. Cada faixa “recebe” um quinhão de
carga ( q x ou q y ), em função da flecha, e que depende basicamente de sua condição de apoio
nos bordos. Como o ponto médio das duas faixas, x e y, é único, indivisível, deve-se ter, no
cruzamento da faixa x com o cruzamento da faixa y a igualdade das flechas:
fx = fy
118
TIPO fX fy qx Mx My Xx Xy
4
5 q xl 4 x 5 q yl y l y4 q x l x2 q y l y2
1 384 EI 384 EI q 0 0
l x4 + l y4 8 8
4
2 qxl 4 x 5 q yl y 5l y4 q x l x2 q y l y2 q x l x2
2 384 EI 384 EI q 0
2l x4 + 5l y4 14,22 8 8
4
2 qxl 4 x 2 q yl y l y4 q x l x2 q y l y2 q x l x2 q y l y2
3 384 EI 384 EI q
l x4 + l y4 14,22 14,22 8 8
4 4 4 2 2 2
1 qxl x 5 q yl y 5l q lx x q l q l
x x
y y y
4 384 EI 384 EI q 0
l x4 + 5l y4 24 8 12
4
1 qxl 4 x 2 q yl y 2l y4 q x l x2 q y l y2 q x l x2 q y l y2
5 384 EI 384 EI q
l x4 + 2l y4 24 14,22 12 8
4 4
1 qxl x 1 q yl y l y4 q x l x2 q y l y2 q x l x2 q y l y2
6 384 EI 384 EI q
l x4 + l y4 24 24 12 12
Tem-se também:
q x = k x .q q y = k y .q k x +k y = 1 qx + q y = q
20.k x
Vx = 1 − ⇒ M x = M x , grelha .V x
3.α x λ2
20.k y
Vy = 1− λ2 ⇒ M y = M y , grelha .V y
3α y
onde
ly qx qy
λ= kx = ky =
lx q q
119
Os fatores αx e αy dependem da condição de apoio nas direções x e y
respectivamente e valem:
ql x2 ql x2 ql x2 ql x2
Mx = My = Xx = Xy =
mx my nx ny
As ações atuantes nas lajes são transferidas para as vigas de apoio, sendo que o
procedimento de cálculo proposto pela NBR 6118 pode se basear no método dos quinhões de
carga (processo das áreas).
Como já foi visto anteriormente, para se calcular as reações de apoio de lajes
apoiadas numa única direção basta considerá-las como sendo vigas com uma faixa unitária, e
com a devida condição de apoio
Para lajes armadas em cruz sujeitas a cargas uniformemente distribuídas, pode-se
criar simplificadamente “linhas” ou retas inclinadas, a partir dos vértices, com os seguintes
ângulos:
- 45 graus entre dois apoios do mesmo tipo;
- 60 graus a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente
apoiado;
- 90 graus a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.
120
As reações obtidas podem ser consideradas uniformemente distribuídas sobre os
elementos estruturais que servem de apoio para as lajes, que normalmente são as vigas, na
unidade de força por unidade de comprimento. Na verdade, as reações têm uma distribuição
não uniforme, em geral com valores máximos na parte central das bordas, diminuindo nas
extremidades.
Tem-se então as seguintes fórmulas para os diversos tipos de lajes:
Laje tipo 1:
ql x
R ya =
4
2l y − l x
R xa = R ya
ly
Laje tipo 2:
121
Laje tipo 3:
2l y − l x
R xe = 0,634ql x
2l y
R xa = 0,577 R xe
R ye = 0,317ql x
R ya = 0,575 R ye
Laje tipo 4:
l x > 1,732l y :
l x ≤ 1,732l y
R xe = 0,433ql y
l y − 0,289l x
R xe = ql x l x − 0,866l y
2l y R ya = ql y
2l x
R ya = 0,144ql x
122
Laje tipo 5:
Laje tipo 6:
ql x
R ye =
4
2l y − l x
R xe = R ye
ly
123
13.4 LAJES POLIGONAIS
Para se calcular as reações de apoio de uma laje poligonal, pode-se usar os conceitos
de linhas de ruptura ou dividi-la em trechos retangulares. Assim, para o exemplo abaixo, tem-
se para o cálculo das reações de apoio:
Ou:
124
Nos dois casos anteriores, a intersecção dos dois trechos de lajes retangulares
funciona como se fosse uma viga imaginária “embutida”, de dimensões b (da experiência do
projetista) x h (altura da laje), que deve ser convenientemente armada. Comparativamente, na
hipótese de se dividir em trechos retangulares, a primeira solução é melhor porque conduz a
uma viga “embutida” com menor vão. Para evitar acúmulo de armadura nesta viga, é
interessante que as lajes adjacentes a ela sejam apoiadas e não engastadas!
Armadura negativa
Armadura positiva
Uma vez que os momentos fletores são calculados por unidade de comprimento, a
seção para dimensionamento terá altura útil (d) e largura unitária, sendo que não é usual
considerar-se armadura dupla, devendo-se aumentar a altura da laje para evitar esta situação.
A altura útil d pode ser tomada como
onde φ princ é a bitola escolhida para combater o momento principal e φ sec é a bitola escolhida
para combater o momento secundário .Por questões práticas, recomenda-se adotar φ princ ≥ φ sec
125
Agressividade Recobrimento (c) - Altura útil principal Altura útil secundária
Ambiental cm (d princ ) (d ) sec
d = h−2
bw d 2 k M
km = ⇒ tabela ⇒ k a ⇒ As = a d (cm 2 / m)
Md d
2
Obtida a seção de aço necessária (em cm /m), pode-se utilizar as tabelas que
fornecem bitolas e espaçamentos adequados, como a tabela encontrada no anexo. Quando da
determinação do diâmetro da armadura de flexão, torna-se necessário levar em conta a
necessidade de se evitar fissuração excessiva da peça, sendo conveniente usar barras de
pequeno diâmetro pouco espaçadas entre si. Também não se deve usar armadura dupla para
lajes, aumentando-se a sua espessura quando for necessário.
No cálculo dos momentos fletores negativos, consideram-se os apoios internos de lajes
contínuas como perfeitamente engastados. Na realidade, isto pode não ocorrer. Em geral, as
lajes adjacentes de um determinado pavimento diferem nas condições de apoio, nos vãos
teóricos ou nos carregamentos, gerando no apoio comum, dois valores diferentes para o
momento negativo. Daí a necessidade de se promover a compatibilização desses momentos. Na
compatibilização dos momentos negativos, o critério usual consiste em adotar o maior valor
entre a média dos dois momentos e 80% do maior. Esse critério apresenta razoável
aproximação quando os dois momentos são da mesma ordem de grandeza. Assim, para o
dimensionamento da armadura negativa entre as lajes 1 e 2 da figura a seguir, tem-se:
126
X1 + X 2
X ≥ 2
80% do maior X
Obs.:
- quando, na seção crítica adotada para dimensionamento, a direção das armaduras diferir das
direções das tensões principais em mais de 15 graus, esse fato deve ser considerado no cálculo
estrutural;
127
- a compatibilização dos momentos negativos só é possível quando as cargas acidentais são
pequenas quando comparadas com as cargas permanentes;
- no caso de se ter valores muito grandes de sobrecarga, o que pode ocorrer por exemplo em
estruturas industriais, deve-se avaliar a sobrecarga sendo aplicada não simultaneamente em
toda a laje, e dispondo-a de forma a fornecer os maiores valores de momentos positivos e
negativos;
- para estruturas de edifícios em que a carga variável seja de até 5 kN/m2, e que seja no
máximo igual a 50% da carga total da laje, não há necessidade de se considerar a alternância
de carga. Nos casos em que a sobrecarga seja superior a 5 kN/m2 o coeficiente de majoração
de carga para a parcela permanente deve ser de 1,35 e a para a carga acidental deve ser de
1,5;
- cuidados especiais devem ser tomados no caso de lajes em balanço, conforme será visto num
item posterior.
Nas regiões de apoio das lajes devem ser garantidas boas condições de ductilidade,
deve-se limitar a posição da linha neutra aos seguintes valores:
x / d ≤ 0,45 ⇒ f ck ≤ 50MPa
x / d ≤ 0,35 ⇒ 50Mpa < f ck ≤ 90MPa
A NBR 6118 permite uma análise plástica das lajes pelo método das charneiras
plásticas, desde que sejam atendidas as seguintes condições:
- na ausência de uma verificação explícita da capacidade de rotação plástica das charneiras, a
profundidade da linha neutra é limitada em:
- nas regiões das bordas com momentos negativos, estes devem ser pelo menos iguais a 1,5
vezes os valores dos momentos positivos no vão;
- cuidados especiais devem ser tomados nas verificações nos estados limites de serviço
(abertura de fissuras e deformação excessiva), principalmente quando a relação adotada entre
os momentos divergir muita da resultante de uma análise elástica.
128
14.2 TABELA RESUMO DE CÁLCULO DAS LAJES
Para facilitar o cálculo dos esforços e do dimensionamento das lajes, pode-se utilizar
como exemplo o modelo de tabela abaixo:
V Rd 1 = τ Rd .k .(1,2 + 40 ρ 1 ).bw d
onde:
τ Rd - tensão resistente de calculo do concreto ao cisalhamento que vale:
129
b w - largura mínima da seção ao longo da altura útil d.
O arranjo das armaduras deve atender tanto a função estrutural como também as
condições de execução, como o lançamento e o adensamento do concreto, tendo-se o cuidado
de garantir o correto posicionamento da mesma.
Para uma determinada laje existem dois tipos básicos de armadura: as armaduras
positivas (principal e secundária), que são colocadas na face inferior, e as armaduras negativas,
que são colocadas na face superior da laje. Para estes dois tipos de armadura devem ser
verificados alguns itens com vista a um bom detalhamento:
Para a face superior das lajes que serão revestidas com argamassa de contrapiso,
com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e
acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros
tantos, as exigências desta tabela podem ser simplificadas para cobrimento maior ou igual ao
diâmetro da barra, com cobrimento mínimo de 1,5cm.
Para garantir o cobrimento previsto em norma, utilizam-se dispositivos especiais
(espaçadores de forma) que devem ser fixados às barras de armadura, os quais podem ser
plásticos, de argamassa, ou outros materiais, conforme figurado a seguir.
130
- bitola – a NBR 6118 estipula que no detalhamento da armadura de lajes não se deve utilizar
diâmetros maiores que h/8, onde h é a espessura da laje, sendo que nada é citado com relação
ao diâmetro mínimo. Por razões construtivas, mesmo que se possam utilizar bitolas de 4,2 mm
(CA 60), recomenda-se utilizar para armadura positiva um diâmetro mínimo de 5,0 mm. Para o
caso de momentos negativos, a experiência mostra que se deve usar pelo menos uma bitola de
6,3 mm, uma vez que esta armadura é colocada na face superior e está sujeita a ficar em
posição inferior devido ao intenso movimento dos trabalhadores durante a colocação da
armadura e durante a concretagem.
- taxa de armadura mínima – como as lajes armadas nas duas direções têm outros
mecanismos resistentes possíveis, os valores mínimos das armaduras positivas são reduzidos
em relação aos dados para peças lineares, devendo a armadura ser constituída
preferencialmente por barras com alta aderência ou por telas soldadas:
20% Asprinc
ρ s ≥ 0,5 ρ min
0,9cm 2 / m
As
ρs =
bw h
2
com b w =100 cm, h = espessura da laje (cm) e A s a armadura de tração dada em cm / m .
Os valores de ρ min dependem do f ck adotado e já foram definidos no item 9.4.1
desta apostila.
Como exemplo, para uma laje armada em uma direção com espessura 15 cm, com
concreto classe C25, a armadura mínima positiva a ser adotada seria:
131
Asmin = 0,15.h = 2,25cm 2 / m
- taxa de armadura máxima – o valor máximo de armadura de flexão deve respeitar o valor
de
ρ smax ≤ 4% Acr
- na região dos momentos máximos (positivo e negativo de lajes em cruz e momento segundo
o menor vão para lajes apoiadas em uma única direção):
2h
e≤
20cm
- ancoragem nos apoios – nas lajes maciças armadas em uma ou em duas direções, em que seja
dispensada armadura transversal, e quando não houver avaliação explícita dos acréscimos das
armaduras decorrentes da presença dos momentos volventes nas lajes, toda a armadura
positiva deve ser levada até os apoios, não se permitindo escalonamento desta armadura (as
versões anteriores permitiam escalonamento!), devendo ser prolongada no mínimo 4 cm além
do eixo teórico do apoio, respeitando-se o cobrimento da armadura.
- representação – o detalhamento da armadura de uma laje deve ser feito isoladamente para
a armadura positiva (inferior) e negativa (superior), a menos que a quantidade de lajes a serem
detalhadas seja pequena. Estas armaduras devem obedecer a planta de forma já fornecida, e
conter tabela de armadura e resumo do aço (peso) envolvido para o detalhamento em questão.
As armaduras são representadas esquematicamente, de modo a facilitar a compreensão do
desenho na obra. A representação da barra deve conter a quantidade, a identificação do ferro,
a bitola utilizada, o comprimento das barras e o espaçamento entre as mesmas, e são
usualmente estendidas, a favor da segurança, de apoio a apoio da laje.
132
- detalhamento usual da armadura positiva: inicialmente, com o objetivo de se ter
detalhamentos que não gerem dúvidas, costuma-se fazer um desenho para a armadura positiva
e outro para armadura negativa, não se esquecendo dos diversos detalhes envolvidos.
A quantidade de ferros numa determinada direção pode ser obtida dividindo-se o vão
livre correspondente pelo espaçamento e arredondando-se para um valor inferior.
Para numeração das barras, começa-se pelas barras horizontais, da esquerda para a
direita e de cima para baixo. Numeradas todas as barras horizontais, numeram-se as barras
verticais, girando-se o desenho de 90 graus no sentido horário, o que equivale a posicionar o
observador à direita do desenho. Continua-se a numeração seguindo o mesmo critério adotado
para as barras horizontais.
Obs.: segundo recomendações do IBRACON, pode-se também fazer uso de armadura negativa
intercalada.
133
Também é necessária a utilização de uma armadura de montagem, para que se
mantenha a posição correta da armadura negativa, que é costumeiramente colocada antes da
concretagem. Um detalhe típico deste tipo de armadura (caranguejo) é mostrado na figura a
seguir:
- detalhamento da armadura de canto: nos cantos de lajes retangulares, formados por duas
bordas simplesmente apoiadas, há uma tendência ao levantamento provocado pela atuação de
momentos volventes (momentos torçores). Quando não for calculada armadura específica para
resistir a esses momentos, deve ser disposta uma armadura especial, denominada armadura de
canto. Esta armadura de canto deve ser composta por barras superiores paralelas à bissetriz
do ângulo do canto e barras inferiores a ela perpendiculares. Tanto a armadura superior quanto
a inferior deve ter área de seção transversal, pelo menos, igual à metade da área da armadura
no centro da laje, na direção mais armada. As barras deverão se estender até a distância igual
a 1/5 do menor vão da laje, sendo que deverão ser medidas a partir das faces dos apoios. A
134
armadura inferior pode ser substituída por uma malha composta por duas armaduras
perpendiculares, conforme indicado na figura abaixo.
Como em geral as barras da armadura inferior são adotadas constantes em toda a laje,
não é necessária armadura adicional inferior de canto. Já a armadura superior se faz
necessária e, para facilitar a execução, recomenda-se adotar malha ortogonal superior com
seção transversal, em cada direção, não inferior à metade da outra armadura.
- detalhamento usual da armadura de bordo – nas bordas da laje sem continuidade com as
adjacentes, deve-se uma armadura mínima com ρ s ≥ 0,67 ρ min junto às vigas de apoio, sendo
que esta armadura deve se estender até pelo menos 0,15 do vão menor da laje a partir da face
do apoio. Esta ação visa atenuar uma eventual fissuração proveniente do engastamento parcial
da laje nestas vigas, lembrando-se que esta armadura torna-se importante quando existe uma
grande rigidez à torção das vigas de bordo. Porém, em situações “normais”, muitos calculistas
não consideram esta armadura.
135
Uma laje em balanço será sempre considerada engastada na laje adjacente,
independente da laje (em balanço) estar rebaixada ou não, devendo-se cuidar para que a laje
adjacente tenha espessura maior ou igual à laje que está em balanço.
A armadura de flexão superior para balanços deve ser calculada para a seguinte
condição:
X adj + X bal
2
X ≥ 80% do maior X
X
bal
considerando-se para o momento do balanço ( X bal ) uma faixa unitária com carga distribuída
“g” (peso próprio + revestimento) e uma sobrecarga devido à utilização “q”. Na ponta do
balanço, considera-se uma carga concentrada devido ao peso próprio da extremidade “g1” (que
pode ser uma mureta ou uma grade metálica) sendo que esta carga deve ter valor mínimo de 2
kN/m. Na disciplina de CAR I esta carga de 2 kN/m deverá ser somada à carga permanente,
visto os grandes problemas oriundos quando do dimensionamento/execução de lajes em
balanço. Também é necessário considerar uma carga de 0,8 kN/m atuando na altura do
corrimão (vide NBR 6120).
136
ql 2
M = + Pl + 0,8h
2
R = ql + P
Visto que muitos problemas de “acidentes” ocorrem com lajes em balanço, ou por erro
de projeto, ou por erro de execução, a NBR 6118/2014 passa a considerar que no
dimensionamento destas lajes, os esforços solicitantes finais de cálculo a serem considerados
devem ser multiplicadas por um coeficiente adicional γn, de acordo com a tabela a seguir:
H(cm) ≥ 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45
Obs.:
a) quando a laje em balanço for rebaixada, deve-se considerar um detalhamento especial da
armadura;
b) quando da construção de uma laje em balanço, deve-se lembrar que ela possui um
escoramento provisório que faz com que também a face inferior esteja tracionada exigindo
uma armadura devidamente calculada e posicionada;
137
c) quando existir uma laje em balanço adjacente a uma laje pré-moldada ou nervurada, para
que não haja esforço de torção na viga de apoio, é conveniente que se coloque uma faixa
maciça nestas lajes com comprimento suficiente para se posicionar a armadura;
d) toda armadura negativa (superior) deve possuir uma armadura de distribuição por questões
construtivas. Esta armadura pode ser especificada através de um detalhe genérico na
folha de armação, podendo-se utilizar uma bitola pequena (4,2 mm, 5 mm) num espaçamento
de 20 a 30 cm. O peso desta armadura deve constar no resumo geral da folha;
e) seguem alguns exemplos de problemas recentes envolvendo lajes em balanço, possivelmente
por dimensionamento e/ou detalhamento mal feito:
Todas as sacadas (15 andares) do edifício Dom Gerônimo que desabaram em outubro/2008
em Maringá/PR.
138
Marquise da Universidade Estadual de Londrina (fev/2006)
Tendo em vista o grande número de acidentes envolvendo marquises, inclusive com vítimas,
sugerimos a leitura do texto que se encontra em www.joinville.udesc.br/professores/sandra,
que aborda cuidados que devem ser tomados com relação a armaduras, drenagem e concreto.
- armadura em bordos livres e aberturas: as bordas livres e as faces das lajes maciças
junto a aberturas devem ser adequadamente protegidas por armaduras transversais e
longitudinais. Os detalhes típicos sugeridos para reforço mostrados são indicativos e devem
ser adequados em cada situação.
- armadura de tela soldada: a NBR 6118 permite o uso de telas soldadas que podem
proporcionar maior facilidade na execução. Estas telas são formadas por malhas com fios
transversais e longitudinais sobrepostos, com diâmetro entre 3,4 mm e 10 mm, normalmente
com aço CA-60, sendo que os espaçamentos variam a cada 10, 15 ou até 30 cm Os tipos mais
comuns são as malhas quadradas (tipo Q), retangulares longitudinais (tipo L), retangulares
transversais (tipo T) ou especiais (tipo E), que são fabricadas somente por encomenda.
139
Maiores informações podem ser obtidas por exemplo com o Instituto Brasileiro de Telas
Soldadas (IBTS - http://www.ibts.org.br).
Elementos da Tela
Fonte: IBTS
140
Quando estes itens não são respeitados, deve-se verificar o efeito das aberturas na
resistência e deformação das lajes, fazendo-se os devidos reforços.
141
15. LAJES NERVURADAS
Detalhe geral.
142
Laje nervurada unidirecional.
143
- absorção da água do concreto, quando se utilizam tijolos não suficientemente molhados
como material de enchimento, o que, por falta de orientação adequada, faz com que muitas
vezes se acrescente água ao concreto, e consequentemente se reduz a resistência do
mesmo;
- a distribuição de cargas concentradas não é feita de forma tão eficiente quanto nas lajes
maciças;
- quando da utilização de dutos embutidos, estes devem ser sempre colocados na região da
nervura (caso “a”) para que não se diminua a pequena espessura da mesa de concreto,
evitando-se passar o duto na capa de concreto (caso “b”), para que não haja
comprometimento de sua resistência à compressão.
15.2 DIMENSÕES MÍNIMAS – as dimensões mínimas de uma laje nervurada devem atender:
- a espessura da mesa (h ) deve ser maior ou igual a 1/15 da distância “a” entre nervuras
f
ou 3 cm (aconselha-se utilizar pelo menos um valor de 4 cm, quando não houver tubulações
embutidas;
144
- a largura das nervuras (bw ) deve ser maior ou igual a 5 cm;
- se houver armadura de compressão, as nervuras não podem ter largura inferior a 8 cm.
No caso de existirem tubulações embutidas de diâmetro máximo de 12,5 mm, a
espessura da mesa deve ser de no mínimo 4 cm.
Para material de enchimento são utilizados diversos materiais, com a condição de que
sejam “leves”, mas com resistência suficiente para suportar as operações de execução,
lembrando-se que a resistência do material de enchimento não é considerada no cálculo das
lajes. Os materiais de enchimento mais utilizados são blocos cerâmicos, blocos vazados de
concreto e blocos de EPS (poliestireno expandido), também conhecido como isopor. Esses
blocos podem ser substituídos por vazios, obtidos com fôrmas constituídas por caixotes
reaproveitáveis.
Os blocos cerâmicos ou de concreto são mais usados nas lajes com vigotas pré-
moldadas, devido à facilidade de execução, sendo bons isolantes térmicos, porém apresentam
peso específico relativamente elevado.
Por sua vez, os blocos de EPS são bastante utilizados, tanto em lajes nervuradas
concretadas no local, como em lajes treliçadas pré-moldadas. A utilização de EPS garante um
bom isolamento térmico e acústico, permite a execução de teto plano, apresenta facilidade de
corte, é resistente às operações de montagem das armaduras e de concretagem, permite uma
adequada distribuição de cargas devido ao seu baixo módulo de elasticidade, e finalmente,
favorece a cura do concreto por ter um coeficiente de absorção bastante baixo.
145
Uma outra opção é a utilização de caixotes reaproveitáveis, que em sua maioria são de
polipropileno ou de metal, propiciando uma redução significativa do peso próprio da laje em
função dos vazios que resultam na sua utilização. Estas formas podem ser utilizadas dezenas
de vezes, sendo que para a sua retirada pode-se injetar ar comprimido ou utilizar
desmoldantes, dispensando também o uso de tabuleiro tradicional, necessitando-se somente de
pranchas colocadas na região das nervuras.
146
como se fosse uma laje maciça, com as devidas adaptações. Para a verificação do
cisalhamento da região das nervuras permite-se usar os critérios de laje maciça;
b) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 e 110 cm, exige-se a
verificação da flexão da mesa e as nervuras serão verificadas ao cisalhamento como sendo
vigas. Permite-se essa verificação como laje se o espaçamento entre eixos de nervuras for
até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que 12 cm.
c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm, a mesa
deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus
valores mínimos de espessura.
Obs.: Nas lajes nervuradas, atuando numa só direção, é importante que existam
nervuras transversais convenientemente distribuídas quando existirem cargas concentradas ou
necessidade de suavização da variação das flechas ao longo da direção transversal às nervuras
principais. Como valor prático, sugere-se o uso de uma nervura transversal para vãos maiores
que 4m, e duas nervuras transversais para vãos maiores que 6m. Também é conveniente que o
apoio das lajes seja feito ao longo de uma nervura. Caso seja necessária a utilização de
estribos nas lajes nervuradas, o espaçamento entre eles não deve ser maior que 20 cm.
Nesta disciplina será somente estudado o caso em que as nervuras distem no máximo 65
cm. No dimensionamento de uma laje nervurada, a resistência à tração é concentrada na
armadura das nervuras, e os materiais de enchimento têm como função única substituir o
concreto, sem colaborar na resistência. Por isto, para as lajes nervuradas, procura-se evitar
engastes e balanços, visto que, nesses casos aparecem esforços de compressão na face
inferior, região em que a área de concreto é reduzida. Então, considera-se que as lajes estão
simplesmente apoiadas (tipo 1).
O método de cálculo para as lajes nervuradas pode ser então resumido em:
a) determinação da geometria que define a estrutura, lembrando-se que para os limites
impostos pela NBR 6118 a laje nervurada pode ser calculada como uma laje maciça, com uma
espessura equivalente, por qualquer procedimento clássico simplificado e plenamente
justificado. Considera-se a laje como sendo do tipo 1, com vãos l x≤ ly .
b) cálculo do carregamento: o carregamento em uma laje nervurada consiste de peso próprio,
sobrecarga devido à utilização, revestimento e eventuais paredes, sendo estes últimos
idênticos ao já visto para lajes maciças. Assim:
q = pp + rev + sc + par
- determinação do peso próprio para laje nervurada em duas direções (maior vão/menor vão
≤ 2):
147
100 100
pp = h.γ conc − . .t x .t y .( h − h f ).(γ conc − γ enc )
(t x + b ) (t y + b ' )
'
- determinação do peso próprio para lajes nervuradas em uma só direção (vão maior/vão
menor > 2):
´ ´ ´ ´
148
100
pp = h.γ conc − ..t x .( h − h f ).(γ conc − γ enc )
(t x + b ' )
c) determinação dos momentos fletores e reações de apoio por metro de laje, considerando
as fórmulas para laje tipo 1 ou laje apoiada em uma só direção;
Obs.: quando existir uma laje maciça em balanço adjacente a uma laje nervurada, deve-se
utilizar uma faixa maciça (mostrada na planta de forma) ao longo do balanço com largura
equivalente ao vão do balanço, para que a armadura negativa deste último possa ser
considerada engastada. Caso isto não seja feito, deve-se prever o efeito de torção na viga
entre a laje nervurada e a laje em balanço.
15.6 VERIFICAÇÕES
Para as lajes nervuradas, pode ser necessário fazer as seguintes verificações: flexão
nas nervuras, cisalhamento nas nervuras, flexão na mesa, cisalhamento na mesa e flecha da
laje. Alguns destes itens não serão abordados na disciplina de CAR-I, devendo-se procurar
bibliografia apropriada.
As lajes mistas são semelhantes às lajes nervuradas, tendo como diferenças básicas
a não obrigatoriedade da existência de capa superior de concreto e o fato de os tijolos,
colocados entre as nervuras, trabalharem à compressão, contribuindo para a resistência total
da laje. Como estes tijolos devem possuir elevada resistência, devem também passar por
rigoroso controle de qualidade elevando os custos de produção. No Brasil, onde praticamente
só se encontram os tijolos comuns, para os quais não há garantia de valor mínimo e nem de
uniformidade na resistência à compressão, a utilização de lajes mistas caiu em desuso, sendo
então somente citadas nesta apostila.
149
16. CUIDADOS GERAIS NO PROJETO E NA EXECUÇAO DE LAJES
150
17 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
Onde
Fd ,ser - valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
Fgik - valor característico das ações permanentes de serviço;
ψ 2 - fator de redução de combinações quase permanente para ELS;
Fqik - valor característico das ações variáveis principais diretas.
Usualmente, deve-se tomar 30% do valor das cargas variáveis em edifícios
residências (ψ2 = 0,3), 40% em edifícios comerciais, escritórios e edifícios públicos (ψ2 = 0,4)
e 60% no caso de bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens (ψ2 = 0,6).
151
152
De forma geral, considerando-se aceitabilidade sensorial, tem-se:
atempo
acontraflecha = a o +
2
153
carregamento permanente ( f o , perm ) e o carregamento devido à sobrecarga ( f o,sc ), e adaptadas
para uma rigidez equivalente ( EI ) eq . Dependendo das condições de apoio e do tipo de
carregamento atuante, tem-se:
5ql 4
f0 =
384( EI ) eq
Pl 3
f0 =
48( EI ) eq
2ql 4
f0 =
384( EI ) eq
ql 4
f0 =
384( EI ) eq
Pl 3 ql 4
f0 = +
3( EI ) eq 8( EI ) eq
154
Para o cálculo da flecha imediata em vigas de concreto armado pode-se utilizar a
aproximação da fórmula de Branson (termo entre colchetes, referente a I eq ), na qual é feita
uma interpolação direta das rigidezes entre os estádios I e II puro (totalmente fissurado),
resultando numa rigidez equivalente:
M 3 M fis
3
( EI ) eq = E cs
c 1 − M
+ I II ≤ E cs I c
fis
. I
M a a
onde se tem:
E cs - o módulo de elasticidade secante do concreto ( Ecs = 0,85 xEci = 0,85 x5600. f ck );
M fis - momento de fissuração da peça, que define a separação entre o Estádio I (quando não
existem fissuras) e o Estádio II (quando aparecem fissuras), devendo seu valor ser reduzido à
metade no caso de utilização de barras lisas:
α . f ct .I c
M fis =
yt
sendo:
Obs.: No caso de se utilizar barras lisas em lajes, o M fis deve ser reduzido à metade.
155
yt = d − h
2
Se M ser ≤ M fis , a flecha imediata pode ser obtida no Estádio I (sem fissuração):
p ser .L4
ao = β .
E cs .I I
onde:
- L é o vão de cálculo da laje;
- E cs é o módulo de elasticidade secante do concreto;
- I I é a inércia no estádio I
- β depende da vinculação e do tipo de carga, valendo para os casos mais simples:
Se M fis < M ser < M y determina-se a flecha imediata, que considera a rigidez
equivalente, ou seja, a seção encontra-se fissurada:
p ser .L4
ao = β .
( EI ) eq
No estádio II o concreto tracionado pode ser desprezado, pois ele está fissurado,
conforme pode ser visto na figura a seguir, que retrata o caso de uma seção retangular com
armadura simples:
156
Neste capítulo serão vistas somente as fórmulas de I II para os casos de seção
retangular, onde xII representa a distância da linha neutra no referido estádio:
α E . As 2.bw .d
x II = − 1 + 1 +
bw α E . As
bw .x II3
I II = + α E . As .(d − x II ) 2
3
α E ( As + As' ) α ( A + As' ) 2 2α E
x II = − + E s + (d . As + t. As' )
bw bw bw
bw .x II3
I II = + α E . As .(d − x II ) 2 + α E . As' .( x II − t ) 2
3
Obs.:
- os casos de seção T, com ou sem armadura dupla, não serão aqui abordados, devendo-se
procurar a bibliografia adequada;
- nas fórmulas anteriores, em se tratando de uma situação em serviço, o valor de “d”
corresponde ao valor real da altura útil.
157
calculada de maneira aproximada pela multiplicação da flecha imediata pelo fator αf dado pela
expressão:
∆ξ
αf =
1 + 50.ρ '
Onde:
As'
ρ' = - taxa geométrica da armadura de compressão no trecho considerado;
bw .d
∆ξ = ξ (t ) − ξ (t 0 )
t 0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≥ 70
ξ (t ) 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
f total = (1 + a f ). f 0
sendo que este valor deve respeitar os limites impostos anteriormente. Deve-se lembrar
também, que no cálculo da parcela relativa à sobrecarga, deve-se utilizar os valores dados em
norma relativos à incidência deste carregamento (é um carregamento que ora está atuando, ora
não ...).
158
17.2 ESTADO LIMITE DE FISSURAÇÃO
Para edifícios, onde em geral a única ação variável atuante é a carga de uso, tem-se:
Portanto
M d ,rara = M fis
No caso de se ter M d ,rara > M fis , diz-se que há formação de fissuras, e em caso
contrário, não.
159
17.2.2 ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURAS (ELS-W)
Para edifícios em geral, em que a carga de uso é a única ação variável, tem-se:
A abertura máxima característica ω k das fissuras, desde que não exceda valores da
ordem de 0,2 mm a 0,4 mm, sob a ação das combinações freqüentes, não tem importância
significativa na corrosão das armaduras passivas.
Como a fissuração é um processo nocivo às armaduras, deve-se verificar a segurança
em relação aos estados limites de aberturas através do cálculo da grandeza da abertura das
fissuras ( ω ) para cada parte da região de envolvimento Acr de um elemento (armadura).
Para efeito de estimativa, a grandeza da abertura da fissura ω k , determinada para
cada parte da região de envolvimento, pode ser considerada como sendo o menor valor entre as
duas expressões abaixo:
φi σ si 3.σ si
ωk = . .
12,5.η i E si f ctm
φi σ si 4
ωk = .
. + 45
12,5.ηi E si ρ ri
São definidos:
Acri - área da região de envolvimento protegida pela barra φ i ,sendo constituída por um
retângulo cujos lados não distam mais do que 7,5φ do eixo da barra da armadura;
E si - módulo de elasticidade do aço da barra φ i considerada;
ρ ri - taxa de armadura passiva em relação a área da região de envolvimento dada por
Asi
ρ ri =
A cri
160
σ si - tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no Estádio
II, que admite comportamento linear dos materiais e despreza a resistência à tração do
concreto, podendo ser usada a relação α E entre os módulos de elasticidade do aço e do
concreto igual a 15 ( α E = E s / E cs );
ηi - coeficiente de conformação superficial da armadura considerada ( η i = η1 para armadura
passiva)
η1 = 1,0 para barras lisas (CA 25);
η1 = 1,4 para barras dentadas (CA 60);
η1 = 2,25 para barras nervuradas (CA 50).
f ctm - resistência média do concreto à tração ( f ctm = 0,3 f ck
2/3
, em Mpa).
161
M d , freq
σs =
0,80.d . As
162
máximo da mesma, os valores máximos de diâmetro e espaçamento para barras de alta
aderência devem ser verificados pela tabela a seguir:
Observações:
- nos componentes e elementos estruturais sob classes de agressividade muito forte (IV), a
limitação de abertura de fissuras em valores menores que 0,3 mm não se constitui medida
suficiente para prevenir a deterioração da estrutura, pois a penetração de agentes agressivos
ao concreto até atingir a armadura, se dá por outros mecanismos que não exclusivamente
através de fissuras;
- deve-se lembrar ainda que o revestimento da superfície de concreto com chapisco, emboço e
reboco de argamassa de cimento, ou revestimento cerâmico, não atua necessariamente como
barreira protetora da armadura, uma vez que na tradição brasileira, costuma-se lavar as
fachadas e pisos com ácido muriático (ácido clorídrico comercial), que é altamente agressivo às
armaduras;
- é conveniente que toda a armadura de pele φ i de uma viga, na sua zona tracionada, limite a
abertura de fissuras na região Acri correspondente, e que seja mantido um espaçamento
menor ou igual a 15 φ ;
- na maioria dos casos, as lajes usuais de edifícios não apresentam problemas de fissuração, já
que geralmente possuem tensões na armadura em serviço abaixo de 240 Mpa e espaçamento
abaixo de 20 cm, mas mesmo assim, e principalmente para lajes de grandes vãos e
carregamentos, é interessante se verificar a fissuração conforme fórmulas anteriores.
163
ANEXOS
164
ANEXO I – TABELA DE DIMENSIONAMENTO PARA SEÇÃO RETANGULAR (KN, cm)
PARA CONCRETOS COM fck ≤ 50 Mpa
Km Ka
Ky Kx Kz
fck50 fck45 fck40 fck35 fck30 fck25 fck20 fck15 CA25 CA50 CA60
0,010 0,013 0,995 33,107 36,785 41,383 47,295 55,178 66,213 82,767 110,356 0,046 0,023 0,019
0,020 0,025 0,990 16,637 18,486 20,796 23,767 27,728 33,274 41,592 55,457 0,046 0,023 0,019
0,030 0,038 0,985 11,148 12,386 13,935 15,925 18,579 22,295 27,869 37,159 0,047 0,023 0,019
0,040 0,050 0,980 8,403 9,337 10,504 12,005 14,006 16,807 21,008 28,011 0,047 0,023 0,020
0,050 0,063 0,975 6,757 7,508 8,446 9,653 11,262 13,514 16,893 22,524 0,047 0,024 0,020
0,060 0,075 0,970 5,660 6,289 7,075 8,086 9,433 11,320 14,150 18,867 0,047 0,024 0,020
0,070 0,088 0,965 4,877 5,418 6,096 6,967 8,128 9,753 12,191 16,255 0,048 0,024 0,020
0,080 0,100 0,960 4,289 4,766 5,362 6,127 7,149 8,578 10,723 14,297 0,048 0,024 0,020
0,090 0,113 0,955 3,833 4,258 4,791 5,475 6,388 7,665 9,581 12,775 0,048 0,024 0,020
0,100 0,125 0,950 3,467 3,853 4,334 4,954 5,779 6,935 8,669 11,558 0,048 0,024 0,020
0,110 0,138 0,945 3,169 3,521 3,961 4,527 5,282 6,338 7,922 10,563 0,049 0,024 0,020
0,120 0,150 0,940 2,920 3,245 3,650 4,172 4,867 5,841 7,301 9,734 0,049 0,024 0,020
0,130 0,163 0,935 2,710 3,011 3,388 3,872 4,517 5,420 6,775 9,034 0,049 0,025 0,020
0,140 0,175 0,930 2,530 2,811 3,163 3,614 4,217 5,060 6,325 8,433 0,049 0,025 0,021
0,150 0,188 0,925 2,374 2,638 2,968 3,392 3,957 4,748 5,935 7,914 0,050 0,025 0,021
0,160 0,200 0,920 2,238 2,487 2,797 3,197 3,730 4,476 5,595 7,460 0,050 0,025 0,021
0,170 0,213 0,915 2,118 2,353 2,647 3,025 3,530 4,235 5,294 7,059 0,050 0,025 0,021
0,180 0,225 0,910 2,011 2,235 2,514 2,873 3,352 4,022 5,028 6,704 0,051 0,025 0,021
0,190 0,238 0,905 1,916 2,129 2,395 2,737 3,193 3,831 4,789 6,386 0,051 0,025 0,021
0,200 0,250 0,900 1,830 2,033 2,288 2,614 3,050 3,660 4,575 6,100 0,051 0,026 0,021
0,210 0,263 0,895 1,753 1,947 2,191 2,504 2,921 3,505 4,382 5,842 0,051 0,026 0,021
0,220 0,275 0,890 1,682 1,869 2,103 2,403 2,804 3,365 4,206 5,608 0,052 0,026 0,022
0,230 0,288 0,885 1,618 1,798 2,023 2,312 2,697 3,237 4,046 5,394 0,052 0,026 0,022
0,240 0,300 0,880 1,560 1,733 1,950 2,228 2,600 3,119 3,899 5,199 0,052 0,026 0,022
0,250 0,313 0,875 1,506 1,673 1,882 2,151 2,510 3,012 3,765 5,020 0,053 0,026 0,022
0,260 0,325 0,870 1,456 1,618 1,820 2,080 2,427 2,913 3,641 4,854 0,053 0,026 0,022
0,270 0,338 0,865 1,410 1,567 1,763 2,015 2,351 2,821 3,526 4,702 0,053 0,027 0,022
0,280 0,350 0,860 1,368 1,520 1,710 1,954 2,280 2,736 3,420 4,560 0,053 0,027 0,022
0,290 0,363 0,855 1,329 1,476 1,661 1,898 2,214 2,657 3,321 4,428 0,054 0,027 0,022
0,300 0,375 0,850 1,292 1,435 1,615 1,845 2,153 2,584 3,230 4,306 0,054 0,027 0,023
0,310 0,388 0,845 1,258 1,397 1,572 1,796 2,096 2,515 3,144 4,192 0,054 0,027 0,023
0,320 0,400 0,840 1,225 1,362 1,532 1,751 2,042 2,451 3,064 4,085 0,055 0,027 0,023
0,330 0,413 0,835 1,195 1,328 1,494 1,708 1,992 2,391 2,989 3,985 0,055 0,028 0,023
0,340 0,425 0,830 1,167 1,297 1,459 1,668 1,945 2,335 2,918 3,891 0,055 0,028 0,023
0,350 0,438 0,825 1,141 1,268 1,426 1,630 1,901 2,282 2,852 3,803 0,056 0,028 0,023
0,360 0,450 0,820 1,116 1,240 1,395 1,594 1,860 2,232 2,790 3,720 0,056 0,028 0,023
0,370 0,463 0,815 1,092 1,214 1,365 1,561 1,821 2,185 2,731 3,641 0,056 0,028 0,024
0,380 0,475 0,810 1,070 1,189 1,338 1,529 1,784 2,140 2,676 3,567 0,057 0,028 0,024
0,390 0,488 0,805 1,049 1,166 1,312 1,499 1,749 2,098 2,623 3,497 0,057 0,029 0,024
0,400 0,500 0,800 1,029 1,144 1,287 1,471 1,716 2,059 2,574 3,431 0,058 0,029 0,024
0,410 0,513 0,795 1,011 1,123 1,263 1,444 1,684 2,021 2,527 3,369 0,058 0,029 0,024
0,420 0,525 0,790 0,993 1,103 1,241 1,418 1,655 1,986 2,482 3,309 0,058 0,029 0,024
0,430 0,538 0,785 0,976 1,084 1,220 1,394 1,626 1,952 2,440 3,253 0,059 0,029 0,024
0,440 0,550 0,780 0,960 1,066 1,200 1,371 1,600 1,920 2,400 3,199 0,059 0,029 0,025
0,450 0,563 0,775 0,945 1,049 1,181 1,349 1,574 1,889 2,361 3,148 0,059 0,030 0,025
0,460 0,575 0,770 0,930 1,033 1,163 1,329 1,550 1,860 2,325 3,100 0,060 0,030 0,025
0,470 0,588 0,765 0,916 1,018 1,145 1,309 1,527 1,832 2,290 3,054 0,060 0,030 0,025
0,480 0,600 0,760 0,903 1,003 1,129 1,290 1,505 1,806 2,257 3,010 0,061 0,030
165
0,490 0,613 0,755 0,890 0,989 1,113 1,272 1,484 1,781 2,226 2,968 0,061 0,030
0,500 0,625 0,750 0,878 0,976 1,098 1,255 1,464 1,757 2,196 2,928 0,061 0,031
0,510 0,638 0,745 0,867 0,963 1,084 1,239 1,445 1,734 2,167 2,890 0,062
0,520 0,650 0,740 0,856 0,951 1,070 1,223 1,427 1,712 2,140 2,854 0,062
0,530 0,663 0,735 0,846 0,940 1,057 1,208 1,409 1,691 2,114 2,819 0,063
0,540 0,675 0,730 0,836 0,928 1,045 1,194 1,393 1,671 2,089 2,785 0,063
0,550 0,688 0,725 0,826 0,918 1,033 1,180 1,377 1,652 2,065 2,754 0,063
0,560 0,700 0,720 0,817 0,908 1,021 1,167 1,362 1,634 2,042 2,723 0,064
0,570 0,713 0,715 0,808 0,898 1,010 1,155 1,347 1,617 2,021 2,694 0,064
0,580 0,725 0,710 0,800 0,889 1,000 1,143 1,333 1,600 2,000 2,666 0,065
0,590 0,738 0,705 0,792 0,880 0,990 1,131 1,320 1,584 1,980 2,640 0,065
0,600 0,750 0,700 0,784 0,871 0,980 1,120 1,307 1,569 1,961 2,614 0,066
0,610 0,763 0,695 0,777 0,863 0,971 1,110 1,295 1,554 1,943 2,590 0,066
0,620 0,775 0,690 0,770 0,856 0,963 1,100 1,283 1,540 1,925 2,567 0,067
OBSERVAÇÕES:
Kx = 0,4 situação limite entre armadura simples e dupla para momento negativo com fck maior que 35 Mpa
Kx = 0,5 situação limite entre armadura simples e dupla para momento negativo com fck menor ou igual a 35 Mpa
Kx = 0,625 situação limite entre armadura simples e dupla para momento positivo para qualquer fck
166
ANEXO II– TABELA DE ARMADURA (cm2)Fonte: apostila prof. Libânio (São Carlos/SP)Obs.:
verificar sempre o recobrimento da armadura em função da classe de agressividade
167
ANEXO III– TABELA DE ARMADURA (cm2/m) Fonte: apostila Prof. Libânio – São
Carlos/SP
168
ANEXO IV - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações (NBR 6120)
169
170
171
172
173
ANEXO V - DEFINIÇÃO DA ESPESSURA ÚTIL DE UMA LAJE SEGUNDO A NBR
6118/80 (FONTE: APOSTILA PROF. LIBANIO – SÃO CARLOS/SP)
174
175
176
ANEXO VI – TABELAS DE MARCUS PARA O CÁLCULO DE MOMENTOS PARA LAJES
ARMADAS EM CRUZ
LAJE TIPO 1:
2 2
ql x ql x
M x = M y = q x = kxq q y = q − qx
mx my
ly mx my kx ly mx my kx
λ= λ=
lx lx
1,00 27,4 27,4 0,500 1,50 13,9 31,3 0,838
1,01 27,0 27,4 0,509 1,51 13,8 31,4 0,838
1,02 26,5 27,4 0,519 1,52 13,7 31,6 0,842
1,03 26,0 27,4 0,528 1,53 13,6 31,8 0,845
1,04 25,6 27,5 0,538 1,54 13,5 31,9 0,848
1,05 25,1 27,5 0,547 1,55 13,4 32,1 0,851
1,06 24,6 27,5 0,556 1,56 13,3 32,3 0,855
1,07 24,2 27,5 0,566 1,57 13,2 32,4 0,858
1,08 23,7 27,5 0,575 1,58 13,1 32,6 0,861
1,09 23,2 27,6 0,585 1,59 13,0 32,8 0,865
1,10 22,8 27,6 0,594 1,60 12,9 33,0 0,868
1,11 22,4 27,6 0,602 1,61 12,8 33,2 0,870
1,12 22,1 27,7 0,610 1,61 12,7 33,4 0,873
1,13 21,8 27,7 0,618 1,63 12,6 33,6 0,875
1,14 21,4 27,8 0,626 1,64 12,5 33,8 0,878
1,15 21,1 27,8 0,634 1,65 12,4 34,0 0,80
1,16 20,8 27,8 0,643 1,60 12,4 34,2 0,883
1,17 20,4 27,9 0,651 1,67 12,3 34,4 0,885
1,18 20,1 27,9 0,659 1,68 12,2 34,6 0,888
1,19 19,8 27,9 0,667 1,69 12,1 34,8 0,890
1,20 19,4 28,0 0,675 1,70 12,0 35,0 0,893
1,21 19,2 28,1 0,682 1,71 12,0 35,2 0,895
1,22 19,0 28,2 0,688 1,72 11,8 35,5 0,897
1,23 18,7 28,3 0,695 1,73 11,8 35,7 0,899
1,24 18,5 28,4 0,701 1,74 11,7 35,9 0,901
1,25 18,2 28,4 0,708 1,75 11,7 36,2 0,903
1,26 18,0 28,5 0,715 1,76 11,6 36,4 0,905
1,27 17,7 28,6 0,721 1,77 11,5 36,7 0,907
1,28 17,5 28,7 0,728 1,78 11,5 36,9 0,909
1,29 17,2 28,8 0,734 1,79 11,4 37,1 0,911
1,30 17,0 28,8 0,741 1,80 11,4 37,4 0,913
177
1,31 16,8 28,9 0,746 1,81 11,4 37,6 0,915
1,32 16,7 29,0 0,752 1,82 11,3 37,8 0,916
1,34 16,3 29,2 0,762 1,84 11,2 38,3 0,919
1,35 16,1 29,3 0,767 1,85 11,2 38,5 0,921
1,36 16,0 29,5 0,773 1,86 11,1 38,8 0,923
1,37 15,8 29,76 0,778 1,87 11,1 39,0 0,924
1,38 15,6 29,7 0,783 1,88 11,0 39,2 0,926
1,39 15,4 29,8 0,789 1,89 11,0 39,5 0,927
1,40 15,2 29,9 0,794 1,90 11,0 39,7 0,929
1,41 15,1 30,0 0,798 1,91 10,9 40,0 0,930
1,42 14,9 30,2 0,802 1,92 10,9 40,2 0,932
1,43 14,8 30,3 0,806 1,93 10,8 40,5 0,933
1,4 14,7 30,5 0,810 1,94 10,8 40,8 0,934
1,45 14,5 30,6 0,814 1,95 10,8 40,0 0,935
1,46 14,4 30,7 0,819 1,96 10,7 41,3 0,936
1,47 14,3 30,9 0,823 1,97 10,7 41,6 0,937
1,48 14,1 31,0 0,827 1,98 10,6 41,8 0,939
1,49 14,0 31,2 0,831 1,99 10,6 42,1 0,940
1,50 13,9 31,3 0,835 2,00 10,6 42,3 0,941
178
LAJE TIPO 2
2 2
ql x ql x
Mx = My = qx = kxq qy = q − q
mx mx
2
ql x
Xx =
nx
ly mx my nx kx ly mx my nx kx
λ= λ=
lx lx
0,50 140,0 45,1 59,2 0,135 1,00 29,9 36,7 11,2 0,714
0,51 134,2 44,3 55,2 0,145 1,02 29,1 37,2 11,0 0,728
0,52 127,5 43,4 51,6 0,155 1,04 28,3 37,7 10,8 0,742
0,53 120,8 42,6 28,2 0,16 1,06 27,5 38,2 10,6 0,756
0,54 114,1 41,8 45,5 0,176 1,08 26,7 38,7 10,4 0,770
0,55 107,4 40,9 43,0 0,186 1,10 26,0 39,3 10,2 0,785
0,56 103,0 40,4 40,4 0,198 1,12 25,5 39,9 10,1 0,795
0,57 98,5 39,8 38,1 0,210 1,14 25,0 40,5 9,9 0,806
0,58 94,1 39,3 36,2 0,221 1,16 24,4 41,2 9,8 0,817
0,59 89,7 38,7 34,5 0,232 1,18 23,8 41,8 9,6 0,827
0,60 85,3 38,1 32,7 0,245 1,20 23,4 42,6 9,5 0,838
0,61 82,3 37,7 31,1 0,257 1,22 23,0 43,3 9,4 0,846
0,62 79,4 37,3 29,6 0,270 1,24 22,6 44,1 9,3 0,853
0,63 76,4 36,9 28,3 0,283 1,26 22,2 44,9 9,3 0,861
0,64 73,5 36,5 27,1 0,296 1,28 21,8 45,7 9,2 0,869
0,65 70,6 36,1 25,9 0,309 1,30 21,4 46,6 9,1 0,877
0,66 63,3 35,9 24,8 0,322 1,32 21,1 47,6 9,1 0,883
0,67 6,0 35,7 23,9 0,335 1,34 20,8 48,5 9,0 0,889
0,68 63,8 35,5 23,0 0,348 1,36 20,5 49,5 8,9 0,895
0,69 61,6 35,3 22,1 0,362 1,38 20,2 50,4 8,9 0,901
0,70 59,3 35,1 21,3 0,375 1,40 20,0 51,2 8,8 0,906
0,71 57,6 34,9 20,6 0,38 1,42 19,6 52,2 8,8 0,910
0,72 56,0 34,9 20,0 0,401 1,46 19,4 53,2 8,8 0,914
0,73 54,3 34,7 19,3 0,415 1,44 19,6 54,2 8,7 0,918
0,74 52,6 34,6 18,7 0,428 1,48 19,2 55,2 8,7 0,922
0,75 50,9 34,5 18,1 0,442 1,50 19,0 56,3 8,6 0,926
0,76 49,7 34,5 17,6 0,455 1,52 18,8 57,2 8,6 0,929
0,77 48,4 34,5 17,1 0,468 1,54 18,7 58,3 8,6 0,932
0,78 47,2 34,4 16,6 0,481 1,56 18,6 59,4 8,6 0,935
0,79 45,9 34,4 16,2 0,494 1,58 18,5 60,6 8,5 0,938
0,80 44,6 34,3 15,8 0,506 1,60 18,3 61,9 8,5 0,943
0,81 43,6 34,3 15,4 0,518 1,62 18,2 63,1 8,5 0,945
0,82 42,6 34,4 15,1 0,530 1,64 18,0 64,3 8,4 0,947
0,83 41,7 34,4 14,8 0,542 1,6 17,8 65,6 8,4 0,949
0,84 40,7 34,5 14,4 0,554 1,68 17,7 66,9 8,4 0,952
0,85 39,7 34,5 14,1 0,566 1,70 17,6 68,1 8,4 0,954
0,86 38,9 34,6 13,9 0,577 1,72 17,5 69,3 8,4 0,956
0,87 38,1 34,7 13,6 0,588 1,74 17,4 70,5 8,4 0,958
0,88 37,3 34,8 13,4 0,599 1,76 17,3 71,7 8,3 0,959
0,89 36,5 34,8 13,1 0,610 1,78 17,2 72,8 8,3 0,961
0,90 35,7 35,0 12,9 0,621 1,80 17,0 74,0 8,3 0,963
179
0,91 35,1 35,1 12,7 0,631 1,82 16,9 75,5 8,3 0,964
0,92 34,5 35,3 12,5 0,641 1,84 16,8 77,0 8,3 0,966
0,93 33,9 35,5 12,3 0,651 1,86 16,8 78,5 8,3 0,967
0,94 33,3 35,5 12,1 0,661 1,88 16,7 80,1 8,2 0,968
0,95 32,7 35,8 11,9 0,671 1,90 16,6 81,7 8,2 0,970
0,96 32,2 36,0 11,8 0,680 1,92 16,6 83,2 8,2 0,971
0,97 31,6 36,2 11,6 0,68 1,94 16,6 84,7 8,2 0,972
0,98 31,0 36,3 11,5 0,697 1,96 16,5 86,2 8,2 0,973
0,99 30,4 36,5 11,3 0,706 1,98 16,5 87,7 8,2 0,974
1,00 29,9 36,7 11,2 0,714 2,00 16,5 89,2 8,2 0,976
180
LAJE TIPO 3
2 2
ql x ql x
Mx = My = qx = kx q qy = q − qx
mx my
2 2
ql x ql x
Xx = Xy =
nx ny
ly mx my nx ny kx ly mx my nx ny kx
λ= λ=
lx lx
1,00 37,1 37,1 16,1 16,1 0,500 1,50 20,6 46,4 9,6 21,6 0,835
1,01 36,5 37,2 15,7 15,7 0,509 1,51 20,5 46,8 9,5 21,8 0,838
1,02 35,9 37,2 15,4 16,0 0,519 1,52 20,4 47,1 9,5 22,0 0,842
1,03 35,1 37,3 15,1 16,1 0,528 1,53 20,3 47,5 9,4 22,2 0,845
1,04 34,7 37,3 14,9 16,1 0,538 1,54 20,2 47,8 9,4 22,4 0,848
1,05 34,1 37,4 14,6 16,1 0,547 1,55 20,0 48,2 9,4 22,6 0,851
1,06 33,5 37,4 14,4 16,2 0,556 1,56 19,9 48,5 9,3 22,8 0,855
1,07 32,9 37,5 14,1 16,2 0,566 1,57 19,8 48,9 9,3 23,0 0,858
1,08 32,3 37,5 13,9 16,2 0,575 1,58 19,7 49,2 9,2 23,2 0,861
1,09 31,7 37,6 13,7 16,3 0,585 1,59 19,7 49,2 9,2 23,2 0,865
1,10 31,1 37,6 13,3 16,3 0,602 1,61 19,4 50,3 9,2 23,9 0,870
1,12 30,2 37,8 13,1 16,4 0,610 1,62 19,3 50,7 9,1 24,1 0,873
1,13 29,8 38,0 12,9 16,5 0,618 1,63 19,2 51,0 9,1 24,3 0,875
1,14 29,4 38,1 12,8 16,6 0,626 1,64 19,1 51,4 9,1 24,5 0,878
1,15 29,0 38,2 12,6 16,7 0,634 1,65 19,0 51,8 9,1 24,8 0,880
1,16 28,6 38,4 12,4 16,7 0,643 1,6 19,0 52,2 9,0 25,0 0,883
1,17 28,2 38,5 12,3 16,8 0,651 1,67 18,9 52,6 9,0 25,2 0,885
1,18 27,8 38,6 12,2 16,9 0,659 1,68 18,8 53,0 9,0 25,4 0,88
1,19 27,4 38,8 12,0 17,0 0,667 1,69 18,7 53,4 9,0 25,6 0,890
1,20 27,0 38,9 11,9 17,1 0,675 1,70 18,6 53,8 8,9 25,9 0,893
1,21 26,7 39,1 11,8 17,2 0,682 1,71 18,5 54,2 8,9 26,1 0,985
1,22 26,4 39,3 11,6 17,3 0,688 1,72 18,4 54,7 8,9 26,4 0,897
1,23 26,1 39,5 11,5 17,4 0,695 1,73 18,4 55,1 8,9 26,6 0,899
1,24 25,9 39,7 11,4 17,6 0,701 1,74 18,3 56,6 8,9 26,9 0,901
1,25 25,7 39,9 11,3 17,7 0,708 1,75 18,2 56,0 8,8 27,1 0,903
1,26 25,4 40,0 11,2 17,8 0,715 1,76 18,2 56,5 8,8 27,4 0,905
1,27 25,1 40,2 11,1 17,9 0,721 1,77 18,1 56,9 8,8 27,6 0,907
1,28 24,8 40,4 11,0 18,0 0,728 1,78 18,0 57,4 8,8 27,9 0,909
1,29 24,5 40,6 10,9 18,1 0,734 1,79 18,0 57,8 8,8 28,1 0,911
1,30 24,2 40,8 10,8 18,3 0,741 1,80 17,9 58,2 8,8 28,4 0,913
1,31 24,0 41,0 10,7 18,4 0,746 1,81 17,8 58,7 8,8 28,6 0,915
1,32 23,0 41,3 10,6 18,6 0,752 1,82 17,8 59,2 8,7 28,9 0,916
1,33 23,6 41,5 10,6 18,7 0,757 1,83 17,7 59,6 8,7 29,2 0,918
1,34 23,4 41,8 10,5 18,9 0,762 1,84 17,7 60,1 8,7 29,5 0,919
1,35 23,2 42,0 10,4 19,0 0,767 1,85 17,6 60,6 8,7 29,7 0,921
1,36 23,0 42,3 10,4 19,2 0,733 1,86 17,6 61,0 8,7 30,0 0,923
181
1,37 22,8 42,5 10,3 19,3 0,778 1,87 17,5 61,5 8,7 30,3 0,924
1,38 22,6 42,8 10,2 19,5 0,893 1,88 17,5 62,0 8,6 30,6 0,926
1,39 22,3 43,0 10,1 19,6 0,789 1,80 17,4 62,4 8,6 30,9 0,927
1,40 22,1 43,3 10,1 19,8 0,794 1,90 17,4 62,9 8,6 31,2 0,929
1,41 22,0 43,6 10,0 19,9 0,790 1,91 17,3 63,4 8,6 31,4 0,930
1,42 21,9 43,9 10,0 20,1 0,802 1,92 17,3 63,9 8,6 31,7 0,932
1,43 21,7 44,2 9,9 20,3 0,806 1,93 17,3 64,4 8,6 32,0 0,933
1,44 21,5 44,5 9,9 20,5 0,810 1,94 17,2 64,9 8,6 32,2 0,934
1,45 21,4 44,8 9,8 20,6 0,814 1,95 17,2 65,4 8,6 32,5 0,935
1,46 21,2 45,1 9,8 20,8 0,819 1,96 17,1 65,9 8,5 32,8 0,936
1,47 21,1 45,7 9,7 21,0 0,823 1,97 17,1 66,4 8,5 33,0 0,937
1,48 20,9 45,7 9,7 21,2 0,827 1,98 17,0 66,9 8,5 33,3 0,939
1,49 20,8 46,0 9,6 21,4 0,831 1,99 17,0 67,4 8,5 33,6 0,940
1,50 20,6 46,4 9,6 21,6 0,835 2,00 17,0 67,9 8,5 33,9 0,941
182
LAJE TIPO 4
2 2
ql x ql x
Mx = My = q x = k x q q y = q − qx
mx my
2
ql x
Xx =
nx
ly mx my nx kx ly mx my nx kx
λ= λ=
lx lx
0,50 136,1 49,9 50,4 0,238 1,00 37,5 55,7 14,4 0,833
0,51 130,4 49,3 47,4 0,253 1,02 36,8 57,0 14,2 0,843
0,52 124,6 49,6 44,7 0,268 1,04 36,2 58,3 14,1 0,852
0,53 118,9 49,0 42,4 0,293 1,06 35,5 59,6 14,0 0,861
0,54 113,1 47,3 40,3 0,299 1,08 34,8 60,9 13,8 0,871
0,55 107,4 46,6 39,2 0,314 1,10 34,2 62,2 13,6 0,880
0,56 103,4 46,3 36,4 0,330 1,12 33,7 63,9 13,5 0,86
0,57 99,5 45,9 34,8 0,345 1,14 33,2 65,6 13,5 0,892
0,58 95,5 45,6 33,2 0,361 1,16 32,8 67,2 13,4 0,899
0,59 91,6 45,2 31,8 0,377 1,18 32,3 68,9 13,3 0,906
0,60 87,6 44,8 30,5 0,393 1,20 31,9 70,6 13,2 0,912
0,61 84,8 44,6 29,4 0,409 1,22 31,6 72,4 13,1 0,916
0,62 82,0 44,5 28,2 0,425 1,24 31,3 74,3 13,0 0,921
0,63 79,3 44,3 27,3 0,440 1,26 31,0 76,0 13,0 0,926
0,64 76,6 44,2 26,3 0,456 1,28 30,7 77,8 12,9 0,930
0,65 73,8 44,0 25,4 0,472 1,30 30,3 79,7 12,9 0,935
0,66 71,8 44,0 24,7 0,487 1,32 30,1 81,7 12,8 0,938
0,67 69,8 44,0 23,9 0,502 1,34 29,9 83,7 12,8 0,941
0,68 67,7 44,1 23,2 0,517 1,36 29,7 85,7 12,7 0,944
0,69 65,7 44,1 22,6 0,532 1,38 29,5 87,7 12,6 0,947
0,70 63,7 44,1 22,0 0,546 1,40 29,2 89,7 12,6 0,950
0,71 62,2 44,3 21,4 0,560 1,42 29,1 91,9 12,6 0,952
0,72 60,7 44,4 21,0 0,573 1,44 28,9 94,1 12,6 0,954
0,73 59,2 44,6 20,4 0,587 1,46 28,7 96,3 12,5 0,957
0,74 57,7 44,7 20,0 0,600 1,48 28,5 98,5 12,5 0,959
0,75 56,2 44,9 19,6 0,613 1,50 28,3 100,7 12,5 0,962
0,76 55,0 45,1 19,2 0,625 1,52 28,1 103,1 12,5 0,964
0,77 53,8 45,4 18,9 0,636 1,54 28,0 105,5 12,4 0,96
0,78 52,6 45,6 18,5 0,646 1,56 27,9 107,9 12,4 0,967
0,79 51,5 45,9 18,2 0,659 1,58 27,7 110,3 12,4 0,969
0,80 50,4 46,2 17,9 0,671 1,60 27,6 112,6 12,4 0,970
0,81 49,5 46,5 17,6 0,681 1,62 27,5 115,2 12,4 0,972
0,82 48,6 46,9 17,3 0,692 1,64 27,4 117,8 12,3 0,973
0,83 47,8 47,2 17,1 0,702 1,6 27,3 120,4 12,3 0,975
0,84 46,9 47,6 16,8 0,713 1,68 27,2 122,9 12,3 0,976
183
0,85 46,0 48,0 16,6 0,723 1,70 27,1 125,4 12,3 0,977
0,86 45,3 48,4 16,4 0,731 1,72 27,0 128,1 12,3 0,978
0,87 4,6 48,9 16,2 0,740 1,74 27,0 130,8 12,2 0,979
0,88 43,9 49,3 16,0 0,748 1,76 26,9 133,5 12,3 0,980
0,89 43,2 49,9 15,9 0,757 1,78 26,0 136,3 12,3 0,980
0,90 42,5 50,2 15,7 0,766 1,80 26,7 139,1 12,2 0,981
0,91 42,0 50,7 15,5 0,733 1,82 26,6 143,0 12,2 0,982
0,92 41,4 51,2 15,4 0,780 1,84 26,5 145,9 12,2 0,983
0,93 440,9 51,7 15,2 0,788 1,86 26,5 148,8 12,2 0,983
0,94 40,3 52,2 15,1 0,795 1,88 26,4 151,7 12,2 0,984
0,95 39,7 52,8 14,9 0,803 1,90 26,4 153,6 12,2 0,985
0,96 39,2 53,3 14,3 0,809 1,92 26,3 156,7 12,2 0,986
0,97 38,8 53,9 14,7 0,815 1,94 26,3 159,7 12,2 0,986
0,98 38,1 54,6 14,6 0,821 1,96 26,2 162,8 12,2 0,987
0,99 37,9 55,1 14,5 0,827 1,98 26,1 165,8 12,2 0,988
1,00 37,5 55,7 14,4 0,833 2,00 26,1 168,9 12,1 0,988
184
LAJE TIPO 5
2 2
ql x ql x
Mx = My = qx = kxq qy = q − qx
mx my
2 2
ql x ql x
Xx = Xy =
nx ny
ly mx my nx ny kx ly mx my nx ny kx
λ= λ=
lx lx
0,50 246,4 71,5 108,1 35,6 0,111 1,00 44,2 50,6 18,0 24,0 0,667
0,51 234,5 69,8 100,8 34,7 0,119 1,02 43,1 51,3 17,6 24,3 0,693
0,52 222,6 68,1 94,4 33,8 0,127 1,04 42,0 52,0 17,2 24,7 0,699
0,53 210,7 66,4 85,2 32,9 0,136 1,06 40,9 52,7 16,8 25,1 0,741
0,54 193,8 64,7 82,7 32,1 0,145 1,08 39,9 53,4 16,4 25,5 0,730
0,55 187,0 63,0 77,3 31,2 0,155 1,10 38,9 54,0 16,1 25,9 0,745
0,56 177,3 61,8 72,6 30,6 0,165 1,12 38,1 54,9 15,9 26,4 0,757
0,57 167,6 60,6 68,5 29,9 0,175 1,14 36,4 55,8 15,6 26,9 0,770
0,58 157,9 59,4 64,8 29,2 0,185 1,16 36,7 56,7 15,4 27,4 0,782
0,59 148,2 58,2 61,5 28,6 0,195 1,18 36,0 57,6 15,1 28,0 0,794
0,60 138,6 57,1 58,2 28,0 0,206 1,20 35,3 58,5 14,9 28,6 0,806
0,61 132,9 56,4 55,3 27,5 0,217 1,22 34,8 59,7 14,7 29,2 0,815
0,62 127,2 55,8 52,3 27,0 0,229 1,24 34,3 60,8 14,5 29,8 0,824
0,63 121,5 55,1 49,9 26,5 0,240 1,26 33,8 61,9 14,4 30,4 0,833
0,64 115,9 54,3 47,6 26,1 0,252 1,28 33,3 63,1 14,1 31,1 0,842
0,65 110,3 53,5 45,6 25,7 0,263 1,30 32,8 64,3 14,1 31,8 0,851
0,66 106,3 52,9 43,6 25,3 0,275 1,32 32,4 65,4 14,0 32,5 0,858
0,67 102,3 52,4 41,7 25,0 0,287 1,34 32,0 66,7 13,9 33,2 0,865
0,68 98,4 52,0 40,0 24,7 0,300 1,36 31,6 68,0 13,8 34,0 0,872
0,69 94,5 51,4 38,5 24,4 0,312 1,38 31,3 69,3 13,7 34,7 0,879
0,70 90,6 50,9 37,0 24,1 0,324 1,40 31,0 70,5 13,6 35,5 0,885
0,71 87,8 50,6 35,7 23,0 0,336 1,42 30,7 71,9 13,5 36,3 0,890
0,72 85,0 50,2 34,4 23,7 0,349 1,4 30,4 73,3 13,4 37,1 0,895
0,73 82,2 49,9 33,2 23,5 0,361 1,46 30,1 74,8 13,3 37,9 0,900
0,74 79,4 49,5 32,0 23,3 0,375 1,48 29,0 76,2 13,3 38,7 0,905
0,75 76,6 49,2 30,9 23,2 0,388 1,50 29,7 77,7 13,2 39,5 0,910
0,76 74,5 49,1 30,0 23,1 0,400 1,52 29,5 79,3 13,1 40,4 0,914
0,77 72,4 48,9 29,0 23,0 0,413 1,54 29,3 80,9 13,1 41,3 0,918
0,78 70,3 48,8 28,2 22,9 0,425 1,56 29,1 82,5 13,0 42,2 0,921
0,79 68,2 48,6 27,4 22,8 0,438 1,58 28,9 84,1 13,0 43,1 0,925
0,80 66,2 48,4 26,7 22,7 0,450 1,60 28,7 85,7 12,9 4,0 0,929
0,81 64,6 48,4 26,0 22,6 0,462 1,62 28,5 87,4 12,9 44,9 0,932
0,82 63,0 48,3 25,2 22,6 0,474 1,64 28,3 89,1 12,8 47,8 0,935
0,83 61,5 48,3 24,7 22,6 0,486 1,66 28,2 90,8 12,8 46,7 0,938
0,84 60,0 48,2 24,6 22,6 0,498 1,68 28,1 92,5 12,8 47,6 0,940
0,85 58,5 48,2 23,5 22,6 0,511 1,70 28,0 94,3 12,7 48,5 0,943
185
0,86 57,3 48,3 23,0 22,7 0,522 1,72 27,8 96,5 12,7 49,5 0,945
0,87 56,1 48,3 22,5 22,7 0,534 1,74 27,7 98,1 12,7 50,5 0,947
0,88 54,9 48,4 22,0 22,8 0,545 1,76 27,6 100,0 12,7 51,5 0,949
0,89 53,7 48,4 21,6 22,8 0,597 1,78 27,5 101,9 12,6 52,6 0,952
0,90 52,5 48,5 21,1 22,8 0,568 1,80 27,4 103,7 12,6 53,7 0,954
0,91 51,5 48,7 20,7 22,9 0,578 1,82 27,3 105,0 12,5 54,9 0,956
0,92 50,6 48,9 20,4 23,0 0,589 1,84 27,2 107,7 12,5 56,1 0,958
0,93 49,7 49,0 20,2 23,1 0,599 1,86 27,1 109,7 12,5 57,3 0,960
0,94 48,8 49,2 19,7 23,2 0,611 1,88 27,0 111,7 12,5 58,5 0,961
0,95 47,9 49,4 19,4 23,3 0,620 1,90 26,9 113,7 12,5 59,8 0,963
0,96 47,1 49,6 19,1 23,5 0,630 1,92 26,8 115,9 12,4 61,1 0,965
0,97 46,3 49,9 18,8 23,6 0,639 1,94 26,7 118,1 12,4 62,5 0,966
0,98 45,6 50,1 18,5 23,8 0,649 1,96 26,6 120,2 12,4 63,9 0,967
0,99 44,9 50,4 18,2 23,9 0,650 1,99 26,5 124,4 12,4 66,7 0,969
1,00 44,2 50,6 18,0 24,0 0,667 2,00 26,5 124,4 12,4 6,7 0,970
186
LAJE TIPO 6
2 2
ql x ql x
Mx = My = qx = k x q
mx my
2 2
ql x ql x
Xx = Xy =
nx ny
ly ly
λ= mx my nx ny kx λ = mx my nx ny kx
lx lx
1,00 55,7 55,7 24,0 24,0 0,500 1,50 32,0 72,2 14,4 32,3 0,835
1,01 54,8 55,8 23,6 24,0 0,509 1,51 31,9 72,8 14,3 32,6 0,838
1,02 53,9 55,9 23,1 24,0 0,519 1,52 31,7 73,4 14,3 32,0 0,842
1,03 53,0 55,9 22,7 24,1 0,528 1,53 31,6 74,0 14,2 33,2 0,845
1,04 52,1 56,0 22,3 24,1 0,538 1,54 31,4 74,6 14,2 33,6 0,848
1,05 51,2 56,1 21,9 24,2 0,547 1,55 31,3 75,2 14,1 33,9 0,851
1,06 50,3 56,2 21,7 24,2 0,566 1,56 31,1 75,8 14,0 34,2 0,855
1,07 49,4 56,3 21,2 24,3 0,566 1,57 31,0 76,4 14,0 34,5 0,858
1,08 48,5 56,4 20,9 24,3 0,575 1,58 30,8 77,0 14,0 34,9 0,861
1,09 47,6 56,5 20,5 24,4 0,585 1,59 30,6 77,6 13,9 35,2 0,865
1,10 46,8 56,6 20,2 24,4 0,594 1,60 30,5 78,2 13,8 35,5 0,868
1,11 46,2 56,8 20,0 24,5 0,602 1,61 30,4 78,8 13,8 35,8 0,870
1,12 45,6 57,0 19,7 24,6 0,610 1,62 30,3 79,5 13,7 36,1 0,873
1,13 45,0 57,3 19,4 24,7 0,618 1,63 30,2 80,2 13,7 36,5 0,875
1,14 4,4 57,5 19,2 24,8 0,626 1,64 30,1 80,8 13,7 36,8 0,878
1,15 43,8 57,7 18,9 25,0 0,634 1,65 30,0 81,5 13,6 37,1 0,80
1,16 43,2 58,0 18,7 25,1 0,643 1,66 29,9 82,2 13,6 37,5 0,883
1,17 42,6 58,2 18,4 25,2 0,651 1,67 29,8 82,8 13,6 37,8 0,885
1,18 42,0 58,4 18,2 25,3 0,659 1,68 29,7 83,5 13,5 38,1 0,888
1,19 41,4 58,7 18,0 25,4 0,667 1,69 29,6 84,2 13,5 38,5 0,890
1,20 40,9 58,9 17,8 25,6 0,675 1,70 29,4 84,9 13,5 38,8 0,893
1,21 40,5 59,2 17,6 25,7 0,682 1,71 29,3 85,6 13,4 39,1 0,895
1,22 40,1 59,6 17,4 25,9 0,688 1,72 29,2 86,4 13,4 39,5 0,897
1,23 39,7 59,9 17,3 26,0 0,695 1,73 29,1 87,1 13,4 39,9 0,899
1,24 39,8 60,3 17,1 26,2 0,701 1,74 29,0 87,9 13,3 40,2 0,901
1,25 38,9 60,6 16,9 26,4 0,708 1,75 29,0 8,6 13,3 40,6 0,903
1,26 38,5 61,0 16,8 26,6 0,715 1,76 28,9 89,4 13,3 41,0 0,905
1,27 38,1 61,3 16,6 26,8 0,721 1,77 28,8 90,1 13,2 41,3 0,907
1,28 37,7 61,7 16,5 27,0 0,728 1,78 28,7 90,9 13,2 41,7 0,909
1,29 37,3 62,0 16,4 27,2 0,734 1,79 28,6 91,6 13,2 42,1 0,911
1,30 36,9 62,4 16,2 27,4 0,741 1,80 28,5 92,5 13,1 42,5 0,913
1,31 36,6 62,8 16,1 27,6 0,746 1,81 28,4 93,2 13,1 42,9 0,915
1,32 36,3 63,3 16,0 27,8 0,752 1,82 28,3 94,0 13,1 43,3 0,916
1,33 36,0 63,7 15,9 28,5 0,757 1,83 28,2 94,7 13,1 43,8 0,918
1,34 35,2 65,0 15,5 28,7 0,762 1,84 28,21 95,5 13,0 44,2 0,919
1,35 35,5 64,6 15,6 28,5 0,767 1,85 28,0 96,2 13,0 44,6 0,921
187
1,36 35,2 65,0 15,5 28,7 0,773 1,86 28,0 97,0 13,0 45,1 0,921
1,37 34,9 65,5 15,4 29,0 0,788 1,87 27,9 97,7 13,0 45,5 0,924
1,38 34,6 65,9 15,3 29,3 0,783 1,88 27,8 98,5 13,0 45,9 0,926
1,39 34,3 66,4 15,2 29,5 0,789 1,89 27,7 99,2 12,9 46,4 0,927
1,40 34,1 66,8 15,1 29,7 0,797 1,90 27,7 100,0 12,9 46,8 0,929
1,41 33,9 67,3 15,0 30,0 0,798 1,91 27,6 100,9 12,9 47,2 0,930
1,42 33,7 67,9 15,0 30,2 0,802 1,92 27,6 101,8 12,9 47,6 0,932
1,43 33,5 68,4 14,9 30,5 0,806 1,93 27,5 102,7 12,9 48,0 0,933
1,44 33,3 69,0 14,8 30,7 0,810 1,94 27,5 103,6 12,8 48,4 0,934
1,45 33,1 69,5 14,8 31,0 0,814 1,95 27,5 104,5 12,8 48,8 0,935
1,46 32,9 70,0 14,7 31,3 0,819 1,96 27,4 105,4 12,8 49,2 0,936
1,47 32,7 70,6 14,6 31,5 0,823 1,97 27,4 106,3 12,8 49,6 0,937
1,48 32,5 71,1 14,5 31,8 0,827 1,98 27,3 107,3 12,8 50,0 0,939
1,49 32,0 71,7 14,5 32,0 0,831 1,99 27,3 108,1 12,8 50,4 0,940
1,50 32,0 72,2 14,4 32,3 0,835 2,00 27,3 109,1 12,7 50,8 0,941
188
ANEXO VII – TABELAS DE CZERNY (FONTE: apostila de Concreto
Armado I – prof. Sergio Hampshire Santos – UFRJ)
ql x2
Momento positivo no vão menor: M x =
mx
ql x2
Momento positivo no vão maior: M y =
my
ql x2
Momento negativo no vão menor: X x =
− mx
ql x2
Momento negativo no vão maior: X y =
− my
189
190
191
192
ANEXO VIII– TABELAS PARA CASOS ESPECIAIS DE LAJES
CASO λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
A Vx 0,45 0,45 0,44 0,43 0,42 0,41 0,39 0,37 0,34 0,31 0,28 0,22 0,16 0,13
Vy 0,28 0,20 0,32 0,34 0,36 0,40 0,44 0,49 0,54 0,59 0,64 0,72 0,80 0,84
B Vx 0,34 0,32 0,30 0,28 0,27 0,26 0,24 0,21 0,19 0,18 0,15 0,14 0,12 0,10
Vy 0,30 0,34 0,38 0,40 0,42 0,42 0,44 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,62 0,68
Vx1 0,54 0,53 0,53 0,52 0,51 0,51 0,50 0,48 0,47 0,45 0,43 0,39 0,36 0,34
C
Vx2 0,37 0,36 0,35 0,35 0,34 0,33 0,32 0,31 0,28 0,26 0,23 0,21 0,18 0,15
Vy 0,15 0,18 0,20 0,21 0,23 0,24 0,26 0,29 0,35 0,36 0,40 0,46 0,51 0,56
D Vx 0,43 0,42 0,42 0,41 0,41 0,40 0,40 0,39 0,38 0,37 0,35 0,32 0,29 0,27
Vy 0,14 0,16 0,16 0,18 0,18 0,20 0,20 0,22 0,24 0,26 0,30 0,36 0,42 0,46
Vx1 0,50 0,50 0,49 0,48 0,46 0,46 0,41 0,38 0,34 0,32 0,28 0,23 0,18 0,14
E
Vx2 0,28 0,27 0,27 0,26 0,25 0,24 0,23 0,22 0,21 0,18 0,15 0,12 0,10 0,10
Vy 0,22 0,23 0,24 0,26 0,29 0,32 0,35 0,38 0,42 0,45 0,51 0,57 0,63 0,66
F Vx 0,42 0,41 0,40 0,39 0,38 0,37 0,35 0,34 0,32 0,30 0,27 0,23 0,19 0,17
Vy 0,16 0,16 0,20 0,22 0,24 0,26 0,30 0,32 0,36 0,40 0,46 0,54 0,62 0,66
193
MOMENTO NAS LAJES COM BORDO LIVRE:
SITUAÇÃO 1:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Mxy =
my mxy
Carga λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 12,60 11,90 11,30 10,70 10,20 9,80 9,40 9,10 9,10 9,20 9,80 11,00 13,70 16,20
mx 15,30 14,90 14,50 14,10 13,80 13,70 13,60 13,80 14,20 15,20 17,00 20,20 26,30 31,50
1
my 62,40 58,40 54,20 50,00 45,90 41,70 37,10 33,20 29,90 27,40 25,90 26,30 29,70 33,70
mxy 22,30 20,60 19,30 17,90 16,70 15,40 14,10 12,90 11,80 10,80 10,10 9,40 8,80 8,60
mr 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,20 4,30 4,50 4,90 5,60 6,90 8,10
mx 18,00 16,10 14,30 13,10 11,90 18,00 10,20 9,60 9,40 9,30 9,70 10,80 13,10 16,10
2 -my 36,20 33,00 30,80 29,20 27,90 27,20 27,20 29,30 32,80 39,40 52,50 91,00 220,0 500,0
mxy 65,00 51,50 40,50 32,40 25,60 20,40 16,00 12,60 10,20 8,30 6,90 5,80 5,20 4,90
mr 2,95 2,94 2,93 2,92 2,91 2,90 2,85 2,80 2,74 2,65 2,50 2,35 2,20 2,08
3 mx -18,20 -18,40 -18,80 -20,50 -23,20 -31,00 -69,00 105,0 30,00 12,50 7,89 5,70 4,60 4,20
-my 32,10 22,40 16,50 12,80 9,80 7,60 6,10 4,80 3,40 3,10 2,50 2,20 2,10 2,00
194
SITUAÇÃO 2:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Mxy =
my mxy
p
Xy =
ny
Carga Λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 13,10 12,50 12,10 11,70 11,50 11,40 11,50 12,00 13,00 15,20 19,40 29,40 60,20 105,0
mx 18,10 18,10 18,10 18,30 18,80 19,70 21,00 23,30 27,00 34,20 48,00 79,00 174,0 293,0
my 84,00 77,00 70,00 64,00 59,00 55,00 52,00 54,00 57,00 63,00 72,00 85,00 107,0 124,0
1
-ny 12,10 11,30 10,50 9,80 9,10 8,50 7,90 7,40 7,10 6,80 6,80 7,10 8,10 9,00
mxy 262,0 195,0 146,0 110,0 84,0 64,0 48,0 40,0 33,0 29,0 26,0 26,0 30,0 35,0
Β 0,20 0,22 0,25 0,28 0,31 0,34 0,37 0,40 0,43 0,46 0,49 0,53 0,57 0,60
mr 4,30 4,30 4,30 4,30 4,40 4,60 4,80 5,20 5,70 6,40 8,00 11,60 21,0 26,0
mx 21,70 19,80 17,50 15,20 14,20 13,70 12,50 12,60 13,50 16,10 22,20 33,00 52,00 70,00
2 -my 39,80 35,70 32,50 29,60 27,00 24,50 22,10 20,80 18,60 16,20 14,10 12,50 11,50 11,80
-ny 35,30 29,90 21,30 16,50 12,90 10,30 8,40 7,0 5,90 5,10 4,50 4,20 4,30 4,50
mxy 7,50 7,30 7,00 6,80 6,60 6,50 6,40 6,40 6,50 6,60 6,80 7,40 9,10 10,70
195
SITUAÇÃO 3:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Mxy =
my mxy
p P
Xx = Xr =
nx nr
Carga Λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 21,30 20,40 19,00 17,70 16,60 15,30 14,30 12,90 12,40 11,70 11,40 11,60 13,50 16,4
mx 25,20 23,90 22,80 21,80 20,90 20,10 19,40 18,90 18,70 18,60 19,50 21,60 26,6 31,8
my 76,00 71,00 66,00 61,00 57,00 53,00 49,00 43,00 37,00 31,00 30,00 31,00 32,0 35,0
1
-nr 11,60 10,70 9,80 9,00 8,30 7,60 6,90 6,30 5,70 5,10 4,50 4,00 3,80 3,30
-nx 12,4 11,6 11,1 10,6 10,2 9,8 9,3 8,9 8,6 8,3 8,2 8,2 8,1 8,0
mxy 34,00 31,40 29,20 27,00 24,80 22,60 20,40 18,40 16,40 14,60 12,90 11,50 10,40 9,90
mr 51,00 5,10 5,10 5,20 5,20 5,50 5,60 5,60 5,60 5,70 5,80 6,10 7,0 8,4
mx 78,00 60,00 46,00 34,70 25,80 21,80 17,70 14,00 11,00 9,10 7,90 7,50 7,30 8,00
2 -my 24,00 23,00 22,00 22,00 22,00 23,00 23,00 24,00 24,00 25,00 30,00 43,00 72,00 138,0
-nr 1,80 1,70 1,70 1,70 1,70 1,80 1,80 1,8 1,80 1,80 1,80 1,90 2,00 2,00
-nx 208,0 134,0 83,00 56,00 38,00 29,00 21,40 16,20 12,00 9,30 7,70 6,30 5,30 5,20
196
SITUAÇÃO 4:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Mxy =
my mxy
p P
Xx = Xr =
nx nr
Carga Λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 35,30 33,10 30,70 28,20 25,90 36,60 21,40 19,30 17,50 16,00 14,80 14,50 15,40 17,2
mx 37,10 35,10 33,30 31,40 29,90 28,40 26,90 25,70 24,70 23,80 23,80 24,80 28,2 32,3
1 my 108,0 102,0 96,00 90,00 83,00 76,00 68,00 60,00 53,00 48,00 42,40 38,20 37,5 37,5
-nr 17,30 16,00 14,80 13,60 12,40 11,20 10,00 8,80 7,60 6,50 5,50 4,80 4,30 4,10
-nx 17,2 16,5 15,5 14,5 13,5 12,6 11,8 11,0 10,2 9,6 9,1 8,7 8,4 8,3
Mr 7,20 7,20 7,20 7,20 7,20 7,20 7,10 7,10 7,10 7,00 7,00 7,20 7,80 8,80
Mx 140,0 105,0 77,00 56,00 42,00 33,00 27,00 21,00 17,00 15,00 14,00 14,00 14,0 15,0
2 -my 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 22,00 26,00 35,00 65,00 120,0
-nr 2,30 2,30 2,30 2,30 2,20 2,20 2,20 2,20 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,0
-nx 275,0 174,0 106,0 70,00 46,10 34,60 25,00 18,6 13,50 10,10 7,90 6,30 5,30 5,20
197
SITUAÇÃO 5:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Mxy =
my mxy
p P
Xx = Xr =
nx nr
Carga λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 22,50 21,00 19,80 18,60 17,40 16,40 15,60 15,10 15,40 16,00 19,10 25,20 41,00 54,00
mx 27,60 27,00 26,50 26,00 25,90 26,00 26,50 27,90 30,50 34,90 44,00 63,50 118,0 196,0
my 130,00 123,00 115,00 106,00 95,00 83,00 73,00 67,00 66,00 71,00 80,00 105,00 247,0 550,0
1
-nr 11,20 10,30 9,60 9,00 8,40 7,80 7,20 6,70 6,30 6,00 5,90 6,00 6,90 7,60
-nx 14,10 13,40 13,00 12,60 12,30 12,10 12,20 12,30 12,90 13,60 15,10 17,40 22,30 26,10
-ny 19,30 18,00 16,70 15,40 14,10 12,80 11,50 10,30 9,20 8,40 8,00 7,90 8,40 9,10
mr 5,60 5,60 5,60 5,60 5,60 5,70 5,70 5,80 5,90 6,60 7,20 9,80 14,0 18,5
mx 55,00 47,00 39,00 32,00 26,00 21,00 19,10 17,10 18,30 20,10 23,50 29,10 45,00 58,00
-my 22,80 23,40 23,50 24,00 23,80 23,20 22,00 20,20 18,30 16,40 14,40 12,80 11,80 11,4
2 -nr 2,60 2,60 2,60 2,50 2,40 2,40 2,30 2,30 2,20 2,30 2,40 2,90 3,60 4,25
-nx 140,0 100,0 68,00 44,00 33,00 22,00 16,10 12,80 11,00 10,40 10,80 11,80 13,70 14,70
-ny 230,0 152,0 105,0 70,00 48,00 34,00 24,00 14,10 10,10 7,60 6,10 5,50 5,20 5,10
198
SITUAÇÃO 6:
ly
λ =
lx
p p
Mr = Mx =
mr mx
p p
My = Xy =
my ny
p P
Xx = Xr =
nx nr
Carga λ 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,25
mr 35,80 23,40 31,00 28,60 26,40 24,30 22,40 20,90 19,90 19,80 21,30 26,80 46,40 77,00
mx 39,80 38,30 37,00 35,80 34,90 34,30 34,00 34,30 35,60 38,60 45,60 63,60 126. 228,00
my 163,00 152,00 141,00 130,00 119,00 109,00 99,50 91,00 83,40 80,00 83,40 108,00 208,00 417,00
1
-nr 17,80 16,60 15,30 14,10 12,80 11,60 10,40 9,30 8,20 7,40 6,80 6,80 7,60 8,60
-nx 18,70 17,80 17,00 16,20 15,60 15,00 14,50 14,30 14,20 14,70 15,80 18,10 23,00 27,20
-ny 26,40 24,60 22,80 21,10 19,30 17,60 15,80 14,20 12,60 11,10 9,80 9,00 9,00 9,60
mr 7,00 7,00 7,10 7,10 7,20 7,20 7,30 7,30 7,40 7,90 9,20 13,00 21,20 33,50
mx 143,00 112,00 85,00 63,00 47,50 35,50 28,20 24,00 22,10 23,30 27,10 34,30 54,00 84,00
-my 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 21,00 21,00 19,00 17,00 15,00 13,00 12,00
2 -nr 2,30 2,30 2,30 2,20 2,20 2,20 2,10 2,10 2,10 2,20 2,20 2,60 3,30 4,10
-nx 262,00 165,00 102,00 68,00 47,10 35,80 27,00 20,50 15,80 13,20 12,10 12,50 13,90 15,60
-ny ∞ - - - 250,00 120,00 59,00 35,00 20,00 12,40 8,60 5,90 5,30 5,20
199
ANEXO IX – DETALHES GERAIS PARA ARMADURA DE CANTOS DE LAJES EM
BALANÇO (CRITÉRIOS PRÁTICOS)
200
ANEXO X – DETALHES GERAIS PARA ARMADURA DE ABERTURAS (CRITÉRIOS
PRÁTICOS)
201
ANEXO XI – DETALHES GERAIS PARA ARMADURA DE LAJES COM VIGA INCLINADA
(SUGESTÕES PRÁTICAS)
202