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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Transportes
Pós graduação em Engenharia de Transportes
Disciplina: TCP 7200 – Modelagem da Demanda
Professor: Felipe Loureiro
OBSERVAÇÃO
Associaram-se, como argumentos “prós” e “contra” às questões elencadas,
citações dos textos da bibliografia assinalada para consulta. Por vezes estão fora
das classificações, quer por prestarem-se a qualquer uma (quando houver
critério de escolha do planejador, por exemplo) ou por serem meramente
introdutórios do tema abordado.
“Uma vez que as elasticidades assumem que todos os fatores exceto o focado
mantem-se constantes, são úteis apenas para predições a curto prazo pois, a longo
prazo, vários desses fatores são suscetíveis a mudanças.” (Meyer)
“Modelos matemáticos tem valor inestimável, pois oferecerem uma base comum para
que se discutam políticas e que se examinem compromissos inevitáveis, requeridos
na prática, com um mínimo de objetividade.” (Ortuzar)
“...durante sua formulação, calibração e uso, pode-se aprender bastante através da
experimentação, sobre o comportamento e os processos internos do sistema em
escrutínio.” (Ortuzar)
“Um modelo de demanda por viagens pode ser definido como uma relação
matemática entre fluxos de demanda por viagem e suas características, de um lado, e
as atividades e a oferta do sistema de transportes e suas características, do outro.”
(Cascetta) O autor apresenta e explora esta definição (item 4.2.1).
3. O modelo seqüencial quatro etapas representa bem o processo de tomada de
decisão dos usuários do sistema de transportes?
“A principal crítica refere-se à sequência rígida destas etapas, que poderia não
representar o comportamento dos usuários, e ao fato dela permitir pouca interação e
exercícios de feed-back.” (Vasconcelos)
“Na fase de distribuição, Kanafani (1983) lembra que a hipótese de que as demandas
para motivos (e destinos) diferentes são independentes é uma simplificação evidente,
que não reflete o comportamento das pessoas.” (Vasconcelos)
“atribuição das viagens: o principal problema desta fase é que ela assume que as
pessoas escolhem as rotas em função do tempo mínimo, ignorando outros fatores que
podem interferir.” (Vasconcelos)
“De forma geral, a demanda por um produto depende de seu preço, de suas
características relativamente a outros produtos e das características do consumidor
que o consome.” (Meyer)
“À medida que a escala espacial e/ou o tempo de análise aumenta, aumenta também
a complexidade e a abrangência da técnica de análise necessária para tratar
adequadamente o problema de planejamento [...] da mesma forma aumentam os
dados, custos e tempo necessário para a análise.” (Meyer)
“A demanda por transportes pode ser caracterizada como a agregação das decisões
de todas as viagens realizadas por indivíduos dentro de uma área metropolitana.”
(Meyer) – Posição partilhada por Cascetta.
“O nível de agregação empregado depende tanto (se não mais) da qualidade ou nível
de detalhe dos dados disponíveis, das limitações monetárias e temporais impostas à
análise e das técnicas analíticas disponíveis quanto de fatores comportamentais ou
teóricos.” (Meyer)
“...na prática todo modelo assume algumas variáveis como exógenas [...] Uma
consideração explícita sobre o que foi deixado fora do modelo pode ajudar a decidir
quão apropriado ele é em relação a um dado problema.” (Ortuzar)
5. O transporte não-motorizado (a pé e de bicicleta) tem que ser modelado
separadamente do transporte motorizado (individual e coletivo)?
Ortuzar afirma que se deve “compreender melhor o que se pode presumir constante e
o que deve ser aceito como variável para um dado contexto e nível de análise. A
identificação de variáveis exógenas e endógenas a aquelas que podem ser
presumidas como mantendo-se constantes é uma questão crucial na modelagem
econômica.” Assim, tais modais são ignorados ou tratados como dados exógenos
devido a seu pouco peso relativo no sistema de transportes.
Oppenheim aponta como dimensão da demanda por viagem uma série de fatores,
podendo levar-se em consideração, separadamente, o modal utilizado (não há
obrigatoriedade).
6. Dá para modelar os efeitos do congestionamento na malha viária sobre as
decisões de viagem dos usuários?