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SADC,
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++Angola, 16 – 17 de agosto de 2023
'Justiça – Participação Significativa – Inclusão.'
'Justiça - Participação significativa – Inclusão'
Exigimos a integração das questões das mudanças climáticas nas políticas públicas que devem ser
mais inclusivas;
Exigimos maior investimento na adaptação climática e investimento no capital humano à luz da
ética para a sustentabilidade e da justiça intra e intergeracional;
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Exortamos que se tenha em consideração todos os riscos climáticos na tomada de decisão e nos
instrumentos de governança, com atenção especial aos grupos mais vulneráveis, como os sem-
terra, comunidades afectadas pela indústria extrativa mineira, pastores, pequenos agricultores,
pescadores e outros grupos cujos meios de subsistência dependem directamente dos recursos
naturais existentes e outros a serem explorados;
Apelamos a uma maior inclusão das comunidades na exploração dos recursos naturais e maior
apoio financeiro para que as elas possam contribuir de forma sustentável para o alcance das
contribuições determinadas nacionalmente (NDC).
2. TRANSFORMAÇÃO DE CONFLITO
Moçambique e o conflito no leste da RDC continuam e exigem uma agenda cada vez mais concertada
entre os membros da SADC. As medidas de contenção de conflitos devem considerar o impacto do
militarismo na vida das comunidades nas zonas de conflito.
Exigimos respostas urgentes para a protecçãodas vítimas e a garantia tangíveisdos direitos humanos e
humanitários das populações impactadasassim como exigimos uma maior transparência e coerência em
relação às reais causas desses conflitos resultantes da exploração dos recursos.
A região Austral é considerada uma das regiões com maior estabilidade, no entanto, estes conflitos e a
crescente militarização de grupos insurgentesbem como o fenómeno do terrorismo que afecta
Moçambique, devem ser uma preocupação constante para garantir uma paz efectiva e estabilidade nas
áreas afectadas.
3. JUSTIÇA ECONÓMICA
Reiterando as nossas preocupações compartilhadas sobre os impactos negativos das políticas económicas
neoliberais em todos os países da Comunidade de Desenvolvimento da Região,enunciadas por medidas de
austeridade injustas, o excesso de impostos, o alto endividamento e a capacidade reduzida dos Estados de
fornecer bens e serviços públicos adequados às mulheres, crianças e homens vulneráveis na região.
Apelamos a um crescimento económico centrado nas pessoas e na distribuição justa dos recursos
para modernizar as cadeias de valor locais, promover a agregação de valor através da
competitividade e diversificação de produtos tendo como alcance a promoção dum comércio
livre e justo entre os países da comunidade;
Instamos os líderes dos estados membros da SADC a comprometerem-se com a remoção das
barreiras não tarifárias e com a implementação rápida do regime comercial simplificado;
Apelamos aos líderes dos Estados Membros da SADC a investir e melhorar as estratégias de
empoderamento económico das mulheres, apoiando deste modo participação de mulheres
empresárias nas cadeias de valor regionais seleccionadas e facilitando de” facto e de jure” a sua
inclusão financeira.
Nos termos da justiça social e económica, os líderes dos Estados membros da SADC devem
facilitar a inclusão do sector informal, dos pequenos agricultores, pequenos comerciantes,
mineiros artesanais, garimpeiros e comerciantes transfronteiriços materializando assim os acordos
comerciais regionais e pan-africanos sobre zona de livre comércio já ratificados, incluindo o
Acordo de Livre Comércio Continente Africano e outros por ratificar no futuro;
Instamos as lideranças dos estados membros da SADC a endossar e apoiar o apelo para uma
Convenção Tributária das Nações Unidas juridicamente vinculativa bem como a imposição de
receitas redistributivas e impostos sobre a riqueza para atender às necessidades de recursos dos
grupos pobres e marginalizados em todos os países daregião;
Exigimos o fortalecimento dos esforços regionais para reduzir a dependência da dívida por meio
de mecanismos de financiamento regional por via de processos transparentes e responsáveis de
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gestão da dívida assim como exigimos um apelo colectivo da África Austral por mecanismos de
resolução da dívida global juridicamente vinculativos.
6. MIGRAÇÃO E Apatridia.
No reconhecimento
1) das obrigações dos Estados sob várias convenções e tratados internacionais e regionais para
proteger a dignidade e os direitos de todas as pessoas, incluindo seus direitos contra tratamento
cruel, desumano e degradante e privação arbitrária de liberdade
2) dos compromissos assumidos por Estados da SADC, incluindo o “Migration for Southern African
Dialogue (Diálogo sobre Migração na África Austral), recomendamos:
A harmonização e aplicação doméstica de todas as leis, normas e padrões internacionais e
regionais aplicáveis aos direitos das pessoas documentadas, incluindo apátridas e migrantes;
Assegurar que as pessoas detidas com base na sua situação documental sejam tratadas com
humanidade e, queindependentemente da sua situação migratória, nacionalidade, género, etnia,
raça ou outras,recebam toda a protecção legal aplicável, de acordo com o direito internacional, e
demais normas e padrões aplicáveis;
A implementação de mecanismos contra a detenção de pessoas indocumentadas, incluindo
mecanismos para alternativas não privativas de liberdade à detenção.
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Para mais informações e comentários, por favor contacte: Janet Zhou, Secretária Geral , SAPSN,
+263775415685, janet@zimcodd.co.zw | Nelson Joao, Convenor – Angola Local Organisation
Committee, +244913575023 , neljoao7@gmail.com
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