Propriedade: Jornal Makholo * Editor: Tauele Mazivila * Registado Sob número: 94/DGABINFO/2014

Edição Semanal #459* Ano 09 * Terça - Feira * 19 Março de 2024 * Quelimane

Aires Aly apruma FRELIMO na

Zambézia Pág. 03 e 04

Jornal Makholo, 09 anos comunicando para o desenvolvimento

 Jornal Makholo Ano: 09
Contribuintes chamados a maximizar
ganhos da informatização do INSS
(Quelimane Makholo) - O dele-
gado provincial do Instituto
Nacional de Segurança Social
(INSS) na Zambézia, Paulo
Majacunene, convidou os con-
tribuintes do sistema de segu-
rança social a fazerem uso
massivo das facilidades criadas
pela instituição no acesso aos
serviços por si prestados, so-
bretudo face às inovações de
natureza tecnológica que
foram operadas nos últimos
anos, em que já existem
plataformas flexíveis para
quase todos os serviços,
sobretudo no pagamento das
contribuições, bem como para
dar resposta das solicitações
dos utentes do sistema em
tempo útil.
Falando na passada terça-feira, na
cidade de Quelimane, num seminá-
rio inserido na campanha nacional
de sensibilização para o pagamen-
to de contribuições, que decorre de
11 de Março a 24 de Abril do ano
corrente, em todo o país, Paulo
Majacunene sublinhou os esforços
encetados pelo INSS nos últimos
anos, na modernização dos seus
serviços, através da criação de in-
fra-estruturas e várias plataformas
de comunicação e de pagamento
de contribuições, visando a facilita-
ção do acesso e a aproximação aos
utentes.
Daí que, disse o delegado do INSS
na Zambézia, não compreender o
FICHA TÉCNICA
Redacção: Francisco Júnior, Luís de Figueiredo, Iderson Ribeiro, Agostinho Miguel, Sebastião Paulino e Paulo Germa-
no (Chefe) Revisão: Magide * Fotografia: Janette Gazela * Marketing e Publicidade: Dudú Ribeiro
Maquetização: Jornal Makholo *Tiragem: 4.500 exemplares
Endereço:
SEDE: Av. Eduardo Mondlane - Quelimane * Cell: 845977072
E-mail: jornal.makholo@gmail.com
*Edição n°459* Terça-feira
porquê da não maximização, por
parte de alguns contribuintes, do
uso dessas facilidades criadas pela
instituição para o pagamento das
contribuições ao sistema de segu-
rança social, como forma de pou-
par tempo e evitando sanções pre-
vistas nos termos regulamentares,
em caso de falta de canalização de
contribuições. Para Majacunene, a
maior preocupação com a dívida
de contribuições reside no facto de
o INSS não poder pagar as presta-
ções requeridas por um beneficiá-
rio, por motivo de dívida de contri-
buições.
A campanha em alusão, cujo lan-
çamento foi testemunhado pelos
contribuintes, beneficiários e os
parceiros sociais, nomeadamente a
OTM-CS, CONSILMO e o Conselho
Empresarial Provincial da Zambézia
- CEPZ, irá ainda contemplar en-
contros com as confissões religio-
sas, associações e ordens profissio-
19 Março de 2024
nais, para que se tornem partici-
pantes activos durante a campa-
nha de sensibilização aos contribu-
intes e beneficiários do sistema,
incluindo os trabalhadores por con-
ta própria.
No âmbito da informatização e mo-
dernização do sistema de seguran-
ça social obrigatório, a plataforma
electrónica M-Contribuição (Minha
Contribuição, Meu Benefício), a
título de exemplo, tem sido apon-
tado, por muitos trabalhadores e
empregadores como sendo uma
das inovadoras medidas introduzi-
das por esta instituição, pelo facto
de poderem controlar a sua situa-
ção contributiva no sistema, sem
precisar de se deslocar aos balcões
do INSS ou dos bancos para o efei-
to.
Lançado em 2017, pelo presidente
da República, Filipe Jacinto Nyusi,
a plataforma tem sido vista como
um mecanismo que contribui
na redução da falta de canaliza-
ção de contribuições por parte de
alguns contribuintes (empresas ou
entidades patronais), dado que os
beneficiários (trabalhadores) têm
feito o controle directo e perma-
nente da sua situação contributiva
para o sistema, mais concreta-
mente se o seu empregador ou
entidade patronal, que por lei é
quem deve descontar nos salários
e canalizar ao INSS, está a cum-
prir com o estipulado ou não.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
Aires Aly apruma FRELIMO na Zambézia
Quelimane Makholo) – O Mem-
bro da Comissão Política naci-
onal e Chefe da Brigada Cen-
tral da FRELIMO de Assistência
a Província da Zambézia, Aires
Aly, já começou a operar estra-
tégias rumo a victória do parti-
do nas eleições Gerais deste
ano. Logo a sua chegada, Aires
Aly no seu jeito característico
carregado de muita humildade,
simplicidade e disciplina parti-
dária, começou por dirigir uma
conferência de imprensa na
qual instou aos Moçambicanos
para que concentrem suas
atenções na solidariedade para
com os irmãos que sofrem as
atrocidades dos ataques terro-
ristas em Cabo Delgado. Agra-
deceu o cordão de solidariedade
interna e externa movida pelos Mo-
çambicanos, organizações não-
governamentais, instituições do
Estado, países amigos e outros
parceiros que não poupam esfor-
ços no apoio humanitário aos des-
locados dos ataques terroristas em
Cabo Delgado. Enalteceu igual-
mente o papel do Chefe de Estado
Filipe Nyusi que incansavelmente
tem estado no teatro operacional
norte, a dar moral e apoio neces-
sário as Forças de Defesa e Segu-
rança, as Forças da SADC, do Ru-
anda, no combate ao extremismo.
Apelou a população a continuar
aberta para receber em suas casas
às famílias desalojadas devido a
violência armada no norte do País
e pediu o contínuo apoio dos Mo-
çambicanos nas acções de solidari-
edade interna.
Aires Aly encorajou aos compatrio-
tas nacionais que estão nas posi-
ções de defesa a continuarem fir-
mes na tarefa de defesa da pátria.
O membro sénior da maior força
política disse que a ambição do seu
partido é vencer as eleições em
todo território nacional para imple-
mentar os projectos de desenvolvi-
mento e melhoria contínua das
condições de vida dos cidadãos.
Instou aos militantes daquela for-
mação política a convencerem os
potenciais eleitores a apostar nos
programas de governação da FRE-
LIMO para o combate ao terroris-
mo, manutenção da paz, prosperi-
dade e unidade nacional. A FRE-
LIMO tenciona alcançar bons resul-
tados nas eleições Gerais e Presi-
denciais de Outubro próximo e rea-
firmar-se como uma força política
para servir o povo Moçambicano.
Este ano, realizar-se eleições presi-
denciais, para eleição do Presiden-
te da República, deputados da As-
sembleia da República e membros
da Assembleia Provincial. É nesta
perspectiva que o dirigente político
19 Março de 2024
pede a colaboração da população
no sentido de continuar a nutrir
confiança nos programas de gover-
nação da FRELIMO, partido liberta-
dor e da vanguarda do povo Mo-
çambicano.
Agradeceu pelo apoio inestimável
do povo Zambeziano demonstrado
nas eleições Autárquicas do ano
passado, pela maneira ordeira e
pacífica com que foi conduzido to-
do o processo.
Elogiou por outro lado o trabalho
que tem vindo a ser desenvolvido
pelo Governador da Zambézia Pio
Matos e pela Secretaria de Estado
Cristina Mafumo na condução dos
destinos da província. Pediu aos
membros e simpatizantes da FRE-
LIMO a promover os principais ei-
xos em que se assentam os pro-
gramas de governação e o sonho
do partido para com o País. Aires
Aly afirmou que a província da
Zambézia é detentora de enormes
potencialidades que se bem explo-
radas podem explodir o desenvolvi-
mento. Segundo relatou, com as
potencialidades existentes, a popu-
lação maravilhosa, trabalhadora e
hospitaleira é possível alcançar
bons níveis de crescimento. Mas
tudo depende de uma visão estra-
tégica, planos bem concebidos e
técnicos com comprovada compe-
tência e amor ao povo para condu-
zir os destinos a bom porto.
Continua na Pág. 04
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
A província precisa de um governo
sério, consolidado com os princí-
pios da democracia, direitos huma-
nos, cidadania, amor pelo povo,
foco, dedicação, boa experiência
governativa, recursos, e vontade
de gerar mudanças e novos inves-
timentos na vida dos cidadãos.
Vincou que os planos de governa-
ção na FRELIMO são bem estrutu-
rados e alinhados com os anseios
da população com a pretensão de
colocar a província no mapa do
desenvolvimento. Aires Aly indicou
que só com o governo da FRELIMO
a província da Zambézia poderá
sair deste nível de subdesenvolvi-
mento e atingir altos patamares de
crescimento socioeconómico atra-
vés de uma governação, bem es-
truturada, alinhada com os princí-
pios da boa governação, transpa-
rência e melhoria das condições de
vida da população.
O Chefe da Brigada Central da
FRELIMO de assistência à província
da Zambézia não deixou de agra-
decer à população por ter votado
nos manifestos eleitorais da Fre-
limo nas eleições autárquicas de 11
de Outubro passado. Aires Aly pe-
de a colaboração da população da
província da Zambézia na constru-
ção da Vitória da Frelimo nas elei-
ções presidenciais e para as as-
sembleias provinciais de 9 de Ou-
tubro deste ano. A FRELIMO tem
um plano ambicioso de governação
do País e na província da Zambézia
tem objectivos estratégicos para o
incremento dos postos de trabalho,
melhoria das condições de vida da
população com a construção de
novas infra-estruturas na área de
19 Março de 2024
Continuado da Pág. 03
estradas, unidades sanitárias, esta-
belecimentos de ensino entre ou-
tras áreas de desenvolvimento eco-
nómico e social. O dirigente político
disse que conta com a colaboração
da população da província da Zam-
bézia para o alcance da Vitória da
Frelimo nas Eleições gerais, presi-
denciais e para as assembleias pro-
vinciais deste ano. Convocou aos
cidadãos moçambicanos a aderi-
rem ao recenseamento eleitoral
como uma condição fundamental
para eleger e ser eleito. O recense-
amento eleitoral é um ato de cida-
dania e constitui um dos momen-
tos mais importantes para a vida
do País. Pediu para a população
não se distrair com agendas in-
compensáveis que visam desesta-
bilizar a sociedade. O telemóvel.
Apelou aos Membros e simpatizan-
tes da Frelimo a trabalharem de
forma árdua para conquistar a Vi-
tória do partido nos próximos plei-
tos eleitorais. Aires Aly, disse que
apesar do partido ter alcançado
bons resultados nas eleições autár-
quicas ao ter conquistado 60 muni-
cípios, os Membros e simpatizantes
não se devem relaxar pelo contrá-
rio devem estar engajados na luta
contínua para o desenvolvimento e
melhoria das condições de vida dos
cidadãos e isso na sua opinião só é
possível com o governo da Frelimo.
Aires Aly trabalhou igualmente em
alguns distritos da província da
Zambézia onde encorajou aos qua-
dros do partido a manterem-se fo-
calizados nos objectivos do partido.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
Crise política na Renamo: Sandura Ambrósio responsabiliza
Conselho Jurisdicional do partido
Quelimane Makholo) – Sandu-
ra Ambrósio, membro sénior
da Renamo, o maior partido da
oposição em Moçambique, de-
fende que o Conselho Jurisdici-
onal desta formação políti-
ca pode ter cometido falhas à
volta de toda a polémica que
gira em torno da figura do seu
presidente, Ossufo Momade, e
da própria Renamo.
Ele junta-se às vozes daquele par-
tido que querem ver uma Renamo
forte, unida e coesa quando se
aproximam as eleições gerais de 9
de Outubro.
De passagem por Quelimane, pro-
víncia central da Zambézia, a título
privado, Ambrósio entende que o
Conselho Jurisdicional não fez o
seu trabalho de mostrar o caminho
certo ao presidente para a marca-
ção da reunião do Conselho Nacio-
nal e do Congresso tempestiva-
mente.
“Vejo que há cúmplice nesta situa-
ção, não é só o presidente porque
o partido tem órgão que é o Con-
selho Jurisdicional onde está lá o
Dr. Macuiane, Molde Gussi, entre
outros responsáveis. Afinal são
doutores de quê?”, disse Ambósio
à STV, estação privada de televi-
são.
Questionou para depois responder
que “são estas pessoas, quando
viram esta situação do presidente
estar a esticar a corda destituindo
e nomeando delegados da Renamo
nas províncias, eles podiam de al-
gum modo sentar com o presiden-
te, aconselhando sobre a tal legiti-
midade ou não de tomar aquele
procedimento, e indicar melhores
caminhos, porque o presidente já
estava no fim do seu mandato.
Quando uma pessoa está no fim do
seu mandato, independentemente
de serem órgãos eleitos, adminis-
trativamente não podia o presiden-
te mexer com os quadros”.
Afirmou que o presidente do parti-
do pode “não ser culpado desta
crise política toda, mas os órgãos
sociais e de Conselho Jurisdicional,
porque lá tem pessoas formadas e
entendidas na matéria que tem por
fim aconselhar, e, no meu enten-
der, estes indicaram Ossufo Moma-
de para tomar medidas desneces-
sárias, se calhar para no fim ridicu-
larizar o próprio Momade. O órgão
jurisdicional é órgão máximo que
controla o funcionamento dos esta-
tutos e de posições, são eles que
podiam falar com o presidente, daí
que eu responsabilizo estes e devi-
am ser destituídos”.
Ambrósio entende que se o Conse-
lho Jurisdicional tivesse feito o seu
papel antecipadamente, a imagem
de Ossufo Momade e do partido
não estariam denegridas.
Lamenta o facto de haver um
“sentido de isolamento” dos mem-
bros da Renamo à escala nacional,
pelo que deixa ficar alguns cami-
nhos para a reconciliação interna
por forma que a Renamo volte aos
seus momentos.
“Os membros da Renamo devem
se encontrar, o presidente Ossufo
Momade não pode ter medo dos
seus elementos para o bom porto
do partido. Veja só que talvez se
todos os membros, com destaque
para aqueles que estão comprome-
tidos com o sucesso, crescimento e
boa imagem do partido, isso tudo
que ocorre neste momento, talvez
pudesse acabar. Ainda que algum
membro tivesse um processo para
o tribunal, talvez não seria preci-
so”, disse Ambrósio, sublinhando
que, “chegado o processo em tri-
bunal é uma clara exposição do
partido de forma desnecessária. Se
não vejamos: quem são os juízes
do tribunal, sem dúvidas são os
membros da Frelimo [partido no
poder no país]. É mau ver juízes
que até desconfiamos de serem
membros da Frelimo a julgar coisas
que tem a ver com a Renamo. Nós,
dentro do nosso partido, temos
que ter mecanismos de como ultra-
passar os nossos conflitos, isso é
muito importante. Muitas vezes
minimizamos os assuntos, alastram
-se e tomam contornos como os
que estamos a viver”.
Ambrósio baseou-se no posiciona-
mento do Presidente da República,
Filipe Nyusi, que no passado recen-
19 Março de 2024
te, tomou a iniciativa de se deslo-
car a Serra da Gorongosa [na pro-
víncia central de Sofala] para se
encontrar com o falecido líder da
Renamo Afonso Dhlakama em tem-
po de conflito armado, para a esta-
bilidade e pacificação do país, co-
mo bom exemplo de reconciliação
e que Ossufo Momade devia seguir
caminhos iguais para se reconciliar
com os demais quadros da Rena-
mo, neste momento isolados da
sua liderança.
“Acham que o Presidente da Repú-
blica na altura não tinha conselhei-
ros, será que tudo que eles diziam
era favorável aos encontros? Acre-
dito que Filipe Nyusi ouvia e filtra-
va os conselhos dos seus assesso-
res e tomava melhor posição para
o bem dos moçambicanos. É aí que
Ossufo Momade precisa seguir, no
sentido de procurar pelos membros
e sem esperar do comando dos
conselheiros próximos a ele, grupo
pequeno que até pode não dar bo-
as ideias”.
Ele espera por uma Renamo me-
lhor nos próximos momentos e à
altura de entrar na corrida eleitoral
este ano para amealhar bons resul-
tados.
Ambrósio ficou conhecido aquando
da sua eleição ao cargo de delega-
do político provincial da Renamo
em Sofala em 2019, mas viria a
não ocupar aquela posição por ale-
gado mau entendimento com a
liderança máxima do partido.
Mais tarde foi acusado de estar no
grupo de cinco arguidos, conside-
rado culpado do crime de conspira-
ção contra a segurança de Estado,
ao financiar a auto-proclamada
Junta Militar da Renamo, que ater-
rorizava o centro do país.
Tratava-se de um grupo de dissi-
dentes do maior partido da oposi-
ção que perpetrava ataques na re-
gião centro. Nessa altura, o Tribu-
nal Judicial de Dondo [em Sofala]
considerou que ficou provado o
envolvimento dos cinco no apoio
financeiro ao grupo e condenou-os
a penas suspensas de cinco anos de
prisão.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
Recenseamento eleitoral decorre a bom
ritmo
Quelimane Makholo) – Pouco dem corrigir os problemas de pas- com capacidade eleitoral para se
mais de quatro mil potenciais
eleitores já se recensearam na
província da Zambézia tendo
em vista as eleições gerais,
Presidenciais e para as Assem-
bleias Provinciais de 09 de Ou-
tubro deste ano. O Secretariado
Técnico de Administração Eleitoral
refere que o recenseamento decor-
re a bom ritmo desde o seu arran-
que semana passada a escala naci-
onal. Maior parte dos postos de
recenseamento eleitoral estão a
funcionar dentro da normalidade
embora haja problemas de fraca
afluência dos potenciais eleitores
nestas primeiras semanas do re-
censeamento e o fraco domínio
das máquinas por parte de alguns
brigadistas. O Secretariado Técnico
de Administração Eleitoral afirma
que o problema da fraca afluência
poderá ser resolvido paulatinamen-
te ao longo dos próximos dias com
maior consciencialização dos cida-
dãos sobre a importância do censo
eleitoral para o desenvolvimento
socioeconómico do País. Apesar
das turbulências registadas o ano
passado relacionadas com suposto
mau funcionamento do recensea-
mento eleitoral entre outros aspec-
tos. Os órgãos eleitorais preten-
sado e imprimir maior dinâmica no
recenseamento deste ano.
No acto de lançamento do recense-
amento eleitoral na Escola primária
de Quelimane na última sexta-feira
o Presidente da Comissão Provinci-
al de Eleições na Zambézia Emílio
Mpanga refere que é normal haver
nos primeiros dias problemas de
falta de domínio dos mobiles por
parte dos brigadistas afectos aos
postos de recenseamento. Justifi-
cou a medida com o facto de al-
guns brigadistas serem jovens,
adultos pouco escolarizados que
muitas vezes não dominam o equi-
pamento informático. Emílio Mpan-
ga, diz que apesar desses peque-
nos constrangimentos iniciais o
processo de recenseamento eleito-
ral vai abranger os mais de um mi-
lhão e quinhentos mil eleitores pre-
vistos que sejam registados nos
cadernos eleitorais este ano na
Província.
O Presidente da Comissão Provinci-
al de Eleições assegura que todo o
trabalho está a ser feito ao nível
das Comissões Distritais e dos Se-
cretariados Técnicos de Adminis-
tração Eleitoral com vista a assegu-
rar maior transparência, eficiência,
legalidade nos procedimentos elei-
torais. Mpanga apela aos cidadãos
19 Março de 2024
fazerem aos Postos de recensea-
mento eleitoral a fim de se recen-
sear para que estejam prontos pa-
ra eleger e serem eleitos nos plei-
tos deste ano.
Na sua visita de trabalho de quatro
dias à província da Zambézia o
Chefe da Brigada Central da FRE-
LIMO de assistência à Província da
Zambézia inteirou-se do funciona-
mento do recenseamento eleitoral
em alguns distritos da província
tendo constatado que o recensea-
mento decorre de forma satisfató-
ria e sem grandes constrangimen-
tos que possam comprometer o
alcance das metas.
Aires Aly, observou que os briga-
distas estão empenhados no recen-
seamento eleitoral embora haja
alguns problemas que facilmente
podem ser ultrapassados ao longo
do tempo. O Chefe da Brigada
Central do partido FRELIMO de as-
sistência à província da Zambézia
Aires Aly exorta a população com
capacidade activa para o recensea-
mento a dirigir-se aos respectivos
Postos para formalizar o registo
nos cadernos eleitorais a fim de
participar massivamente nas elei-
ções de 9 de Outubro deste ano
que constituem um momento es-
pecial para eleição dos dirigentes
do País. Referiu na ocasião que o
partido Frelimo está a trabalhar ao
nível da base ao topo na mobiliza-
ção dos cidadãos e divulgação das
linhas daquilo que poderá vir a ser
o seu manifesto para os próximos
cinco anos em caso de Vitória. A
Frelimo continua a mobilizar os ci-
dadãos a participarem activamente
no processo eleitoral e a saber es-
colher o melhor programa de go-
vernação para o País. Disse que a
convicção com que sai da província
é que Zambézia está num bom ca-
minho e os Membros e simpatizan-
tes do seu partido continuam a tra-
balhar engajados no bem servir
aos cidadãos.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°458* Terça-feira
Sistema Tributário deve crescer
ao ritmo dos desafios do País
Quelimane Makholo) – O Dele-
gado Provincial da Autoridade
Tributária na Zambézia diz que
o País precisa de um Sistema
Tributário mais competitivo e
que se ajusta a realidade dos
desafios económicos da actua-
lidade. Ambrósio Orrubale, te-
ceu essas constatações na ce-
rimónia de lançamento da
“chamada Tributária” uma
campanha publicitária de nível
nacional que visa consciencia-
lizar os cidadãos e actores eco-
nómicos a cultivarem o hábito
de pagamento de impostos.
Dissertando sobre o Tema, tributa-
ção para o desenvolvimento, o de-
legado da autoridade tributária na
Zambézia referiu que o sistema
nacional tributário ainda não está
fortemente preparado para respon-
der aos grandes desafios de desen-
volvimento socioeconómico do Pa-
ís. Nesta conformidade, sugere que
haja um maior comprometimento
dos cidadãos, empresas multinaci-
onais, pequenas e médias, cida-
dãos singulares e outros actores no
estabelecimento de um sistema
tributário mais robusto capaz de
responder aos desafios que o País
enfrenta.
Ambrósio Orrubale, estica as cor-
das vocais e vai mais fundo, afir-
mando que um sistema tributário
bem estruturado pode ajudar a
resolver vários problemas económi-
cos que o País atravessa. O actual
nível de contribuição através de
pagamento de taxas, impostos e
receitas ainda não é suficiente para
cobrir às necessidades principais
do País quer em termos de despe-
sas públicas de bens e serviços
bem como de investimentos. Avan-
ça que o País tem estado a investir
anualmente na construção de no-
vas escolas, unidades sanitárias,
vias de acesso, expansão da rede
eléctrica e de abastecimento de
água, bem como no pagamento de
outras despesas de bens e serviços
aos cidadãos e funcionários do Es-
tado com base nos orçamentos por
um lado produzidos pelo próprio
estado, através da arrecadação de
receitas à vários níveis, mas este
nível de captação de receitas para
o erário Público não tem sido sufi-
ciente para colmatar maior parte
dos problemas que enfermam a
vida do País.
“Somos chamados através desse
movimento nacional a encarnar
uma cultura Tributária focada no
desenvolvimento do País e capaz
de solucionar os problemas que
Moçambique enfrenta. E para atin-
girmos esse nível de tributação de-
vemos incutir nos cidadãos a todos
os níveis a consciência da tributa-
ção ”-explicou.
O Delegado da Autoridade Tributá-
ria na Zambézia disse ser necessá-
rio introduzir um conjunto de medi-
das com vista a melhor estruturar
a cadeia da tributação para que o
Estado encaixe mais receitas e al-
cance altos volumes suficientemen-
te adequados para minimizar al-
guns problemas que o País enfren-
ta. Sendo certo, que o pagamento
de taxas e impostos poderá não
cobrir na totalidade as despesas de
pagamento de salários, investimen-
tos e infra-estruturas socioeconó-
micas, o orador da palestra que
decorreu na última Sexta-feira no
restaurante cafuro, está convicto
que o País tem bases para atingir
altos patamares de tributação num
processo ambicioso de inclusão e
participação activa dos agentes
económicos e cidadãos singulares.
Ambrósio Orrubale, afirma que
com adopção de medidas agressi-
vas e persuasivas e com o compro-
metimento de todos é possível al-
cançar bons níveis de tributação. O
Delegado da Autoridade Tributária
na Zambézia explicou que o País
precisa de dar passos gigantescos
12 Março de 2024
que possibilitem a mobilização co-
lectiva dos cidadãos e toda a car-
teira dos actores do leque econó-
mico a contribuírem com uma par-
te dos seus rendimentos para ro-
bustez e estabilidade dos cofres do
Estado. Essa visão poderá ajudar o
País a lançar outros patamares de
desenvolvimento socioeconómico e
deste modo construir um sistema
tributário bastante eficaz e alinha-
do com os desafios prementes de
desenvolvimento socioeconómico
do País. É nesta vertente que o
Delegado, Provincial da Autoridade
Tributária na Zambézia recomenda
aos cidadãos, agentes económicos,
todos os intervenientes do sector
económico para que ganhem a
consciência tributária no sentido de
contribuir para um sistema tributá-
rio mais estabilizado e resiliente
aos embates climáticos e choques
externos. O palestrante, defende
que o sistema tributário em Mo-
çambique deve ser resiliente para
suportar a pressão dos desastres
naturais como ciclones, cheias e
inundações e permitir que o Estado
tenha capacidade financeira para
responder aos desafios da insufici-
ência de estabelecimentos de ensi-
no, vias de acesso com maiores
condições de transitabilidade, pa-
gamento de salários na função pú-
blica, de bens e serviços, entre ou-
tras despesas.
Ambrósio Orrubale, insta aos cida-
dãos proprietários de pequenas e
médias empresas a estarem alinha-
dos com os princípios do desenvol-
vimento económico através da
contribuição com o pagamento de
taxas e impostos atempadamente,
cumprimento de todas outras obri-
gações fiscais. Segundo suas pala-
vras isso poderá contribuir para o
fortalecimento de um sistema naci-
onal tributário bastante prestativo
na resolução dos problemas da po-
pulação.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
Zambézia tenta evitar onda de devolução de
processos no Tribunal Administrativo
Quelimane Makholo) – O Go-
verno da província da Zam-
bézia decidiu submeter técni-
cos e gestores dos recursos
humanos ao processo de capa-
citação, com vista a elevar su-
as habilidades em meterias de
formulação processual, relaci-
onado com os procedimentos
de contratação do pessoal.
A primeira fase iniciou semana
passada, contemplando gestores
dos recursos humanos; dos servi-
ços e direcções provinciais, delega-
ções provinciais, secretários per-
manentes e distritais, numa sessão
oficial, na qual a secretária de Es-
tado, Cristina de Jesus Mapfumo
deixou recomendações.
“ O nosso objectivo neste pro-
grama de capacitação técnica
de gestores, é incrementar
maior capacidade técnica dos
servidores públicos em maté-
ria de instrução de processos a
ser submetidos ao tribunal ad-
ministrativo com vista a redu-
zir e porque não eliminar os
índices de solicitação, devolu-
ção e recusa de vistos aquele
órgão de soberania de Estado”,
recomendou.
Ela alertou o facto de as institui-
ções públicas registar frequente-
mente casos de processos cuja tra-
mitação não regista avanços nos
tribunais, devido as lacunas identi-
ficadas nos procedimentos de for-
mulação, dentre outras irregulari-
dades que mexem com a credibili-
dade das qualificações técnicas de
gestores do pessoal.
Com efeito não escondeu a sua
desilusão pelo facto de os tribu-
nais, em alguns ter que assumir
uma atitude quase que clemências,
na sua tentativa de atenuar a gra-
vidade da situação, devolvendo os
expedientes que deveriam ser re-
jeitados, com instruções a ser se-
guidas correctamente com vista a
dar prosseguimento processual.
“Uma das competências daquele
órgão (tribunal) é dar visto ou re-
cusar, não tem outra alternativa. O
acto do tribunal de devolver isso só
é amabilidade. Não é competência
Capacitando gestores dos recursos humanos
do tribunal instruir as entidades
para rectificar ali, advertir que esta
lei que você que invocou está erra-
do, deve ajustar isto e aquilo. O
processo tem isto ou porque o do-
cumento que está neste processo
caducou isto é isto”, assinalou.
Lembrou que, nos termos legais, o
tribunal quando é confrontado por
erros no expediente remetido, pe-
naliza o gestor dos recursos huma-
nos emitindo, como retaliação pela
atitude que induziria o juiz a come-
ter irregularidades.
A situação atingiu gravidade nos
órgãos do sector público na Zam-
bézia de tal modo que, segundo
referiu a secretaria de Estado pro-
vincial, os documentos que supor-
tam o dossier, por vezes expira
prazos antes de registar avanços
na tramitação, enquanto se tenta
rectificar as lacunas registadas ao
longo da instrução processual.
“O período de caducidade dos nos-
sos documentos é de três meses.
Se um documento chega ao Tribu-
nal Administrativo caducado signifi-
ca que estão a tramitar esse pro-
cesso há mais de três meses, dai
que o documento caducou em ple-
no momento de tramitação”, ob-
servou, crucificando os gestores da
área de recursos humanos por falta
de zelo.
Na sua qualidade de responsável
de hierarquia mais elevada da má-
quina de administração pública na
província, Cristina de Jesus disse
ser uma vergonha para si ser con-
frontada com enorme volume de
expedientes que não conseguem
avançar nos trâmites por questões
lacónicas.
“É importante assumir isto com
seriedade, colegas, porque quando
o Tribunal devolve um expediente,
praticamente está a declarar que
eu sou burra. Assino os documen-
tos por confiança plena dos meus
quadros, para depois ser surpreen-
dida por este tipo de decisões. É
como se estivessem a chamar-me
de burra”, declarou.
Na ocasião o juiz Presidente do
Tribunal Administrativo referiu que
o seminário de dois dias visava re-
19 Março de 2024
duzir os índices de erros na trami-
tação de processos administrativos
nas instituições do Estado. O semi-
nário serviu para incutir nos partici-
pantes, novos métodos de elabora-
ção de processos administrativos
que facilitem uma aprovação do
Tribunal administrativo. O juiz Pre-
sidente do Tribunal Administrativo
afirmou que com os conhecimentos
adquiridos poderão reduzir subs-
tancialmente as falhas que os ges-
tores públicos cometiam na elabo-
ração dos actos administrativos
quer para promoções mas também
contratação de empreitada de
obras públicas, fornecimento de
bens, serviços e para o pessoal
técnico.
“Pretendemos com este treinamen-
to reduzir as margens dos erros
que se verificavam na elaboração
dos processos submetidos ao Tri-
bunal Administrativo e acreditamos
que com esta capacitação os ges-
tores dos recursos humanos esta-
rão mais munidos de ferramentas
técnicas que os possibilitem articu-
lar processos com mais proprieda-
de, com mais competência técnica
e isso vai flexibilizar as actividades,
permitir que os trabalhos corram
dentro do cronograma e que os
objectivos sejam rapidamente al-
cançados” - Naife.
Entretanto, alguns participantes do
seminário de capacitação, agrade-
cem o gesto do Conselho dos Ser-
viços Provinciais de Representação
do Estado pelo treinamento que
segundo defendem irá contribuir
para uma melhor elaboração dos
actos administrativos em diversos
sectores da Administração pública.
Doravante espera-se que as insti-
tuições do Estado possam traba-
lhar afincadamente e de forma cé-
lere na tramitação de vários pro-
cessos ligados à transferência de
funcionários bem como prestação
de serviços. Com os conhecimen-
tos adquiridos durante a capacita-
ção, as instituições estão agora
mais fortalecidas e com domínio
dos procedimentos legais obede-
cendo às orientações do Tribunal
Administrativo.
 Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira
Maganja e Morrumbala: Fome embaraça
População
Quelimane Makholo) – Pouco
mais de vinte mil pessoas es-
tão em risco de fome no distri-
to da Maganja da Costa na
Zambézia devido ao fenómeno
el-nino que provoca escassez
de Chuva. A situação coloca em
risco de vida a várias famílias que
recorre a agricultura para a sua
subsistência mas que devido ao
problema de insuficiência de Chu-
va, tem sido difícil lograr bons re-
sultados na produção agrícola. A
presente campanha agrária 2023
2024 tem estado a ser manchada
por fraca pluviosidade contribuindo
para uma baixa produção de comi-
da. O problema da escassez da
chuva provocado pelo fenómeno el
-nino preocupa os produtores agrí-
colas do sector familiar não só na
província da Zambézia como em
outros cantos do País que depen-
dem fundamentalmente da produ-
ção para a sua sobrevivência. In-
formações em nosso poder indicam
que várias famílias já começam a
ressentir-se de bolsas de fome em
algumas regiões da província da
Zambézia. Tal é o caso do Posto
Administrativo de Megaza no distri-
to de Morrumbala onde há relatos
de bolsas de fome e algumas famí-
lias que maioritariamente se dedi-
cam a pesca e a agricultura para a
sua subsistência. A província da
Zambézia projecta produzir na pre-
sente safra agrária perto de nove
milhões de toneladas de produtos
agrícolas diversos, mas esta pre-
tensão poderá não ser alcançada
na totalidade devido à ameaça pro-
vocada pelo fenómeno el-nino ca-
racterizado por insuficiência de
chuva, principalmente nos Campos
agrícolas. A situação pode provocar
igualmente escassez de produtos
alimentares e consequentemente a
inflação dos preços dos produtos
nos principais mercados.
As autoridades governamentais
ainda não declararam oficialmente
se a campanha agrícola pode estar
comprometida devido ao fenómeno
el-nino mas a população e princi-
palmente os produtores agrícolas
já começam a ressentir-se da es-
cassez de produtos alimentares
devido à baixa produção provocada
pelo referido fenómeno. O impacto
negativo do el-nino já começa a
ser visível em algumas famílias que
procuram a todo o custo melhorar
a produção agrícola. O fenómeno
El-nino está desestruturar a segu-
rança alimentar de várias famílias.
O cenário de fome começa a ser
preocupante visto que várias famí-
lias estão dependentes de consu-
mo de produtos não recomendá-
veis para uma alimentação equili-
brada. O distrito de Morrumbala na
Zambézia está a braços com uma
crise de fome concretamente no
Posto Administrativo de Megaza,
colocando em extrema dificuldade
alimentar há alguns populares da-
quela região. A situação da fome
obriga as comunidades locais a re-
correrem a tubérculos para se ali-
mentarem. O Administrador distri-
tal de Morrumbala na Zambézia
João Nhambessa veio a Público
afirmar que reconhece o facto de
algumas comunidades locais esta-
rem a alimentar-se de tubérculos
mas o governo continua a provi-
denciar a assistência à aquelas fa-
mílias e apela ao uso de outras cul-
turas como milho, mandioca, mapi-
ra e feijões para a sua alimenta-
ção. Se o problema de escassez de
chuva prevalecer o problema de
bolsas de fome poderá agudizar-se
nos próximos dias, podendo colo-
car parte da população daquela
região da província em situação de
elevada vulnerabilidade. Para o
caso particular do distrito da Maga-
nja da Costa, muitas das famílias
afectadas pelo drama da seca, pro-
vocada pelo fenómeno, fazem par-
te do grupo das vítimas do ciclone
tropical Fred que arrasou extensas
áreas agrícolas em Março do ano
passado. Às famílias camponesas
fustigadas pelos efeitos negativos
do ciclone tropical Freddy que arra-
sou severamente alguns distritos
da província da Zambézia continu-
am a ressentir-se dos efeitos nega-
tivos provocados pelo evento cli-
19 Março de 2024
matérico extremo. O problema de
fome e procura incessante de ali-
mentos para a sobrevivência diária
das famílias camponesas. São vá-
rias as famílias que enfrentam difi-
culdades na produção agrícola de-
pois da destruição dos seus Cam-
pos. Coincidentemente o fenómeno
el-nino está a dificultar a produção
de comida nas mesmas regiões
fustigadas pelo fenómeno climaté-
rico extremo. As autoridades go-
vernamentais com particular enfo-
que para o sector da agricultura e
pesca na província, continuam a
trabalhar com os produtores agrí-
colas dando a assistência necessá-
ria às comunidades.
Às bolsas de fome estão a embaraçar
a vida da população que depende par-
ticularmente da produção agrícola pa-
ra a sua sobrevivência. Algumas famí-
lias do distrito de Morrumbala, quei-
xam-se de falta de Chuva e insuficiên-
cia de alimentos para a sua sobrevi-
vência. “Estamos há bastante tempo
com dificuldades de água nos nossos
Campos agrícolas por falta de Chuva.
A Chuva quando cai num dia leva mui-
to tempo para voltar a cair, passam
três a quatro semanas e isso compro-
mete os esforços que temos feito para
a produção de comida. Nas nossas
comunidades a população vive maiori-
tariamente a base do que produz nas
suas machambas. Cada família tem o
seu campo agrícola onde produz seus
alimentos e quando não chove isso
cria grandes prejuízos para nós. Desta
vez a falta de Chuva nos lixou muito.
Nos anos passados era o problema do
ciclone e excesso de chuva mas em
algum momento conseguimos uma
parte da produção. Esperamos que o
nosso governo nos apoie em alimentos
porque estamos mesmo a sofrer preci-
samos de comida.”
Um outro morador local explica que
tem sido difícil para várias famílias
aceder aos produtos alimentares num
ambiente em que a seca predomina na
região.
“Pedimos socorro quase todos os dias
a nossa luta tem sido andar atrás de
comida, tendo em conta que os nossos
produtos alimentares têm estado a
secar, às nossas machambas estão
secas sem nada recorremos a outros
frutos impróprios pedimos ajuda”- En-
datisou.
Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira 19 Março de 2024
Jornal Makholo *Ano: 09 *Edição n°459* Terça-feira 19 Março de 2024