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2017 Confederação Nacional de Municípios – CNM.

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Organização Orientação Editorial


Área Técnica de Finanças Keila Mariana de A. O. Pacheco
Luciane Guimarães Pacheco
Textos
Fabiana Barbosa de Santana Revisão de textos
Thalyta Cedro Alves de Jesus Keila Mariana de A. O. Pacheco
Prefeitura Municipal de Tapurah – MT
Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Pinhal – SP Diagramação
Prefeitura Municipal de Serra – ES Themaz Comunicação Ltda.
Prefeitura Municipal de Nova Bandeirantes – MT
Prefeitura Municipal de Cafarnaum – BA Diretoria-Executiva
Gustavo de Lima Cezário
Supervisão Técnica
Augusto Braun

Ficha catalográfica:

Confederação Nacional de Municípios – CNM


Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017. Boas práticas compartilhadas para as
Finanças Municipais – Brasília: CNM, 2017.

64 páginas.
ISBN 978-85-8418-080-6

Palavras-chave: Finanças Municipais. Boas Práticas. Receita. Arrecadação. IPTU. IPVA.


Nota Fiscal Eletrônica. Simples Nacional. Sefisc. Energia Eólica.

SGAN 601 – Módulo N – Asa Norte – Brasília/DF – CEP: 70830-010


Tel.: (61) 2101-6000 – Fax: (61) 2101-6008
E-mail: atendimento@cnm.org.br – Website: www.cnm.org.br
Diretoria CNM – 2015-2018
Presidente Paulo Roberto Ziulkoski

Vice-Presidente Glademir Aroldi

1o Secretário Eduardo Gonçalves Tabosa Júnior

2o Secretário Marcelo Beltrão Siqueira

1o Tesoureiro Hugo Lembeck

2o Tesoureiro Valdecir Luiz Colle

Conselho Fiscal – Titular Mário Alves da Costa

Conselho Fiscal – Titular Expedito José do Nascimento

Conselho Fiscal – Titular Dalton Perim

Conselho Fiscal – 2o Suplente Cleudes Bernardes da Costa

Conselho Fiscal – 3o Suplente Djalma Carneiro Rios

Região Sul – Titular Seger Luiz Menegaz

Região Sudeste – Titular Elder Cássio de Souza Oliva

Região Sudeste – Suplente Jurandir Barbosa de Morais

Região Nordeste – Titular Maria Quitéria Mendes de Jesus

Região Nordeste – Suplente Gilliano Fred Nascimento Cutrim

Região Centro-Oeste – Titular Divino Alexandre da Silva


Carta do Presidente
Promover o bem público e o atendimento
das demandas da sociedade são objetivos de
todos os gestores municipais. Entretanto, para alcançar essas metas, é
necessário possuir instrumentos para o seu desenvolvimento, como re-
cursos financeiros disponíveis e pessoas comprometidas com a correta
movimentação e utilização do erário público.
Os Municípios são os principais executores das políticas públi-
cas, mas na partilha dos recursos ficam somente com 17% de toda a
arrecadação, tornando precária a sua situação financeira. A crescen-
te demanda por serviços públicos, o desequilíbrio das transferências
constitucionais, que acabam estrangulando os orçamentos, e o entupi-
mento de responsabilidades atribuídas aos Municípios obrigam os En-
tes locais a recorrerem ao endividamento e a diminuírem a qualidade
dos serviços prestados.
Os gestores municipais se deparam todos os dias com inúmeras
dificuldades e acabam por enfrentar os desafios em diferentes áreas,
sequer podendo contar com o auxílio do governo federal.
Existe uma necessidade urgente de investimento em ações ino-
vadoras e criativas que garantam a entrada do recurso nos cofres pú-
blicos locais. Ações essas focadas no fortalecimento da arrecadação
própria. Por isso, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) reuniu
importante material com algumas boas práticas já executadas nos Mu-
nicípios que serão apresentadas nesta publicação para proporcionar a
troca de ideias entre os gestores e até mesmo incentivar novas práticas
que colaborem com o atual cenário financeiro municipalista.
Boas ideias e boa leitura!

Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM
Sumário
Diretoria CNM – 2015-2018......................................................................5
Carta do Presidente.................................................................................7
Gestão Municipal, Projetos em Ação – Boas práticas devem ser com-
partilhadas.............................................................................................. 11
O que são Boas Práticas?....................................................................13

PROJETO EM AÇÃO 1
A implantação da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica no Município de
Tapurah – MT..........................................................................................14

PROJETO EM AÇÃO 2
Município de Santo Antônio do Pinhal aumenta arrecadação do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA ....................25

PROJETO EM AÇÃO 3
Município de Serra/ES aumenta arrecadação do ISS com a cobrança
do Simples Nacional..............................................................................36

PROJETO EM AÇÃO 4
Nova Bandeirantes/MT aumenta arrecadação com ações no Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU).......................................................45

PROJETO EM AÇÃO 5
Instalação de Parque Eólico no Município de Cafarnaum/BA traz me-
lhorias na arrecadação..........................................................................58

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 9
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
10 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Gestão Municipal, Projetos
em Ação – Boas práticas
devem ser compartilhadas
No Brasil existem mais de 5.568 Municípios. Desses, cerca de
80%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), possuem menos de 50 mil habitantes. Mas por que falar sobre
isso? Os Municípios enfrentam dias difíceis, e, apesar de uma longa
sequência de esforços, os desajustes estruturais da nossa economia,
o descontrole das contas públicas no país, os orçamentos esfolados,
os recursos limitados e a crescente responsabilidade atribuída aos En-
tes locais, que se veem atolados com demandas por mais e melhores
serviços públicos, agravam ainda mais a situação, que é intensificada
principalmente nos pequenos Municípios.
Para entender melhor essa situação, faz-se necessário compreen-
der o perfil dos nossos Municípios, para que dessa forma seja possível
saber qual é a potencial capacidade de ampliação de seus recursos:

GRANDE – maior capacidade de arrecadação de ISS e IPTU;


MÉDIO – dependente da transferência do ICMS;
PEQUENO – dependente da transferência do FPM.

Há os Municípios de grande porte – com número de habitantes


superior a 150 mil – que têm uma capacidade muito maior de arrecadar
as receitas próprias como o ISS, o IPTU e o ITBI; e isso por uma lógica
de que ali a capacidade econômica e contributiva dos cidadãos é mui-
to mais elevada, o que garante a importância dessas receitas próprias
no orçamento do Município. Já os Municípios de médio porte (entre 50

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 11
mil e 150 mil habitantes) dependem fortemente do ICMS; e os peque-
nos – abaixo de 50 mil habitantes – dependem quase que integralmen-
te das transferências constitucionais, o Fundo de Participação dos Mu-
nicípios (FPM).
É importante para o gestor municipal entender qual é o perfil de
desenvolvimento das suas próprias receitas e também das transferências
do Estado e da União. No entanto, não é porque o Município é pequeno
que precisa ficar atrelado somente ao FPM – este deve também se con-
centrar em todas as possibilidades de qualificar e quantificar sua receita.
A partir do momento em que o gestor identifica o perfil do Municí-
pio, considerando a variedade brasileira, fica evidente que as deman-
das locais são inúmeras, assim como a diversidade de realidades, de
ofertas de serviços e de perfil fiscal, técnico e administrativo.
Tendo em vista essa realidade, surge a necessidade de buscar
iniciativas, experiências e soluções que podem ser aplicadas em seu
território e que possam até mesmo depois servir de referência para
outros Municípios, com a finalidade de garantir recursos para a susten-
tabilidade financeira e atender às demandas da população.
Programas, projetos e atividades de gestão pública que respon-
dem positivamente a essas necessidades são apresentados, aqui,
como boas práticas. E ainda que seja necessário realizar adaptações,
sempre há o que se aproveitar delas.
São diversas as iniciativas voltadas para o desenvolvimento da
gestão fiscal e tributária que contribuirão para o aprimoramento da ar-
recadação municipal.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


12 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
O que são Boas Práticas?
Quando se fala em boas práticas, imediatamente vem a ideia de
inovação e de criação; mas será que a gestão que busca novas ideias,
projetos, políticas e programas, produtos e processos está realizando
boas práticas?
Ao longo dos anos, o que se percebe em boa parte dos Municí-
pios, principalmente os menores, é que o processo de modernização
gerencial e a eficiência fiscal encontram obstáculos, que vão desde ca-
dastros incompletos a legislações desatualizadas, passando por tecno-
logia não compatível com as ferramentas modernas, instalações físicas
inadequadas, insuficiência ou ausência de qualificação de servidores,
entre outros aspectos.
Há experiências municipais, entretanto, que obtêm com eficiência a
redução de custos ao adotarem meios para a prestação de serviços públi-
cos, entre outros fatores que distinguem o processo de gestão e facilitam
os procedimentos do Município como agente promotor de várias ações.
Boa prática envolve a participação e a integração entre setores da
própria administração e também com a comunidade. Envolve capacita-
ção para os cidadãos quanto ao acompanhamento e à fiscalização das
ações do governo, numa política de corresponsabilidade.
Boa prática é a busca por soluções de problemas de forma respon-
sável. O gestor deve estar atento para não assumir responsabilidades
que não são do Município, principalmente nos processos de descentra-
lização fiscal, em que acabam assumindo maior peso no atendimento
das demandas sociais e nos gastos totais.
Ideias, programas, abordagens e processos são boas práticas
quando implementados com sucesso, garantindo respostas positivas
ao problema.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 13
PROJETO EM AÇÃO 1

A implantação da Nota Fiscal


de Serviços Eletrônica no
Município de Tapurah – MT
PROJETO EM AÇÃO 1
implantação da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica no Município de Tapurah – M

Identificação do Município
ntificação do Município
Fruto do trabalho, fé e coragem de homens e mulheres destemidos
Fruto do trabalho, fé e coragem de homens e mulheres destemidos que deixa
que deixaram suas cidades de origem dispostos a construir uma nova
s cidadesvida,
de origem dispostos
o Município a construir
de Tapurah/MT umadenova
nasceu vida, de
um projeto o Município de Tapurah
colonização
ceu de umencabeçado
projeto depela colonizadora
colonização Tapurah, fundada
encabeçado por BeneditoTapurah,
pela colonizadora M. Te- fundada
nuta, Sérgio Leão Monteiro e Filinto Corrêa da Costa. Fincada em região
nedito M. Tenuta, Sérgio Leão Monteiro e Filinto Corrêa da Costa. Fincada em região
de floresta e cerrado. A localidade recebeu os primeiros trabalhos de
esta e cerrado. A localidade recebeu os primeiros trabalhos de colonização em 19
colonização em 1969, coordenados por Libertino Lourenço da Silva e
rdenados José
por Roberto,
Libertinoregistros
Lourenço da Silva e Tapurah
da colonizadora José Roberto,
dão conta registros da colonizad
de que em
purah dão 1979
contaBenedito
de queM.em Tenuta,
1979Sérgio Leão Monteiro
Benedito e Filinto
M. Tenuta, Corrêa
Sérgio da Cos-
Leão Monteiro e Fil
ta adquiriram uma gleba de terras de aproximadamente 40 mil hectares
rêa da Costa adquiriram uma gleba de terras de aproximadamente 40 mil hecta
localizados no interior de Mato Grosso.  A área foi comprada da família
alizados no interior de Mato Grosso. A área foi comprada da família Pavan, que res
Estado de São Paulo, e as terras foram comercializadas como Cuiabá do Norte,
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
arem localizadas
14 ao norte de Mato Grosso. A atividade
Boas práticas que
compartilhadas motivou
para o início do Munic
as Finanças Municipais

movimentou um longo período de sua economia foi a extração de madeira. Os prime


Pavan, que residia no Estado de São Paulo, e as terras foram comer-
cializadas como Cuiabá do Norte, por estarem localizadas ao norte de
Mato Grosso. A atividade que motivou o início do Município e movimen-
tou um longo período de sua economia foi a extração de madeira. Os
primeiros colonizadores são originários do interior do Estado do Paraná.
A instalação de madeireiras criou as primeiras oportunidades de
emprego e atraiu novos moradores. Em 30 de novembro de 1981, pe-
de
de Tapurah,
Tapurah,
la Leino
noEstadual
Município
Município4.407,
de
de Diamantino.
Diamantino.
foi criado o AAdistrito
criação
criaçãode
do
doTapurah,
Município
Municípiono se
seMunicípio
deu
deu em
em 44de
de
de julho
julho de
de
1988, porDiamantino.
1988, por meio
meio da  AEstadual
da Lei
Lei criação do
Estadual 5.316,Município
5.316, se deu
sancionada
sancionada ementão
pelo
pelo 4 de julho
então de 1988,
governador
governador por Gomes
Carlos
Carlos Gomes
Bezerra. meio
Bezerra. da Lei
OO autor
autor do Estadual
do projeto
projeto de5.316,
de lei sancionada
lei que
que desmembrou
desmembrou peloTapurah
então
Tapurah governador
de Carlosee criou
de Diamantino
Diamantino criou oo
MunicípioGomes
Município foi Bezerra.
foi oo então
então O autor
deputado
deputado do projeto
estadual
estadual de leide
Hermes
Hermes que desmembrou
de Abreu.
Abreu. Em
Em 2000, Tapurah
2000, as de
as localidades
localidades de
de
Ipiranga Diamantino
Ipiranga do Norte eeeItanhangá,
do Norte criou o Município
Itanhangá, oriundas
oriundasfoide
o então
de deputadode
assentamento
assentamento estadual
de reforma
reformaHermes
agrária,
agrária, foram
foram
de
desmembradas Abreu.
desmembradas de Em 2000,
de Tapurah, as
Tapurah, pelas localidades
pelas Leis de
Leis Estaduais Ipiranga
Estaduais 7.265 do Norte
7.265 ee 7.266, e Itanhangá,
7.266, respectivamente,
respectivamente, ambasambas
oriundas de assentamento de reforma agrária, foram desmembradas de
datadas
datadas de
de 2929 de
de março
março dede 2000.
2000. Os Os dois
dois novos
novos Municípios
Municípios foram
foram efetivamente
efetivamente instalados
instalados
Tapurah, pelas Leis Estaduais 7.265 e 7.266, respectivamente, ambas
em
em2005.
2005.
datadas de 29 de março de 2000. Os dois novos Municípios foram efe-
tivamente instalados em 2005.
Foto
Foto11––Início
Inícioda
dacriação
criaçãodo
doMunicípio
Municípiode
deTapurah/MT
Tapurah/MT
Foto 1 – Início da criação do Município de Tapurah/MT

Fonte:
Fonte: Arquivo
Fonte:Arquivo municipal.
Arquivomunicipal.
municipal.

Foto
Foto22––Dias
Diasatuais
atuaisdo
doMunicípio
Municípiode
deTapurah/MT
Tapurah/MT
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 15
Foto 2 – Dias atuais do Município de Tapurah/MT

Fonte: Arquivo municipal.


Fonte: Arquivo municipal.

Na
Na agricultura
agricultura familiar,
familiar, temos
temos uma
uma produtividade
produtividade significativa
significativa de
de produtos
produtos
Fonte:
Fonte:Arquivo
Arquivo municipal.
municipal.

tigranjeiros,
tigranjeiros, que
que são
são comercializados
comercializados pelos
pelos feirantes,
feirantes, em
em feiras
feiras que
que acontecem
acontecem todas
todas
artas Na agricultura familiar,aos
temos uma produtividade significativa de trabalho e
artas ee sábados,
sábados, proporcionando
proporcionando aos pequenos
pequenos agricultores
agricultores fomento,
fomento, trabalho e
produtos hortifrutigranjeiros, que são comercializados pelos feirantes,
go,
go, fortalecendo
fortalecendo ee valorizando
valorizando aa produção
produção de
de produtos
produtos orgânicos.
orgânicos.
Na agricultura
em feiras familiar, temos
que acontecem uma
todas as produtividade
quartas significativa
e sábados, de produtos
proporcionando
hortifrutigranjeiros,
aos pequenos que agricultores
são comercializados pelos
fomento, feirantes,
trabalho em feiras que
e emprego, acontecem todas
fortalecendo
e valorizando
as quartas a produção
e sábados, de produtos
proporcionando orgânicos.
aos pequenos agricultores fomento, trabalho e
Foto
Foto 33 –– eAtividades
emprego, fortalecendo valorizando hortifrutigranjeira
Atividades hortifrutigranjeira
a de Tapurah
deorgânicos.
produção de produtos Tapurah
Foto 3 – Atividades hortifrutigranjeira de Tapurah

Foto 3 – Atividades hortifrutigranjeira de Tapurah

Fonte:
Fonte: Arquivo
Arquivo municipal.
municipal.
Fonte: Arquivo municipal.
Fonte: Arquivo municipal.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


16 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
al da suinocultura de MT
Tapurah é conhecida por ser referência na produção de suínos no centro oeste
Capital da suinocultura de MT
e 59 mil toneladas de écarne
Tapurah suínapor
conhecida aoser
ano. Recentemente,
referência alcançou
na produção de suínosmais um p
o no setor no centro oeste,
e confirmou o com
títulomais
de de 59 mil toneladas
“Capital de carne em
da Suinocultura” suínaMato
ao ano.
Grosso por
Recentemente, alcançou mais um passo positivo no setor e confirmou
10.401, publicada no dia 19 de maio de 2016, de autoria do Deputado Estadual
o título de “Capital da Suinocultura” em Mato Grosso por meio da Lei
(PDT). 10.401, publicada no dia 19 de maio de 2016, de autoria do Deputado
Estadual Zeca Viana (PDT).
Foto 4 – Capital de suinocultura de Mato Grosso

Foto 4 – Capital de suinocultura de Mato Grosso

Fonte: Arquivo municipal.


Fonte: Arquivo municipal.

Foto 5 – Produção de suínos

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 17
Foto 5 – Produção de suínos

Fonte: internet.

Foto 6 – Produção de suínos


Fonte: internet.
Fonte: internet.
Foto 6 – Produção de suínos

Foto 6 – Produção de suínos

Fonte: Arquivo municipal.

Fonte: Arquivo municipal.


Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
18 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Ação: Implementação da Nota fiscal eletrônica

Em 2 de maio de 2012 foi regulamentada a Nota Fiscal de Serviços


Eletrônica (NFS-e) no Município de Tapurah. O sistema de gerenciamen-
to e a sua utilização trouxeram diversos benefícios para os contribuin-
tes, para a sociedade e para as administrações tributárias, tais como:
¡¡ redução de custos de impressão;
¡¡ redução de custos de aquisição de papel;
¡¡ redução de custos de envio do documento fiscal;
¡¡ redução de custos de armazenagem de documentos fiscais.

Benefícios para a sociedade:


¡¡ redução do consumo de papel, com impacto em termos ecoló-
gicos;
¡¡ incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
¡¡ surgimento de oportunidades de negócios e empregos na presta-
ção de serviços ligados à Nota Fiscal Eletrônica.

Benefícios para as administrações tributárias:


¡¡ aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
¡¡ melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor
intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;
¡¡ diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.

Nota Tapuraense Premiada


Para aumentar a arrecadação de Imposto sobre Serviço de Qual-
quer Natureza (ISSQN), por meio do aumento de emissão de NFS-e, o
Município implantou a campanha “Nota Tapuraense Premiada”, que foi
lançada em 2016 e teve como objetivo incentivar o consumidor que re-
side no Município de Tapurah a exigir a nota fiscal sob a prestação de
um serviço no instante da contratação e, em contrapartida, concorrer

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 19
aos sorteios de prêmios em dinheiro, de valores que podem chegar ao
total de R$ 20 (vinte) mil reais.
A divulgação da campanha da Nota Tapuraense Premiada aos mu-
nícipes foi realizada por meio do site do Município (www.tapurah.mt.gov.
br), além disso, televisionada por programas locais, outdoors colocados
em pontos estratégicos, adesivos nos veículos da prefeitura, panfletos
para distribuições em blitz educativas, adesivos e cartazes para fixar
nos comércios prestadores de serviços.
Para a participação da Nota Tapuraense Premiada na modalidade
sorteio de prêmios, foram estabelecidas as seguintes condições:

I – ser tomador de serviços, pessoa física, com inscrição no CPF; e


II – efetuar o cadastramento no portal do Município de Tapurah na in-
ternet (www.tapurah.mt.gov.br).

Além disso, foram estabelecidos por meio de regulamento os se-


guintes quesitos:

I – as datas de realização dos sorteios dos prêmios;


II – os prêmios a serem oferecidos para sorteio; e
III – as datas em que serão aceitas as notas fiscais para a participa-
ção na campanha da Nota Tapuraense Premiada, na modalidade
de sorteio de prêmios.

Por meio desta campanha, espera-se que em breve não exista mais
a necessidade de o consumidor pedir o comprovante fiscal de presta-
ção do serviço, que será emitido naturalmente pelo tomador do serviço.
Com os recursos recolhidos, o Município tem investido ainda mais
na qualidade de vida dos moradores, realizando melhorias por toda a
cidade.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


20 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Foto 7 – Entrega de apostilas do sistema positivo

Fonte: Arquivo municipal.

Foto 8 – Paisagismo e jardinagem das avenidas em Tapurah


Fonte: Arquivo municipal.

Foto 8 – Paisagismo e jardinagem das avenidas em Tapurah


Fonte: Arquivo municipal.

Foto 8 – Paisagismo e jardinagem das avenidas em Tapurah

Fonte:
Fonte:Arquivo
Arquivomunicipal.
municipal.

Foto 8 – Pavimentação de Ruas em Tapurah/MT

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 21
Foto 8 – Pavimentação de Ruas em Tapurah/MT

Fonte: Arquivo municipal.

O reflexo do projeto está na arrecadação do Município. Um rápi-


do comparativo mostra exatamente isso, em 2015, o ISSQN de Tapurah
chegou ao montante de mais de R$ 1,4 milhão. Já em 2016, com a im-
Fonte: Arquivo municipal.
plantação da “Nota Tapuraense Premiada”, a arrecadação ultrapassou
a marca de R$ 1,6 milhão, conforme gráfico a seguir:
O reflexo do projeto está na arrecadação do Município. Um rápido compara
Gráfico 1 – Evolução da arrecadação do ISS
stra exatamente isso, em 2015, o ISSQN de Tapurah chegou ao montante de mais de
ISSQN
milhão. Já em 2016, com a implantação da “Nota Tapuraense Premiada”, a arrecada
1.700.000,00
apassou a marca de R$ 1,6 milhão, conforme gráfico 1.641.943,38
a seguir:
1.650.000,00

1.600.000,00

1.550.000,00
Gráfico 1 – Evolução da arrecadação do ISS
1.500.000,00 1.480.476,02

1.450.000,00

1.400.000,00

1.350.000,00
2015 2016

Fonte: Município de Tapurah/MT.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


22 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Um aumento de mais de 10%, o que representa na receita própria
do Município o equivalente a 27,45%, de um total superior a R$ 5,9 mi-
lhões. E, para o exercício de 2017, o Município espera que essa arre-
cadação alcance um crescimento de 30% da receita própria.

Gráfico 2 – Comparativo ISS e outras receitas próprias

ISSQN X RECEITA PRÓPRIA

RECEITA 5.982.048,67
PRÓPRIA

ISSQN 1.641.943,38

Fonte: Município de Tapurah/MT.

Considerações finais
Destaca-se neste processo a importância dos servidores públicos
e o empenho de cada servidor em busca de um projeto que beneficias-
se a população tapuraense.
Sem dúvida, os frutos desse trabalho serão colhidos por cada
munícipe, que vai poder contar com uma cidade mais bonita e segura.
Esperamos que o desenvolvimento caminhe junto com os esforços de
cada um que busca o melhor para nossa cidade.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 23
PROJETO EM AÇÃO 2

Município de Santo
Antônio do Pinhal aumenta
arrecadação do IPVA
PROJETO EM AÇÃO 2
Município de Santo Antônio do Pinhal aumenta arrecadação do IPVA

Identificação do Município
Santo Antônio do Pinhal (SAP) situa-se no Vale do Paraíba, região
sudeste do Estado de São Paulo, cercado pela Serra da Mantiqueira, na
microrregião de Campos do Jordão. Localiza-se a uma latitude 22º49’38”
sul e a uma longitude 45º39’45” oeste, estando a uma altitude de 1.143
metros. Fundada em 13 de junho de 1860, emancipada em 26 de ja-
neiro de 1960, conta com uma população de 6.784 habitantes, confor-
me dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A economia local está baseada principalmente no turismo, a
área territorial de SAP é de 133/km² e a densidade demográfica é de 49
habitantes por km².

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


24 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Foto 1 – Imagem aérea da cidade

Foto 1 – Imagem aérea da cidade

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.


Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.

Após índios e bandeirantes, ouro e escravos, no Sertão do Alto do


Sapucaí Mirim em 1785 foi concedida a primeira sesmaria da região pe-
Após índios e bandeirantes, ouro e escravos, no Sertão do Alto do Sapucaí Mirim e
la Capitania de São Paulo. Um conflito se instalou por muitos anos, por
1785 foi concedida a primeira sesmaria da região pela Capitania de São Paulo. Um confli
causa da disputa da divisa entre as Capitanias de São Paulo (1714) e
Minas Gerais (1720). Sertão do alto da Serra para os Paulistas que não
aceitavam a divisa, e, para os mineiros, seria no alto da Serra da Man-
tiqueira, região denominada Sertão de Camanducaia.
Em 1809, foi aberto um caminho pelos mineiros em terras habita-
das pelos paulistas da Vila de Pindamonhangaba que já possuíam as
Sesmarias na região, mas logo foi fechada pelo então Capitão Mor Ig-
nácio Marcondes do Amaral.
Após um acordo amigável em 1811, ficou combinado que conti-
nuaria aberta a estrada com uma guarda mantida por São Paulo no lu-
gar denominado sertão em terras de Claro Monteiro do Amaral, cerca
de 10 km acima de Sapucaí Mirim.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 25
Na região onde existe hoje a cidade de Sapucaí Mirim, estabelece-
ram-se diversos moradores sob a proteção do Capitão Manoel Furquim
de Almeida, representante de Minas Gerais. Essas terras eram reclama-
das pelo paulista Inácio Caetano Vieira de Carvalho, antigo sesmeiro,
que conseguiu reavê-las no ano de 1813 com intervenção da câmara
de Pindamonhangaba a seu favor.
Em abril do ano seguinte, houve um contra movimento por parte
de Minas Gerais retirando a guarda do local combinado e, em julho, foi
instalado um quartel no alto da Serra da Mantiqueira. Em 31 de agos-
to do mesmo ano, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou os minei-
ros a retirarem o quartel, que ficou abandonado até novembro quando
foi queimado pelas autoridades de Pindamonhangaba. A denominação
“Quartel Queimado” figura nos documentos de 1847 e no mapa de Mi-
nas de 1855.
Com a abertura oficial da estrada em 1811, ligando as duas Ca-
pitanias, a região começou a prosperar. Com a fundação da Freguesia
de São Bento do Sapucaí em 1828, as terras do alto da Serra ficaram
pertencendo à nova freguesia.
Foram feitas muitas doações para a Capela de Santo Antônio no
local denominado Fazenda Pinhal. A mais conhecida delas ocorreu em
11 de abril de 1856, quando o senhor Antônio José de Oliveira e sua
mulher doaram terras ao santo de devoção.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


26 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Foto 2 – Revolta dos Canos

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.


Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.

Após cem anos de submissão, os descendentes dos antigos


povoadores decidiram conquistar a independência. O antigo bairro do
Após cem anos de submissão, os descendentes dos antigos povoadores decid
Pinhal dependia unicamente de São Bento do Sapucaí, mas, graças
nquistar a independência. O antigo bairro do Pinhal dependia unicamente de São B
aos esforços de heróis Pinhalenses, após demandas judiciais, come-
Sapucaí, mas, graças
morou-se aos esforços
a emancipação de heróis
em 1960. Dessa Pinhalenses,
data em diante,após demandas
a nova cida- judic
memorou-sedeaprosperou e transformou-se
emancipação no “Charme
em 1960. Dessa da Serra”.
data em diante, a nova cidade prospero
nsformou-se no “Charme da Serra”.

Foto 2 – Igreja Matriz

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 27
Foto 2 – Igreja Matriz

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.


Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.

Estância Climática
ância Climática
Por possuir Por possuir infraestrutura,
infraestrutura, serviçosserviços direcionados
direcionados ao turismo,
ao turismo, aten- a legislaç
atender
der a legislação específica e possuir os pré-requisitos para a qualifica-
ecífica e possuir os pré-requisitos para a qualificação definidas pelo Estado de S
ção definidas pelo Estado de São Paulo, SAP é um dos 15 Municípios
lo, SAP é paulistas
um dos 15 Municípioscomo
considerados paulistas considerados
Estâncias Climáticas.como Estâncias
Tal status garanteClimáticas.
us garantea aesses
esses Municípios um repasse
Municípios extra, extra,
um repasse por parte
pordoparte
Estado,
do para fomen-
Estado, para fomenta
tar o também
mo regional, turismo regional, também
possibilita possibilita
o direito o direito de
de agregar agregar
junto a seujunto a
nome este tít
seu nome este título (Estância Climática), termo pelo qual passa a ser
ância Climática), termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente munici
designado tanto pelo expediente municipal oficial, quanto pelas refe-
al, quanto rências
pelas referências
estaduais. estaduais.

Foto 4 – Pico Agudo

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


28 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Foto 4 – Pico Agudo

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.


Clima e topografia
Tropical de altitude, com chuvas de verão mais intensas em razão
da ação da massa tropical atlântica. No inverno, as frentes frias originá-
ma e topografia
rias da massa polar atlântica provocam geadas que embelezam a pai-
sagem.
Tropical de As temperaturas
altitude, com chuvasvariam de acordo
de verão mais com as estações
intensas em razão do ano, no da mas
da ação
verão,
cal atlântica. a média éas
No inverno, defrentes
23º C, jáfrias
no inverno a média
originárias da émassa
de 6º C,polar
tendoatlântica
como provoca
principais fatores turísticos da cidade a Estância Climática, o Turismo
das que embelezam a paisagem. As temperaturas variam de acordo com as estações
Rural e Ecológico e as atividades relacionadas a aventuras. Possui uma
no verão, a média éde
superfície deaproximadamente
23º C, já no inverno a média
133 km² é de 6º C,
em topografia tendo com
serrana, como princip
diclinos,
es turísticos com relevo
da cidade antigo deClimática,
a Estância morros arredondados.
o TurismoValesRural nãoe muito
Ecológico e
profundos,atendo
dades relacionadas quase todos
aventuras. Possui eles pequenas
uma áreasdesemiplanas,
superfície numa
aproximadamente 133 k
altitude que varia entre 1.200 a 1.890 metros acima do nível do mar. As
opografia serrana, com diclinos, com relevo antigo de morros arredondados. Vales n
o profundos, tendo quase todos eles pequenas áreas semiplanas, numa altitude q
a entre 1.200 a 1.890 metros acima do nível do mar. As rodovias de acesso ao Municíp
SP-50 – rodovia Monteiro Lobato; a SP-46 – Rodovia Osvaldo Barbosa Lobato; e a S
– Rodovia Floriano Rodrigues
Gestão Municipal: Projetos em Pinheiro.
Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 29
rodovias de acesso ao Município são: SP-50 – rodovia Monteiro Lobato;
a SP-46 – Rodovia Osvaldo Barbosa Lobato; e a SP-123 – Rodovia Flo-
riano Rodrigues Pinheiro.

Foto 5 – Praça do Artesão

Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.


Fonte: Município de Santo Antônio do Pinhal/SP.

Ação
ão A busca por ideias que possam aumentar a arrecadação do Mu-
nicípio é constante, pois nossa cidade basicamente tem seus custeios
A busca por ideias que possam aumentar a arrecadação do Município é constante
básicos bancados pelos repasses do governo federal e estadual. O Mu-
s nossa cidade basicamente tem seus custeios básicos bancados pelos repasses do
nicípio de SAP está delimitado na faixa populacional cujo coeficiente é
verno federal e estadual.
fixado O Município
em 0,6. Isso de SAP
significa dizer que, está delimitado
de acordo com ona faixa de
número populacional
ha- cujo
eficiente é bitantes,
fixado emo repasse
0,6. Issoda cota-parte
significa doque,
dizer Fundode de Participação
acordo do Municí-
com o número de habitantes
epasse da pio é o menor
cota-parte do do Estado.
Fundo de Participação do Município é o menor do Estado.
Com o pensamento de melhorar a arrecadação própria, o Municí-
Com opio pensamento de melhorar
de Santo Antônio a arrecadação
do Pinhal/SP elaborouprópria,
e aplicouo aMunicípio
Lei 1.087,dedeSanto
9 Antônio
Pinhal/SP de novembro
elaborou de 2009.
e aplicou Esta
a Lei lei autoriza
1.087, de 9 de o Poder Executivo
novembro municipal
de 2009. Esta alei autoriza o
der Executivoconceder créditos
municipal a a serem abatidos
conceder créditosno aImposto
seremPredial e Territorial
abatidos no ImpostoUr- Predial e
bano (IPTU), a título de incentivo fiscal, para os contribuintes que pro-
ritorial Urbano (IPTU), a título de incentivo fiscal, para os contribuintes que procederem à
nsferência de registro de veículo para a Seção de Santo Antônio do Pinhal e recolhimento
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
Imposto Sobre
30 a Propriedade de Veículos
BoasAutomotores (IPVA)
práticas compartilhadas no Município
para as Finanças Municipais de Santo
ônio do Pinhal.
cederem à transferência de registro de veículo para a Seção de Santo
Antônio do Pinhal e recolhimento do Imposto Sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) no Município de Santo Antônio do Pinhal.
O benefício que é concedido uma única vez será abatido no IP-
TU do exercício em que se der o primeiro recolhimento do IPVA a ser
revertido e sua proporção.
Possuem direito ao benefício os proprietários e/ou arrendatários de
veículos automotores registrados em outros Municípios que transferirem
o seu registro para o Município de SAP, desde que tais veículos tenham
sido fabricados até 10 (dez) anos da data do exercício em que houver
o efetivo recolhimento do IPVA. Os créditos poderão ser utilizados em
mais de um veículo para o desconto de um único IPTU. O contribuinte
para usufruir desta vantagem deve levar até a prefeitura o aviso de lan-
çamento do IPTU que receberá o benefício fiscal, juntamente com a có-
pia do documento que comprove a transferência do veículo para a seção
de SAP, além da cópia de recolhimento do IPVA recolhido no Município.

Resultados obtidos
Com a aplicação desta lei, os munícipes que transferiram o veículo
para SAP obtiveram desconto de 40% no IPTU. Conforme mencionado
anteriormente, o desconto é concedido apenas uma vez, mas o reco-
lhimento do IPVA, de acordo com os critérios de distribuição, passa a
ser do Município. Desde a aplicação da lei, o Município de SAP obteve
aproximadamente 50 transferências de veículos que optaram por rece-
ber o desconto no IPTU.
Em média, a cada ano, sete munícipes aderiram ao benefício no
IPTU. Isso equivale em torno de R$ 2,5 mil por ano. Aproximadamen-
te nos últimos sete anos, os descontos cedidos foram por volta de R$
17,6 mil/ano e mesmo com o incentivo fiscal a arrecadação deste tribu-
to cresce a cada ano, conforme o gráfico a seguir:

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 31
Gráfico 1 – Evolução da arrecadação do IPTU

Fonte: Finbra.

Com relação à arrecadação do IPVA, o Município de SAP também


constatou progressos com as transferências dos veículos. Fazendo um
comparativo antes e pós implantação da lei, permite-nos constatar os
seguintes resultados:

Gráfico 2 – Evolução da arrecadação do IPVA

Fonte: Finbra e Sec. da Fazenda do Estado de São Paulo.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


32 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Recursos utilizados:
¡¡ elaboração de legislação e aprovação pela Câmara Municipal;
¡¡ divulgação junto aos munícipes sobre a opção para o desconto
no IPTU;
¡¡ treinamento dos servidores da área tributária.

Considerações finais
De acordo com o art. 156 da Constituição Federal (CF), os Municí-
pios possuem competência para instituir impostos municipais, além dis-
so, esses Entes têm participação no produto da arrecadação de impos-
tos de competência da União, como, por exemplo, o Imposto Territorial
Rural (ITR), e, no caso dos Estados, o objeto desta boa prática, o IPVA.
O Município em todos estes aspectos deve estar atento às possi-
bilidades para incrementar a arrecadação própria, a fim de evitar a de-
pendência das transferências constitucionais e atender ao que preceitua
a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é equilíbrio orçamentário
e a responsabilidade da gestão fiscal, além disso, ofertar à sociedade
melhoras em todas as áreas sociais.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 33
PROJETO EM AÇÃO 3

Município de Serra/ES
aumenta arrecadação
do ISS com a cobrança
do Simples Nacional PROJETO EM AÇÃO 3
Município de Serra/ES aumenta arrecadação do ISS com a cobrança do Simples
Nacional

entificaçãoIdentificação
do Município do Município
A municipalidade
A municipalidade da Serra/ES daéSerra/ES é um importante
um importante MunicípioMunicípio com cir-
com circuitos turísticos. Su
cuitos turísticos. Sua posição geográfica e suas facilidades logísticas
sição geográfica e suas facilidades logísticas fizeram com que se tornasse um dos mai
fizeram com que se tornasse um dos mais significativos polos de negó-
gnificativos cios
polos
do de negócios
Estado e umado dasEstado
cidadese mais
uma prósperas
das cidades mais prósperas
do Brasil, sendo o do Brasi
4º Produto
ndo o 4º Produto Interno
Interno Bruto(PIB),
Bruto (PIB),entre
entre os Municípios
Municípiosbrasileiros.
brasileiros.Fundada
Fundada na époc
na época
s Capitanias, das Capitanias,
a cidade é um dos a cidade
berçosé culturais
um dos berços culturaisSanto,
do Espírito do Espí-dona de um
rito Santo, dona
trimônio diversificado de um patrimônio
e identidade marcante.diversificado e identidade marcante.
Segundo os antigos mestres da cultura popular, o congo, princi-
Segundo os antigos mestres da cultura popular, o congo, principal manifestação d
clore capixaba, teria se originado em Putiri, área rural da Serra. O Município também
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
riga patrimônios
34 jesuíticos, ruínas históricas, diversas
Boas práticas áreas
compartilhadas de
para as proteção
Finanças Municipais ambiental

gumas das mais belas paisagens do Estado, com natureza exuberante e privilegiada pel
pal manifestação do folclore capixaba, teria se originado em Putiri, área
rural da Serra. O Município também abriga patrimônios jesuíticos, ruínas
históricas, diversas áreas de proteção ambiental e algumas das mais
belas paisagens do Estado, com natureza exuberante e privilegiada pe-
la mistura de mar, lagoas, serras e vales.
Além disso, a Serra é sede de uma das maiores festas de cunho
popular e religioso do Brasil, o Ciclo Folclórico e Religioso de São Bene-
dito, que se inicia sempre no segundo domingo de dezembro. É palco
também do Manguinhos Gourmet, evento gastronômico que virou refe-
rência nacional da culinária capixaba.

Foto 1 – Banda de Congo – Festa de São Benedito


Foto 1 – Banda de Congo – Festa de São Benedito

Fonte: Internet.

Serra conta atualmente com uma


Fonte: população de 494.109 habitantes,
Internet.

conforme
Serra dados publicados
conta atualmente com umapelo Tribunaldede494.109
população Contashabitantes,
da União (TCU),
conforme dados
para o exercício de 2017. Desenvolveu-se por causa do crescimento do
publicados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), para o exercício de 2017. Desenvolveu-
setor de construção civil, com a indústria do aço.
se por causa do crescimento do setor de construção civil, com a indústria do aço.

Em 2000, a Serra representava 0,25% no PIB brasileiro. Em 2008, o índice passou


para 0,38%, elevação de 52% na participação. Em 2013, o PIB do Município representou
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 35
0,29% em relação ao PIB, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2000, a Serra representava 0,25% no PIB brasileiro. Em 2008, o
índice passou para 0,38%, elevação de 52% na participação. Em 2013,
o PIB do Município representou 0,29% em relação ao PIB, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Gráfico 1 – Principais atividades do Município (PIB)

Fonte: IBGE.
Fonte: IBGE.

Ação
Em 17 de julho de 2013, Serra/ES assinou convênio integral com
Ação
a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por prazo indeter-
Em 17 de julho de 2013, Serra/ES assinou convênio integral com a Procuradoria-
minado. Compete à PGFN a administração dos débitos do Simples Na-
Geral dacional
Fazenda
(SN), Nacional (PGFN),
“os créditos por relativos
tributários prazo indeterminado.
ao regime de Compete
arrecadação à PGFN a
administração dos débitos
do Simples do serão
Nacional Simples Nacionalinscritos
apurados, (SN), “os
emcréditos tributários
Dívida Ativa relativos ao
da União
(DAU),
regime de e cobrados
arrecadação judicialmente
do Simples pela
Nacional PGFN”
serão conforme
apurados, o art. 41,
inscritos em§Dívida
2º, da Ativa da
Lei Complementar
União (DAU), e cobrados (LC) de número
judicialmente 123/2006.
pela PGFN” No entanto,oa art.
conforme LC 123/2006
41, § 2º, da Lei
estabeleceu
Complementar (LC) deque, por meio
número de convênio,
123/2006. poramais
No entanto, que estaestabeleceu
LC 123/2006 competên- que, por
meio de cia seja originária
convênio, por maisda
queUnião, a PGFN poderá
esta competência seja delegar
origináriaaos
da Estados
União, a ePGFN
aos poderá
Municípios
delegar aos Estadosinteressados a inscrição
e aos Municípios em dívida
interessados ativa além
a inscrição emda cobrança
dívida ativa além da
cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais conforme preceitua o art. 41, § 3º, da
LC 123/2006.
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
36 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
judicial dos tributos estaduais e municipais conforme preceitua o art. 41,
§ 3º, da LC 123/2006.

Foto 2 – Departamento do Simples Nacional no Município

Fonte: Município da Serra/ES. 


Fonte: Município da Serra/ES.
O convênio prevê a delegação integral da inscrição e do ajuiza-
mento dos débitos declarados e não pagos, assim como os constituí-
convênio dos por a
prevê lançamento
delegaçãode ofício decorrentes
integral de autosededo
da inscrição infração lavrados dos déb
ajuizamento
pelo convenente durante a chamada fase transitória de fiscalização e
os e não pagos, assim como os constituídos por lançamento de ofício decorren
que abranjam apenas créditos próprios. O convênio permite também a
de infração lavrados
inscrição pelo convenente
e a cobrança durante
dos tributos de a chamada
sua competência fasedetransitória
lançados
ão e que ofício por meioapenas
abranjam do Sistema Único de
créditos Fiscalização,
próprios. Lançamentopermite
O convênio e Con- também
tencioso (Sefisc).
e a cobrança dos tributos de sua competência lançados de ofício por meio
Dessa forma, o Município de Serra/ES entendeu que, com a ce-
Único de Fiscalização, Lançamento
lebração do convênio, e Contencioso
poderiam aumentar sua (Sefisc).
arrecadação. Havia um

ssa forma, o Município de Serra/ES entendeu que, com a celebração do convê


aumentar sua arrecadação. Havia um grave risco de prescrição dos créd
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 37
durante a fase transitória, e a PGFN não inscreve em DAU débitos de um mes
grave risco de prescrição dos créditos lançados durante a fase transi-
tória, e a PGFN não inscreve em DAU débitos de um mesmo devedor,
cuja soma seja igual ou inferior ao valor de R$ 1.000,00 (mil reais), bem
como não ajuíza execução fiscal de valor igual ou inferior a R$ 20.000,00
(vinte mil reais). No entanto, como essas regras não são imponíveis aos
Estados e aos Municípios convenentes, que aplicam sua legislação pró-
pria quanto aos limites mínimos para inscrição em dívida ativa e ajui-
zamento, a administração de Serra/ES considerou positiva a assinatura
do convênio.
Com a celebração do convênio, o Município implantou a cobrança
do ISS declarado à Receita Federal do Brasil (RFB), por empresas optan-
tes pelo Simples Nacional, e que não quitaram seus débitos, já estando
eles na PGFN. Estes recursos estavam sem procedimento de cobrança
por meio da RFB, que delegou ao Município de Serra a cobrança deles
por meio de arquivos eletrônicos enviados periodicamente.
O trabalho do Ente municipal optante consiste em baixar os arqui-
vos disponibilizados pela PGFN no portal do Simples Nacional, atualizar
os valores que se sujeitam à incidência dos encargos legais na forma
da legislação do imposto sobre a renda, nos termos do disposto no §
3º do art. 21 da LC 123/2006 e notificar o contribuinte sobre o débito e
a inscrição em Dívida Ativa Municipal (DAM).
Até o momento, Serra recebeu dois arquivos da PGFN, um no exer-
cício de 2015 e outro em 2016.

Resultados obtidos
Com a realização do convênio, os trabalhados com os arquivos e
as notificações aos contribuintes, Serra/ES identificou um saldo a cobrar
de mais de R$ 15,24 milhões referente aos exercícios de 2015 e 2016.
O gráfico a seguir demonstra essa evolução:

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


38 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
os exercícios de 2015 e 2016. O gráfico a seguir demonstra essa evolução:

Gráfico 2 – Cobrança do ISS no Simples Nacional


Gráfico 2 – Cobrança do ISS no Simples Nacional

Fonte: Município de Serra/ES.


Fonte: Município de Serra/ES.

O total de débitos que constou no primeiro arquivo de 2015 foi mais de R$ 3,0
O total de débitos que constou no primeiro arquivo de 2015 foi
milhões. Desse
mais de valor,
R$ 3,03,08% (por Desse
milhões. cento) foi pago
valor, à vista,
3,08% 4,06%
(por foi foi
cento) parcelado
pago àevis-
0,99% foi
cancelado ou suspenso.
ta, 4,06% Em 2016,eo0,99%
foi parcelado valor total a ser cobrado
foi cancelado ouultrapassou
suspenso.osEm R$2016,
10 milhões.

o valor total a ser cobrado ultrapassou os R$ 10 milhões.

Tabela 1 – Cobrança do ISS Simples Nacional


Tabela 1 – Cobrança do ISS Simples Nacional

Fonte: Município
Fonte: de de
Município Serra/ES.
Serra/ES.

Recursos utilizados:
Recursos utilizados:
¡¡ celebração do convênio com a PGFN por meio do modelo-padrão
● celebração do convênio com a PGFN por meio do modelo-padrão disponibilizado no
disponibilizado no portal do Simples Nacional;
portal do Simples Nacional;
● sistema próprio do Município para atualização dos valores principais;
● inscrição em Dívida Ativa do Município;
● notificação aosProjetos
Gestão Municipal: contribuintes;
em Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 39
● fiscalização efetiva – sem a fiscalização não teríamos alcançado a metade dos
¡¡ sistema próprio do Município para atualização dos valores prin-
cipais;
¡¡ inscrição em Dívida Ativa do Município;
¡¡ notificação aos contribuintes;
¡¡ fiscalização efetiva – sem a fiscalização não teríamos alcançado
a metade dos objetivos, é imprescindível que se faça um trabalho
efetivo para os bons resultados;
¡¡ utilização do sistema de gerenciamento de informações Consór-
cio de Informática na Gestão Pública Municipal (Ciga), por meio
da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), sem
ônus para o Município;
¡¡ capacitação de auditores, na condição de multiplicadores.

Considerações finais
Desde a criação do Simples Nacional, os Municípios têm encon-
trado muitos desafios, mas, certamente, a municipalidade de Serra/ES
tem se empenhado para alcançar com efetividade a receita desse seg-
mento, buscando manter o lado social do regime diferenciado, respei-
tando suas peculiaridades.
Com a celebração do convênio, a estimativa é recuperar em torno
de R$ 15 milhões aos cofres do Município, a partir de ações desenvol-
vidas de forma integrada, nas áreas de cadastro, auditoria e cobrança.
Ao longo dos anos, percebemos que manter o monitoramento das
informações e dar conhecimento aos contribuintes optantes de que está
havendo esse acompanhamento tem colaborado tanto com a manuten-
ção da receita, como para o seu incremento.
Já na parte que compete à efetiva cobrança, Serra/ES, desde o
início da criação do Simples, se preocupou em conhecer o assunto e
buscou as ferramentas necessárias na prática. E foi desta forma que
vislumbrou que o convênio disponibilizado pela PGFN aos demais En-
tes seria um passo à frente.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


40 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Por meio do convênio, o Município passa a ter o domínio de uma
receita líquida e certa, repassada pela RFB, por meio de arquivos, e de
posse da informação, adota todas as medidas necessárias para sua efe-
tiva cobrança (Certidão da dívida ativa/Protesto/Execução).
Desta forma, além de agilizar e ter mais sucesso na captação des-
sa receita, o Município mantém sua autonomia como Ente federado, res-
ponsável pelo tributo.
A capacitação de auditores, no sistema Sefisc, traz maiores chan-
ces de essa municipalidade alcançar as receitas oriundas do SN. Por
fim, entendemos que somente com a trilogia – gestor, auditor e contri-
buinte – conseguiremos alcançar resultados positivos, aumentando a
receita própria, a ser revertida aos cidadãos em serviços públicos com
eficiência e qualidade.

Foto 3 – Equipe de fiscalização tributária

Fonte: Município de Serra/ES.


Fonte: Município de Serra/ES.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 41
PROJETO EM AÇÃO 4

Nova Bandeirantes/MT
aumenta arrecadação com
ações no Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU)
PROJETO EM AÇÃO 4
Nova Bandeirantes/MT aumenta arrecadação com ações no Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU)

ntificaçãoIdentificação
do Município do Município
Como a maioria das cidades mato-grossenses, Nova Bandeiran-
Como a maioria das cidades mato-grossenses, Nova Bandeirantes/MT foi fruto de u
tes/MT foi fruto de um projeto de colonização. No dia 11 de agosto de
jeto de colonização.
1982, nascia NoNova
dia 11 de agosto de
Bandeirantes, 1982,foinascia
quando dado Nova
início àBandeirantes,
construção quando f
do início à do escritório da
construção do Coban – Colonizadora
escritório da Coban Bandeirantes
– ColonizadoraLtda. Neste mes- Ltda. Nes
Bandeirantes
mo ano,
smo ano, foram foram assentados
assentados os primeiros
os primeiros colonos,
colonos, e os ecomerciantes
os comerciantes abri- suas porta
abriram
ram suas portas.
Com o ProjetoCom deo Projeto
Colonização particularparticular
de Colonização aprovado pela Portaria
aprovado 14, de
pela Portaria 14,18 de agos
1983, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pelo diretor d
partamento de Projetos e Operações, conforme consta no processo do Incra/B
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
42 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
22/1983.
de 18 de agosto de 1983, do Instituto Nacional de Colonização e Refor-
ma Agrária (Incra), pelo diretor de Departamento de Projetos e Opera-
ções, conforme consta no processo do Incra/BR 3.422/1983.
Nova Bandeirantes está a 1020 quilômetros de distância da Capi-
tal Cuiabá e atualmente conta com uma população de 14.106 habitan-
tes, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Possui uma área aberta de 2.726,36 km² e imagea-
da de 9.530,79 km².

Foto 1 – Município de Nova Bandeirantes/MT

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

A economia Alocal
economia local éprincipalmente
é baseada baseada principalmente em agricultura,
em agricultura, pecuária pe-
e extrativismo
cuária e Em
orestal sustentável. extrativismo
razão doflorestal
modelosustentável. Em razão
de colonização, do modelo
em ampla de co-
maioria, nossas áreas
lonização, em ampla maioria, nossas áreas são de pequenos e micros
ão de pequenos e micros produtores, com cultivos de café, arroz, milho, feijão, pupunha
produtores, com cultivos de café, arroz, milho, feijão, pupunha, cupua-
upuaçu, açaí, guaraná, dentre outros. Na pecuária, o Município possui um dos maiores
çu, açaí, guaraná, dentre outros. Na pecuária, o Município possui um
banhos dados região, ultrapassando
maiores a quantia
rebanhos da região, de 500.000
ultrapassando cabeças,
a quantia destas, o maio
de 500.000
ercentual é cabeças,
de gado dedestas,
corteo emaior percentual
o restante é de gado
de gado de corte
leiteiro, criadoe opor
restante de e micros
pequenos
odutores, fomentando, assim, a agricultura familiar.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 43
Foto 2 – Município de Nova Bandeirantes/MT
gado leiteiro, criado por pequenos e micros produtores, fomentando,
assim, a agricultura familiar.

Foto 2 – Município de Nova Bandeirantes/MT

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

Ação
O índice de coeficiente do Município de Nova Bandeirantes na
o partilha do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é 0,8. Este per-
O índice de coeficiente
centual do repassedo Município
oriundo de impõe
da União Nova Bandeirantes na partilha
a busca por melhores resul- do Fundo
tadosMunicípios
icipação dos quando o assunto
(FPM) ééarrecadação. Em junho dedo
0,8. Este percentual 2013, o Município
repasse oriundo da Uni
iniciou a reforma do Código Tributário Municipal (CTM). A atividade se
õe a busca por melhores resultados quando o assunto é arrecadação. Em junho
deu por meio de estudos elaborados por equipe técnica de servidores
3, o Município iniciou a reforma do Código Tributário Municipal (CTM). A atividade
efetivos e contratados, pois o CTM vigente era datado no ano de 2001.
por meio Com dea finalidade
estudos de elaborados por equipe
mudar a realidade, técnica
o Município de estudos
iniciou servidores
em efetivos
grupo
ratados, pois o que
CTMconstatou
vigente de
eraimediato
datado alíquotas
no ano dedesatualizadas,
2001. Com a algumas ta- de mudar
finalidade
dade, o Município iniciou estudos em grupo que constatou de imediato alíquot
atualizadas, algumas taxações sem necessidadeGestão
de cobrança e inativas,
Municipal: Projetos em Ação 2017de atividad
44 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
ntas do cenário atual. Para desenvolver ainda mais o trabalho, criou-se uma comiss
xações sem necessidade de cobrança e inativas, de atividades extintas
do cenário atual. Para desenvolver ainda mais o trabalho, criou-se uma
comissão municipal com a participação efetiva da sociedade civil e dos
comerciantes da cidade cujo objetivo era coletar sugestões e elaborar
a reforma tributária com a participação de todos.
Por meio de audiências públicas e apreciação da Câmara de Ve-
readores, o novo código tributário foi aprovado, por meio da Lei Munici-
pal 820, em dezembro de 2013.

Foto 3 – Audiência Pública em Nova Bandeirantes/MT

Fonte: Arquivo pessoal.


Fonte: Arquivo pessoal.
Importante destacar que o sucesso na aprovação contou com
uma estratégia de marketing que incluiu a participação da sociedade
em todas
Importante as etapas
destacar que doo processo,
sucesso desde a formação
na aprovação da comissão
contou com umaaté aestratégia
arketing queelaboração do projeto; e isso
incluiu a participação foi fundamental
da sociedade para chegarmos
em todas as etapasàdoaprova-
processo, desd
ção. Nas audiências públicas, foram utilizadas técnicas brainstorming,
mação da comissão até a elaboração do projeto; e isso foi fundamental para chegarmo
com dinâmicas em grupo, nas quais o foco era definir os problemas que
rovação. Nas audiências
a população públicas,
entendia como foram
sendoutilizadas técnicas
prioritários e com brainstorming, com dinâmi
o mesmo público
m grupo, nasencontrar
quais o as soluções
foco e assim
era definir avançar nosque
os problemas projetos.
a população entendia como se
oritários e com o mesmo público encontrar as soluções e assim avançar nos projetos.
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 45
Foto 4 – Imagem Ilustrativa

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

Dentre as atualizações do CTM, a que permitiu melhores resulta-


dos e avanços na fiscalização e cobrança foi com relação ao Imposto
DentreTerritorial
as atualizações do CTM,
e Predial Urbano a que
(IPTU). permitiu melhores
A atualização resultados
possibilitou e avanços n
alterações
calização enas alíquotas,
cobrança foique
comsão aplicadas
relação especificamente
ao Imposto deeacordo
Territorial Predialcom os (IPTU).
Urbano
imóveis, ou seja,
ualização possibilitou se construídos,
alterações a quota que
nas alíquotas, estabelecida é de 0,7%;
são aplicadas tra-
especificamente d
tando-se de imóveis com ruínas ou edificações deterioradas, a alíquota
ordo com os imóveis, ou seja, se construídos, a quota estabelecida é de 0,7%; tratando-s
é de 1%; e, se estão baldios ou sem construção, o percentual será de
imóveis com ruínas ou edificações deterioradas, a alíquota é de 1%; e, se estão baldio
2%, as alíquotas são aplicadas sobre o valor venal do imóvel.
sem construção,Além o percentual será CTM
disso, o novo de 2%, as alíquotas
colaborou com a são aplicadas tributá-
administração sobre o valor vena
imóvel. ria no que diz respeito à apuração do valor venal, que foram coletados
por meio de elementos e dados de conhecimento da gestão, especial-
Além disso, o novo CTM colaborou com a administração tributária no que diz respeit
mente pelos aspectos já existentes no cadastro imobiliário.
apuração do valor Paravenal, queainda
contribuir forammais,
coletados por iniciou
o Município meio de elementos
campanhas pu- e dados d
nhecimento blicitárias
da gestão,utilizando as rádiospelos
especialmente locais e as redes
aspectos sociais voltadas
já existentes aos imobiliário
no cadastro
contribuintes, divulgando a importância da participação nas audiências
Para contribuir ainda mais, o Município iniciou campanhas publicitárias utilizando a
públicas, bem como o pagamento do tributo em dia, pois assim se-
dios locais e as redes sociais voltadas aos contribuintes, divulgando a importância d
rticipação nas audiências públicas, bem como o pagamento do tributo em dia, pois assim
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
ria possível
46 aplicar não só em manutenção
Boasde ruas,
práticas calçadas
compartilhadas e Finanças
para as outrosMunicipais
serviços público
ados à propriedade do imóvel, mas também em benefícios sociais, como por exemplo na
Foto 5 – Pavimentação de ruas com arrecadação do IPTU
ria possível aplicar não só em manutenção de ruas, calçadas e outros
serviços públicos ligados à propriedade do imóvel, mas também em
benefícios sociais, como por exemplo nas áreas da saúde, segurança,
educação, transportes etc.

Foto 5 – Pavimentação de ruas com arrecadação do IPTU

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.


Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

Também por meio de sugestão da sociedade, chegou-se ao con-


senso ofertar vantagens por sorteios de prêmios e brindes aos contribuin-
Tambémtes por meio de sugestão
que realizassem o pagamentoda do
sociedade,
IPTU em dia.chegou-se aohouve
Além disso, consenso ofe
ntagens portambém
sorteiosuma política de
de prêmios “evolução
e brindes aosdecontribuintes
descontos” aosquemunícipes que o pagam
realizassem
cultivassem
IPTU em dia. e realizassem
Além disso, a conservação
houve também uma da cidade,
política demantendo-a
“evolução limpa
de descontos”
e organizada. Por exemplo, construir calçadas permitindo maior e me-
nícipes que cultivassem e realizassem a conservação da cidade, mantendo-a limp
lhor acessibilidade, cultivar árvores, aplicar numeração na área externa
anizada. Por exemplo, construir calçadas permitindo maior e melhor acessibilid
tivar árvores, aplicar numeração na área externa da residência para facilitar o serviço
rega de correspondências,
Gestão Municipal: Projetosou seja,
em Ação quanto mais benfeitorias realizadas pelos morado
2017
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 47
lhores os descontos para pagamentos do IPTU.
da residência para facilitar o serviço de entrega de correspondências,
ou seja, quanto mais benfeitorias realizadas pelos moradores, melhores
os descontos para pagamentos do IPTU.

Foto 6 – Construção de praças com arrecadação do IPTU

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.


Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

Para implementar todas essas ações, foram publicadas informa-


ções com a finalidade de regulamentar e esclarecer a periodicidade, os
Para implementar todas essas ações, foram publicadas informações com a finalidad
critérios para os sorteios e também os descontos progressivos. As pre-
gulamentarmiações
e esclarecer a periodicidade,
foram doadas os ecritérios
por instituições comérciopara
local.os sorteios
A fim e também o
de evitar
despesas, As
ntos progressivos. os contribuintes
premiações depositavam
foram doadas o “número da sorte”, que
por instituições nes-
e comércio local.
te caso correspondia ao número do lote ou residência, dentro de uma
e evitar despesas, os contribuintes depositavam o “número da sorte”, que neste cas
urna na recepção da prefeitura.
spondia ao número do lote ou residência, dentro de uma urna na recepção d
tura.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


48 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Foto 77
Foto ––
Ganhador
Ganhadorde
dePrêmio
Prêmio

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.


A participação nos benefícios anteriormente relatados cabe ape-
nas aos contribuintes adimplentes. Em relação às isenções para o pa-
gamento do tributo, obedecem aos parâmetros definidos no código
A participação nosque,
tributário, benefícios
no caso de anteriormente relatados
imóvel pertencente cabe apenas
a deficientes, aos
cegos ou contribuin
mplentes. Em inválidos,
relação desde
às que usados para
isenções para suao residência
pagamento e odo
proprietário
tributo, não
obedecem a
possuano
âmetros definidos outro imóvel,
código seja urbano
tributário, que,ounorural,
casonode
Município
imóvel usufruem ape-a deficient
pertencente
nas desta vantagem. Da mesma forma, os critérios eram válidos aos
os ou inválidos, desde que usados para sua residência e o proprietário não possua ou
aposentados e pensionistas da Previdência Social proprietários de imó-
vel, seja urbano ou rural,que
vel residencial nocomprovassem
Município usufruem
renda nãoapenas
superiordesta vantagem.
ao piso nacional Da mes
de salário,
ma, os critérios eramsendo esteaos
válidos imóvel utilizado parae residência
aposentados própria
pensionistas da ePrevidência
nunca Soc
prietários depara fins comerciais.
imóvel residencial que comprovassem renda não superior ao piso nacio
alário, sendo este imóvel utilizado para residência própria e nunca para fins comerciai

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


ultados obtidos
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 49
Resultados obtidos
Em todas estas ações, o Município de Nova Bandeirantes/MT ob-
teve avanços significativos. A ampla divulgação junto aos contribuintes
mencionadas anteriormente e a aplicação das alíquotas do IPTU na for-
ma da lei municipal trouxeram uma elevação também na arrecadação
do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Atribui-se este
crescimento pelo trabalho de divulgação nos atos das transações de
compra e venda de imóveis declarados pelos contribuintes.
O quadro a seguir demonstra a evolução da arrecadação com o
principal tributo do Município. Os valores anteriores à atualização do
código tributário, ou seja, em 2012 e posterior à vigência da lei até os
dias atuais.

Gráfico 1 – Evolução Arrecadação do IPTU

Fonte: Secretaria de Administração de Nova Bandeirantes/MT.

Os gestores do Município de Nova Bandeirantes superaram ain-


da mais suas expectativas com a implementação destas ações. Sabe-
-se que a fiscalização neste processo é fundamental para que haja uma

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


50 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
continuidade no crescimento tanto percentual de munícipes adimplentes
quanto nos valores arrecadados.
É notório que não basta elaborar um bom código tributário, sem
o engajamento da sociedade, quando os munícipes apoiam e confiam
ão. nos resultados, a arrecadação melhora e a sociedade também, num ci-
clo virtuoso de sucesso.
A seguir, alguns dos resultados com a arrecadação do IPTU a par-
tir da atualização da gestão.
Foto 8 – Aquisição do 1º caminhão compactador de lixo
Foto 8 – Aquisição do 1º caminhão compactador de lixo

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

A construção de uma escola voltada para rede de ensino infantil


contou com 100% da arrecadação do IPTU recolhido no distrito de Ja-
puranã em seu núcleo urbano, também rodeada por pequenas cháca-
Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.
ras e centenas de lotes de assentamentos do Incra, os imóveis foram
cadastrados pela primeira vez em 2013 e o tributo gerou um sentimen-
to de segurança aos proprietários, pois até então estes não tinham do-
A construção de uma escola voltada para rede de ensino infantil contou com 100%
cumento oficial.
cadação do IPTU recolhido no distrito de Japuranã em seu núcleo urbano, també
ada por pequenas chácaras e centenas de lotes de assentamentos do Incra, os imóv
m cadastrados pela
Gestão primeira
Municipal: vez
Projetos em em
Ação 20172013 e o tributo gerou um sentimento de seguran
Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 51
proprietários, pois até então estes não tinham documento oficial.
Foto 9 – Inauguração de escola para educação infantil

Fonte: Acervo do setor de comunicação.

Fonte: Acervo do setor de comunicação.


Foto 10 – Escola de educação
Fonte: infantil
Acervo do setor no distrito de Japuranã
de comunicação.
Foto 10 – Escola de educação infantil no distrito de Japuranã

Foto 10 – Escola de educação infantil no distrito de Japuranã

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.

rsos utilizados Fonte: Município de Nova Bandeirantes/MT.


Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
52 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Elaboração e implementação da reforma tributária.
balho foi realizado com servidores públicos, cidadãos da sociedade local e também
Recursos utilizados
¡¡ Elaboração e implementação da reforma tributária.
O trabalho foi realizado com servidores públicos, cidadãos da so-
ciedade local e também contou com auxílio da área jurídica da Associa-
ção Mato-Grossense dos Municípios (AMM) .  
¡¡ Fiscalização.
A Fiscalização é essencial para os bons resultados, os servidores
são efetivos concursados com atribuição específica de lançamento de
créditos tributários.
¡¡ Ampla divulgação.
Foram utilizadas as redes sociais e a rádio para chamar atenção
dos munícipes.
¡¡ Apoio da sociedade.
Participação e audiências públicas e grupo de estudos.

Considerações finais
Até o ano de 2016, a arrecadação do IPTU em Nova Bandeiran-
tes/MT cresceu mais de 150%. Anterior à atualização do CTM, existia
uma carência tanto estrutural quanto na fiscalização e cobrança ade-
quada. A elaboração da lei com a participação da sociedade minimizou
os desgastes sobre o poder público municipal e encontrou alternativas
que favoreceu a comunidade local, pois com estes recursos pode-se
trabalhar na melhoria de transporte e coleta de lixo residencial, reforma
de escola, construção de praças, calçamentos dos órgão públicos, ilu-
minação pública, compra de veículos e motos para o setor de tributos,
uma ambulância, materiais para recomposição de ruas pavimentadas
esburacadas.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 53
PROJETO EM AÇÃO 5

Instalação de Parque
Eólico no Município
de Cafarnaum/BA traz
melhorias na arrecadação
PROJETO EM AÇÃO 5
Instalação de Parque Eólico no Município de Cafarnaum/BA traz melhorias na
arrecadação

Identificação do Município
Identificação do Município
Historiadores
Historiadores relatam
relatam que quede
a região a região de Cafarnaum/BA
Cafarnaum/BA foi primitivamente
foi habitada habitada por
primitivamente
índios pataxós. por índios pataxós.
Com o desbravamento Com os
do território, o desbravamento do oterritório,
índios localizaram Rio Vereda e, no
osocorreu
século XVII, índios localizaram o Rio
a chegada dos Vereda e, no
bandeirantes. Osséculo XVII, ocorreu
aventureiros abriramaestradas
chega- e deram
da dos de
início à procura bandeirantes. Os aventureiros
ouro e pedras abriramregião
preciosas naquela estradas e deramcomo
conhecida início Chapada
à procura
Diamantina. A partir de
deouro e pedras
então, preciosas
surgiram naquela região conhecida
vários acampamentos, nascendo ocomo
Município de
Cafarnaum.

O nome “Cafarnaum” originou-se da existência de cavernas e grutas às margens do


Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
54
Rio Vereda, algumas artificiais, feitas a fogo,Boas
empráticas
razão compartilhadas para as Finanças Municipais
da exploração dos minérios. O solo
fértil também atraiu novos colonos, isto permitiu o crescimento e o desenvolvimento do
Chapada Diamantina. A partir de então, surgiram vários acampamen-
tos, nascendo o Município de Cafarnaum.
O nome “Cafarnaum” originou-se da existência de cavernas e gru-
tas às margens do Rio Vereda, algumas artificiais, feitas a fogo, em razão
da exploração dos minérios. O solo fértil também atraiu novos colonos,
isto permitiu o crescimento e o desenvolvimento do povoado.
A emancipação política Município aconteceu no dia 7 de abril de
1963. Atualmente conta com uma população de 18.917 habitantes, con-
forme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica (IBGE). Está a 439 quilômetros da capital, localizada na região de
Irecê, abrangendo toda a área do Polígono das Secas. Pertence à bacia
do São Francisco e tem uma área de 927.491 quilômetros quadrados.
Foto 1 – Município de Cafarnaum/BA
Foto 1 – Município de Cafarnaum/BA

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.
Cafarnaum foi um dos maiores produtores de mamona, entre 1980
até os anos 2000 chegou a receber o título de “Campeão na produção de
Cafarnaum foi um O
mamona”. dos maiores
cultivo produtores
da mamona no paísdeteve
mamona, entreconsiderável,
um aumento 1980 até os anos 20
gou a receber o título de "Campeão na produção de mamona". O cultivo da mamona
teve um aumento considerável, em razão da alta demanda do setor produtivo e
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
ansão e transformação tecnológica
Boas práticas compartilhadas para
para as Finanças a produção de biocombustíveis,55lubrificant
Municipais

s, vernizes, espumas e materiais plásticos. A partir de suas sementes, é possível extr


em razão da alta demanda do setor produtivo e da expansão e transfor-
mação tecnológica para a produção de biocombustíveis, lubrificantes,
tintas, vernizes, espumas e materiais plásticos. A partir de suas semen-
tes, é possível extrair o óleo, que é amplamente usado na lubrificação
de motores com alta rotação e como matéria-prima para a produção de
biodiesel. Este fato elevou o interesse dos produtores, exportadores e
industriais, dando mobilidade aos segmentos industriais e deixando a
comercialização de mamona mais rentável. O Estado da Bahia concen-
tra a maior produção de mamonas no Brasil. Mas, por falta de chuvas,
essa realidade está mudando. Em Cafarnaum, o cultivo de feijão, milho
e sisal, por meio de irrigação, atualmente predomina na agropecuária,
além da exploração de cebola, tomate, pimentão etc.

Foto 2 – Plantações de Mamonas

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

o
Cafarnaum por meio de sua administração trabalha incessantemente a arrecadaç
Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017
56 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
icipal para ser cada vez menos dependente do Fundo de Participação do Municí
Ação
Cafarnaum por meio de sua administração trabalha incessante-
mente a arrecadação municipal para ser cada vez menos dependente
do Fundo de Participação do Município (FPM). A cota-parte desta trans-
ferência está fixada no coeficiente 1,2 e este recurso ainda é a principal
e a maior receita do Município. Os Estados nordestinos são conhecidos
por suas belas paisagens. As praias são campeãs nas visitas atraindo
milhares de turistas, tanto para passeios quanto para a prática de es-
portes aquáticos, já que há uma combinação de grande ondas e ventos.
Os Municípios interioranos também usufruem desses benefícios como
podem, seja com a produção de artesanatos ou até mesmo com a uti-
lização do vento.
A energia eólica ganha cada vez mais espaço no Brasil, pois se tra-
ta de uma energia sustentável. A transformação se dá por meio do vento
produzindo eletricidade através dos moinhos de vento. Os investimentos
nestas fontes renováveis têm substituído a construção de usinas hidrelé-
tricas e os métodos que prejudicam o meio ambiente, a exemplo, está
a emissão de poluentes derivados da queima de combustíveis fósseis.
Em Cafarnaum, os bons ventos contribuíram com a arrecadação
do Município. Em 2009, empresas do ramo realizaram visita com uma
equipe de pesquisadores e engenheiros nas áreas civil, elétrica, mecâ-
nica, ambiental que tinham o intuito de realizar de estudos e a medição
dos ventos. E, no ano de 2011, após elaboração de projetos e liberação
de licenças, deram-se início às primeiras obras, com a conclusão do pri-
meiro parque em 2013, conhecido como Parque do Cristal.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 57
Foto 3 – Construção do Parque Eólico em Cafarnaum/BA

Foto 3 – Construção do Parque Eólico em Cafarnaum/BA

Fonte: Internet.

As torres têm uma altura média de 100 metros; em Cafarnaum,


foram instalados 55 aerogeradores no Município, ainda sem funciona-
Fonte: Internet.
mento. A quantidade prevista será um total de 100 torres distribuídas
nos Municípios vizinhos que são Morro do Chapéu, Bonito e Mulungu do
Morro. Os parques receberam os nomes de: São Cristal, Boa Vista, Boa
As torres têm uma altura média de 100 metros; em Cafarnaum, foram instalado
Esperança, São Judas e Serra Azul. Os investimentos para elaboração
eradores destes
no Município, ainda sem
parques chegam funcionamento.
em cerca A de
de 10 milhões quantidade
reais. prevista será um
00 torres distribuídas nos Municípios vizinhos que são Morro do Chapéu, Bon
Foto 4 – Parque Eólico Cafarnaum/BA
ngu do Morro. Os parques receberam os nomes de: São Cristal, Boa Vista,
rança, São Judas e Serra Azul. Os investimentos para elaboração destes par
am em cerca de 10 milhões de reais.

Foto 4 – Parque Eólico Cafarnaum/BA

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


58 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
Com a vinda das empresas que envolvem este processo da produção de energia
eólica para o Município, houve um crescimento considerável na economia local
Com a vinda das empresas que envolvem este processo da pro-
dução de energia eólica para o Município, houve um crescimento consi-
derável na economia local principalmente com relação ao Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e também uma evolução
na arrecadação própria no que diz respeito ao Imposto Sobre Serviços
(ISS). Entre os anos de 2013 a 2016, o Município chegou a arrecadar
cerca de 40% a mais que a cota-parte do FPM. Com relação ao ISS, os
serviços de maior volume estão relacionados à construção civil, loca-
ção de veículos, hospedagens, além do comércio em geral. Essas ati-
vidades trouxeram um papel importante na fiscalização municipal, que
por meio de Lei delimitou fato gerador, base de cálculo, alíquotas, su-
jeito passivo, além da lista de serviços e as infrações cujo objetivos são
a adaptação e cobrança deste tributo que atualmente é uma fonte de
receita tão importante para o Município.
Com a instalações dos parques, verificou-se também a procura
pela formalização de Microempreendedores Individuais (MEI), já que
as empresas realizam a contratação de pessoas que prestam serviços
eventuais e têm mão de obra especializadas; dessa forma, o Município
estimula também a arrecadação municipal. O Município tem direito ain-
da sob receitas a receber advindas da Enel Green Power Brasil, conhe-
cida popularmente como Enel – empresa responsável pelas obras de
construções dos parques.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 59
Gráfico 1 – Quadro comparativo de arrecadação do ISS e ICMS

Gráfico 1 – Quadro comparativo de arrecadação do ISS e ICMS

Fonte: Finbra.
Fonte: Finbra.
A geração dos empregos também foi um ponto positivo com a vinda destas empresas
A geração
já que no Município dos empregos
existiam tambémdefoitrabalho
poucas opções um ponto positivo
com com a da carteira
benefícios
assinada. vinda
Entredestas
2013 empresas já querealizados
a 2015, foram no Município existiamtipos
diversos poucas
de opções de
capacitações com os
trabalho com benefícios da carteira assinada. Entre 2013 a 2015, foram
colaboradores recrutados para que houvesse maior número de mão de obra qualificada.
realizados diversos tipos de capacitações com os colaboradores recru-
tados para que houvesse maior número de  mão de obra qualificada.
Foto 4 – Trabalhadores do Parque Eólico Cafarnaum/BA
Foto 4 – Trabalhadores do Parque Eólico Cafarnaum/BA

Fonte: Internet.
Fonte: Internet.

Além disso, as torres que ocupam os terrenos de pequenos produtores rurais


proporcionaram um complemento na renda Boas
quepráticas Gestão
era Municipal:
antescompartilhadas
apenas Projetos
relativoem Ação 2017
ao cultivo.
60 para as Finanças Municipais
Além disso, as torres que ocupam os terrenos de pequenos pro-
dutores rurais proporcionaram um complemento na renda que antes era
apenas relativo ao cultivo.

Resultados obtidos:
¡¡ geração de novas oportunidades de empregos;
¡¡ aumento na arrecadação própria em mais de 40% só com o ISS;
¡¡ investimentos no Município, construção de praças, creches etc.;
¡¡ crescimento no turismo local;
¡¡ energia inesgotável;
¡¡ diminuição de gases poluentes e resíduos.

Recursos utilizados para melhorar a arrecadação:


¡¡ treinamento de servidores;
¡¡ modernização de sistemas;
¡¡ fiscalização efetiva;
¡¡ troca de experiência com outros Municípios que possuem par-
ques eólicos.

Considerações finais
Com a instalação das empresas que exploram esta fonte de ener-
gia sustentável e a força dos ventos na região semiárida do Estado da
Bahia, houve uma contribuição com desenvolvimento econômico dos
Municípios, além de gerar energia suficiente para atender à necessi-
dade anual de consumo de energia de mais de 300 mil brasileiros. O
desenvolvimento do Município de Cafarnaum por meio das instalações
dos parques foi de grande importância, assim a administração munici-
pal conseguiu melhorar a arrecadação própria proporcionando à popu-
lação benfeitorias nas áreas de serviços básicos como saúde, educa-
ção, transporte e segurança.

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais 61
Considerações finais

A Constituição de 1988 conferiu aos Municípios brasileiros autono-


mia e independência, além de garantias concretas de receitas públicas
para assegurar um mínimo de sustentabilidade.
No entanto, a atual realidade dos Municípios no Brasil é bem dife-
rente: as constantes oscilações das transferências do Fundo de Partici-
pação dos Municípios (FPM), bem como os rotineiros atrasos no repasse
de diversos recursos na área da Saúde e Educação, têm preocupado os
gestores, que se veem pressionados com um alto nível de obrigações
sem recursos para supri-las.
Assim, a prática de projetos inovadores, que têm como objetivo
garantir receita aos cofres municipais, podem ser um bom exemplo de
superação. Experiências que deram certo devem ser compartilhadas pa-
ra proporcionar aos demais Municípios a oportunidade de desenvolver
ações semelhantes e até aperfeiçoá-las – e a Confederação Nacional
de Municípios (CNM) incentiva essa prática. Usufrua também dessas
práticas e implante um modelo de sucesso!

Gestão Municipal: Projetos em Ação 2017


62 Boas práticas compartilhadas para as Finanças Municipais
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