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CENÁRIO B:

Caminhos Aéreos do Norte (CAN), é uma empresa de transporte aéreo sedeada na


cidade de Nampula, província de Nampula em Moçambique, com operações em
todas províncias do país.

Antes do final de 2005, estimava-se que a população ao nível da província fosse


menor do que 650000 (com mais de 70% de população jovem), comparando com
611000 no ano de 2000. Há décadas, a população de Nampula vem mudando das
zonas costeiras para o interior, devido a intensificação de ocorrências de ciclones
frequentes. Da mesma maneira continua a tendência de se mudar das suburbanas
para as não metropolitanas. Essas tendências estão mudando as bases de cálculo
municipais e estaduais.

Actualmente, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a população é de


cerca de 540000 habitantes (com mais de 70% de população idosa) e prevalece
uma taxa de desaceleração continua na diminuição populacional. Do número geral
da população da província, apenas pouco mais de 200000 pessoas vive em zonas
urbanas, enquanto o restante vive em áreas suburbanas.

Por sua vez, as decisões das empresas no tocante à localização são influenciadas
pelo grau de apoio que os vários órgãos fiscais oferecem; bem como pelos impostos
que esses órgãos cobram das empresas. A distribuição geográfica da população em
todo o mundo também é afetada pelas capacidades resultantes dos avanços na
área de tecnologia de comunicação. Por meio das tecnologias de computação,
por exemplo, as pessoas podem ficar em suas casas e se comunicar com outros em
localidades distantes para concluir o seu trabalho.

A mistura étnica das populações das províncias ao nível da região norte do país
intensifica-se e influencia a composição e cooperação da mão-de-obra do sector
de transporte aéreo, em todas vertentes de funcionamento.

Grande parte da mão-de-obra que se encontra ao nível dos aeroportos da província


de Nampula, incluindo as empresas relacionadas com o transporte aéreo é
constituído por população de outras províncias, que se tem deslocado a Região
norte (por conta do alto custo de vida nas outras regiões) e se instalando em zonas
rurais menores.
Essa mistura étnica criou um desafio as empresas ligadas ao sector de transporte
aéreo, sobretudo no que diz respeito à forma de comunicação com os clientes, a
ementa oferecida durante a viagem, determinação de tarifas e promoções em
função do estado civil e da faixa etária, entre outros.

Em termos de distribuição de renda, as pesquisas registou-se um aumento notável da


quantidade de casais em que ambos trabalham, o que chega a exercer muita
influência na disposição dos membros das famílias em aceitar um trabalho no
exterior. Embora em geral a renda real tenha diminuído, a renda da família em que
o homem e a mulher trabalham, ao nível da província de Nampula, aumentou.

As atitudes e os valores culturais da população da província resultam da fusão de


uma diversidade de culturas. A população jovem é muito activa e mais de 90% são
submetidos aos ritos de iniciação quando completam entre 12 a 18 anos.
Geralmente, as cerimonias decorrem fora da cidade capital provincial, e por vezes
até fora da província, e demanda a presença dos pais ou encarregados de
educação. A mesma população começa a planear a sua reforma na faixa dos 30
anos. As equipas de trabalho em todas empresas da província são culturalmente
heterogéneas, à medida que uma quantidade consideravelmente maior de
mulheres e minorias de várias culturas passou a fazer parte da força de trabalho.

A economia regional entrou em uma recessão em 2002 que se estendeu até 2004.
Para estimular a economia, as taxas de juros foram reduzidas a níveis recorde em
2005. Devido em grande parte às baixas taxas de juros, a economia cresceu
consideravelmente em 2006 e 2007. O comércio nacional também foi estimulado.

Até 2009, a gestão das infraestruturas aeroportuárias era realizada por empresas
estatais como “AerodroMoc e Mozex”, que se encarregavam de todos trabalhos e
serviços relacionados com as operações aeroportuárias no âmbito da aviação civil
no país. Uma vez que as normas tendem a variar dependendo da administração
presidencial, em 2010 novas normas foram adotadas com base em novas leis e
iniciou, em conformidade com os decretos 0058/2010 de 05 de Dezembro e
0062/2010 de 08 de Dezembro, a privatização de empresas de todos sectores ao
nível nacional. A partir dai, foram revistas as leis tributárias, leis de treinamento de
mão-de-obra e o grau de comprometimento com as instituições educacionais.
Predomina, ao nível da província, um aumento constante de abertura de empresas
nacionais e do volume de importação e exportação de bens, proporcionados por
atrativos fiscais, o que influencia na pressão dos sistemas de transporte.

As companhias de transporte aéreo sedeados em Nampula tem estado a terceirizar


a mão-de-obra para outras províncias da região, que tem um setor crescente de
alta tecnologia.

A tecnologia da Internet tem exercido um papel cada vez mais importante no


comércio global. Um exemplo factual relaciona-se com as empresas de transporte
que facilitaram o acesso de passageiros à serviços básicos como aquisição de
bilhetes, promovendo onde os cidadãos que procedem à compra dos bilhetes
podem economizar até 20%. Em 2016 foi aprovada uma legislação para assegurar
que os cidadãos com idade superior a 50 anos fossem isentos ao pagamento do IVA
mediante a aquisição dos bilhetes pela Internet.

Em 2015, registou-se um aumento significativo na utilização de dispositivos portáteis


e outros equipamentos de comunicação sem fio para acessar uma série de serviços.
No ano seguinte, as empresas de telefonia móvel, em parceria com os bancos
introduziram o sistema de pagamento de tarifas por via da carteira móvel (NLesa,
NCash, entre outros).

Com a reabilitação da estrada nacional principal em 2017, registou-se um aumento


significativo de companhias de transportes terrestres que ligam as capitais
provinciais. Estas entraram para o mercado com autocarros de capacidade
conforto notável para o transporte de passageiros e carga diversa. A capacidade
de transporte de passageiros dessas companhias de transportes terrestres chegavam
a superar a demanda em 2018, período em que registou-se uma valorização
significativa da moeda nacional, e o decréscimo de custos de transporte no geral,
para os utentes.

Ainda no mesmo ano de 2018, duas novas empresas do sector de companhias


aéreas iniciaram as suas operações na província e na região, embora com custos
consideráveis de capital.

A atual CAN (criada em 1999 com a designação de Serviços de Transportes Aéreos


do Norte – “STAN”), teve um rápido desenvolvimento desde a sua criação,
respondendo às necessidades decorrentes da ligação aos países vizinhos,
nomeadamente Suazilândia, África do Sul, Maláui e Zimbabué (estes dois últimos
integrados na então Federação da Rodésia e Niassalândia).

Segundo o decreto-Lei Nº 40/11 de 23 de dezembro de 2011, a STAN é transformada


em Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, adotando a denominação
de CAN – Caminhos Aéreos do Norte, S.A.R.L.

Empregava 300 trabalhadores em 2010, e possui delegações ou outras formas de


representação no país e no estrangeiro, estando dotada de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial.

Em Setembro de 2015 a companhia atravessava um momento de crise e os


accionistas da companhia demitiram o Conselho De Administração da empresa.
Estes por sua vez nomearam Zé Nluabo como Director-Geral, uma nova posição com
poderes acrescidos para lidar com a crise da empresa.

Nos últimos anos, a companhia tem sido alvo de duras críticas por parte dos seus
utilizadores. As críticas referem-se tanto a qualidade dos serviços, cujas pesquisas
revelam ter baixado dado ao elevado índice de nepotismo e ausência de
treinamento do pessoal, bem como as elevadas tarifas aplicadas para emissão de
bilhetes de voo.

Actualmente, a CAN explora uma frota composta por três aviões a jato, equipados
com tecnologia de ponta: dois Boeing 737-500, de 96 lugares e em Embraer 190-100,
com 9 lugares em classe executiva e 85 em classe económica; Estes aviões têm sido
utilizados para o transporte de passageiros e carga para percursos de médio curso,
nas ligações domésticas e regionais.

Até 2017, a CAN liderava o mercado doméstico, ou seja, a companhia era a que
podia fazer maior número de voos domésticos. Entretanto, uma alteração à lei
passou a permitir a entrada de outros operadores. Em Setembro de 2017, foi lançado
um concurso pelo regulador do sector aéreo em Moçambique para concessão de
rotas domésticas à várias transportadoras, incluindo à companhias aéreas
estrangeiras, como forma de promover a competitividade do transporte aéreo no
país.

Após o lançamento do concurso, a primeira companhia a ingressar o mercado


nacional foi a Castjeto, que iniciou as suas operações a 12 de Outubro de 2019,
realizando voos entre domésticos a cidade capital do pais e algumas capitais
provinciais.

Além da Castjeto, as companhias aéreas nacionais do Malaui e da GitAirlines


também foram seleccionadas no concurso, para operarem no espaço aéreo
moçambicano, que deram inicio as suas operações em território nacional em
Dezembro de 2018.

Em princípios de 2018, registou-se ao nível da província e da região um crescimento


notável e generalizado de companhias transportadoras terrestres, com rotas
interprovinciais. Aumentou ainda o volume de realização de negócios nas pequenas
e medias empresas sedeadas em Nampula.

Em Outubro de 2019, Tensa Onya Mazimba, Director Geral da CAN prometeu dar
robustez a empresa para enfrentar os concorrentes internos, ao qual garantiu a
intensificação da cooperação com outras empresas do sector de transportes.

Por sua vez, o Director Geral disse estar a fazer de tudo para manter a produção da
organização e a “fatia” de clientes que a CAN tem, numa altura em que o mercado
domestico moçambicano “está em franco crescimento”.

Na esperança de haver cooperação entre as empresas, o Director Geral afirmou:


“daremos apoio de manutenção e no que pudermos, com base num contrato entre
as partes”.

Face ao cenário exposto de forma generalizada, indique os pontos fortes, pontos


fracos, oportunidades e ameaças ao nível do ambiente envolvente da CAN.

CAN

 Missão: Transportar por via aérea com segurança e conforto, passageiros, carga e correio ao nível dos serviços
doméstico, regional e internacional, de carácter regular e não-regular.

 Visão: Ser uma empresa de transporte aéreo de excelência, líder no mercado nacional e um forte competidor no
mercado regional e intercontinental.

 Valores:

 O nosso Compromisso: os nossos Clientes serão sempre os primeiros e a razão da nossa existência.

 Gestão: Valorizar e seguir os princípios da responsabilidade e transparência corporativa, equidade e prestação de


contas.

 Qualidade: Estimular a inovação e a criatividade na prestação de serviços, com foco na qualidade e nos
resultados.
 Ética: Observar os mais elevados princípios e padrões éticos, dando exemplo de solidez moral, honestidade e
integridade

 Ser Humano: Proporcionar um tratamento justo a todos os colaboradores, valorizar o trabalho em equipe,
estimulando um ambiente de aprendizagem, desenvolvimento e auto estima.

 Responsabilidade Social: Exercer a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade e respeito ao


meio ambiente.

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