Você está na página 1de 26

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA


GABINETE DO VICE-GOVERNADOR PARA O SECTOR ECONÓMICO

À
SUA EXCELÊNCIA SENHORA GOVERNADORA
DA PROVINCIA DE LUANDA.
Dr.ª Joana Lina Ramos Baptista Cândido

N/REF. ª N.º _______/GAB.VGSE.GPL/2020

Assunto: MEMORANDO DOS TRANSPORTES PÚBLICOS COLECTIVOS

URBANOS DE LUANDA.

Os nossos melhores cumprimentos.

Relativamente ao ofício, n.º 35/SAJ-STTRAL/2020, datado de 17 de Novembro do corrente


ano, proveniente do Secretariado Executivo do Sindicato dos Trabalhadores dos
Transportes Rodoviários e Afins de Luanda, quantos aos pontos relatados temos a informar o
seguinte:

1. ATRASO CONSTANTE NO PAGAMENTO DOS VALORES DA SUBVENÇÃO


POR PARTE DO MINFIN COM AS OPERADORAS.

O Despacho nº. 454/GAB.GPL/2020, datado de 17 de Agosto, do Gabinete da Senhora


Governadora, que criou uma Equipa Técnica do Governo da Província de Luanda, para
elaboração de uma Proposta para Implementação de um Sistema Tarifário para os Transportes
Rodoviários Regulares Públicos Urbanos Colectivos de Passageiros.

 Integram esta Comissão os seguintes membros:


a) Vice-Governador para o Sector Económico-Coordenador;
b) Gabinete Jurídico e do Intercâmbio;
c) Gabinete Provincial do Desenvolvimento Económico Integrado;
d) Gabinete Provincial de Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana;
e) Representante do Gabinete da Senhora Governadora;
f) Representante da Delegação Provincial de Finanças;
g) Assessor Económico da Senhora Governadora.

 A presente Comissão tem trabalhado incansavelmente para a solução urgente destas


situações preocupante.
 Fruto dos encontro realizados pela referida Comissão, o IGAPE orientou que, para
colmatar-se o problema dos constantes atrasos no pagamento dos Subsídios a preço da
Tarifa comparticipada paga pelo Estado, seja o GPL a validar os relatórios dos
passageiros transportados, a partir do mês de Outubro do corrente ano.

2. SITUAÇÃO DO AUMENTO DA TARIFA NO SERVIÇO URBANO

A Comissão criada pelo Despacho referido no parágrafo anterior, tem trabalhado numa proposta
para implementação de um novo sistema tarifário para os Transportes Rodoviários Regulares
Urbanos Colectivos de Passageiros apesar de existir já uma PROPOSTA DE DECRETO
EXECUTIVO CONJUNTO MINFIN/MINTRANS QUE APROVA AS TARIFAS DOS
TRANSPORTES PÚBLICOS COLECTIVOS DE PASSAGEIROS TERRESTRES E
MARÍTIMOS que aguarda a sua publicação.

a) ENQUADRAMENTO

 Desde alguns anos atrás, o Governo vem fazendo estudos para novos Sistemas
Tarifários visando maior controlo às Empresas Operadoras, tanto na sua rentabilização,
como no número de Passageiros Transportados, tendo como vantagem a diminuição do
valor de subvenção a pagar pelo Estado.
 Os aumentos ocorridos nos últimos anos em relação ao custo dos combustíveis e
derivados sempre surge como um forte motivo para a atualização do valor da Tarifa de
Transportes, no entanto, e apesar de se mostrar uma questão urgente e relevante, não
houveram avanços nesse sentido.
 Considerando que os preços dos Transportes Urbanos de Luanda, não são atualizados
desde Julho de 2006, torna-se importante a determinação de uma nova Tarifa para o
Transporte Público Rodoviário Coletivo Urbano de Passageiros.
 A atual Tarifa de Transporte Público Urbano na cidade de Luanda foi proposta no ano
de 2006, isto quer dizer que no decorrer de mais de uma década é evidente que houve
um incremento no preço dos componentes integrantes dos custos para a operação dos
Transportes, bem como a inflação ocorrida no período, e isto por si só já se apresenta
como fator a ser avaliado visando a atualização do valor da Tarifa no presente
momento.

b) ABORDAGEM SÓCIO-ECONÓMICA SOBRE A ACTUALIZAÇÃO DO


VALOR DA TARIFA PARA O SERVIÇO DE TRANSPORTE URBANO

 A intervenção do Estado na economia resume-se em duas finalidades principais: A


garantia da eficiência na produção dos bens e a promoção da equidade resultante da
distribuição desigual do rendimento e da riqueza. A procecussão de um dos
objectivos implica em muitos casos a abnegação do outro. Neste caso, a sociedade,
através do processo político e do debate ponderado, deve equacionar o quanto está
disposto a sacrificar a eficiencia para atingir objectivos de equidade, ou vice-versa.
Assim, estabelecer uma tarifa que assegure a rentabilidade das operadoras do
transporte público rodoviário colectivo urbano de passageiros pode causar aumento
das assimetrias de desenvolvimento e desigualdades sociais, afectando
negativamente a população mais carenciada.

 Considerando que o valor da tarifa cobrado aos utentes dos serviços de transporte
urbano influencia directamente os processos políticos e sociais, a decisão de
actualização do referido valor deve ter em conta os indicadores socioeconómicos do
actual contexto de angola.
Análise dos Indicadores socioeconómicos

 Os indicadores, apresentados no Relatório do Inquérito sobre as Despesas, Receitas


e Emprego em Angola 2018-2019, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), servem de base para avaliar quão oportuno é ou não a implementação de
determinadas políticas públicas, incluindo as do domínio dos transportes colectivos
urbanos.

 Segundo o referido inquérito, a receita média mensal por pessoa em Angola é de Kz


15.454,00 (Quinze mil e quatrocentos e cinquenta e quatro Kwanzas), com a
província de Luanda a registar a maior receita, de Kz 25.212,00 (Vinte e cinco mil e
duzentos e doze Kwanzas) mês per capita. Os agregados familiares chefiados por
uma pessoa desempregada, em Luanda, tem receita média mensal de Kz 6.071,00
(Seis mil e setenta e um Kwanzas), sendo 38% dos residentes em Luanda
considerados desempregados.

 Por outro lado, o consumo médio mensal por pessoa em Angola é estimado em Kz
17.569 (Dessassete mil e quinhentos e sessenta e nove kwanzas). As áreas urbanas
apresentam o consumo maior do que as zonas rurais. Entre as Províncias, a Capital é
a que possui um consumo médio per capita mais elevado, Kz 26.528,00 (Vinte e seis
mil e quinhentos e vinte e oito Kwanzas). O consumo médio mensal em transporte
por pessoas é de Kz 535,00 (Quinhentos e trinta e cinco Kwanzas), ou seja, cerca de
2% da despesa em bens de consumo é alocada aos serviços de transporte.

 Ademais, o Relatório sobre a Pobreza, do mesmo inquérito, mostra que a linha de


pobreza em Angola é de Kz 12.181,00 (Doze mil, cento e oitenta e um, Kwanzas).
Cerca de 20% da população de Luanda está abaixo do limiar de pobreza. Não menos
importante, importa referir que, em Luanda cerca de 80% de alunos/estudantes não
usa transporte público para ir à escola, anda a pé, 17% utiliza táxi (candogueiro) e
cerca de 2% carro próprio e 0,0% utiliza autocarro públio.

 Outros indicadores a ter em conta são os salários mínimos nacionais. De acordo com
o Decreto Presidencial nº89/19, de 21 de Março, Kz 21.454,00 (Vinte e um mil,
quatrocentos e cinquenta e quatro Kwanzas) para a agricultura, Kz 26.817,00 (Vinte
e seis mil, oitocentos e dezassete Kwanzas) para transportes, serviços e indústria
transformadora e Kz 32.181,00 (Trinta e dois mil, cento e oitenta e um Kwanzas)
para o comérico e indústria extrativa.

 Portanto, a determinação da tarifa a cobrar aos utentes dos serviços de transporte


público rodoviário urbano pode basear-se nos critérios do salário mínimo médio, da
receirta mensal ou limiar da pobreza. Todas as opções possíveis resultam numa
tarifa inferior a actual Kz 50,00 (Cinquenta Kwanzas) cobrada a bordo. A tarifa mais
alta a suportar pelo utente, considerando a proporção de rendimento a alocar na
despesa em serviços de transporte é de cerca de Kz 25,00 (Vinte e cinco Kwanzas).

 Os serviços de transporte mesmo não sendo um bem puramente público produzem


externalidade positiva, manifestando-se no aumento da produtividade global da
economia, por esta razão, considera-se preponderante a intervenção do Estado neste
segmento, visando a alocação eficiente de recursos na economia, bem como a
promoção da equidade social.

 Existem três possibilidades de intervenção para internalizar efeito externo no


consumo de bens públicos: subsidiar a empresa produtora, subsidiar o consumidor e
produzir os bens necessários para mitigar a escassez de oferta privada.

 Considerando a tarifa do transporte público colectivo como preço que garante a


abtenção de receitas das empresas operadoras neste sector de actividade, no intuito
de cobrir os custos inerentes a sua actividade e garantir uma margem de lucro
positiva; e dado o contexto macroeconómico desfavorável do País, caracterizado por
recessões sucessivas da economia, taxas de inflação de dois dízitos, depreciação
cambal, alta taxa de desemprego e consideráveis níveis de pobreza extrema, entre
outros, a determinação da tarifa deve assegurar o possível equilíbrio entre a
eficiência operacional das empresas e a equidade social.

 Assim, a actualização do valor da tarifa a praticar deve basear-se não apenas nos
custos inerentes a produção dos serviços, mas também no poder aquisitivo do
consumidor. O preço praticado já é insustentável objectivamente, tanto pelos
operadores como pela população. Para isso, recomenda-se:
i. Fixar uma tarifa não superior a Kz 100,00 (Cem Kwanzas) pago abordo para
assegurar o equilíbrio Eficiência-Equidade;

ii. Manter o subsídio de Kz 50,00 (Cinquenta Kwanzas) para financiar a diferença


entre o preço pago pelo consumidor e o custo de produção do bem; e

iii. Desenvolver, no médio prazo, um sistema de bilhética com vista a prática de preços
diferenciados, entre outras finalidades.

c) PROPOSTA DE UMA NOVA TARIFA

 O Programa de Governo do MPLA, para o período de 2017-2022, saufragado nas


Eleições Gerais de 23 de Agosto de 2017, prevé a consolidação de uma Rede
estruturada de Transportes Públicos de Passageiros aos níveis Municipal, Provincial e
das Cidades do País que garanta maior mobilidade das pessoas e bens e assegure a
intermodalidade dos Transportes e a complementaridade Modal, assumindo os serviços
que não se revelem tão compensadores do ponto de vista económico para os operadores
como um Serviço Público.
 A Tarifa é o preço público fixado pelo Poder Executivo, a ser pago pelo usuário dos
serviços oferecidos.
 O valor da Tarifa tem grande impacto sobre o custo de vida da população, em especial
daquela expressiva parcela de menor renda, o que faz com que os reajustes tarifários
não sejam bem recebidos, em boa parte, pelo desconhecimento de como ele é fixado,
criando por vezes descontentamento em movimentos reivindicatórios e de pressão da
sociedade sobre o Governo, que podem ter grandes repercussões.
 A Tarifa deve estar baseada em condicionantes técnicas, operacionais e em
especificidades locais, devendo ser o tarifário elaborado de forma que qualquer
operadora de Transportes Urbanos tivesse todas as informações dos itens que compõe a
tarifa afim de que esta fosse capaz de replicar este cálculo em relação a própria
operação, assim como ter uma referência técnica para discutir eventuais divergências ou
mesmo a comprovação da necessidade de actualização do valor da Tarifa.
 A revisão da Tarifa deverá ocorrer sempre que haja alteração na estrutura se custos,
tomada como referênecia para o cálculo da Tarifa inicial.
 O reajuste da Tarifa ocorre quando são constactadas variações nos preços dos insumos.
O procedimento de reajuste mais frequênte é o recálculo do custo médio pela Planílha, a
partir da actividade dos preços de insumos, dos dados da demanda (Passageiros
Transportados) e de oferta (Quilómetragem percorrida).

 A Tarifa dos Transportes Públicos Colectivos Urbanos de Passageiros de Luanda, está


enquadrada no regime de Preços Fixados, não podendo tal Preço ser alterado pelos
operadores de serviços de Transportes Urbanos, conforme estipula o Decreto
Presidencial nº 206/11 de 29 de Julho (Artº 7º).
 O método utilizado até ao momento, para o cálculo da Tarifa, dos Transportes Regulares
Urbanos Colectivos de Passageiros de Luanda é o indicado pela Planilha GEIPOT.
 Existe também o método de cálculo, elaborado pela ANTP, aonde a principal diferença
é que no método GEIPOT, a remuneração do operador está embutida na remuneração
do capital Imobilizado, ja na Planílha ANTP, o Capital Imobilizado passou a ser
remunerado de acordo com as Taxas de mercado, tornando mais clara a distinção entre a
remuneração do capital e o Lucro empresarial da prestação de serviço.
 Existem Dois tipos de Tarifas: A Tarifa Ùnica (actualmente praticada) que é o tipo de
tarifa predominante nos Transportes Regulares Urbanos em Autocarros de Luanda, que
teve origem no conceito de “Tarifa Social”, protegendo os Passageiros de menor renda
que fazem diariamente viagens mais longas, pelo facto de residirem na periferia da
cidade. Este tipo de Tarifa também simplifica a tarefa dos cobradores e revisores, na
ausência de um Sistema Inteligente e até possível de ser integrado de Bilhética
Electrónica.
 A Tarifa Variável - é o modelo de Tarifa proposto no Decreto Executivo Conjunto
MINFIN/MINTRANS, por Zonas ou Coroas, sendo os Governos Provinciais,
responsáveis em especificar, para cada Província, mediante Editais Próprios, as
Fronteiras exatas das Zonas Tarifárias, com Coordenadas Geográficas detalhadas
e Distanciamento em Quilómetros apropriados.

A Tarifa variável requer a validação do Bilhete na saída, o que no nosso Sistema Urbano
em autocarros tornar-se-ia de momento problemático.
 O Modelo consagrado pela Planílha GEIPOT remunera os custos do operador,
dividindo-os da seguinte forma:

 Custos Variáveis: Combustível, Lubrificantes, peças e acessórios.


 Custos Fixos: Despesas administrativas, despesas com o pessoal,
depreciação, remuneração.

Todos os custos de Operação são cobertos pela Tarifa.

 REAJUSTE IMEDIATO DA TARIFA

Não há dúvidas que, decorridos mais de uma década com a mesma Tarifa vigente, é inevitável a
correção do valor da tarifa.

 Atualmente o valor da tarifa está indexado ao dólar, Tarifa Única:


 1 Usd = 698,679- Câmbio BNA em 30 de Agosto de 2020.
 Ao fazer a atualização destes valores temos: Tarifa = 449kz

 O valor da Tarifa real, apurada pela Planílha é de Akz 462,41.

 Recomenda-se a necessidade de definição de uma Nova Tarifa para os Transportes


Regulares Urbanos Colectivos Rodoviários de Passageiros, de preferência “Tarifa
Única”, devido aos motivos mencionados neste trabalho, no momento que
politicamente se se considerar mais apropriado.
 Adoptar-se medidas para um aumento gradual da Tarifa e uma diminuição dos valores a
fixar dos subsídios a Preço da Tarifa comparticipada;
 Promover uma revisão periódica (Anual) da Planílha de Custos Tarifários;
 Implementação tão logo seja possível de um Sistema Inteliente de Bilhética Electrónica.

Bilhética Electrónica:

É um conceito usado nos Transportes Públicos que consiste no pagamento do valor dos títulos
de passagens de forma electrónica, utilizando depósitos especiais, agregando vários outros
benefícios.

A Implementação de um Sistema de Bilhética Electrónica, na Província de Luanda, trará as


seguintes vantagens:
 Não utilizar dinheiro em espécie, no Pagamento das Tarifas, diminuindo o interesse de
criminosos, fazerem assaltos aos veículos;
 Criação de redes de Integração que permitem o usuário do Sistema fazer várias viagens
pela mesma ou distinta Rede de Transportes, pagando um valor mais reduzido;

 Melhor controle para os Gestores do Sistema de Transportes, permitindo identificar a


necessidade de afectuar reajustes necessários para uma maior rentabilidade da operação;
 Permite-nos saber o real número de Passageiros transportados, por carreira e faixa
horária, bem como o tempo de viagem;
 Elimina o fenómeno “frunco” nas Operadoras, isto é, a evasão de receitas, por parte dos
cobradores e motoristas, controlando as fraudes;
 Planeamento da Rede de Transportes e Rastreamento da Integração;
 Controle das vendas e Receitas;
 Controle do Custo;
 Criação de um “Passe Social” para Estudantes e outra franja da população a definir.

3. REDUÇÃO CONSTANTE DA FROTA OPERACIONAL DAS EMPRESAS.


a. Corresponde ao ponto 1.
b. Possibilidade de se implementar alguns incentivos ou benefícios fiscais para as
Operadoras do serviço urbano e facilitação na importação de consumíveis que
suportam os veículos destas Operadoras.
Pensamos aqui, que as Operadoras de Transportes Públicos Rodoviários Regulares de
Passageiros ao adquirirem os meios para o reforço das suas frotas, devem primar por
adquiri-los em Fornecedores que tenham representação no nosso País, facilitando assim
a aquisição de peças e sobressalentes de reposição e manutenção, evitando a necessidade
se recorrer a divisas.

c. Mau estado das estradas e falta de Corredores Exclusivos (FAIXA BUS) para
os transportes públicos rodoviários que permitam uma maior velocidade
comercial.
1. O Governo da Província de Luanda, apresentou junto do Conselho da Coordenação
Estratégica para a Província de Luanda, Orgão Presidido pelo Titular do Poder
Executivo, um Projecto para implementação de 6 (Seis) Corredores Exclusivos
(Faixas Bus), para os Transportes Públicos (Autocarros e Taxis) na Província de
Luanda, tendo o referido Projecto sido aprovado por unanimidade.
2. Os Corredores Exclusivos são os seguintes:

 Corredor do Golf- Estrada do Benfica/ Av. Pedro de Castro Van-Dúnem


Loy/ Sanatório/ Estrada de Catete, com uma Extensão de 51.467,57 Metros;
 Corredor de Catete- Estrada Deolinda Rodrigues/Estrada de Catete-Nacional
230, com uma Extensão de 52.520,11 Metros;
 Corredor Av. 21 de Janeiro – Av. Revolução de Outubro x Cassequel/Av.
21 de Janeiro/Gamek x Estrada do Benfica. Com uma Extensão de
23.204,06 Metros;
 Corredor da Samba – Marginal (Bungo) /Rua dos Heróis (Estrada da
Samba) /Estrada da Corimba/Estrada do Benfica. Com uma Extensão de
37.859,91 Metros;
 Corredor de Cacuaco- Bungo/Rua Cdte. Kima Kienda (Estrada da
Petrangol) /Cacuaco, com uma extensão de 38.802,75 Metros;
 Corredor Periférico-Estrada Periférica Benfica/Viana/Cacuaco. Com uma
Extensão de 99.504,46 Metros.

3. Os 6 (Seis) Corredores Exclusivos, subdividem-se em 20 Troços, com uma


Extensão Total de 325.028,27 Metros, ou seja cerca de 325 Kilómetros.

Nº OBRA (Execução de TROÇOS EXTENSÃ


faixas exclusivas O DA DO
para o Serviço de TROÇO
Transporte Urbano (METROS)
Regular de
Passageiros
(Faixa BUS).
1 Corredor de Catete Filda até a 19.091,82
Estrada Deolinda Comarca de Viana
Rodrigues/Estrada de
Catete
2 Corredor de Catete- 1º De Maio até a 13.236,67
Estrada Deolinda Filda
Rodrigues/Estrada de
Catete
3 Corredor de Catete- Comarca de Viana 20.191,62
Estrada Deolinda até ao Viaduto
Rodrigues/Estrada de (Cruzamento
Catete Viana
Via Express)
4 Corredor do Golf- Estrada de 14.747,92
Estrada do Catete até ao
Benfica/Av. Pedro de Golf 2
C. Van-Dúnem
Loy/Sanatório/Estrada
de Catete
5 Corredor do Golf- Supermercado 20.191,62
Estrada do MAXI até ao
Benfica/Av. Pedro de Benfica
C. Van-Dúnem (Intersecção com
Loy/Sanatório/Estrada a Via Express)
de Catete
6 Corredor do Golf- Golf 2 até ao 16.528,03
Estrada do Supermercado
Benfica/Av. Pedro de MAXI
C. Van-Dúnem
Loy/Sanatório/Estrada
de Catete
7 Corredor Periférico- Bairro Bem 17.889,94
Estrada Periférica Vindo (Estrada
Benfica/Viana/Cacuac para o Lar
o Patriota) até ao
Estádio 11 de
Novembro
8 Corredor Periférico- Benfica (Via 17.264,28
Estrada Periférica Express) até ao
Benfica/Viana/Cacua- Bairro Bem-Vindo
co (Lar do
Patriota)
9 Corredor Periférico Viaduto 20.544,96
– Estrada Periférica (Cruzamento
Benfica/Viana/Cacua Viana Via
co Express) até a
Estrada de Acesso
a Centralidade de
Cacuaco
10 Corredor Periférico – Cruzamento com o 18.042,88
Estrada Canal de Água do
Periférica Kikuxi até ao
Benfica/Viana/Cacua Viaduto
co (Cruzamento Viana
Via Express)
11 Corredor Periférico – Posto de 18.491,31
Estrada Abastecimento de
Periférica Combustível da
Benfica/Viana/Cacua Sonangol até ao
co Viaduto de
Cacuaco
(Cruzamento V.
Express
Cacuaco –
Petrangol)
12 Corredor Periférico – Estrada de Acesso 7.271,09
Estrada a Centralidade de
Periférica Cacuaco até ao
Benfica/Viana/Cacua Posto de
co Abastecimento de
Combustível da
Sonangol
13 Corredor Periférico – Estádio 11 de 21.669,41
Estrada Novembro até
Periférica ao Cruzamento
Benfica/Viana/Cacua com o Canal
co de Água do Kikuxi
14 Corredor Av. 21 de Cassequel até à Ex. 12.999,12
Janeiro – Av. Rotunda da
Revolução de Outubro Gamek
x Cassequel/Av. 21 de
Janeiro/Gamek x
Estrada do Benfica
15 Corredor Av. 21 de Ex Rotunda da 10.204,94
Janeiro – Av. Gamek até Av.
Revolução de Outubro Pedro de Castro
x Cassequel/Av. 21 de Van- Dúnem Loy
Janeiro/Gamek x (Academia BAI)
Estrada do Benfica
16 Corredor Av. 21 de Av. Revolução de 9.089.26
Janeiro – Av. Outubro até
Revolução de
Outubro x ao Cassequel
Cassequel/Av. 21
de
Janeiro/Gamek x
Estrada do
Benfica
17 Corredor de Cacuaco- Induve até 19.146,23
Bungo/Rua Cacuaco
Cdte. Kima Kienda
(Estrada da
Petrangol) /Cacuaco
18 Corredor de Cacuaco- Marginal 19.656,52
Bungo/Rua (Bungo) Rua
Cdte. Kima Kienda Cdte. Kima
(Estrada da Kienda
Petrangol) /Cacuaco até a
Induve
19 Corredor da Samba – Marginal 19.391,24
Marginal (Bungo) (Bungo) até ao
/Rua dos Heróis Posto de
(Estrada da Samba) Identificação da
/Estrada da Samba
Corimba/Estrada do
Benfica
20 Corredor da Samba – Posto de 18.468,67
Marginal (Bungo) Identificação da
/Rua dos Heróis Samba até a
(Estrada da Samba) Estrada do
/Estrada da Benfica (Av.
Corimba/Estrada do Pedro de
Benfica Castro Van-
Dúnem Loy)
TOTA 325.028,27
L 6 20 TROÇOS METROS
CORREDORES

4. Após aprovação deste Projecto, fomos convidados pelo MINTRANS, para um


encontro de trabalho, que resultou na criação de um Grupo Técnico Multisectorial,
para tratar das questões relativas ao planeamento, operação e gestão para a melhoria
de Luanda, nomeadamente, criar condições para a Implementação das Faixas
Exclusivas para o Transporte Urbano Colectivo de Passageiros, conforme Despacho
Conjunto Nº. 504/17 de 12 de Setembro.
5. O Grupo Técnico criado para Acompanhamento do Projecto, indicou para primeira
Fase a Implementação das Faixas Exclusivas nas Avenidas:
 21 de Janeiro; 2 - Estrada da Samba; 3 - Pedro de Castro Van-Dúnem
“Loy”.
Sobre a Primeira Fase, o Processo de Implementação das Faixas Exclusivas, esta com um
avanço de 50% de execução da Obra, estando o Corredor da Avenida 21 de Janeiro, num estado
mais avançado relativamente aos outro Dois Corredores ( da Samba e da Pedro de Castro Van-
Dúnem “Loy”).

Foram realizados os seguintes Trabalhos:

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL:

 11 (Onze) Kilomêtros da Faixa Exclusiva na Avenida 21 de Janiero;


 15 (Quinze) Kilomêtros da Faixa Exclusiva na Estrada da Samba.
 Para melhor visibilidade e sinalização, fez-se um acréscimo de 10 (centimêtros) na
largura das Linhas.
A. FAIXA EXCLUSIVA DA AVENIDA 21 DE JANEIRO.
a. A nível da Sinalização Vertical e Horizontal foram aplicados, ao longa da
Faixa Exclusiva:
 35 (Trinta e Cinco) Sinais de Proibição de Estacionamento;
 10 (Dez) Sinais de Informação sobre a Faixa Exclusiva;
 13 (Treze) Sinais de Informação das Paragens para os Autocarros;
 18 (Dezoito) Sinais de Informação das Paragens para os Táxis Colectivos “ Azul e
Branco”;
 32 (Trinta e Dois) Sinais Horizontais, com a inscrição “BUS”.
b. Do ponto de vista de Paragens e Abrigos, foram montados:
 16 – Abrigos para o Transporte Rodoviário Regular Urbano Colectivo de Passageiros de
Luanda;
 13 - Paragens para o Transporte Rodoviário Regular Urbano Colectivo de Passageiros
de Luanda.
B. FAIXA EXCLUSIVA DA ESTRADA DA SAMBA
a. A nível da Sinalização Vertical e Horizontal foram aplicados, ao longo da
Faixa Exclusiva:
 23 (Vinte e três) Sinais de Proibição de Estacionamento;
 10 (Dez) Sinais de Informação sobre a Faixa Exclusiva;
 13 (Treze) Sinais de Informação das Paragens para os Autocarros;
 13 (Treze) Sinais de Informação das Paragens para os Táxis Colectivos “ Azul e
Branco”;
 44 (Quarenta e Quatro) - Inscrições “BUS”, em Sinalização Horizontal.
b. Do ponto de vista de Paragens e Abrigos, foram montados:

 13 – Abrigos para o Transporte Rodoviário Regular Urbano Colectivo de Passageiros de


Luanda;
 13 - Paragens para o Transporte Rodoviário Regular Urbano Colectivo de Passageiros
de Luanda.
C. FAIXA EXCLUSIVA DA AVENIDA PEDRO DE CASTRO VAN-DUNEM
“LOY”
a. A nivél da Sinalização Vertical e Horizontal foram aplicados, ao longo da
Faixa Exclusiva:

Sinais de Paragens de Taxi-----------------------------------------17

Sinais de Proibição de Estacionamento C/Matrícula------17


Pintura de Faixa Bus Executados--------------------------------12.00km

Trabalhos Por Executar:

Painéis Informativos-------------------------------------------------20

Pintura De Faixa Bus-------------------------------------------------5 k

MAPA DAS ROTAS DESIGNADAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS FAIXAS BUS

Linha verde- Corredor de


Catete;
Linha Azul-Corredor
Periférico Benfica/Viana
Cacuaco;
Linha Vermelha-Corredor
de cacuaco;
Linha Amarela-Corredor
da Samba;
Linha Laranja- Corredor
Av.21 de Janeiro;
Linha Rosa- Corredor
do Golf.
1. Corredor de Catete- Estrada Deolinda Rodrigues/Estrada de Catete, com uma
Extensão de 52.520,11 Metros.

Encontra-se dividido em 3 Troços Rodoviários:

1– Iº DE MAIO ATÉ A
FILDA

2-FILDA ATÉ
COMARCA DE VIANA

3-COMARCA DE VIANA
ATÉ AO VIADUTO
(VIANA VIA EXPRESS).

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 18 | 26


2. Corredor do Golf- Estrada do Benfica/ Av. Pedro de Castro Van-Dúnem Loy/
Sanatório/ Estrada de Catete, com uma Extensão de 51.467,57 Metros.

Encontra-se dividido em 3 Troços:

Rodoviários:

1– Estrada de Catete até ao Golf 2;

2- Golf 2 até ao Supermercado MAXI;

3- Supermercado MAXI até ao Benfica

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 19 | 26


3. Corredor Periférico-Estrada Periférica Benfica/Viana/Cacuaco. Com uma
Extensão de 99.504,46 Metros.

Encontra-se dividido em 7 Troços Rodoviários:

1- Benfica até ao Bairro Bem-Vindo;


2- Bairro Bem-Vindo até ao Estádio 11
de Novembro;
3- Estádio 11 de Novembro até ao Canal
do Kikuxi;
4- Canal do Kikuxi até ao Viaduto de
Viana;
5- Viaduto de Viana até ao Acesso da
Centralidade de Cacuaco (Sequele);
6- Acesso da Centralidade de Cacuaco
(Sequele) até Ao Posto de Abastec.
Da Sonangol;
7- Posto de Abastec. Da Sonangol até ao
Viaduto de Cacuaco.

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 20 | 26


4. Corredor Av. 21 de Janeiro – Av. Revolução de Outubro x Cassequel/Av. 21 de
Janeiro/Gamek x Estrada do Benfica. Com uma Extensão de 23.204,06 Metros.

Encontra-se dividido em 3 Troços Rodoviários:

1-Av. Revolução de Outubro até ao


Cassequel ;

2- Cassequel até a Ex. Rotunda do


Gamek;

3- Ex. Rotunda do Gamek até Av.


Pedro De Castro Van-Dúnen Loy

5. Corredor de Cacuaco-
Bungo/Rua Cdte. Kima
Kienda (Estrada da Petrangol) /Cacuaco, com uma extensão de 38.802,75 Metros.

Encontra-se dividido em 2 Troços Rodoviários:

1-Marginal até a Induve,


MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 21 | 26
2- Induve até Cacuaco.

6. Corredor da Samba – Marginal (Bungo) /Rua dos Heróis (Estrada da Samba)


/Estrada da Corimba/Estrada do Benfica. Com uma Extensão de 37.859,91 Metros.

Encontra-se dividido em 2 Troços Rodoviários:

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 22 | 26


1. – Marginal até ao Posto de
Identificação da Samba;

2. – Posto de Identificação da
Samba até à Av. Pedro de
Castro Van-Dúnem Loy

BASE DO PROJECTO

Todo o Projecto Foi


Desenvolvido tendo como base:

 O Plano Director Geral de


Luanda (PDGL),

 Plano de Acção Imediata para a Implementação da rede Rodoviária de


Oferta de Transporte Urbano para a Província de Luanda (PPTU de
Luanda);
 Acções Estratégicas para o Sistema de Transportes na Província De
Luanda, Elaborado pelo INTR/MINTRANS;
 Operadoras de Transporte Público Regular Colectivo Urbano;

 Policia Nacional.

ESCOPO DO PROJECTO

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 23 | 26


Para implementação dos Corredores Exclusivos para o Transporte Rodoviário Regular
Colectivo Urbano de Passageiros, na Província de Luanda, serão necessários os seguintes
trabalhos:

 Sinalização Vertical e Horizontal ao longo dos Corredores;

 Trabalhos Paliativos para Criação de Baias (Recortes) para as Paragens dos


Autocarros, no acto de Embarque e Desembarque de Passageiros;

 Reconfiguração dos Passeios em alguns Troços ao


Longo dos Corredores.

NOTA: A Avenida 21 de Janeiro, neste âmbito, ja sofreu obras de colocação de Paragens,


Abrigos e a Sinalização Horizontal, por falta de meios (Autocaros), nunca foi ensaiado o que
provocou a vandalização dos Abrigos e necessidade de repintura da Sinalização Horizontal.

Com a entrada dos 220 (Duzentos e Vinte) Autocarros novos, pensamos estarem criadas as
condições para a manutenção das referidas Paragens, Abrigos e repintura da Sinalização
Horizontal, para o lançamento da Faixa Exclusiva.

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 24 | 26


PROPOSTAS E SUGESTÕES

1. Que se actualize o Decreto Conjunto MINTRANS/GPL Nº 504/17 de 12 de Setembro),


passando a Coordenação do Grupo de Trabalho, para o GPL, visto que a Gestão,
Monitorização e Fiscalização do Transporte Rodoviário Regular Urbano Colectivo de
Passageiros, fora transferido as suas competências do MINTRANS para o GPL.
2. Com o propósito de aumentarmos a velocidade comercial dos Autocarros, o número de
viagens realizadas, o número de passageiros transportados e diminuirmos o tempo de
espera dos passageiros nos Terminais e Paragens, bem como o intervalo entre viagens,
seria urgente a conclusão da sua implementação, para que possamos oferecer um melhor
serviço de Transportes Públicos em Autocarros na nossa Província, com maior

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 25 | 26


regularidade, eficiência, segurança e conforto, estimulando os Operadores Privados na
aquisição a seus custos de uma Nova Frota.

Sem outro assunto, subscrevemo-nos com alta estima e consideração.

GABINETE DO VICE-GOVERNADOR PARA O SECTOR ECONÓMICO, em Luanda,


30 de Novembro de 2020.

O VICE-GOVERNADOR

Lino Quienda Mateus Sebastião

MEMORANDO DOS TRANSPORTES COLECTIVOS URBANOS DE LUANDA 26 | 26

Você também pode gostar