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A palavra História vem do vocábulo grego antigo que significa “ Inquiris ou fazer
perguntas”.
Importância da História
O estudo da História é importante para as sociedades humanas porque dá-nos a
conhecer os factos históricos do passado da humanidade, desde o seu
surgimento até a actualidade de todos os povos do mundo. Isto é de todos os
continentes. Dá-nos a conhecer como trabalhavam, se relacionavam com a
natureza para dela extraírem o que necessitavam para sua sobrevivência.
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Elaborado por: Lic. Olívio Hitchica Ernesto “ Samanhonga” Lubango/2012 (oliviosamanhonga@yahoo.com)
Elaborado por Lic. Olívio Hitchica Ernesto “samanhonga”
Interesse da História
A História não se interessa apenas pelo passado, mas também pelo presente.
Além disso, o passado continua presente no meio de nós. Se já não são vivos os
homens de outras épocas, muitas das suas obras continuam, no entanto, a
servir a nossa existência e a dar-nos confiança no progresso e no futuro da
humanidade.
Para nós podermos viver bem com as comudidades que temos (transporte,
comunicações, saúde, etc.), para nós podermos ter acesso à cultura e à
participação na vida política, outros homens antes de nós trabalharam, lutaram,
inventaram, progrediram.
Funções da História
Das funções que se destacam no estudo da História com Ciência temos:
- Função Científica – isto é, na base dos acontecimentos históricos e na base
da aproximação de semelhanças dos factos põe-se de parte os factos negativos
e os positivos são melhorados para melhor se dar lições históricas. Aqui está
também a função educativa da história.
Correntes da História
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- Fontes escritas: são todos documentos escritos quer sejam cartas, contratos,
livros leis, lista de impostos, etc., que antigas civilizações elaborarão e por feliz
acaso chegaram até nós. Para a sua interpretação é necessário o conhecimento
das várias escritas que os homens inventaram nos vários pontos do mundo,
como: a hieroglífica, a cuneiforme, a alfabética, a árabe, chinesa, etc.
Uma das lacunas que enferma a tradição oral, é que altera-se de ano para ano,
parecendo por isso em forma de fábulas, lendas, isto é, sob forma de receitas de
carácter maravilhoso, onde os factos históricos, muitas vezes se encontram
envoltos, ocultos em lendas e fábulas.
documentos:
3. Compreendê-los e interpretá-los.
Nota: Tanto as fontes escritas como as fontes orais antes de serem utilizadas
devem ser submetidas a um trabalho crítico (utilizando o Método da Crítica
Histórica).
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Cada idade pode constar de unidades menores: quando breves são designados
por épocas (Por exemplo: época de agostinho Neto); e quando longas por
séculos (exemplo: século de Péricles, século de Augusto). Podem ainda
englobar ciclos ou unidades culturais: iluminismo, Renascimento, Romantismo.
Paleolítico (até 10.000 a.C.): por viver da caça e da colecta, o homem era
nómada (não tinha habitação fixa) e vivia colectivamente.
Neolítico (10.000 - 4.000 a.C.): com a revolução agrária, o homem tornou-se
sedentário (tem habitação fixa).);
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- Idade Média: compreende o tempo decorrido desde 476 a.C. (século V) data
da queda do Império Romano do Ocidente e vai até ao século XV isto é 1453
data da queda do Império Romano do Oriente;
- Idade Moderna: abrange o período que vai do século XV (1453) data da queda
do Império Romano do Oriente e vai até ao século XVIII (ano de 1789) data em
que se deu a Revolução Francesa;
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Conceito
O objecto das ciências auxiliares da História é todo e qualquer indício dos actos
e condições de vida dos homens no passado.
3- Antropologia Física, estuda o homem nos seus traços físicos a sua acção, é
de notar que este estudo se refere as técnicas, as instituições, aos traços
culturais sobretudo nas sociedades pré-capitalistas.
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material das sociedades africanas actuais e dai deduzir que no passado houve
entre elas um certo tipo de relações.
Notas
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Entre as populações que compõem aquele que se veio a designar como Fundo
do povoamento angolano temos a destacar: Os pigmeus, os khoi. Os Saans e os
Vátuas.
Os Vátuas, a sua origem é ainda obscuro, habitam, contudo, desde longa data
as margens do rio Curoca e uma estreia faixa de deserto do Namibe. Este grupo
étnico é constituído por Cuepe e Cuissi.
Manifestações Artística
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Características
Os Vátuas
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Migrações: são grandes deslocações periódicas fitas por povos de um lugar para
o outro a procura de melhores condições de vida.
No primeiro milénio da nossa Era, tiveram início as migrações Bantu que a partir
do vale médio do rio Benué, na Nigéria se dirigiram para leste e sul, atingindo a
região dos grandes Lagos e a Bacia do Rio Zaire.
3. O aumento da população;
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Ainda no século XVI, o planalto central era habitado pelos Ovimbundu, pastores
e agricultores que em breve produziram excedentes agrícolas, que originaram
uma intensa actividade de trocas com as regiões limítrofes.
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As guerras entre estes povos eram frequentes. Os migrantes mais tardios eram
obrigados a combater os que já se encontravam estabelecidos para lhes
conquistar terras. Para se defenderem, os povos construíam muralhas em volta
das sanzalas, razão pela qual encontramos hoje muitas ruínas de antigas
muralhas de pedra, principalmente nos planaltos do Bié e da Huíla.
Notas Pessoais
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Estes reinos não existiram num mesmo período, mas sim, um foi sucedendo ao
outro. Assim, o primeiro foi o Ghana, de seguida sucederam os Impérios do Mali
e Songhai respectivamente, os estados e as civilizações Hauça. Segundo
Joseph Ki- kizerbo citando Heródoto “ a consistência dessas formações políticas
e civilizações deveu-se ao Níger”. Estes reinos formaram-se nas regiões
molhadas pelos rios Senegal e Níger na África Ocidental.
O Império do Ghana
A sua monarquia foi fundada provavelmente no século IV subsistiu até 1076.
Graças a geógrafos árabes como Ibn Hawkal e Al Bakri, hoje conhecemos sua
história.
Situação Geográfica
O Ghana estava situado ao norte das duas curvas convergentes do Senegal e
do Níger, abarcava essencialmente o Auker no norte e o Hadh no Sul. Também
era chamado Uagadu- país dos rebanhos. Possuía um clima húmido, propício
para prática da agricultura. A sua capital foi Kumbi – Saleh.
Organização económica
As principais actividades económicas eram a agricultura, pastorícia e
fundamentalmente o comércio do Ouro. Segundo Ibn Hawkal o Ghana era o
Império mais rico do mundo devido ao ouro.
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Organização Política
No Império do Ghana reinava Paz segurança e prosperidade. Sob a soberania
dos Tuka ou Kayan Maghan (título dos reis que significa mestre ou dono do
ouro.
A vida política, económica e militar do Império era dirigida pelo Tuka apoiado
pelo “ grande conselho” composto pró altos funcionários, alguns destes eram
antigos escravos libertos pelos muçulmanos.
A sucessão no poder era matrilinear, isto é era o filho da irmã do rei que lhe
sucedia no trono.
Organização Social
Socialmente o Ghana era constituído por tribos Sarakolé, que estavam divididas
em vários clãs e, por estes dividiam-se em famílias, cada família era chefiada
por um patriarca, que exercia funções especializadas como: chefe de terra, de
guerra, da religião, etc.
Decadência
Os factores contribuíram para o enfraquecimento do reino do Ghana foram dois,
nomeadamente: a seca e a insegurança devido o avanço dos Almorávidas.
Império do Ghana
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O Império do Mali
Situação Geográfica
Foi uma formação política com prestigio no Sudão Ocidental, a sul do saara
durante a “idade média”. Formou-se nas margens do Rio níger e Buré,
concretamente no seu curso superior, aglomeração de Dakadialan – província
de krina. O Mali era também conhecido por “ terra do princípe”.
Império do Mali
Organização económica
As principais actividades económicas eram a agricultura, pastorícia e o comércio
do Ouro. Segundo Ibn Hawkal o Ghana era o Império mais rico do mundo devido
ao ouro.
Organização Política
O poder central estava nas mãos de um soberano da linhagem dos Kanoté,
linhagem que depois mudou de designação para Keita, isto é “ herdeiro”, com a
tomada do poder por Sundiata – O fundador do Império.
Declínio
O enfraquecimento do império do Mali deveu-se a conflitos no seio da família
real e invasão dos Tuaregues e dos Songhai.
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Esta formação também formou-se no século VIII, nas margens do rio Níger, com
a capital em Kuia, mais tarde foi transferida para Gao.
No século XIV o Songhai foi ocupado pelos Malinké, no final deste século, os
Songhai, aproveitando-se do enfraquecimento do Império do Mali, expulsaram
os chefes mandingas de Tombuctu e Djené, retirando o comércio de ouro aos
malinké, formando assim o império do Songhai.
No século XV, Askia Mohamed fundou este império cuja extensão ia do Atlântico
à Bornu e de Kanó até Teghaza.
Organização económica
O Desenvolvimento económico baseava-se numa economia mista, resultante da
associação da agricultura, pecuária e pesca o comércio do ouro. No século XV,
as rotas transarianas mudaram-se para Leste, devido a insegurança.
Declínio
O Império do Songhai enfraqueceu devido aos seguintes factores: manutenção
difícil por ser uma região muito vasta; Lutas armadas; invasão dos marroquinos
e por último a presença europeia.
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O Reino do Benim
Situação Geográfica
O Reino do Benin situava-se no delta do Rio Níger e é um exemplo de um reino
africano, que se desenvolveu num meio pouco favorável e sem influência
externas. Tinha como capital política Oyo e como capital religiosa Ifé.
Este reino foi fundado no século XII por povos vindos do reino Youruba da
região de Ifé, que se juntaram com os Ebó no Delta do rio Níger.
Organização Económica
A principal actividade era a agricultura. Também dedicavam-se ao artesanato,
onde se destacava o trabalho com bronze, ferro e couro, a tecelagem, o fabrico
de tambores, a escultura de madeira e a do marfim.
Decadência
Dois factores contribuíram para o enfraquecimento do reino do Benin
nomeadamente: o tráfico de escravos efectuado pelos ingleses, franceses e
portugueses; a invasão francesa.
Elas constituíram-se por volta de vias comerciais que ligam Tripoli e Egipto á
floresta tropical, por um lado, e por outro, do rio Níger ao Alto vale do Nilo.
Nessa zona, o povo haussa vai organizar um estado politico que se
desenvolvera na base de sete centros ou cidades primitivas: daura (Dora) –
considerada como cidade – mãe porque vem do nome da lendária rainha
fundadora: keno, zaria, Rano, Katsia (ou Katsena), gobir e Biran. ~
Os escravos eram autorizados, na África negra a casar, até mesmo com a filha
do seu dono, herdar os seus bens, a serem servidores, a casar com, até mesmo
com a filha do seu dono, a ceder a altos cargos na administração dos Estados e
nos exércitos.
Do século XVI ao séc. XVIII, a África foi teatro ou palco de um dos maiores
genocídios que a história da Humanidade registou: milhões de africanos foram
arrancados violentamente das suas terras e do seu meio social, ou pereceram,
para enriquecer uma burguesia mercantil sedenta de ouro e outros produtos
preciosos. Este período é designado por “Era do Tráfico”.
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1. Rota Magrebe
A islamização do Norte de África, no século VII a.C., permitiu aos árabes o
controlo de rotas anteriores. A principal desenvolveu-se a partir de Tripoli (actual
Líbia) e daí avançavam para o Sul do Sahara. Esta rota fornecia escravos todos
o norte de África e o mediterrâneo.
Havia sete sectores principais de tráfico e que abrangiam a zona que vai de
Arguim Mauritânia até Angola nomeadamente:
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a) Consequências Demográficas
- Diminuição da população africana, mais de 50 milhoes de africanos foi vítimas
do tráfico (muitos africanos morreram nas guerras de Kuata-kuata, nas viagens
do interior até a Costa, durante a longa travessia do Atlântico e muitos milhões
chegaram vivos à América, sendo integrados no processo de produção). Criou o
despovoamento de África.
b) Consequências Económicas
- Regressão das forças produtivas, atraso económico e sub - desenvolvimento,
cujas causas foram:
C) Consequências Políticas
- Guerra entre reinos (para a captura de escravos).
- Conflitos internos entre o poder central e os chefes das províncias (estes
pretendiam libertar-se do controlo do rei para obter vantagens económicas
com o tráfico de escravos.
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e) Consequência Religiosa
- A religião africana foi substituída pela religião cristã.
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Nos primeiros anos do século XVI, alguns cativos foram trocados por
produtos europeus. Esta prática foi-se generalizando, estimulada pelos
comerciantes portugueses que viram nela a possibilidade de obter mão-
de-obra para S. Tomé, onde se iniciara o cultivo da cana-de-açúcar.
A frequência de actos deste género veio dificultar o seu controlo por parte
das autoridades de Mbanza Congo. Por isso, o rei Nzinga Mbemba
escrevia em 1526 que por vezes eram aprisionados “filhos da terra e filhos
dos nossos fidalgos e vassalos”, o que prova que dentro do próprio reino o
controlo sobre o tráfico já não era eficaz.
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1.0. Introdução
Os imbangalas (Jagas) não constituem verdadeiramente uma família distinta, pois não
eram mais que o conjunto de indivíduos de diversas tribos, educados desde pequenos
para a guerra e só para esse fim. (Vide Cadornega, 1942: 222).
Os jagas invadiram o Congo por volta de 1568. Destes jagas se diz muita coisa: uma
horda feroz, nômade, antropófaga, destruidora, que vivia da guerra e do saque, como
relatou Filipo Pigafetta citado por SILVA. Mas, pondera o mesmo SILVA, talvez os
próprios jagas difundissem uma imagem cruel de si mesmos, que não
correspondesse à realidade (como faziam os manes da Serra Leoa, os galas da
Etiópia e os zimbas de Moçambique). É possível que a organização social dos jagas
tenha surgido das sociedades secretas de caçadores ou dos acampamentos de
iniciação de jovens, entre camaradas que se sentiam mais ligados uns aos outros por
aqueles ritos, e pelos juramentos de sangue que então faziam, do que às respectivas
estirpes.
Nos séculos XIII e XIV, os Jagas eram considerados nações ou povos guerreiros
que existiram em África. Os portugueses designavam estas tribos por Jagas ou
Imbangalas, provenientes da Serra Leoa. As carnes de vaca como de cabra não
eram suas preferências, alimentavam-se de carne humana. Eram aproximadamente
uma horda de 12000 negros, sem residência própria.
Atacavam e roubavam o gado alheio, não gostavam de plantar e tão pouco criar
gado. Alimentando-se através dos saqueamentos das povoações vizinhas. Seu
potencial de ataque era surpreso, uma táctica operacional eficaz. Quando eram
atacados posicionavam-se na defensiva, deixando dois ou três guerreiros ao
inimigo para abrandar-lhes o ataque, regressando em seguida ao ataque com
muita fúria.
Eram homens fortes de alta estatura, bem equipados com facas, escudos,
lanças, arcos, flechas e azagaias. As mulheres não criavam seus filhos, mais
sim adoptavam adolescentes capturados em guerra. Os recém-nascidos eram
abandonados nas matas. Os jovens capturados mais tarde participavam nos
combates, tinham ordem de conseguir a cabeça dos inimigos, como prova de
virilidade e consentimento ao chefe Jaga. Pelo gesto alcançado, os jovens
guerreiros tornariam-se homens livres.
A maioria dos que se retiraram para a Ilha do Zaire morreu de fome e de peste,
alguns venderam os seus familiares aos comerciantes de S.Tomé ou no período da
invasão dos jagas, os congueses se viram forçados a trocar por comida seus
escravos, seus dependentes e até familiares. Mesmo filhos de nobres foram
escravizados
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A morte consecutiva de dois reis no decurso de uma guerra em 1566 e 1567 deu
origem a uma confusão que degenerou em catástrofe, com a irrupção de guerreiros,
chamados imbangals (Jaga), provenientes do leste. Os imbangala desafiaram as
forças reais e a Corte teve de se refugiar numa ilha do final do Zaire. Numerosos
refugiados foram vendidos como escravos para São Tomé. O Rei teve de pedir ajuda
a Portugal que enviou um corpo expedicionário, que reconquistou o reino de 1571 a
1573. A hegemonia do Congo na região ficou destruída, pois, em 1575, foi fundada a
colónia de Angola e os Portugueses vieram comerciar em grande número ao
Loango, a partir do mesmo ano. A identidade dos invasores do Congo nunca pôde
ser determinada. O nome Jaga (em kikongo: Yaka) é utilizado nas fontes como
sinónimo de bárbaro e aplicado a toda uma série de guerreiros mais ou menos
nómadas. Os primeiros Jagas apareceram a leste de Mbata, ao sul do Pool e de lá
passaram para as margens do Cuango. (Vide Vasina: 19991:651-653).
O rei Álvaro I que subiu ao trono em 1568 encontrou um reino arruinado pela guerra
e pilhado pelos comerciantes. Com o auxílio da força militar portuguesa, os
Imbagalas sido expulsos: porém, na nova situação criada, o monarca conduziu uma
política hesitante, concedendo facilidades aos traficantes que actuavam dentro das
fronteiras do reino.
Assim, resulta fácil concluir que a invasão dos Imbagala desestabilizou o reino do
Congo que r politica social e economicamente, que se traduzira nas crises internas e
consequentemente veio a reforçar a posição dos portugueses, de modo a não
perderem sua influência sobre o reino do Congo. Contudo, a fuga de muitos
comerciantes para a Ilha de Luanda, na altura da invasão, criou novas condições
para estes alargarem o seu campo de acção comercial e militar. Expulsos os e
escravos voltou a prosperar.
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Desde 1575, as tocas comerciais foram regulares entre Luango e Luanda. Eram
enviados tecidos, tapetes, espelhos e missangas para trocar por tacula de
Maiombe, panos de ráfia, usados como moeda de troca com os Ambundu.
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Notas
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No que concerne ao reino dos Ngolas tudo foi diferente. Desde o início este
reino interessou aos portugueses pelos escravos e minerais ricos, tais como
prata, ferro e cobre. Estes objectivos foram claramente expressos num
regimento de 1520, aquando dos primeiros contactos dos portugueses com o
reino do Ndongo, através dos portugueses Baltazar de castro e Manuel Pacheco
que queriam comprar escravos e saber onde se encontravam as minas de prata.
Ngola kiluanje não gostou das pretensões do mesmo por isso Manuel Pacheco
foi morto e Baltazar de castro reduzido a escravatura durante seis anos (1520-
1526); só foi libertado graças ao pedido de D. Afonso I do Congo que tinha boas
relações. Quando chegou a Lisboa Baltazar informou ao seu Rei de que as
famosas minas de prata se encontravam em Kambambe.
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A partir dos fortes, os colonos obtinham apoio militar para as guerras de “Kuata
Kuanta” e para a actividade comercial.
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4.7 – Os Imbagalas
No século XVI, em 1560, dirigida por Tchinguri, partindo do rio Lulua e
atravessando os rios Cassai, Luachimo, Tchicapa e Kuango, parando
temporariamente junto do rio Loango, a migração tinha como objectivo
combater os portugueses para obter armas de fogo e outros produtos.
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Cassanje foi fundada por volta de 1620 por emigrantes Balubas - os Imbagalas
chefiados por Cassanje.
Cassanje por outro lado mantinha, mantinha contactos estreitos com a Lunda,
cujo mwata enviava para Cassanje, as suas caravanas, embora impedido de
contactar directamente com os pombeiros da colónia.
A capital de Cassanje, descrita por um viajante do séc. XVII, era uma grande
cidade com enormes armazéns cheios de tecidos e vinhos para troca, e ainda
tecidos de ráfia para ser por sal vindo do litoral.
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Apesar de todas as tentativas dos portugueses, pode dizer-se que até ao fim do
século XVIII o controlo do tráfico de escravos estava nas mãos dos estados do
Cuango, fora portanto do raio de intervenção e controlo dos portugueses.
Desde 19602 que os barcos holandeses tinham tentado obter directamente dos
fornecedores africanos em Luanda, no Loango e no Congo, os escravos
destinados às plantações da América. Por vezes a carga de barcos portugueses
era aprisionada no alto-mar; alguns portos como Mpinda Luanda e Benguela
foram várias vezes ameaçados pela presença de barcos holandeses e de outros
países europeus.
Ele tinha como especial garantir que estes não pagassem mais do que os
preços oficiais acordados entre Luanda e a rainha da Matamba.
Notas pessoais
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