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MANUAL DE ICMS

JaneteProbst Munhoz

COMO AUMENTAR O REPASSE DO ICMS


Na atual conjuntura economica, todos os municipios em geral querem deter uma possibilidade de aumentar
suas receitas possibilitando assim maiores reengenharias na gestão do setor público. Esse desejo não consiste só na
arrecdação das receitas próprias, mas também das transferências voluntárias, nesse caso o ICMS entra em cena como
um imposto que apesar de ser responsabilidade do Estado, sua efetiva arrecadação impacta também no municipio, pois
quanto mais o Estado arrecdar, mas o municipio receberá, havendo uma relação direta.

1. Arrecadação de ICMS
A participação dos Municípios na arrecadação do ICMS dá-se pela composição da cota-parte deste imposto, ou
seja, vinte e cinco por cento (25%) do ICMS arrecadado pelo Estado, conforme determinação da Constituição Federal:
Artigo 158 (...) IV – vinte e cinco por sento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
O percentual acima descrito, é cumprido em todos os Estados da Federação e também pelo Distrito Federal. Na
Constituição Estadual do Paraná de 1989 encontra-se inserido em seu artigo 132. Estes vinte e cinco por cento (25%)
que formam a cota-parte do ICMS, são compostos conforme determina a Lei Estadual nº 9491/90, em seu artigo 1º e
incisos, e, pela Norma de Procedimento Fiscal Conjunta nº 01/05 da SEFA/CRE/CAEC/DAM1, na forma de Valor
Adicionado,2 no montante de setenta e cinco por cento (75%), mediante informações fornecidas, através da DFC3 à
Secretaria de Estado da Fazenda, da seguinte forma:
Pelo Valor Adicionado, declarado nas DFC pelos contribuintes dos setores da indústria, comércio, prestadores de
serviços de transportes e de comunicações; Produção Agropecuária, conforme dados fornecidos pela Secretaria de
Estado da Agricultura e do Abastecimento, através do Departamento de Economia Rural -DERAL;
a) Habitantes, dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
b) Propriedades Rurais, estes dados são fornecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA;

1
Secretaria de Estado da Fazenda / Coordenação da Receita do Estado / Coordenação de Assuntos Econômicos / Divisão de
Assuntos Municipais, pela Norma de Procedimento Fiscal Conjunta nº 01/05.
2
Segundo o artigo 3º, § 1º da Lei complementar nº 63/90, considera-se valor adicionado para cada município, a diferença
entre os valores das operações de saídas de mercadorias e serviços, abrangidos pelo ICMS, em relação aos de entradas,
consideradas as variações de estoques em cada ano civil. .
3
Declaração Fisco Contábil (DFC) é o demonstrativo anual de informações das operações de entradas e saídas de mercadorias
e serviços abrangidos pelo Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, previsto no artigo 234 do Regulamento do ICMS
aprovado pelo Decreto n. 5141/2001, atendendo ao disposto no artigo 46 da Lei n. ll580/1996, necessário ao cálculo do Índice
de Participação dos Municípios no produto da arrecadação deste imposto.
c) Área, são dados fornecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
conforme Resolução n. 04/95;
d) Fixo, é um dado fornecido pela Secretaria Estadual da Fazenda, e equivale o mesmo valor a todos os municípios do
Paraná;
e) Fator Ambiental, os dados também são fornecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná, conforme artigo 1º, § 1º,
Decreto 2791/96.

1.1. Origem dos Recursos


Dispõe a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 158, que pertencem aos Municípios:
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do Imposto do Estado sobre operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre prestações de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Assim dispõe a Norma de Procedimento Fiscal Conjunta CRE/CAEC nº 01/05, órgão este da Secretaria de
Estado da Fazenda:
Vinte e cinco por cento (25%) do ICMS arrecadado pelo Estado, são destinados à constituição de um fundo
denominado “conta de participação dos municípios no imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação”, cujos valores são
repassados aos Municípios de acordo com os índices de participação apurados.
Este percentual de vinte e cinco por cento (25%), será dividido por todos os municipios, perfazendo um total
geral de cem por cento (100%).

1.2 Formação do Índice de Participação


Para formar o índice é necessário saber os critérios utilizados para a formação do índice de participação no
FPM, qual seja, o valor adicionado da indústria, o valor adicionado do comércio e o valor total da produção primária do
município.

1.2.1 Forma Ilustrativa na Formação do Índice de Participação


Hipoteticamente pode-se ilustrar o Fundo de Participação dos Municípios na arrecadação do ICMS como um
bolo, e o índice de participação de cada município como um pedaço do bolo, de tal sorte que a soma dos pedaços não
poderá ser superior ao tamanho do bolo. Todavia, quando um Município consegue aumentar seu pedaço no bolo,
necessariamente um outro município teve seu pedaço diminuído e vice-versa.

1.2.2 Retorno do Fundo de Participação dos Municípios na Constituição Federal


A Constituição Federal no parágrafo único do artigo 158 esclarece de forma clara como se dá o repasse do
ICMS:
Artigo 158 (...) Parágrafo único. As parcelas de receitas pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I – três quartos no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II – até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual, ou no caso dos Territórios, lei federal.
CARRAZZA (2004, p. 615), “conclui que a lei estadual onde nasceu o ICMS, poderá disciplinar a distribuição
aos municípios, de até um quarto do produto da arrecadação deste imposto. Outros três quartos serão repartidos de
acordo com o estatuído no inciso I do parágrafo único do artigo 158 da Constituição Federal de 1988”. A Lei
Complementar Federal n° 63/90 de 11/01/90 - anexo 01, ratifica o contido na Constituição Federal, quanto aos critérios
de formação do índice, bem como define o que vem a ser o valor adicionado. A partir deste quadro, CARRAZZA (2004,
p. 616), traça os seguintes parâmetros:
*Os Municípios têm o direito constitucional subjetivo de receber do Estado 25% do produto do ICMS arrecadado em
seus respectivos territórios conforme artigo 158, IV, da CF;
* Três quartos, no mínimo, destes mesmos 25% corresponderão ao valor adicionado, ou seja, ao valor das mercadorias
saídas, acrescidas do das prestações de serviços, deduzido o das mercadorias entradas, em cada ano civil conforme
artigo 158, parágrafo único, I, da CF, combinado com o artigo 3º, § 1º, da Lei Complementar n° 63/90;
* Até um quarto, sempre destes 25%, será creditado segundo critérios fixados em lei estadual conforme artigo 158,
parágrafo único, da CF; e
*É vedada, porém aos Municípios, a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego, dos recursos a eles
atribuídos conforme artigo 160, caput, da CF.
Conclui-se que o ICMS arrecadado pelo Estado deve retornar aos municípios da seguinte forma: no mínimo três
quartos (75%), na proporção do valor adicionado; no máximo um quarto (25%), de acordo com o que dispuser a Lei
Estadual; o fundo reflete a média dos dois últimos anos.
Segundo esse critério, torna-se obrigatório em todo o Estado, que cada Município fique com o valor adicionado
produzido em seu próprio território, bastando para isso, que as operações e prestações sejam potencialmente tributáveis
para o legislador, ou seja, mesmo em gozo de imunidade, isenção ou diferimento.
A regra visa a não desestimular ou prejudicar aqueles Municípios exportadores ou concentradores industriais e
comerciais, que, por força de imunidade ou isenção, não arrecadam ICMS, ou arrecadam em menor proporção. Por
conseguinte, valor adicionado, assim, relevante para redistribuição do ICMS aos municípios não é imposto arrecadado.
É sim, parcela de riqueza nova, criada em cada território municipal, quer tenha havido ou não recolhimento do imposto.
1.2.3 Critérios para Formação do Índice
Está inserido no artigo 131 da Constituição Estadual, que o Estado poderá celebrar convênio com a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, para dispor sobre matérias tributárias. A Constituição Estadual em seu artigo
132 assegura o que determina a Constituição Federal quanto aos critérios para a formação do índice de participação,
enquanto o parágrafo único do mencionado artigo prevê:
Art. 132 (...) Parágrafo único. O Estado assegurará, na forma da lei, aos municípios que tenham parte de seu território
integrando unidades de conservação ambiental, ou que sejam diretamente influenciados por elas, ou àqueles com
mananciais de abastecimento público, tratamento especial quanto ao crédito da receita referida no artigo 158, parágrafo
único, II, da Constituição Federal.
O parágrafo único do artigo 132 da Constituição Estadual refere-se à composição pelo Fator Ambiental, que na
prática implica em um incremento no índice de participação dos municípios e, conseqüentemente, um retorno maior de
recursos.
A Lei Estadual nº 9491/90, conforme anexo 02, estabelece em seu artigo 2º que, regulamentado o parágrafo
único do artigo 132 da Constituição do Estado do Paraná, aplicar-se-á aos municípios beneficiados por aquela norma,
cinco por cento (5%) da quota parte. A Lei Complementar n. 59/91, conforme anexo 03, contempla os municípios que
abriguem em seu território unidades de conservação ambiental.
Já o artigo 2º da mesma Lei Complementar estabelece que:
As unidades de conservação ambiental a que alude o artigo primeiro, são as áreas de preservação ambiental, estações
ecológicas, parques, reservas florestais, florestas, hortos florestais, áreas de reservas indígenas, áreas de relevante
interesse de leis ou decretos federais, estaduais ou municipais, de propriedade pública ou privada.
Mas para os municípios se beneficiarem destes cinco por cento (5%), de que a lei determina, faz-se necessário
cadastrar as unidades de conservação ambiental municipal, junto á entidade estadual responsável pelo gerenciamento de
recursos hídricos, e meio ambiente.
Na Constituição Federal as participações dão-se de forma Diretas e Indiretas. As diretas: Estados e Municípios
conforme artigo 157 e 158 da Constituição Federal. Estados – IR (incidente na fonte sobre rendimentos pagos a
qualquer título), I. Residuais (20%). Município – IR (incidente na fonte sobre rendimentos pagos a qualquer título), ITR
(50%), IPVA (25%), ICMS (25%).As Indiretas conforme artigo 159 da Constituição Federal: Fundos de Participação
dos Estados - 21,5% do IR e do IPI, dos Municípios – 22,5 do IR e do IPI e Fundo Compensatório das exportações –
10% do IPI.

1.2.4 Critérios Estabelecidos pela Legislação Estadual


A Lei Estadual n° 9491/90, conforme anexo 02, estabelece os critérios para que sejam fixados os índices de
participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS, a partir do exercício financeiro de 1991, assim
determinados:
Artigo 1º. Para efeitos de fixação dos índices de participação dos municípios no produto da arrecadação do imposto
sobre operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação – ICMS a partir do exercício financeiro de 1991, seja observado o seguinte critério:
01)- Oitenta por cento (80%), considerado o valor adicionado nas operações relativas ao ICM realizadas em cada
município e em relação ao valor adicionado do Estado, apuradas segundo o disposto na Lei Complementar Federal n°
63, de 11 de janeiro de 1990.
Posteriormente, para regulamentar o disposto no parágrafo único do artigo 132 da Constituição Estadual e em
decorrência do contido no artigo 2°, da Lei Estadual n° 9491/90, de que cinco (5%) do índice de participação no FPM
seriam atribuídos aos municípios que tenham parte em seu território unidades de conservação ambiental.
A Lei Complementar n. 59/1991, conforme anexo 03, contempla em seu artigo 1° os Municípios que abriguem
em seu território unidades de conservação ambiental, ou que sejam diretamente influenciados por elas, ou aqueles com
mananciais de abastecimento público.
A Lei Complementar n. 67/1993, conforme anexo 04, traz nova redação ao artigo 2º, da Lei Complementar n.
59/9l, que passa a vigorar com a seguinte redação:
As unidades de conservação ambiental a que alude o artigo 1° são as áreas de preservação ambiental, estações
ecológicas, parques, reservas florestais, florestas, hortos florestais, áreas de reservas indígenas, áreas de relevante
interesse de leis ou decretos federais, estaduais ou municipais, de propriedade privada ou pública.
As prefeituras municipais para terem participação no Fator ambiental deverão habilitar-se as unidades de
conservação ambiental junto à entidade estadual responsável pelo gerenciamento de recursos hídrico e meio ambiente.
A Lei Complementar nº 59/91, em seu artigo 7°, alterou de oitenta por cento (80%), para os atuais setenta e
cinco por cento (75%), na participação do valor adicionado conforme artigo 1º, inciso 1º, da Lei Estadual nº 9491/90,
ficando assim estabelecido:
Setenta e cinco (75%), considerado o valor adicionado nas operações relativas ao ICMS realizadas em cada município e
em relação ao valor adicionado do Estado, apurados segundo o disposto na Lei Complementar Federal nº 63/90
Oito por cento (8%), considerada a produção agropecuária no território do município em relação à produção do Estado
segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Fazenda e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
Seis por cento (6%), considerado o número de habitantes do município em relação ao número de habitantes no Estado,
segundo dados fornecidos pelo último censo oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico – IBGE.
Dois por cento (2%), considerado o número de propriedades rurais cadastradas no município em relação ao número das
propriedades rurais cadastradas no Estado, segundo dados atualizados fornecidos pelo Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária – INCRA.
Dois por cento (2%), considerada a área territorial do município em relação à área territorial do Estado, em quilômetros
quadrados, conforme registros atualizados fornecidos pelo Instituto de Terras, Cartografia e Florestas – ITCF.
Dois por cento (2%), como fator fixo de distribuição igualitária a todos os municípios do Paraná.
Cinco por cento (5%), levando em conta manancial de abastecimento público para municípios vizinhos e, unidades de
preservação ambiental no município em relação à área de preservação ambiental do Estado, segundo dados fornecidos
pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Paraná - SEMA; A soma desses percentuais equivale a cem por cento
(100%), onde a cota parte do ICMS é igual a vinte e cinco por cento (25%).

2. A COMPOSIÇÃO DOS ÍNDICES


Para determinar o índice a ser aplicado sobre a arrecadação do ICMS que resultará na cota-parte devida a cada
município, a Secretaria Estadual da Fazenda do Paraná conjuntamente com a Coordenação da Receita do Estado, a
Coordenação de Assuntos Econômicos e a Divisão de Assuntos Municipais conforme o estabelecido pela Norma de
Procedimento Fiscal Conjunta SEFA/CRE/CAEC/DAM nº 0l/05, de posse dos dados que irão compor o índice, procede
aos cálculos, da seguinte maneira:
i. Valor adicionado......................................... 75%
Valor adicionado do município / valor adicionado do Estado = índice do Valor adicionado atual.
(índice valor adicionado ano anterior + índice valor adicionado atual) / 2 = (índice de valor adicionado
apropriado para formação do índice final);
ii. Produção agropecuária........................... 8%
Valor da produção agropecuária do município / valor da produção agropecuária do Estado = Índice de produção
agropecuária ano atual.
(índice produção agropecuária ano anterior + índice produção agropecuária atual) / 2 = índice de produção
agropecuária, apropriado para formação do índice final;

2.1 Habitantes da zona rural.............................6%


Número de habitantes da zona rural do município / número de habitantes da zona rural do Estado = índice de
habitantes apropriado para a formação do índice final. As leis estaduais que tratam do assunto fixaram como sendo o
número de habitantes o do último censo oficial;

2.2 Propriedades rurais...................................2%


Número de propriedades rurais do município / número de propriedades rurais do Estado = índice de
propriedades rurais apropriado para formação do índice final;

2.3 Área.....................................................................2%
Área do município / área total do Estado = índice de área apropriado para formação do índice final;

2.4 Preservação ambiental..............................5%


Os índices fornecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná, onde são utilizados vários critérios para definição dos
índices de preservação, tanto em relação ás áreas verdes, como as mananciais que abastecem outros municípios;

2.5 Fixo........................................................................2%
O valor fixo / pelo número de municípios no Estado = fator de distribuição igualitária a todos os municípios.
Assim, a ponderação:
(IVA . 0,75) + (IPA .0,08) + (IHAB . 0,06) + (IPROP . 0,02) + (IÁREA . 0,02) + (IAMB . 0,05) + (IFIXO .
0,02), o resultado dessa operação resultará no índice final apropriado para cada município, onde:
IVA - Índice do Valor Adicionado;
IPA - Índice da Produção Agropecuária;
IHAB - Índice de Habitantes da Zona Rural;
IPROP- Índice de Propriedades Rurais;
IÁREA- Índice da Área do Município;
IAMB - Índice de Preservação Ambiental;
IFIXO - Índice Fixo.
Conforme determinação dada pela SEFA/CRE/CAEC/DAM: o índice obtido passará a viger no exercício financeiro
seguinte, e será aplicado sobre o ICMS arrecadado pelo Estado, acrescido de moratórias cobradas. O índice vigente em
um exercício é o resultado de dados econômicos de anos anteriores. Por exemplo: índices com vigência a partir do
exercício de 2.007, são resultados do movimento econômico do ano base 2.005, calculados em 2.006.
A composição do índice pelos critérios do valor adicionado, produção agropecuária, número de habitantes,
propriedades rurais, área do município, valor fixo e fator ambiental é o resultado da média dos índices dos dois últimos
anos, ou seja, índice com vigência a partir do exercício de 2007, aplica-se a média de 2004 e 2005.

2.6 A Publicação dos Índices Provisórios e Os Recursos


Processados pela Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná os elementos pré-citados e sob a forma de Índice
Provisório, são publicados até o final do mês de junho de cada ano, em relação nominativa de todos os municípios. Os
recursos apresentados pelas Prefeituras, contra o Índice Provisório, serão protocolados no Sistema Integrado de
Documentos – SID, nas Delegacias Regionais da Receita ou nas Agências de Rendas de sua jurisdição até o dia 31 de
julho de cada ano. Os coordenadores regionais do FPM analisam e informam os recursos, com parecer conclusivo,
remetendo-os para SEFA/CAEC/FPM, até o dia 14 de agosto do ano em curso, para aproveitamento dos valores ora
impugnados e assim comporem os índices definitivos, que será publicado em 31 de agosto de cada ano.
As circunstâncias que podem justificar impugnações quanto ao Valor Adicionado: erro no Valor Adicionado
apurado pela Coordenação de Assuntos Econômicos – CAEC/FPM, com base em dados informados pelo contribuinte na
DFC ou no Relatório de Produtos Primários - RPP; inexatidão ou omissão de dados apresentados pela Prefeitura no
RPP; eventual DFC entregue pelo contribuinte e não processada pelo sistema.
Decorrido o prazo para impugnação e constatada a inexatidão de dados que implique vantagem indevida a
Município com a conseqüente redução dos índices dos demais, a Secretaria da Fazenda através da Coordenação de
Assuntos Econômicos, promoverá o processamento dos índices no próprio exercício da apuração. Quando for
caracterizado dolo na inserção de valores para obtenção de vantagem ilícita, o processo será encaminhado ao Ministério
Público para apuração de responsabilidade criminal.

3 REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS


A Constituição Federal de 1988, ao estabelecer novo conceito de federalismo, com a União, os Estados, e os
Municípios entrelaçados segundo modernos princípios de equilíbrio na ordem jurídica e financeira, que segundo
entendimento de RAMINA (1996, p. 77), ”transferiu grande parte dos recursos antes cabíveis à União, aos Estados e
Municípios, e dos Estados aos Municípios”.
Normalmente, a pessoa política fica com o produto da arrecadação de seus tributos, com o que obtém os meios
econômicos necessários à realização dos objetivos que a Carta Magna e as leis lhe assinalam. A regra constitucional é
que cada qual fica com o produto da arrecadação de seus tributos. As exceções a ela referem-se à partilha das rendas
tributárias.
No entendimento de CARRAZZA (2004, p. 604):
o que a Constituição Federal faz é estipular que, na hipótese de ser criado o tributo, pela pessoa política competente, o
produto de sua arrecadação será total ou parcialmente destinado à outra pessoa política. Evidentemente, se não houver o
nascimento da relação jurídica tributária (prius), não poderá surgir à relação jurídica financeira (posterius). Esta é
logicamente posterior à relação jurídica tributária (cujo nascimento depende do exercício da competência tributária).
Conclui-se que, a participação na arrecadação dá-se apenas, quando já criado e decretado, se a unidade
competente não decretou o tributo, não há participação.
No entendimento de CARRAZZA (2003, p. 608-609), é importante destacar:
que o Direito Tributário cuida do fenômeno da tributação desde o momento em que é disciplinado, pela Constituição
Federal até o instante em que o tributo deixa de existir, ou pelo fato do pagamento ou à ocorrência de qualquer outra
causa extintiva do crédito tributário. Efetuado o pagamento do tributo, o que vai acontecer com o dinheiro arrecadado
não interessa mais ao Direito Tributário, mas, sim ao Direito Financeiro, ao Direito Administrativo e, eventualmente, ao
Direito Penal (se houver peculato, emprego irregular de rendas públicas, excesso de exação etc.). Por conseguinte, a
destinação do produto da arrecadação do tributo não modifica sua natureza jurídica, não sendo, portanto, objeto de
preocupação do Direito Tributário.
Assim, a Constituição Federal acolhe as duas modalidades de competência segundo CARRAZZA (2003, p.609)
“a tributária (faculdade de instituir tributos) e a financeira (direito de participar do produto de sua arrecadação)”.
Tanto a competência tributária como a financeira, ocupam a mesma hierarquia, gerando o mesmo tipo de direito
às pessoas políticas que as possuem, ou seja, o direito de obterem fundos, seja por arrecadação própria, seja mediante a
participação no produto da arrecadação alheia.
Na repartição das receitas tributárias, segundo RAMINA (1996, p.77), os Estados e o Distrito Federal
percebem: - do imposto federal sobre a renda incidente sobre rendimentos pagos a qualquer título por eles, por suas
autarquias ou por fundações que instituírem e mantiverem, sempre que forem obrigados a reter o imposto na fonte (art.
157, I),e - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação dos impostos instituídos pela União no exercício da
competência residual (artigo 154, I e 157, II).
E que aos Municípios pertencem ainda, de acordo com RAMINA (1996, p. 77):
-o imposto da União sobre rendimentos pagos por eles, suas autarquias ou fundações (artigo 158, I);
- 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural
relativamente aos imóveis neles situados (artigo 158, II);
- 50% (cinqüenta por cento) do imposto sobre propriedade de veículo automotor (artigo 158, III);
- 25% (vinte e cinco por cento) sobre o imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (artigo 158, IV).
Os impostos de competência dos Estados e de transferências por estes recebidas, pertencentes aos municípios,
por disposição constitucional denominam-se Transferências Constitucionais.
Assim sendo, a União entregará, conforme o disposto no artigo 159 da Constituição Federal, in verbis:
Art. 159 (...)
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados, quarenta e sete por cento na seguinte forma:
II - vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao fundo de participação dos municípios
Para que, realmente, seja eficaz a sistemática adotada na partilha das receitas tributárias, o art. 160, da
Constituição Federal, estabeleceu que:
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
A Constituição Federal, no entanto, não teve o cuidado de transferir aos beneficiários equivalentes, quais sejam,
os Estados e Municípios, cotas de encargos e serviços.
O resultado da evolução do federalismo brasileiro, inserido na Lei Maior, não foi o esperado, vez que Estados e
Municípios, vivem implorando favores à União.

3.1 CÁLCULO DO ÍNDICE PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


As informações obtidas para determinação do índice do valor adicionado, conforme determina a Secretaria de
Estado da Fazenda, são as somas dos valores transcritos na DFC4 dos contribuintes inscritos no Município, mais a soma
dos valores apurados nos Relatórios de Produtos Primários e Serviços de Transportes.
A soma dos valores apurados no município será dividida pelo montante do valor adicionado do Estado, que é a
soma de todos os Municípios do Paraná, inclusive do seu próprio valor.
Dispõe o artigo 234 do Regulamento do ICMS do Estado do Paraná que:
A DFC é um documento obrigatório, e tem por objetivo demonstrar anualmente as informações, das operações de
entradas e saídas de mercadorias e serviços abrangidos pelo Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS,
transcritas fielmente dos livros de Registros Fiscais das empresas.
Para fins de informação e apuração do FPM, da DFC são retiradas as informações que se referem ao campo 22,
valores estes quanto à compra de produtos primários pelos contribuintes adquiridas de produtores rurais do Estado do
Paraná, informações que posteriormente são repassadas em crédito para fins de apuração a cada município de origem.
Também são retiradas as informações quanto ao Valor Adicionado que cada contribuinte gera para o município de
domicílio tributário do estabelecimento, valores estes que consistem da diferença encontrada entre as saídas de
mercadorias subtraindo as compras utilizadas para a produção (excluídos os valores para compra de ativo imobilizado).
Por fim, as informações para geração do índice de participação dos Municípios na arrecadação do ICMS,
consistem nas contidas pela DFC, as são fornecidas pelos próprios contribuintes inscritos no CAD-ICMS5 através de
programa específico para este fim, disponível anualmente pela Secretaria da Fazenda do Estado e pelos valores dos
produtos primários que são elaborados pelas Prefeituras Municipais por meio dos relatórios dos produtos primários.

3.2 DESTINAÇÃO DAS DFC’s


Conforme já exposto, a DFC destina-se a todos os contribuintes inscritos no CAD-ICMS do Estado, mesmo
aqueles que não existam valores a serem informados.
Assim, os contribuintes ativos, com as atividades compreendidas entre primeiro de janeiro á trinta e um de
dezembro do ano anterior em que estão sendo processadas as informações deverão declarar os valores movimentados no
referido período.
Ainda, os contribuintes inativos, desde que a inscrição tenha sido paralisada, baixada ou cancelada, durante o
exercício anterior ao ano em que estão sendo processadas as informações, deverão declarar os valores movimentados.
Para os Contribuintes estabelecidos em outros estados da federação, identificados pela Inscrição Estadual -
CAD/ICMS, iniciando com a numeração 099, se estiverem enquadradas no cadastro do ICMS na atividade econômica
Transportes também deverão declarar.
Não obstante, deverão apresentar DFC as empresas que operam com jornais, livros e periódicos, embora não
inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado, sendo que nestes casos a DFC deverá ser confeccionado em
formulário de papel, modelo único, fornecido pela Coordenação de Assuntos Econômicos - CAEC.
Por derradeiro, as empresas que possuírem mais de uma Inscrição estadual deverão preencher a DFC relativa a
cada uma delas, porém, separadamente, tendo em vista a individualidade da inscrição estadual.
As informações coletadas por intermédio das DFC’s, têm por finalidade o fornecimento de subsídios á
fiscalização, a verificação da situação cadastral do contribuinte, informações econômico-fiscais do Estado, e a principal,
que é a determinação do valor adicionado para cálculo dos índices de participação dos Municípios no produto da
arrecadação do ICMS.

3.3 ASPECTOS GERAIS DO VALOR ADICIONADO REFERENTE AOS SETORES DA INDÚSTRIA,


COMÉRCIO, PRODUTOS PRIMÁRIOS E SERVIÇOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES
A sistemática utilizada para se obter o valor adicionado dos setores da indústria, comércio, produtos primários e
serviços de transporte e comunicações, observa a Lei Federal Complementar n.° 63/90, conforme anexo 01, os art.
234/414, do Decreto Estadual n.° 5.141/01 e a norma de procedimento fiscal n.° 5/03.

4
Declaração Fisco-Contábil (DFC) é o demonstrativo informado anualmente pelos contribuintes onde consta as
informações do exercício fiscal que antecede ao ano da informação, entre as informações contidas, constam as
operações de entradas e saídas de mercadorias e serviços abrangidos pelo Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS, previsto no artigo 234 do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n° 5.141/2001,
atendendo ao disposto no artigo 46 da Lei 11.580/96, necessário ao cálculo do índice de Participação dos
Municípios no produto da arrecadação deste imposto.
5
CAD-ICMS é o cadastro de contribuinte do Estado, também conhecido como Inscrição Estadual do contribuinte.
A aplicabilidade ocorre nas operações e prestações que constituam fato gerador6 do imposto, mesmo quando o
pagamento for antecipado, diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção7 ou outros benefícios, incentivos ou
favores fiscais, e também nas operações imunes8 do imposto, conforme artigo 155, parágrafo 2°, inciso X, alíneas a e b,
e artigo 150, inciso IV, alínea d, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
VI – Instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
(...)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II – operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
Parágrafo segundo: O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
X – Não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior,
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;
b) sobre operações que destinem a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica;
As operações constantes da Lista de Serviços sujeitos ao imposto municipal, definida em Lei Complementar de
cada município, não são computadas para a determinação do valor adicionado.
Cita-se como atividades econômicas específicas, as empresas de transporte, as de distribuição e as de geração
de energia elétrica, as de comunicação e as de distribuição de água.
Desta forma, nas empresas de transportes o valor adicionado é rateado aos municípios de origem dos fretes,
situados no Estado do Paraná, já as empresas de distribuição de energia elétrica, de comunicação e distribuição de água,
o valor adicionado é distribuído proporcionalmente ao faturamento efetuado para cada município.
Finalmente, nas empresas de geração de energia elétrica, o critério adotado para partilha do valor adicionado é o
volume de água ou área alagada desapropriada por município, salvo as decisões judiciais.
No tocante ao valor adicionado, este será obtido através da diferença entre os valores das operações de saídas de
mercadorias e serviços, abrangidos pelo ICMS, em relação aos de entradas, consideradas as variações de estoques.

3.4 RELATÓRIO DE PRODUTOS PRIMÁRIOS E SERVIÇOS DE TRANSPORTES – CONTRIBUINTES


INSCRITOS E NÃO INSCRITOS NO CAD/ICMS
Este documento é elaborado pelas Prefeituras Municipais, e segundo entendimento da CRE/CAEC/DAM (2003,
p. 15):
Relatório de Produtos Primários e serviços de transportes, destinam-se a coletar informações sobre a comercialização de
produtos agropecuários, bem como, a dimensionar os serviços de transportes de autônomos, ambas atividades
econômicas praticadas por pessoas físicas sem inscrição no CAD-ICMS e desenvolvidas no âmbito do Estado.
Conforme Norma de Procedimento Fiscal Conjuntas CRE/CAEC9 n. 01/2005, as informações sobre a
comercialização de produtos produzidos no Estado do Paraná, promovidos por produtores não inscritos, ocorre de duas
formas distintas, quais sejam:
Nos relatório de produtos primários são informados os valores das saídas de produtos agropecuários destinados
a contribuintes não inscritos em outros municípios pertencentes ao estado.
As vendas para consumidor final no município, bem como as saídas para outros estados da federação, exceto a
produção de fumo em folha, serão informadas pelas empresas adquirentes diretamente para SEFA/CAEC-FPM10.

6
Segundo MACHADO (2006, p.145-146) “diz o CTN que o fato gerador da obrigação tributária principal é a
situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114). (...) O fato gerador da obrigação
acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que
não configure obrigação principal (CTN, art. 115). Nos termos do Código Tributário Nacional esse fato gerador
pode ser definido pela legislação, e não pela lei”.
7
De Acordo com MACHADO (2006, p.243) “a isenção é sempre decorrente de lei. Está incluída na área da
denominada reserva legal, sendo a lei, em sentido estrito, o único instrumento hábil para sua instituição (CTN, art.
97, VI). Ainda quando prevista em contrato, diz o CTN, a isenção é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para sua concessão, os tributos a que se aplica e, se no caso, o prazo de sua
duração (art. 176). Pode haver, e na pratica se tem visto contrato no qual um Estado se obriga a conceder
isenção. Pode-se dizer até que ele é estranho ao Direito Tributário. Cria, isto, sim, o dever para o Estado
contratante de outorgar a isenção, pelo meio hábil, isto é por lei”.
8
Para CARRAZZA (2003, p. 634) “a imunidade tributária é um fenômeno de natureza constitucional. As normas
constitucionais que, direta ou indiretamente, tratam do assunto fixam, por assim dizer, a incompetência das
entidades tributantes para onerar, com exações, certas pessoas, seja em função de sua natureza jurídica, seja
porque coligadas a determinados fatos, bens ou situações. (...) As imunidades tributárias beneficiam, sempre,
pessoas”.
9
Coordenação da Receita do Estado / Coordenadoria de Assuntos Econômicos.
10
Secretaria de Estado da Fazenda / Coordenadoria de Assuntos Econômicos – Fundo de Participação dos
Municípios na arrecadação do ICMS.
Este relatório deverá ser elaborado com fulcro nas Notas Fiscais de Produtor, bem como, quando o caso exigir,
mediante comprovante de recolhimento dos impostos.
Os contribuintes inscritos no CAD-ICMS, na aquisição de produtos primários deverão informar no quadro
próprio da DFC, o código do município emitente e os valores das aquisições de produtos agropecuários adquiridos
diretamente dos produtores rurais, especificando por município de origem.
Estas operações serão acompanhadas e informadas por funcionário municipal cadastrado junto à Coordenação
de Assuntos Econômicos da Secretaria de Estado da Fazenda, tendo por objetivo agregar, ao máximo, os valores dos
produtos comercializados em sua circunscrição.

3.5 VALOR ADICIONADO DO SETOR PRIMÁRIO


Foi adotado, nas operações que envolvem transações entre produtores rurais, que comercializaram produtos
primários dentro e fora do estado, não inscritos no CAD-ICMS, o sistema de conta corrente, sendo creditado aos
municípios o saldo desta conta, ou seja, creditam-se os valores das vendas efetuadas e debitam-se os valores das
compras de produtos primários adquiridos de outros municípios.
Como exemplo, cita-se o município de Vitorino – PR, no Relatório de Produtos Primários nos Anos Bases de
2002 a 2006, extraído da SEFANET11, a saber:
a) Ano Base 2002: saídas 1.457.496, entradas 808.881, saldo 648.615;
b) Ano Base 2003: saídas 1.602.814, entradas 616.832, saldo 985.982;
c) Ano Base 2004: saídas 2.153.919, entradas 618.197, saldo 1.535.722;
d) Ano Base 2005: saídas 921.101, entradas 964.277, saldo -43.176;
e) Ano Base 2006: saídas 3.561.398, entradas 491.363, saldo 3.070.035.
Para determinação do valor adicionado no setor primário através de informação fornecida pelo adquirente
inscrito no CAD/ICMS, prevalece o conceito de valor da produção dos produtos primários comercializada, não
deduzidos os insumos adquiridos pelo setor.

3.6 PROCEDIMENTOS NA COLETA DE INFORMAÇÕES


Conforme Norma de Procedimento Fiscal Conjunta n° 01/2005 compete às prefeituras municipais procederem a
levantamento, controlar e acompanhar o fluxo da produção primária de seu município, atendendo convênio celebrado
com o Estado.
Diante disso, a importância de firmar convênio de parceria com o estado, visando o incremento da arrecadação
de tributos de que ambos partilham, conforme dispõe o art. 60, da Lei 11.580/96 e art. 616 do RICMS.
Compete, também, aos funcionários municipais, acompanhar a emissão de notas fiscais de produtor de seu
município, encaminhando para a agência de rendas de sua circunscrição, acompanhadas do Relatório de Produtos
Primários, a fim de que seja apropriado o valor declarado de saída de seu Município.
Ainda, as notas fiscais de produtor que originaram os valores transcritos no Relatório de Produtos Primários
devem ser mantidas arquivadas pelo prazo regulamentar, para eventual auditoria.

3.7 IMPUGNAÇÃO AOS ÍNDICES PELOS MUNICÍPIOS


As impugnações, na ocorrência de divergências entre possíveis valores não declarados, serão feitas pelas
prefeituras, por meio do prefeito municipal, dentro do prazo da divulgação dos índices provisórios apurados pela
Secretaria da Fazenda e divulgados pela Coordenação de Assuntos Econômicos.
De acordo com o art. 3°, § 7°, da Lei Complementar n.° 63/90, o índice de participação dos municípios, na
arrecadação do ICMS, poderá ser impugnado no prazo de 30 dias corridos, contados da data da publicação do índice
provisório.
Os recursos deverão, no caso de haver discordância dos valores informados, ser protocolados no Sistema
Integrado de Documentos – SID, nas Delegacias Regionais da Receita ou Agências de Rendas de sua circunscrição, no
prazo estabelecido pela Norma de Procedimento Fiscal Conjunta 03/05 - CRE/CAEC, que deverá ser até trinta e um de
setembro de cada ano.
No que concerne aos recursos relativos à produção agropecuária e fator ambiental, estes deverão ser
encaminhados e protocolados junto a Secretaria de Estado da Agricultura e Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
respectivamente, no prazo estabelecido pela Norma supracitada, sempre até o último dia útil do mês de setembro de
cada ano, sendo que, após esta data, somente pela via judicial.
Dentre as circunstâncias que podem justificar as impugnações quanto ao valor adicionado, pode-se citar como
exemplo, o erro no valor adicionado apurado pela CAEC/FPM, com base em dados informados pelo contribuinte na
DFC ou pela prefeitura no RPP, a inexatidão ou omissão de dados apresentados pela prefeitura na elaboração do
relatório dos produtos primários, bem como na DFC entregue pelo contribuinte e não processada pelo sistema.
No que tange o processo de impugnação, este deverá ser formulado pela prefeitura municipal de maneira clara e
concisa, com anexação dos documentos comprobatórios que originou a reclamação, devendo conter o rol de todos os
valores impugnados, englobados em uma única petição, discriminados um a um, e assinado pelo Prefeito Municipal ou
seu representante legal.

3.8 PUBLICIDADE DA COTA PARTE DEVIDA AOS MUNICÍPIOS

11
Disponível em: <http://www.sefanet.pr.gov.br/sefanetv2/Default.asp?Pagina=http://www.sefanet.
pr.gov.br/homef.asp>. Acesso em 10 set. 2007.
No tocante a publicidade dos recursos referentes ao valor da cota parte relativo ao FPM, IPVA e ICMS, a
Assembléia Legislativa do Paraná decretou e o governador sancionou a Lei n.º 14.358 de 2004, que obriga que conste
nas faturas de energia elétrica e água de todos os paranaenses os valores pertencentes, concernente às supracitadas
receitas, aos municípios, conforme se assevera abaixo:
Art. 1º. Fica o Governo do Estado do Paraná, nos termos da lei, obrigado a dar informações a todas as pessoas residentes
no território paranaense e que recebam nominal e regularmente as faturas de energia elétrica e/ou água, sobre a
arrecadação mensal do ICMS, FPM e IPVA de cada município.
Art. 2º. Em cada fatura, seja de energia elétrica ou de água, deverá constar discriminadamente o valor repassado naquele
mês da cota parte do município relativo ao ICMS, FPM e IPVA.
Art. 3º. Para informar corretamente ao cidadão e cidadã paranaense, residentes nos municípios, o Governo do Estado
designará o departamento competente da Secretaria da Fazenda Estadual, para colher as informações e repassá-las em
tempo hábil à Copel e à Sanepar, para que os dados sejam impressos nas faturas de energia elétrica e de água.
Art. 4º. A Assembléia Legislativa do Paraná, acompanhará a implantação num prazo de 180 (cento e oitenta) dias da
presente lei.
Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Contudo, as aludidas determinações legais não vêm sendo cumpridas, ou seja, as informações sobre as referidas
receitas devidas aos municípios não estão sendo publicadas nas referidas faturas, mesmo com a entra em vigor da
mencionada lei, não atendendo, assim, ao principio da publicidade, recepcionado pela Constituição Federal, no art. 37,
caput, in verbis:
Art. 37. A administração pública direita e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte: (...)
Diante do exposto, conclui-se que a aludida lei estadual, mesmo com a entrada em vigor, não alcançou
efetividade social, tendo em vista, por exemplo, a inobservância do art. 5º, pela casa legislativa do Estado do Paraná, vez
que este determinou que o referido poder deveria acompanhar a implantação da citada norma.

4. GESTÃO DE CONTROLE DA COMPOSIÇÃO DO REPASSE DE ICMS


O Fundo de Participação dos Municípios na arrecadação do ICMS poderia ser comparado a um grande bolo que
será dividido pelo Estado, no ano seguinte a sua apuração, entre todos os municípios que compõe seu território, na
proporção da parcela de contribuição de cada um deles. Fica evidente que quanto maior for à participação do município
no bolo, maior será o volume de retorno destes recursos repassados pelo Estado ao município.
Mas para que ocorra esta maior participação no bolo, é necessário que o Município através de seus
departamentos, busque desenvolver ações de comprometimento junto aos seus contribuintes, sejam eles produtores
rurais, ou não. Na produção agropecuária é importante que se faça um cadastramento de todos os contribuintes rurais do
Município, seguido de um controle mais efetivo, tanto na distribuição como na emissão da Nota Fiscal de Produtor, que
por força de convênio com a Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná está sob a responsabilidade da Prefeitura
municipal, e que esse controle tenha apenas duas datas de validade das notas fiscais no ano. Isto serviria para não haver
perda de dados na elaboração do Relatório dos Produtos Primários.
É através deste instrumento, combinado com um cadastro bem elaborado das propriedades rurais que a
prefeitura pode fazer o acompanhamento e cobrar dos produtores a emissão da Nota Fiscal dos produtos vendidos.
Deve-se ressaltar que a emissão da Nota Fiscal de Produtor, é que possibilita a fiscalização no sentido de
verificar se as empresas que adquiriram os produtos, realmente tenham registrado sua aquisição, e conseqüentemente
efetuada a venda dos produtos, ou seja, a geração de imposto (aumento do tamanho do bolo) e valor adicionado do
município (aumento da parcela do bolo).
Sempre que se trabalha no aumento do valor adicionado e na produção agropecuária, sejam elas, através de
campanhas de prêmios e estímulo a emissão de Notas Fiscais de Produtor ou simplesmente pela conscientização do
produtor, geram automaticamente conseqüências positivas no aumento do Índice de Participação dos Municípios.
O valor adicionado é o critério que tem a maior influência na formação do índice com uma participação de
75%, ou seja, três quartos do índice provêm do valor adicionado. Em seguida vem a produção agropecuária de 8%.
Esses critérios, além de serem os mais importantes, são os que podem ser mais bem trabalhados no município.
Isso se aplica a todos os municípios, mas em particular ao município de Vitorino onde seu crescimento deverá ser
superior aos demais devido ao trabalho que está sendo desenvolvido atualmente, ou seja, não basta aumentar o valor
adicionado e a produção agropecuária, mas sim, aumentar acima da média dos demais municípios.
Como o Valor Adicionado do município é formado pelo Valor Adicionado da Indústria, mais o Valor
Adicionado do Comércio, mais o Valor Adicionado da Produção Primária do Município, importante que o poder público
através do Executivo Municipal, estabeleça políticas de investimento, tanto de infra-estrutura, quanto de ações que
visam atrair para o Município, novas indústrias, estimulando as já existentes, pois a indústria, pelas suas características,
é uma grande geradora de valor agregado e renda, com reflexos no setor comercial, mesmo porque, quando a indústria
vende sua produção para outras regiões ocorre uma transferência de renda para o Município, ocorrendo também com o
comércio.
A mão-de-obra, abundante e barata e disponibilidade de matéria-prima, deixaram de ser fatores fundamentais na
atração de investimentos. O que se verifica na atualidade é a valorização do conhecimento, ou seja, a qualidade da mão-
de-obra. O conhecimento normalmente atrai indústrias, que utilizando alta tecnologia e por conseqüência uma melhor
renda aos trabalhadores e um maior valor agregado nos seus produtos.
A qualidade de vida é hoje, também, um fator fundamental na atração de investimentos tanto no setor
comercial, industrial, ou até mesmo de profissionais liberais.
O Fator Ambiental, com participação no índice de 5%, deve ser trabalhado de uma forma mais agressiva, com
perspectivas de acrescer, buscando incorporar unidades de conservação ambiental dentro de cada Município, isto é,
criando áreas de preservação ambiental, reservas florestais e mananciais de abastecimento, protegendo todas as
nascentes e cadastrando-as junto ao IAP.
Os demais critérios que compõe o índice, população, número de propriedades rurais, área territorial e o fator de
distribuição igualitária, praticamente, pelas suas características, pouco ou quase nada podem ser trabalhados.
As ações que por ventura serão tomadas pelos órgãos envolvidos do Município deverão concentrar-se na
composição do Valor Adicionado, isto é, do Valor Adicionado do comércio, do Valor Adicionado da Indústria pela
consulta no quadro 22 da DFC, onde se verifica, se a empresa adquirente lançou no campo 22 da DFC os valores reais
da aquisição dos produtos do seu município. No caso da empresa adquirente não ter feito este lançamento, faz-se a
cobrança através da retificação da DFC.
Do Valor Adicionado da Produção Primária do Município, a verificação também é feito através das DFC’s,
mas o controle poderá ser mais rigoroso, desde que o Município implante um programa de cruzamento de dados, onde
terá as informações de tudo o que foi produzido na agricultura e o que se vendeu ou está em depósito nas empresas.
Estes valores são mercadorias adquiridas por contribuintes do Município ou adquiridas por contribuintes de outros
Municípios.
Também pela venda direta pelo produtor rural para outras unidades da Federação, e para outros Municípios do
Estado, declaradas pelas Agências de Rendas, através dos Relatórios dos Produtos Primários elaborados pelo Município,
servindo como conta corrente do que é adquirido de outros Municípios.
Percebe-se que o Valor Adicionado é composto da soma das saídas menos às entradas das mercadorias da
Indústria, mais a energia elétrica e distribuição de água; das saídas menos às entradas das mercadorias do Comércio,
mais transportes autônomos, adicionado da CODAPAR, adicionado da Souza Cruz, comercialização de café, referente a
transportes, referente a telecomunicações e referente à comunicação (jornal); e das mercadorias adquiridas por
contribuinte do Município, adquirida por contribuinte de outros Municípios, declaradas pelas Agências de Rendas,
comercialização de fumo, aquisições da CEASA/PR; e por fim o adicionado relativo à ação fiscal.
Outro dado importante para a composição do índice é a estimativa de produção agropecuária do Município
elaborada pelo DERAL. Este é o momento exato em que o Município deverá participar, envolvendo seus
departamentos, ligados ao setor da agricultura, para relatar tudo o que será produzido no Município. O objetivo deste
levantamento é fazer uma radiografia da produção agrícola, pecuária e florestal, e calcular o Valor Bruto da Produção
Agropecuária Municipal.
Mas o importante seria que o levantamento fosse realizado nas propriedades, junto com o produtor, onde o
resultado dos dados seria real, sem erros e não haveria possibilidades para futuros recursos. Este é o momento em que os
departamentos do Município envolvidos na estimativa de produção, conhecedores da realidade agropecuária do
Município, conjuntamente com os técnicos do DERAL, devem fornecer os dados corretos da produção. É a partir destas
informações que o Município terá maior ou menor participação no bolo distributivo do FPM.
Ressalta-se o cuidado quanto os dados levantados, para que não se venha a cometer injustiças, devendo ficar
sempre o mais próximo da realidade. Servidor municipal que não conhece a realidade de seu Município na produção
agropecuária não deverá participar da estimativa de produção, caso venha a participar com certeza absoluta estará
prejudicando seu Município.
Assim sendo, é possível sim agregar valor bruto da produção agropecuária na composição do Fundo de
Participação dos Municípios na arrecadação do ICMS, e tornar o Município viável em suas demandas.

4. ICMS ECOLÓGICO:
Instrumento de política pública que trata do repasse de recursos financeiros aos municípios que abrigam em seus
territórios Unidades de Conservação ou áreas protegidas, ou ainda mananciais para abastecimento de municípios
vizinhos. Para os municípios que já tem suas áreas devidamente cadastradas no ICMS Ecológico é possivel saber quanto
que o município recebeu, ou está recebendo mensalmente.

4.1 PROCEDIMENTO PARA CADASTRAMENTO DE UNIDADES


O município deverá providenciar o encaminhamento do seguinte procedimento:
a) preenchimento do formulário requerimento para unidades de conservação, acompanhado dos seguinte documentos:
1. diploma legal (lei ou decreto) instituidor da unidade de conservação, com a comprovação da sua publicação;
2. mapa e memorial descritivo, de acordo com orientação do escritório regional do iap, devidamente assinado por
responsável técnico qualificado;
3. comprovante de dominialidade para as unidades de conservação quando de domínio público (cópia da matrícula com
no máximo seis meses de emissão);
4. justificativa técnico-científica, na forma do disposto no item iv do artigo 7º da portaria n.º 263/98 do iap;
5. outros documentos (se for o caso).
observações:

4.2 COMO O MUNICIPIO SE BENEFICIA.


Se a área for um imóvel com áreas naturais que o município tenha interesse de criar unidades de conservação
municipal, deverá aprovar lei ou decreto municipal transformando a mesma em unidade de conservação municipal,
visando a atender o item 1 do checklist acima. No caso de unidades estaduais e federais, buscar o diploma legal juntos
aos entes públicos respectivos.

4.3 FORMA DO REPASSE DE RECURSOS


Do total do icms arrecadado pelo estado do paraná, 5% é destinado para os municípios, proporcionalmente às
unidades em função do tamanho, importância, grau de investimento na área, manancial de captação e outros
fatores. Estes 5% são destinados aos municípios da seguinte forma:
a) 50% para municípios que tenham em seu território mananciais de abastecimento, cuja água se destina ao
abastecimento da população de outro município;
b) 50% para municípios que tenham integrado em seu território unidades de conservação, áreas de terras
indígenas, reservas particulares do patrimônio natural, faxinais, reservas florestais legais.
5. dicas pontuais para aumento do repasse do icms
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Referencias
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FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários à Constituição Brasileira. 2ª. ed., São Paulo: Saraiva, 1977.
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http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=226

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