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Aluno: André Carlos dos Santos

1 – Explique por que a base econômica de uma comunidade é


considerada uma dimensão importante para a mensuração da condição
financeira do governo.

A base econômica de uma comunidade, é considerada uma dimensão


importante na mensuração da condição financeira do governo, porque estes
fatores econômicos, são a base de exploração de receitas governamentais, e
consequentemente, exercem pressão por gastos para atender as necessidades
da população (demanda por bens e serviços). Assim, podemos concluir, que
determina o potencial do governo em produzir receita, bem como identificar os
fatores que influenciam a demanda da comunidade por bens e serviços para
satisfazer as suas necessidades.

2 – Os recursos e as necessidades da comunidade são inter-relacionados


em um ciclo de causa e efeito. Essa afirmação é verdadeira? Comente
sobre como os governos executam os seus projetos utilizando-se da sua
arrecadação.

A afirmação é verdadeira, pois a arrecadação e as necessidades, estão


diretamente interligadas, tendo em vista que sem arrecadação, não há como
suprir as necessidades. Os governos executam seus projetos, baseando-se na
sua arrecadação projetada, pois é pela projeção dela, que os governos
conseguem medir e idealizar os projetados, que precisam ser executados.
Entretanto, nem sempre é simples, tendo em consideração, que a arrecadação
realizada, nem sempre é igual a projetada, e isso infere diretamente nos
projetos a serem executados, pois muitas vezes, não é possível diminuir os
projetos a serem executados.

3 – Você é convidado para avaliar a condição econômica de uma


localidade. No processo de análise você detecta que a maior parte da
população economicamente ativa é empregada em uma única indústria,
que produz peças de montagem de veículos para exportação para outras
regiões do país e cuja matéria-prima utilizada é importada de outras
localidades. Com base nessas informações, quais são os pontos fortes e
quais são os pontos fracos dessa economia?

Tendo em vista às informações citadas, podemos apontar como pontos fortes e


fracos, as situações abaixo:

Pontos fortes – Maior parte da população ativa economicamente, é empregada,


o que gera o retorno de renda para a localidade, demostra força de trabalho
(quantidade, nível de capacitação e educacional), que existe Instituições de
apoio (Hospital, Escola e Transporte), Assistência de serviços públicos e
Capital produtivo, a ser explorado pelo governo local, através da arrecadação
de tributos, que em consequência, são empregados na prestação de serviços à
população. Ter na região, uma empresa fornecedora de exportação, para as
demais localidades do país, o que pode ser deduzido, que é uma empresa de
grande porte e estabilizada, no seu segmento de trabalho.

Pontos fracos – Ter uma única empresa, que comporta quase toda a população
economicamente ativa, não é bom, pois caso a mesma decida mudar-se pra
outra localidade, pode acarretar em uma queda muito significativa, no que
citamos no tópico acima. É preciso considerar também, que a matéria-prima
utilizada pela empresa, vir de outras regiões, pode acarretar em problemas,
caso estas deixem de ser fornecidas, devido a localidade da entrega, questões
tributárias na compra da mesma. E os incentivos fiscais do governo local para a
respectiva empresa, que podem levar a mesma, a mudar-se da região.

4 – Comente esta afirmação: “a instituição, a previsão e a efetiva


arrecadação de todos os tributos de competência do ente governamental
constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal”.

Essa afirmação destaca aspectos fundamentais da gestão fiscal responsável e


está alinhada com princípios básicos de administração financeira e
governança.

5 – Quais as principais formas de o governo obter receita? Como elas se


apresentam nos governos federal, estadual e municipal? Quais as
principais preocupações do governo ao decidir usar cada uma dessas
fontes de receita?

As principais formas de obtenção de receitas, são:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do
poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único: A aplicação dos
recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada
de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a
cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de
energia elétrica.

Em cada forma de governo (federal, estadual e municipal), se apresentam de


seguinte forma:

União – Instituir impostos sobre: importação de produtos estrangeiros;


exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; renda e
proventos de qualquer natureza; produtos industrializados; operações de
crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
propriedade territorial rural; grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Estado e Distrito Federal – Instituir impostos sobre: transmissão causa mortis e


doação, de quaisquer bens ou direitos; operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior; propriedade de veículos automotores.

Municípios - Instituir impostos sobre: propriedade predial e territorial urbana;


transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; serviços de qualquer
natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

As principais preocupações do governo em detrimento do uso dessas fontes de


receitas, é que cada uma delas, sejam destinadas e usadas em detrimento do
que se está estipulado pelas leis de criação de cada uma, isto é, que sejam
empregadas de forma eficiente na prestação de serviços a comunidade,
controle e transparência da arrecadação, para que a população possa ter
conhecimento do uso e destinação delas.
6 – Um governo local conta com grande parte da sua receita composta
por impostos sobre a propriedade, impostos sobre serviços, taxas de
fornecimento de água e saneamento e transferências voluntárias
realizadas de acordo com a condição fiscal do governo. Quais as bases
da receita desse governo?

Base Tributária, isto é, riqueza da população, consumo e renda, que


representam o conjunto de todas as fontes de recursos produzidas pela
economia que podem ser legalmente exploradas pelo governo para produzir
receita.

7 – Explique o relacionamento dos componentes da receita: base


econômica com base da receita; base econômica com capacidade fiscal;
base da receita com capacidade fiscal; e receita arrecadada com
capacidade fiscal.

Base econômica com Base da receita:

A Base econômica mede a capacidade dos indivíduos e das empresa


localizadas em determinada região de fornecer receita ao governo contribuindo
para a solidez da condição financeira. A Base da receita, conhecida como base
tributária, representa o conjunto de todas as fontes de recursos produzidas pela
economia que podem ser legalmente exploradas pelo governo para produzir
receita. A base da receita representa a fonte direta da capacidade fiscal da
jurisdição, ou seja os recursos potenciais para financiar as necessidades da
comunidade. Assim sendo, percebemos que quanto maiores e melhores forem
os indicadores da Base econômica, maiores serão as possibilidades de
exploração do governo, para gerar receitas.

Base econômica com Capacidade fiscal:


A Capacidade Fiscal, é o montante máximo de recursos que um governo pode
obter, acima dos limites atuais de arrecadação, com a exploração plena da sua
base de receita. É preciso tirar proveito da realidade econômica da sua região
e enfrentar as restrições políticas e legais impostas sobre a incidência dos
tributos. A correlação que podemos identificar entre a Base econômica e a
Capacidade fiscal, é que tendo os indicadores da Base econômica fortes, a
Capacidade fiscal, será a máxima possível, diante do cenário positivo que o
governo terá.

Base da receita com Capacidade fiscal:


A relação que fazemos, é que base da receita representa a fonte direta da
capacidade fiscal da jurisdição, ou seja os recursos potenciais para financiar as
necessidades da comunidade.

Receita arrecada com Capacidade fiscal:


A Receita arrecada, objetiva identificar o comportamento da arrecadação ao
longo do tempo, visando verificar o grau de importância de cada espécie de
receita, bem como comparar o desempenho do governo com outros similares.
Assim, podemos assimilar, que a Receita arrecada, faz a medição da
Capacidade fiscal, isto é, análise se o que foi arrecadado está abaixo, igual ou
acima do esperado do que indica a Capacidade fiscal.

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