Você está na página 1de 7

31-01-2017

CONTABILIDADE SETORIAL

CONTABILIDADE PÚBLICA

Sérgio Paulo Carmelo

spc@estgf.ipp.pt

A ACTIVIDADE FINANCEIRA DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Estrutura do Sector Público


Estado Lato Sensu
- Administração Central
- Segurança Social
- Administração Regional
- Administração Local
Sector Empresarial do Estado

1
31-01-2017

Administração Central
- Serviços Públicos – Departamentos ministeriais
e as suas unidades orgânicas como as Direcções
Gerais
- Administração Central Autónoma – unidades
militares, hospitais, universidades
Administração Regional
- Regiões Autónomas
Administração Local
- Freguesias
- Concelhos

A reforma da Contabilidade
Pública
O Decreto-
Decreto-Lei 192/2015, de 11 de Setembro,
aprova o novo Sistema de Normalização
Contabilística para a Administração Pública (SNC-
(SNC-
AP) de aplicação obrigatória para todos os
organismos e serviços da administração pública,
a partir do exercício económico de 2017 (embora
possa aplicar-
aplicar-se já em 2016, a entidades piloto).
A aplicação foi entretanto diferida para o
exercício económico de 2018 (Decisão do
Conselho de Ministros de 17 de Novembro de
2016).

2
31-01-2017

O artº
artº 3º do DL 192/2015 refere o âmbito de
aplicação do POCP:
- Aplica
Aplica--se a todos os serviços e organismos da
administração central, regional e local que não
tenham a natureza, forma e designação de
empresa, ao subsector da segurança social, e às
entidades públicas reclassificadas.

O SNC-
SNC-AP visa:
- Evidenciar a execução orçamental e o respetivo
desempenho face aos objetivos da política
orçamental;
- Permitir uma imagem verdadeira e apropriada
da posição financeira e das respetivas alterações,
do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa
de determinada entidade;
- Proporcionar informação para a determinação
dos gastos dos serviços públicos;
- Proporcionar informação para a elaboração de
todo o tipo de contas, demonstrações e
documentos que tenham de ser enviados à
Assembleia da República, ao Tribunal de Contas e
às demais entidades de controlo e supervisão;

3
31-01-2017

- Proporcionar informação para a preparação


das contas de acordo com o Sistema Europeu
de Contas Nacionais e Regionais;
- Permitir o controlo financeiro, de legalidade,
de economia, de eficiência e de eficácia dos
gastos públicos;
- Proporcionar informação útil para efeitos de
tomada de decisões de gestão.

AS DESPESAS PÚBLICAS
Conceito – Gasto de dinheiro ou
dispêndio de bens por parte de entes
públicos para criarem ou adquirirem
bens ou prestarem serviços
susceptíveis de satisfazer
necessidades públicas.

4
31-01-2017

Elementos constitutivos da despesa


pública:
- tipo de operação – afectação de recursos
correntes de que um sujeito dispõe a uma
determinada finalidade.
- sujeito da operação – o sujeito tem de
ser uma entidade pública (Estado ou outro
ente dotado de poder de autoridade).
- finalidade da operação – satisfação de
necessidades públicas.

Tipologias de Despesas Públicas


- Despesas de investimento ou Capital – são as
que consistem na formação de capital do Estado.
- Despesas de funcionamento – são as que
correspondem a dispêndios do normal
funcionamento da máquina administrativa.
- Despesas em bens e serviços – são aquelas que
asseguram a criação de utilidades, por meio de
compra de bens ou serviços do Estado.
- Despesas de transferência – são aquelas que se
limitam a proceder a uma redistribuição de
recursos, atribuindo-
atribuindo-os a novas entidades que se
situam no sector público ou no sector privado.

5
31-01-2017

AS RECEITAS PÚBLICAS
Conceito – qualquer recurso obtido
durante um dado período financeiro,
mediante o qual o sujeito público
pode satisfazer as despesas públicas
que estão a seu cargo.

Elementos constitutivos da receita pública:


- a receita constitui a atribuição definitiva
de uma soma de numerário ou de bem
equivalente;
- é feita em benefício de um sujeito
público ou a ele equiparado;
- tem a finalidade de servir para a
cobertura das despesas públicas.

6
31-01-2017

Tipos de receitas públicas


- Receitas patrimoniais ou de Capital –
resultantes da venda ou do rendimento de
bens patrimoniais do Estado.
- Receitas tributárias – que têm como
figura típica o imposto, que são receitas
públicas fundamentais num Estado de
direito.
- Receitas creditícias – que resultam do
recurso ao crédito por parte do Estado.

Você também pode gostar