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01/09/2019

Prof: Agilson Emerson da Silva


Email: prof.agilson@fans.edu.com.br
Contato: (37) 9987-7981

Disciplina: Contabilidade e Orçamento Público.

Encontros: 6ª feiras - Todos os horários;

Obs:. Este material serve para suporte ao aluno dentro da sala de aula, logo, o mesmo não desobriga o
aluno de ler e estudar a bibliografia básica indicada.

OBJETIVOS
Gerais: Proporcionar um amplo
conhecimento sobre o Planejamento e a
Contabilidade aplicada ao Setor Público, com
vistas ao aprendizado teórico e prático
necessários à vida profissional do aluno.

Específicos:
 Planejamento Governamental;
 Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
 Controles Públicos.

COMPETÊNCIA ADQUIRIDA

Ao final, o aluno deve ser capaz de


elaborar e interpretar os instrumentos de
controle e planejamento da contabilidade
pública no orçamento do governo público.

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LEGISLAÇÃO

• Constituição Federal;

• Legislação Federal;

• Lei nº 4.320/1964 - (Normas de Direito Financeiro);

• Decreto-Lei nº 200/1967 - (Dispõe sobre a organização


da Administração Federal, estabelece diretrizes para a
Reforma Administrativa)

LEGISLAÇÃO

• Decreto nº 93.872/1986 - (dispõe sobre a unificação dos


recursos de caixa do Tesouro Nacional);

• Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF - (Estabelece


normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal);

• Lei nº 8.666/1993 (Licitações e Contratos);

•Emenda Constitucional nº 45 - (Reforma do Judiciário);

LEGISLAÇÃO

• Emenda Constitucional nº 50 - (Modifica o art. 57 da


CF/88 : O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente,
na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º
de agosto a 22 de dezembro.);
• Lei Orçamentária Anual;
• Plano Plurianual ;
• Lei de Diretrizes Orçamentárias;
• Decretos (orçamentários);
• Portarias SOF/MP;
• LOA .

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Conceitos de Contabilidade:
 Gerais:
“Contabilidade é o conjunto das leis, normas e princípios,
com a finalidade de estudar e registrar todos os atos e fatos
ligados a uma empresa administrada”. (Enciclopédia Contábil de
Antônio Calderelli)

“Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à


disposição das Aziendas”. (Vicenzo Masi)

“Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das


Aziendas, em seus aspectos est[aticos e em suas variações, para
enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da
administração sobre a formação e a distribuição dos réditos”. (Frederico
Herrmann Júnior)

Conceitos:
 Específicos:
“Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que se destina ao
controle, orientação e registro dos atos e fatos ocorridos nas entidades de
natureza pública. [...] E no que diz respeito aos seus valores numéricos,
está sujeita às normas orçamentárias, que têm as verbas votadas
anualmente e por antecipação, após terem sido autorizadas as despesas
que onerarão os cofres e as receitas previstas para o exercício”.
(Enciclopédia Contábil de Antônio Calderelli)

“Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que coleta, registra


e controla os atos e fatos da Fazenda Pública, mostra o Patrimônio
Público e suas variações, bem como acompanha e demonstra a
execução do orçamento”. (João Batista Fortes de Souza Pires)

“Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que estuda, orienta,


controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o
patrimônio público e suas variações”. (Divisão de Inspeção da Contabilidade
da Contadoria Central do Estado)

Conceitos:

 Específicos:

“Contabilidade Pública é o ramo da Ciência Contábil que


controla o patrimônio público, evidenciando as variações
e os conseqüentes resultados, inclusive sociais,
decorrentes dos atos e fatos de natureza orçamentária,
financeira e patrimonial nas entidades de administração
pública”. (João Eudes Bezerra Filho e Alunos)

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Objetivo:

Fornecer informações, atualizadas e exatas,


à administração para subsidiar as tomadas
de decisões, aos órgão de controle interno e
externo para o cumprimento da legislação e
às instituições governamentais e particulares
para fins estatísticos ou de interesse dessas
instituições.

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Regimes Contábeis:

Introdução
O regime contábil, define-se como um sistema de
escrituração contábil. Pressupõe-se, portanto, que os
regimes contábeis de escrituração tenham sido
considerados úteis pelo consenso profissional, de tal sorte
que o seu uso seja constante e até obrigatório

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Regimes Contábeis:

Artigo 35 da Lei 4.320/64


Trata o artigo dos regimes contábeis de Caixa
(receitas arrecadadas) e de Competência (despesas
empenhadas), pertencentes ao exercício financeiro.

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Regimes Contábeis:

Regime de Caixa:
É aquele em que, como norma geral, as receitas é
reconhecida no período em que é arrecadada e a
despesas paga nesse mesmo período. Portanto, regime
de caixa é o que compreende, exclusivamente, todos
os recebimentos e pagamentos no exercício, mesmo
aqueles relativos a períodos contábeis anteriores.

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Regimes Contábeis:

Regime de Competência:
É aquele em que, as receitas e as despesas são
atribuídas aos exercícios de acordo com a real
incorrência, isto é, de acordo com a data do fato
gerador, e não quando são recebidos ou pagos em
dinheiro.

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Regimes Contábeis:

Concluindo:
Podemos dizer que, no Brasil, a administração pública
deve adotar o regime contábil de escrituração Misto,
ou seja, o regime de caixa para a arrecadação das
receitas e o regime de compensação para a realização
das despesas.

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Campo de aplicação:

Como o objeto de qualquer contabilidade é o


Patrimônio, o da Contabilidade Pública é o Patrimônio
Público. (Exceto os bens de uso comum do povo,
considerados no Código Civil; praças, ruas, etc.)

Abrangência: União, Estados, DF, Municípios e suas respectivas


entidades autárquicas.
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Campo de aplicação:

Artigo 85 da Lei 4.320/64

Trata o artigo que os serviços de contabilidade serão


organizados de forma a permitir o acompanhamento da
execução orçamentária, o conhecimento da composição
patrimonial, a determinação dos custos dos serviços
industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise
e a interpretação dos resultados econômicos e
financeiros.

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Campo de aplicação:

Portanto;
Na administração pública, os serviços de contabilidade
devem ser organizados de forma que seja permitido o
acompanhamento da execução orçamentária desde o seu
início, registrando os limites das contas trimestrais
atribuídas a cada unidade orçamentária, controlando e
acompanhando à medida que ela for se desenvolvendo.

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Campo de aplicação:

Como forma de melhor acompanhamento deste abrangente


campo de aplicação da Contabilidade Pública (Patrimônio
Público), faz-se necessário ficar atento a legislação
pertinente no Brasil:
 Lei Federal 4.320/64;
 Lei Complementar 101/2000;
 Códigos de Administração Financeira (E e DF)
 Lei Federal 10.180/01 (U)
 Normas Brasileira de Contabilidade.

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IMPORTANTES DESTAQUES DA LEI DE


RESPONSABILIDADE FISCAL-LRF:

Lei Complementar n.º 101, de 04 de maio de 2000

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BREVE INTRODUÇÃO:
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é uma lei
complementar que, regulamentando o artigo 163 da Constituição
Federal, estabelece as normas orientadoras das finanças públicas
no País.

Ela objetiva aprimorar a responsabilidade na gestão fiscal dos


recursos públicos, por meio de ação planejada e transparente que
possibilite prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o
equilíbrio das contas públicas.

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OBJETO
Estabelecimento de normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal.

Com ela, todos os governantes passam a se responsabilizar pelo


orçamento e pelas metas que possibilitem prevenir riscos e corrigir
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, reforçando
os alicerces do desenvolvimento econômico sustentado, sem inflação
para financiar o descontrole de gastos do setor público, sem
endividamento excessivo e sem a criação de artifícios para cobrir os
buracos de uma má gestão fiscal.

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FINALIDADE

Através de ação planejada e transparente, prevenir riscos e


corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre
receitas e despesas e a obediência a limites e condições no
que tange a renúncia de receita, geração de despesas com
pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de
receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

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ESTRUTURA DA LEI DE
RESPONSABILIDADE FISCAL

• 10 CAPÍTULOS
• 75 ARTIGOS
• 01 alteração dada pela LC-131 de 27/05/2009.

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Merece destaque os seguintes pontos:


1 – São estabelecidos limites para os gastos de pessoal para as três esferas
de governo e para cada um dos Poderes, que terão dois exercícios para se
adequar a esses limites, representando um avanço em relação à legislação
atual, que prevê um limite global, sem explicitar a responsabilidade de cada
Poder;

2 – No último ano do mandato, passam a ficar mais difíceis os excessos de


despesas, sendo proibido o aumento das despesas com pessoal no segundo
semestre, a contratação de antecipação de receita orçamentária (ARO) e a
contratação, nos oito últimos meses, de obrigações que não tenham recursos
gerados no próprio mandato para seus pagamentos;

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3 – Cada nova despesa de duração superior a dois anos, para ser


efetivada, deverá ter assegurada a sua fonte de financiamento;

4 – Os prefeitos deverão assumir compromissos com metas fiscais e, a


cada quatro meses, apresentar ao Legislativo municipal e à sociedade
demonstrativos quanto ao cumprimento ou não dessas metas;

5 – As dívidas continuam a ser limitadas pela Resolução 78/98, do


Senado, até nova aprovação pelo próprio Senado de proposta de limites
a ser enviada pelo Presidente da República, no prazo de 90 dias;

6 – Ficam proibidos os refinanciamentos de dívidas de Estados e


Municípios, de forma que cada ente da Federação seja responsável pela
administração de suas finanças.

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7 – O descumprimento dos limites estabelecidos pela lei


acarreta a suspensão de transferências voluntárias, a
contratação de operações de crédito e a concessão de garantias
para a obtenção de empréstimos;

Os que descumprirem as regras da Lei de Responsabilidade


Fiscal serão punidos pelo Código Penal e pelas sanções
propostas no Projeto de Lei 621/99, que prevê os crimes
relacionados à Lei de Responsabilidade Fiscal e que se
encontra em fase final de tramitação no Congresso Nacional.

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Entidades submetidas à observância da Lei:

• UNIÃO
• ESTADOS
• MUNICÍPIOS
• DISTRITO FEDERAL
Neles incluídos:
- O Poder Executivo, O Poder Legislativo, o Poder Judiciário bem
como o Tribunal de Contas e o Ministério Público;
- as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou Lei Complementar


nº 101, é o principal instrumento regulador das contas públicas no
Brasil, estabelecendo metas, limites e condições para gestão das
Receitas e das Despesas e obrigando os governantes a
assumirem compromissos com a arrecadação e gastos públicos.

A LRF contém o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e o


Relatório Resumido de Execução
Orçamentária (RREO).

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As informações contidas nesses documentos, além de determinar


parâmetros e metas para a administração pública, permitem avaliar com
profundidade a gestão fiscal do Executivo e do Legislativo. Publicada no
dia 04 de maio de 2000, a LRF regulamenta o artigo 163 da Constituição.

A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe para os municípios uma


importante contribuição para o ajuste fiscal, reforçando o seu potencial
tributário, fazendo com que os governantes desenvolvessem uma política
tributária responsável e, cobrando, efetivamente, todos os tributos que
são de sua competência.

Uma administração transparente e democrática deve mostrar o que


fazer e de onde vai tirar os seus recursos, para que possa contar com a
confiança da população, que pagará os seus tributos de uma maneira
mais consciente e motivada.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal se apóia em quatro


eixos: o planejamento, a transparência, o controle e a
responsabilização.

• O Planejamento - é aprimorado pela criação de novas informações,


metas, limites e condições para a renúncia de receita e para a geração
de despesas, inclusive com pessoal e de seguridade, para a assunção
de dívidas, para a realização de operações de crédito, incluindo ARO, e
para a concessão de garantias;

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• A Transparência - é concretizada com a divulgação ampla, inclusive


pela Internet, de quatro relatórios de acompanhamento da gestão fiscal,
que permitem identificar receitas e despesas: Anexo de Metas Fiscais,
Anexo de Riscos Fiscais, Relatório Resumido da Execução Orçamentária
e Relatório de Gestão Fiscal;

• O Controle - é aprimorado pela maior transparência e pela qualidade


das informações, exigindo uma ação fiscalizadora mais efetiva e contínua
dos Tribunais de Contas; e

• Responsabilização – são sanções que os responsáveis sofrem pelo


mau uso dos recursos públicos. Essas sanções estão previstas na
legislação que trata dos crimes de responsabilidade fiscal (Lei 10.028, de
19 de outubro de 2000).

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O Relatório de Gestão Fiscal - É o instrumento que possibilita assegurar a


transparência dos gastos públicos e a consecução das metas fiscais, com a
observância dos limites fixados pela Lei.

O relatório de Gestão Fiscal, conforme previsto na LRF, deverá ser emitido


e publicado até 30 dias após o final de cada quadrimestre. Os prazos para
publicação são os seguintes:

I. Até o dia 30 de maio, para o 1º quadrimestre;


II. Até o dia 30 de setembro, para o 2º quadrimestre;
III. Até o dia 30 de janeiro, do ano subseqüente ao de referência, para o 3º
quadrimestre.

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ORÇAMENTO PUBLICO.

BREVE HISTÓRICO

O orçamento público originou-se na Inglaterra, em


1215, com o advento da chamada Carta Magna de São
João Sem Terra, nos termos da qual o rei não mais poderia
cobrar impostos sem a autorização do Conselho formado
pela reunião da nobreza e que, mais tarde, transformou-se
em Parlamento.

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Mais adiante, no período compreendido entre de 1628


a 1689, com a instituição dos postulados do direito e da
Lei dos Meios, o parlamento passou a ter o poder de criar e
autorizar a cobrança de tributos, além de autorizar a
despesa do governo.

Pode-se afirmar, então, que essa condição de criar e


autorizar a arrecadação de tributos e conceder a
autorização para os gastos públicos caracteriza o
surgimento do que se denomina orçamento.

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Na fase embrionária do orçamento público (Fase em que


era também conhecido como orçamento tradicional-financeiro
ou clássico) este configurou-se como instrumento utilizado
pelo Estado somente para demonstrar as previsões de receitas
e autorizações de despesas.

Nesse período, o orçamento público não fazia face aos


aspectos ligados ao planejamento, controle e fiscalização, ou
seja, não havia uma cumplicidade entre as funções deste com
as funções do Estado.

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Eis que surge, com a promulgação da Constituição


Federal de 1988, a preocupação com a necessidade de
se dispensar maior atenção aos elementos
direcionadores do processo de desenvolvimento
econômico.

Com o advento da economia moderna, o orçamento


público apresenta-se como um plano de ação por meio
do qual o Estado busca incrementar as intervenções na
economia.

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Além de prever as receitas e autorizar as despesas, o


orçamento público passa a ter como principal função servir
como instrumento de administração voltado para as
funções de planejamento (previsão e fixação), execução,
controle e fiscalização, dentro de um período definido.

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Alavancava-se a concepção que associa o planejamento ao


orçamento público, passando este a ser elaborado não mais por
apenas uma lei, conforme previa a Lei nº. 4.320/64, mas através
de uma conjunto de três leis distintas, porém harmônicas entre
si, cuja iniciativa, nos termos do Art. 165 da CF/88, compete ao
Poder Executivo.

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Não obstante a grande revolução em relação ao


orçamento público, instituída pela CF/88, necessário se fez
a edição, vinte e dois anos mais tarde, da Lei
Complementar nº. 101/2000 – Lei de Responsabilidade
Fiscal (Complementando a Magna Carta Política), a qual,
dentre outras providências, tem o condão de assegurar a
garantia de controle na execução dos gastos,
acompanhamento e avaliação dos riscos, das metas e
objetivos traçados nas leis do orçamento público.

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INTRODUÇÃO

“Nunca na história desse país” se ouviu falar tanto na


expressão “Orçamento Público” (só deve estar perdendo para a
tal “políticas públicas”), sobretudo nas duas últimas décadas,
período em que o Estado tem exercido mais intensamente o
papel de agente protagonista (interventor, regulador,
empreendedor) do desenvolvimento da economia nacional.

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O orçamento público é uma lei que, entre outros aspectos,


exprime em termos financeiros a alocação dos recursos públicos.

Trata-se de um instrumento de planejamento que espelha as


decisões políticas, estabelecendo as ações prioritárias para o
atendimento das demandas da sociedade, em face da escassez de
recursos. Apresenta múltiplas funções - de planejamento, contábil,
financeira e de controle. As despesas, para serem realizadas, têm
que estar autorizadas na lei orçamentária anual.

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No Brasil, como na maioria dos países de regime democrático,


o processo orçamentário reflete a co-responsabilidade entre os
poderes, caracterizando-se por configurar quatro fases distintas:
1 - a elaboração da proposta, feita no âmbito do Poder Executivo;
2 - a apreciação e votação pelo Legislativo;
3 - a sua execução; e
4 - o controle, consubstanciado no acompanhamento e avaliação
da execução.

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Com a estabilização econômica, o orçamento se reveste da


maior importância, na medida em que os valores expressos em
termos reais tendem a não ficar defasados, como ocorria no
período inflacionário.

Em conseqüência, passa a espelhar, com maior nitidez, a


alocação dos recursos, favorecendo o acompanhamento e a
avaliação das ações governamentais, principalmente pelo
contribuinte e seus representantes, colaborando assim, para a
construção de um estado moderno, voltado para os interesses da
sociedade.

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Esta nova realidade demanda a necessidade de difundir


amplamente o conteúdo do orçamento, que expressa o esforço do
governo para atender à programação requerida pela sociedade, a
qual é financiada com as contribuições de todos os cidadãos por
meio do pagamento de seus tributos, contribuições sociais e
tarifas de serviços públicos.

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ORÇAMENTO PUBLICO: Conceitos:

É um ato de previsão de receita e fixação de despesa


para um determinado período de tempo, geralmente de um
ano.

A previsão e a fixação é feita pelo poder Executivo,


enquanto o estudo e a aprovação é pelo poder Legislativo.

O orçamento materializa a ação planejada do Estado


para a manutenção de suas atividades e na execução de
seus projetos.

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É um instrumento que dispõe o poder Público em qualquer de


suas esferas para expressar em determinado período, seu
programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos
recursos a serem obtidos, bem como a natureza e o montante dos
dispêndios a serem efetuados.

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O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento


legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a
estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um
determinado exercício.

No entanto, para que o orçamento seja elaborado


corretamente, ele precisa se basear em estudos e documentos
cuidadosamente tratados que irão compor todo o processo de
elaboração orçamentária do governo.

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É no Orçamento que o cidadão identifica a destinação dos


recursos que o governo recolhe sob a forma de impostos.
Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no
Orçamento. O Orçamento Geral da União (OGU) é o coração da
administração pública federal.

O Orçamento Público é considerado rígido e estático. Rígido


porque não pode ser alterado facilmente depende de aprovação do
Legislativo e Estático porque não muda, exceto com a abertura de
créditos adicionais.

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PRINCÍPIOS.
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para
elaboração e controle do orçamento, que estão definidas na
Constituição, na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano
Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A Lei nº 4.320/64 estabelece os fundamentos da transparência


orçamentária (art. 2o):

"A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e


despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e
o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios da
unidade, universalidade e anualidade".

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• Princípio da Unidade: Cada entidade de direito público deve


possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política
orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existe o
orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município.

• Princípio da Universalidade: A Lei orçamentária deve incorporar


todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública
deve ficar fora do orçamento.

• Princípio da Anualidade: Estabelece um período limitado de tempo


para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o
orçamento deve compreender o período de um exercício, que
corresponde ao ano fiscal.

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COMO O ORÇAMENTO É FEITO.

O Orçamento é elaborado pelos três poderes da República e


consolidado pelo Poder Executivo. Ele precisa ser equilibrado. Ou
seja, não pode fixar despesas em valores superiores aos recursos
disponíveis. Essa limitação obriga o governo a definir prioridades
na aplicação dos recursos estimados. As metas para a elaboração
da proposta orçamentária são definidas pelo Plano Plurianual
(PPA) e priorizadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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•PPA Plano Plurianual – estabelece, de forma regionalizada (No


caso dos Municípios, dar-se por distritos, povoados, bairros e
regiões) as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública
para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como
aquelas relativas a programas de duração continuada (mais de um
exercício financeiro). A vigência da lei que instituir o PPA será de 04
(quatro) anos, ou seja, do segundo ano do mandato do atual Chefe
do Poder Executivo até o término do primeiro exercício.

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• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias – Contempla as metas e


prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, tendo esta a função
de orientar a elaboração e execução dos orçamentos anuais, bem
como dispor sobre as alterações na legislação tributária.

• LOA – Lei Orçamentária Anual – Instrumento autorizador da


arrecadação das receitas e execução das despesas necessárias ao
desenvolvimento das ações e serviços públicos, para cada exercício
financeiro, incluindo os investimentos no sistema econômico.(No
Brasil o exercício financeiro coincide com o ano civil. Isso significa
que o exercício financeiro se inicia em 1º de janeiro e termina em 31
de dezembro).

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Prazos de encaminhamento e vigência, nos âmbitos Federal,


Estadual e Municipal.

Âmbito Federal – Nos termos do quanto disposto na


Constituição Federal, Incisos I, II e III, § 2º, Artigo 35 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, os prazos para
encaminhamento das peças do Orçamento Público são,
respectivamente:
a) PPA – Para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, o projeto de Lei
deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;

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b)LDO – O projeto de Lei deve ser encaminhado até oito meses


e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril), a
ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período
da sessão legislativa;

c) LOA - O projeto de Lei deve ser encaminhado até quatro


meses antes do encerramento do exercício financeiro (30 de
setembro) e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.

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Âmbito Estadual – Constituição de cada Estado da Unidade da


Federação:

a) PPA – Na forma da Lei Complementar (Art. 165, § 9º da


CF/88);

b) LDO – Até 15 de maio, para o exercício subseqüente;

c) LOA – Até 30 de setembro, para o exercício subseqüente.

(informações do Estado da Bahia)

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Âmbito Municipal – Lei Orgânica do Município de


Divinópolis, Artigo 88:

a) PPA – Até 30 de setembro;

b) LDO – Até 15 de maio;

c)LOA – Até 30 de setembro.

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A Lei nº. 4.320/64, preconiza no seu Art. 32 que “Se não


receber a proposta orçamentária nos prazos fixados nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o poder
legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento
Vigente”.

É de grande importância para a compreensão do orçamento


entender os critérios de classificação das contas públicas.

Pela classificação é possível visualizar o orçamento por Poder,


por Instituição, por Função de Governo, por Programa, por
Subprograma, por Projeto e/ou Atividade, ou, ainda por categoria
econômica.

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Várias são as razões por que deve existir um bom sistema de


classificação no orçamento.

Podemos citar algumas:


1) Facilitar a formulação de programas;

2) Proporcionar uma contribuição efetiva para o acompanhamento


da execução do orçamento;

3) Determinar a fixação de responsabilidades;

4) Possibilitar a análise dos efeitos econômicos das atividades


governamentais.

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A Lei estabelece a obrigatoriedade de classificação segundo os


critérios, conforme veremos a seguir:

a) Classificação por Categoria Econômica: o orçamento se


divide em dois grandes grupos: as Contas Correntes e Contas de
Capital.

b) Classificação Funcional Programática: Ela permite a


vinculação das dotações orçamentárias a objetivos de governo. Os
objetivos são viabilizados pelos Programas de Governo. Esse
enfoque permite uma visão de "o que o governo faz", o que tem
um significado bastante diferenciado do enfoque tradicional, que
visualiza "o que o governo compra".

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Em síntese:

· As funções representam as áreas de atuação do Governo;

· Os programas e subprogramas representam os objetivos que


se pretende alcançar;

· Os projetos e atividades representam os meios de alcançar


tais objetivos.

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CRÉDITOS NOS ORÇAMENTOS.

Subdividem em: Créditos Suplementares, Adicionais e Extraordinários.

Na execução orçamentária podem ocorrer incongruências entre os valores


estimados e a necessidade de gasto, tanto por estimativa aquém da realidade
quanto por estimativas além da necessidade de gastos.

Pode ocorrer ainda a necessidade de novos gastos não previstos no


orçamento público inicial, tanto pela demanda da sociedade por algum tipo de
serviço novo, quanto pela demanda por alguma obra pública.

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Para realizar estes eventuais ajustes entre o planejado e a


realidade, o gestor público lança mão de recursos consistentes
em alterações orçamentárias através de abertura de créditos
adicionais.

Entende-se por créditos adicionais as autorizações de


despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei
de Orçamento.

As modalidades de créditos adicionais são as seguintes:

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a) Créditos Especiais – São os destinados a atender a novas despesas que


se tenham tornado necessárias ao longo do exercício financeiro, sem o caráter
de urgência, mas que não tenha sido prevista na Lei Orçamentária Anual.
Dependem de prévia autorização legislativa em lei especial.

b) Créditos Suplementares – São os destinados ao reforço de uma dotação


já existente e dependem de autorização legislativa, que pode ser feita na própria
Lei Orçamentária Anual (CF/88, Art. 165, § 8º) ou em lei especial, a qual deve
conter a indicação da existência de recursos correspondentes para fazer face à
despesa e será precedida de exposição justificativa (Art. 43 da Lei nº.
4.320/64).

65

c) Créditos Extraordinários – São os destinados a atender


despesas extraordinárias, caracterizadas pela urgência e
imprevisibilidade, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública. Independem de prévia autorização
legislativa.

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I - Introdução ao estudo do Planejamento e da Contabilidade


das Instituições Públicas:

1. Estrutura e princípios da Administração Pública.

A Estrutura da Administração Pública é resumida em:


Administração Direta e Administração Indireta.

Esse conceito decorre do sentido formal ou orgânico, haja vista


que privilegia os sujeitos que prestam serviços públicos ou exploram
atividade econômica.

Mas também podemos conceituar a Administração sob o enfoque


material ou funcional, quando são consideradas as atividades desenvolvidas
pelo Estado, por exemplo: interdição de estabelecimento (poder de polícia),
fiscalização de trânsito etc.

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A Administração Pública Direta, também chamada de


Centralizada, é o centro da Administração Pública, compreendendo as
pessoas jurídicas políticas centrais dotadas de função administrativa: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, exercidas por seus Ministérios,
Secretarias e outros.

Já a Administração Pública Indireta ou Descentralizada, é


quando o ente desloca a atividade administrativa para outras pessoas jurídicas
de direito público ou privado, cumprindo funções que seriam do Poder
Público.

Com a complexidade da sociedade, o Poder Público, através do


princípio da especialidade, passou a transferir algumas responsabilidades suas
para parceiros a fim de melhorar a prestação do serviço público.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

PREVISÃO DA RECEITA

As contas que controlam a previsão da receita estão alocadas


dentro do Plano de Contas nos subgrupos
1.9.1.0.0.0.00.00/2.9.1.0.0.0.00.00 - Execução Orçamentária
da Receita.

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01/09/2019

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

FIXAÇÃO DA DESPESA

As contas que controlam a fixação da despesa foram


alocadas nos subgrupos 1.9.2.0.0.00.00/2.9.2.0.0.00.00 -
Execução Orçamentária da Despesa.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Os procedimentos de programação financeira foram definidos


pela Instrução Normativa nº 4 e Norma de Execução nº 3,
ambas de 08 de julho de 1993, da Secretaria do Tesouro
Nacional. Os Órgãos Setoriais de Programação Financeira
(OSPF) registrarão suas Propostas de Programação
Financeira.

71

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

RECEITA: Art.9º da Lei 4.320/64

“Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de


direito público, compreendendo os impostos, as taxas e
contribuições nos termos da Constituição e das leis vigentes
em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao
custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por
essas entidades”.

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01/09/2019

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
A receita, na Administração Pública se origina tanto em
decorrência do poder de império público interno, como do
poder de gerir seu patrimônio econômico-administrativo.

Para J.Teixeira Machado Jr. receita é "um conjunto de ingressos


financeiros com fonte e fatos geradores próprios e
permanentes, oriundos da ação e de atributos inerentes à
instituição, e que, integrando o patrimônio na qualidade de
elemento novo, produz-lhe acréscimos, sem contudo gerar
obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros".

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

Classificação da Receita por Categorias


Econômicas:

 RECEITAS CORRENTES; e
 RECEITAS DE CAPITAL.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

Receitas Correntes
As Receitas Correntes incluem as contas representativas da
Receita Tributária, Contribuições, Patrimonial, Industrial,
Agropecuária, Serviços e outras de natureza semelhante,
bem como as transferências recebidas para atender a
despesas correntes.

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01/09/2019

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

Receitas de Capital
As Receitas de Capital incluem as contas representativas de
constituição de dívidas, conversão em espécie de bens e
direitos, amortizações, utilização de saldos de exercício
anteriores, bem como as transferências recebidas para
atender a despesas de capital.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

DESPESA: Art.12º da Lei 4.320/64

“A despesa será classificada nas seguintes categorias


econômicas: DESPESAS CORRENTES – Despesas de custeio
e Transferências correntes e DESPESAS DE CAPITAL –
Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de
Capital”.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
Definição
Define-se como Despesa Pública o conjunto de dispêndios do
Estado ou de outra pessoa de direito público, para o
funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, a despesa
é parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram
classificadas todas as autorizações para gastos com várias
atribuições e funções governamentais. Em outras palavras, as
despesas públicas formam o complexo da distribuição e
emprego das receitas para custeio de diferentes setores da
administração.

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01/09/2019

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
Lei de Responsabilidade Fiscal: LC-101 de
04 de maio de 2000.
Definida como novo modelo de gestão, pois
estabelece que o governante deve buscar o
equilíbrio entre as aspirações da sociedade e os
recursos que esta coloca à disposição do governo.
Umas das transparências que a lei impõe é a
audiência pública que deve ser feita fevereiro, maio
e setembro, para a avaliação das metas fiscais de
cada quadrimestre.

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PLANO DE CONTAS

Introdução

O Plano de Contas da Administração Pública Federal é


representado por um conjunto de títulos, organizados e
codificados com o propósito de sistematizar e uniformizar o
registro contábil dos atos e fatos de gestão, e permitir a
qualquer momento, com precisão e clareza, a obtenção dos
dados relativos ao patrimônio.

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PLANO DE CONTAS

Introdução

O Plano de Contas tem o propósito de atender, de maneira


uniforme e sistematizada, ao registro contábil dos atos e
fatos relacionados com os recursos colocados à disposição
dos Órgãos da Administração Direta e Indireta, de forma a
proporcionar maior flexibilidade no gerenciamento e
consolidação dos dados e atender às necessidades de
informações em todos os níveis da Administração Pública
Federal.

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01/09/2019

PLANO DE CONTAS
Estrutura
1-ATIVO
1.1 - CIRCULANTE
1.2 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.4 - PERMANENTE
1.9 - COMPENSADO

2- PAS S I V O
2.1 - CIRCULANTE
2.2 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.3 – RES. DE EXERCÍCIOS FUTUROS
2.4 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.9 - COMPENSADO

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PLANO DE CONTAS

3-DESPESA
3.3 - DESPESAS CORRENTES
3.4 - DESPESAS DE CAPITAL

4-RECEITA
4.1 - RECEITAS CORRENTES
4.2 - RECEITAS DE CAPITAL
4.9 - * DEDUÇÕES DA RECEITA

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PLANO DE CONTAS
5 - RESULTADO DO EXERCÍCIO(-)
5.1 - RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
5.2 - RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO

6- RESULTADO DO EXERCÍCIO (+)


6.1 - RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
6.2 - RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO
6.3 - RESULTADO APURADO

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01/09/2019

CONTAS

Conta é o título representativo da formação, composição,


variação e situação de um patrimônio, bem como de bens,
direitos, obrigações e situações nele não compreendidas,
mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo,
exigindo por isso controle específico.

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CONTAS
As contas são agrupadas segundo suas funções,
possibilitando:
 identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil,
pelo método das partidas dobradas, dos atos e fatos de
gestão, de maneira uniforme e sistematizada;
 conhecer a situação dos responsáveis que, de algum
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas e
administrem ou guardem bens pertencentes ou confiados a
uma gestão;
 determinar os custos dos serviços industriais; ·
acompanhar e controlar a execução orçamentária,
evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a
realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada,
realizada e as dotações disponíveis;
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CONTAS
 elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e
Patrimonial, a Demonstração das Variações e dos
Resultados;
 conhecer a composição e situação do patrimônio
analisado;
 analisar e interpretar os resultados econômicos e
financeiros;
 individualizar os devedores e credores, com a
especificação necessária ao controle contábil do direito ou
obrigação; e
 controlar contabilmente os direitos e obrigações oriundos
de ajustes ou contratos de interesse da gestão.

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01/09/2019

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Critérios de Classificação do Ativo
O Ativo representa os bens e direitos, demonstrando as
aplicações dos recursos. As contas do Ativo estão dispostas
no Plano de Contas em ordem decrescente de grau de
liquidez.

Critérios de Classificação do Passivo


O Passivo representa as obrigações, demonstrando a
origem dos recursos. As contas do Passivo estão dispostas
no Plano de Contas em ordem decrescente de grau de
exigibilidade.

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CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Critérios de Classificação das Despesas
A despesa compreende os recursos despendidos na gestão,
a serem computados na apuração do resultado do exercício,
desdobradas nas seguintes categorias econômicas:
Despesas Correntes e de Capital.

Critérios de Classificação das Receitas


A receita compreende os recursos auferidos na gestão, a
serem computados na apuração do resultado do exercício,
desdobrados nas seguintes categorias econômicas: Receitas
Correntes e de Capital.

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CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Critérios de Classificação do Resultado (-)
O Resultado Diminutivo do Exercício contém os seguintes
grupos: RESULTADO ORÇAMENTÁRIO e RESULTADO
EXTRA-ORÇAMENTÁRIO.

Critérios de Classificação do Resultado (+)


O RESULTADO AUMENTATIVO DO EXERCíCIO compreende os
seguintes grupos de contas: RESULTADO ORÇAMENTÁRIO;
RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO e RESULTADO
APURADO.

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01/09/2019

SISTEMAS DE CONTAS
Na Contabilidade Pública as contas do Plano de Contas são
separadas em sistemas de contas independentes, para facilitar
a elaboração dos balanços e demonstrativos.

Esses sistemas são classificados em:


 SISTEMA FINANCEIRO;
 SISTEMA PATRIMONIAL;
 SISTEMA ORÇAMENTÁRIO; e
 SISTEMA DE COMPENSAÇÃO.

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SISTEMAS DE CONTAS
SISTEMA FINANCEIRO

O Sistema Financeiro está relacionado com os ingressos


(entradas) e os dispêndios (saídas) de recursos, ou seja, com o
registro dos recebimentos e pagamentos de natureza
orçamentária e extra-orçamentária.
As principais contas do sistema financeiro estão relacionadas
com as contrapartidas do grupo "Disponível", visto que este
grupo representa dentro de qualquer órgão ou entidade as
entradas e saídas de recursos.

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SISTEMAS DE CONTAS
SISTEMA PATRIMONIAL

Sistema Patrimonial registra os bens móveis, imóveis,


estoques, créditos, obrigações, valores, inscrição e baixa da
dívida ativa, operações de créditos, superveniências e
insubsistências ativas e passivas, etc.
No Sistema Patrimonial, os lançamentos de incorporação ou
desincorporação de ativos e passivos, são feitos fechados
dentro desse sistema, mesmo que o fato venha a acarretar
uma entrada ou saída de recurso (Sistema Financeiro).

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01/09/2019

SISTEMAS DE CONTAS
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

O Sistema Orçamentário é representado pelo atos de natureza


orçamentária, tais como: previsão da receita, fixação da
despesa, descentralização de créditos, empenho da despesa.
No Sistema Orçamentário é feita a comparação da receita
prevista com a sua realização e da despesa fixada com a sua
realização, para isso é necessário que os fatos de arrecadação
da receita e liquidação da despesa passem por este sistema.

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SISTEMAS DE CONTAS
SISTEMA DE COMPENSAÇÃO

O Sistema de Compensação é representado pelos atos praticados


pelo administrador que não afetam ao Patrimônio de imediato mas
que poderão vir a afetá-lo.
Esses atos são:
 AVAIS;
 ACORDOS;
 AJUSTES;
 CAUÇÕES;
 FIANÇAS; etc.
Como se pode observar, o Sistema de Compensação compreende,
apenas, as contas com função específica de controle, relacionadas
com as situações não compreendidas no patrimônio mas que
possam vir a afetá-lo.
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis são instrumentos de análise e


controle em nível gerencial (tomada de decisão), demonstrando
as situações econômico-financeira e patrimonial do exercício
estando as informações disponíveis nos Balanços
Orçamentário, Financeiro, Patrimonial, Demonstração das
Variações Patrimoniais e Demonstração das Disponibilidades
Financeiras por Fonte de Recursos.

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01/09/2019

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis representam o resultado das


operações relacionadas às origens e aplicação de recursos
pelos Órgãos da Administração Pública Direta e Indireta.
Através das demonstrações contábeis torna-se possível o
conhecimento dos valores dos bens, dos direitos e das
obrigações dos agentes que arrecadam receitas, efetuam
despesas, administram ou guardam os bens pertencentes à
União.

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS
Procedimentos de análise e a verificação do Balanço
Orçamentário: Pode ser feita por órgão/gestão, por gestão e tipo
de identificação, tem como fator predominante preparar os
indicadores que servirão de suporte para a avaliação da gestão
orçamentária.
O Balanço Orçamentário é um quadro com duas seções: receitas e
despesas e cada uma delas apresenta três colunas:
 Receitas - Primeira coluna – Receita Prevista; Segunda coluna –
Execução da Receita; e Terceira coluna – Diferença entre a receita
prevista e a execução da receita
 Despesas: Primeira coluna – Despesa Fixada (Dotação);
Segunda coluna – Execução da Despesa; e Terceira coluna –
Diferença entre a Dotação e a Execução da Despesa.

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS
Procedimentos de análise e a verificação do Balanço Financeiro:
Ele demonstrará os ingressos (entradas) e dispêndios (saídas) de
recursos financeiros a título de receitas de despesas
orçamentárias, bem como os recebimentos e pagamentos de
natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos de
disponibilidades do exercício anterior e aqueles que passarão para
o exercício seguinte, de acordo com o art.103, da Lei 4.320/64.
Na elaboração do Balanço Financeiro são utilizados critérios
diferenciados para os ingressos e dispêndios orçamentários e
extra-orçamentários, pelas características peculiares de contas
patrimoniais e de resultado.

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS
Procedimentos de análise e a verificação do Balanço Patrimonial:
A análise e verificação do Balanço Patrimonial pode ser feita por
Órgão/Gestão, por Gestão e tipo de Administração. Tem como
objetivo predominante preparar os indicadores que servirão de
suporte para a avaliação da gestão do patrimônio.
O Balanço Patrimonial é um quadro com duas seções: Ativo e
passivo, representando,respectivamente, os bens e direitos e as
obrigações.

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