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Administração Financeira e Orçamentária
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Administração Financeira e Orçamentária
Sumário
Olá! Boas-Vindas!........................................................................................................................... 2
1. Atividade Financeira ................................................................................................................ 5
1.1 Introdução .............................................................................................................................. 5
1.2 Breve Histórico ....................................................................................................................... 5
1.3 Poder de Tributar e Atividade Financeira ............................................................................... 5
2. Estudo do Orçamento Público ................................................................................................. 8
2.1 Princípios Orçamentários ....................................................................................................... 8
2.1.1 Princípio da Unidade | Totalidade ....................................................................................... 9
2.1.2 Princípio da Universalidade ................................................................................................ 9
2.1.3 Princípio da Anualidade .................................................................................................... 11
2.1.4 Princípio da Exclusividade ................................................................................................ 12
2.1.5 Princípio do Orçamento Bruto ........................................................................................... 12
2.1.6 Princípio da Legalidade..................................................................................................... 13
2.1.7 Princípio da Publicidade .................................................................................................... 14
2.1.8 Princípio da Transparência ............................................................................................... 14
2.1.9 Princípio da Não Afetação ................................................................................................ 15
3. Planos Orçamentários............................................................................................................ 17
3.1 Plano Plurianual – PPA ........................................................................................................ 18
3.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO ................................................................................ 20
3.3 Lei Orçamentária Anual - LOA ............................................................................................. 23
3.4 Técnicas Orçamentárias ...................................................................................................... 26
4. Ciclos Orçamentários ............................................................................................................. 28
5. Processo Legislativo .............................................................................................................. 29
6. Vedações Orçamentárias....................................................................................................... 32
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Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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1. Atividade Financeira
1.1 Introdução
Quando vamos estudar Direito Financeiro, vários outros termos poderiam ser denomina-
dos em nosso edital, como por exemplo: Administração Financeira e Orçamentária (AFO). Assim,
seja AFO, Finanças Públicas e/ou Direito Financeiro estaremos narrando e compreendendo pela
mesma temática. Lembro ainda que quando tratamos de qualquer destes temas, eles se equiva-
lem em praticamente 90% do que poderá ser cobrado e/ou exigido em sua prova.
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públicas.”1
Considerando a necessidade de manter os entes competentes, os mesmos deverão ob-
servar os princípios balizadores, seja para obtenção de recursos, seja para realização de gastos.
Tudo isto com base no que disposto em nossa Constituição Federal.
Ainda, entende Piscitelli:2
... a obtenção de receitas e a realização de despesas está na base desse conceito, natu-
ralmente que devemos perguntar como e mediante quais condições, do ponto de vista
formal e material, as receitas são obtidas e podem ser gastas. Isso implica um estudo
detalhado (i) do orçamento público, como peça responsável pela delimitação das receitas
e despesas em um dado exercício, (ii) das formas, condições e limites de obtenção de
receita para fazer frente às despesas fixadas; e (iii) das formas, condições e limites de
gasto do dinheiro público e, assim, os métodos de aplicação e dispêndio das receitas. Tal
detalhamento será realizado nos capítulos subsequentes.
Ademais, será que bastará a existências de receitas para que os entes possam gastar e
assim manter os seus deveres básicos com toda sociedade? A resposta é não, eis que os mes-
mos deverão prever, planejar, ter um orçamento, com a finalidade de justificar e atingir seus
propósitos de gestão. Exercer de forma racional seus propósitos é a forma de perseguir e atender
as finalidades coletivas.
Estará obrigado à presente racionalização das receitas e despesas todas as esferas da
administração pública? A resposta é negativa, eis que, via de regra, os órgãos da administração
indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista) não se incluem neste princípio, eis
que suas atividades estarão reguladas na forma dos setores privados. Assim apenas os entes,
exercendo suas atividades próprias estarão albergadas pela atividade financeira.
Mas acaso estas sociedades de economia mista e/ou empresas públicas receberem di-
nheiro público, não estarão controladas pelo Tribunal de Contas, por exemplo? A resposta é sim,
eis que, inobstante tenham por observância a legislação privada, eles poderão ter seus atos
controlados pelos Tribunais de Contas na forma do artigo 71, II da Constituição Federal. Desta
forma já decidiu inclusive o Supremo Tribunal Federal nas seguintes demandas: MS 25.092 e
MS 25.181.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e va-
lores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades ins-
tituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
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Assim, diante do que todo exposto, o direito financeiro terá por conduta orientar e disci-
plinar a vida financeira dos estes públicos, mais especificadamente no que diz respeito às recei-
tas, despesas e orçamento público.
Por fim, e não importante para que depois possamos adentrar ao orçamento público,
vamos estudar alguns dos princípios mais importantes das finanças públicas e/ou direito finan-
ceiro, quando do estudo do orçamento público. Entretanto, antes de irmos aos orçamentos será
necessário gravar alguns conceitos importantes que veremos ao decorrer das aulas do curso.
a) PPA → Plano Plurianual → Visão estratégica da gestão.
b) LDO → Lei de Diretrizes Orçamentárias → Ajustará metas anuais fatiadas do PPA.
c) LOA → é o orçamento onde serão estimadas as receitas e fixadas as despesas.
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Todo Processo
Orçamentário Previsão de receitas e
Exclusividade
fixação de despesas
Orçamento divulgado de
Publicidade
forma ampla
Arrecadação Impostos =
Não Vinculação
Não Destinadas
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LOA, eis que é cediço que durante o curso do ano poderão ocorrer a necessidade de créditos
extraordinários. Logo, estes créditos inicialmente não estarão, porém, após sua devida abertura
serão inseridos na LOA através de retificação.
Lembra-se ainda que tais créditos extraordinários, referente as despesas não planeja-
das, entrarão na LOA de forma mais rápida, sem prévia análise do legislativa e sem indicação
prévia de recursos.
Perguntinha de prova: poderá o Poder Público fazer uso do dinheiro sem registrar na
LOA? A resposta é negativa.
Único documento
Receitas orçamentárias
apenas
Universalidade
Poder Público poderá utilizar
dinheiro sem registrar? Não
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Lei 4.320/64
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordi-
nários.
Anualidade
Exceção:
Todo Processo a) Reabertura do Crédito Especial
Orçamentário e Extraordinário
Exclusividade
Exceção:
a) Autorização - Abertura de
Créditos Suplementares
b) Autorização - Contratação de
Operações de Créditos
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Lei 4.320/64
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão,
como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no
orçamento da que as deva receber.
Igualmente é importante referir que o candidato não poderá confundir o referido princípio,
com aquele da especificação eis que este último refere-se apenas e tão somente a necessidade
de descriminar a origem e destino do montante.
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Legalidade
Exceção:
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LRF – Art. 48
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulga-
ção, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relató-
rio Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.
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Art. 48 da LC 101
Art. 167 da CF
São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repar-
tição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §
8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
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Cuidado:
a) Dos demais tributos sim.
b) Art. 167, IV - Repartições Tributárias -
sim.
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3. Planos Orçamentários
Logo, será de iniciativa (proposição) do Poder Executivo a criação dos seguintes orça-
mentos | planos:
a) PPA → Plano Plurianual → Unidade por cada 4 anos → Plano Estratégico
b) LDO → Lei de Diretrizes Orçamentárias → 1 por cada ano → Plano Tático
c) LOA → Lei de Orçamento Anual →1 por cada ano
Entretanto, é importante ressaltar que não são apenas estes os planos previstos em
nossa Constituição Federal. Podemos citar o Plano Nacional de Saúde (3 anos) e o Plano Naci-
onal de Educação (10 anos), tudo isto conforme o que disposto no artigo 165, §4º da CF.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacio-
nal.
Mas afinal do que contas o que é o PPA? Este é o plano que irá estabelecer as priorida-
des de governo nos seus 4 anos de governança. Ademais no PPA, os demais planos também
deverão fazer parte.
Já a LDO é um recorte da PPA (fatiamento), ou seja, apontará as prioridades do que
deverá ser realizado no último ano. Assim a LDO irá virar lei em determinado ano, mas com o
foco no ano seguinte e que irá virar a LO.
Por fim a LOA irá fixar às despesas e trazer a previsão de receitas.
Lembrando que todos estes planos, apesar de serem de iniciativa do governo, deverão
ser levados a apreciação do Poder Legislativa para apreciação.
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Mas lembre-se: trata-se de função típica do Poder Executivo. Prova disto que se o Chefe
do Executivo não elaborar, ele responderá por crime de responsabilidade.
Muita atenção: o prazo de duração do PPA, já que apresentado no primeiro ano do go-
verno, serão contados do segundo ano do mandato até o término do primeiro ano seguinte do
novo mandado (seja do governo atual ou novo governo).
O PPA será enviado, na esfera federal, até o dia 31de agosto e deverá ser devolvido até
o dia 22 de dezembro. Lembra-se ainda que cada ente competente poderá dispor de prazo pró-
prio. Tal prazo mencionado é da esfera federal.
Acaso não for aprovado o PPA no prazo, o Congresso Nacional igualmente entrará em
recesso, permitindo-se convocação extraordinária para votação do mesmo conforme o que dis-
posto no artigo 57 da Constituição Federal.
Retornando o PPA do Congresso Nacional, o Presidente da República terá prazo de 15
dias úteis para sancionar e publicar.
Assim, conforme já exposto, o PPA será de competência privativa do Presidente da Re-
pública, em se tratando de PPA da União. Importante ressaltar que o mesmo não poderá se
delegado e deverá ter abrangência nacional.
O PPA Federal poderá adotar critérios macrorregionais, internacionais e nacionais, tudo
isto para atender as prioridades de cada região do país.
No tocante as aspectos formais e materiais o PPA não estará preocupada em discriminar
receita e despesa de forma objetiva. Por exemplo: teremos despesas que estarão na LOA, mas
não estarão no PPA, por exemplo.
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Agora tenha muita cuidado: a gasolina, por exemplo, é despesa corrente e não de capital,
e logo não estará no PPA. Lembrando que a despesa de capital é aquela que contribuirá positi-
vamente para aquisição/formação de capital. As inversões financeiras não precisarão estar no
PPA.
Assim se lhe perguntarem na prova: despesa continuada para construção de um ginásio
e que durará mais de 1 ano, precisará estar no PPA? Sim, eis que trata-se de despesa que
perdurará por mais de 1 ano.
*Para todos verem: esquema.
Diretrizes
Estratégico Metas
Atenção:
a) Competência do Presidente
b) Não poderá ser delegada
c) Critérios Regionais
d) Não terá qualquer despesa
Objetivos
Iniciativa P. Executivo
(art. 165, I da CF) 4 anos contados do segundo
Duração de 4 anos ano do mandato até o término
do primeiro ano seguinte
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Logo as LDO´s irão definir as metas e prioridades do governo para o próximo ano. Mas
lembre-se que aqui serão metas táticas, eis que as metas à longo prazo estarão estabelecidas
no PPA.
As LDO´s terão, igualmente, iniciativa do Chefe do Poder Executivo e serão elaborados
no ano anterior a LOA. Logo, a LDO de 2020 irá orientar a LOA de 2021, lembrando que precisará
virar lei ainda no ano de 2020, tudo isto com a finalidade de orientar à melhor direção e utilização
dos recursos frente as despesas fixadas na LOA do ano seguinte.
O conteúdo de uma LDO será estruturado na forma do artigo 165, §2º da CF:
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Art. 165 da CF
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo
menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fis-
cais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentá-
ria anual para a continuidade daqueles em andamento.
Qual será o prazo para aprovação de uma LDO? Lembramos inicialmente que cada ente
poderá fixar o seu prazo. Ademais, tratando-se da esfera federal, o Presidente da República terá
prazo de até 15 de abril para apresentar a LDO. Já o Congresso Nacional terá o prazo até o dia
17 de julho para devolução. Da devolução o Presidente terá o prazo de 15 dias úteis para sanci-
onar e publicar, sob pena de crime de responsabilidade.
Pergunta de prova? Para aumentar despesa com pessoal, deverá existir autorização na
LDO e dotação na LOA? Sim, via de regra, deverá ter tal autorização e dotação, sem prejuízo do
processo de fiscalização com base na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mas cuidado: em situação de calamidade (via pandemia), é possível contratar tempora-
riamente, sem autorização na LDO e sem que exista inclusive dotação orçamentária na forma
da Emenda Constitucional 106/2020 – art. 2º.
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Metas
Lei de Responsabilidade
Tático
Fiscal - Anexos:
a) Meta fiscal (regra)
b) Risco fiscal (passivos Prioridades l Diretrizes de
fiscais) Políticia Fiscal
c) Conteúdo específico
(projeções)
Metas e prioridades
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Não altera legislação tributária, mas tão Condições e exigências transf. recursos
somente sugere modificações
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Art. 165 da CF
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
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administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Pú-
blico;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituí-
dos e mantidos pelo Poder Público.
Estatais não controladas não precisarão Estatais controladas (maior parte do capital
demonstrar os valores dos recursos públicos social)
investidos na LOA
Mas atenção: o orçamento para seguridade social não terá como finalidade reduzir a
desigualdade social, eis que para este, deverá existir um tratamento isonômico.
As presentes Lei Orçamentárias Anuais terão vigência no ano civil, ou seja, entre 01 de
janeiro até 31 de dezembro, também chamado em provas de exercício financeiro.
Ainda, deverão as LOA´s de cada ente ter alguma reserva para algum imprevisto? A
resposta é positiva, ou seja, deverão ter uma reserva de contingência para situações de emer-
gência. A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara ao afirmar que todos os entes deverão ter a
referida reserva. Quem definirá o montante à ser reservado serão as LDO´s de cada ente, através
de dotação global (percentual), definindo igualmente as LDO´s os critérios de utilização.
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destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Poupança na LOA
Após 1964 o Brasil passou adotar o modelo de Orçamento Programado, tendo como
base a própria Lei 4.320/64. Tal orçamento apresenta as seguintes características:
a) Foco no objetivo (resultado);
b) Planejamento;
c) Controle e Avaliação de Gastos;
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Nada obsta afirmar que junto ao Orçamento Programado, alguns governos utilizaram da
metodologia do Orçamento Participativo em suas gestões.
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4. Ciclos Orçamentários
Para muitos doutrinadores, apresentamos duas visões sobre o ciclo orçamentário. Po-
deremos dizer sobre a existência de uma visão básica e uma visão estendida. Entretanto, apesar
destas visões, trabalharemos aqui com a visão básica, que para efeitos de prova, é a mais lem-
brada pelos examinadores.
Mas afinal de contas, quais são as etapas do ciclo orçamentário, quando da elaboração
dos planos orçamentários:
1º) Elaboração → P. Executivo
2º) Aprovação → Poder Legislativo
3º) Execução → P. Executivo
4º) Controle e Fiscalização → P. Legislativo auxiliado pelo Tribunal de Contas.
Logo, em rápido e breve resumo, compreendemos que este ciclo terá um início, meio
e fim.
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5. Processo Legislativo
Uma vez elaborados os planos orçamentários de iniciativa do Poder Executivo, eles che-
garão até o Poder Legislativo para que lá sejam discutidos, aprovados e fiscalizados. Logo a
aprovação destes planos dependerá de prévia discussão e votação.
Daí já realizamos a primeira pergunta: quando da discussão estes planos poderão ser
alterados? A resposta é positiva, e em se tratando da LOA, por exemplo, as mudanças poderão
ocorrer através de emendas parlamentares.
Uma vez apresentadas tais emendas parlamentares, será proposta nova discussão e
votação pelos membros do Congresso Nacional (sem se tratando de planos orçamentários fede-
rais). Uma vez aprovados, serão remetidos novamente até o Chefe do Executivo para sanção e
publicação.
Lembramos ainda que cada ente terá seus planos orçamentários e processos próprios.
Outra questão bastante importante é de que não poderá ocorrer a confusão entre o pro-
cesso legislativo comum e o processo legislativo orçamentário, eis que por exemplo: o processo
legislativo comum será iniciado, sob a ótica federal, dentro de uma das casas do Poder Legisla-
tivo, seja no Senado ou na Câmara dos Deputados. Já o processo legislativo orçamentário será
remetido diretamente a Mesa Diretora do Congresso Nacional.
Logo, é preciso dizer que o procedimento legislativo orçamentário apresenta regras pró-
prios e que somente poderá adotar as regras atinentes ao processo legislativo comum, o que
não contrariar as regras específicas do artigo 166 da CF, conforme preceitua o parágrafo 7º do
referido texto constitucional.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Assim, tendo como base o Projeto de Lei Orçamentário Anual Federal passaremos a
estudar o procedimento legislativo orçamentário conforme o que disposto na Constituição Fede-
ral. Logo, uma vez proposto o PLOA, o Presidente enviará para o Congresso Nacional até o dia
31 de agosto.
A propósito, este PLOA poderá ser emendada acaso ocorra defasagem na previsão das
receitas? A resposta é positiva, e isto ocorrerá através de um novo projeto de lei.
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De que forma será enviado o PLOA? Será enviado através de mensagem presidencial,
de forma eletrônica. Tal mensagem será encaminhada através do Sistema Integrado de Plane-
jamento e Orçamento à Mesa Diretora do Congresso Nacional.
Após análise da Mesa Diretora, o PLOA será encaminhado para Comissão Mista de Or-
çamento que será composta por 40 parlamentares das duas casas. Tal comissão mista será
permanente, porém renovada a cada ano. Atualmente é regulada pela Resolução nº 01/06 do
Congresso Nacional.
Ademais, será igualmente possível que um parlamentar venha modificar a dotação orça-
mentária, retirando recursos alocados para atender a determinada rubrica para atender outra de
seu melhor interesse. Logo o parlamentar poderá anular uma despesa, apropriando-se de um
recurso, desde que, atenda aos requisitos acima expostos.
Entretanto, existem despesas que jamais poderão ser anuladas:
1º) Despesa com Pessoal e Seus Encargos;
2º) Serviços da Dívida;
3º) Transferências Constitucionais Tributárias.
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Sobre a reestimativa de receitas, sempre é importante ressaltar que elas poderão ser
feitas seja pelo Poder Executivo, mas também pelo Poder Legislativo quando da análise do PLO.
Normalmente o PLO tem suas receitas reestimadas quando ocorre omissão ou erro. Lembro
ainda se a receita diminuir, chamaremos de emenda supressiva, logo não será necessário indicar
à fonte.
Igualmente, questiona-se: quais serão as fontes para que ocorram emendas parlamen-
tares?
1º) A primeira fonte será aquela decorrente de anulação de despesas (poderá ser total
ou parcial);
2º) Já a segunda fonte será aquela decorrente de reestimativa de receita.
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6. Vedações Orçamentárias
Reza o artigo 167 da Constituição Federal quais são as condutas e/ou matérias que não
poderão ser incluídos (vedadas) quando da elaboração dos orçamentos públicos por nossos
gestores.
Sobre as vedações no que tange à execução orçamentária, podemos destacar os incisos
I, VI, VIII, X, XII e XIV. Nestes temas vamos encontrar importantes informações e limitações ao
andamento e propostas de orçamento, suas limitações para realização de receitas e fixação dos
gastos.
Já sobre abertura de créditos adicionais, é importante que o aluno conheça do artigo 167
mais dois incisos: VII e V.
Por fim, sobre as discriminações das receitas e despesas, a leitura deverá percorrer o
artigo 167 da Constituição Federal, e os respectivos incisos II, III e IV.
Já sobre a Execução Orçamentária, é muito importante que o aluno conheça da dispo-
nibilidade (ciclo) financeira das unidades orçamentárias:
a) Empenho.
b) Nota de Empenho
c) Liquidação
d) Ordem de Pagamento
e) Pagamento
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movimentação (dotação) que órgão central para os órgãos setoriais. Ademais, quando tratar-se
de descentralização interna, vamos chamar de provisão. Entretanto quando ocorrer entre estru-
turas externas, ou seja, entre órgãos distintos, vamos nominar de Destaque.
Já no que tange a descentralização financeira, ou seja, dos recursos, teremos o repasse
da cota financeira do órgão central aos órgãos setoriais. Tratando-se da movimentação entre
órgão de unidades vinculadas vamos nominar de Sub-Repasse. Entretanto, acaso ocorra entre
órgãos distintos, vamos nominar de Repasse.
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