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Orçamento Público

Conceito:
- Lei de Iniciativa do Chefe do Poder do Executivo, competência privativa, apesar de ser
privativa ela é vinculada, indelegável;
Obs.: Competência, pode ser, privativa (delegável) ou exclusiva (indelegável)
- Aprovada pelo Poder Legislativo;
- Que Estima/ Prever receitas e Fixa/Estima despesas;
Obs.: não se fixa receitas e não se prever despesas.
Obs.2: para se aumentar/alterar a estimativa das despesas é necessário LEI
- Para um determinado Exercício Financeiro (período de tempo).

Natureza Jurídica do Orçamento:


- Lei Formal (não cria direito subjetivos e não modifica as leis, sendo de competência
do Executivo)
- Lei Ordinária (aprovada por maioria simples)
- Lei Temporal (vigência limitada)
- Lei Especial (conteúdo determinado e processo legislativo específico)

Espécies, Tipos e Técnicas do Orçamento:


Pode ser classificado em Autorizativo (em vigor no Brasil), o legislativo autoriza o
orçamento para que o executivo possa executar o que está previsto em lei, de forma
discricionária, e Impositivo;

Espécies de Orçamento:
I - Tradicional ou Clássico;
Pedido de autorização de gastos; dissociação entre planejamento e orçamento;
despreocupação em atender as necessidades da população; Só previsão de receita e
Autorização de despesas; predomina incrementar o orçamento
II - Desempenho ou por Realizações;
Preocupação no objeto do gasto e programa de trabalho; desvinculação entre
planejamento e orçamento
III - Base Zero ou por Estratégia;
Não guarda relação com valor de ano anterior, cada item de despesa era uma nova
iniciativa de despesa (pacotes de decisão); não utilizam o orçamento do ano anterior
como base para valor inicial mínimo.
IV - Programa;
Modelo atual, utilizado na maioria dos entes federativos; integração planejamento e
orçamento; maior precisão na elaboração dos orçamentos; estabelecimento de
objetivos e metas; previsão de custos; gastos devem estar vinculado a uma finalidade
pública; controle de eficiência, eficácia e efetividade
V - Participativo;
Participação da população; alocação de recursos conforme demanda social; exercício
da cidadania; audiências públicas

Exercício Financeiro – período no qual o orçamento estará em vigor, de acordo com o


art. 34 da Lei 4.320/64, ele coincide com o ano civil (365 ou 366 dias) de 01/jan até
31/dez
Execução Orçamentária – ocorre dentro do exercício financeiro, sendo ela, a
ARRECADAÇÃO das receitas prevista e o EMPENHO (assumir compromisso) das
despesas fixadas (créditos orçamentários).
Estágios da Receita e Despesa:
Receita: Despesa:
Previsão Fixação
Lançamento Empenho (regime de competência)
Arrecadação (regime de caixa) Liquidação
Recolhimento Pagamento

Funções do Estado na Economia:


Funções do governo: tem relação com a área de gasto, por exemplo, cultura, saúde,
segurança, educação.
Sendo assim, difere-se do Programa de Governo, já que este surge através das
demandas/ações de governo, como por exemplo, gestão, manutenção e serviços ao
Estado.
Um governo possui funções alocativas, distributivas e estabilizadoras.
Função Alocativa: relaciona-se à alocação de recursos por parte do governo a fim de
oferecer bens públicos (ex. rodovias, segurança), bens semipúblicos ou meritórios (ex.
educação e saúde), desenvolvimento (ex. construção de usinas), etc.;
Função Distributiva: é a redistribuição de rendas realizada através das transferências,
dos impostos e dos subsídios governamentais. Um bom exemplo é a destinação de
parte dos recursos provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço o
qual é mais utilizado por indivíduos de menor renda;
Função Estabilizadora: é a aplicação das diversas políticas econômicas a fim de
promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do
mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos.

Sistema Constitucional de Planejamento:


- Determinante para o setor público e indicativo para o setor privado
- Princípio da Autonomia Federal
- Unitário para cada ente da Federação
- Múltiplos instrumentos, coordenados entre si
- Aprovação prévia pelo Poder Legislativo (leis ordinárias)

Instrumentos Legais:
Plano Plurianual (PPA) – planejamento de médio prazo (4 anos), estabelece diretrizes,
objetivos e metas (DOM) principais e outros assuntos. É o planejamento máximo do
Ente.
Lei ordinária de iniciativa do Chefe do Poder Executivo; de forma Regionalizada; define
“DOM”; sobre despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a
programas de duração continuada; amplitude a toda a administração pública federal;
deve incluir investimentos com execução superior a 1 ano.
Devem ter compatibilidade com o PPA:
- Planos e programas nacionais, regionais e setoriais da CF;
- Orçamentos fiscal e de investimento;
- Emendas à LDO e à LOA;
Vigência:
- Até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente.
- 4 anos.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): “ponte” de conexão entre o PPA e os orçamentos


anuais. Orienta a elaboração da LOA e outros assuntos.
*Lei ordinária de iniciativa do Chefe do Poder Executivo; orienta a elaboração das
LOAS; metas e prioridades da Administração Pública Federal; diretrizes de política
fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida
pública; alterações na legislação tributária; política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
Lei Orçamentária Anual (LOA): constitui o orçamento propriamente dito. Lei ordinária de
vigência anual.
Divisões da LOA: I - Orçamento Fiscal; II – Orçamento da Seguridade Social; III –
Orçamento de Investimento das “estatais”.
Funções: Prever Receita; Fixar Despesa; Autorizar e Orçar operações de crédito;
Autorizar operações de crédito por antecipação de receitas orçamentárias (AROs);
Autorizar créditos suplementares.

Prazos de Envio e Devolução dos Instrumentos de Planejamento:


Envio – o Chefe do Executivo envia para o Poder Legislativo:
Art. 166 da CF. Os projetos de lei do PPA, LDO e LOA serão enviados pelo Presidente da
República ao Congresso Nacional, nos termos da Lei Complementar
O projeto do PPA será encaminhado até 4 meses antes do encerramento do PRIMEIRO
exercício financeiro. Até 31/08
O projeto de LDO será encaminhado até 8 meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro. Até 15/04
O projeto de LOA será encaminhado até 4 meses antes do encerramento do exercício
financeiro. Até 31/08

Devolução – o Poder Legislativo avalia e reenvia ao Poder Executivo:


*PPA – devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; Até 22/Dez
*LDO – devolvido para sanção até o encerramento do PRIMEIRO PERÍODO da sessão
legislativa; Até 17/Jul
*LOA – devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Até 22/Dez
Obs.: O projeto de LDO deve ir para o Legislativo e ser devolvido para sanção de forma
mais rápida até antes de 31/08, pois a LOA depende da LDO para ser projetada.

Sessão Legislativa:
1º Período – 02/fev até 17/jul -> LDO
2º Período – 01/ago até 22/dez -> PPA e LOA
Obs.: A sessão legislativa (1º período) não será interrompida sem aprovação do projeto
de LDO;
Ciclo Orçamentário:
É um processo contínuo, dinâmico e flexível.
- Exemplo, Projeto de LOA 2024

Elaboração do Projeto (Poder Executivo) - 2023


O Executivo tem até o dia 31/08 para realizar o envio ao Legislativo
Apreciação, Aprovação, Sanção e Publicação (Poder Legislativo) - 2023
Vai ser realizada o estudo, a discussão do projeto. Divide-se em duas partes:
*Estudar e Discutir, propor emendas. (cabe ao Legislativo)
*Sancionar e Publicar até 22/dez. (cabe ao Executivo)
Execução (Poder Executiva) - 2024
Execução Orçamentária 1/jan a 31/dez (arrecadação de receitas e empenho das
despesas)
Avaliação e Controle - 2025 em diante
O Executivo envia ao Legislativo a prestação de contas sobre a LOA exercida, para ser
analisada com a ajuda do Tribunal de Contas.

Controle da Execução Orçamentária:


1 – Avaliação:
Eficiência: resultados com recursos disponíveis (custo-benefício)
Eficácia: resultados esperados/alcançados (cumprimento de metas)
Efetividade: resultados pretendidos (cumprimento dos objetivos)
2 – Controle (Arts. 75 a 82, Lei 4320/64) –
Art. 75 - Compreende o controle da execução orçamentária:
I – Legalidade dos atos (prévio, concomitante e subsequente) que resultem
arrecadação de receita ou realização de despesa;
II – Fidelidade funcional dos agentes da administração;
III – Cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários.
(Arts. 70 a 75, CF/88) –
Art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
(COFOP) quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional (externo) e pelo sistema
de controle interno de cada Poder.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores PÚBLICOS.

Art. 71 – Controle externo será exercido com auxílio do TCU, ao qual compete:
I – Apreciar (de forma opinativa) as contas prestadas pelo presidente (chefe do
Executivo) e emitir parecer prévio com prazo de até 60 dias do seu recebimento.
II – Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos e as contas daqueles que derem causa que resulte prejuízo ao erário
público.
III – Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal da
Administração Pública Direta e Indireta (exceto cargos de comissão), e de concessões
de aposentadorias, reformas e pensões.
IV – Realiza inspeções e auditorias de natureza COFOP, por iniciativa do próprio TCU,
do Senado Federal, Câmara dos Deputados, Comissão Técnica ou Comissão de
Inquérito.
VI – Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município. (Transferências Voluntárias)
VIII – Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei (ordinária), que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.
IX – Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
X – Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
Quem susta CONTRATO é o Congresso Nacional, mas caso o este ou o Poder Executivo
não tome medidas cabíveis em até 90 dias, o TCU decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo (extrajudicial).
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente,
relatório de suas atividades.
Art. 73. O TCU é composto por 9 ministros, tem sede no DF, quadro próprio de pessoal
e jurisdição em todo território nacional.
Requisitos para ser um dos ministros: I – 35 a 65 anos; II – idoneidade moral; III –
notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública (JCEFA). Com mais de 10 anos de exercício.
Serão escolhidos: 1/3 pelo presidente, com aprovação do Senado Federal, indicados
em lista tríplice pelo tribunal, e 2/3 pelo Congresso Nacional.
Art. 74. § 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU (e o MP – Art..
73 da LRF).
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se também aos TCEs e TC dos M
(BA/GO/PA) e TCM (RJ/SP)
Parágrafo Único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por 7 Conselheiros [4 indicados pelo Legislativo
(Assembleia Legislativa) e 3 pelo Executivo (Governador) sendo que desses 3 são: um
Auditor, um Procurador e um de Livre Escolha].
O parecer dos TC sobre as contas de governo dos municípios poderá ser derrubado por
quórum de 2/3 dos vereadores da Câmara Municipal.

Tipos de Orçamento:
Maneira pela qual o orçamento é elaborado, e depende do regime político vigente.
São 3 os tipos de orçamento.
1 – Legislativo (parlamentarismo) – passos 1 /2 /4, o passo 3 é dado pelo executivo
2 – Executivo (poder absoluto/ regime autoritário) – passos 1 / 2 / 3, o passo 4 é do
legislativo
3 – Misto (atual no Brasil CF/88)
Legislativo – parte do passo 2 / 4
Executivo – 1 / parte do 2 / 3

Princípios Orçamentários:
Visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e
transparência aos processos do ciclo orçamentário. Válidos para todos os poderes e
para todos os entes federativos, são estabelecidos e disciplinados por normas
constitucionais e infraconstitucionais.
São eles (os principais): 1- Legalidade; 2- Universalidade; 3- Periodicidade; 4-
Exclusividade; 5- Orçamento Bruto; 6- Publicidade; 7- Equilíbrio; 8- Não afetação da
receita; 9- Especificação; 10- Unidade/Totalidade.
Outros princípios: Programação, Proibição do Estorno, Qualificação dos Créditos
Orçamentários, Transparência, Clareza, Unidade de Caixa, Exatidão e Uniformidade.

1 – Legalidade:
Art. 37, CF (LIMPE) – “fazer apenas o que está previsto em Lei”
2 – Universalidade:
Todas as receitas e despesas de cada Ente deverão estar na LOA.
3 – Periodicidade (Anualidade):
Art. 2 e 34, Lei 4320/64 + art. 165, III, CF (LOA)
Créditos Adicionais Especiais e Extraordinários (exceções) art. 167, CF “...salvo se o ato
de autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele exercício (setembro a
dezembro), caso em que, ... serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.”
Vigência limitada período anual (exercício financeiro)
*Créditos Adicionais, pode ser:
I – Suplementares: servem para reforço da dotação (já existente);
II – Especiais: criação de novas dotações;
III – Extraordinários: despesas urgentes e imprevisíveis (Guerra/ Comoção Interna/
Calamidade Pública)
Obs.: Créditos Adicionais Especiais e Extraordinários podem ter vigência de mais de 1
exercício financeiro.
4 – Exclusividade:
Art. 165, parágrafo 8º, CF
A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão de receitas e fixação de despesas.
Exceções:
I – Autorização para abertura de créditos suplementares;
II – Autorização e contratação de operações de crédito;
III - Autorização e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita orçamentária (ARO).
5 – Orçamento Bruto:
Todas as receitas e despesas, pelos seus TOTAIS, na LOA, vedadas quaisquer deduções
(não é permitido o valor líquido)
6 – Publicidade:
Ato de divulgação é condição de eficácia (validade)
Orçamento fixado em lei, que autoriza a execução das despesas.
7 – Equilíbrio:
Total da despesa não pode ultrapassar o total das receitas previstas
Obs.: O equilíbrio pode ser obtido com a contratação de operações de créditos.
Art. 167, III, CF – é vedada realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, salvo as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo
por maioria absoluta.
8 – Não Afetação (não vinculação) da Receita:
Art. 167, IV, parágrafo 4º, CF
São vedados a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa
Exceto:
I – Repartição tributária (IR, ITR, IPI, IPVA e ICMS)
II – Ensino e saúde;
III – Administração tributária;
IV – Garantia às Operações de Crédito por ARO; e
V – Garantia e contragarantia à União.
9 – Especificação (Especificidade, Especialização, Discriminação):
Art. 5 e 15, Lei 4.320/64
O orçamento não consignará dotações globais. As despesas têm que ser detalhadas.
Exceções:
I – Programas Especiais de Trabalho (Art. 20); e
II – Reserva de Contingência (é obrigatória na LOA)
10 – Unidade/Totalidade:
Art. 2, Lei 4320/64 + Art. 165, parágrafo 5º, CF
O orçamento deve ser uno (um único orçamento para cada Ente)
Cada Ente elaborará sua própria LOA
11 – Programação:
O orçamento público deve ser estruturado em programas, deve expressar as
realizações e objetivos de forma programada e planejada (ações – projetos, atividades,
operações especiais – e metas).
12 – Proibição do Estorno:
Art. 167, VI, CF – “É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, SEM PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA...”
*Transposição: realocação de recursos de um programa a outro no mesmo órgão.
*Remanejamento: realocação de recursos de um órgão para outro
*Transferência: realocação de recursos dentro do mesmo programa no mesmo órgão.
Exceção:
Para atividades no âmbito de Ciência, Tecnologia e Inovação – CTI, com objetivo de
viabilizar os resultados de projetos, mediante ato do Poder Executivo, SEM
NECESSIDADE DE PRÉVIA autorização legislativa.
13 – Quantificação dos Créditos Orçamentários:
Art. 59, Lei 4320 – O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos (iniciais – LOA, e créditos adicionais).
Art. 5, 4º, LRF – É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade
imprecisa ou com dotação ilimitada.
14 – Transparência:
Art. 48, LRF – Divulgar o orçamento público (PPA, LDO, LOA, prestação de contas e
relatórios) de forma ampla à sociedade.
Fornece informações que permite o controle da administração e controle social.
Será assegurada mediante: Incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas; Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em
tempo real, de informações sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos; Adoção de sistema integrado de administração financeira (SIAFI)
15 – Clareza:
O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível.
16 – Unidade de Caixa:
Todo valor arrecadado de receitas deve ser recolhido à Conta Única do Tesouro.
17 – Exatidão:
As estimativas orçamentárias devem ser tão exatas quanto possível
18 – Uniformidade:
Os orçamentos devem ser uniformes, de forma a compará-los ao longo do tempo. Um
padrão deverá ser obedecido, para que permita a comparação ao longo dos exercícios
orçamentários.

Créditos Adicionais:
O fato de abrir um crédito adicional não significa que o valor global do orçamento será
aumentado. Pode acontecer através de anulação global de despesa ou excesso de
receita.
Créditos Suplementares (pode ter autorização na própria LOA) e Especiais dependem
de prévia autorização legislativa, abertos por decreto executivo e deve apresentar
indicação dos recursos correspondentes.
Crédito Extraordinário NÃO depende de prévia autorização legislativa e nem da
indicação da fonte de recursos.
Na União pode ser aberto por Medida Provisória (MP).
Créditos Especiais e Extraordinários podem ser REABERTOS e terão vigência de mais de
um exercício financeiro caso o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses
daquele exercício financeiro.
Fontes de Recursos para abertura dos créditos Suplementares e Especiais (a abertura
desses créditos depende da existência de recursos disponíveis):
I – O Superávit financeiro do ano anterior (apurado no Balanço Patrimonial);
II – O Excesso de arrecadação (deduzindo-se os créditos extraordinários abertos);
III – Os resultantes de Anulação parcial ou total de dotações;
IV – O produto de Operações de Crédito autorizadas; e
V – Recursos de veto, emenda ou rejeição do PLOA (mediante prévia e específica
autorização legislativa).
1. Superávit Financeiro = AF – PF – (CAT/R especiais e extraordinários + COVinculados)
2. Excesso Arrecadação = Receita Arrecadada – Receita Prevista – Créditos
Extraordinários)

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