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CONTRACTO DE LEASING
CONTRACTO DE LEASING
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa, aborda sobre Leasing. Como se pode ver pelo tema, o que
se pretende no presente trabalho é a análise, de forma sucinta, do leasing, especificando-se a
sua noção, finalidade, conceito, modalidades, sujeito e objecto do Leasing, disciplina,
natureza e tratamento tributário, responsabilidade pelos danos da coisa arrendada e efeitos do
inadimplemento.
O Leasing, cujo surgimento remonta à década de setenta, ocasião em que foi incorporado ao
ordenamento jurídico nacional, não obstante sua prática ser do início dos anos sessenta, teve
como objectivo a desoneração da produção, financiando os equipamentos para a infra-
estrutura da indústria (móveis e imóveis).
Os contratos de leasing têm causado grandes problemas de ordem financeira àqueles que
celebraram um contrato dessa natureza, devido à descaracterização da estrutura deste
instituto. A dissonância entre a prática comercial ou industrial para as quais o Leasing foi
criado e a sua actual operacionalidade são prejudiciais ao fim que se destina, sendo o contrato
de "Leasing" um contrato nominado (por lei tributária), que envolve vários institutos
contratuais (financiamento. Locação e compra e venda), sua natureza jurídica tem sofrido
grande distorção quanto ao seu conteúdo.
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1.1 Objetivo geral
1.3 Justificativa
A justificativa para o estudo do Leasing, se dá devido à sua relevância, uma vez que essa
pesquisa busca esclarecer de forma simples e objetiva as particularidades e aplicabilidades
desta modalidade de negócio, tendo em vista, que esse processo é muito utilizado por pessoas
físicas e jurídicas.
Busca-se também elucidar o conceito de Leasing, uma vez que, há uma distorção entre sua
finalidade inicial, tida como arrendamento mercantil, e sua utilização no mercado de
negócios, que adota essa modalidade como uma forma mascarada de financiamento.
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algumas operações de compra e venda com financiamento, tendo benefícios fiscais e excesso
de garantia para o arrendador.
Para que isso não ocorra é necessário que sejam revistos os conceitos jurídicos, dos contratos
de Leasing, suas finalidades e a forma como está sendo lançada esta modalidade nos balanços
das empresas para que não se desvirtue da sua principal função, pois, esta modalidade é
benéfica para a fazenda pública, indústrias e para mercado financeiro em geral.
1.6 Pressupostos
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b) Leasing financeiro: é a forma mais pura do Leasing tradicional e se resume na
operação pela qual uma instituição financeira especializada no setor, a pedido do interessado
(arrendatário), adquire em seu próprio nome um determinado bem e, simultaneamente
contrata o seu arrendamento com cláusula de opção de compra por um valor residual
prefixado.
c) Lease back: aproxima-se do Leasing financeiro, mas se distingue pelo fato de que é o
próprio arrendatário quem vende os bens e equipamentos.
2. METODOLOGIA
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos
é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
Não é raro no Direito existir uma certa defasagem entre norma e realidade. Em especial, no
ramo do Direito Comercial, em que as práticas são por demais dinâmicas e normalmente
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baseadas no costume, sempre em busca de novas formas de alcançar a finalidade última do
comércio, qual seja, o lucro.
Nesta busca incessante, o empresariado tem se defrontado com os mais diversos tipos de
obstáculos, sendo, hodiernamente, a competição internacional, a constante necessidade de
renovação de maquinaria e parque tecnológico, bem como a decorrente falta de capital de
giro, os mais sérios. Neste contexto, surgiu o leasing, um novo tipo contratual com o escopo
de ser uma alternativa de financiamento para as empresas, para optimizar o processo
produtivo com a liberação de capital de giro, permitindo uma taxa de renovação industrial
acelerada, aumentando a produção com a implementação de novas técnicas e, obviamente,
para gerar lucro para o arrendador e o arrendatário.
3.1 Definição
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ou dela adquirir o bem, pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido
no contrato.
O cliente deste tipo de crédito é, tipicamente, uma empresa, podendo, no entanto, ser,
também, contratado por pessoa física.
4. FORMAS DE LEASING
Financeira;
Operacional;
Leasing back.
No Leasing Operacional, ou, Operational Lease como conhecido no exterior, não há nenhum
residual. No final do período de contrato, caso haja interesse em adquirir o bem, o valor
referência é o preço de mercado do bem, na época do final do contrato. Muitos contratos de
Operational Lease são intermediados por instituições financeiras que através de parcerias
com produtores de máquinas ou equipamentos, negociam um leasing operacional entre o
banco e seu cliente. No final, o banco vende o bem novamente ao produtor da máquina,
através de negociação prévia.
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2. O leasing financeiro se diferencia do operacional por inexistência de cláusula de
prestação de serviços.
É uma espécie de locação com a opção de devolução ou compra do bem, bem como de
renovação do contrato ao fim dele. Caso a arrendatária resolva comprar o bem, pagará um
valor residual preestabelecido no contrato.
Geralmente ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a
uma empresa que aluga de volta os mesmos. Essa modalidade está disponível apenas para
arrendatários pessoas jurídicas.
De acordo com livro de Finanças Empresarias existem dois tipos de contratos de Leasing:
As rendas constantes antecipadas são contratos de leasing em que os valores são pagos no
início de cada período (por exemplo: inicio do mês ou do trimestre). No caso das rendas
constantes postecipadas os valores são pagos no final de cada período e não no inicio. A
fórmula de cálculo do valor a pagar difere consoante o tipo de renda.
De acordo com as normas do Banco Central, o leasing somente pode ser contratado por
sociedades anónimas ou por instituições financeiras que tenham sido previamente
autorizadas. A expressão “leasing” é obrigatória na denominação das empresas arrendadoras.
Pode ser objecto de Leasing o bem móvel ou imóvel de produção nacional, bem como os de
produção estrangeira autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.
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Possibilidade de escolher o equipamento ou imóvel, bem como o fornecedor do mesmo,
negociando descontos de pronto pagamento;
Não fornece o direito de propriedade, enquanto decorre o contrato. Tal facto poderá
assumir uma situação vantajosa, caso o locatário tenha a intenção de não adquirir o
bem, optando pela sua renovação por tecnologia mais recente;
Penalizações significativas por incumprimentos contratuais, ou por exemplo, por
resolução antecipada do contrato.
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e) Os activos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o
arrendatário pode usá-los sem grandes modificações;
f) Se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador
associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário;
g) Os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos
ao arrendatário; e
h) O arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um
período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de
mercado.
4.5 Contabilização
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Particulares.
Adverte-se, porém, que nada impede, dentro da autonomia da vontade negocial, que no
âmbito privado seja contratada a locação com opção de compra final, regidos pelos princípios
característicos do leasing original e pelos princípios gerais dos contratos. Apenas, por não se
enquadrar na definição legal de arrendamento mercantil, será considerado, para fins de
tributação, uma compra e venda a prazo.
Actualmente, já é possível efectuar leasing por prazos bastantes superiores aos prazos
legalmente definidos de vida útil do bem a adquirir. No exemplo de um leasing automóvel é
possível contrair financiamento por prazos até 96 meses com alguma facilidade.
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Mesmo no que concerne ao valor do financiamento é possível financiar o bem adquirir até
100% (semelhante aos contratos de crédito pessoal) e ainda, com alguma regularidade e com
o objectivo de amenizar o peso da renda é possível contratar um leasing com valor residual
até 30% do capital financiado.
5.6 Extinção
O Contrato de Leasing pode extinguir-se pelo decurso do prazo com a devolução ou compra
do bem ou, antes disso, pelo acordo entre as partes, pelo inadimplemento ou pela falência da
arrendadora.
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6.1 Leasing Internacional
Nesta ordem, pode-se notar que não há restrições aos bens que serão importados, não se
colocou qualquer condição, para o arrendamento dos bens produzidos no exterior. A intenção
é de abrir fronteiras para o processo universal da globalização da economia, arredondando as
barreiras que antes serviam como pretexto de proteger a produção e o desenvolvimento
interno, que na verdade só serviam para atravancar o desenvolvimento social e burocratizar
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a economia, [...] o estado vem se retirando em todos os setores que envolvem a economia,
paralelamente e em maior extensão os desempenhados pela iniciativa privada. (RIZZARDO,
2000, p. 147).
O Leasing importação é a operação realizada entre uma empresa do país, que necessita de
bens do exterior e uma empresa de Leasing também sediada no
país, que importa sob sua responsabilidade os bens, passando a ser proprietária. (AZEVEDO,
1995).
O Leasing de importação pode ser realizado por bancos estrangeiros ou Nacionais que
utilizam um contrato de Leasing internacional, cujo foro deverá ser o do país exportador do
bem, salvo acordo em contrário entre as partes (MURTA, 2005).
É o que diz Sosa (1996, p.81) “Fica o contrato vinculado a um foro internacional que adotará,
para dirimir dúvidas e pendências, o sistema jurídico do país ao qual se vincule, por
deliberação das partes, o respectivo contrato”.
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7. Conclusão
Chagando o fim deste trabalho, constata-se que o leasing surgiu como uma alternativa a mais
para o crescimento das empresas, sem que para isso precisem se descapitalizar, inovando seu
ativo, e podendo utilizar suas reservas para outros fins, como o de capital de giro, por
exemplo. Isso gera oportunidade da competitividade, elemento essencial para que as
empresas não sejam suprimidas na era da globalização.
Proporcionalmente, a sua importância está sua complexidade, por obter na sua essência
características de compra e venda e financiamento no Leasing financeiro, locação no
operacional, obtenção fluxo de caixa no Lease Back, dentre outras particularidades. Tudo é
muito discutível no Leasing, abre-se parâmetros para as diversas necessidades que se possa
ter tanto o arrendador quanto o arrendatário, tendo essa segunda parte respectivamente, o
maior leque de possibilidades dentro do contrato.
Nos contratos internacionais, foco deste trabalho há também como não podia deixar de ser,
discrepâncias em suas relações contratuais, já partindo da legislação que dá abertura para que
se obtenha vantagens tributárias, como a prorrogação e em alguns casos até a suspensão de
impostos pertinentes a esta modalidade, que a legislação trata como importação, mas que o
judiciariário dá a maioria de ganho de causa, quando justifica-se que o bem não é
nacionalizado num primeiro momento, ou talvez nem o seja, isso que permite que alguns
legisladores introduzam o Leasing até como importação temporária.
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8. Bibliografias
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 3º v. 4ª Edição. rev. ampl. São Paulo:
Saraiva, 2003.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. 3º v. 5ª ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2005.
BULGARELLI, Waldirio. Contratos Mercantis. 14ª edição. São Paulo: Atlas, 2001.
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