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Competências socioemocionais

Educação para o Século XXI

Competências socioemocionais

Educação para o Século XXI

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Competências socioemocionais
Educação para o Século XXI

Unidade 1
Educação para o Século XXI
Quando pensamos a vida na atualidade, os problemas e contradições da
escola e a disseminação cada vez mais intensa do uso da internet de modo
geral, mudando várias das relações que temos com a vida, trabalho e
comércio, cuidados importantes devem ser levados em consideração. As
práticas voltadas ao ensino à distância ou ainda a profusão de grupos juvenis
nas redes sociais nas horas de lazer, interagindo com o mundo, com a
informação e com o conhecimento, tratam justamente das distâncias
abreviadas que a internet acaba proporcionando. Há uma proximidade real
entre pessoas distantes geograficamente, quando o contato na Rede conecta
relações globais, de vários cantos do mundo, ao mesmo tempo. Trata-se de
momentos em que mesmossentimentos estão sendo buscados, traduzido
numa prática internauta que permite uma nova maneira de formação de
identidade. Nesse ponto, as redes sociais e os espaços dos blogs, que se
tornaram muito expressivos na contemporaneidade, passam a ser o cenário
para tal expressão, sendo assim campo de vasta e necessária exploração, real
na dinâmica cotidiana desses indivíduos, onde pode ocorrer a transmissão,
interpretação, apropriação e criação de cultura, como seria em qualquer outro
espaço físico. É também através desse espaço que se divulgam seus próprios
pensamentos, sendo espaço aberto e interativo para quem não se sente tão à
vontade ao conviver na vida real, quando pode se unir àquelas outras pessoas,
que mesmo distantes, podem se identificar. Os itinerários formativos para as

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novas experiências culturais da contemporaneidade são bem mais amplos do


que antes podíamos supor.

Entender que certos grupos acabam à margem e encontram na internet


espaço para diálogo nas suas mais diversificadas formas, redime a internet,
antes considerada um mal necessário na prática educativa, em vias de operar
a função de socialização de informações e discussões que também instruem
o ser, numa nova dinâmica cognitiva, sim, porém não menos importante. Os
estudos em educação devem voltar seus olhos para tais novidades, em vias
de acompanhar as mudanças de nossa sociedade, para partilhar
conhecimentos e também aprender, promovendo um ensino que faça sentido
na vida dos professores e dos estudantes envolvidos, sem excluir ou incluir
ninguém. Sobre o ensino, primeiramente, a educação básica brasileira
apresenta índices baixos em provas gerais, enquanto que o mundo digital
invade nossas vivências, exigindo de nós, professores, um olhar analítico, que
possa selecionar e interpretar tal contexto em prol do conhecimento, não
apenas do acesso à informação.

Dentre os problemas que a educação encontra-se a transitoriedade dos


conhecimentos, que mudam rapidamente de acordo com pesquisas e
inovações contínuas, enquanto nos conectamos em redes, que mudam com
frequência, agilmente. Fato é que as novas formas de interagir e socializar-se
na internet, por redes sociais, blogs e websites dos mais diversos, torna o
indivíduo mais participativo, comunicativo, quando incorpora novas
possibilidades de socializar-se, em meio ao fluxo que a diversidade internauta
permeia.

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Estabelecem, assim, redes de conhecimento, através das quais se entende


uma nova forma de aprender, já que socializar-se na rede se faz por um
processo colaborativo e a educação pode ser então pensada como um
sistema aberto. A utilização da tecnologia para auxiliar processos de ensino-
aprendizagem favorece a mudança na participação do aluno, agora mais fácil
e próxima de sua realidade. Novas perspectivas de ensino surgem para o
Século XXI, no qual o professor aparece como gestor e regulador das diversas
situações de aprendizagem. Podem propor projetos e soluções diferentes
para problemas pedagógicos, fazendo com que conceitos possam ser
apreendidos de outras maneiras. Dessa forma, a interação, as reflexões e a
colaboração se intensificam, o que naturalmente permeia o próprio processo
de construção do aluno, em seu conhecimento. O professor torna-se
incentivador, facilitador e mediador de tais situações, não tendo mais o
controle do conteúdo, como se supunha, mas sim é quem criará as mesmas
situações de aprendizagem que realizarão as articulações entre pensamentos
e ações.

Desta forma, as amarras curriculares podem ser repensadas em vias de


preparar este aluno para os desafios do porvir. É necessário salientar que não
se busca aqui propor uma educação que acabe totalmente com o currículo aí
posto, mas propor sim meios de pensar uma maior integração dos elementos
da vida de nossas crianças com o muito escolar, ainda muito preso em
condições tradicionais do “mestre”, supostamente detentor de conhecimento.
Ampliar as possibilidades de nossos alunos a buscarem e encontrarem as
informações que acham indispensáveis para sua vivencia é importante, já que

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o acesso às informações está deixando de ser o problema, mas sim a seleção


das informações para que se saiba aquilo que se quer saber, bem como o que
se precisa saber.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologia na escola: criação de


redes de conhecimentos. 2005. Disponível em: eadconsultoria.com.br
GARBIN, Elisabete Maria. Culturas juvenis, identidades e internet: questões
atuais. Revista Brasileira de Educação n.23, Rio de Janeiro, maio/ago, 2003.

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