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Segundo a filósofa Viviane Mosé, nos últimos vinte anos houve uma mudança radical na
sociedade que foi a democratização do conhecimento. A internet inaugura o que foi
chamado de sociedade da informação, que logo mais tarde, passa a ser chamada de
sociedade do conhecimento. A sociedade da informação disponibilizou o acesso a grandes
bancos de dados para a tomada de decisão. Atualmente, com o advento das redes, mais
especificamente, das redes sociais, o homem, além de ter acesso aos bancos de dados,
também tem acesso a outras pessoas ao vivo e, em tempo real, para discutir questões que são
do seu interesse. Logo, hoje tem-se uma sociedade do conhecimento que produz
conhecimento em tempo real e, esse conhecimento pode ser acessado de qualquer lugar, a
qualquer hora, a partir de um dispositivo móvel.
Viviane Mosé, afirma que o principal benefício das redes é a revolução da memória porque
a educação de séculos passados teve como objetivo a memorização de fórmulas, datas,
textos, etc. Hoje, além de ter a memória gravada em um dispositivo como o pendrive ou nas
“nuvens”, com a internet o homem tem acesso a um grande número de dados, bibliotecas,
textos, nas nuvens (cloud). Por isso, não cabe mais à educação exigir que o estudante
administre conteúdos, decore datas e fórmulas, porque esses dados estão em abundância na
internet. O que a educação precisa fazer nos dias de hoje, é desenvolver o raciocínio, o
pensamento crítico e, a análise e interpretação de dados.
Nesse sentido, o estudante precisa ter tempo e espaço para ler, pensar e, escrever sobre o que
pensou, pois o ser humano nunca teve tanto valor como nos dias de hoje. Há trinta anos
atrás, na sociedade industrial o que agregava valor à uma empresa era a quantidade de
máquinas que a empresa possuía, quanto mais máquinas, mais produção e, mais lucro para o
empresário. Na sociedade do conhecimento, o ser humano tem valor, quanto mais talentos
uma empresa conquistar, mais sucesso terá nos negócios. No entanto, Viviane Mosé afirma
que, “para desenvolver um talento faz-se necessário criatividade e, pra isso o homem
precisa de liberdade. Estas necessidades da sociedade do conhecimento, estão mudando as
estruturas das empresas, dos governos e, das escolas”.
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Após a fala da filósofa percebe-se o quanto é importante, nós como educadores, estarmos
atentos a estas mudanças na sociedade porque precisamos sair de um contexto paradigmático
tradicional, somente da leitura e escrita, para o contexto cibercultural, onde os sujeitos
podem e, é esperado que esse sujeito colabore, contribua, construa novos saberes em
interação com o outro e em rede.
A era da tecnologia chegou para ajudar-nos a facilitar nossas pesquisas. Sem precisão de
livros, as pesquisas ficam muito mais rápidas e eficientes. Viviane Mosé acredita que já
passamos da fase de memorizar e que deveríamos criar, desenvolver mais, termos uma
autonomia para a criatividade e parar de sermos submissos a uma rede de ensino
ultrapassada.
“O maior desafio da educação é lidar com o novo ser humano que vem, de um lado, muito
cansado, exaurido pelos desgastes ambientais, sociais, da violência, das crises que vivemos
e, por um outro lado, de uma juventude que vem animada, cheia de ferramentas e
possibilidades. Fazendo um comparativo, é como se tivéssemos um prédio que desmorona e
ao mesmo tempo está sendo construído, está nascendo. Precisamos ter esses dois
posicionamentos: o de perceber que o que cai e o de notar o que cresce. Vivemos a transição
de um mundo que era fundamentado no material e passou para o virtual, então nós
precisamos entender e aprender a lidar. Não é o caos, não é o fim do mundo. É apenas uma
crise com a qual precisamos aprender a detectar o que é positivo e o que é afirmativo”,
tranquiliza.
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MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2013.
Pág.22 “Nunca fomos tão incapazes de conviver, tão incapazes de seguir um acordo, tão
incapazes de viver. Odiamos as regras, buscamos um prazer cada vez mais descartável e
imediatista, matamos o que não temos coragem de transformar”.
Pág. 24 “[...] Quando quase todos já possuem quase tudo, o atrativo para o consumo não é
mais o produto, mas o que ele diz, os valores e conceitos que agrega”.
Pág. 25 “Não é mais o executivo de meia idade racional e frio, ou o líder cheio de títulos e
diplomas [...], mas o jovem criativo, bem formado e ousado, que relaciona muitos dados e
faz inusitadas sínteses, que lê o presente, que sabe lidar com conflitos, que sabe trabalhar em
grupo e que, principalmente, se sente estimulado e provocado diante de desafios”.
Pág. 25 “[...] sempre tivemos nós humanos, uma rede de signos, de valores, de conceitos,
por isso o ser humano é naturalmente virtual, especialmente porque sonha. A tecnologia nos
permitiu reproduzir essa rede de conceitos, de imagens, não apenas nos ligando a nós
mesmo, como faz nossa consciência, mas ligando todos nós”.
Pág. 26 “A sociedade, em que todos estão ligados por inúmeros canais, em uma
comunicação que acontece de modo espontâneo, provisório e pontual, em meio a uma
multiplicidade de acessos e informações, termina por valorizar todo núcleo capaz de atrair
pessoas. Na nova sociedade, tem poder quem agrega pessoas e faz isso quem tem alguma
coisa a dizer, quem tem algum tipo de conteúdo e quem compartilha. É em torno do saber
que as pessoas se colocam, especialmente em torno das pessoas que produzem saber”.
Pág. 31 “Vivemos enfim, uma transformação que chegou muito rapidamente, que
aproximou pessoas, mas não diminuiu de modo significativo as desigualdades econômicas, e
isso gerou ainda mais caos social, mais violência”.
Pág. 49 “[...] por ser uma escola feita para as massas, nasceu não para se dedicar aos grandes
temas da humanidade, mas para oferecer uma formação instrumental, voltada para o
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mercado, portanto trata-se de uma escola que não está voltada para o desenvolvimento
humano, mas para o desenvolvimento da indústria”.
Pág. 49“A vida escolar, ainda hoje, organiza-se em séries, e os saberes se dividem em
diversos conteúdos isolados sem conexão uns com os outros, em aulas de cinquenta minutos,
que ainda se anunciam por um sinal sonoro que lembra o apito das fábricas”.
Pág. 51 “Essa falta de conexão da escola, tanto com a sociedade quanto consigo mesma, não
é apenas prejudicial para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, que se dá pela capacidade
de fazer relações cada vez mais amplas e complexas, mas prejudica também as relações
humanas, a prática da justiça social, o exercício da cidadania, implica diretamente o aumento
do grau de angústia e solidão e impulsiona cada vez mais ao consumo de produtos, de
pessoas, de drogas licitas e ilícitas. Participar da sociedade, interferir em suas instâncias,
construí-la, nos dá uma sensação de pertencimento que nos fortalece e fortalece os acordos.
Mas a escola foi se afastando dessa continuidade e se baseando em um conhecimento
dividido e abstrato”.
Pág. 53 “[...] vivemos uma mudança de meios, uma enxurrada de informações, o mundo
vive um processo de instabilidade e incerteza econômica, social, climática, e o modelo
educacional vigente nas escolas públicas e privadas, fundando em verdades, em saberes
acumulados, sem espaço para a invenção e para a dúvida, não foi preparado para isso”.
Pág. 55 “A escola precisa entender, enfim, que todo conhecimento, toda afirmação, está
sujeito a mudanças, que todo saber é provisório”.
Pág. 55 “[...] se todo saber é provisório, professores e alunos, juntos, devem se dedicar a
produção de conhecimento, em vez da relação hierarquizada, na qual o professor devem um
corpo de saberes que devem ser transmitidos aos alunos”.
Pág. 56 “[...] É preciso valorizar os conteúdos que os alunos já tem, o saber que trazem, e
reconhecer que as coisas mais importantes que aprendemos na vida não necessariamente
foram aprendidas na escola”.
Pág. 61 “Em vez de dedicar-se ao objetivo maior da educação, a ampla formação do ser
humano em seus diversos aspectos, a escola brasileira passou a ter de atender as exigências
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do exame (Enem) e a se dedicar especialmente a formação de um banco de dados na
memoria dos estudantes”.
Pág. 62 “[...] Ao contrário de uma educação cidadã, nosso modelo conteudista administra
regularmente os dados que devem ser depositados na cabeça dos alunos”.
Pág. 62 “[...] Se a escola está afastada da sociedade, se suas questões, seus impasses, não
fazem parte da formação de jovens e crianças, se nossa escola é fundamentalmente abstrata,
passiva e reproduz conteúdos inúteis, como esperar algo diferente de consumismo, violência,
drogas e alienação social?”.
Pág. 64 “[...] Estimular a curiosidade, valorizar a dúvida, promover o acesso aos conteúdos,
oferecer métodos de filtragem de dados, incentivar a pesquisa, a criação e a síntese, a
capacidade de produzir interpretações, bem como incentivar o desenvolvimento da
autonomia e de responsabilidade, acoplados a capacidade de viver em grupo, são algumas
das necessidades prementes em nosso mundo”.
Pág. 82 “A escola, cada vez mais, deverá ser um espaço aberto, e a educação,
inevitavelmente vinculada à cultura. A vida deve ser a dimensão integradora das relações na
escola. Se não houver vida naquilo que aprendemos, então não há educação, formação e
muito menos aprendizagem”.
Pág. 83 “O século XXI caminha em direção a uma escola na qual o aluno seja ouvido e
considerado. Uma escola para o aluno, dirigida para seu desenvolvimento, tendo como alvo
a vida em todas as suas dimensões, [...] na qual a arte, a filosofia, a ética estejam tão
presentes que não precisem de cinquenta minutos na grade curricular, ou melhor, uma escola
que não tenha grade curricular, mas temas, assuntos, questões”.
Pág. 84“[...] Enfim, uma escola [...] sempre aberta a novas questões”.
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7/3/2018 - Educação 4.0: o que devemos esperar
Não tem mais volta, a Educação 4.0 chegou! O termo está ligado à revolução tecnológica
que inclui linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) e
contempla o learning by doing que traduzindo para o português é aprender por meio da
experimentação, projetos, vivências e mão na massa.
Não existe um modelo pronto para aplicar e todos podemos (e devemos) contribuir,
quebrando velhos paradigmas de anos impostos em uma educação descontextualizada,
pautada em transmissão de conhecimento e ambientes pouco propícios ao processo de
aprendizagem. Para muitos educadores ligados ao tema, o modelo pautado na cultura maker
– do faça você mesmo – é um dos caminhos.
Estamos vivendo uma revolução na educação, em que constantemente os jovens têm nos
cobrando por isso. Ezequiel Menta, Diretor de Políticas e Tecnologias Educacionais da
Secretaria de Educação do Estado do Paraná, afirma que é preciso repensar as ferramentas
existentes, criando também possibilidades off line para que as escolas possam se apropriar
da tecnologia existente, adaptando a realidade das unidades.
Essa imersão em Educação e tecnologia deixou claro que é possível realizar uma educação
regrada em criatividade e inventividade, usando vários recursos e contando com um
ambiente baseado em experimentação com o aluno no centro do processo de aprendizagem.
Equipamentos são importantes, mas é fundamental que venham acompanhados de práticas
pedagógicas que possibilitam vivências significativas, respeitando docentes e alunos.
14/11/2019 - Educação 4.0: entenda o que é e como se adaptar a essa nova realidade
Débora Noemi
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Conhecer as mais recentes tendências do ensino é algo fundamental para uma boa gestão escolar.
Nesse contexto, surge o conceito de Educação 4.0, que mescla o aprendizado tradicional com a
implementação de abordagens mais tecnológicas nas salas de aula.
Esse tipo de estratégia tem sido aplicado com muito sucesso ao redor do globo e, agora, finalmente
chegou ao Brasil. Ela é uma tendência realmente inovadora que busca causar uma verdadeira
revolução no modo como ensinamos e aprendemos no ambiente educacional.
Não sabe o que é a Educação 4.0? Não tem problema! Pensando nesse tipo de dúvida, preparamos
um conteúdo bem completo, que tem como objetivo responder às suas principais dúvidas sobre esse
tema e mostrar, ao longo do texto, toda a importância dessa tendência para a educação atual. Boa
leitura!
Esse termo existe em sinergia com outro conceito muito importante: o da Revolução Industrial.
Atualmente, nos encontramos na quarta versão da revolução, conhecida também como Indústria 4.0.
Se na primeira os protagonistas eram o carvão e o ferro, aqui, os holofotes brilham sobre a
tecnologia.
Sendo assim, a Escola 4.0 também tem como ponto mais importante a inovação tecnológica. O foco
aqui está em trazer esses avanços para o dia a dia da gestão escolar, otimizando processos
administrativos, e também para as salas de aula, com o auxílio de metodologias variadas.
Em segundo lugar, mas não menos importante, entra a inserção da tecnologia na educação e no dia a
dia da sala de aula. Com a implementação de metodologias ativas (sobre as quais falaremos mais à
frente) e de aulas diversificadas, os estudantes entram em contato com essas inovações de forma
simultânea ao aprendizado.
Um ponto muito importante aqui, tido como um dos grandes pilares da Educação 4.0, é o letramento
digital. Ele é tido como base para toda a compreensão tecnológica, uma espécie de alfabetização
desse novo mundo para os estudantes, preparando-os de forma completa para o mercado de trabalho
do século XXI.
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As metodologias ativas vêm, como o próprio nome já mostra, para fazer uma pequena alteração nos
papéis dentro da classe. Agora, os alunos detêm o protagonismo, enquanto o professor atua como um
guia para ajudá-los a alcançar esse conhecimento. Ele ainda ministra a matéria aos seus pupilos, mas
caminhando lado a lado e não à frente, como no contexto tradicional.
Há várias maneiras de implementar esse tipo de conceito em uma sala de aula. A seguir, veremos
algumas das principais formas de tornar isso possível e realizar uma verdadeira revolução na
metodologia de ensino utilizada em sua instituição. Vamos conferir?
Ensino híbrido
Uma das principais características do ensino híbrido é a mescla entre o ensino presencial e o online.
Assim, o estudante participará de aulas e atividades nesses dois ambientes, passando a dominar cada
vez mais o âmbito digital.
Cultura maker
A cultura maker não é uma metodologia propriamente dita, mas um conceito que faz parte de todas
elas. Aqui, o estudante passa a ser mais autônomo e ter cada vez mais protagonismo no ensino,
conduzindo o próprio aprendizado da maneira que for mais efetiva para ele.
STEAM e STEM
Por fim, temos as metodologias STEM e STEAM, que unem conceitos como a engenharia,
matemática, ciências, artes e a tecnologia em prol do aprendizado dos estudantes. Aqui, o ensino de
programação e robótica, por exemplo, é feito por meio do conceito de dash and dot e há, até mesmo,
aulas de musicalidade e teatro para auxiliar no desenvolvimento ativo de competências e habilidades.
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Isso permite uma educação muito mais democrática e inclusiva, que cria as condições adequadas
para que indivíduos com diferentes tipos de inteligência possam ter as mesmas oportunidades.
Por que, então, não contar com a tecnologia para ajudar nesses processos? Com ela, é possível
acompanhar dados e interpretá-los automaticamente, ajudando no armazenamento e interpretação de
informações cruciais para o mapeamento de problemas e soluções para a instituição.
Pessoas com autonomia desenvolvida também têm maior senso crítico, sabem pensar por si mesmas
e, claro, se conhecem muito melhor. Essas competências e habilidades são essenciais para a
formação de profissionais e cidadãos realmente integrados.
Pode parecer incrível, mas atividades como criar games ou desenvolver protótipos e robôs podem ser
utilizadas para aprendermos todo o conteúdo da BNCC de um modo completamente lúdico e
interativo, permitindo que muitas habilidades diferentes sejam desenvolvidas simultaneamente.
Com as metodologias ativas de ensino, a interação entre estudantes e seus professores se torna muito
maior e mais direta, visto que agora eles estão lado a lado e não separados hierarquicamente. Assim,
as dúvidas fluem muito melhor e as respostas, consequentemente, também. O professor do futuro,
portanto, é mais do que um tutor, mas um amigo de sua classe.
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Isso se deve à mudança considerável na dinâmica da sala de aula tradicional, que muitas vezes é
muito limitante. Com um tipo de metodologia diferente, cada aula é completamente única e o
professor passa a aprender muito mais sobre a própria profissão.
Capacitar os professores
A qualificação do corpo docente vem logo em seguida na lista de passos para implementar a
Educação 4.0 em sua escola. Os docentes também devem ser levados em consideração no processo
gradual de transição, sendo devidamente treinados com a ajuda de profissionais especializados nesse
contexto.
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resistência da comunidade às novidades;
pouca adesão por parte dos professores e demais funcionários.
Fazer um bom trabalho de conscientização da importância dessas mudanças é algo primordial antes
da implementação de tais metodologias. Isso garantirá que todos estejam falando a mesma língua e
possam, assim, caminhar juntos em prol de uma educação mais inclusiva e abrangente para todos.
Portanto, podemos esperar que esse tipo de revolução seja feita de modo gradual, com uma transição
realmente efetiva. Para isso, é fundamental contar com a ajuda de especialistas no assunto, que
podem auxiliar na qualificação dos colaboradores e no diálogo com todas as partes, facilitando o
processo e tornando-o mais permanente.
Como podemos ver, a Educação 4.0 é um conceito interessantíssimo e que dialoga muito bem com a
nossa sociedade atual. Tais inovações não podem mais ser ignoradas pelo ensino e, portanto, saber
utilizá-las da forma adequada é a melhor maneira de garantir que os nossos estudantes se
desenvolvam adequadamente e estejam prontos para o mercado competitivo do século XXI!
Para compreendermos ainda mais esse conceito, precisamos primeiramente entender as bases
necessárias para que os estudantes realmente se aprofundem na Educação 4.0. Para isso, confira
nosso artigo sobre o letramento digital e veja como ele é essencial para a implementação da
tecnologia nas escolas!
https://escolasdisruptivas.com.br/tecnologia-educacional/educacao-4-0-entenda-o-que-e-e-como-se-
adaptar-a-essa-nova-realidade/
Não há como negar que vem ocorrendo constantemente mudanças no discurso e na prática
da educação. O contexto educacional se transforma à medida em que o mundo se
modifica. O papel da escola se amplia para além do conhecimento e das habilidades
cognitivas. A demanda é por uma educação que contemple a construção de valores, soft
skills, desenvolvimento de atitudes e comportamentos almejados para a realidade
contemporânea.
Em um mundo cada vez mais interdependente e interconectado, torna-se necessário a
existência de uma pedagogia transformadora, cooperando internacionalmente
para promover uma transformação social de maneira inovadora. Na busca por um
mundo mais pacífico, justo, inclusivo, sustentável e tolerante, a UNESCO apresenta uma
série de medidas em prol de uma educação adequada para os alunos do século XXI.
Pensando nisso, preparamos este artigo sobre a UNESCO e como a organização
vem promovendo mudanças no paradigma educacional. Confira!
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Cultura. A UNESCO é uma organização das Nações Unidas que almeja promover a paz
mundial por meio da educação, cultura e ciência.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, foi criada após a
Segunda Guerra Mundial, em 16 de novembro de 1945. O objetivo era garantir a paz por
meio da cooperação e colaboração intelectual entre as nações, ao auxiliar os Estados-
Membros e acompanhar o desenvolvimento mundial. A sede está localizada em Paris, na
França, e, atualmente, são 193 países que buscam constantemente soluções para os desafios
e impassem presentes na sociedade.
Além disso, a organização prioriza a busca pela educação continuada, bem como a
qualidade e equidade do ensino para todos. A UNESCO busca novos desafios sociais e
éticos, promove a diversidade cultural e como resultado disso, contribui para a construção de
uma sociedade com conhecimento inclusivo, por meio da comunicação e informação. A
instituição, inclusive, defende a memória coletiva e o patrimônio histórico, como uma
maneira de proteção do direito ao acesso à informação e à cultura.
Há algum tempo a discussão a respeito de que tipo de educação se almeja para o século
XXI está em pauta. Além dos conhecimentos cognitivos e habilidades, espera-se que a
educação contribua para a resolução de conflitos e desafios globais emergente e já
existentes. Nesse contexto, a Educação para a Cidadania Global (ECG) representa uma
mudança no propósito e no papel da educação, com a finalidade contemporânea de
construir sociedades mais inclusivas, tolerantes, justas e pacíficas.
A UNESCO, devido à crescente demanda dos seus Estados-membros por apoio para tornar
os alunos cidadãos globais responsáveis, transformou a ECG um de seus principais objetivos
educacionais para os próximos oito anos (2014-2021).
ECG é um marco paradigmático que sintetiza o modo como a educação pode desenvolver
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de que os alunos precisam para assegurar um
mundo mais justo, pacífico, tolerante, inclusivo, seguro e sustentável. Ela representa uma
mudança conceitual, pois reconhece a relevância da educação para a compreensão e a
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resolução de questões globais em suas dimensões sociais, políticas, culturais, econômicas e
ambientais. – Educação para a cidadania global UNESCO.
Pensando nisso, um outro ponto crucial nessa nova dinâmica social e educacional, é o
aprendizado do inglês como uma ferramenta de comunicação e integração. Para
compreender melhor acerca dessa temática, leia gratuitamente o e-book que preparamos
sobre a importância da formação bilíngue para o aluno do século XXI.
https://www.englishstars.com.br/competencias-e-habilidades-da-unesco-para-o-seculo-21/
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