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EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Conteudista: Profº. Ma. Ísis

APRESENTAÇÃO

O contexto educacional atual nos leva constantemente a uma reflexão de nossa prática pedagógica na medida que nos inserimos em

contextos diversos e a atendemos as necessidades de formação das mais diversas áreas.

Refletir sobre ser educador nos dias atuais é bem mais do que ter domínio das rotinas pedagógicas, e sim do quanto podemos ser

inovadores e criativos nos contextos em que estamos inseridos e consequentemente como podemos desenvolver ações didática que

venham a culminar na aprendizagem significativa.

A medida em que tomamos consciência da importância que o planejamento didático integral e inovador contribui diretamente no

desenvolvimento do outro, entendemos que temos que estar buscando por novos recursos, novas estratégias e adoção de tecnologias.

Nesse sentido pensamos e planejamos esse material para que mais do que conhecer as Tecnologias Educacionais que possam ser

aplicadas ao ensino e aprendizagem, você tenha condições de refletir o porquê e como essas tecnologias podem ser essenciais no

contexto educacional que vivenciamos atualmente.


Para lhe auxiliar nesse processo de construção, ao longo do texto você encontrará ícones indicando leituras complementares, vídeos de

plataformas online, filmes e livros para que você possa relacionar esses aspectos teóricos às aplicações práticas.

Desejo a você uma caminhada exitosa, bons resultados e que muito do que esteja aqui você consiga aplicar em sua prática docente.

Bons estudos!

ATENÇÃO SAIBA MAIS VÍDEO

SUMÁRIO

1. Sociedade da Informação e Aprendizagem atual

1.1 Como aprender na sociedade atual

1.1.1 Os sujeitos na sociedade atual

1.1.2 O Conectivismo, a tecnologia e a formação de professores

1.2 Recapitulando...

REFERÊNCIAS

2. O uso de recursos tecnológicos na Educação

2.1 Educação que desejamos

2.2 Educação inovadora: por que as tecnologias são essenciais?

2.3 Os 4C’s da Educação

2.4 Recapitulando...

2.5 REFERÊNCIAS

3. Tecnologias, inovação e ensino e aprendizagem

3.1 Contextualizando Tecnologias Educacionais

3.1.1 O papel do professor enquanto mediador educacional

3.2 Tecnologias de mediação, interação e comunicação

3.2.1 Tecnologias aplicadas ao desenvolvimento do pensamento crítico

3.2.2 Tecnologias aplicadas à comunicação e mediação

3.2.3 Tecnologias aplicadas à mediação e avaliação

3.2.4 Tecnologias aplicadas à colaboração

3.2.5 Tecnologias aplicadas à gamificação

3.3 Recapitulando...
REFERÊNCIAS

UNIDADE 1 - Sociedade da Informação e Aprendizagem atual

Objetivos de Aprendizagem

 Conhecer os fundamentos teóricos que fundamentam o desenvolvimento da capacidade de incorporar as ferramentas tecnológicas no estabeleciment

do processo educativo;

 Analisar e comparar interdisciplinarmente as relações entre tecnologia, informação e educação tendo em vista o conhecimento de sua dinâmica em

diversos contextos educacionais;

Contextualizando...

Antes de apresentar que tecnologias podemos adotar no ensino, é necessário que se pense e entenda o contexto em que estamos inseridos. Essa compreensão n

permite perceber aspectos relevantes ao ensino e aprendizagem, na medida em que conhecemos quem é o nosso aluno, o papel da escola e atuação mediadora

professor.

1.1. Como aprender na sociedade atual?

Vivemos um desses raros momentos em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de uma nova relação com o cosmos, um novo estilo d
humanidade é inventado
(Pierry Levy 1993

Ao ler a epígrafe acima, uma questão se faz relevante. Que sociedade vivemos? Embora tenhamos vários aspectos a serem destacados, a percepção do context

em que estamos inseridos é fundamental para entendermos o papel da educação e como esta se desenvolve.

O certo é que vivemos um mundo de transformações rápidas e constantes, e mais do que nunca essas transformações interferem em nosso desenvolvimento

consequentemente na forma em que acessamos as informações e o conhecimento.

É notório que os nossos alunos não aprendem e nem acessam mais as informações como nós aprendemos ou até mesmo como nossos pais e avós aprenderam

isso se dá sobretudo, pela facilidade de como a informação é acessada em nossa sociedade.

É necessário assim que conheçamos o conceito de Sociedade da Informação, que não é recente, como geralmente se pensa. Embora a busca por informação se

uma constante na história da humanidade, só se percebe esta valorização quando ocorre uma preocupação pela transmissão ou pela maneira como esta

transmitida.

Um dos primeiros autores a referir o conceito de Sociedade da Informação (SI) foi o economista Fritz Machlup, no seu livro publicado em 1962, The Production and Distribution of Knowledge in t

United States. No entanto, o desenvolvimento do conceito deve-se a Peter Drucker que, em 1966, no bestseller The Age of Discontinuity, fala pela primeira vez numa sociedade pós-industrial em q

o poder da economia - que, segundo o autor, teria evoluído da agricultura para a indústria e desta para os serviços - estava agora assente num novo bem precioso: a informação (COUTINHO

LISBOA, 2001, p. 5).

Conhecer esse contexto é fundamental para não somente explicar os fatos, mas para que ao compreender se possa transformar. Esse nível de conscientização n

auxilia a pensar a educação e o papel dos atores da ação educativa. Nesse contexto entender a influência que o avanço das tecnologias causou em diversas áreas
sobretudo a educacional, demonstra como a informação ganha uma nova relevância, onde o conhecimento é um recurso flexível, fluido, sempre em expansão

mudança (RODRIGUES, 2010).

A informação passa a ter papel principal no desenvolvimento social e econômico, sendo capaz de criar conhecimento, gerar riqueza e intervir na qualidade de vid

das pessoas, já que o fluxo das informações é cada vez mais intenso. Esse novo conceito de sociedade exige um novo perfil de indivíduo, com competências

habilidades para lidar com informações cada vez mais acessíveis.

Em contrapartida, este indivíduo também deve ser capaz de lidar com maior produção de conhecimento, num contexto que nem sempre as informações são be

relacionadas (AUSUBEL, 1982).

O contexto da Sociedade da Informação nos ajuda a entender a relação ou distinção entre informação, conhecimento e aprendizagem. Nem sempre ter acesso

informação supõe transformá-la em conhecimento ou aprendizagem, já que isto precede o princípio de que nem todas as pessoas, independente da classe social

que pertençam, tenham acesso a todo e qualquer tipo de informação. Outro princípio é que nem sempre ter acesso à informação é garantia de conhecimento o

aprendizagem. Sabe-se que essa é uma época marcada pela revolução tecnológica e, consequentemente, essa revolução faz com que a informação seja canal

comunicação horizontal (CASTELLS, 2003). Contudo, o desafio que se estabelece é o de transformar toda informação, que circula sem barreira de tempo e espaç

1
em um meio que favoreça a construção do conhecimento, contribuindo também para aprendizagem significativa e progressiva .

Indicação de leitura

Texto disponível em Material Complementar no AVA da disciplina

A sociedade da Informação e seus desafios

1.1.1 Os sujeitos na sociedade atual

Há quase 20 anos Mark Prensky fazia a distinção entre nativos e imigrantes digitais. Estabelecia a diferença em que os primeiros eram aquela geração que nasce

imersa na tecnologia.

Desde o seu nascimento que a televisão, a rádio, os telemóveis e outros dispositivos similares os acompanharam juntamente com a disseminação do wi-fi. Ora par

o autor, estes jovens cresceram com a tecnologia razão pela qual foram-se formando com esta certeza o que fez com que muitos vissem nestes dispositivo

tecnológicos uma continuidade da sua própria cognição.

SAIBA MAIS David Paul Ausubel (1918-2008) dizia que, quanto mais sabemos, mais aprendemos.

O Pensamento de Ausubel se tornou relevante é nosso meio pelo conceito e estudos acerca da Aprendizagem

Significativa, que segundo Novak ( 1981, p.63) é:

“A  aprendizagem significativa  só ocorre quando a informação nova é ligada a conceitos existentes, assumindo

que “é neste processo interativo entre o material recém-aprendido e os conceitos existentes (subsunçor) que

está o cerne da teoria de assimilação de Ausubel” .

Para conhecer mais de Ausubel acesse:

1
Em uma referência a Jhon Dewey (RODRIGUES, 1999), que propõe que o interesse de quem aprende deve ser o ponto de partida, a aprendizagem é um processo ativo, cabe ao

professor ser o orientador/facilitador do processo de aprendizagem e, nesse contexto o clima social e de construção é democrático e cooperativo,
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-
aprendizagem-significativa

Figura ?? – A Era digital e nativos digitais

Fonte: https://www.appai.org.br/quem-e-o-nativo-digital-que-o-professor-vai-encontrar-na-escola , 2020

É comum ouvir falar no meio educacional sobre os emigrantes digitais , como sendo aquelas pessoas que, não nascendo imersos em toda aquela tecnologia, foram

capazes de se adaptar ao meio – numa alusão à teoria de Darwin – e por isso conseguiram “sobreviver” àquele meio e passaram a interagir nele. Se já tinhamo

responsabilidade em pensar contextos inovadores educacionais para essas pessoas que se dá há quase 20 anos.

Atualmente percebemos que esse numero de pessoas vem sendo susbtituido pelos por força da lei natural ou porque se adaptaram ao meio, por pessoas que j

nascem inseridas digitalmente, isso porque, vivemos numa era do digital que alterou/mudou o nosso próprio comportamento.

Ao nos analisar conseguimos perceber isso claramente, basta fazer p exercicio de lembrar quando acessamos a primeira vez um dispositivos que à época eram

diferença e hoje fazem parte do mobiliário de uma casa. Assim, é relevante que conheçamos as gerações e que características elas possuem quanto ao acesso

domínio de tecnologias de informação e comunicação.

Figura ?? – As gerações e o acesso a informação

Fonte: https://www.selfhotel.com.br/voce-conhece-o-perfil-viajante-das-geracoes , 2020

Ao entender esse contexto, temos como educadores a responsabilidade de buscar estratégias para o desenvolvimento de pessoas, e em especial das crianças, d

maneira a amenizar os danos de uma vida extremamente vitual.


Essa crescente evolução tecnológica quer ao nível dos dispositivos, quer ao nível das apps que vão conquistando o seu espaço na preferência do público, passam

dominar cada vez mais os espaços, sobretudo os educacionais.

Assim a maneira como acessamos a informação vai influenciar de sobremaneira na interação entre as pessoas e das pessoas com a informação também sofreram

mudanças significativas.

Um exercício de reflexão seria analisar a imagem abaixo para fazermos algumas considerações.

Figura ?? – Imagens de um show atualmente

Fonte: https://exame.com/tecnologia/spotify-oferece-compra-de-ingressos-do-eventbrite-a-partir-do-app , 2020

A interação deu lugar ao compartilhamento da informação, reflexos sobretudo de uma sociedade em rede e do avanço da Web 2.0 que nos faz sujeitos d

compartilhamento e que de certa forma levam ao desenvolvimento contínuo de uma sociedade que se caracteriza por ter uma economia global e, assim também d

uma nova cultura, a cibercultura.

Se a sociedade sofreu tantas mudanças, é fundamental que nos façamos a seguinte pergunta “O que mudou na escola? ”

Sabemos que o acesso a informação é mais aberto, que aprendemos por colaboração, que nos tornamos mais comunicativos, contudo o que percebemos é que

escola tem criado pessoas idênticas para uma máquina que não existe mais (MITRA, 2013).
Para Downes (2005), a construção do conhecimento não se dá apenas pela recolha e acumulação de fatos, mas antes por um “cavalgar das ondas” do ambiente d

domínio do indivíduo, das relações e conexões que se estabelecem com esse caos e da relação entre indivíduo, conhecimento e realidade.

Embora para alguns autores só existem três abordagens ou teorias de aprendizagem, por considerarem que essas abordagens já contemplam as características

conectivismo, aqui optou-se por adotar a mesma linha de raciocínio de Siemens (2004), que situa o conectivismo enquanto Teoria da Aprendizagem. Para ele, n

dias atuais, é evidente a adoção de uma abordagem cada vez mais relacionada ao crescimento da tecnologia e ao ritmo crescente do conhecimento.

INDICAÇÃO DE VÍDEO
O que é CONECTIVISMO

Para entender o que é, na perspectiva de George Siemens, acesse em

https://www.youtube.com/watch?v=MJDyX7_J51M&t=41s

Enquanto as demais abordagens da aprendizagem centram-se no indivíduo, para os conectivistas a aprendizagem pode residir fora do indivíduo, de modo que

pessoa tem a propensão a aprender sem antes ter o domínio de determinado assunto, ou seja, a ação pode ocorrer a partir da obtenção de informação externa a

conhecimento primário do indivíduo, que são o resultado de conexões estabelecidas nas redes da qual ele faz parte (SIEMENS, 2004).

Alguns autores, como Kop e Hill (2008), descrevem o conectivismo mais como uma perspectiva pedagógica do que uma teoria. Eles consideram que o Conectivism

se atém ao aspecto curricular do que se aprende, porque e como aprende, e não por tratar das questões do nível de instrução, que seria a intenção principal de um

teoria da aprendizagem.

Ao considerar que todo processo de formação adota modos diversos de ensinar e aprender, aliado à inserção de tecnologias através do conectivismo, é proposto u

trabalho de colaboração, cooperação e compartilhamento de conhecimentos voltado às novas abordagens de ensino e aprendizagem. Muitos destes desafi

apoiam-se e são construídos no pressuposto de uso das tecnologias da informação e comunicação entendidos como “recursos de ensino, de aprendizagem e d

pesquisa de natureza diversa, podendo ser de domínio público ou liberado, sob licença de propriedade intelectual que permitem a utilização gratuita e reutilização p

outras pessoas” (EDUCAÇÃO ABERTA, 2012).

Entretanto, não é o fato de estar disponível na web que faz com que um recurso seja virtual, online e aberto, somente se este tiver licença, o que também não f

com que este seja recurso educacional. Outro fator relevante é que a web é uma rede de informações, compartilhamento e produção de conhecimento que conté

muitos recursos, mas nem todos são elaborados com intencionalidade educativa.

Assim, a relação que aproxima tecnologias educacionais e aprendizagem se dá, principalmente, pela motivação para aprendizagem, que se inicia com

desenvolvimento de habilidades, segundo Piconez e Filatro (2015). São elas: procurar recursos capazes de atender, de forma adequada, a necessidade de estud

criar ou produzir recursos para complementar ou coproduzir novos recursos; saber utilizar na sala de aula, em outros espaços ou na web os conteúd

disponibilizados, e compartilhar todo conhecimento que pode ser usado e reusado.

Ao afirmar que os métodos e instrumentos de aprendizagem se modificaram, transformaram-se e evoluíram, encontram-se justificativas para a diferenciação no u

das tecnologias no processo educacional (KENSKI,2012). Isto se tornou mais evidente com a educação a distância, onde se trabalha com o desdobramento dessa

abordagens em novas gerações ou modelos de aprendizagem.

É possível, assim, afirmar que sua interferência, enquanto modelo de aprendizagem, não se limita apenas à modalidade a distância, mas sim a um novo formato d

aprendizagem.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Vamos refletir sobre criatividade e papel da escola.

Para lhe ajudar nessa reflexão indico assistir a palestra de Ken Robinson “ Como as escolas matam a

criatividade. ”

Acesse em

https://www.ted.com/talks/sir_ken_robinson_do_schools_kill
_creativity?language=pt

Recapitulando...

Nas seções da Unidade 1, discutimos sobre a o contexto vivenciado atualmente como fundamental para reflexão do contexto educacional, ao entender

características da sociedade em que estamos inseridos, somos capazes de identificar e planejar a prática pedagógica de maneira que esta seja socialmen

relevante.

Ao entender as características da Sociedade da Informação, somos capazes de conhecer e analisar concepções e teorias de aprendizagem recentes que contribua

para uma prática docente inovadora.

REFERÊNCIAS

AUSUBEL, D.P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

COUTINHO, C.; LISBOA, E. Sociedade da Informação, do Conhecimento e da Aprendizagem: desafios para educação no século XXI. In: Revista da Educaçã

vol. XVIII, nº 1, 2001. Disponível em:

<https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/14854/1/Revista_Educacao,VolXVIII,n.1_5-22.pdf>. Acesso em: 12 set. 2015.

DOWNES, S (2005¨). E-learning 2.0, 2005. Disponível em: http:// www.elearning.org/subpage.cfm


sectionarticles@article=29-1>. Acesso em: 30 nov. 2015.

EDUCAÇÃO ABERTA (2012). O que é REA. Recursos Educacionais Abertos (REA): um caderno para professores. Campinas-SP. Disponível em: http

www.educacaoaberta.org/wiki. Acesso em: 30 nov. 2015

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8 ed. Campinas: Papirus, 2012.

KOP, R.; HILL, A. Conectivismo: Teoria da Aprendizagem do futuro ou vestígio do passado? Internacional Rewiew of Research in Open and Distance Learnin

2008.

LEVY, P. O que é virtual?. 2 ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

NEWBY, T. Instrucional Technology for teachy and learning: design instrucion, integracion computers and using media, 1996.

SIEMENS, G. Conectivism: A learning theory for the digital age, 2004. Disponível em: <http:// www. elernspace.org/articles/conectivism.htm>. Acesso em: 20 no
2015.

TAKAHASHI, T. Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2009.

UNIDADE 2 - O Uso de Recursos Tecnológicos na Educação

Objetivos de Aprendizagem

 Analisar e comparar interdisciplinarmente as relações entre tecnologia, informação e educação, tendo em vista o conhecimento de sua dinâmica em

diversos contextos educacionais.

Contextualizando...

Antes de apresentar as tecnologias e ferramentas como sugestão que melhor se adequam ao ensino, é fundamental ao professor conhecer sobre as concepções

educação que influenciam diretamente no uso de tecnologias. Portanto, toda ação necessária ao uso de tecnologias de informação e comunicação passam antes pe

planejamento, inovação e criatividade.

2.1 A Educação que desejamos

"A educação não pode ignorar que o mundo sofreu uma grande reviravolta com a revolução digit
Martin Vett

Para começarmos a discussão desse tópico proponho que analisamos a frase abaixo do Professor José Moran (2010), quanto a educação que conhecemos e a qu

queremos:

Vivemos o paradoxo de manter algo em que já não acreditamsos completamente, mas não nos atrevesmos a incorporar plenamente novas propostas pedagógicas
gerenciais, masis adequadas à sociedade da informação e do conhecimento, para onde estamos caminhando rapidamente ( MORAN, 2010, p.18)

O que esse trecho nos revela é que temos consciência de que vivemos numa sociedade totalmente diferente daquela em que nascemos, aprendemos e acessamo

o conhecimento de forma diferente, mas continuamos a trabalhar numa escola que pouca transformação sofreu se comparada aquela que frequentamos.

Temos total consciência disso, mas o que temos feito?

Qual o nosso papel e desafio na construção de uma escola diferente hoje e para amanhã?

1º ponto: Temos que preparar nossas crianças e jovens para cada sociedade em permanente nudança e transformação, considerando que a tendência é de cad

vez menos conhecermos o futuro e o que de inovação este trará.


2º ponto: Devemos acessar e permitir o acesso cada vez mais aos meios digitais, afinal as coisas mudam e quem não acessas essas transformações tende

considerar as tarefas como cada vez difícil;

3º ponto: A tecnologia deve ser uma facilitadora.

Considerando esses três aspectos os espaços escolares devem ser pensando e planejados de maneira que os professores tenham autonomia e criatividade n

produção de diferentes recursos educativos e os alunos possam ter capacidade de trabalhar em colaboração e de se responsabilizar pela condução do seu process

de aprendizagem.

Esses espaços devem promover consequentemente experiências interativas/dinâmicas que se revestam de significado para professores e alunos.

2.2 Educação inovadora: por que as tecnologias são essenciais?

“Eu quero desaprender para aprender de novo


Raspar as tintas com que me pintaram
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos
Rubem Alve

Todos temos necessidade de aprendizagem permanente! Nesse sentido, as tecnologias têm muito a contribuir.

Vamos começar por uma breve descrição da palavra TECNOLOGIA, para entendemos porque ela se aplica tão adequadamente ao meio educacional.

TECNOLOGIA

O termo vem do grego Tekhno – (de tékhne, “arte” e e-logia (de logos, ou linguagem, proposição.

Tecnologia é uma palavra usada para designar atividades de domínio humano, que tem como base

o conhecimento de um processo ou o manuseio de uma ferramenta.

Ora vivemos numa sociedade de constante transformação!

E como vivemos na Unidade anterior, precisamos desenvolver espaços colaborativos de aprendizagem, considerando que n inguém sabe tudo e que sempre se pod

ensinar algo a alguém. Assim, as tecnologias nos trazem a oportunidade de poder aprender com os outros, próximos ou distantes de nós.

Como afirma Kenski (2012, p. 27), “assim como na guerra, a tecnologia também é essencial para educação. Ou melhor, educação e tecnologias são indissociáveis”

PARA REFLETIR
Jhon Seely Brown descreveu o seguinte contexto nos anos 80:
“ Em um mundo de ideal, nós teremos acesso constante a todo o conhecimento existente... salas de aula
se formarão espontaneamente em tempo real no ciberespaço, com pessoas entrando e saindo
constantemente... nós poderemos aprender ou frequentar aulas com quem quisermos... nós teremos
feedback de especialistas virtuais que nos observarão e ensinarão ... e finalmente, aprenderemos em
nossos sonhos.”
Isso era um sonho?
Ainda parece uma realidade distante para você?
Quando percebemos que a tecnologia é uma aliada fundamental a aprendizagem, a escola deve então “ utilizar, em seu proveito, com a maior amplitude possíve

todos os recursos formidáveis, como a imprensa, o disco, o cinema e o rádio, com que a ciência, multiplicando-lhe a eficácia, acudiu à obra de educação e cultura

que assumem, em face das condições geográficas e da extensão territorial do país, uma importância capital...” Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1952).

Então o que nos cabe como educadores?

Ainda são grandes os desafios para estruturar novos métodos didáticos que levem em conta as novas demandas da sociedade, as tecnologias da informação e

novo cidadão que surge desse contexto. Mas o que precisamos é considerar todas as experiências interessantes que vivenciamos e refletir sobre os dilema

complexos relacionados à nova dinâmica da educação e ao uso de tecnologias.

Passemos então considerar quanto às tecnologias dois aspectos fundamentais:

1. “... quando bem utilizadas, provocam alterações dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maio

aprofundamento do conteúdo estudado.” (KENSKI, 2012, p.45.)

Atenção!

“No começo estranha, depois entranha!”

Fernando Pessoa

2. O computador não substitui o professor, mas um professor que saiba usar computadores pode substituir outro que não saiba!

Nesse contexto cabe a nós professores perceber que:

• A aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor;

• O papel do professor será a mediação;

• Aprender depende do grau de maturidade do aluno; e

• Cabe ao professor a desenvolver no aluno autoconfiança.

Contudo esse é um processo que não acontece automática e aleatoriamente, é necessária a adoção de metodologias ativas, considerando aspectos como o

descritos por Willian Glasser (ano).

Figura 5 – Pirâmide da Aprendizagem de Willian Glasser


A associação de métodos ativos de aprendizagem e uso de tecnologias geram consequências como:

 Permitem transformação no acesso ao conhecimento;

 O aluno se torna protagonista do processo de aprendizagem;

 O desenvolvimento se dá por meio da integração educação e tecnologia;

 O professor inova cada vez adapta seu planejamento ao uso de tecnologias.

Figura 6 – O aluno para os métodos ativos

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4956/blog-tecnologia-nao-temos-um-computador-para-
cada-aluno-e-agora, 2020
Tomando como referência o pensamento de Rousseau (1995) que: “Sempre há o que aprender, ouvindo, vivendo e, sobretudo, trabalhando; mas só aprende quem

dispõe a rever a suas certezas.” Quais seriam então as bases para uma educação inovadora?

• Conhecimento integrador e inovador

• Desenvolvimento da autoestima/autoconhecimento

• Construção do aluno – cidadão

• Processo flexível e personalizado


Esses seriam, portanto, as bases para o conhecimento inovador e integrador que se baseia no contexto segundo Moran (2010):

Não consigo ver como é que se pode promover uma educação para o desenvolvimento humano apoiando a educação tradicional, centrada no ensino dos conteúdo
das disciplinas curriculares tradicionais. (...) Na metodologia (de projetos) muitas inovações podem ser colocadas em prática (seja a distância ou presencial).
Os alunos têm mais autonomia, aprendem (também) através da pesquisa, apoiada no trabalho em grupo (colaborativo), que, como nasce de uma situação concreta
é contextualizado. (MORAN, 2010, p.37)

Assim, aprender é conhecer na medida em que se estabelece relação entre o interno e o externo, e conhecer significa relacionar, integrar, contextualizar e incorpora

experiência ao conhecimento. Sendo considerado o conhecimento como uma propriedade intelectual que se compartilha, conforme Freire (2002, p. 22) “ensinar nã

é transferir conhecimento, mas é criar as possibilidades para sua produção ou construção.”

Pensemos então em uma estratégia!

Conhecer é compreender!

• Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar e contextualizar.

• Ao compreender o aluno alcança uma nova dimensão.

Conhecimento pela interação

• Sociedade conectada

• Redes de comunicação em tempo real

Interação é fundamental, mas só faz sentido se interiorizamos o que foi aprendido e reelaboramos esses conceitos. Precisamos pensar estratégias de transform

informação em conhecimento!

Figura 7 – Diferença entre informação e conhecimento


Fonte: https://encantadoresdepacientes.com.br/informacaoxconhecimento/ , 2021

Nesse sentido, as tecnologias podem e devem ajudar os professores a desenvolver junto aos alunos habilidades temporais, sinestésicas e criadoras, essa tem sid

uma exigência educacional atualmente. Embora haja alguns discursos que defendem que as tecnologias podem substituir o professor no futuro, o que se pode dize

é que sem o professor como mediador, o uso de um recurso ou de uma ferramenta com fins de aprendizagem não é efetivo.

IMPORTANTE!

As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo e mediam o nosso conhecimento de

mundo.

Contudo, nós professores não podemos mais adiar o uso das tecnologias nos meios educacionais, e nem tão pouco podemos fazer isso superficialmente

Precisamos buscar, conhecer e, principalmente planejar seu uso de acordo como competências, habilidades que almejamos desenvolver e com os conhecimento

que precisam ser adquiridos.

Nesse sentido, é fundamental buscar a organização da aprendizagem de maneira flexível, sendo o professor o elo que através de um planejamento criativo, inovado

e flexível promove não somente o ensino, mas a aprendizagem significativa de seus alunos, através das sugestões que a imagem a seguir sugere.

Fonte: Bastos, 2020.

Assim, devemos buscar constantemente desenvolver ações para uma EDUCAÇÃO INOVADORA, conforme sugere Delors (2003, p.99) “ A educação deve contribu

para o desenvolvimento total da pessoa – espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. ”

Para auxiliar de maneira prática como o professor pode planejar suas atividades didáticas com este fim, apresentamos uma estratégia que contribui muito com ess

planejamento educativo inovador e criativo, que são os 4’C da Educação.

2.3 Os 4Cs da Educação

A busca por estratégias pedagógicas que levem o aluno a “aprender bem” configura-se como uma das principais inquietações dos professores no século XXI. Par

Pedro Demo (2009), só é possível aprender bem quando há um envolvimento do aluno, isto é, o fundamental é contextualizar os conteúdos de forma que
educando perceba a relevância daquilo que está sendo estudado. Sendo assim, o aluno deverá ser o centro do processo de ensino e aprendizagem, send

participativo e ativo.

Neste contexto, é notório que um processo de ensino e aprendizagem considerado eficaz há 50 anos não é suficiente para promover a aprendizagem dos alunos n

contemporaneidade.

Desta forma, é imprescindível uma mudança na forma de organização da prática pedagógica, que deve priorizar o desenvolvimento de habilidades específicas em

seus alunos. Sendo assim, a NEA (Nacional Education Association), maior sindicato de trabalhadores dos Estados Unidos da América que representa: o

professores de escolas públicas, corpo docente e funcionários de universidades, educadores aposentados e estudantes universitários que estão se preparando par

a docência, entrevistou líderes de todos os tipos para determinar quais são as habilidades mais importantes para um educando do século XXI.

Nas respostas foram obtidas, quase em unanimidade, quatro habilidades consideradas mais importantes, que ficaram conhecidas como os 4 C’s e originaram o gui

intitulado An Educator’s Guide to the Four C’s, elaborado em parceria com algumas instituições e associações norte americanas.

Para o NEA, a discussão acerca dos 4C’s é fundamental para encorajar os educadores a incorporarem esse conceito em suas práticas educativas, visto que

mesmo visa preparar os alunos para os desafios do século XXI. Segundo o guia, os estudantes de hoje não podem ser formados a partir de apenas três aspectos

que são: leitura, escrita e aritmética.

As exigências da sociedade atual preconizam que os estudantes sejam comunicadores proficientes, criativos, colaboradores e pensadores críticos, ou seja, qu

desenvolvam os 4Cs, pois assim estarão preparados para a cidadania e a força de trabalho. Ao longo do guia, a utilização das tecnologias da informação

comunicação é citada como uma prática imprescindível para o desenvolvimento dos 4Cs, pois as TIC podem contribuir para a produção individual e coletiva, bem

como o grande número de ferramentas da web 2.0, disponíveis para o uso, proporcionam o desenvolvimento de atividades que correlacionam às quatro habilidades

O documento destaca as peculiaridades dos 4Cs, bem como estratégias para os professores desenvolverem atividades que visem o despertar de tais habilidade

em seus alunos, conforme consta a seguir:

a) Criticidade

É impossível “aprender bem” sem o estímulo do pensamento crítico que é fundamental tanto para o sucesso na carreira profissional quanto acadêmica.

É por meio do estímulo a criticidade que o aluno será capaz de analisar e interpretar com precisão e exatidão, além de resolver problemas e tomar decisõe

sensatas. Desta forma, também serão desenvolvidas outras habilidades, como o maior nível de concentração e processamento do pensamento. É importante

realização de atividades que levem o aluno a estabelecer conexões entre informações, expor seus argumentos, interpretar e refletir criticamente sobre experiência

de aprendizagem;

B ) Colaboração

O guia destaca a importância do trabalho pautado na coletividade, onde o aluno será capaz de expor seus argumentos, bem como ouvir as ideias dos colegas

Dessa forma, será estimulado o exercício da flexibilidade e a capacidade de assumir responsabilidades partilhadas;

C)Comunicação

Esta habilidade tornará o aluno capaz de articular pensamentos e ideias de forma eficaz usando a oralidade e a escrita, através dos diferentes propósitos d

comunicação (instruir, motivar, informar etc). Atividades que utilizem diversas mídias e tecnologias, assim como os seus impactos na sociedade são primordiais par

o estímulo da comunicação;
d)Criatividade

Diante da concorrência global é fundamental a formação de profissionais criativos e que saibam inovar. O guia registra que para o palestrante Kenneth Robinson,

criatividade deve ser tratada com o mesmo status da alfabetização, pois é tão importante quanto ela na educação. Atividades que tenham o aluno como centro d

processo educativo e que ele seja estimulado a criar “de forma original” são extremamente relevantes.

Para conhecer mais sobre os 4Cs aplicados a educação.

Acesse o artigo “COMUNICAÇÃO, COLABORAÇÃO, CRIATIVIDADE E CRITICIDADE: OS 4C E OS SABERES

DO DOCENTE DA EDUCAÇÃO BÁSICA” , dos autores Luana Priscila Wunsch, Melanie Bordignon da Cruz,

Daiane Adriana Amaral de Mattos Blaszkowski e Luiz Roberto Cuch, acessível em

https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24758_13961.pdf

Recapitulando...

Nas seções da Unidade 2, discutimos sobre a aprendizagem, suas características, processos e teorias, e como o planejamento adequado com uso de tecnologia

pode contribuir para o processo de aprendizagem significativa. Além disso, apresentamos como 4Cs podem auxiliar e muito o professor nesse processo.

REFERÊNCIAS

BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.


DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MORAN, José Manuel. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2010.

NEA (Nacional Education Association). Guia Four C for Education. Disponível em: https://www.nea.org/Acesso em: 18/12/2020

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012.

ROUSSEAU, Jean Jacques. Emílio ou Da Educação. Tradução Monica Stahell. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

AZEVEDO, Fernando de. Manifestos dos Pioneiros Da Educação Nova e dos educadores. et al. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 201

122 p. (Coleção Educadores.)


UNIDADE 3 – TECNOLOGIAS, INOVAÇÃO E ENSINO E APRENDIZAGEM

Objetivos de Aprendizagem

Desenvolver senso crítico sobre o uso, atualização e adaptação das tecnologias educacionais, sobretudo, no que se refere ao desenvolvimento do aluno e d

processo educacional como todo.

Contextualizando ...

Ao apresentar algumas tecnologias aplicadas ao ensino e aprendizagem, o que esperamos é contribuir com o professor nos processos de mediação d

aprendizagem. Esperamos também, contribuir com criatividade e inovação nos processos educativos. Assim, esperamos que você perceba que não são

ferramentas tecnológicas que determinam o processo educacional inovador, mas sim como elas podem contribuir no processo de colaboração e afetivida

planejados pelo professor em sua atuação docente.

3.1 Tecnologias Educacionais

O primeiro objetivo de qualquer ato de aprendizagem, acima e além do prazer que nos possa dar, é o de que deverá servir-nos no presente e valer-nos no futuro.
(BRUNNER, 1970).

3.1.1 O papel do professor enquanto mediador educacional

Os avanços científicos e tecnológicos, as modificações do sistema de produção e os novos paradigmas de desenvolvimento econômico estão, uma vez ma

afetando a organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, o que vem repercutir na qualificação profissional, e consequentemente nos sistemas de ensino (GU

2016). Esse contexto nos leva a perceber a educação como um processo complexo.
Figura 8 – A educação complexa

Fonte: Dados da autora ( 2020).

Ao pensar a aprendizagem como algo complexo, ensinar e aprender passam a se configurar como um processo que exige flexibilidades nos meios, processos

como os conteúdos devem ser trabalhados. Isto porque, vivemos em mundo de muitas informações e constantes transformações.

Nesse contexto é possível saber quais as informações são adequadas?

Na maioria das vezes, cabe ao professor ser o mediador do processo de construção do conhecimento, considerando que para o aluno este deve ser um processo

construção e de conquista, em que a aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. O que devemos então considerar:

1. Papel do professor será a mediação;

2. Aprender depende do grau de maturidade do aluno;

3. Cabe ao professor a desenvolver no aluno autoconfiança:

Para auxiliar o professor nesse processo, é fundamental que o planejamento da ação didática considere alguns aspectos que venham permitir que esta se

inovadora, criativa e mediadora, como os descritos na Figura a seguir:


Figura 9 – Educação inovadora e criativa

Fonte: Dados da autora (2020).

Como vimos na Unidade anterior, pensar estratégias inovadoras aplicados a processos didáticos, pode te um grande aliado... O uso de tecnologias educacionais!

Vamos partir do entendimento da terminologia da palavra TECNOLOGIA, que é a junção de TECNO ( que quer dizer técnica) e LOGIA ( que quer dizer estudo

sendo portanto, essa uma palavra que ao nosso contexto pode de ser um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos

materiais criados e/ou utilizados para determinado fim/objetivo, no nosso caso, o educacional.

Isso se aplica perfeitamente, considerando que o contexto educacional que vivenciamos passa por constante transformação e evolução, e que ainda se baseia num

processo de aprendizagem baseado na informação textual onde muitos professores possuem resistências quanto ao uso de recursos de comunicação e informaçã

diversos.

Então o que fazer? Como promover um processo de aprendizagem múltiplo e diverso para alunos que aprendem de forma diferenciada?

Para responder a essas questões, proponho que você analise a Figura a seguir.

Figura 10 – A transformação da web


Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Diferencas-entre-a-Web-10-e-a-Web-20_fig1_261562456

A evolução da web e como acessamos o conhecimento, traz uma grande responsabilidade para nós educadores. Se não acessamos mais o conhecimento da mesm

forma, porque ainda ensinamos da mesma forma?

Se essa pergunta também lhe inquieta, temos então um bom motivo para repensar nossa ação educativa de maneira a:

 Estimular processo de voltem-se para participação coletiva;

 Promover ações de colaboração e não apenas de cooperação;

 Estimular a publicação e a comunicação dos conteúdos produzidos;

 Permitir que os alunos se vejam como autores.

Mas como fazer isso? Como fazer com que nossos contextos de aprendizagem levem a essas ações?

1º passo: O professor deve constantemente fazer uso da criatividade no seu planejamento, durante a mediação e no processo de avaliação.

2º passo: Toda ação educativa deve promover a colaboração e responsabilidade por parte do aluno.

3ºpasso: Buscar constantemente por experiências interativas/dinâmicas que se revestem de significado para professores e alunos.

3.2 Tecnologias de mediação, interação e comunicação

“Temos obrigação de tentar todas as possibilidades de aprendizagem com os recursos que temos!”
Adelina Mou

Entendendo isso, podemos então pensar como as tecnologias podem nos auxiliar nesse processo do planejamento a avaliação. Sendo capaz de penceb

criticamente o contexto em que estamos inseridos, quem é nosso público, quais os recursos que possuímos e quais os fins que queremos alcançar, nos cabe ago

utilizar os meios que melhor se adequam.

A seguir apresento alguns desses recursos e como eles podem auxiliar no professor no processo de mediação e aprendizagem.

3.2.1 Tecnologias aplicadas ao desenvolvimento do pensamento crítico


Acessar o conhecimento, selecionar informações e ampliar o referencial teórico, esse é um dos princípios primeiros na construção do conhecimento e n

desenvolvimento do aluno como sujeito fundamental nesse processo. Assim, as bases de busca na Internet são uma excelente ferramenta de pesquisa

colaboração.

Segue algumas sugestões e possibilidades didáticas.

Google pesquisa

O Google facilita a exploração, a visualização e a comunicação de grandes conjuntos de dados.

Figura 11 – Página inicial do Google

Fonte: https://www.google.com/

Google acadêmico Beta

O Google Scholar ou Google Acadêmico em português, assim como o Google é um mecanismo virtual de pesquisa livremente acessível que organiza e lista text

completos disponíveis na literatura acadêmica em uma extensa variedade de formatos de publicação.

O Google Acadêmico é uma forma simples de pesquisar literatura acadêmica. Pesquise dentre uma variedade de disciplinas e fontes: artigos, teses e livros.

Figura 12 – Página inicial do Google Acadêmico


Fonte: https://scholar.google.com/

Domínio Público

Este é também um portal de pesquisa on-line em português, que funciona como uma Biblioteca Digital de software livre.

Para ter acesso ao portal o acesso é www.dominiopublico.gov.br

Figura 13 – Página inicial do Portal Domínio Público

Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Essa biblioteca digital possui um acervo com mais de 123 mil obras e um registro de 18,4 milhões de visitas, o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual d

Brasil.

Foi lançada em 2004, o portal oferece acesso de graça a obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio públic

ou que tenham a sua divulgação autorizada.

3.2.2 Tecnologias aplicadas à comunicação e mediação

WhatsApp

O WhatsApp é um aplicativo de comunicação que possuí várias funções, entre elas a possibilidade de fazer chamadas de voz em smartphones. Sua principal funçã

é o envio de mensagens de texto, envio de imagens vídeos, documento em pdf, localização e compartilhamento de contatos.

Figura 14 – Logo WhatsApp


Fonte:htps://inglesnoteclado.com.br/2016/05/whatsapp.html

Você deve estar se perguntando como o WhatsApp pode ser utilizado como ferramental educacional? Pois bem, ha várias possibilidades como já dissemos ante

sendo necessária sempre uma ação de planejamento do professor. Mas, podemos indicar alguns usos:

1. Como comunidade virtual: em que o professor cria grupos, compartilha matérias, podendo incluindo responsabilizar os alunos para alimentação do grupo

2. Para escrita colaborativa: pode ser uma excelente ferramenta para construção colaborativa, podendo o professor programa período para realização d

atividade;

3. Como repositório: espaço de armazenamento de materiais, textos, imagens e vídeos.

Plataformas de Web Conferência, Cursos ou Aulas Remotas

Google Meet

O Meet é uma das plataformas virtuais mais utilizadas para reuniões e encontros virtuais, pois facilita a participação através de videochamadas.

Com ele é possível cria reuniões e compartilhar link de acesso, sem se preocupar se colegas de equipe, alunos, ou clientes têm a conta ou os plug-ins certos. Poss

uma interface leve, intuitiva e rápida que permite o gerenciamento inteligente de participantes. Na versão paga, não possui limite de participantes, e na gratu

permite até 150 participantes simultâneos.

Figura 15 – Logo do Google Meet

Fonte: https://apps.google.com/intl/pt-BR/meet/how-it-works/
Passo importantes para criar salas no Google Meet

Passo 1 - Criar uma nova reunião


Para criar uma nova videochamada, faça login na sua Conta do Google ou inscreva-se gratuitamente.

Passo 2 - Convide outras pessoas para sua reunião on-line


Inicialmente, o Meet foi criado para ser uma plataforma corporativa, com as necessidades de formação online e uso de recursos a distância e abertos, a plataform

passou por alterações, implementando várias ferramentas que fizeram com que a mesmo ficasse mais atraente e intuitiva.

Figura 16 – Sala do Google Meet para reunião

Fonte: https://apps.google.com/intl/pt-BR/meet/how-it-works/

Entre as vantagens de uso do Google Meet como ambiente virtual para aulas on-line estão:

1. A tela de reunião ou de sala permite a visualização de vídeo e áudio;

2. A pessoa pode escolher layouts e configurações de tela, pois o mesmo possui vários modelos ajustáveis;

3. Os organizadores da reunião possuem total controle e autonomia sobre a mesma;

4. Permite gravação para disponibilização posterior pelo Google Drive;

5. É possível fazer compartilhamento de tela com os participantes;

6. Permite interação com os participantes através de troca de mensagens;

7. Possibilita a integração com vários apps do Google e Microsoft Office, como Google Drive e Agenda.

Zoom Meeting

O Zoom Meetings é uma ferramenta de videoconferência voltada para ambientes corporativos, mas que também passou a ser utilizada como ambiente

aprendizagem para reuniões e encontros remotos.

Figura 17 – Logo do Zoom Meeting


Fonte: https://blog.betrybe.com/ferramentas/zoom-meeting/

O maior diferencial dessa plataforma e, que faz como que se seja considerada uma das mais utilizadas para esse fim, é que a mesma suporta reuniões com até 50

participantes e 10 mil expectadores no modo webinar.

Para além do contexto organizacional passou a ser muito difundida nos meios educacionais por ser uma solução que se destaca pela estabilidade da conexão e

qualquer dispositivo.

Figura 18 – Interação do aluno com professor pelo ZOOM

Fonte: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=qRcB7US2XEs

Entre as vantagens de uso do ZOOM Meeting estão:

1. Uma reunião, webinar ou conferência no Zoom Meetings oferece chat em tempo real, transferência de arquivos, controle de microfones, quadro de anotações

compartilhamento de tela de um ou mais membros com funções avançadas;

2. É possível, por exemplo, compartilhar um material do computador e liberar o acesso para outra pessoa interagir com ele e fazer marcações;

3. O administrador de uma reunião também pode separar participantes em grupos com videochamadas independentes para uma atividade pontual, e traz

todos de volta para uma única sala virtual após um determinado período;

4. As chamadas podem ser gravadas em vídeo ou apenas áudio e armazenadas na nuvem do Zoom ou obtidas em um arquivo MP4 que pode s

reproduzido em qualquer player. Nos planos mais avançados, é possível adicionar transcrição automática da reunião;

5. É possível integrar o software ao calendário da empresa para marcar reuniões e obter lembretes, assim como obter uma série de relatórios
participação, incluindo o monitoramento de atividade – é possível saber, por exemplo, quais membros minimizaram o vídeo no meio da reunião;

6. Funções adicionais podem ser obtidas por meio de integrações com serviços de terceiros, como Google Agenda, Dropbox, Google Drive e outros.

3.2.3 Tecnologias aplicadas a mediação e avaliação

Blog

O termo blog ou weblog é uma página web atualizada com grande frequência através de “posts” normalmente de pequenas dimensões podem ainda ser inserido

áudio, vídeo, animações e outras hiperligações.

Podem ser utilizados como recursos pedagógicos, como estratégia educativa, como espaço de acesso a informação, como portfólio digital, como espaço de deba

etc. Sucesso mundial e a cada minuto cresce de forma geométrica. Porque é fácil criar, atualizar e alimentar.

Uma sugestão gratuita e intuitiva para realização de blogs individuais e compartilhados é Blogger, através do site www.blogger.com

Figura 19– Página inicial do Blogger

Fonte: https://rockcontent.com/br/blog/blogger/

Quais as principais vantagens de uso do Blogger?

1. Você pode criar um blog em poucos minutos, devido à interface intuitiva da plataforma;

2. Servidor e domínio incluídos, ou seja, com uma conta no Gmail você tem acesso e

armazenamento;

3. É possível fazer conteúdos de qualidade, criativos e colaborativos;

4. Compartilhamento e divulgação em redes sociais;

5. Inserir recursos diversos como vídeos, sites de busca e podcasts.

Wikis

Criar um wiki é outro recurso bastante inovador para ser utilizado em aulas criativas. A wiki é um site ou ambiente que permite que os usuários insiram conteúdos
modifique textos já existentes (LEAL, 2019).

A maior vantagem de seu uso como recurso didático é o fato de ser colaborativo, uma vez que um novo post é inserido no wiki, todos os indivíduos estão aptos

contribuir inserindo complementos ao texto original, ou corrigindo o que foi publicado, sendo que os autores não necessitam pedir permissão para o autor porque to

mundo está convidado a contribuir e o produto final é coletivo.

Como sugestão o professor pode criar uma enciclopédia digital, um glossário virtual ou mesmo criar textos de forma colaborativa.

A wiki se tornou muito popular em nossos meios após o surgimento do site Wikipédia.

É possível fazer wikis através da Ferramenta Wikispaces ( www.wikispaces.com) e do Google Drive, com uso de ferramentas de escrita colaborativa.

Padlet

Permite que o aluno expresse suas ideias/opiniões sobre um determinado assunto. Trata-se de um mural onde se pode colocar qualquer tipo de conteúdo (tex

imagens, vídeo e hiperligações) juntamente com outras pessoas, a partir de vários aparelhos (computador, tablet e smartphone), acessan

www.padlet.com (FILATRO; CAVALCANTI, 2018).

Figura 20 – Painel do Padlet

Fonte: https://luciamendes.wordpress.com/20-maneiras-uteis-para-usar-padlet-em-sala-de-aula/

Com a Padlet o usuário conta pode criar vários murais individuais ou compartilhados. Então, o padlet é um mural virtual e colaborativo, que permite experiências

aprendizagem diferenciadas como:

1.Permite que notas, imagens, links e vídeos sejam adicionados e disponibilizados em qualquer dispositivo;

2.É possível reunir ideias, compartilhar e modificá-las constantemente.

10 Sugestões de como usar o padlet em aulas e atividades criativas:

1. Diário de bordo – os alunos podem fazer resumos das aulas anteriores, sendo essa excelente
estratégia para revisar conteúdo;

2. Anotações Colaborativas – durante uma aula ou apresentação os alunos podem trabalhar

individual ou coletivamente adicionando notas ao padlet;

3. Checklist de evento – para fazer o planejamento de uma reunião, festa, viagem ou aula de campo.

O padlet pode ser utilizado para incluir fotos, registros, links e mais;

4. Webquest –criação de páginas estáticas que incluam links para sites e perguntas orientadoras. Os

alunos podem criar uma webquest ou colaborar em uma criada pelo professor;

5. Repositório Virtual – utilizado para fazer upload de arquivos importantes para uma aula ou

atividade, em que os alunos possam baixar os links e arquivos a qualquer momento;

6. Whiteboard ou quadro branco – os alunos podem utilizar para escrever perguntas, respostas,

ideias em um quadro branco;

7. Apresentações de trabalhos e pôsteres - como a função de um cartaz virtual, os alunos podem

utilizar em apresentações de atividades individuais ou coletivas;

8. Coletânea de Vídeos – como repositório de vídeos sobre uma aula ou disciplina, que pode ser feito

pelo professor ou colaborativamente como atividade de pesquisa dos alunos;

9. Storytelling interativo – é possível criar história ou contar interativamente com ideias dos alunos,

registradas no padlet;

10.Reunião de respostas globais e divulgadas em comunidades– criar um padlet com perguntas e respostas e

postar em redes sociais usando # (hastags).

Plataformas e Apps de criação e divulgação de vídeos

Powtoon

O Powtoon é um software de animação on-line que permite aos usuários criar apresentações animadas, manipulando objetos pré-criados, imagens importada

música e vozes criadas pelo usuário.

 O Powtoon usa um mecanismo  Adobe Flex para gerar um arquivo XML que pode ser reproduzido no visualizador on-line do Powtoon, exportado para
YouTube ou baixado como um arquivo MP4, além de permitir que esses vídeos possam divulgadas e armazenados em mídias diversas (LEAL, 2019).

Figura 21 – Logo do Powtoon


Fonte: https://www.powtoon.com/pt/blog/melhor-software-de-animaca-gratis-para-criacao-deos-
explicativos
Essa plataforma permite a criação de apresentações na forma de slides e vídeos animados, como vantagens apresenta o fato de ser intuitivo e tem uma interfac

bem organizada não necessitando de fazer o download.

Figura 22 – Página Inicial do Powtoon

Fonte: https://www.powtoon.com/pt/blog/melhor-software-de-animaca-gratis-para-criacao-deos-
explicativos
Ao acessar www.powtoon.com, o usuário precisa apenas escolher, arrastar objetos e/ou escrever texto; possui uma interface muito parecida com a de
plataformas de apresentação como Power Point e canva.

Para acessar um tutorial sobre uso do Powtoon acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=0dCeCLBgwV8

aTube Catcher

Essa é uma plataforma que permite ao usuário baixar vídeos e músicas para o seu PC, Smartphone, iPod e TV, a partir de vários sites da Web, incluindo MySpac

Dailymotion, Metacafe, Spike, Yahoo, Globo, RTVE e muito mais.

Figura 23 – Página inicial do aTube Catcher


Fonte: https://atubecatcher.com.br/

Como recurso didático permite que se converta e exporte os vídeos e músicas baixados para qualquer aparelho com iOS, Windows Phone e Android, em divers

formatos suportados. Você também pode gravar DVD's e BluRay sem a necessidade de softwares adicionais.

Os formatos de vídeo suportados pelo atube Catcher incluem 3GP, 3G2, AVI, XVID, MP4, MP3, MP2,

WMA, WMV, GIF, FLAC, WAV, PSP, MPG, VOB, OGG, MOV e AVI.

Ou seja, as diversas plataformas de vídeo, como, por exemplo, o YouTube, irão permitir download do

vídeo que o usuário quer que sejam baixados.

PodCast

O uso do podcast como recurso de comunicação não é atual, seu uso remota dos programas de rádio, sendo esse configurado como uma forma de transmissão d

arquivos multimidias na internet. Inicialmente, os podcast nasceram inspiridos nos pr ogr amas de rádi o, o podcas t nada mai s é d o q u e u ma f o r ma d

tr a n s mi ssã o de ar qui vos mul ti mí di a na I nt er net , cri a da pel os próp ri os usuári os (FILATRO, 2019).

5 Estratégias de uso do podcast como ferramenta avaliativa ou de mediação:

1. Noticiário;

2. Documentário;

3. Entrevista;

4. Apresentação de Trabalhos;

5. Comunidades colaborativas.

Duas ferramentas podem ser utilizadas para criação de podcast: O Podomatic e o Anchor.

O Podomatic pode ser acessado pelo endereço www.podomatic.com, e é uma plataforma que permite gravar e divulgar os arquivos em áudio

mesmo lugar, pois é ao mesmo tempo um repositório, além de que possibilita o compartilhamento do podcast em várias redes sociais, como Facebook e Twitter.
Figura 24 – Logo do podomatic

Fonte: www.podomatic.com

O Anchor é uma plataforma virtual criada e oferta pelo Spotify, que pode ser acessada on-line para consulta de podcast, mas a plataforma baixada permite grava

editar, carregar on-line e divulgar os arquivos através de redes sociais, como arquivos de áudio e ainda, em plataforma de stream.

Figura 25 – Logo do Anchor

Fonte:https://www.maistecnologia.com/spotify-anchor-facilita-nos-podcasts/

C o mo re cu rso educ aci onal pode se r u ti l i zado pa ra tr ans mi ssã o de ar qui vos , onde é po ssí vel se di sponi bi l i za r a rq u i v o s, l i sta s

se l e çõ e s de músi ca s ou si mpl e smen te fal a m e expõe m sua s opi ni ões sobr e os mai s di ver sos as sunt os (LEAL, 2019)

C o mo f e r ram ent a aval i a ti va per mi t e cri a r material áudio e apresentá-lo, de forma organizada, em uma página web. Entre essas posibilidades cria-se um

espécie de rádio virtual direcionada para assuntos específicos, ou seja, de acordo com as características de cada ouvinte.

SOCRATIVE

Permite a elaboração e aplicação de questionários (preparação de testes, quizzes etc.) fornecendo feedback em tempo real da aprendizagem do aluno.

Por meio de um sistema de perguntas e respostas o professor pode recolher as respostas dos alunos, percebendo melhor a sua compreensão relativamente a

temas em estudo dispensado.

Figura 26 – Exemplo de questão de ranking no Socrative


Fonte: www.socrative.com

Entre outras possibilidades avaliativas, o Socrative permite que o professor crie salas, configure as questões e seus formatos, programe possibilidades de respost

orientações e período de realização pelos alunos.

3.2.4 Tecnologias aplicadas a colaboração

Wix

O uso de site pode ser excelente recurso para estimular a criatividade e o pensamento crítico dos alunos, uma vez que permite ao professor postar atualizações

realizar tarefas para e com eles.

Figura 27 – Exemplo de uso de site como recurso educacional

Fonte: Site: ecologiaemrc.wixsite.com/ecologia

Além de ser um excelente recursos para aulas, ou repositóros de cursos online e webinars.
Quer saber o que é um Webinar? E como fazer um?

Assista ao vídeo. Disponível em:

https://youtu.be/R7IrGnaKP_g

Ao usar o wix ou outra plataforma como o Google Sites você tem a vantagem de criar sites personalizados do zero ou usar templates disponíveis.

O Wix permite criar uma página para disponibilizar gratuitamente conteúdo on-line. Basta adicionar texto, imagens e vídeos tirando partido das centenas de templat

apresentados sem necessidade de programação.

Figura 28 – Logo do wix

Fonte: https://pt.wix.com
Thinglink
É uma excelente estratégia para adoção do uso de realidade virtual no contexto educacional, uma vez, que constatemente utilizamos em nosso dia a dia. No contex

educacional aplicativos de realidade virtual proporcionam aos alunos uma excelente oportunidade de colaboração (FILATRO, 2019).

O Thinglink é uma plataforma que funciona sem a necessidade de recursos físicos como óculos virtuais, além de ser uma ferramenta que permite que dispositivo

como tablet e celulares funcionem como ambientes de criação. Uma vez que é um aplicativo que permite que os usuários criem atividades interativas, demonstrand

compreensão sobre determinados assuntos.

Figura 29 – Exemplo de uso didático do Thinglink


http://thinglinkblog.com/2018/12/17/developing-digital-literacy-with-thinglink-aligning-to-
Fonte:
common-core-standards/
Este recurso permite que professores e alunos possam incorporar ao conteúdo, recursos multimídias, imagens e vídeos, e como vantagem essa incorporação d

mídias faz com que se possa vincular a outros recursos na web. Os links podem levar os usuários a páginas da web informativas, gravações de áudio e vídeos.

Para começar a usar o aplicativo, basta escolher a imagem que deseja usar. Em seguida, adicione alvos em qualquer ponto da imagem. Conecte esses destinos

conteúdos multimídia como textos, links e vídeos. Compartilhe o link. Pronto, é simples assim.

Figura 30 – Exemplo do uso do Thinglink

Fonte: www.thinglink.com

Uso de Mapa Conceitual

De acordo com Novak (2006), mapas conceituais são ferramentas para a organização e representação do conhecimento, hierarquizando conceitos, usualmen

colocados dentro de círculos, conectados por linhas e palavras (conectores) que representam as relações entre esses conceitos.

A técnica do mapeamento conceitual foi criada por Novak como uma forma de aplicação da teoria de aprendizagem de David Ausubel.
Figura 31 – Charge sobre aprendizagem significativa

Fonte: https://descomplica.com.br/artigo/aprenda-com-as-tirinhas-da-mafalda-sobre-politica-e
cidadania,

Existem várias ferramentas de construção de mapas conceituais que podem ser utilizadas na educação.

Figura 32 – Ferramentas de construção de mapa conceitual

Fonte: Dados da autora (2020).

O uso dessas plataformas para construção de mapas conceituais proporciona que estas sejam utilizadas como:

 Indexadores de Conteúdo;

 Ferramenta de apoio à Revisão Bibliográfica;

 Apoio a projeto de aprendizagem;

 Ferramenta colaborativa;

 Ferramenta avaliativa.

Para lhe auxiliar nesse processo, selecionamos algumas das plataformas mais utilizadas para construção de mapas conceituais, bem como acessá-las e se

diferenciais.
Quadro 1 – Plataformas para construção de mapas conceituais

PLATAFORMA CARACTERÍSTICA ACESSO


CmapTools A ferramenta gratuita, permite abrir caixas com as https://cmaptools.softonic.com.br/
ideias soltas e depois criar os vínculos entre elas.
Tem interação com Internet.

Mindomo Ferramenta gratuita. Cria apresentações https://mindomo.softonic.com.br/


automaticamente, a partir dos mapas que podem
ser compartilhados em qualquer dispositivo.
Permite trabalho off-line.

MindMeister Para usar esse app é preciso se registrar, mas o www.mindmeister.com/sign-up


uso é gratuito.
Existe uma versão mais completa, paga. Permite
compartilhar o mapa ou exportá-lo.
Funciona off-line.

SimpleMind+ Gratuito. Fácil de usar, com possibilidade de https://simplemind.eu/


arrastar, reordenar e editar os assuntos
diretamente nas páginas do mapa.
Tem versão pega, com mais funcionalidades.
Os documentos podem subir para a nuvem e ser
acessados de diversos dispositivos pelo Dropbox.
MindBoard Classic Permite que se escreva no teclado e com o dedo. www.mindboardapps.com
Para evitar toques indesejados, tem detector da
palma da mão. Oferece vários pincéis e cores e
permite exportar os mapas em PDF.

XMIND • Disponível para Windows, Mac OS X e


Linux
• Portable, ou seja, é possível rodar
diretamente do Pen Drive
• Elaborar o seu portfólio no formato de
um mapa mental

Fonte: Dados da autora ( 2020).


Infográficos

Como vimos até aqui nossa função docente não está voltada apenas para transmissão do conhecimento, mas sim a mediação! Essa, contudo não é uma tarefa fác

mas pode ser interessante e produtiva, planejarmos e utilizarmos as ferramentas adequadas (FILATRO, 2019).

Os infográficos tornam-se alternativas eficazes no processo de produção, sistematização e compartilhamento da informação, e que podem levar os leitores a um

melhor compreensão e construção do conhecimento.

Figura 33 – Exemplo de uso do infográfico como recurso educacional

Fonte: Canva ( 2020).

Este recurso audiovisual trata-se de uma escolha muito acertada, pois com ele não há o risco de criar uma leitura maçante nem o uso de imagens vazias, q

acabam prejudicando a aprendizagem (FILATRO; CAVALCANTI, 2018). O infográfico na educação a distância ajuda a melhoria da compreensão informações

conceitos além de reforçar a capacidade de pensar criticamente, desenvolver e organizar ideias.

É possível fazer infográficos com e sem uso de tecnologias educacionais, contudo ao usar plataformas virtuais é possível estimular a colaboração e a criativida

com vários recursos. Uma ferramenta que pode auxiliar nessa construção é o CANVAS.

Canva

Canva é uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais

Está disponível on-line e em dispositivos móveis e integra milhões de imagens, fontes, modelos e ilustrações, basta acess
https://www.canva.com/pt_br/.

Figura 35 – Página inicial do CANVA para construção de infográfico

Fonte: CANVA( 2020).

No Canva, você consegue alterar o design do seu infográfico da forma que quiser, pois o editor conta com um recurso de posicionamento fácil de usar: é só arrast

e soltar os elementos. Além disso, você também tem a liberdade de alterar a fonte do texto e as cores do seu design para produzir uma peça exclusiva, contudo com

todo recurso requer planejamento prévio de quem vai criá-lo.

3.2.5 Tecnologias aplicadas à gamificação

Até aqui vimos alguns recursos e suas possibilidades de uso educacional.

Muito se fala sobre a gamificação como tendência pedagógica, e muitas das vezes sabemos que essas são ações inovadoras em contextos de aprendizage

diversos (LEAL, 2019).

O certo é que a gamificação não se limita a uso de alguns recursos, mas sim a ação docente. Contudo algumas plataformas podem nos ajudar nessas açõe

Algumas vimos anteriormente, como sites, como mapas conceituais e até mesmo a plataformas avaliativas como Socrative.

Existem tecnologias educacionais que podem auxiliar nessa tarefa, como, por exemplo, o Kahoot!

Kahoot!

Kahoot! É uma plataforma de aprendizado baseada em jogos, usada como tecnologia educacional em escolas e outras instituições de ensino.

Figura 36– Logo do Kahoot!


Fonte: http://isisdesigneravaliacao.blogspot.com.br/

Seus jogos de aprendizado, "Kahoots", são testes de múltipla escolha que permitem a geração de usuários e podem ser acessados por meio de um navegador

Web ou do aplicativo Kahoot.

Figura 37 – Página de jogo do Kahoot!

Fonte: https://gigisplayhouse.org/madison/event/live-fantastic-friends-club-gigi-teens-adults-2/kahoot-it/ , 2021

O professor pode usar Kahoot! de muitas maneiras, tudo vai depender dos  seus objetivos educacionais. É uma boa ferramenta para discussão onde os alun

podem votar, por exemplo, questões éticas de forma anônima.

Figura 38 – Exemplo de uso do Kahoot!


Fonte: Dados da autora (2020).

Também é uma ferramenta para resumir um tópico de uma forma divertida, interativa e envolvente. Outra maneira de usar Kahoot! É para investigar

conhecimentos dos alunos sobre conteúdos abordados em sala de aula.

Recapitulando...

Nas seções da Unidade 3, apresentamos várias possibilidades de ações didáticas com uso de tecnologias, contudo um fator é determinando para uma açã

educacional exitosa, falamos da MEDIAÇÃO.

Toda ação docente deve voltar-se para mediação, que é um processo de que requer colaboração, inovação e criatividade. Nesse sentido, é importante que vo

relembre aspectos que estudamos até aqui, como:

1. Não há fórmula pronta para uso de tecnologia, o uso de meios e ferramentas sempre vai exigir do professor planejamento e criatividade;

2. Todo processo de aprendizagem que priorize a COLABORAÇÃO, sempre a aprendizagem será mais significativa;

3. INOVAÇÃO é um caminho sem volta, todo processo de planejamento e aprendizagem requer atualização PERMANENTE.

REFERÊNCIAS

FILATRO, Andrea. et al. DI 4.0: inovação em educação corporativa. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

FILATRO, Andrea; CAVALVCANTI, Carolina Costa. Metodologias Inov-ativas na educação presencial, a distância e corporativa. 1ed. São Paulo: Sarai

Educação, 2018.

GUY, Le François R. Teorias da Aprendizagem: o que o professor disse. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

LEAL, Edvalda Araújo (org.). Revolucionando a sala de aula: como envolver o estudante aplicando as técnicas de metodologias ativas de aprendizagem. 1.ed. S

Paulo: Atlas, 2019.

NOVAK, Joseph D. & GOWIN, D. B. Learning How to Learn. New York: Cambridge University Pres,1984.

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