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PEDAGÓGICO
CERFEAD / IFSC
Capítulo 1 - Apresentação
Apresentando o livro
Olá, estudantes TEDPRO! Tudo certo? Prontos para iniciar os estudos em mais
uma unidade curricular?
Para isso, no capítulo 2 vamos ver o que é essa nova docência e quais novos
desafios ela traz; no capítulo 3, conversaremos sobre comunicação e como ela é
o fundamento dessa nova figura do professor; no capítulo 4 falaremos sobre
acompanhamento pedagógico e a importância do diálogo e do feedback
constante; e no capítulo 5 trataremos da avaliação, novas propostas e novas
ideias sobre atividades avaliativas para atingir o objetivo da mediação
pedagógica e do acompanhamento da evolução de cada estudante.
No meio disso tudo, de acordo com o espírito do nosso curso, sempre estaremos
abordando o tema das tecnologias educacionais. Elas são o elemento da inter-
relação entre todos os assuntos da nossa UC. São elas o suporte e a principal
ferramenta do novo paradigma educacional, da comunicação pedagógica e do
acompanhamento e mediação.
Cada vez mais, vivemos em uma sociedade tecnológica. Mesmo no nosso país,
cheio de desigualdades e com falta de infraestrutura, os dados sobre uso de
internet e tecnologia da última pesquisa "TIC no Brasil", referentes ao ano de
2018, surpreendem. O celular já está presente em 93,2% dos domicílios
brasileiros. É quase o mesmo número de domicílios que têm televisão. Em
relação à internet, 79,1% dos domicílios já tem acesso à rede. Entre as pessoas
que podem acessar, 99,2% navegam através do celular, enquanto apenas
48,1% dizem usar computador ou notebook.
Esse então é o convite que fazemos para vocês: estudar o conteúdo e fazer
parte desse grupo de profissionais que querem mudar a educação, levando
conhecimento para um número maior de pessoas, de uma forma inovadora e
criativa.
Por isso, está sendo cada vez mais defendido, entre os pensadores da
educação, que estamos em um momento de virada, de mudança de modelos. E
isso acontece principalmente por conta da comunicação, da informação e das
tecnologias.
Mas há um perigo nisso: com os avanços tecnológicos cada vez mais rápidos
nas mais diversas áreas e na resolução de problemas do nosso cotidiano,
podemos cair no erro de ter a expectativa de que ela sempre seja a solução,
rápida e fácil. Na educação, esse não é o caso. Colocar a tecnologia em prática
e a serviço da educação exige primeiramente reflexão, estudo e pesquisa.
A profissão docente não é mais a que atua somente no ensino. Ele guia rumo à
aprendizagem. Uma aprendizagem colaborativa, como veremos a seguir.
Todos nós somos fonte, todos somos um ponto de ligação dentro da rede. Com
a tecnologia, conseguimos produzir conhecimento, compartilhar, comunicar.
Estamos no que muitos pensadores chamam de "Era das Relações".
Por isso, a aprendizagem também não pode mais ser feita de forma solitária. Ela
precisa ser relacional, envolvida com a vida e o cotidiano. A aprendizagem,
nessa nova forma de entender a educação, precisa ser colaborativa. Veja neste
quadro as principais diferenças entre a aprendizagem mais tradicional e essa
nova forma de aprender:
Socialize!
Compartilhe com a gente suas experiências. Clique no link abaixo e diga: Você
já teve experiências com aprendizagem colaborativa? Quais podem ser as
principais barreiras?
Como estudamos no item anterior, o professor não pode mais trabalhar sozinho.
Não há mais lugar no nosso contexto educativo para o professor centralizador,
que acredite ainda ser o único responsável pelo conhecimento, única fonte do
saber.
Para refletir!
Essa mudança na forma de nos comunicar precisa servir para fazer surgir a
inovação nos processos, especialmente no campo da educação. Não podemos
nos deixar cair no comodismo de apenas utilizar os novos meios, mas repetir os
velhos métodos.
Leitura complementar
Nesse vídeo, produzido pela profa Daniele Ramos, da UFSC, podemos ver mais
facilmente esse processo:
(vídeo disponível no Moodle)
Vamos ver, no próximo item, alguns conceitos que podem nos ajudar a entender
essa relação entre comunicação e educação e a importância que ela vai ter no
processo de mediação pedagógica.
- COMUNICAÇÃO
- COLABORAÇÃO
- CRIATIVIDADE
Tudo isso nos leva à ideia de uma relação entre professor e aluno baseada no
diálogo. A aprendizagem não pode mais ser voltada somente ao específico de
cada conteúdo. Antes de formarmos o profissional, estamos formando cidadãos.
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Kenski (2008) lembra que o processo de comunicação é maior que apenas o uso
de equipamentos, pois envolve interlocução e trocas. Na educação mediada por
tecnologias, a proposta para a mediação baseia-se no uso das TICs
(Tecnologias de Informação e Comunicação), que oferecem ferramentas para
tornar possível o processo interativo e efetivo na modalidade.
Participe!
Antes disso, clique no link a seguir para acessar nosso fórum de socialização
sobre mediação pedagógica. Nele, comente em um único parágrafo, com suas
palavras, o que você entendeu por MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA. (link disponível
no Moodle)
Essa é uma pergunta que pode gerar várias reflexões e discussões. Algumas
pessoas podem citar conteúdos, materiais didáticos, participantes, ferramentas,
interações, atividades, etc. E realmente todos os pontos são importantes. Mas,
além disso, é importante que se tenha a dialogicidade em todos os momentos do
curso, seja no material didático ou nas interações. Confira a seguir mais
detalhes:
A tutoria, que pode ser feita por tutores ou pelos próprios docentes, tem
participação efetiva nas interações que ocorrem dentro dos cursos. Dessa forma,
é importante entender a função da dialogicidade e de que forma ela pode ser
desenvolvida dentro dos cursos. A dialogicidade é fundamental em todas
as atividades da tutoria!
Aprofunde seus conhecimentos
a falta de contato presencial que não permite captar sinais não verbais;
vivenciando
experimentando
compreendendo
fazendo pontes
sentindo
integrando
interagindo
- Diálogo permanente
- Resolução de problemas
Criar metas.
Na videoaula que segue, você vai verificar como esse trabalho costuma ser feito
na EaD do IFSC:
Socialize!
Para finalizar este capítulo, vamos ver no próximo item a estrutura TEC-
VARIETY, que traz mais ideias para a aprendizagem colaborativa na educação
mediada por tecnologias.
1
2
Tone/Climate: Psychological
Encouragement: Feedback,
Safety, Comfort, Sense of
Responsiveness, Praise, Supports
Belonging
Encorajamento: Feedback,
Tom / Clima: Segurança
Responsividade, "Louvor", Apoios
Psicológica, Conforto, Senso de
Pertencimento
3
Curiosity: Surprise, Intrigue, 4
Unknowns Variety: Novelty, Fun, Fantasy
5 6
Autonomy: Choice, Control, Relevance: Meaningful, Authentic,
Flexibility, Opportunities Interesting
7 8
Interactivity: Collaborative, Team- Engagement: Effort, Involvement,
Based, Community Investment
9 10
Tension: Challenge, Dissonance, Yielding Products: Goal Driven,
Controversy Purposeful Vision, Ownership
Leitura complementar
Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho desses autores, acesse o e-book
completo, que está disponível gratuitamente na internet: E-book Adding Some
Tec-variety (link disponível no Moodle)
Capítulo 5 - Avaliação como ferramenta de acompanhamento
pedagógico
Contexto
Por isso, não vamos falar dessa avaliação mais tradicional, somativa, por
exemplo. Vamos falar especificamente de dois tipos de avaliação que envolvem
acompanhamento e visão de evolução do estudante: a diagnóstica e a formativa.
Também falaremos das rubricas, muito usadas para a avaliação de trabalhos na
forma digital.
Pode ser feita com base em vários instrumentos, conforme as aulas foram
ministradas.
a)Critérios
Os critérios são os aspectos de desempenho que serão avaliados, como
exemplo o argumento, a evidência, a clareza, a correção ortográfica, entre outros
aspectos.
b)Descritores
Os descritores são as características associadas a cada critério (por exemplo,
o argumento é demonstrável e original, as evidências são diversas e
convincentes). Cada descritor pode ser acompanhado de um peso,
que quantifica o descritor pelo grau de importância.
c)Níveis de desempenho
Os níveis de desempenho são uma escala de classificação que identifica o nível
de domínio dos alunos dentro de cada critério. Para cada descritor definimos um
nível de desempenho.
Você pode conhecer mais um pouco sobre avaliação por rubrica para vídeos
acessando o modelo que segue.
Capítulo 6 - Encerramento
Finalizando...
Referências
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QUARTIERO, Elisa M.; GOMES, Nilza Godoy; CERNY, Roseli Zen. Introdução
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QUARTIERO, Elisa M.; GOMES, Nilza Godoy; CERNY, Roseli Zen. Introdução
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